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Mulheres Encarceradas

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MULHERES ENCARCERADAS 
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA 
DEPARTAMENTO PENITENCIÁRIO NACIONAL 
2008 
DIAGNÓSTICO NACIONAL 
CONSOLIDAÇÃO DOS DADOS FORNECIDOS 
PELAS UNIDADES DA FEDERAÇÃO 
MULHERES ENCARCERADAS 
DIAGNÓSTICO NACIONAL 
 
 
 
 2 
 
 
 
 
MULHERES 
ENCARCERADAS 
 
 
 
 
 
 
CONSOLIDAÇÃO DOS DADOS FORNECIDOS 
PELAS UNIDADES DA FEDERAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA 
2008 
MULHERES ENCARCERADAS 
DIAGNÓSTICO NACIONAL 
 
 
 
 3 
 
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA 
 
 
 
Ministro de Estado da Justiça 
TARSO GENRO 
 
Diretor-Geral do Departamento Penitenciário Nacional 
MAURÍCIO KUEHNE 
 
 
 
Comissão de Monitoramento e Avaliação 
JULIO CESAR BARRETO (PRESIDENTE) 
CARLA CRISTIANE TOMM 
GISELE PEREIRA PERES 
MICHELLE DE FREITAS BAGLI 
ALÉSSIO ALDENUCCI JUNIOR 
CÍNTIA RANGEL ASSUMPÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEPARTAMENTO PENITENCIÁRIO NACIONAL 
Esplanada dos Ministérios, Bloco T, Anexo II, 6º andar 
CEP 70.064-901 Brasília/DF 
Fone: (61) 3429-3656 
e-mail: depen@mj.gov.br 
Internet: http://www.mj.gov.br/depen 
MULHERES ENCARCERADAS 
DIAGNÓSTICO NACIONAL 
 
 
 
 4 
ÍNDICE 
 
 
PARTE I ....................................................................................................................................6 
 
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................7 
METODOLOGIA .....................................................................................................................8 
CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO CARCERÁRIA FEMININA .................................10 
ESTRUTURA FÍSICA DOS ESTABELECIMENTOS PENAIS ......................................11 
NÚMERO DE MULHERES ENCARCERADAS ...............................................................12 
• PRESAS POR REGIME (FECHADO, PROVISÓRIO, SEMI-ABERTO).................12 
• PRESAS POR FAIXA ETÁRIA..................................................................................13 
• PRESAS POR ETNIA..................................................................................................13 
• PRESAS POR ESCOLARIDADE ...............................................................................13 
SOBRE A SITUAÇÃO DA MATERNIDADE ....................................................................14 
• PRESAS GRÁVIDAS..................................................................................................14 
• LACTANTES...............................................................................................................14 
• COM FILHOS ..............................................................................................................14 
• ESTRUTURA PARA GESTANTES...........................................................................14 
• ESTRUTURA DE ATENDIMENTO À CRIANÇA ...................................................15 
• PERÍODO DE PERMANÊNCIA DA CRIANÇA NO ESTABELECIMENTO.........17 
• CRIANÇAS EM AMBIENTE CARCERÁRIO ..........................................................17 
TRATAMENTO PENITENCIÁRIO ...................................................................................18 
• ASSISTÊNCIA A SAÚDE ..........................................................................................18 
o ACOMPANHAMENTO PRÉ-NATAL...................................................................19 
o EXAMES PREVENTIVOS - PAPANICOLAU E CÂNCER DE MAMA.............19 
o VACINAÇÃO ..........................................................................................................20 
• ASSISTÊNCIA SOCIAL .............................................................................................20 
• ASSISTÊNCIA JURÍDICA .........................................................................................20 
• ASSISTÊNCIA RELIGIOSA ......................................................................................21 
• ASSISTÊNCIA LABORAL.........................................................................................21 
• ASSISTÊNCIA EDUCACIONAL...............................................................................22 
• BIBLIOTECAS ............................................................................................................23 
NÚMERO DE ÓBITOS .........................................................................................................23 
SOBRE VISITAS....................................................................................................................24 
ATIVIDADES ESPORTIVAS, DE LAZER E CULTURAIS ............................................25 
EVENTOS CRÍTICOS ..........................................................................................................26 
INSPEÇÕES...........................................................................................................................27 
MULHERES ESTRANGEIRAS ...........................................................................................28 
• QUANTO A NACIONALIDADE ...............................................................................28 
• INFRAÇÕES COMETIDAS........................................................................................29 
• ESTRANGEIRAS POR REGIME ...............................................................................30 
• ESTRANGEIRAS POR FAIXA ETÁRIA ..................................................................30 
• ESTRANGEIRAS POR ESCOLARIDADE................................................................30 
• COMUNICAÇÃO À EMBAIXADA E/OU CONSULADO.......................................31 
CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................................32 
MULHERES ENCARCERADAS 
DIAGNÓSTICO NACIONAL 
 
 
 
 5 
 
PARTE II ................................................................................................................................33 
 
RELATÓRIO SOBRE A SITUAÇÃO DAS MULHERES ENCARCERADA S POR 
UNIDADE FEDERATIVA CONFORME PLANOS DIRETORES .................................34 
ACRE ...................................................................................................................................34 
ALAGOAS ...........................................................................................................................35 
AMAPÁ................................................................................................................................36 
AMAZONAS .......................................................................................................................36 
BAHIA .................................................................................................................................38 
CEARÁ.................................................................................................................................40 
DISTRITO FEDERAL.........................................................................................................41 
ESPÍRITO SANTO ..............................................................................................................43 
GOIÁS..................................................................................................................................45 
MARANHÃO.......................................................................................................................49 
MATO GROSSO..................................................................................................................49 
MATO GROSSO DO SUL ..................................................................................................52 
MINAS GERAIS..................................................................................................................53 
PARÁ ...................................................................................................................................54 
PARANÁ..............................................................................................................................57PARAÍBA.............................................................................................................................58 
PERNAMBUCO ..................................................................................................................58 
PIAUÍ ...................................................................................................................................61 
RIO DE JANEIRO ...............................................................................................................63 
RIO GRANDE DO NORTE ................................................................................................66 
RIO GRANDE DO SUL ......................................................................................................67 
RONDÔNIA.........................................................................................................................68 
RORAIMA ...........................................................................................................................71 
SANTA CATARINA ...........................................................................................................74 
SÃO PAULO........................................................................................................................75 
SERGIPE..............................................................................................................................78 
TOCANTINS .......................................................................................................................79 
 
ANEXO I .................................................................................................................................81 
MULHERES ENCARCERADAS 
DIAGNÓSTICO NACIONAL 
 
 
 
 6 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARTE I 
MULHERES ENCARCERADAS 
DIAGNÓSTICO NACIONAL 
 
 
 
 7 
 
INTRODUÇÃO 
 
O Departamento Penitenciário Nacional voltado para o crescente incremento das 
taxas de encarceramento feminino, almeja com o presente trabalho aprofundar os dados 
existentes sobre o gênero feminino, para que se apure, com minúcias, suas particularidades e, 
frente a real situação atual desenvolva políticas públicas a serem implementadas junto aos 
Estados Membros da Federação. 
Desde longa data, realizam-se pesquisas sobre a população carcerária brasileira, 
de forma generalizada, sem atentar para as peculiaridades das mulheres no cárcere, posto 
serem um quantitativo praticamente inexpressivo. 
No entanto, no decorrer dos últimos cinco anos houve um crescimento acentuado 
e constante da população feminina a ocupar espaço nos estabelecimentos penais do país. 
Casos emblemáticos, como da adolescente no Estado do Pará que foi encarcerada, vítima das 
mais diversas violências pessoais e institucionais, permanecendo por longos dias dividindo 
uma cela em companhia de homens presos, passaram a ser latentes na mídia nacional. 
A Constituição Federal e a Lei de Execuções Penais insculpem direitos e 
garantias assecuratórias de respeito, de dignidade humana e de isonomia de tratamento às 
mulheres, pauta ideal norteadora dos Órgãos de Execução Penal. 
Há que se detectar as falhas existentes neste nicho do sistema penitenciário. 
Imprescindível, portanto, o conhecimento absoluto de todas as resultantes do contexto 
feminino hodierno, a embasar a reflexão sobre o tema, tratado até então, de forma ínsita e 
silenciosa, visando à adoção de medidas concretas, para senão solucionar, pelo menos 
contribuir de forma substancial para a melhoria da realidade atual. 
 
 
 
 
Comissão de Monitoramento e Avaliação 
DEPEN/MJ
MULHERES ENCARCERADAS 
DIAGNÓSTICO NACIONAL 
 
 
 
 8 
 
METODOLOGIA 
 
Para a obtenção dos resultados apresentados neste relatório foi remetido, para todos os 
órgãos responsáveis pela administração penitenciária, nas 27 Unidades da Federação, um 
questionário sobre a situação da mulher presa nos estabelecimentos penais exclusivamente 
feminino ou não. 
Atingiu-se o resultado através das seguintes etapas: 
• Planejamento da metodologia; 
o Definição dos métodos a serem empregados, a forma de coleta de 
informações e a definição dos meios de transcrição dos resultados. 
• Elaboração do questionário; 
o O questionário (ANEXO I) foi elaborado a partir de uma análise 
apurada dos pontos mais relevantes a serem levantados, por meio 
da Comissão de Monitoramento e Avaliação. O referido seguiu 
modelo baseado no Relatório de inspeção utilizado pelo Conselho 
Nacional de Política Criminal e Penitenciária. A implementação 
deste instrumento contou com a colaboração, em sua formulação, 
das equipes da Coordenação-Geral de Reintegração Social e 
Ensino, da Ouvidoria do Sistema Penitenciário, da Coordenação-
Geral de Tratamento Penitenciário, que fazem parte da estrutura do 
DEPEN/MJ, e também com a colaboração da equipe da Secretaria 
Especial de Políticas para Mulheres. 
• Encaminhamento do instrumento de coleta de dados; 
o O questionário final foi enviado para os órgãos responsáveis pela 
administração penitenciária em todas as 27 unidades federativas, 
através de ofício e também disponibilizado pela Internet, por meio 
do site do DEPEN/MJ. Em seguida cada Unidade repassou o 
material para os estabelecimentos penais exclusivos para mulheres, 
bem como para aqueles que custodiavam tanto homens quanto 
mulheres. 
• Leitura, interpretação, transcrição e conversão dos resultados; 
MULHERES ENCARCERADAS 
DIAGNÓSTICO NACIONAL 
 
 
 
 9 
o Após a coleta dos dados, estes foram analisados e interpretados. As 
questões abertas (textuais) foram convertidas para questões 
fechadas a fim de serem tabuladas, analisadas e convertidas em 
percentual. As questões fechadas tiveram um tratamento de 
conversão direta para percentual. 
• Elaboração do relatório final e suas conclusões; 
o Finalmente, após o resultado, elaborou-se um relatório final 
contendo todas as informações levantadas e suas respectivas 
conclusões. 
MULHERES ENCARCERADAS 
DIAGNÓSTICO NACIONAL 
 
 
 
 10 
 
CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO CARCERÁRIA FEMININA 
 
Em estudo realizado, em abril de 2008, pelo Departamento Penitenciário Nacional, 
sobre a evolução da população carcerária feminina constatou-se: 
• Nos últimos quatro anos houve um crescimento real da população carcerária feminina 
de 37,47%. Isto representa uma taxa média de crescimento anual de aproximadamente 
11,19%. 
• No último ano, no período de dezembro de 2006 a dezembro de 2007, o crescimento 
foi de 11,99%. 
• O crescimento da população feminina tem sido maior que a masculina e vem se 
mantendo em percentuais elevados nos últimos anos. 
o A estimativa de crescimento aponta que, em dezembro 2012, os homens 
encarcerados representarão 92,35% da população carcerária total do país 
(atualmente representam 93,88%). 
o As mulheres encarceradas, no mesmo ano, representarão 7,65% da 
população carcerária total do país (atualmente representam 6,12%). 
 
 População Carcerária Brasileira (Qüinqüênio 2003-2007) – Evolução e Prognósticos 
 
MULHERES ENCARCERADAS 
DIAGNÓSTICO NACIONAL 
 
 
 
 11 
 
ESTRUTURA FÍSICA DOS ESTABELECIMENTOS PENAIS 
 
Segundo os dados levantados, existiam no Brasil, em abril de 2008, 508 
estabelecimentos penais contendo mulheres encarceradas, sendo: 
• 58 exclusivos para mulheres; 
• 450 para ambos os sexos. 
Nos estabelecimentos penais mistos encontram-se pavilhões, alas e celas adaptadas 
para mulheres e em sua grande maioria não há qualquer forma de tratamento voltado para a 
ressocialização das presas, tampouco creche e berçário para seus filhos. Dessa forma, quando 
a presa está próxima ao nono mês de gestação é transferida para estabelecimento com 
estrutura mais adequada. Muitas das vezes se faz necessária a transferência de presas do 
interior para a capital, dificultando o acesso dos familiares, em razão da distância. 
No geral, levando em conta as devidas proporções, os estabelecimentos penais 
exclusivospara mulheres apresentam uma estrutura em condições melhores do que a dos 
homens, salvo exceções que se revelam verdadeiros depósitos de seres humanos. 
Por uma questão natural de quantitativo, os estabelecimentos penais femininos 
possuem área e capacidade pequena, quando comparados com os estabelecimentos 
masculinos. No geral, estes estabelecimentos foram adaptados a partir da estrutura original de 
outros imóveis que não foram projetados originariamente para custodiar presas. 
Outra constatação se refere às adaptações e pequenas construções realizadas em 
estabelecimentos penais masculinos a fim de abrigar mulheres. 
Com relação à existência de celas especiais para presas que se encontram no “seguro”, 
ou seja, separadas das demais por motivos diversos, verificou-se que 27,45% dos 
estabelecimentos possuem celas destinadas para este fim. 
MULHERES ENCARCERADAS 
DIAGNÓSTICO NACIONAL 
 
 
 
 12 
Existem celas especiais para o “seguro”? 
SIM 27,45% 
NÃO 72,55% 
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
SIM
NÃO
 
 
Com relação à existência de celas para o cumprimento de sanções disciplinares, 
verificou-se que 62,74% dos estabelecimentos possuem celas para esta finalidade. 
Existem celas para cumprimento de sanções? 
SIM 62,74% 
NÃO 37,26% 
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
SIM
NÃO
 
 
 
NÚMERO DE MULHERES ENCARCERADAS 
 
Em março de 2008, a população feminina brasileira já se apresentava superior a marca 
de 27.000 presas. 
De acordo com os dados coletados apresentaremos a seguir o percentual de presas 
custodiadas no Brasil divididas por regime, faixa etária, etnia e escolaridade. 
 
• PRESAS POR REGIME (FECHADO, PROVISÓRIO, SEMI-ABERTO) 
FECHADO 47,37% 
PROVISÓRIO 17,09% 
SEMI-ABERTO 35,40% 
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
FECHADO
PROVISÓRIO
SEMI-ABERTO
 
MULHERES ENCARCERADAS 
DIAGNÓSTICO NACIONAL 
 
 
 
 13 
 
• PRESAS POR FAIXA ETÁRIA 
18 A 24 ANOS 27,15% 
25 A 29 ANOS 24,35% 
30 A 34 ANOS 20,42% 
35 A 45 ANOS 19,34% 
46 A 60 ANOS 7,64% 
MAIS DE 60 ANOS 0,72% 
NÃO INFORMADO 0,38% 
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
18 A 24 ANOS
25 A 29 ANOS
30 A 34 ANOS
35 A 45 ANOS
46 A 60 ANOS
MAIS DE 60
ANOS
NÃO
INFORMADO
 
 
• PRESAS POR ETNIA 
BRANCA 37,88% 
NEGRA 16,41% 
PARDA 44,07% 
AMARELA 0,36% 
ÍNDIGENA 0,23% 
OUTRAS 0,54% 
NÃO INFORMADO 0,51% 0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
BRANCA
NEGRA
PARDA
AMARELA
INDÍGENA
OUTRAS
NÃO
INFORMADO 
 
• PRESAS POR ESCOLARIDADE 
ANALFABETA 4,76% 
ALFABETIZADA 6,64% 
ENS. FUND. INCOMPLETO 44,59% 
ENS. FUND. COMPLETO 15,41% 
ENS. MÉDIO INCOMPLETO 11,56% 
ENS. MÉDIO COMPLETO 11,02% 
ENS. SUPERIOR INCOMPLETO 1,83% 
ENS. SUPERIOR COMPLETO 0,93% 
ENS. ACIMA DO SUPERIOR 0,04% 
NÃO INFORMADO 3,22% 
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
40,00%
45,00%
ANALFABETA
ALFABETIZADA
ENS. FUND.
INCOMPLETO
ENS. FUND.
COMPLETO
ENS. MÉDIO
INCOMPL.
ENS. MÉDIO
COMPL.
ENS. SUPERIOR
INCOMPL.
ENS. SUPERIOR
COMPL.
ENS. ACIMA DO
SUPERIOR
NÃO INFORMADO
 
 
 
 
MULHERES ENCARCERADAS 
DIAGNÓSTICO NACIONAL 
 
 
 
 14 
 
SOBRE A SITUAÇÃO DA MATERNIDADE 
 
• PRESAS GRÁVIDAS 
o Entre fevereiro e março de 2008, 1,24% das mulheres presas encontravam-
se grávidas. 
• LACTANTES 
o No mesmo lapso temporal, existiam 0,91% de mulheres encarceradas em 
período de amamentação. 
• COM FILHOS 
o Constatou-se que 1,04% das presas possuem filhos em sua companhia. O 
tempo de permanência com a mãe no ambiente prisional varia entre 4 
meses e 7 anos de idade. 
• ESTRUTURA PARA GESTANTES 
o Através deste levantamento foi possível verificar que 27,45% dos 
estabelecimentos exclusivos para mulheres possuem estruturas específicas 
para custódia das mulheres grávidas durante o cumprimento da pena. 
Possui estrutura específica para gestantes? 
SIM 27,45% 
NÃO 62,75% 
NÃO INFORMADO 9,80% 
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
SIM
NÃO
NÃO
INFORMADO
 
o Nos estabelecimentos que possuem estrutura específica para gestantes a 
mudança de ambiente ocorre na maioria dos casos após ser constatada a 
gravidez. O gráfico abaixo apresenta os detalhes: 
MULHERES ENCARCERADAS 
DIAGNÓSTICO NACIONAL 
 
 
 
 15 
Quando ocorre a mudança de ambiente? 
AO CONSTATAR A GRAVIDEZ 61,54% 
NO 8º MÊS 30,77% 
NO 7º MÊS 7,69% 
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
QUANDO
CONSTATADA
NO 8º MÊS
NO 7º MÊS
 
• ESTRUTURA DE ATENDIMENTO À CRIANÇA 
o Há opiniões diversas quanto a permanência de crianças em companhia das 
mães nos ambientes carcerários. Pois, por um lado temos a necessidade 
primordial do amparo materno para com seus filhos, e por outro temos a 
temeridade da permanência destes pequenos inocentes em ambientes 
inadequados e muitas vezes insalubres e desprovidos, em sua maioria, de 
estruturas mínimas para a acomodação dos mesmos. 
 
o ESTABELECIMENTOS COM BERÇÁRIO 
� A Lei de Execução Penal, em seu artigo 83, §2º, cita que: Os 
estabelecimentos penais destinados a mulheres serão dotados de 
berçário, onde as condenadas possam amamentar seus filhos. 
� A realidade, porém, apresenta uma situação bem diversa da 
recomendada, pois apenas 19,61% dos estabelecimentos penais 
femininos possuem berçários ou estruturas separadas das galerias 
prisionais equivalentes. 
� As mães passam, em 81,25% dos casos, o período integral com as 
crianças. Em 12,50% dos casos as mães permanecem no local 
durante o dia e retornam para as celas durante a noite em 
companhia da criança. Enquanto que 6,25% das presas permanecem 
no local durante o dia e retornam para as celas durante a noite sem a 
companhia da criança. 
MULHERES ENCARCERADAS 
DIAGNÓSTICO NACIONAL 
 
 
 
 16 
Estabelecimentos que possuem berçários. 
SIM 19,61% 
NÃO 80,39% 
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
90,00%
SIM NÃO
 
o ESTABELECIMENTOS COM CRECHE 
� Com relação à existência de creches, a situação entre fevereiro e 
março de 2008 é ainda pior. Apenas 16,13% dos estabelecimentos 
penais do país possuem este tipo de estrutura. 
Estabelecimentos que possuem creches. 
SIM 16,13% 
NÃO 83,87% 
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
90,00%
SIM NÃO
 
 
o LOCAL IMPROVISADO (PRÓPRIA CELA) PARA ATENDIMENTO 
ÀS CRIANÇAS 
� Prevalece, por falta de uma estrutura adequada, o improviso nos 
estabelecimentos penais no que diz respeito à utilização de 
espaços diversos para abrigar os filhos das presas. Em sua 
grande maioria estes espaços estão restritos a própria cela. 
MULHERES ENCARCERADAS 
DIAGNÓSTICO NACIONAL 
 
 
 
 17 
� Em 51,61% dos estabelecimentos penais femininos existem 
locais improvisados para atendimento às crianças. 
Estabelecimentos com locais improvisados. 
SIM 51,61% 
NÃO 48,39% 
46,50%
47,00%
47,50%
48,00%
48,50%
49,00%
49,50%
50,00%
50,50%
51,00%
51,50%
52,00%
SIM NÃO
 
• PERÍODO DE PERMANÊNCIA DA CRIANÇA NO ESTABELECIMENTO 
o Diante deste tema, encontramos realidades diferentes em cada Unidade 
Federativa, onde alguns estabelecimentos permitem a permanência de 
crianças por até 4 meses enquanto que outros até 9 anos. 
o A maior parte dos estabelecimentos, 58,09%, autoriza a permanência de 
crianças até os 6 meses de vida. 
Qual o período de permanência da criança? 
4 MESES 12,90% 
6 MESES 58,09% 
2 ANOS 6,45% 
ENQUANTO AMAMENTAR 9,68% 
OUTROS 12,91% 
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00% 4 MESES
6 MESES
2 ANOS
ENQUANTO
AMAMENTAR
OUTROS
 
• CRIANÇAS EM AMBIENTE CARCERÁRIO 
o Neste ponto apresentamos os locais onde se encontram as crianças 
existentes nos estabelecimentos penais. A maioria permanece junto com as 
presas dentro de suas próprias celas. Deve ser considerado que os 
MULHERES ENCARCERADAS 
DIAGNÓSTICO NACIONAL 
 
 
 
 18 
percentuais em berçário e creches correspondem também aos locais 
improvisados para tal fim. 
Criançasexistentes: 
EM BERÇÁRIO 24,02% 
EM CRECHE 28,74% 
EM OUTROS LOCAIS (CELAS) 47,24% 
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
40,00%
45,00%
50,00%
EM BERÇÁRIO
EM CRECHE
EM OUTROS
LOCAIS
 
 
 
TRATAMENTO PENITENCIÁRIO 
 
• ASSISTÊNCIA A SAÚDE 
o É fato que as mulheres encarceradas necessitam de um atendimento 
diferenciado quando comparadas aos homens, e por isso necessitam de uma 
estrutura médica também diferenciada, mas isto não ocorre na maioria dos 
estabelecimentos. 
o Com relação ao Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário, foi 
constatado, no período da pesquisa, que existem equipes qualificadas em 
23,53% dos estabelecimentos do país. 
o Um dado preocupante, mas que infelizmente não surpreende, diz respeito a 
existência de médicos nas unidades femininas, onde esta realidade ocorre em 
apenas 35,29% dos estabelecimentos. 
o Dentre os estabelecimentos penais femininos que possuem médicos temos as 
seguintes especialidades presentes: 
� 64,71% possuem CLÍNICO GERAL; 
� 56,08% possuem PSICÓLOGOS; 
MULHERES ENCARCERADAS 
DIAGNÓSTICO NACIONAL 
 
 
 
 19 
� 45,10% possuem DENTISTAS; 
� 35,29% possuem GINECOLOGISTAS; 
� 29,41% possuem PSIQUIATRAS; 
� 13,73% possuem ENFERMEIRA; 
� 11,76% possuem PEDIATRA; 
� 5,88% possuem MÉDICOS VOLUNTÁRIOS; 
� Outros profissionais das seguintes áreas estão presentes nos 
estabelecimentos penais femininos, são eles: FISIOTERAPEUTA, 
NUTRICIONISTA, OFTAMOLOGISTA, TERAPEUTA 
OCUPACIONAL, PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA. 
o Em 60,78% dos estabelecimentos existem locais apropriados para a realização 
de consultas e exames médicos. 
Locais apropriados para consultas e exames? 
SIM 60,78% 
NÃO 39,22% 
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
SIM NÂO
 
o ACOMPANHAMENTO PRÉ-NATAL 
� Todos os estabelecimentos informaram que realizam acompanhamento 
pré-natal às presas gestantes, através do SUS. 
o EXAMES PREVENTIVOS - PAPANICOLAU E CÂNCER DE MAMA 
� Segundo informações dos responsáveis pelos estabelecimentos penais 
femininos, 92,16% realizam regularmente exames preventivos de 
Papanicolau e 88,24% de câncer de mama. 
MULHERES ENCARCERADAS 
DIAGNÓSTICO NACIONAL 
 
 
 
 20 
� Vale lembrar que somente uma inspeção in loco poderia aferir quanto à 
realidade destas informações. 
o VACINAÇÃO 
� Campanhas de vacinação são realizadas regularmente em 88,24% dos 
estabelecimentos femininos. 
 
• ASSISTÊNCIA SOCIAL 
o Foi informado, pelas unidades federativas, que existem assistentes sociais em 
90,20% dos estabelecimentos penais. 
o Vale ressaltar, que esta assistência visa amparar a presa e prepará-las para o 
retorno à sociedade, segundo o Art.22, da Lei de Execução Penal. 
 
• ASSISTÊNCIA JURÍDICA 
 
o 64,71% dos estabelecimentos penais femininos informaram que as presas que 
lá se encontram recebem algum tipo de assistência jurídica, seja por meio de 
servidores do próprio órgão responsável pela administração penitenciária e/ou 
pela Defensoria Pública. 
o Apesar disso, mesmo aqueles que prestam algum tipo de assistência jurídica, o 
fazem de maneira insatisfatória. 
É prestada assistência jurídica às presas? 
SIM 64,71% 
NÃO 35,29% 
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
SIM NÃO
 
 
MULHERES ENCARCERADAS 
DIAGNÓSTICO NACIONAL 
 
 
 
 21 
• ASSISTÊNCIA RELIGIOSA 
o Todos os estabelecimentos penais femininos permitem à prática religiosa, 
através de visitas de representantes das entidades que prestam tal assistência. 
o As religiões mais presentes são: protestante, católica e espírita. 
o Ao contrário da realidade dos encarcerados do sexo masculino, as presas, em 
sua maioria, contam com locais apropriados para a prática religiosa. 
Existe local adequado para a prática religiosa? 
APROPRIADO 70,59% 
IMPROVISADO 29,41% 
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
APROPRIADO
IMPROVISADO
 
• ASSISTÊNCIA LABORAL 
o Os responsáveis pelos estabelecimentos informaram que 47,46% as mulheres 
encarceradas desempenham alguma atividade laboral no interior das unidades. 
Possui alguma atividade laboral para as presas? 
SIM 47,46% 
NÃO 52,54% 
44,00%
45,00%
46,00%
47,00%
48,00%
49,00%
50,00%
51,00%
52,00%
53,00%
SIM NÃO
 
 
MULHERES ENCARCERADAS 
DIAGNÓSTICO NACIONAL 
 
 
 
 22 
 
 Presas em oficina de costura. 
 
• ASSISTÊNCIA EDUCACIONAL 
 
o É pequeno o número de presas envolvidas em atividades educacionais. No 
período de realização desta pesquisa este percentual era de apenas 25,43%. 
SIM 25,43% 
NÃO 74,57% 
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
SIM NÃO
 
� Desta parcela acima apresentada temos: 
• No ensino fundamental – 52,25% 
MULHERES ENCARCERADAS 
DIAGNÓSTICO NACIONAL 
 
 
 
 23 
• Na alfabetização – 23,95% 
• No ensino médio – 17,04% 
• No ensino profissionalizante – 6,54% 
• No ensino superior – 0,22% 
 
o Quanto aos espaços específicos para salas de aula, 70,59% dos 
estabelecimentos responderam que os possuem. 
o Em 45,10% dos estabelecimentos penais femininos é possível remir a pena 
através do estudo. 
 
• BIBLIOTECAS 
 
o Os espaços literários estão presentes, e disponíveis para as mulheres 
encarceradas em 68,23% das unidades penais. Destes, 51,43% encontram-se 
em locais próprios. 
O estabelecimento possui biblioteca? 
SIM 68,23% 
NÃO 31,77% 
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
SIM NÃO
 
o São realizadas regularmente campanhas para doação de livros em 65,71% dos 
estabelecimentos femininos. 
 
 
NÚMERO DE ÓBITOS 
 
• O número de óbitos ocorridos dentro dos estabelecimentos penais femininos é 
considerado pequeno quando comparado aos estabelecimentos masculinos. 
MULHERES ENCARCERADAS 
DIAGNÓSTICO NACIONAL 
 
 
 
 24 
• Foram solicitadas informações aos estabelecimentos quanto aos óbitos ocorridos no 
ano de 2007, no que se refere ao tipo, e foram obtidos os seguintes resultados: 
NATURAL 80,56% 
SUICÍDIO 8,32% 
CRIMINAL 5,56% 
ACIDENTAL 5,56% 
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
90,00%
NATURAL
SUICÍDIO
CRIMINAL
ACIDENTAL
 
 
SOBRE VISITAS 
 
• Uma situação particular enfrentada pelas mulheres encarceradas seria o afastamento 
de seus familiares e principalmente de seus companheiros após a prisão. 
• Abaixo é revelada esta realidade onde a maioria das presas, 62,06%, não recebem 
nenhum tipo de visita. 
As presas recebem visitas sociais? 
RECEBEM 37,94% 
NÃO RECEBEM 62,06% 
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
RECEBEM
NÃO
RECEBEM
 
• A duração das visitas sociais nos estabelecimentos penais femininos fica entre: 
 
o 2 a 6 HORAS – 31,82% 
o 7 a 9 HORAS – 68,12% 
 
MULHERES ENCARCERADAS 
DIAGNÓSTICO NACIONAL 
 
 
 
 25 
• Em 70,59% dos estabelecimentos penais existe permissão para visita íntima, mas 
apenas 9,68% das presas recebem este tipo de visitação. Tal realidade difere 
drasticamente do que acontece nos estabelecimentos penais para homens. 
As presas recebem visitas íntimas? 
RECEBEM 9,68% 
NÃO RECEBEM 90,32% 
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
90,00%
100,00%
SIM NÃO
 
 
ATIVIDADES ESPORTIVAS, DE LAZER E CULTURAIS 
 
• Em 43,14% das unidades penais femininas são desenvolvidas atividades esportivas 
regularmente. Sendo as que mais se destacam: 
o VÔLEI – 41,67% 
o FUTEBOL – 27,77% 
o GINÁSTICA – 19,44% 
o HANDBOL – 5,56% 
o BASQUETE – 2,78% 
o OUTRAS – 2,78% 
 
• Em 32,75% das unidades penais femininas são desenvolvidas atividades de lazer 
regularmente. Sendo as que mais se destacam: 
o DANÇA – 18,52% 
o GINCANA – 18,52% 
o ATIVIDADES MUSICAIS – 14,81% 
o JOGOS DE TABULEIROS – 11,11% 
o OUTRAS ATIVIDADES (DESFILES, FESTAS, YOGA, FILMES, 
VIDEOKÊ) – 37,04% 
 
MULHERES ENCARCERADAS 
DIAGNÓSTICO NACIONAL 
 
 
 
 26 
• Em 58,82% das unidades penais femininas são desenvolvidas atividades culturaisregularmente. Sendo as que mais se destacam: 
o TEATRO – 35,14% 
o PALESTRAS – 24,32% 
o CONCURSOS LITERÁRIOS – 16,22% 
o AULAS DE CANTO – 16,22% 
o OFICINAS DE LEITURA – 8,10% 
 
 
EVENTOS CRÍTICOS 
 
• No questionário enviado aos estabelecimentos foi perguntado se ocorreu alguma 
rebelião nos últimos seis meses. Levando em conta o período solicitado, 3,92% das 
unidades informaram positivamente. 
Houve rebelião nos últimos 6 meses? 
SIM 3,92% 
NÃO 96,08% 
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
90,00%
100,00%
SIM NÃO
 
• Com relação a outros eventos críticos, 5,88% dos estabelecimentos informaram que 
ocorreram tais fatos nos últimos seis meses. 
MULHERES ENCARCERADAS 
DIAGNÓSTICO NACIONAL 
 
 
 
 27 
Houve algum outro evento crítico? 
SIM 5,88% 
NÃO 94,12% 
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
90,00%
100,00%
SIM NÃO
 
• 21,57% dos estabelecimentos penais femininos informaram que nos últimos seis 
meses ocorreu alguma fuga. 
Houve alguma fuga nos últimos seis meses? 
SIM 21,57% 
NÃO 78,43% 
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
SIM NÃO
 
• O número de evasões no regime semi-aberto tem se apresentado em torno de 10,00%. 
 
 
INSPEÇÕES 
 
 Sobre a resposta obtida com relação à ocorrência de inspeções no ano de 2007, por 
parte de órgãos da execução penal, o resultado afirmativo foi de 78,43%. 
MULHERES ENCARCERADAS 
DIAGNÓSTICO NACIONAL 
 
 
 
 28 
Houve inspeções em 2007? 
SIM 78,43% 
NÃO 21,57% 
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
SIM NÃO
 
 
 
MULHERES ESTRANGEIRAS 
As presas estrangeiras correspondem a 4,29% da população carcerária feminina do 
país, e predominantemente cumprem pena por tráfico de drogas. Em grande parte sofrem pela 
distância da família e pela falta de uma assistência adequada, inclusive por parte dos 
consulados e/ou embaixadas. 
• QUANTO A NACIONALIDADE 
o Em sua maioria são oriundas da Bolívia, África do Sul, Peru, Paraguai e 
Angola como bem demonstra a tabela abaixo: 
22,70% BOLÍVIA 0,54% ESLOVÊNIA 
17,12% AFRICA DO SUL 0,54% NIGÉRIA 
9,19% PERU 0,36% EQUADOR 
7,93% PARAGUAI 0,36% FRANÇA 
6,13% ANGOLA 0,36% GUIANA 
2,88% VENEZUELA 0,36% LÍBANO 
2,88% PORTUGAL 0,36% GANA 
2,52% ESPANHA 0,36% GUINÉ 
2,52% COLÔMBIA 0,36% REPÚBLICA DOMINICANA 
2,34% HOLANDA 0,18% BÉLGICA 
1,80% SURINAME 0,18% SUIÇA 
1,44% MOÇAMBIQUE 0,18% AFEGANISTÃO 
1,26% TAILÂNDIA 0,18% AUSTRÁLIA 
1,08% ARGENTINA 0,18% BULGÁRIA 
0,90% CABO VERDE 0,18% ITÁLIA 
0,90% FILIPINAS 0,18% LIBÉRIA 
0,90% MALÁSIA 0,18% POLÔNIA 
0,72% CHILE 0,18% URUGUAI 
0,72% COSTA DO MARFIM 0,18% CORÉIA DO SUL 
0,72% MÉXICO 0,18% INDONÉSIA 
0,72% ALEMANHA 0,18% CANADÁ 
0,72% INGLATERRA 0,18% SUIÇA 
0,54% CHINA 5,43% NÃO INFORMADO 
MULHERES ENCARCERADAS 
DIAGNÓSTICO NACIONAL 
 
 
 
 29 
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00% BOLÍVIA
ÁFRICA DO SUL
PERU
PARAGUAI
ANGOLA
VENEZUELA
PORTUGAL
ESPANHA
COLÔMBIA
HOLANDA
SURINAME
MOÇAMBIQUE
TAILÂNDIA
ARGENTINA
 
• INFRAÇÕES COMETIDAS 
o O tráfico de drogas é notoriamente o principal crime cometido pelas 
estrangeiras no Brasil. Presas essas, que em sua maioria, são aliciadas com 
propostas tentadoras para servirem como “mulas” em troca de dólares. 
Qual o tipo de crime cometido pelas estrangeiras? 
TRÁFICO DE DROGAS 43,75% 
ROUBO 2,08% 
FURTO 4,16% 
ESTELIONATO 3,12% 
EXTORSÃO MEDIANTE 
SEQUESTRO 
3,12% 
USO DE DOCUEMENTO FALSO 3,12% 
FALSIDADE IDEOLÓGICA 2,08% 
RECEPTAÇÃO 2,08% 
OUTRAS INFRAÇÕES 26,49% 
NÃO INFORMADO 10,00% 
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
40,00%
45,00%
TRÁFICO DE
DROGAS
ROUBO
FURTO
ESTELIONATO
EXTORSÃO MED.
SEQUESTRO
USO DE DOC.
FALSO
FALSIDADE
IDEOLÓGICA
RECEPTAÇÃO
 
 
 
 
 
MULHERES ENCARCERADAS 
DIAGNÓSTICO NACIONAL 
 
 
 
 30 
• ESTRANGEIRAS POR REGIME 
FECHADO 88,65% 
SEMI-ABERTO 3,42% 
PROVISÓRIOS 7,93% 
0,00%
20,00%
40,00%
60,00%
80,00%
100,00%
FECHADO
SEMI-ABERTO
PROVISÓRIOS
 
• ESTRANGEIRAS POR FAIXA ETÁRIA 
18 A 24 ANOS 37,88% 
25 A 29 ANOS 16,41% 
30 A 34 ANOS 44,07% 
35 A 45 ANOS 0,36% 
46 A 60 ANOS 0,23% 
MAIS DE 60 ANOS 0,54% 
NÃO INFORMADO 0,51% 0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
40,00%
45,00%
18 A 24 ANOS
25 A 29 ANOS
30 A 34 ANOS
35 A 45 ANOS
46 A 60 ANOS
MAIS DE 60 ANOS
NÃO INFORMADO
 
• ESTRANGEIRAS POR ESCOLARIDADE 
ANALFABETA 1,26% 
ALFABETIZADA 1,26% 
ENS. FUND. INCOMPLETO 17,92% 
ENS. FUND. COMPLETO 9,55% 
ENS. MÉDIO INCOMPLETO 11,71% 
ENS. MÉDIO COMPLETO 26,65% 
ENS. SUPERIOR INCOMPL. 23,00% 
ENS. SUPERIOR COMPLETO 8,47% 
ENSINO ACIMA DO SUPERIOR 0,18% 0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
ANALFABETA
ALFABETIZADA
ENS. FUND.
INCOMPLETO
ENS. FUND.
COMPLETO
ENS. MÉDIO
INCOMPLETO
ENS. MÉDIO
COMPLETO
ENS. SUPERIOR
INCOMPLETO
ENS. SUPERIOR
COMPLETO
ENS. ACIMA DO
SUPERIOR
 
 
o No período em que foi realizado o levantamento, constatou-se que 2,70% das 
presas estrangeiras se encontravam grávidas. 
o No mesmo lapso temporal, existiam 2,52% de mulheres estrangeiras 
encarceradas em período de amamentação. 
o Constatou-se também que 2,52% das presas possuem filhos em sua companhia. 
MULHERES ENCARCERADAS 
DIAGNÓSTICO NACIONAL 
 
 
 
 31 
• COMUNICAÇÃO À EMBAIXADA E/OU CONSULADO 
o 53,33% dos estabelecimentos penais afirmam que comunicam à embaixada 
e/ou consulado sobre a situação das mulheres estrangeiras presas. 
o Parte destas unidades informa que quem realiza este contato com as 
embaixadas e consulados é a própria Polícia Federal. 
O estabelecimento comunica à embaixada e/ou 
consulado? 
SIM 53,33% 
NÃO 26,67% 
NÃO INFORMADO 20,00% 
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
SIM
NÃO
NÃO INFORMADO
 
 
 
 
 
MULHERES ENCARCERADAS 
DIAGNÓSTICO NACIONAL 
 
 
 
 32 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Os resultados quanto à situação de precariedade já eram esperados, mas vale enaltecer 
os pontos positivos encontrados para que sirvam de referência às outras unidades da 
federação. Não cabe apenas como resultado final uma análise crítica da situação, pois muito 
mais importante do que apontar o óbvio é iniciar um pensamento comum para a busca de 
soluções que possam visar ao menos a amenização da realidade hoje apresentada. 
Dentre vários verificados, alguns pontos negativos merecem destaque como o 
problema da superlotação carcerária, e da falta de estrutura, localizada em alguns 
estabelecimentos contendo mulheres encarceradas, e principalmente nas cadeias públicas. 
Este é o principal objetivo do Departamento Penitenciário Nacional, que vem 
priorizando a questão da mulher presa, e que através deste relatório poderá direcionar de uma 
maneira mais precisa o foco de suas ações, além de fortalecer a parceria entre as esferas e 
cobrar maior empenho das unidades federativas sobre esta camada da população carcerária 
que anseia por uma atenção especial. 
 
MULHERES ENCARCERADAS 
DIAGNÓSTICO NACIONAL 
 
 
 
 33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARTE II 
MULHERES ENCARCERADAS 
DIAGNÓSTICO NACIONAL 
 
 
 
 34 
RELATÓRIO SOBRE A SITUAÇÃO DAS MULHERES ENCARCERADA S POR 
UNIDADE FEDERATIVA CONFORME PLANOS DIRETORES 
 
As informações a seguir foram extraídas dos PLANOS DIRETORES DO SISTEMA 
PENITENCIÁRIO, elaborados pelas 27 unidades federativas com a assessoria técnica do 
Departamento Penitenciário Nacional. O Plano Diretor idealizado pela DEPEN/MJ é 
composto por 22 metas e dentre elas, existe uma específica sobre a questão da mulher 
encarcerada. A seguir apresentamos o relatório da situação atual de cada Unidade Federativa 
contido no instrumento. 
As informações apresentadas a seguir são correspondentes ao período de outubro 
de 2007 a março de 2008. 
 
ACRE 
• O Estado do Acre possui 1 estabelecimento penal exclusivos para mulheres, a Unidade 
Penitenciária 3, a qual disponibiliza 38 vagas e possui 132 presas. 
• Citada unidade custodia presas em cumprimento de pena noregime fechado, semi-
aberto e provisório. 
• Na unidade masculina Manoel Néri da Silva, de Cruzeiro do Sul, existem 2 celas 
adaptadas para mulheres, com a capacidade de 10 vagas, e atualmente com 9 presas. 
• Na delegacia de Tarauacá, existe 1 mulher cumprindo pena no regime semi-abeto. 
• O Estado não dispõe de estabelecimentos penais com creches e berçários. 
• Os 3 bebês que estão na unidade da capital dividem cela comum com suas mães e 
gestantes. 
• As presas podem permanecer por 6 meses com seus filhos, após o parto. 
• No Acre não existem projetos destinados à integração da mulher presa. 
• Há um Acordo de Cooperação entre a Secretaria Especial de Políticas para as 
Mulheres e o DEPEN, onde será formado um mutirão de ações jurídicas para a revisão 
dos processos de todas as presas do Estado. 
 
 
MULHERES ENCARCERADAS 
DIAGNÓSTICO NACIONAL 
 
 
 
 35 
ALAGOAS 
• O Estado de Alagoas possui 1 estabelecimento penal exclusivo para mulheres, a 
Penitenciária Feminina Santa Luzia. 
• Esse estabelecimento é para o regime fechado, dispondo de 74 vagas, estando 
localizado na capital do estado. Não há unidade ou local apropriado para o 
cumprimento de pena em regime semi-aberto e aberto. 
• No caso da presa progredir do regime fechado, ela é liberada do cárcere, devendo 
apenas se apresentar, a cada 30 dias, perante o Juiz de Execuções Penais. 
• Não existem alas adaptadas em unidades masculinas. 
• Na Penitenciária Feminina são proporcionadas oficinas de artesanato, cabeleireiro, 
corte e costura, pedicuro e manicuro, entre outros. 
• Há 2 salas de aula no estabelecimento, 1 sendo ocupada com curso de 
alfabetização, onde 6 presas estão assistindo às aulas; a outras sendo ocupada 
como biblioteca. 
• A Penitenciária possui somente berçário em situação precária, por falta de 
mobiliário, para os filhos das apenadas, os quais permanecem até os 4 meses de 
idade com a mãe ou 6 meses se ainda estiver amamentando. Há a possibilidade de 
permanecer até um ano quando justificado. Disponibiliza apenas 7 vagas para 
gestantes. 
• Atualmente, 4 bebês estão ocupando o berçário. 
• Há projeto para construção de um anexo à Penitenciária Feminina, para servir de 
creche para os filhos das presas de 0 a 6 anos, nos moldes da Lei de Execução 
Penal. 
• Não há projetos destinados à integração da mulher presa. 
• Segundo dados da SEDS, 65 é o número de presas em Alagoas em outubro de 
2007. 
 
 
MULHERES ENCARCERADAS 
DIAGNÓSTICO NACIONAL 
 
 
 
 36 
AMAPÁ 
• O Estado do Amapá possui 1 estabelecimento penal exclusivo para mulheres. 
• Na unidade feminina existe um berçário com vaga para 6 bebês, os quais permanecem 
com suas mães até o sexto mês. As gestantes, no sétimo mês de gestação, são separadas 
das demais e encaminhadas para a ala do berçário. Atualmente são abrigadas 3 mulheres 
com filhos no local e uma grávida. 
• Dentre as diversas atividades desenvolvidas na Penitenciária Feminina podemos citar: 
o Pintando a Liberdade (6 presas); 
o Pró-Verde (6 presas); 
o Liberdade e Cidadania (3 presas); 
o Costurando a Liberdade (confecção de roupas – 12 presas); 
o Cidadania Colorida (pintura – 10 presas); 
o Reeducanto (aulas de violão – 11 presas); 
o Serviços gerais (trabalho interno – 20 presas); 
o Serviços gerais (trabalho externo – 3 presas); 
o Brinquedoteca (atende cerca de 40 presas com seus filhos). 
• Foi encaminhado projeto para o DEPEN/MJ – Marias do Norte – visando à 
capacitação das apenadas em diversas áreas através de parceria com o Sistema “S”. 
O referido projeto aguarda aprovação. 
 
AMAZONAS 
• Quantidade de estabelecimentos penais existentes no Estado exclusivos para mulheres: 
 
Tipo de Estabelecimento Quantidade 
Penitenciária 1 
Colônia Agrícola, Industrial ou Similar - 
Casa do Albergado - 
Centro de Observação Criminológica e Triagem - 
Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico - 
Cadeia Pública 1 
Total 2 
MULHERES ENCARCERADAS 
DIAGNÓSTICO NACIONAL 
 
 
 
 37 
• A Penitenciária Feminina de Manaus é composta por 2 unidades: uma projetada para a 
custódia de presas cumprindo regime fechado e a outra unidade projetada para presas 
provisórias e cumprindo regime semi-aberto. 
• A Penitenciária Feminina de Manaus tem capacidade para custodiar 136 mulheres, e 
atualmente se encontra com 160 presas. 
• Existem delegacias mistas, em vários municípios do interior do Estado, que custodiam 
presas. 
• Nenhum estabelecimento penal dispõe de creches e berçários. 
• Há um trabalho de conscientização, realizado freqüentemente pela direção da unidade 
feminina, objetivando mostrar os malefícios da estada de bebês na unidade. Assim, as 
presas permanecem, no máximo, por 3 meses com seus filhos após o nascimento. 
• A Penitenciária Feminina de Manaus oferece cursos de costura, culinária, cabeleireira, 
manicura e pedicura, bordado, pintura em tecido, panificação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Curso Cozinha Brasil – Cadeia Pública Feminina. 
 
• O Hospital de Custódia não possui vagas para mulheres. As doentes mentais são 
supridas de remédios pelo Hospital de Custódia, porém não têm tratamento adequado 
na unidade. 
• Há interesse da Sejus em estruturar um salão de beleza permanente dentro da 
Penitenciária Feminina de Manaus. 
• Ações realizadas na Penitenciária Feminina de Manaus anualmente: 
MULHERES ENCARCERADAS 
DIAGNÓSTICO NACIONAL 
 
 
 
 38 
o Realização de campanhas de saúde de caráter preventivo, relativa a doenças 
sexualmente transmissíveis, câncer de mama, e exames papanicolau e de 
rotina, além da vacinação. 
o Desenvolvimento de atividades especiais diversas, de cunho cultural e religioso 
relativas às datas comemorativas anuais; 
o Promoção de palestras educativas sobre os aspectos inerentes à mulher e sua 
condição social; 
o Realização de atividades de lazer e recreação através de práticas desportivas e 
exibição de filmes; 
o Realização do curso de confecção de ovos de páscoa, envolvendo presas 
provisórias e sentenciadas; 
o Promoção de cursos de caráter profissionalizante que permitam um 
aprendizado rápido e fácil e não requeiram investimentos de alto custo para 
serem executados; 
o Realização do curso de confecção de artigos natalinos, envolvendo presas 
provisórias e sentenciadas; 
o Montagem de um bazar de natal, na Penitenciária Feminina, para exposição 
dos trabalhos produzidos pelas presas; 
o Montagem de um grupo de teatro composto por presas da Penitenciária 
Feminina; 
o Estabelecimento de parcerias com micro-empresas visando a disponibilização 
de vagas de trabalho às presas do regime semi-aberto e aberto; 
o Implantação de oficina de trabalho industrial para presas do regime semi-
aberto. 
 
BAHIA 
• O Estado da Bahia possui 01 (um) estabelecimento penal exclusivo para mulheres, 
Penitenciária Feminina, localizada no Complexo Penitenciário de Salvador. 
MULHERES ENCARCERADAS 
DIAGNÓSTICO NACIONAL 
 
 
 
 39 
• Na Unidade Prisional localizada na Capital do Estado da Bahia, as mulheres 
participam de atividades laborativas e educacionais, assim como são beneficiadas 
por ações de saúde e assistência social, a exemplo do atendimento extensivo a seus 
filhos em creches e escola de ensino fundamental encravadas no Complexo 
Penitenciário, onde se localiza o Conjunto Penal Feminino. 
• Em 08 estabelecimentos penais do interior existem alas adaptadas para abrigar 
mulheres. Estas alas funcionam de forma precária, não estando preparadas para 
abrigar estas mulheres. Nestas unidades a situação da mulher encarcerada se 
agrava, pois são privadas de participação nas oficinas de trabalho e das atividades 
educacionais. 
• Quanto à seara da educação, implantou-se a quarta etapa do Programa Brasil 
Alfabetizado, em parceria com a Universidade do Estado da Bahia – UNEB e 
Secretaria de Educação - SEC, com a instalação de 01 turma, beneficiando 20 
(vinte) alunas no Conjunto penal Feminino.• Foi implantado e revitalizado ponto de leitura no Conjunto Penal Feminino. 
• No que diz respeito à vertente profissionalização e trabalho, implantou-se uma 
oficina de artesanato em piaçava e palha da costa, em parceria com o Instituto 
Mauá, assim como uma oficina de costura industrial, através de convênio com 
Empresa da iniciativa privada. 
• Quanto à área de saúde, o Conjunto Penal Feminino conta com uma equipe 
mínima de saúde, cadastrada no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde, 
para garantir ações de atenção básica à saúde das internas. 
• A equipe de saúde desenvolveu, recentemente, campanha de prevenção do câncer 
de colo de útero, realizando exames preventivos em 100% da população. Também 
foram desenvolvidas ações pontuais de Planejamento Familiar, através de palestras 
realizadas pelo Distrito Cabula-Beiru da Secretaria Municipal de Saúde, com a 
distribuição de diversas modalidades de métodos contraceptivos. Na área de Saúde 
Bucal, foi desenvolvida ação preventiva, através de palestras proferidas pela 
odontóloga da equipe de saúde da Unidade. Foi realizado rastreamento de 
Tuberculose entre os sintomáticos respiratórios, em parceria com o Distrito 
MULHERES ENCARCERADAS 
DIAGNÓSTICO NACIONAL 
 
 
 
 40 
Cabula-Beiru e campanha de imunização, com cobertura vacinal de 95% da 
população. 
• Com relação à localização e inclusão da família na Execução Penal, bem como da 
assistência social e psicológica aos familiares de internas, têm sido desenvolvidas 
ações pontuais, por iniciativa do Serviço Social. Além disso, a SJCDH tem 
estimulado as ações desenvolvidas pela Fundação Dom Avelar, na Creche Nova 
Semente, destinada à assistência a filhos de pais encarcerados. 
• Em parceria com a Fundação Dom Avelar Brandão Vilela, foi construída uma 
creche próxima ao complexo penitenciário, onde são atendidos 145 filhos de 
internos em regime de internato e semi-internato. As crianças a partir do sexto mês 
são levadas para a creche, e passam a encontrar suas mães em dias de visita. 
• Segundo informações apresentadas pela Secretaria não existe berçário na Unidade 
Penal Feminina, as crianças ficam nas celas com suas mães durante o período de 
amamentação. 
• Não existem projetos destinados à integração da mulher presa. Alguns projetos, 
nesse sentido estão sendo elaborados para serem encaminhados ao DEPEN até 31 
de dezembro de 2007. 
 
CEARÁ 
• Número de estabelecimentos penais existentes no estado do Ceará exclusivos para 
mulheres: 
TIPO DE ESTABELECIMENTO QUANT. 
Penitenciária 1 
Colônia Agrícola, Industrial ou Similar 0 
Casa do Albergado 0 
Centro de Observação Criminológica e Triagem 0 
Hospitais de Custódia e Tratamento Psiquiátrico 0 
Cadeia Pública 7 
Total 8 
 
• Nos demais estabelecimentos penais não existem alas adaptadas para mulheres. 
Quando necessário são removidas para a Penitenciária Feminina após gestão dos 
juízes de execução nos termos do Código de Organização Judiciária do Estado. 
MULHERES ENCARCERADAS 
DIAGNÓSTICO NACIONAL 
 
 
 
 41 
• Apenas o Instituto Penal Feminino Desª Auri Moura Costa, localizada no Município 
de Aquiraz, possui berçário com capacidade para 15 vagas. Atualmente, abrigam 7 
mães e 8 bebês. 
• Após o nascimento as mães podem permanecer com seus filhos pelo período de até 6 
meses. 
• Os projetos destinados à integração da mulher presa são: 
o Projeto de Instrumental de Trabalho; 
o Projeto para a aquisição de Máquinas de Costura; 
o Projeto Fazendo e Aprendendo do IPF; 
o Projeto de Custeio Fábrica de Material de Limpeza; 
o Projeto de Investimento na Fábrica de Material de Limpeza; 
o Projeto de Realização de Cursos Profissionalizantes Senai/Senac; 
 
DISTRITO FEDERAL 
• O Distrito Federal possui um estabelecimento feminino, a Penitenciária Feminina do 
Distrito Federal – PFDF. 
• A Penitenciária abriga presas nos regimes fechado e semi-aberto e presas provisórias. 
Segundo informações da Diretora da Unidade, as presas são separadas por regime e 
por grau de periculosidade, todas as custodiadas ao ingressarem na Unidade são 
avaliadas para a realização de uma “triagem”. 
• Nessa Unidade existem 87 presos homens em cumprimento de medida de segurança 
e tratamento psiquiátrico custodiados em uma ala adaptada. As mulheres em medida 
de segurança são 5 e convivem com as outras presas. 
• Não existem alas adaptadas para mulheres nos estabelecimentos masculinos. 
• A Penitenciária Feminina dispõe de berçário para crianças e abriga as gestantes. 
Atualmente 4 bebês e 19 mulheres entre mães e gestantes convivem na ala destinada 
ao berçário. 
MULHERES ENCARCERADAS 
DIAGNÓSTICO NACIONAL 
 
 
 
 42 
• As mulheres são encaminhadas ao berçário tão logo comunicam a gravidez neste 
local são submetidas ao exame Beta-HCG, se confirmada a gestação estas 
permanecem ali até o sexto mês após o nascimento do filho. 
• As mãe reclusas podem permanecer por 06 meses com seus filhos. 
• A PFDF não dispõe de creche para os filhos das presas. 
• Na PFDF são desenvolvidas as seguintes atividades laborativas: 
o artesanato, como crochê e outros trabalhos manuais 
o confecção de bolsa com anéis (lacres) de latinhas de alumínio (empresa 
exportadora) 
o Confecção de embalagens de plástico (sacos de lixo) – administrado pela 
FUNAPE com 28 reeducandas trabalhando. 
• Curso profissionalizante de manicuro e cabeleireira está sendo ministrado por pessoa 
condenada à pena alternativa de prestação de serviços á comunidade, cerca de 10 
presas estão participando. 
• As mulheres possuem salas próprias para a visita íntima, porém como nos demais 
estabelecimentos penais para mulheres a ocorrência de visita íntima é rara. 
• Quanto à Assistência á Saúde a unidade possui estrutura física compatível com 
consultório para clinico geral, ginecologista, psicólogo, psiquiatra, terapeuta 
ocupacional e assistente social. Sua maior deficiência está no número de 
profissionais, pois os atendimentos são realizados da seguinte forma: 
o 01 Ginecologista – 1 vez por semana. 
o 01 Médico Clínico Geral – De segunda á sexta-feira, 06 horas diárias 
o 01 Psiquiatra – 3 vezes por semana, 06 horas por expediente. 
o 01 Assistente Social - De segunda á sexta-feira, 06 horas diárias 
o 01 Psicólogo - De segunda á sexta-feira, 06 horas diárias 
o 01 Terapeuta ocupacional - De segunda á sexta-feira, 06 horas diárias 
o 01 Odontólogo - De segunda á sexta-feira, 06 horas diárias. 
MULHERES ENCARCERADAS 
DIAGNÓSTICO NACIONAL 
 
 
 
 43 
• Atualmente está ocorrendo um mutirão de atendimento á saúde. 
• Muitos dos projetos destinados à mulher presa, principalmente, cursos de 
profissionalização, estão sendo inviabilizados pela falta de efetivo. 
 
ESPÍRITO SANTO 
• O Estado do Espírito Santo possui apenas a Penitenciária Estadual Feminina que é 
unidade exclusiva para mulheres. 
• 34 carceragens da Polícia Civil e 6 penitenciárias são unidades que custodiam 
homens e mulheres. O Hospital de Custódia também abriga presos de ambos os 
sexos. 
• A Penitenciária de Segurança Máxima de São Mateus e a Penitenciária Regional de 
Cachoeiro do Itapemirim estão sendo construídas e custodiarão ambos os sexos de 
apenados, a primeira com estrutura física distinta para cada sexo e a segunda haverá 
1 ala específica para mulheres. 
• O Estado do Espírito Santo será contemplado com uma Penitenciária Feminina do 
PRONASCI, a qual prevê a construção de 1 creche com berçário para 16 lactantes e 
abertura de novas 300 vagas. 
• A Penitenciária Estadual Feminina possui berçário com a capacidade para atender 5 
bebês. 
• A Penitenciária Regional de Cachoeiro do Itapemirim e a Penitenciária de Segurança 
Máxima de São Mateus prevêem a construção de berçários, com 4 vagas na segunda 
unidade. 
• As mães presas podem permanecer por 6 meses com seus filhos após o nascimento. 
• Existem 2 projetos destinados à integração da mulher presa, são eles: 
o ProjetoMaria Marias: 
o Projeto firmado entre a SEJUS, o Ministério da Justiça e o Sistema S. 
o Esse projeto tem ações nas áreas de: profissionalização, cidadania, atividades 
laborterápicas, integração à família, instalação de linhas produtivas, ações em 
MULHERES ENCARCERADAS 
DIAGNÓSTICO NACIONAL 
 
 
 
 44 
prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, orientação familiar, 
preparação para o mundo do trabalho, dentre outras. 
o Os recursos são provenientes do Ministério da Justiça e da SEJUS e o Sistema 
S ministra os seguintes cursos: estética e beleza, culinária, artesanato, 
empreendedorismo, costura e pintura. 
o O Sistema S e SEJUS promovem palestras com entrega de kits cidadania, nas 
seguintes áreas: prevenção bucal, prevenção das DSTs, saúde da mulher, 
alimentação, relações interpessoais e planejamento familiar. 
o Realizam o encaminhamento para atividades produtivas autônomas, visto que 
promovem o curso e após, quando a presa alcança a liberdade lhe é entregue 1 
kit com material para que ela possa iniciar seu trabalho extra-muros de forma 
autônoma. 
o É um projeto que visa implantar uma política pública para a mulher 
encarcerada, contemplando a complexidade do gênero feminino, nas questões 
relativas à profissionalização, à saúde, à família e à sua sustentabilidade, de 
forma a melhor instrumentá-las para o retorno ao convívio social, em vista do 
constante crescimento do número de mulheres presas. 
o Projeto Lilás: 
� É um projeto firmado com a Universidade Federal do Espiríto Santo 
que objetiva o desenvolvimento de atividades esportivas e lúdicas 
dentro da Penitenciária Estadual Feminina. 
� A Universidade disponibiliza os técnicos para a execução das 
atividades e a SEJUS proporciona o ambiente para que sejam 
promovidas as ações. 
� Essas atividades visam o melhoramento da qualidade de vida das 
presas, visto que o encarceramento limita as atividades físicas, assim 
são promovidas caminhadas, exercícios cardiovasculares e 
respiratórios. 
MULHERES ENCARCERADAS 
DIAGNÓSTICO NACIONAL 
 
 
 
 45 
• Há previsão de estender todas as palestras que serão ministradas através do Projeto 
Maria Marias, para as demais unidades que possuem população feminina. 
• Nas outras unidades penais que possuem alas específicas para mulheres são 
desenvolvidas atividades, tais como, artesanato, costura, limpeza, jardinagem e 
apoio administrativo. 
• Na Penitenciária Regional de Linhares, as presas desenvolvem atividades de 
bordados, artesanato e costura com o apoio da Pastoral Carcerária, além de 
trabalharem no apoio administrativo à unidade. 
 
GOIÁS 
• O Estado de Goiás possui apenas 4 estabelecimentos exclusivamente femininos, o 
Centro de Inserção Social Consuelo Nasser – CIS Consuelo Nasser, localizado no 
Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. 
• O CIS Consuelo Nasser disponibiliza 24 vagas para presas em regime fechado. Em 
janeiro de 2008, apresentava uma população carcerária de 49 detentas. 
• Em janeiro de 2008, existiam 71 presas custodiadas em carceragens de Delegacias da 
Polícia Civil. 
• As demais 258 mulheres presas do Estado de Goiás estão recolhidas em celas de 
estabelecimentos penais masculinos. 
• Em nenhuma unidade há creche ou berçário para abrigar as gestantes e seus filhos. Na 
CIS Consuelo Nasser, as mães podem permanecer 1 ano com seus filhos, na própria 
cela que ocupa, onde é colocado 1 berço. 
• Existe um projeto para a construção de berçário. 
• Quanto aos projetos destinados à mulher presa, concentramos especialmente aqueles 
voltados à saúde (programas de prevenção, câncer de mama), e eventualmente 
cursos (confeitaria, salgadeira, bijuteria) de curto prazo. No próximo mês daremos 
início a um projeto de psicologia voltado às mães encarceradas que estão grávidas, 
no sentido de esclarecer acerca dos desdobramentos da gravidez e das mudanças que 
ocorrem. 
MULHERES ENCARCERADAS 
DIAGNÓSTICO NACIONAL 
 
 
 
 46 
• Ações de atenção básica à saúde: 
o Controle de Tuberculose: Orientação realizada com doentes no sentido de 
prevenir e tratar corretamente a doença. 
o Controle de hipertensão e diabetes: Realizado diariamente com controle 
de PA e administração de medicação, diabéticos e hipertensos, recebem 
dieta específica elaborada por nutricionista. 
o Dermatologia Sanitária: São realizados tratamentos de Hanseníase, 
pediculose, escabiose, micoses doenças mais comuns entre a população 
carcerária. Através do agente de saúde são feitos os tratamentos, à 
prevenção e palestras para ensinar os cuidados básicos de higiene. 
o Saúde Bucal: Atendimento odontológico. 
o Saúde da Mulher: Objetivo de prevenir e atender a mulheres com algum 
tipo de DST, colhendo prevenção e realizando mamografias. As 
reeducandas Soro positivo são disponibilizadas tratamento no HDT. 
o Imunização: Campanha de Vacinação com todas as vacinas para a 
população carcerária. Parcerias com Escola Técnica de Enfermagem 
possibilitando a aplicação das mesmas. 
 
• Qualificação: O Projeto de Qualificação Profissional do Reeducando – 2006, 
financiado pelo Ministério da Justiça - Departamento Penitenciário Nacional, que se 
encontra em fase de execução, contempla a qualificação de 17 dezessete 
reeducandas do Centro de Inserção Social Consuelo Nasser, com curso de costura 
industrial. 
• Empregabilidade: Em abril de 2007, apresentamos ao Ministério da Justiça o 
projeto Maria Marias, que contempla ações voltadas para empregabilidade da 
mulher encarcerada e inserção no mercado. 
• Estamos aguardando ajustes no Projeto com vistas à realização do diagnóstico que 
será feito pelo “Sistema S”. 
• As ações desenvolvidas intersetorialmente e através de parcerias que visam a 
reinserção das presas são as abaixo relacionadas: 
MULHERES ENCARCERADAS 
DIAGNÓSTICO NACIONAL 
 
 
 
 47 
• Reintegração Social: 
o Doação: as reeducandas gestantes recebem apóio através de doação de 
enxovais e leite por voluntários; 
o Curso de Qualificação Profissional: são oferecidas as reeducandas cursos 
de: pedraria; salgadeira e cabeleireira (em fase de implantação); 
o Oficina Digital : através de parceria com o Comitê de Democratização da 
Informática – CDI e a Gerência de Assistência Educacional e Profissional 
são oferecidos cursos de informática às presas do Centro de Inserção Social 
Consuelo Nasser; 
o Alfabetização, BB Educar e Vaga-Lume: erradicação do analfabetismo 
na população carcerária feminina. No Centro de Inserção Social Consuelo 
Nasser, apenas 10 reeducandas estão no Projeto, vez que as demais foram 
todas alfabetizadas; 
o Curso de Extensão em Teologia: através de parceria com o Ministério 
Fama e a Gerência de Assistência Educacional e Profissional são 
oferecidos cursos de teologia para as presas que concluíram o 2º grau; 
o Curso de Inglês: curso de inglês em nível iniciante, através de parceria 
com o Instituto Chicago de Idiomas; 
o Assistência à Saúde da Mulher: são realizadas campanhas de Exames 
Ginecológicos, Hanseníase, Tuberculose e Tosse, quinzenalmente são 
ministradas palestras sobre DST em parceria do Hospital de Doenças 
Tropicais. 
o Qualidade na Saúde da Mulher: através de parceria com a Faculdade 
Padrão e a Gerência de Assistência à Saúde, houve a criação da primeira 
Clinica Escola dentro do Sistema Penitenciário. Os alunos dos dois últimos 
anos de enfermagem, fisioterapia e biomedicina da Faculdade Padrão, 
fazem atendimento através de estágios supervisionados, das 7:00 h às 
17:00h; 
MULHERES ENCARCERADAS 
DIAGNÓSTICO NACIONAL 
 
 
 
 48 
o Comemoração do Dia das Mães: são confeccionadas “maçãs do amor”, 
para que sejam presenteadas pelos filhos(as) às mães no seu dia; 
o Comemoração do Dia Internacional da Mulher: neste dia são 
dispensadas às presas o “O Dia da Beleza”, a perfumaria O Boticário é 
parceiro nesta ação. 
o Comemoração do Dia da Criança: através de várias parcerias, no Dia da 
Criança é montado umcirco para apresentações de palhaços, Charles 
Chaplin, teatro, recreação com a equipe da Agência de Cultura, mesa 
temática com bolo, doces, picolé, cachorro quente e doação de brinquedos; 
o Casamento Comunitário: 70 casais tiveram a oportunidade de regularizar 
sua situação civil, sendo que 5 noivas eram presas do Centro de Inserção 
Social Consuelo Nasser. Através de parcerias foram cedidos os vestidos de 
noivas; 
 
 Casamento coletivo realizado no Centro de Inserção Social Consuelo Nasser. 
o Batismo: cerca de 90% da população carcerária feminina são da religião 
evangélica. Recentemente foi realizado o batismo pela Igreja Evangélica. 
o Auxílio Reclusão: através de parceria com o INSS, são feitos atendimentos 
direcionados para concessão do auxilio-reclusão. 
• Produção Industrial: cada presa recebe um berço para que seja colocado na cela, 
para acomodar a criança. 
MULHERES ENCARCERADAS 
DIAGNÓSTICO NACIONAL 
 
 
 
 49 
 
MARANHÃO 
• Número de estabelecimentos penais existentes no Estado do Maranhão exclusivos para 
mulheres: 
TIPO DE ESTABELECIMENTO QUANT. 
Penitenciária 1 
Colônia Agrícola, Industrial ou Similar 0 
Casa do Albergado 0 
Centro de Observação Criminológica e Triagem 0 
Hospitais de Custódia e Tratamento Psiquiátrico 0 
Cadeia Pública 0 
Total 1 
 
• Nos demais estabelecimentos penais masculinos existem 43 vagas, sendo 4 vagas na 
CCPJ de Caxias; 7 na CCPJ Imperatriz; 20 no Centro de Ressocialização de Pedreiras; 
12 no Centro de Ressocialização de Timon. 
• Na unidade feminina existe um berçário com vaga para 6 bebês, os quais permanecem 
com suas mães até o sexto mês. 
• Em conjunto com entidades religiosas são promovidos cursos como: bijuterias, pintura 
em tecidos, biscuit, etc. 
• Em conjunto com a Secretaria de Estado da Mulher, existe projeto de criação de uma 
Casa do Albergado Feminina com recursos federais. 
• Outro objetivo da Sesec é promover um curso de capacitação específico para os 
agentes que atuam na custódia das mulheres. 
 
MATO GROSSO 
• Quantidade de estabelecimentos penais existentes no Estado exclusivos para mulheres: 
 
Tipo de Estabelecimento Quantidade 
Penitenciária 1 
Colônia Agrícola, Industrial ou Similar - 
Casa do Albergado - 
Centro de Observação Criminológica e Triagem - 
Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico - 
Cadeia Pública - 
Total 1 
MULHERES ENCARCERADAS 
DIAGNÓSTICO NACIONAL 
 
 
 
 50 
• A Penitenciária Ana Maria do Couto May, em Cuiabá, projetada para a custódia de 
presas para o cumprimento do regime fechado, entretanto possui presas de todos os 
regimes, inclusive provisórias. Este Estabelecimento tem capacidade para custodiar 
180 mulheres, e atualmente se encontra com 204 presas. Dessas, 49 são condenadas a 
cumprimento em regime fechado. 
• Existem alas adaptadas para mulheres em Cadeias Públicas, destinando 45 celas para 
esse gênero, com capacidade para abrigar 246 presas. 
• Projeto Pupituti – parceira entre a Saju e a Empresa Pupituti, implantado na 
Penitenciária Ana Maria do Couto May, em Cuiabá, pelo qual 15 presas foram 
capacitadas para confeccionarem bonecas. São remuneradas com 50% do valor 
auferido com a venda dos produtos. Há encomendas da Arábia Saudita, Alemanha, 
França, Itália, Espanha e Portugal, além dos estados de Goiás, Distrito Federal e São 
Paulo. Em 2008, há previsão de ampliação para 25 postos de trabalho. 
• Projeto Educação e Saúde para a Mulher - a Saju firmou parceria com a Secretaria 
Municipal de Saúde de Cuiabá, para que sejam ministradas palestras na Penitenciária 
Ana Maria do Couto May, nas áreas de sexualidade, saúde mental, direitos da mulher, 
violência doméstica e boas maneiras, vida e saúde. Desde 2007 mais de 200 mulheres 
foram contempladas pelo Projeto. 
• Projeto Mc Dia Feliz, parceria firmada com o McDonald´s pelo qual no dia da criança, 
os filhos das presas são recebidos na Penitenciária Ana Maria do Couto May para 
passar o dia com suas mães, e o McDonald´s fornece decoração e alimentação para as 
mães e crianças. 
• Projeto “Se Menina” – firmando com Secretaria Municipal de Cultura e a Saju, visa 
trabalhar a cultura, a história, a arte, o autoconhecimento pelo qual beneficia 30 
presas. Em dezembro de 2007, 10 presas que integravam o Grupo de Dança Cururu e 
Siriri, saíram em liberdade e continuam realizando apresentações, gerando 
empregabilidade e renda para as mesmas. 
• Projeto Ampliação das Oficinas Produtivas na Penitenciária Ana Maria do Couto May, 
visa implantar novas oficinas de trabalho e implementar melhorias nas existentes, tais 
MULHERES ENCARCERADAS 
DIAGNÓSTICO NACIONAL 
 
 
 
 51 
como, fraldas e absorventes, costura, salgados, estética (salão de beleza). Beneficia 
atualmente 92 presas. 
• A Saju firmou convênio com a Rede Cemat, empresa concessionária de energia 
elétrica, no qual 20 presas participaram até setembro de 2007, na confecção de 
uniformes para os eletricitários e as terceirizadas. O curso de capacitação foi 
ministrado pela Setec – Secretaria de Trabalho, Emprego e Cidadania do Estado de 
Mato Grosso. As máquinas de costura foram doadas para a Penitenciária Ana Maria do 
Couto May. Estão sendo desenvolvidas ações para a renovação desse convênio. 
• Não existem presas custodiadas em delegacias da Polícia Civil. 
• Apenas a Penitenciária Ana Maria do Couto May, em Cuiabá, possui creche e berçário 
com 5 berços e 1 cama e capacidade de abrigar 20 crianças. Durante o dia, as crianças 
permanecem na creche e berçário e passam a noite com as mães em celas separadas 
das demais. 
 
 Fábrica de uniformes instalada na Penitenciária Ana Maria Couto May. 
• Atualmente, exitem 6 gestantes na Penitenciária Ana Maria do Couto May e na creche 
estão sendo atendidas 10 crianças. 
• As gestantes das Cadeias Públicas (independente se condenadas ou não), a partir do 
quinto mês de gestação são transferidas para a Penitenciária Ana Maria do Couto May. 
MULHERES ENCARCERADAS 
DIAGNÓSTICO NACIONAL 
 
 
 
 52 
• As crianças ficam com as mães, nas unidades penais, até os 2 anos de idade. 
• A Penitenciária Feminina de Cuiabá oferece cursos de costura, culinária, cabeleireira, 
manicura e pedicura, salgados, fábrica de bonecas, etc. 
• Para as mulheres da penitenciária feminina freqüentemente são oferecidas palestras de 
prevenção sobre câncer de mama, colo de útero, DSTs; assim como são realizados 
exames de papanicolau. As palestras são realizadas pela própria equipe da 
penitenciária e equipe de saúde. 
 
MATO GROSSO DO SUL 
• Quantidade de estabelecimentos penais existentes no Estado exclusivos para 
mulheres: 
 
Tipo de Estabelecimento Quantidade 
Penitenciária 1 
Colônia Agrícola, Industrial ou Similar 0 
Casa do Albergado 2 
Centro de Observação Criminológica e Triagem - 
Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico - 
Cadeia Pública (Presídio) 6 
Total 9 
 
• Apenas o Estabelecimento Penal Feminino Irmã Irma Zorzi, localizado em Campo 
Grande/MS dispõe de creche e berçário com 15 vagas e atualmente abriga 6 bebês. 
• As mães podem permanecer com seus filhos até 2 anos após o nascimento. 
• Existem projetos destinados à integração da mulher presa, na área de qualificação 
profissional, exposições de artesanato, teatro, coral, programa de saúde da mulher, 
DST/AIDS, Pré-Natal, controle de diabetes e hipertensão. 
• No ano de 2007, foram capacitadas 100% das mulheres do regime semi-aberto, 
aberto e as que alcançaram o livramento condicional, da capital, nas áreas de 
inclusão digital, estética, embelezamento, manicuro e pedicuro, em convênio com 
Funtrab – Fundação do Trabalho e Qualificação Profissional e a Coordenadoria de 
Políticas Públicas para as Mulheres. O Governo do Estado disponibilizou recursos 
MULHERES ENCARCERADAS 
DIAGNÓSTICO NACIONAL 
 
 
 
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financeiros para que as presas montassem oficinas de trabalho própriaspara 
iniciarem na profissão. 
• I e II Congresso Estadual de Políticas Públicas para as Mulheres foi realizado em 
Campo Grande, no ano de 2007, englobando discussões acerca da problemática 
penal feminina e reinvindicações das apenadas do sistema penitenciário local. 
Participaram do evento representantes do Poder Judiciário, Poder Executivo, dos 
negros, dos índios, 20 presas, entre outros. 
• No Congresso Nacional de Políticas Públicas para as Mulheres, realizado em 
Brasília, em 2007, participaram 2 delegadas (representantes das presas) que foram 
acompanhadas pela Delegação do Estado do Mato Grosso do Sul, para expor as 
reinvindicações da população encarcerada do Estado. Um dos resultados efetivos 
das oficinas realizadas, foi a elaboração pela Defensoria Pública de um Projeto de 
Mutirão para realizar assistência jurídica para o público feminino. 
 
MINAS GERAIS 
• O Estado de Minas Gerais possui 3 estabelecimentos penais exclusivos para 
mulheres, os quais disponibilizam 308 vagas, são eles: Complexo Penitenciário 
Feminino Estevão Pinto, em Belo Horizonte e Presídios José Abranches Gonçalves 
e o Centro de Remanejamento do Sistema Prisional Centrosul, estes localizados na 
região metropolitana. 
• O primeiro estabelecimento penal é destinado ao regime fechado, semi-aberto e 
aberto e os dois últimos para o regime fechado. 
• 478 vagas são disponibilizadas em 20 unidades penais em alas adaptadas em 
unidades masculinas. 
• Nos 3 hospitais de custódia e tratamento penal também são ofertadas vagas para 
mulheres. 
• Apenas o Complexo Penitenciário Feminino possui creche e berçário para os filhos 
das presas, num total de 20 vagas adequadas, porém insuficientes às necessidades 
atuais, sendo que os filhos permanecem até 1 ano de idade com a mãe. 
MULHERES ENCARCERADAS 
DIAGNÓSTICO NACIONAL 
 
 
 
 54 
 
 Berçário 
 
• O Programa de Reintegração Social de Egressos do Sistema Prisional visa o 
atendimento também da mulheres egressas, prestando assistência e orientação as 
mesmas. 
• Há um projeto para criação do “Centro de Referência da Gestante Privada de 
Liberdade – Anexo Creche” já aprovado pelo DEPEN, com previsão de ser 
construída no terreno do Presídio Feminino José Abranches Gonçalves, em 
Ribeirão das Neves, que atenderá a 100 gestantes privadas de liberdade. 
 
PARÁ 
• A Superintendência possui apenas um estabelecimento penal exclusivo para 
mulheres. O Centro de Reeducação Feminino tem capacidade de 204 vagas, mas 
atualmente abriga 229 presas. 
• Nos demais estabelecimentos penais não existe uma capacidade específica de 
vagas para mulheres. Segundo informações da SUSIPE, disponibiliza-se vaga de 
acordo com a demanda. 
• Nenhum estabelecimento penal dispõe de creches e berçários. Porém há previsão 
de construção de um berçário na Casa de Reeducação Feminina de Ananindeua 
MULHERES ENCARCERADAS 
DIAGNÓSTICO NACIONAL 
 
 
 
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fruto de convênio com DEPEN, no valor de R$ 693.781,61 (seiscentos e noventa e 
três mil, setecentos e oitenta e um reais e sessenta e um centavos) cuja 
contrapartida do estado é de 10%. 
• Projetos destinados à integração da mulher presa: 
o PROJETO PINTANDO A LIBERDADE – Parceria firmada entre o 
Governo Federal através do Ministério do Esporte, a Secretaria de Esporte 
e Lazer – SEEL e a Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado 
do Pará – SUSIPE. 
 
São confeccionadas camisetas e shorts, as internas selecionadas passam por 
um período de capacitação e treinamento realizados por profissionais 
qualificados que trabalham na fábrica de costura e serigrafia. Mão-de-obra 
utilizada: 40 internas, na maioria sentenciadas, as provisórias somente são 
utilizadas quando aquelas não comportam a demanda. 
o PROJETO DE DESCASQUE DE ALHO – Parceria firmada entre a 
unidade empresarial Tapajós e a Superintendência do Sistema Penitenciário 
do Estado do Pará. O trabalho é desenvolvido por 40 presas. Nesta 
atividade se utiliza mão-de-obra das internas provisórias. 
o LIXAMENTO DE MÓVEIS – Projeto em fase inicial de implantação. 15 
internas são beneficiadas. 
MULHERES ENCARCERADAS 
DIAGNÓSTICO NACIONAL 
 
 
 
 56 
o PROJETO DE ARTESANATO – Objetiva a confecção de trabalhos 
manuais, tais como tapetes, ursinhos, bichinhos diversos. O trabalho é 
realizado tanto pelas internas sentenciadas como as provisórias. Número de 
internas: livre, visto à facilidade para fabricação, que pode ocorrer nas 
próprias celas. 
 
o SERVIÇOS GERAIS – 09 internas são responsáveis pela limpeza e 
manutenção da Casa Penal, com exceção na parte interna das celas, as 
quais são de responsabilidade das presas que ocupam as mesmas. 
o COZINHA – 14 internas trabalham nos afazeres e na elaboração de 
alimentos e limpeza da cozinha penitenciária. 
o OFICINAS DE BISCUIT E EMBALAGENS – 10 internas participam das 
oficinas realizadas com a parceria de voluntários, que ministram as oficinas 
e se responsabilizam pela doação de matéria prima. 
o BIBLIOTECA – a biblioteca funciona de segunda a sexta-feira e atende 
cerca de 80 pedidos mensais. A grande maioria dos livros é proveniente de 
doações e pela Fundação Tancredo Neves. 
o ASSISTÊNCIA RELIGIOSA – a assistência religiosa ocupa um papel 
relevante na educação da presa. Há uma participação voluntária e 
sistemática de diversas entidades religiosas que desenvolvem essas 
atividades. Dentre elas: Igreja Católica, Assembléia de Deus, Igreja 
Universal do Reino de Deus e Igreja Batista. 
 
MULHERES ENCARCERADAS 
DIAGNÓSTICO NACIONAL 
 
 
 
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PARANÁ 
• O estado do Paraná possui 2 estabelecimentos exclusivamente femininos, os quais 
disponibilizam 448 vagas, são eles: Penitenciária Feminina do Paraná – PFP e Centro 
de Regime Semi-Aberto Feminino de Curitiba – CRAF. 
• O primeiro estabelecimento penal é destinado ao regime fechado e o último é 
destinado ao regime semi-aberto. Não há estabelecimento para o cumprimento do 
regime aberto. 
• Há no Complexo Médico Penal - CMP, uma ala exclusiva com 45 vagas para presas, 
sendo 30 vagas para cumprimento de medida de segurança. 
• A Penitenciária Feminina do Paraná tem capacidade para atender 342 presas e oferece 
canteiros de trabalho para 55% da população encarcerada. A unidade possui uma 
creche composta de dormitórios, área de lazer, brinquedos, jardim, playground, com 
capacidade para 40 crianças e um berçário com capacidade para 12 crianças. 
• O Centro de Regime Semi-Aberto Feminino tem capacidade para atender 106 presas, 
possuindo lotação média de 100 presas, das quais 70% emprega sua mão-de-obra em 
atividades de manutenção, artesanato e prestação de serviços nos 15 canteiros de 
trabalho existentes. A referida unidade dispõe de berçário, com capacidade para 
atender 5 crianças. 
• Nas unidades com creches e berçários, a criança pode permanecer com a mãe por 
período integral até os seis meses de vida. Dos 6 meses aos 6 anos, a criança 
permanece com a mãe durante 13,5h por dia. 
• Existem vários projetos que visam a ressocialização da mulher presa, bem como a 
inclusão das mesmas no mercado de trabalho, entre eles: educação formal (ensino 
fundamental e médio), trabalho em empresas e cursos profissionalizantes em parceria 
com instituições (ONG’s, PROVOPAR, SENAR, SENAI, etc) de: manicuro, pedicuro, 
cabeleireira, panificação, conservação de alimentos e fabricação de conservas, corte e 
costura etc. 
MULHERES ENCARCERADAS 
DIAGNÓSTICO NACIONAL 
 
 
 
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 Berçário na Penitenciária Feminina do Paraná – PFP. 
 
PARAÍBA 
• O Estado da Paraíba possui 2 estabelecimentos penais exclusivos para mulheres, são 
eles: 
o Centro de Reeducação Feminino Maria Julia Maranhão. 
� Neste estabelecimento existem 16 celas com capacidade para 8 presas cada 
uma. Porém, atualmente existem em média 15 presas em cada cela. 
o Penitenciária Regional Feminina de Campina Grande. 
• Existem

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