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331824194-Fundamentos-comunicacao-Modulo-01-Automacao-SENAI

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Fundamentos da 
Comunicação 
Módulo Básico 
 
 
 
 
 
SENAI-RS – SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL 
DEPARTAMENTO REGIONAL DO RIO GRANDE DO SUL 
 
Material didático desenvolvido para o curso de 
Técnico em Automação 
Industrial 
 
Nádia Fassbinder - Léo Asquidamini 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 SENAI/CETEMP - Técnico em Automação Industrial 
 
ESCOLA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL SENAI – PLÍNIO GILBERTO KROEFF 
 
 
CONSELHO REGIONAL 
 Presidente Nato 
Heitor José Müller – Presidente do Sistema FIERGS 
 
 
Conselheiros Representantes das Atividades Industriais - FIERGS 
 
Titulares Suplentes 
 
Ademar De Gasperi Arlindo Paludo 
Pedro Antônio Leivas Leite Eduardo R. Kunst 
Paulo Vanzzeto Garcia Ricardo Wirth 
Astor Milton Schmitt Nelson Eggers 
 
 
Representantes do Ministério da Educação 
 
Titular Suplente 
Antônio Carlos Barum Brod Renato Louzada Meireles 
 
 
Representante do Ministério do Trabalho e Emprego 
 
Titular Suplente 
Leonor da Costa Flávio Pércio Zacher 
 
 
Representante dos Trabalhadores 
 
Titular Suplente 
Jurandir Damin Enio Klein 
 
 
Diretor Regional e Membro Nato do Conselho Regional do SENAI-RS 
José Zortea 
 
 
DIRETORIA SENAI-RS 
 
José Zortea – Diretor Regional 
Carlos Artur Trein – Diretor de Operações 
 
Carlos Heitor Zuanazzi – Diretor Administrativo e Financeiro 
ESCOLA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL-SENAI-PLÍNIO GILBERTO KROEFF 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 SENAI/CETEMP - Técnico em Automação Industrial 
 
ESCOLA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL SENAI – PLÍNIO GILBERTO KROEFF 
 
 
SUMÁRIO 
 
SUMÁRIO ................................................................................................................................................. 3 
INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................... 5 
1. NORMAS DA LINGUAGEM CULTA .............................................................................................. 6 
1.1. A LINGUAGEM E A COMUNICAÇÃO ....................................................................... 6 
 ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO .................................................................... 14 
1.2. TEXTO ORAL E TEXTO ESCRITO ........................................................................16 
 REPETIÇÃO ........................................................................................................ 17 
 PROGRESSÃO ................................................................................................... 17 
 NÃO CONTRADIÇÃO ......................................................................................... 18 
 RELAÇÃO ............................................................................................................ 20 
 ORIGINALIDADE................................................................................................. 20 
 A CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS ...................................................................... 24 
1.3. RELATÓRIO ............................................................................................................31 
 NORMAS PARA A ELABORAÇÃO DE UM RELATÓRIO .................................. 31 
 EXTENSÃO ADEQUADA .................................................................................... 32 
 LINGUAGEM ....................................................................................................... 32 
 REDAÇÃO ........................................................................................................... 32 
 OBJETIVIDADE ................................................................................................... 32 
 EXATIDÃO ........................................................................................................... 32 
 CONCLUSÃO ...................................................................................................... 32 
 APRESENTAÇÃO ............................................................................................... 32 
 ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO ........................................................................ 32 
1.4. COMO REDIGIR RESUMOS ...................................................................................34 
 CONCEITO: ......................................................................................................... 34 
 DIFERENÇA ENTRE SINOPSE E RESENHA: ................................................. 35 
 CURRÍCULO ....................................................................................................... 35 
1.5. PARÁFRASE ...........................................................................................................39 
 CONCEITO: ......................................................................................................... 39 
2. TEXTO TÉCNICO PORTUGUÊS/INGLÊS ...................................................................................40 
2.1. GRAMMAR REFERENCE ......................................................................................40 
 PRONOUNS (PRONOMES) ............................................................................... 40 
 ADJETIVOS POSSESSIVOS .............................................................................. 44 
 ARTICLES (ARTIGOS) ...................................................................................... 45 
 AUXILIARES - "CAN / COULD" .......................................................................... 47 
 VERBOS AUXILIARES - "TO BE / DO" .............................................................. 48 
 PRESENT CONTINUOUS .................................................................................. 49 
 CONJUNÇÕES .................................................................................................... 50 
 SIMPLE PAST .................................................................................................... 50 
 INTERROGATIVE PRONOUNS ........................................................................ 52 
 PLURAL DOS SUBSTANTIVOS ......................................................................... 53 
 THERE IS / THERE ARE .................................................................................... 54 
 PREDICTION: WILL ............................................................................................ 54 
2.2. VOCABULARY ........................................................................................................55 
 LOOK AT THE VERB-NOUN COLLOCATIONS. ................................................ 55 
 COMPUTER PARTS ........................................................................................... 56 
 TECHNICAL VOCABULARY ............................................................................... 58 
 INDUSTRIAL AUTOMATION MINI DICTIONARY (SENSORS) ......................... 66 
3. TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO ...............................................................................................69 
3.1. MS WORD ................................................................................................................70 
3.2. MS EXCEL ...............................................................................................................71 
 
4 
 
 
 
 
 
 
 SENAI/CETEMP - Técnico em Automação Industrial 
 
ESCOLA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL SENAI – PLÍNIO GILBERTO KROEFF 
 
3.3. MS POWER POINT .................................................................................................72 
4. REFERÊNCIAS .............................................................................................................................73 
5. MINI CURRÍCULO DOS AUTORES .............................................................................................74 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
 
 
 
 SENAI/CETEMP - Técnico em Automação Industrial 
 
ESCOLA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL SENAI – PLÍNIO GILBERTO KROEFF 
 
INTRODUÇÃOÉ a unidade curricular que compõe o currículo, o módulo básico de Automação 
Industrial, constituída, numa visão interdisciplinar, por conjuntos coerentes e significativos de 
fundamentos técnicos e científicos ou capacidades técnicas, sociais, organizativas e 
metodológicas, conhecimentos, habilidades e atitudes profissionais, independentes em 
termos formativos e de avaliação durante o processo de aprendizagem. 
Nesta Unidade Curricular, os alunos ampliam suas capacidades comunicativas em 
diferentes formas através do fortalecimento dos fundamentos técnicos e científicos 
requeridos para o desenvolvimento das competências profissionais do técnico em 
Automação. 
Seu caráter transversal reforça a ideia de que a comunicação é necessária e cada 
vez mais importante na atividade profissional. 
Esta apostila foi elaborada com o objetivo de facilitar o aprendizado no que diz respeito à 
interpretação de textos técnicos em língua portuguesa e língua estrangeira (Inglês), 
aplicação dos princípios da redação técnica, comunicação oral e escrita, pesquisa de 
informações técnicas em literatura específica, inclusive em meio eletrônico, visando 
desenvolver conhecimentos em: 
- Normas da linguagem culta 
- Texto Técnico Português/Inglês 
- Tecnologia da Informação 
 
MÓDULOS UNIDADES CURRICULARES 
Módulo 
Básico 
 
 FUNDAMENTOS DA COMUNICAÇÃO 
 Fundamentos da Eletrotécnica; 
 Fundamentos de Mecânica 
Módulo 
Introdutório 
 
 Acionamento de Dispositivos Atuadores; 
 Processamento de Sinais 
 
Módulo 
Específico I 
 
 Gestão da Manutenção; 
 Implementação de Equipamentos Dispositivos; 
 Instrumentação e Controle; 
 Manutenção de Equipamentos e Dispositivos. 
Módulo 
Específico II 
 
 Desenvolvimento de Sistemas de Controle; 
 Sistemas Lógicos Programáveis; 
 Técnicas de Controle 
 
 
6 
 
 
 
 
 
 
 SENAI/CETEMP - Técnico em Automação Industrial 
 
ESCOLA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL SENAI – PLÍNIO GILBERTO KROEFF 
 
1. NORMAS DA LINGUAGEM CULTA 
1.1. A LINGUAGEM E A COMUNICAÇÃO 
A linguagem é o veículo pelo qual foi possível preservar o conhecimento acumulado 
pelos seres humanos. É inconcebível a vida humana na forma como a conhecemos sem a 
linguagem, ela está presente em tudo o que nos rodeia e é por meio dela que nos 
relacionamos com os outros, expressamos emoções e pensamentos. Também utilizamos a 
linguagem para receber e transmitir informações, podendo compartilhar nossas 
experiências, ou seja, ela serve de instrumento de socialização. 
Sabemos que os animais possuem a habilidade de comunicar-se, mas isso ocorre de 
uma maneira diferente em relação aos homens, já que a linguagem humana não se limita 
aos sinais. Ela expressa e constitui a cultura de uma pessoa ou de um grupo, isto é, a 
linguagem constitui o indivíduo, a sociedade. Em consequência disso, é característica da 
linguagem a sua constante renovação, pois ela acompanha os movimentos da sociedade, 
com os seus progressos e suas conquistas, além de favorecer a criatividade humana. 
Sabemos muito sobre a linguagem com base nos diversos estudos existentes, mas, 
apesar disso, sua origem ainda é incerta. Existem muitas teorias acerca de como o homem 
começou a usá-la, abrangendo a ideia de que Adão teria recebido de Deus a habilidade de 
falar, bem como a suposição de que a origem da linguagem esteja ligada à tentativa de o 
homem imitar sons naturais. 
Marilena Chauí, filósofa brasileira, afirma que uma das possíveis origens da 
linguagem pode ter sido a manifestação de sons expressos pelo homem primitivo 
objetivando apontar necessidades, tais como fome e sede, ou para imitar ruídos da natureza 
ou para expressar sentimentos. Esses sons, ao longo do tempo, sofreram alterações e 
passaram a constituir as línguas. 
Mas foi a escrita que possibilitou o registro e a transmissão dos conhecimentos. Há 
também várias hipóteses sobre a sua origem e parte-se do pressuposto de que tenha 
começado com os desenhos feitos em cavernas pelo homem primitivo. O primeiro registro 
da linguagem escrita remonta a 3150 a.C. Trata-se da escrita cuneiforme (proveniente do 
latim cuneus, “cunha”), a qual era usada por servos de templos sumérios na antiga 
Mesopotâmia. Era feita em tabletes de barro e o objetivo era controlar o número de animais 
e outros bens pertencentes aos templos. 
 
7 
 
 
 
 
 
 
 SENAI/CETEMP - Técnico em Automação Industrial 
 
ESCOLA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL SENAI – PLÍNIO GILBERTO KROEFF 
 
 
Disponível em: <http://www.infoescola.com/civilizacoes-antigas/escrita-cuneiforme/> 
Acesso em: 07 mai. 12. 
 
Também se deve referir a civilização egípcia, por volta de 3000 a.C., que usava um 
sistema de caracteres semelhante ao dos sumérios. Sua escrita era constituída dos 
hieróglifos, com a utilização de papiro, um material preparado com tiras provenientes de 
uma planta aquática existente no Rio Nilo. Posteriormente, o papiro cedeu lugar ao 
pergaminho, o qual era feito com pele tratada de animais. Ele serviu de suporte para 
escrever desde a Antiguidade até a Idade Média (séculos V a XV), sendo substituído, mais 
tarde, pelo papel. Com o uso do papel, verificou-se uma evolução no registro da linguagem, 
cujo marco principal foi a invenção da impressora de tipos móveis, pelo alemão Johannes 
Gutenberg (1398-1468). Isso possibilitou o surgimento da imprensa, em 1448, acarretando 
ampla difusão de livros, jornais etc. Daí em diante, o processo evolutivo não parou mais, 
pelo contrário, surgiram outros veículos para a propagação da linguagem, como o rádio, a 
televisão, o computador e o celular. 
 
Disponível em: < http://www.gettyimages.pt/detail/ilustra%C3%A7%C3%A3o/men-
holding-progression-of-cell-phones-through-the-years-gr%C3%A1fico-stock/94257179> 
Acesso em: 07 mai. 12. 
 
 
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 SENAI/CETEMP - Técnico em Automação Industrial 
 
ESCOLA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL SENAI – PLÍNIO GILBERTO KROEFF 
 
 
Disponível em: <http://brainstormingtmc.blogspot.com.br/2009/12/perspectiva-
historica-da-evolucao-da.html> 
Acesso em: 07 mai. 12. 
 
Ambas as modalidades - fala e escrita - evidenciam o quanto é fundamental 
comunicar-se na vida em sociedade. Essa importância é também constatada no mundo 
profissional, pois, além de termos domínio de determinado conhecimento, é imprescindível 
sabermos nos expressar adequadamente nos diversos contextos sócio discursivos. 
A finalidade da linguagem é a comunicação e, nesse sentido, devemos mencionar a 
linguagem verbal e a não verbal. O termo “verbal” deriva da expressão latina uerbum, que 
significa “palavra”. Mas também é possível nos comunicarmos por meio da linguagem não 
verbal e, no nosso cotidiano, podemos verificar que uma imagem é capaz de dizer muitas 
coisas, como observamos a seguir. 
 
 
Disponível em: <http://www.gettyimages.pt/detail/foto/man-with-finger-on-lips-close-
up-imagem-royalty-free/84871629 > 
Acesso em: 06 mai. 12. 
 
 
A imagem acima é um texto não verbal, ou seja, não contém palavras escritas ou 
faladas, no entanto produz um sentido. 
 
9 
 
 
 
 
 
 
 SENAI/CETEMP - Técnico em Automação Industrial 
 
ESCOLA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL SENAI – PLÍNIO GILBERTO KROEFF 
 
Observamos que tem crescido o uso da linguagem não verbal na atualidade e isso se 
deve, especialmente, ao desenvolvimento dos meios de comunicação audiovisual, 
destacando-se a linguagem virtual utilizada nos meios eletrônicos, como a Internet. 
É importante que façamos uma breve reflexão sobre alguns princípios gerais que 
norteiam toda ação comunicativa. Falar e escrever são ações comunicativas e, para que tais 
ações sejam eficazes, é preciso que entendamos, antes de tudo, o que significa 
comunicar. 
 
 
Disponível em: < http://www.gettyimages.pt/detail/foto/portrait-of-smiling-
businesswoman-holding-speech-imagem-royalty-free/137087474> 
Acesso em: 06 mai. 12. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para ampliar a sua competência comunicativa, o comunicador deve saber quais 
são as formas mais adaptadase pertinentes para serem aplicadas em uma 
determinada situação de comunicação. 
 
COMUNICAR é adaptar-
se a uma situação de comunicação 
e engajar-se em uma interação 
com alguém. 
 
10 
 
 
 
 
 
 
 SENAI/CETEMP - Técnico em Automação Industrial 
 
ESCOLA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL SENAI – PLÍNIO GILBERTO KROEFF 
 
 
 
Comunicar é “pôr em comum”. Nesse sentido, não há comunicação unilateral ou 
solitária. Toda comunicação inclui um parceiro. Essas são as noções fundamentais que um 
comunicador deve saber para iniciar um projeto de comunicação cujo objetivo seja atingir a 
eficácia. 
 
 
 
 
 
Disponível em: <http://www.gettyimages.pt/detail/foto/tin-can-phone-imagem-royalty-
free/108178292> 
Acesso em: 06 mai. 12. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ela nos permite entrar em relação com outras pessoas, trocar informações, 
expressar afetos e emoções, solicitar o auxílio do outro, levar o outro a agir, influenciá-lo em 
suas decisões e ações. É através da linguagem que materializamos nossas intenções em 
relação ao outro. 
A linguagem é um instrumento eficaz para atingir 
objetivos em um mundo marcado pela complexidade de 
relações humanas. 
 
 
11 
 
 
 
 
 
 
 SENAI/CETEMP - Técnico em Automação Industrial 
 
ESCOLA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL SENAI – PLÍNIO GILBERTO KROEFF 
 
 
Disponível em: <http://www.gettyimages.pt/detail/foto/silhouette-of-man-and-woman-
arguing-imagem-royalty-free/COU_084> 
Acesso em: 06 mai. 12. 
 
Segundo Peter Drucker, um dos pensadores modernos da Administração, 60% de 
todos os problemas administrativos resultam de ineficiência e falhas na comunicação. 
 
Disponível em: < http://www.implantandomarketing.com/desculpe-houve-uma-falha-
de-comunicacao/> 
Acesso em: 06 mai. 12. 
 
Não só na área empresarial, mas também em todos os outros domínios que 
demandam relações entre pessoas, a comunicação é importante e sua ineficiência pode 
causar prejuízos materiais, afetivos e pessoais. 
 
Assim, para que possamos dar prosseguimento ao nosso estudo, precisamos 
estudar o que é texto, contexto e constituintes textuais. 
A palavra texto provém do latim textum, que significa “tecido, entrelaçamento”, isto é, 
um texto decorre da ação de tecer, de entrelaçar unidades e partes, a fim de formar um todo 
inter-relacionado, o que garante sua coesão, sua unidade. 
 
12 
 
 
 
 
 
 
 SENAI/CETEMP - Técnico em Automação Industrial 
 
ESCOLA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL SENAI – PLÍNIO GILBERTO KROEFF 
 
Um texto não é um simples aglomerado de frases, mas uma sequência organizada 
delas relacionadas num todo. Além disso, o significado das frases não é autônomo, isto é, 
não podemos isolar uma frase de um texto e conferir-lhe qualquer significado, pois um 
enunciado deve estar sempre inserido num contexto comunicacional. 
Dessa forma, para entender qualquer parte de um texto, é necessário confrontá-la 
com as demais partes que o compõem, a fim de não lhe atribuir um significado diferente do 
que ela realmente tem. Enfim, para fazer uma boa leitura, devemos sempre considerar o 
contexto em que o fragmento lido está inserido.1 
 
Uma mesma frase pode ter significados distintos, dependendo do contexto dentro do 
qual está inserida. Podemos constatar isso no exemplo seguinte. 
 
“A minha chefe tem estado ausente”. 
 
 
Disponível em: <http://www.gettyimages.pt/detail/ilustra%C3%A7%C3%A3o/hollow-
businessman-at-desk-in-meeting-room-ilustra%C3%A7%C3%A3o-royalty-free/200241445-
001> 
Acesso em: 06 mai. 12. 
 
Dois significados podem ser atribuídos à frase. Falando isso para um psicólogo, por 
exemplo, pode significar que a chefe tem estado distraída, não tem prestado muita atenção 
ao que é falado etc. Também tal frase poderia trazer a ideia de que a chefe não tem ido 
trabalhar, tem faltado muito. 
 
Nunca devemos esquecer que todo texto contém um pronunciamento dentro de um 
debate de escala mais ampla. Não falamos ou escrevemos sobre algo de que nunca 
tenhamos, pelo menos, ouvido falar. Nenhum texto é uma peça isolada, nem a manifestação 
de quem o produziu. Um texto, além disso, sempre é produzido para marcar uma posição ou 
participar de um debate mais amplo que está sendo travado na sociedade. 
É importante destacar também que todo texto revela ideais e concepções de um 
grupo social numa determinada época, no entanto, uma sociedade não produz uma forma 
 
1
Contexto - é uma unidade linguística maior onde se encaixa uma unidade linguística menor 
(frase, parágrafo, capítulo, obra). Nem sempre o contexto vem explicitado linguisticamente, ele pode 
vir implícito: os elementos da situação em que se produz o texto podem dispensar maiores 
esclarecimentos e dar como pressuposto o contexto em que ele se situa. 
 
 
13 
 
 
 
 
 
 
 SENAI/CETEMP - Técnico em Automação Industrial 
 
ESCOLA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL SENAI – PLÍNIO GILBERTO KROEFF 
 
única de ver a realidade, um único modo de analisar os problemas colocados num dado 
momento, pois ela é dividida em grupos sociais, que têm interesses diferentes entre si. Por 
exemplo: ao falar sobre salários, no Brasil, os trabalhadores assalariados, provavelmente, 
dirão que ele é insuficiente para que o cidadão tenha uma vida digna. Mas talvez os 
empresários tenham uma visão totalmente diferente e digam que ele está muito alto e onera 
demasiadamente a folha de pagamento das empresas. 
 
 
 
Disponível em: < http://www.gettyimages.pt/detail/ilustra%C3%A7%C3%A3o/income-
disparity-ilustra%C3%A7%C3%A3o-royalty-free/glz039> 
Acesso em: 06 mai. 12. 
 
Mesmo assim, é inegável que algumas ideias exercem domínio sobre outras e 
acabam ganhando estatuto de concepção quase geral na sociedade. Por exemplo: será 
difícil discordar da ideia de que, no Brasil, há muita violência. 
 
 
 
 
Disponível em: < http://www.gettyimages.pt/detail/foto/man-aiming-gun-imagem-
royalty-free/78395301> 
Acesso em: 06 mai. 12. 
 
 
14 
 
 
 
 
 
 
 SENAI/CETEMP - Técnico em Automação Industrial 
 
ESCOLA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL SENAI – PLÍNIO GILBERTO KROEFF 
 
 ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO 
 
No processo de comunicação, sempre há um emissor que emite uma mensagem a 
um destinatário (receptor) com a intenção de se fazer ouvir. Para que essa intenção se 
realize, é necessário que os enunciados emitidos sejam compreensíveis e adequados aos 
destinatários. 
Dessa forma, a sequência organizada dos elementos linguísticos passa a ser a 
condição para a existência de um texto. Ou seja, é necessário que haja relações específicas 
entre as frases, para que elas constituam um todo coerente. Assim, a coerência é condição 
indispensável para que um enunciado passe a ser um texto, é ela que garante o seu 
sentido. E a coerência revela-se através das condições de encadeamento das frases; por 
outro lado, a falta de coerência também pode ocorrer pela existência de erros conceituais no 
texto, pela inadequação do texto à circunstância na qual é enunciado ou pela inadequação 
ao destinatário a quem é dirigido. 
 
Disponível em: <http://www.gettyimages.pt/detail/foto/businessman-with-question-
mark-over-his-head-fotografia-de-stock/109742958> 
Acesso em: 06 mai. 12. 
 
Os autores PLATÃO & FIORIN utilizam um interessante exemplo para demonstrar 
que, em qualquer texto, o significado das partes não é autônomo, como vemos a seguir. 
“A revista Veja de 1° de junho de 1988, em matéria publicada nas páginas 90 e 91, 
traz uma reportagem sobre um caso de corrupção que envolvia, como suspeitos, membros 
ligados à administração do governo do Estado de São Paulo e dois cidadãos portugueses 
dispostos a lançar um novo tipo de jogo lotérico, designado pelo nome de “Raspadinha”. 
Entre os suspeitos figurava o nome de Otávio Ceccato, que, no momento, ocupava o 
cargo de secretário de Indústria e Comércio e que negava sua participação na negociata”. 
(FIORIN, José Luiz e SAVIOLI, Francisco Platão. 
 
 Para entender o texto. Leitura e redação.FIORIN, José Luiz e SAVIOLI, Francisco 
Platão .São Paulo: Editora Ática, 1997, p. 11). 
A seguir, parte da reportagem, com a resposta de Ceccato. 
 
15 
 
 
 
 
 
 
 SENAI/CETEMP - Técnico em Automação Industrial 
 
ESCOLA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL SENAI – PLÍNIO GILBERTO KROEFF 
 
“Na sua posse como secretário de Indústria e Comércio, Ceccato, nervoso, foi infeliz 
ao rebater as denúncias: ‘Como São Pedro, nego, nego, nego’, disse a um grupo de 
repórteres, referindo-se à conhecida passagem em que São Pedro negou conhecer Jesus 
Cristo três vezes na mesma noite. Esqueceu-se de que São Pedro, naquele episódio, disse 
talvez a única mentira de sua vida”. (IN: FIORIN, José Luiz e SAVIOLI, Francisco Platão. 
Para entender o texto. Leitura e redação. São Paulo: Editora Ática, 1997, p. 11). 
 
“Como se pode notar, a defesa do secretário foi infeliz e desastrosa, produzindo 
efeito contrário ao que ele tinha em mente” (IN: FIORIN, José Luiz e SAVIOLI, Francisco 
Platão. Para entender o texto. Leitura e redação. São Paulo: Editora Ática, 1997, p. 11). A 
citação acabou comprometendo o secretário. 
 
Os autores anteriormente mencionados ilustram também a questão da 
intencionalidade, como vemos a seguir. 
“No começo de 1981, um jovem de 25 anos chamado John Hinckley Jr. entrou numa 
loja de armas de Dallas, no Texas, preencheu um formulário do governo com endereço falso 
e, poucos minutos depois, saiu com um Saturday Night Special – nome criado na década de 
60 para chamar um tipo de revólver pequeno, barato e de baixa qualidade. 
 
 
 
Disponível em: < http://www.halloweenexpress.com/saturday-night-special-gun-p-
8321.html> 
Acesso em: 06 mai. 12. 
 
 
Foi com essa arma que Hinckley, no dia 30 de março daquele ano, acertou uma bala 
no pulmão do presidente Ronald Reagan e outra na cabeça de seu porta-voz, James Brady. 
Reagan recuperou-se, mas Brady desde então está preso a uma cadeira de rodas. [...]”. 
(FIORIN, José Luiz e SAVIOLI, Francisco Platão. Para entender o texto. Leitura e 
redação. São Paulo: Editora Ática, 1997, p. 13) . 
 
Dizem PLATÃO & FIORIN: “Seguramente, por trás da notícia, existe, como 
pressuposto, um pronunciamento contra o risco de vender arma para qualquer pessoa, 
indiscriminadamente. O exemplo escolhido deixa claro que qualquer texto, por mais objetivo 
e neutro que pareça, manifesta sempre um posicionamento frente a uma questão qualquer 
posta em debate”. (FIORIN, José Luiz e SAVIOLI, Francisco Platão. Para entender o texto. 
Leitura e redação. São Paulo: Editora Ática, 1997, p. 13) . 
Feitas essas considerações, vamos revisar as diferenças entre texto oral e escrito. 
 
 
 
16 
 
 
 
 
 
 
 SENAI/CETEMP - Técnico em Automação Industrial 
 
ESCOLA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL SENAI – PLÍNIO GILBERTO KROEFF 
 
1.2. TEXTO ORAL E TEXTO ESCRITO 
 
A escrita não é a reprodução da fala, pois, na escrita, não conseguimos reproduzir 
muitos fenômenos da oralidade, tais como gestos, movimentos dos olhos e do corpo, entre 
outros. Por outro lado, a escrita apresenta elementos significativos próprios, que não 
aparecem na fala, tais como cores, tamanho e tipos de letras, que funcionam como gestos 
graficamente representados. 
A fala e a escrita são práticas e usos da língua com características diferentes, mas 
não constituem dois sistemas linguísticos diferentes. Ambas possibilitam a construção de 
textos coesos e coerentes, permitem a elaboração de raciocínios abstratos e exposições 
formais e informais. 
Ambas são usadas paralelamente em contextos sociais básicos da vida cotidiana. 
Além disso, tanto uma quanto a outra são imprescindíveis na sociedade atual. 
Não podemos, no entanto, confundir seus papéis e seus contextos de uso, pois cada 
contexto tem objetivos específicos que fazem surgir gêneros textuais e formas 
comunicativas diferentes. 
Na linguagem oral, fica claro com quem falamos e em que contexto estamos 
inseridos; logo, o interlocutor é ativo e tem a possibilidade de intervir, de pedir 
esclarecimentos, ou inclusive mudar o curso da conversa. Além disso, o emissor pode lançar 
mão de recursos que não são propriamente linguísticos, como gestos ou expressões faciais, 
que, na linguagem escrita, exigem o domínio de outras competências para garantir sua 
inteligibilidade, já que escrever não é apenas traduzir a fala em sinais gráficos. 
 
 
Disponível em: <http://www.gettyimages.pt/detail/foto/the-many-faces-of-megan-
imagem-royalty-free/91165005> 
Acesso em: 06 mai. 12. 
 
 
A escrita tem normas próprias, tais como regras de ortografia, de pontuação, de 
concordância, de uso dos tempos verbais, de regência etc. No entanto, a simples utilização 
dessas regras não garante o sucesso de um texto escrito. É necessário nos preocuparmos 
com a constituição de um discurso, um ato de comunicação que representa uma interação 
entre o escritor e seu receptor. Para tanto, é preciso ter em mente a figura do interlocutor e o 
objetivo para o qual o texto está sendo produzido, a fim de que ele se constitua de um todo 
significativo e não de fragmentos isolados justapostos. 
O produtor de textos escritos deve observar quatro elementos centrais: a repetição, a 
progressão, a não contradição e a relação. Também deve sempre ter em mente que um 
texto se desenvolve de maneira linear, as partes que o formam surgem uma após a outra, 
 
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relacionando-se com o que já foi dito antes ou com o que vai se dizer. São os chamados 
constituintes textuais, apresentados a seguir,de forma sintética. 
 
 
 REPETIÇÃO 
Para que um texto seja coerente, é preciso que contenha, no seu desenvolvimento 
linear, elementos de recorrência estrita, tais como repetições, retomadas de elementos 
(palavras, frases e sequências que exprimem fatos ou conceitos). 
Essa retomada é feita normalmente através do uso de pronominalizações, 
substituições lexicais (expressões equivalentes ou sinônimas), recuperações 
pressuposicionais, etc. 
 
 Vamos ler um pequeno excerto em que isso fica mais claro. 
 
Triste história 
 
“Há palavras que ninguém emprega. Apenas se encontram nos dicionários como 
velhas caducas num asilo”. (QUINTANA, Mário. Porta giratória. São Paulo: Globo, 1988, p. 
13). 
A repetição, às vezes, pode ser usada para dar mais expressividade, para enfatizar 
uma ideia, mas, nesse caso, ela adquire valor funcional no texto e deixa de ser uma pura 
repetição condenável, como no excerto seguinte de um poema de Drummond. 
 
 
Cidadezinha qualquer 
 
 “...Um homem vai devagar 
Um cachorro vai devagar 
 Um burro vai devagar...” 
 
 PROGRESSÃO 
 
Para que um texto seja coerente, é preciso que haja, no seu desenvolvimento, uma 
contribuição constantemente renovada, isto é, o texto deve progredir, devemos sempre 
acrescentar informações novas ao que foi dito. 
A progressão complementa a repetição e é ela que garante que o texto não se limite 
a repetir indefinidamente o que já foi exposto. Assim, equilibramos o que já foi dito com o 
que vamos dizer, garantindo a continuidade do tema e a progressão de sentido. 
 
 
Exemplo: 
 Recebi um telegrama, ontem, que me deixou com insônia. Primeiro, porque 
fui convocada para uma reunião com a minha supervisora, o que quase 
nunca acontece, pois ela mal fala com os funcionários. Segundo, porque a 
mensagem era muito objetiva, limitando-se a informar o horário e sem 
mencionar o assunto. Depois, quando a reli, detalhadamente, vi que estava 
sendo solicitada minha carteira de trabalho. Daí eu fiquei muito nervosa e 
concluí: serei despedida! 
 
 
 
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 Disponível em: < http://www.gettyimages.pt/detail/foto/fired-imagem-royalty-
free/84658450> 
Acesso em: 06mai. 12. 
 
As expressões: primeiro, segundo e depois introduzem novos fatos e informações. 
Ocorre, paralelamente, a repetição, como o emprego do pronome a, que retoma a palavra 
mensagem. 
 NÃO CONTRADIÇÃO 
 
Para que um texto seja coerente, é preciso que, no seu desenvolvimento, não seja 
introduzido nenhum elemento semântico que contradiga um conteúdo posto ou pressuposto 
por uma ocorrência anterior, ou deduzível dessa inferência. 
O texto não deve destruir a si mesmo, tomando como verdadeiro aquilo que já foi 
considerado falso, ou vice-versa. A contradição só é tolerada se for intencional. 
Não podemos confundir, também, a contradição com o contraste; este é um recurso 
muito utilizado para reforçar a argumentação. Assim, por exemplo, podemos dizer que o 
nosso país é riquíssimo e, em seguida, afirmar que existe uma má distribuição de renda que 
gera muita pobreza no Brasil. 
 
 
 
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Disponível em: <http://www.gettyimages.pt/detail/foto/man-with-dirty-hands-imagem-
royalty-free/78317568> 
Acesso em: 06 mai. 12. 
Às vezes, uma única palavra ou expressão pode comprometer toda a lógica do texto, 
como no exemplo a seguir, apresentado pelos autores já mencionados. 
 
“Mas foi a Alemanha nazista, durante a Segunda Guerra Mundial, que realizou as 
experiências aterradoras. Só que as cobaias eram seres humanos. Prisioneiros de guerra, 
principalmente judeus, foram submetidos a todos os tipos de crueldades”. 
 
 
Disponível em: <http://www.gettyimages.pt/detail/foto/prison-rape-fotografia-de-
stock/102101130> 
Acesso em: 06 mai. 12. 
 
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A expressão só que está totalmente inadequada ao contexto. As experiências mais 
aterradoras foram as da Alemanha nazista justamente porque as cobaias eram seres 
humanos. 
 RELAÇÃO 
Para que uma sequência ou um texto sejam coerentes, é preciso que os fatos que 
denotam no mundo representado estejam diretamente relacionados. Essa relação deve ser 
suficiente para justificar sua inclusão num mesmo texto. 
Para avaliar o grau de relação dos elementos que constituem um texto, é importante 
organizá-lo esquematicamente antes de escrever. 
 
 O exemplo que segue é uma clara demonstração de que todas as partes do 
texto estão relacionadas. 
 
Nostalgias 
 
Há tempos escrevi este decassílabo nostálgico: 
“Acabaram-se os bondes amarelos!”. 
Tão nostálgico que até hoje ficou sozinho esperando o resto dos companheiros. 
Também, não faz muito tempo, escrevi este outro decassílabo: 
“Acabaram-se as tias solteironas...”. 
Talvez esses dois solitários se venham um dia a reunir num mesmo poema. 
Têm ambos o mesmo ritmo. Causam ambos o mesmo nó na garganta que me 
impede de os continuar. 
Talvez o poema já esteja pronto... e ninguém notou. Nem eu! 
Porque ele próprio se completou, cada verso chorando no ombro do outro... E sem 
mesmo notar que eram decassílabos! 
 
 ORIGINALIDADE 
 
Outro aspecto muito importante na construção de um texto é a originalidade. 
 “Original é aquele texto que tem origem no indivíduo que o produziu, aquele texto 
que resulta de uma elaboração personalizada do enunciador e não de mera reprodução 
de clichês ou fórmulas pré-fabricadas” (FIORIN, José Luiz e SAVIOLI, Francisco Platão. 
Para entender o texto. Leitura e redação. São Paulo: Editora Ática, 1997, p. 359). 
A originalidade implica fuga aos estereótipos, tais como: mulher é mais frágil do 
que o homem; homem não chora; o índio é selvagem; só o amor constrói; o bem é 
recompensado e o mal é castigado; adolescente é revoltado etc. Ou ainda aquele conhecido 
início da maioria dos textos: “Nos dias atuais...”, “Na sociedade atual...”, O governo 
deveria...”. 
“A originalidade decorre de um modo pessoal de elaborar o texto, da exploração de 
recursos próprios para produzir um discurso personalizado e não emprestado de um 
domínio comum e indiferenciado” (FIORIN, José Luiz e SAVIOLI, Francisco Platão. Para 
entender o texto. Leitura e redação. São Paulo: Editora Ática, 1997, p. 362). 
Sem dúvida, dominar um bom vocabulário constitui um requisito para que sejamos 
capazes de elaborar textos escritos de forma eficiente. Mas isso não quer dizer que vamos 
tentar impressionar os outros com a utilização de palavras difíceis e desconhecidas. O que 
importa é conhecer e utilizar as palavras necessárias para a produção de textos claros, 
enxutos, objetivos, pois o mais importante de tudo é sermos compreendidos e, hoje, com 
 
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tantas informações que circulam o leitor nem tem tempo para ler longos e complicados 
textos. 
O nível do vocabulário utilizado decorre dos fatores que condicionam a elaboração 
do texto: o tema tratado, a finalidade a que se propõe, o receptor a que se dirige, o meio de 
divulgação utilizado. Por exemplo: se formos escrever um texto sobre um tema da área da 
saúde para médicos, não necessitaremos explicitar o significado de palavras dessa área. Já 
se quisermos passar a mesma mensagem para pessoas semianalfabetas, certamente, 
precisaremos usar um vocabulário bem mais simples e será necessário explicitar o 
significado dos termos específicos da área da saúde. 
 
 
 
Disponível em: < http://www.gettyimages.pt/detail/foto/doctor-talking-with-an-elderly-
patient-at-surgery-fotografia-de-stock/83312342> 
Acesso em: 06 mai. 12. 
 
A seleção das palavras também deve ser adequada a cada caso. Portanto, as 
melhores palavras são aquelas que serão compreendidas pelos destinatários de nossa 
mensagem e nem sempre são as mais sofisticadas. 
 
 
 
 
 
Agora, depois de termos essa noção abrangente do que é um texto e da 
necessidade de ele ser coerente, vamos fazer alguns exercícios? Nas frases que seguem, 
vocês encontrarão algumas inadequações. Depois de analisá-las, proponha uma nova 
redação, mantendo as ideias básicas. 
 
1. “Não há dúvidas que devemos ter professores, para que possam transmitir aos 
alunos conhecimentos básicos e necessários, adaptando-se à realidade”. 
 
2. “O analfabetismo no Brasil não pode ser visto sozinho, pois envolve aspectos 
relevantes que devem ser também dirimidos num mesmo contexto. A subnutrição deste 
povo incrementa primordialmente este aspecto da falta de informação [...].” 
 
 
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3.“Podemos afirmar que se aumentar a alfabetização consequentemente aumentará 
o nível cultural expandindo ideias remotas que não haviam sido criadas até hoje”. 
 
4. “Precisamos de mais educação, mais escolas, de uma melhoria constante dos 
nossos professores. [...]. Vamos dar um basta na educação de nosso povo, dar-lhes senão a 
eles mais ao futuro deles e da nação”. 
 
5.“A educação é fundamental na vida de qualquer indivíduo, seja negro ou branco, 
adulto ou criança. Só que a realidade e outra. Para que uma criança estude precisará de 
uma escola, mas esta é difícil de encontrar” . 
 
 
Os empréstimos linguísticos e os estrangeirismos estão presentes nas línguas. Por 
exemplo: existem termos que são específicos de determinada profissão e eles acabam 
sendo incorporados à linguagem de outros grupos. Trata-se de empréstimos da linguagem 
técnica para a língua comum. Há situações também em que é difícil encontrar um termo que 
traduza um conceito de outra língua, como a expressão Marketing, por exemplo. Assim, a 
palavra estrangeira é incorporada ao nosso idioma ou é aportuguesada. Podemos citar 
outros exemplos advindos, principalmente, do uso de computadores: mouse, deletar, 
escanear etc. Nesses casos, devemos levar em conta o contexto,para verificar se os 
estrangeirismos são adequados. Não podemos exagerar no seu uso e há algumas pessoas 
que até os enquadram como vício de linguagem (como dizer “printar” ou “stand by” a toda 
hora). 
 
Disponível em: < http://www.gettyimages.pt/detail/foto/sale-signs-imagem-royalty-
free/81711769> 
Acesso em: 06 mai. 12. 
 
 
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Alguns linguistas usam o termo “variedade socialmente privilegiada” para se referir à 
linguagem que é valorizada pela sociedade em contextos formais. Isso significa que se trata 
de uma variação da linguagem reconhecida como adequada para contextos formais, como é 
o caso de textos jurídicos, por exemplo. Essa linguagem é padronizada por gramáticas que 
conhecemos como normativas ou tradicionais, além dos dicionários. 
 
 
 
 
Além da norma padrão da linguagem, há outros tipos ou variedades. Essas variações 
ocorrem em todas as línguas. No cotidiano, as pessoas usam aquilo que chamamos de 
“variante popular”, principalmente, na linguagem oral. Essas variantes também estão 
presentes nos chats da Internet, dentre outras situações. Hoje, ouvimos falar em 
“internetês”, que nada mais é do que uma variação linguística, já que se trata de uma 
linguagem específica para o ambiente virtual. 
 
 
Disponível em: <http://linguadedoido.blogspot.com.br/2011/05/internetes-ou-
portugues-o-analfabetismo.html> 
Acesso em: 06 mai. 12. 
 
As pessoas não se comunicam de acordo com a norma culta a todo instante. Assim, 
a norma padrão é uma referência. Às vezes, usar esse padrão culto pode até parecer um 
exagero, ou seja, podemos passar uma ideia de exibicionistas e, dependendo do contexto 
 
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em que o texto se produz, corremos o risco de não sermos compreendidos, se a linguagem 
for inadequada. Sob essa ótica, é importante falarmos também do preconceito linguístico, 
lembrando que ninguém pode ser discriminado por falar de determinada maneira. Mas, por 
outro lado, principalmente nos contextos profissionais, é inegável que existe uma 
valorização da norma padrão. 
 
 A CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS 
Como vimos, sempre devemos analisar as relações entre língua e contexto, pois uma 
mesma palavra pode ter diferentes sentidos. Nem sempre somos capazes de entender o 
sentido de uma palavra apenas com uma primeira leitura. Assim, como dizia Paulo Freire, 
para compreender o sentido dos textos, é preciso partir de conhecimentos prévios, de nossa 
percepção do mundo, de nossas experiências, ou seja, a interpretação de um texto depende 
de outros textos ou de outras experiências com a linguagem que tivemos em nossa vida. 
Também devemos atentar para o fato de que, às vezes, informações podem estar implícitas, 
não reveladas de forma clara, subentendidas, sugeridas nas entrelinhas. Esse é um recurso 
muito utilizado em anúncios publicitários, em textos humorísticos, na linguagem dos 
quadrinhos, em textos poéticos etc. Para perceber esse recurso e compreendê-lo, 
precisamos inferir essas informações do enunciado, isto é, deduzir a que elas se referem. 
 
 
Disponível em: <http://blogentrelinhas.blogspot.com.br/2007_02_01_archive.htmlv> 
Acesso em: 06 mai. 12. 
 
Além disso, devemos ter cuidado em relação à ambiguidade, pois podemos ter a 
intenção de passar determinada mensagem e sermos compreendidos de forma totalmente 
diferente. É possível dizer que quaisquer textos ou linguagens podem ser considerados 
ambíguos, uma vez que seu sentido depende sempre de uma relação contextual. A 
ambiguidade pode ser um problema para a comunicação, comprometendo, em algumas 
situações, o objetivo desejado. Vejamos, no exemplo que segue, esse problema de 
ambiguidade. 
 O diretor convocou a professora para uma reunião em sua sala. 
 
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Ambiguidade: a sala é a do diretor ou a da professora? 
 Tarefa: tente eliminar essa ambiguidade. O que você faria? 
 
Às vezes, para compreendermos bem o sentido de um texto, devemos ter 
conhecimento de outro ao qual ele faz referência. Trata-se da intertextualidade, à qual 
analisamos a seguir. 
 Você sabia que Caetano Veloso fez muito sucesso com uma música a qual 
fala, especificamente, sobre São Paulo e sobre alguns personagens 
brasileiros que marcaram época? 
 
 Leia o texto que segue e talvez você entenda por quê. Observe que tudo foi escrito 
com letras minúsculas. Depois, pesquise na Internet e você encontrará algumas versões 
dessa música. 
 
 
sampa 
 
 
 alguma coisa acontece no meu coração 
 que só quando cruza a ipiranga e a avenida são joão 
 é que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi 
 da dura poesia concreta de tuas esquinas 
 da deselegância discreta de tuas meninas 
 ainda não havia para mim rita lee 
 a tua mais completa tradução 
 alguma acontece no meu coração 
 que só quando cruza a ipiranga e a avenida são joão 
 quando eu te encarei frente a frente não vi o meu rosto 
 chamei de mau gosto o que vi de mau gosto o mau gosto 
 é que narciso acha feio o que não é espelho 
 e à mente apavora o que ainda não é mesmo velho 
 nada do que não era antes quando não somos mutantes 
 e foste um difícil começo afasto o que não conheço 
 e quem vem de outro sonho feliz de cidade 
 aprende depressa a chamar-te de realidade 
 porque és o avesso do avesso do avesso do avesso 
 do povo oprimido nas filas nas vilas favelas 
 da força da grana que ergue e destrói coisas belas 
 da feia fumaça que sobe apagando as estrelas 
 eu vejo surgir teus poetas de campos e espaços 
 tuas oficinas de florestas teus deuses da chuva 
 panaméricas de áfricas utópicas túmulo do samba mais possível 
 [novo quilombo de zumbi] 
 e os novos baianos passeiam na tua garoa 
 e os novos baianos te podem curtir numa boa 
 
 
 VELOSO, Caetano. Caetano Veloso. Sel. de textos por 
Paulo Franchetti e Alcyr Pécora. São Paulo: Abril Educação, 1981, p. 79-80 
(Literatura Comentada). 
 
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Agora, temos a conhecida Canção do exílio, de Gonçalves Dias, enaltecendo a 
nossa pátria. 
 
Minha terra tem palmeiras, 
Onde canta o Sabiá; 
As aves, que aqui gorjeiam, 
Não gorjeiam como lá. 
 
Nosso céu tem mais estrelas 
Nossas várzeas têm mais flores, 
Nossos bosques têm mais vida, 
Nossa vida mais amores. 
 
Em cismar, sozinho, à noite, 
Mais prazer encontro eu lá; 
Minha terra tem palmeiras, 
Onde canta o Sabiá. 
 
Minha terra tem primores, 
Que tais não encontro eu cá; 
Em cismar - sozinho, à noite – 
Mais prazer encontro eu lá; 
Minha terra tem palmeiras, 
Onde canta o Sabiá. 
 
Não permita Deus que eu morra, 
Sem que eu volte para lá; 
Sem que desfrute os primores 
Que não encontro por cá; 
Sem qu’inda aviste as palmeiras, 
Onde canta o Sabiá. 
 
Disponível em: < http://equipebelleepoque.blogspot.com.br/2010/09/cancao-do-
exilio.html> 
Acesso em: 06 mai. 12. 
 
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DIAS, Gonçalves. Gonçalves Dias: poesia. Por Manuel Bandeira. Rio 
de Janeiro: Agir, 1975, p. 11-2 (Nossos Clássicos, 18) 
 
 
 
 
É interessante observarmos que Murilo Mendes também fez a sua Canção do exílio, 
mas você poderá constatar as diversas diferenças. Veja: 
 
 
 
 
Minha terra tem macieiras da Califórnia 
Onde cantam gaturamos de Veneza. 
Os poetas da minha terra 
são pretos que vivem em torres de ametista, 
os sargentos do exército são monistas, cubistas, 
os filósofos são polacos vendendo a prestações. 
A gente não pode dormir 
com osoradores e os pernilongos. 
Os sururus em família têm por testemunha a Gioconda. 
Eu morro sufocado 
em terra estrangeira. 
Nossas flores são mais bonitas 
Nossas frutas mais gostosas 
Mas custam cem mil réis a dúzia. 
Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade 
e ouvir um sabiá com certidão de idade! 
 
 
 
Disponível em: <http://www.gettyimages.pt/detail/ilustra%C3%A7%C3%A3o/sad-tree-
ilustra%C3%A7%C3%A3o-royalty-free/97764637> 
Acesso em: 06 mai. 12. 
 
 
 MENDES, Murilo. Poemas. In: Poesias (1925-1955). Rio de 
 Janeiro: J. Olympio, 1959, p. 5. 
 
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Os autores PLATÃO & FIORIN trazem comentários sobre esses três textos. 
Analisando-os, constataremos a intertextualidade, ou seja, o diálogo entre textos. Como 
dissemos, os textos podem fazer alusão a outros textos já produzidos, inclusive retomando 
algumas passagens. Nos textos científicos, isso é feito de maneira explícita, com a devida 
citação entre aspas e a indicação da referência bibliográfica. Já num texto literário, essa 
intertextualidade ou citação de outros textos é implícita. O escritor pressupõe que o leitor 
conheça as passagens a que está se referindo, o que requer um conhecimento cultural 
abrangente. A intenção pode ser de reafirmar aquilo que foi dito no texto citado, ou 
justamente contestar, polemizar e questionar as ideias nele contidas. 
No texto de Gonçalves Dias, predomina uma exaltação da natureza brasileira, pois 
ele considera a nossa pátria a melhor de todas. O exílio, terra desvalorizada, é um país 
estrangeiro. São nítidas as características românticas de sua produção. Por outro lado, 
Murilo Mendes cita Gonçalves Dias com um objetivo totalmente oposto, prevalece um 
caráter de denúncia, de inconformismo e de ridicularização do nacionalismo exacerbado. 
 
Inicialmente, ao mencionar “macieiras” e “gaturamos”, Murilo leva-nos a pensar que 
também falará positivamente de nossa terra, uma vez que tais expressões representam 
elementos de nossa vegetação e de nosso reino animal. Mas logo aparece a sua 
indignação: nossa terra abriga elementos oriundos de outros países. Esses são 
representados pelas palavras “Califórnia”, “Veneza” e “Gioconda” O poeta, de certa forma, 
está ridicularizando nossa brasilidade, demonstra que nosso país abarca uma série de 
contradições, como analisaram os autores PLATÃO & FIORIN (FIORIN, José Luiz e 
SAVIOLI, Francisco Platão. Para entender o texto. Leitura e redação. São Paulo: Editora 
Ática, 1997, p. 21). 
 
-“que vivem em torres de ametista”, significando que são alienados, vivendo num 
mundo idealizado, que não apresenta os problemas da vida real, numa referência irônica ao 
Simbolismo e seu grande poeta Cruz e Souza; 
-“os sargentos do exército são monistas, cubistas”, ou seja, aqueles que teriam o 
dever de preservar a segurança do território brasileiro estão pensando em teorias filosóficas 
e estéticas; 
-“os filósofos são polacos vendendo a prestações”, o que significa que os amigos da 
sabedoria são prostituídos, pois “polaca” era uma expressão usada para designar prostituta. 
 
Murilo quer mesmo denunciar e criticar nossa situação e, ao dizer que os oradores e 
pernilongos não deixam dormir, está ironizando a oratória repetitiva dos nossos políticos. 
Também demonstra que, apesar de nossa vegetação ser farta, nem sempre ela é acessível 
para a maioria da população, pois os preços são muito altos. O final do poema revela o 
desejo que o poeta tem de ter contato com coisas genuinamente brasileiras e, de certa 
forma, deixa transparecer a certeza de que isso não se concretizará. Para ele, o exílio é sua 
própria terra, tão descaracterizada que chega a parecer estrangeira. 
Depois dessa breve análise, ainda podemos acrescentar a letra da música que 
Cazuza cantou pelo Brasil afora e que também questiona nossa brasilidade. 
 
 
 
 
 
 
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Disponível em: < http://brasilnicolaci.blogspot.com.br/2011/02/desigualdade-social-e-
renda-injusta.html> 
Acesso em: 06 mai. 12. 
 
 
 
 BRASIL 
 
Não me convidaram 
pra essa festa pobre 
que os homens armaram pra me convencer 
a pagar sem ver 
toda essa droga 
que já vem malhada 
antes d'eu nascer. 
Não me ofereceram 
nem um cigarro, 
fiquei na porta 
estacionando os carros. 
Não me elegeram 
chefe de nada: 
o meu cartão de crédito é uma navalha. 
 
Brasil, 
mostra a tua cara. 
Quero ver quem paga 
pra gente ficar assim. 
Brasil, 
qual é o teu negócio, 
o nome do teu sócio? 
Confia em mim. 
 
Não me sortearam a garota do Fantástico, 
não me subornaram. 
Será que é meu fim 
ver TV a cores 
na taba de um índio 
 
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programada pra só dizer sim? 
Grande pátria desimportante, 
em nenhum instante 
eu vou te trair. 
 
 ( CAZUZA , Israel G.; ROMERO, N. In: CAZUZA 
 Ideologia LP Polygram, 1988). 
 
Pontuação proposta pelos autores do livro: FARACO, Carlos Emílio, 
MOURA, Francisco Marto. Língua e Literatura. São Paulo: Editora 
Ática, 1999). 
(Obs.: A forma culta é “TV em cores”) 
 
Os textos acima evidenciam que quanto mais abrangente for o nosso conhecimento, 
incluindo a nossa “leitura de mundo”, mais facilmente compreenderemos as informações que 
estão implícitas e a verdadeira mensagem que o autor de cada texto tentou passar. 
 
Vamos dar umas risadas enquanto aprendemos? Veja as dicas que um 
professor da UNICAMP preparou. São divertidas e, ao mesmo tempo, trazem alguns 
lembretes sobre a arte de escrever bem. Divirta-se! 
 
30 Dicas para escrever bem 
Autor: Professor João Pedro (UNICAMP) 
 
1. Deve evitar ao máx. a utiliz. de abrev. etc. 
2. É desnecessário fazer-se empregar um estilo de escrita demasiadamente rebuscado. 
Tal prática advém de esmero excessivo que raia o exibicionismo narcisístico. 
3. Anule aliterações altamente abusivas. 
4. não esqueça as maiúsculas no início das frases. 
5. Evite lugares-comuns como o diabo foge da cruz. 
6. O uso de parêntesis (mesmo quando for relevante) é desnecessário. 
7. Estrangeirismos estão out; palavras de origem portuguesa estão in. 
8. Evite o emprego de gíria, mesmo que pareça Nice, sacou?? ... então valeu! 
9. Palavras de baixo calão, porra, podem transformar seu texto numa merda. 
10. Nunca generalize: generalizar é um erro em todas as situações. 
11. Evite repetir a mesma palavra, pois essa palavra vai ficar uma palavra repetitiva. A 
repetição da palavra vai fazer com que a palavra repetida desqualifique o texto onde 
a palavra se encontra repetida. 
12. Não abuse das citações. Como costuma dizer um amigo meu: "Quem cita os outros 
não tem ideias próprias". 
13. Frases incompletas podem causar 
14. Não seja redundante, não é preciso dizer a mesma coisa de formas diferentes; isto é, 
basta mencionar cada argumento uma só vez, ou por outras palavras, não repita a 
mesma ideia várias vezes. 
15. Seja mais ou menos específico. 
16. Frases com apenas uma palavra? Jamais! 
17. A voz passiva deve ser evitada. 
18. Utilize a pontuação corretamente o ponto e vírgula pois a frase poderá ficar sem 
sentido especialmente será que ninguém mais sabe utilizar o ponto de interrogação 
 
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ESCOLA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL SENAI – PLÍNIO GILBERTO KROEFF 
 
19. Quem precisa de perguntas retóricas? 
20. Conforme recomenda a A.G.O.P., nunca use siglas desconhecidas. 
21. Exagerar é cem milhões de vezes pior do que a moderação. 
22. Evite mesóclises. Repita comigo: "mesóclises, evitá-las-ei!" 
23. Analogias na escrita são tão úteis quanto chifres numa galinha. 
24. Não abuse das exclamações! Nunca!!!O seu texto fica horrível!!! 
25. Evite frases exageradamente longas pois estas dificultam a compreensão da ideia 
nelas contida e, por conterem mais que uma ideia central, o que nem sempre torna o 
seu conteúdo acessível, forçam, desta forma, o pobre leitor a separá-las nos seus 
diversos componentes de forma a torná-las compreensíveis, o que não deveria ser, 
afinal de contas, parte do processo de leitura, hábito que devemos estimular através 
do uso de frases mais curtas. 
26. Cuidado com a hortografia, para não estrupar a lingua portuguêza. 
27. Seja incisivo e coerente, ou não. 
28. Não fique escrevendo (nem falando) no gerúndio. Você vai estar deixando seu texto 
pobre e estar causando ambiguidade, com certeza você vai estar deixando o 
conteúdo esquisito, vai estar ficando com a sensação de que as coisas ainda estão 
acontecendo. E como você vai estar lendo o texto, tenho certeza que você vai estar 
prestando atenção e vai estar repassando aos seus amigos, que vão estar 
entendendo e vão estar pensando em não estar falando desta maneira irritante. 
29. Outra barbaridade que tu deves evitar tchê, é usar muitas expressões que acabem 
por denunciar a região onde tu moras, carajo! ... nada de mandar esse trem... vixi... 
entendeu bixinho? 
30. Não permita que seu texto acabe por rimar, porque senão ninguém irá aguentar já 
que é insuportável o mesmo final escutar, o tempo todo sem parar. 
 
Feita uma pausa para rirmos um pouco, vamos trabalhar com alguns textos que 
utilizamos nas empresas. Começaremos com o relatório. 
1.3. RELATÓRIO 
No cotidiano das organizações, muitas vezes, existe a necessidade de fazermos um 
relatório. Trata-se de um documento por meio do qual são expostos os resultados de 
atividades variadas. Assume crescente importância na área dos negócios, já que é 
impossível um gestor conhecer e acompanhar pessoalmente todos os fatos, as situações e 
os problemas. 
 
 NORMAS PARA A ELABORAÇÃO DE UM RELATÓRIO 
 
É preciso lembrar que o relatório será documento hábil e a demonstração do trabalho 
de seu autor. Daí a necessidade de ser criteriosamente elaborado, obedecendo a algumas 
normas básicas que lhe darão coerência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 EXTENSÃO ADEQUADA 
 
Deve-se evitar o relatório muito longo, pois ele é feito para economizar o tempo da 
pessoa que o lê. A extensão do contexto de um relatório varia de acordo com a importância 
dos fatos relatados. Por exemplo: não dá para comparar um relatório de uma visita de 
inspeção com um relatório anual de uma empresa. 
Quando o relatório for curto, é possível numerar os parágrafos, na margem esquerda, 
com exceção do primeiro. 
 
 LINGUAGEM 
Deve ser objetiva, precisa, clara e concisa, porém não devemos omitir qualquer dado 
importante. Trata-se de um relato sucinto, acompanhado de possíveis anexos, quadros e até 
gráficos. 
Pode haver necessidade de passar o relatório para mais de um idioma. 
 
 REDAÇÃO 
Deve ser simples, com uma pontuação adequada e ortografia correta. Se for de 
técnico para técnico, o relatório poderá ser redigido na linguagem específica comum. Mas, 
se for dirigido a um leigo, deve-se deixar bem claro o significado das expressões utilizadas, 
para que não causem qualquer dúvida. 
 OBJETIVIDADE 
“Rodeios” devem ser evitados, o relatório deve ser objetivo, sem floreios no uso da 
linguagem, deve ser claro e com palavras no sentido denotativo (sentido do dicionário). 
 EXATIDÃO 
Não podem restar dúvidas quanto à exatidão de números, cifras, dados estatísticos, 
problemas etc. Por essa razão, é importante aferir detidamente a validade das fontes de 
consulta. 
 CONCLUSÃO 
Necessariamente, o relatório deve levar a uma conclusão, embora possa sugerir 
providências posteriores para a complementação de um trabalho. 
 APRESENTAÇÃO 
Uma adequada apresentação é também um cartão de visitas. Digitado ou 
datilografado, o relatório não deve conter emendas à mão. 
Os espaços devem ser amplos, para facilitar a leitura, mas não excessivos. E é 
indispensável uma capa titulada, para que se saiba do que se trata. 
 ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO 
Antes de proceder à redação do relatório, recomendamos fazer um esquema com 
estas perguntas: 
 
 
 
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a) O quê? 
b) Por quê? 
c) Quem? 
d) Onde? 
e) Quando? 
f) Como? 
g) Quanto? 
h) E daí? 
 
 
 
Disponível em: <http://www.gettyimages.pt/detail/foto/multiple-question-marks-on-
paper-imagem-royalty-free/136312194> 
Acesso em: 06 mai. 12. 
 
 
 Responder a essas perguntas envolverá desde o título até o fecho, incluindo 
as sugestões que serão apresentadas. 
 
 
 
 
Sugestão de montagem do relatório 
 
a) Título – sintético e objetivo 
b) Objeto – introdução ao problema; objetivo do trabalho 
c) Delimitação – mencionar o que deixou de ser abordado 
d) Referências – fontes de consultas, trabalhos, pessoas etc. Ver normas da 
ABNT para referências no final. 
e) Texto principal – observações, dados, números, comentários. 
f) Conclusões – resumo, resultados e constatações. 
g) Sugestões – providências recomendadas, investigações, observações, novos 
estudos. 
 
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h) As seções, as partes, os capítulos, as subdivisões, os itens e subitens de um 
relatório devem seguir uma numeração racional. 
i) Composição do relatório 
j) Capa, folha de rosto, sumário, sinopse, introdução, contexto (desenvolvimento), 
conclusões, anexos. 
k) A introdução é um prefácio, no qual se justifica o trabalho e as suas diretrizes. O 
desenvolvimento traz o relato e as conclusões vão sendo apresentadas e inferidas 
em decorrência do texto na sua totalidade. 
1.4. COMO REDIGIR RESUMOS 
 CONCEITO: 
 
Resumir significa condensar um texto, mantendo suas ideias principais. Há vários 
tipos de resumo, cada qual indicado para uma finalidade específica: 
 
a) Resumo indicativo ou descritivo: 
 
 Nesse tipo de resumo, encontram-se apenas referências às partes principais do 
texto. Utiliza frases curtas que, geralmente, correspondem a cada elemento fundamental 
do texto. Quanto à extensão, não deve ultrapassar de 15 ou 20 linhas. Um resumo 
indicativo não dispensa a leitura integral do texto, pois descreve apenas a natureza da 
obra e seus objetivos. 
 
b) Resumo informativo ou analítico: 
 
 De maneira geral, reduz-se o texto a 1/3 ou ¼ de sua extensão original, 
abolindo-se gráficos, citações, exemplificações abundantes, mantendo-se, porém, a 
estrutura e os pontos essenciais. 
 
A ordem das ideias e a sequência dos fatos não devem ser modificadas. 
 
As opiniões e os pontos de vista do autor devem ser respeitados, sem acréscimo de 
qualquer comentário ou julgamento pessoal de quem elabora o resumo. 
 
Exige-se fidelidade ao texto, mas, para mantê-lo, não é necessário transcrever frases 
ou trechos do original; ao contrário, devemos empregar frases pessoais, com palavras do 
vocabulário que costumamos usar. 
 
 
Se o texto a ser resumido for um artigo ou um capítulo curto, ou mesmo um 
parágrafo, o resumo poderá ser elaborado usando-se a técnica de sublinhar. Nesse caso, 
sublinha-se o texto e as palavras sublinhadas servirão de base para a redação do resumo. 
Nos textos bem-estruturados, cada parágrafo contém uma só ideia principal. Alguns 
autores, todavia, são receptivos, usam palavras diferentes para expressar a mesma ideia, 
em mais de um parágrafo. Assim sendo, os parágrafos reiterativos deverão ser reduzidos a 
um apenas. 
 
O resumo de textos mais longos ou de livros, evidentemente, não poderá ser feito 
parágrafo por parágrafo ou mesmo capítulo por capítulo. Nesse caso, deve-se buscar a 
síntese do assunto pormeio da análise das partes do texto. 
 
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O exame do índice poderá auxiliar a percepção do conjunto e das partes da obra. 
 
Outra técnica aconselhável consiste em reestruturar o plano que o autor usou para 
escrever a obra, valendo-se, para isso, do índice ou sumário. Quem está habituado a 
elaborar esquema ou plano de redação tem mais facilidade para perceber o plano de 
qualquer texto. 
 
 
 Um resumo bem-elaborado deve obedecer aos seguintes itens: 
 
1. apresentar, de maneira sucinta, o assunto da obra; 
2. não apresentar juízos críticos ou comentários pessoais; 
3. respeitar a ordem das ideias e fatos apresentados; 
4. empregar linguagem clara e objetiva; 
5. evitar a transcrição de frases do original; 
6. apontar as conclusões do autor; 
7. dispensar consulta ao original para a compreensão do assunto. 
 
 
c) Resumo crítico: 
 
Esse é um tipo de resumo, que, além de apresentar uma versão sintetizada 
do texto, permite julgamentos de valor e opiniões de quem o elabora. Como nos tipos 
anteriores, não se deve fazer citações do original. O resumo crítico difere da 
resenha, que é um trabalho mais amplo. 
 
 DIFERENÇA ENTRE SINOPSE E RESENHA: 
 
 sinopse é o resumo de um artigo ou de uma obra, redigido pelo próprio autor ou por 
seu editor; 
 resenha é um resumo crítico, que admite julgamentos, avaliações, comparações e 
comentários pessoais. 
 
 CURRÍCULO 
 
Quando vamos em busca de uma vaga no mercado de trabalho, certamente, 
precisamos lançar mão do nosso currículo. Vamos relembrar como elaborá-lo? 
 
 
 
 
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Disponível em: < http://www.gettyimages.pt/detail/ilustra%C3%A7%C3%A3o/female-
job-applicant-ilustra%C3%A7%C3%A3o-royalty-free/bzp006> 
Acesso em: 06 mai. 12. 
 
 
Comece com os dados pessoais. 
 
 Nome, Endereço, telefone, celular, e-mail, idade, estado civil. 
 O importante é não colocar mais nada além disso. Ou seja, RG, CPF, atestado 
de reservista, carteira profissional e título de eleitor, esqueça! 
 
Deixe claro seus objetivos. 
 
 Depois dos dados pessoais, coloque o cargo e a área a que você aspira, mas seja 
breve. 
 Se você ainda não é um profissional experiente, o ideal é explicar como você 
pretende direcionar sua carreira e por que resolveu escolher essa profissão. 
 IMPORTANTE: Não vale a pena dizer que tem interesse de atuar em 20 áreas 
diferentes. 
 
Currículo sim, biografia não. 
 
 Um erro muito comum é pensar que quanto maior o currículo, melhor ele fica. 
 Lembre-se: o tempo que você tem para se apresentar não passa de um minuto. 
 Duas folhas, portanto, são o ideal. 
 IMPORTANTE: não use a tática de diminuir o tamanho da fonte para colocar mais 
informações dentro de uma página. 
 
Minhas experiências. 
 
 O próximo passo é falar das suas experiências profissionais. 
 Essa é uma parte extremamente delicada do currículo. Você deve falar, de maneira 
sucinta, acerca todos os lugares pelos quais passou e quais foram as suas 
experiências dentro de cada empresa. 
 Ou seja, você deve vai falar do que é capaz. Uma ótima ideia é organizar seu texto 
em tópicos. 
 
Mas como ser tão sucinto? 
 
 
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 Mencione apenas as cinco últimas empresas em que você trabalhou, começando 
pelas mais recentes e, depois, mencionando as mais antigas. 
 Fale o nome da empresa, se ela não for conhecida, faça uma rápida apresentação 
dela (ramo de atividade, posição no mercado, faturamento (se for público) e número 
de funcionários). 
 Depois, descreva seu cargo e o que fazia na prática. Acredite: isso faz a diferença. 
Ou seja, diga quais eram suas funções e responsabilidades. 
 
 Para quem está começando a carreira 
 
 Caso você esteja começando a carreira vá direto para sua formação acadêmica. 
Do you speak English? 
Lembre-se: não vale a pena enganar. 
 Você pode ser surpreendido com um teste cara a cara e se dar mal. 
 O critério é o seguinte: ou você sabe falar fluentemente um outro idioma, ou não 
sabe. É melhor você falar que seu espanhol é apenas básico, em vez de dizer que 
sabe se virar muito bem. 
 
 
 Como devo enviar meu currículo? 
 
 Não existe consenso sobre qual é a melhor forma de enviar seu currículo. Muitas 
empresas possuem um cadastro online em que o candidato apenas completa os 
dados. Às vezes, um anúncio de vaga em jornal dá as normas para o envio do 
currículo. 
 Alguns consultores sugerem mandar o currículo como um documento anexado, 
outros dizem que nem sempre é possível abrir um documento anexado em função de 
problemas técnicos, ou até por medo de possíveis vírus. 
 O ideal, portanto, é fazer das duas maneiras. Envie um e-mail com o currículo 
anexado, mas diga que, por via das dúvidas, vai enviar seu currículo também pelo 
correio. 
 
 
É só? 
 
 Depois de ingressar na empresa, não esqueça de atualizar seu currículo sempre que 
houver uma mudança significativa na sua carreira. Coloque tudo o que for realmente 
significativo, abrangendo mudança de telefone ou até um projeto que tenha dado 
certo. 
 
Formatação 
 
 As tradicionais: Courier, Arial ou Times New Roman. 
 Os negritos, itálicos e sublinhados só devem ser usados para organizar as 
informações. 
 IMPORTANTE: A preocupação excessiva com a estética dá a impressão de que o 
candidato está tentando compensar uma eventual falha, mas também não devemos 
esquecer de que se trata do nosso cartão de visita. 
 
 Capa 
 
 Se você entrega seu currículo com capas ou guarda dentro de pastas com cor e 
perfumadas, esqueça. 
 O segredo é usar folhas brancas limpas e grampeadas. 
 
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 IMPORTANTE: Simplicidade 
 
 
 
 Cuidado também para não escrever errado. Erros de português pegam muito mal, na 
realidade, são inadmissíveis em um currículo. 
 Coloque apenas os cursos que realmente acrescentaram algo importante à sua vida 
profissional. 
 Aliás, se descobrirem qualquer falcatrua no seu currículo você será dispensado na 
hora. 
 O currículo nunca deve falar sobre pretensão salarial; sequer mencione o pacote de 
remuneração da empresa anterior. Esse assunto deve ser tratado durante a 
entrevista. 
 Seja por e-mail, seja por correio, é completamente desnecessário enviar uma foto. 
 Pode parecer exibicionismo. Mas é conveniente que você leve, no dia da entrevista, 
uma foto e, de preferência, com terno (homens) ou tailleur(mulheres). 
 
 
DICAS: 
 
 Para um profissional com longos anos de experiência, é aconselhável montar um 
segundo currículo mais detalhado, que deve ser mostrado só se o candidato for 
chamado para a entrevista. 
 Faça um currículo especial para cada empresa em que você deseja trabalhar. Óbvio 
que, para isso, você vai precisar saber em quais empresas deseja atuar. A partir daí, 
você deve descobrir tudo o que pode sobre a empresa. Como? Internet, jornais, 
revistas e, principalmente, conversas com funcionários do local. De repente, você 
pode encontrar soluções para os problemas que a empresa enfrenta. Isso pode ser 
muito útil! 
 Algumas palavras mágicas vão ajudar você a deixar seu currículo mais bem escrito. 
Use verbos como: 
 
- realizar (um projeto) 
- organizar (uma equipe) 
- implantar (um processo) 
- atingir (resultados) 
- delegar (tarefas) 
- criar e executar (soluções) 
 
 
 Coloque todos os verbos no pretérito perfeito, como no exemplo: "criei um novo 
sistema de trabalho”; “atingimos resultados fantásticos". 
 
 Fonte: Como montar seu currículo. Disponível em: < 
http://www.cidadesp.edu.br/new/estagio/curriculo.htm>Acesso em: 02 mai. 2012. 
 
 
 
 
 
 
http://www.cidadesp.edu.br/new/estagio/curriculo.htm
 
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1.5. PARÁFRASE 
Agora, vamos trabalhar com um texto que usamos ao elaborarmos artigos científicos, 
ensaios, textos acadêmicos, trabalhos de conclusão de curso etc. Trata-se da paráfrase, 
cujas principais características são listadas a seguir. Depois, vocês têm o desafio de 
elaborar uma paráfrase. 
 
 CONCEITO: 
Segundo Antônio Houaiss, a paráfrase é uma “explicação ou interpretação de um 
texto com outras palavras” (HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro de Salles. Minidicionário 
Houaiss da Língua Portuguesa. 2. ed. rev. e aum. Rio de Janeiro: Objetiva, 2004, p. 548). 
 
Paráfrase é o ato de retomar o que foi dito por outras pessoas, porém com o uso de 
outras palavras, outras formas ou construções. Podemos ter objetivos diferentes ao 
fazermos uma paráfrase. Pode ser para fazer referência ao que outra pessoa disse ou 
escreveu sem repetir as palavras dela. Também podemos ter a intenção de adequar a 
linguagem de determinado texto para outro tipo de público; relatar a interpretação de uma 
leitura; fazer referência a uma fala ou a um texto escrito de forma não literal etc. 
Inicialmente, é preciso ler (ou até ouvir) e compreender o que está escrito ou o que 
foi dito pelo locutor. Usamos palavras sinônimas para não copiar o texto mencionado, 
permitindo também uma melhor adaptação ao contexto em que é citado. 
 
 
 
Vamos exercitar? Faça uma paráfrase para o excerto que segue. 
“Conceituar o meio ambiente não é tarefa simples. É possível, porém, compreendê-lo 
enquanto um conjunto de todos os elementos que formam o planeta, sejam eles vivos ou 
não, sejam eles naturais ou construídos, bem como o próprio homem o qual é parte 
integrante e inseparável desse todo sistêmico e interdependente que nos rodeia e que ao 
mesmo tempo nós rodeamos. Ou seja, o homem é parte importante do todo e não mais o 
destinatário dos recursos disponíveis como se acreditava no passado, com a ressalva de 
que ainda encontramos esse pensamento infelizmente”. (WEYERMÜLLER, André Rafael. 
Direito ambiental e aquecimento global. São Paulo: Atlas, 2010, p. 11). 
 
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2. TEXTO TÉCNICO PORTUGUÊS/INGLÊS 
2.1. GRAMMAR REFERENCE 
 
Study this Grammar part and after, make on line exercises. 
Please access the following English site: 
www.oup.com/elt/englishfile/elementary. 
 
 PRONOUNS (PRONOMES) 
 
Os pronomes pessoais são: 
I eu 
you tu, você 
he ele 
 she ela 
it ele, ela, (neutro) 
we nós 
you vós, vocês 
they eles, elas 
"You" é usado tanto no singular quanto no plural. 
 O verbo "to be" = ser ou estar. 
"Simple present" do verbo "to be": 
 
O pronome "I" é sempre escrito com letra maiúscula. 
O plural de "he" e "she" é "they". 
I am eu sou/estou 
you are tu és/estás 
he is ele é/está 
she is ela é/está 
it is ele, ela (neutro) é/está 
we are nós somos/estamos 
you are vós sois/estais 
they are eles são/estão 
http://www.oup.com/elt/englishfile/elementary
 
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O pronome neutro "it" é usado para referir-se a coisas, fenômenos da 
natureza,animais e objetos.O plural de “it” é "they". 
O "simple past" do verbo "to be" é: 
I was 
you were 
he was 
she was 
it was 
we were 
you were 
they were 
 
Ex: I was happy. (Eu estava feliz.) 
He was in the classroom. (Ele estava em sala de aula.) 
Na forma interrogativa, inverte-se a posição do verbo com a do sujeito. 
Was he at home? 
Was he ready? 
Forma negativa e abreviada do “to be”: 
I was not I wasn't 
You were not You weren't 
he was not he wasn't 
she was not she wasn't 
it was not it wasn't 
we were not we weren't 
you were not you weren't 
they were not they weren't 
To be – Future Tense 
I will be ( eu serei/estarei) 
you will be (tu serás/estarás) 
he will be (ele será/estará) 
she will be (ela será/estará) 
it will be (ele,ela será/estará) 
we will be (nós seremos/estaremos) 
you will be (vocês serão/estarão) 
they Will be (eles/elas/serão/estarão) 
 
Interrogative and Negative forms: 
 
Interrogative: 
Use Will before the subject. 
 Ex: Will you be in school tonight? (Você estará na escola à noite?) 
 
Negative: 
Use will + not +be or won’t be 
 Ex:I will not be (= won’t be ) in school tonight. (Eu não estarei na escola à noite.) 
 
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Demonstrative Pronouns ( Pronomes demonstrativos ): 
 THIS ( este, esta, isto ) – THESE ( estes, estas ) 
THAT ( aquela, aquela, aquilo ) – THOSE ( aqueles, aquelas ) 
 
 
"This" = este, esta, isto. 
 Ex: This is a good software.( este é um bom software.) 
"This" é usado quando o objeto está próximo da pessoa que fala. O plural de 
"this" é "these". 
 Ex: These computers are new. (Estes computadores são novos.) 
"That" = aquele, aquela, aquilo. 
 Ex: That was good program. (Aquele foi um programa bom.) 
 That is an ipod. (Aquilo é um ipod.) 
 
A forma abreviada de "that is" = "that's". 
 Ex: That's a wonderful hardware.(Aquele é um hardware maravilhoso.) 
Usa-se "that" quando o objeto está longe da pessoa que fala. O plural de "that" é 
"those". 
 Ex: Those people are Automation technicians. (Aquelas pessoas são técnicos 
em Automação.) 
Those data are very interesting. (Aqueles dados são muito interessantes.) 
 
Pronomes pessoais e pronomes objeto: 
Pronomes 
Pessoais 
Pronomes 
objeto 
I (eu) me (me, mim, comigo) 
you (você) you (te, ti, contigo) 
he (ele) him (o, lhe, ele) 
she (ela) her (a, lhe, ela) 
It (ele,ela neutro) it (o/a, lhe, ele/ela) 
we (nós) us (nos, conosco) 
you (vós) you (vos, convosco) 
they (eles,elas) them (os/as, lhes, eles/elas) 
 
 
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 Ex: The students are measuring these input values. I'm measuring with them. 
(Os alunos estão medindo estes valores de entrada. Eu estou medindo com eles.) 
 Ex: I'm having breakfast with Jack. Do you want to come with us? (Eu vou 
tomar café da manhã com Jack. Você quer vir conosco?) 
 
Disponível em: < http://www.gettyimages.pt/detail/foto/family-breakfast-fotografia-de-stock/114473461> 
Acesso em: 07 mai. 12. 
 
Usa-se "it" para objetos. 
 Ex: I have a notebook. I search many things with it. (Eu tenho um notebook. 
Eu pesquiso muitas coisas com ele.) 
"Them" é usado no plural, para pessoas e coisas. 
 Ex: I have friends. I talk to them a lot. (Eu tenho amigos. Eu converso muito 
com eles.) 
 
Tabela dos pronomes possessivos e adjetivos possessivos: 
Adjetivos 
Possessivos 
Pronomes 
Possessivos 
Tradução 
my mine meu(s), minha(s) 
your yours teu(s), tua(s) 
his his seu(s), sua(s) 
her hers seu(s), sua(s) 
its its seu(s), sua(s) neutro 
our ours nosso(s), nossa(s) 
your yours vosso(s), vossa(s) 
their theirs seu(s), sua(s) 
 
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 SENAI/CETEMP - Técnico em Automação Industrial 
 
ESCOLA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL SENAI – PLÍNIO GILBERTO KROEFF 
 
 
Os adjetivos possessivos são seguidos de substantivo. 
 Ex: I save my file. (Eu salvo o meu arquivo.) 
Os pronomes possessivos não são seguidos de substantivo: 
 Ex: She saves hers. (Ela salva o dela.) 
Os possessivos concordam com o possuidor: 
 Ex: I open my computer every night. Mary opens hers, too. 
( Eu abro meu computador toda noite. Maria abre o dela também.) 
 
Disponível em: <http http://www.gettyimages.pt/detail/foto/couple-on-laptop-with-credit-card-fotografia-de-

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