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Lipídios: Definição, Funções e Classificações

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1 Samantha Lopes – OMF 1 
Lipídios 
➔ Definição: 
 Grupo de substâncias que são solúveis em 
solventes orgânicos e são insolúveis ou pouco solúveis 
em água., ou seja, são moléculas hidrofóbicas. 
 Exemplos: metanol, clorofórmio, acetona, benzeno. 
➔ Funções: 
 Principais formas de armazenamento de energia. 
 Excelentes isolantes térmicos, mecânicos e 
elétricos, atuando contra choques mecânicos por 
possuírem uma capa de gordura do abdome e na 
proteção de neurônios na formação de bainha de 
mielina. que isola o axônio para realizar os impulsos 
saltatórios. 
 Possui função de sinalização celular (Ex: 
fosfaltinaglicol e DAG) 
 Função digestiva -> Ácidos biliares (compostos por 
colesterol) 
 Antioxidantes -> vitamina e (protege a célula contra 
os danos oxidativos) 
 Elementos estruturais de membranas biológicas 
como os fosfolipídios, no reconhecimento e na 
sinalização e os esteróis, no enrijecimento da 
membrana. Formam âncoras que fixam proteínas de 
membrana. 
➔ Classificações: 
 Lipídios simples: somente uma cadeia hidro 
carbonada. São eles: A..G., o TAG e as ceras, lipídios 
de reserva. 
 Lipídios complexos: formados por cadeias hidro 
carbonadas e outros elementos. São eles os 
glicolipídios e os fosfolipídios, que são lipídios de 
estrutura. 
 Esteróis: mais hidrofóbico de todos, formado por 
anéis aromáticos. Possui maior resistência a 
solubilização da água. Forma o colesterol. 
 
 ÁCIDOS GRAXOS: 
➔ Compostos que apresentam uma longa cadeira 
hidrocarbonada e um terminal carboxílico, ou seja, são 
compostos anfóteros. 
➔ A parte hidrofílica é polarizada e tem uma maior 
atração pela água, podendo perder H. 
➔ A parte hidrofóbica é apolar e não possui uma 
atração com a água. 
 
 
➔ As gorduras e os óleos são formas de armazenamento 
de energia e são derivados desses ácidos graxos. 
➔ Os ácidos graxos podem ser saturados e insaturados. 
 
➔ Ácidos graxos saturados: 
 Não possui uma dupla ligação, é uma cadeia mais 
estável. 
 Esses ácidos ficam intacto no organismo e na 
corrente por mais tempo, pois como são mais difíceis 
de serem quebrados por possuírem cadeias estáveis, 
isso dificulta a absorção. Sendo mais prejudicial ao 
organismo. 
 
➔ Ácidos graxos insaturados: 
 São compostos menos estáveis por possuírem 
ligação pi (dupla ou tripla). Essa ligação por ser mais 
curta gera uma maior aproximação entre os átomos e, 
consequentemente, uma torção da molécula devido 
à nuvem de elétrons dos átomos semelhantes, os quais 
geram um impedimento estético. 
 Essa ligação pi, ao contrário da sigma, necessita de 
menos energia para ser quebrada, isso faz com que ela 
seja metabolizada mais rápida no organismo e na 
corrente sanguínea, ou seja, essa gordura é menos 
prejudicial. 
 
OBS: CIS x TRANS: 
➔ Cis: ocorrência natural, os átomos estão no 
mesmo plano molecular. 
➔ Trans: obtida por hidrogenação, fermentação, os 
átomos estão me planos opostos. É mais 
prejudicial a saúde porque o organismo não 
reconhece como insaturados por serem pouco 
mais parecidos com os saturados do que a 
configuração cis. 
➔ A gordura trans está presente em chocolates, 
biscoitos recheados, fast-food. 
 
2 Samantha Lopes – OMF 1 
 
 
➔ Nomenclatura: 
 Número de carbonos (ligação c-c) -> 
não entra o radical 
 Número de duplas ligações. 
 
 
 OBS: Ômega 3 e 6 -> ligação dupla no 3º,6º 
carbono a partir da extremidade mais distante da 
carboxila. 
 
➔ Por não serem produzidas pelo organismo, as 
gorduras poli-insaturadas (ômega 3 e ômega 6) 
precisam ser obtidos na alimentação, ou seja, são 
ácidos graxos essências. 
➔ São essenciais para o bom funcionamento do 
organismo, nos processos de sinalização, processos 
inflamatórios e na bainha de mielina, além de 
reduzirem os níveis de LDL no sangue (podem 
auxiliar na diminuição do acúmulo na placa de 
aterosclerose, diminuindo os riscos de uma cardiopatia). 
➔ São encontrados em óleos vegetais, como o de 
girassol, soja e milho e, também, em peixes como o 
salmão. 
➔ Existem ácidos graxos diferentes que compõem os 
ômegas 3 e 6. 
 
➔ Propriedades físicas dos ácidos graxos: 
 Cada ácido graxo possui um grau de insaturação e 
um comprimento de cadeia diferente e isso influencia 
no ponto de fusão e na solubilidade deles. 
 Quanto maior for o comprimento da cadeia e 
quanto maiores forem as ligações simples, menor 
será a solubilidade em água. 
 
Insaturados: possuem um menor ponto de fusão. 
Não são estáveis, não se organizam em blocos. É mais 
fácil de ser desorganizada pelo fato de existir um nível 
de desorganização próprio da molécula. 
 Saturados: maior ponto de fusão (maior o 
comprimento da cadeia). Possui uma maior energia de 
quebra. 
 
 Quanto menor for a quantidade de energia para 
desorganizar os ácidos, menor será a temperatura de 
fusão dos ácidos graxos. 
➔ Sinalizadores: 
 Eicosanoides: hormônios parácrinos: 
Derivados do ácido araquidônico. 
 Prostaglandinas (PGs): são produzidas na cox e 
atuam no desencadeamento do processo inflamatório. 
 Tromboxanos: atuam no processo de 
coagulação sanguínea. 
 Leucotrienos: atuam no processo da asma. 
 
 TRIACILGLICERÓIS: 
➔ Compostos por três moléculas de ácidos graxos que 
são unidas por ligação éster (reação de esterificação) a 
uma única molécula de glicerol. 
➔ É a principal forma de armazenamento de reserva no 
ser humano. 
 
 
 
 R1, R2 e R3 são moléculas de ácidos graxos. 
 Triacilgliceróis simples: R1=R2=R1 
 Triacilgliceróis mistos: R1, ≠ R2 ≠ R3 (mais comum) 
 São combustíveis metabólicos, tendo vantagens 
significativas sobre os polissacarídeos: 
 
 Os átomos de carbono dos ácidos graxos são 
quimicamente mais reduzidos, liberando duas vezes mais energia 
por grama, por possuir uma cadeia muito rica em hidrogênios. 
 
3 Samantha Lopes – OMF 1 
 Por serem hidrofóbicas e, por isso, desidratadas, o 
organismo que transporta 
gordura como combustível não tem peso extra de 
água., como acontece com os polissacarídeos, os quais 
são hidrofílicos. 
 1g de lipídio libera 9kacl 
 1g de carboidrato libera 4kcal (mas não é todo 
de gordura por ser hidrofílico) 
➔ Encontrados nos vegetais: óleos em sementes que 
possuem maior quantidade de energia para a 
germinação. 
➔ Encontrados nos animais: tecido adiposo, o qual está 
sob a pele, na cavidade abdominal e nas glândulas 
mamárias, praticamente todo armazenado de lipídios. 
➔ Degradação dos triglicerídeos: 
1) Hidrólise alcalina: utiliza uma base forte, como O 
NaOH.. 
 O processo de saponificação (produção de 
sabão/micelas) os triacigliceróis produzem o glicerol e 
uma mistura de sais de ácidos carboxílicos de cadeia 
longa. 
 A união dos triacilgliceróis com o sabão faz com 
que ocorra a separação do ácido graxo e do glicerol. 
Isso permite que o ácido se ligue a base forte e 
aconteça o processo de limpeza devido a região está 
polarizada. Assim, o processo de emulsificação permite 
a retirada da gordura. 
 
2) Lipases: degradação nos lisossomos por meio de 
enzimas que degradam os lipídios. Ocorrem nas células 
animais e vegetais. 
Os ácidos graxos e os gliceróis são reutilizados ou 
usados nos processos de produção de energia. 
 
 CERAS 
➔ São ésteres de ácidos graxos de cadeia longa 
saturada ou insaturada com álcoois também de 
cadeias longas. 
➔ As temperaturas de fusão são altas (60º a 100ºC) por 
serem moléculas muito grandes e hidrofóbicas. 
➔ Funções: 
 Armazenamento de energia (plâncton) 
 Pássaros marinhos: penas impermeáveis a água 
 Glândula uropigiana: produz substânica lipídica para 
a impermeabilização das penas 
 Plantas: evaporação excessivae produção contra 
parasitas. 
 Abelhas: ceras para a construção de favos. 
 No ser humano a produção de cera é para a 
proteção e para combater a desidratação (o sabão 
retira a camada de proteção da pele -> banhos 
excessivos/limpeza excessiva do ouvido) 
 
 FOSFOLIPÍDIOS 
 
➔ Membranas biológicas: alteração lipídica pode causar 
prejuízos se não houver uma conformação correta 
porque pode alterar a conformação da membrana, 
podendo solidificar, enrijecer, podendo dificultar o 
processo de internalização e de secreção de 
substâncias. 
➔ Lipídio de membrana que possui fósforo na estrutura. 
 
 
 
 GLICEROFOSFOLIPÍDEOS: 
 São derivados do ácido fosfatídico, chamados 
também de fosfoglicerídeos. 
 São lipídeos de membrana em que os dois ácidos 
graxos estão ligados ao primeiro e ao segundo átomo 
de carbono do glicerol por uma ligação éster, um 
grupo altamente polar (interage com a água no meio 
externo na célula pela bicamada lipídica para não 
desestabilizar a célula) ou carregado está ligado no ao 
terceiro átomo de carbono por uma ligação 
fosfodiester. 
 As membranas não são uniformes, pois existem uma 
diversidade de ácidos graxos. 
 
 
 
 
 
4 Samantha Lopes – OMF 1 
OBS: Cardiopilina: lipídio estrutural que está 
presente nas membranas mitocondriais. No seu 
processo de oxidação, ela se junta com o citocromo 
c (localizado nas cristas mitocondriais) e eles 
desencadeiam um processo de apoptose celular 
(morte programada da célula), sendo responsável pelo 
desenvolvimento e progressão de vários processos 
patológicos. A sua alteração compromete toda a 
cadeia transportadora de elétrons do citocromo c, 
sendo causa também 
de processos cancerígenos. 
➔ Funções: 
 Sinalizadores: Fosatidilinositol -> mensageiros 
intracelulares. atuam na ativação de enzimas para 
desencadear reações dentro da célula (a enzima 
reconhece e quebra esse fosfatidilinositol). 
Dipalmitoifosfatidilcolina: surfactante pulmonar, 
associado as paredes dos alvéolos pulmonares. 
Impedem que os alvéolos colem um no outro. 
 A deficiência desses lipídios de membrana gera a 
síndrome de angústia respiratória (não consegue 
realizar as trocas gasosas para impedir o colabomento 
dos alvéolos). 
 Plasmalogênio: estruturação de células musculares 
e nervosas. Proteção contra espécies reativas de 
oxigênio. Níveis baixos contribuem para a progressão 
do Alzheimer. 
 
 ESFINGOLIPÍDEOS 
➔ Cabeça polar e duas caudas apolares. 
➔ Não contém glicerol. 
➔ Compostos de: 
1) Uma esfingosina (presença de nitrogênio) ou um de 
seus derivados 
2) Uma molécula de ácido graxo de cadeia longa e 
cabeça polar ligada por uma fosfodiéster. 
 
 
 
➔ Esfingomielina: principal constituinte da bainha de 
mielina. Deve estar em níveis adequados, pois em 
baixa, afeta diretamente na renovação da bainha de 
mielina. 
 Exemplo: esclerose múltipla 
 
 
 
 
 GLICOLIPÍDIOS: 
➔ Presença de carboidratos 
 
 
 
 GALACTOLIPÍDEOS: 
➔ Lipídios predominantes em vegetais. 
➔ Um ou dois resíduos de galactose estão conectados a 
C-3 de um 1,2-diacilglicerol por ligação glicosídica. 
 
 
 
➔ Estão localizados nas membranas dos tilacoides 
(membrana interna) de cloroplastos. 
➔ Correspondem a 70-80% dos lipídeos de membrana 
de planta vascular. 
➔ São os lipídeos de membranas mais abundantes da 
terra. 
➔ As plantas preferem os glicolipídios em relação aos 
fosfolipídios porque é difícil a absorção de fósforo no 
solo, então elas conservam o fosfato para funções mais 
críticas. Isso contribuiu para o favorecimento das plantas 
sem fosfato. 
➔ O ser humano precisa do fosfato por serem 
constituintes da membrana e do material genético. 
 
 
 
 
 
 
 
5 Samantha Lopes – OMF 1 
 ESFINGOLIPÍDEOS 
➔ Cabeça polar e duas caudas apolares. 
➔ Não contém glicerol. 
➔ Compostos de: uma esfingosina ou um de seus 
derivados, de uma molécula de ácido graxo de cadeia 
longa e cabeça polar ligada por uma ligação glicosídica. 
 
 
 
 GLICOESFINGOLIPÍDEO 
➔ Esfingolipídeos de carboidratos. 
➔ Contém um ou mais monossacarídeos. 
 
 
➔ Cerebosídeos – 1 monossacarídeo: 
 Galactose: tecidos neurais. 
 Glicose: tecidos não-neurais. 
 
 GLICOLISÍDEOS 
➔ Contém um ou mais resíduo de ácido sálico. 
➔ Oligossacarídeo mais complexo. 
 
 
 
 GLICOESFINGOLIPÍDEOS 
 COMO DETERMINANTES 
 DO GRUPO SANGUÍNEO 
 
➔ A organização de carboidratos é responsável pela 
tipagem sanguínea. 
 
 
 
➔ Uma estrutura comum a todos eles -> muda apenas a 
presença do antígeno. Isso justifica o fato do sangue O 
ser doador universal. 
➔ Falso O: 
 
 
 
 
 
 
 O falso O não consegue formar o antígeno H por 
não conseguir adicionar a fucose. (problema enzimático) 
 Isso é prejudicial, pois durante a transfusão sanguínea, 
o indivíduo que necessitar de falso O só poderá receber 
de um doador falso O. Por ser um sangue raro, os 
doadores doam para si mesmos, ou seja, retiram o 
sangue e são guardados, quando necessitarem de 
transfusão, estará disponível. 
 Caso o indivíduo falso O receba de O pode ser que o 
organismo não responda devido à ausência da fucose. 
 
 
6 Samantha Lopes – OMF 1 
 
➔ Sangue dourado: deficiência no fator Rh (não 
produz). 
 ESTERÓIS 
➔ Lipídios estruturais presentes na maioria da 
membrana das células eucarióticas. 
➔ Possui núcleo esteróide composto de quatro 
anéis fundidos (um com 6C e outro com 5C) 
➔ Os quatro anéis foram uma estrutura quase 
planar e relativamente rígida. 
 
➔ Colesterol: 
 
 Principal esterol em tecidos animais. 
 Estrutura anfipática. 
 É de grande importância para as membranas 
biológicas -> devido à mobilidade, promove uma 
mudança de conformação para a entrada de 
substâncias. 
 A presença de colesterol aumenta a rigidez -> 
membranas animais são menos fluidas (mais rígidas) 
do que membranas de plantas. 
 Membranas de procariotos: não contém 
quantidades apreciáveis de esteroides, são mais fluidas. 
As bactérias não produzem colesterol, podem 
incorporar esteróis exógenos. 
 Em excesso, esse colesterol é prejudicial. 
Precursor de hormônios e vitaminas. 
Balsas lipídicas ou rafts lipídicos: 
 regiões dentro da membrana possui uma maior 
quantidade de colesterol -> diferentes concentrações 
de colesterol em células cancerígenas (são ainda 
maiores) -> ações terapêuticas 
 
 
 
Lipídios: sinalizadores, cofatores e pigmentos: 
➔ Vitamina A: precursoras de hormônios (retinol) 
➔ Vitamina E e K: cofatores na oxirredução. 
 K: coagulação sanguínea 
 E: tocoferol – antioxidantes 
➔ Ubidquinona e Plastoquinona: transportadores de 
elétrons.

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