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Choque

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30.04 
 
Síndrome Choque 
 
DEFINIÇÃO 
- Diminuição do fluxo sanguíneo efetivo = diminuição de débito cardíaco a ponto de 
chegar pouco o oxigênio nos tecidos e alterando. 
- Inicialmente a lesão tecidual é reversível, só que mais tarde, se torna irreversível, ou 
seja, se demorar muito para interferir na situação, a lesão não terá como ser 
desfeita, mesmo que consiga restabelecer o débito cardíaco do paciente, a lesão 
será tão grave que a morte é eminente. 
 
TIPOS DE CHOQUE 
 
Cada tipo tem seu tratamento e prognóstico mas os sintomas são muito parecidos. 
 
1ª esse tipo explica o que está acontecendo para o DC estar baixo 
- Choque hipovolêmico → DC baixo porque falta volume de sangue, ex: animal com 
diarréia, ou com hemorragia. 
Tratamento → reposição do volume sanguíneo com soro. 
 
- Choque cardiogênico → DC baixo por ter um problema no coração, como arritmia, 
cardiomiopatia dilatada. 
Tratamento → de acordo com a doença cardíaca. 
 
- Choque distributivo → paciente tem o volume sanguíneo bom mas está mal 
distribuído, como no caso de vasodilatação periférica absurda, onde o sangue vai 
até a periferia mas não consegue voltar para o coração, diminuindo o DC. 
Tratamento → repõe um pouco do volume sanguíneo e vasoconstritor. 
 
- Choque obstrutivo → obstrução de veias e artérias importantes, por exemplo quando 
há uma dilatação gástrica comprimindo a cava, e o sangue não está voltando pro 
coração, tratamento seria a descompressão do estômago. 
Outro exemplo seria a presença de tumor comprimindo a horta, tratamento é retirar o 
tumor. 
Tratamento → desobstruir. 
 
2ª classificação mais generalista, baseado na etiopatogenia, ou seja, porque o paciente 
entrou em choque: 
- Choque Hemorrágico → entrou em choque porque está perdendo sangue. 
Tratamento → transfusão de sangue. 
*Choque hemorrágico é um tipo de choque hipovolêmico mas sendo específico para 
a perda de sangue, dessa forma ajuda no diagnóstico e no tratamento. 
 
- Choque Séptico → causa vasodilatação. 
Tratamento → vasoconstritor e antibioticoterapia 
*Choque séptico é um tipo de choque distributivo, mas pelo fato de informar que é 
uma infecção generalizada, ajuda no tratamento. 
 
- Choque Neurogênico → afeta o sistema nervoso e causa a perda do controle 
vascular (vasodilatação). 
Tratamento → vasoconstritor, tratar a causa do problema neurológico e proteção do 
sistema nervoso. 
*Também é um tipo de choque distributivo. 
 
- Choque Anafilático → reação alérgica que e causa edema generalizado, ou seja, 
líquido extravasa para fora do vaso, diminuindo o volume sanguíneo e DC, somado 
a vasodilatação (muito grave). 
Tratamento → fluidoterapia, antialérgico e vasoconstritor. 
*Choque misto, ou seja, considerado como choque hipovolêmico e distributivo. 
 
CLASSIFICAR CORRETAMENTE É MUITO IMPORTANTE PARA INSTRUIR NO 
DIAGNÓSTICO E NO TRATAMENTO, ALÉM DE AVALIAR MELHOR O PROGNÓSTICO. 
 
Sintomas: 
- Basicamente todos os choques, apresentam os sintomas muito parecidos, porque o 
organismo, não diferencia um do outro. 
Portanto, qualquer tipo de choque, o corpo identifica como HIPOVOLEMIA, mesmo 
em alguns casos em que não há hipovolemia como sintoma. 
Para o diagnóstico, a gente analisa a resposta do organismo contra a hipovolemia, 
não ela em si, como a taquicardia, mucosa pálida em alguns casos. 
- Taquicárdico, taquipneico, pálido, hipotenso, produzindo pouca urina, aumento de 
TPC. 
- Associar os sintomas com o histórico e os exames complementares para fechar 
diagnóstico de qual choque. 
 
Fisiopatologia: 
- Resposta do organismo → ativa três mecanismos: 
1. Sistema nervoso SIMPÁTICO → ativação de três hormônios → Cortisol, Adrenalina 
e Noradrenalina. 
Cortisol = hiperglicemiante; uma das primeiras coisas que acontecem, para dar 
suporte energético ao trabalho muscular da vasoconstrição, da taquicardia, dá 
musculatura respiratória em taquipneicos. 
 
* Para identificar se o trauma é grave, é preciso medir a glicemia. Se um animal que foi 
atropelado, estiver com a sua glicemia normal, dificilmente ele irá morrer, mas se o nível 
estiver alto, mesmo que o animal aparenta estar bem, indica que o trauma foi muito grave e 
provavelmente irá descompensa depois. Essa avaliação não é a melhor mas é a mais 
indicada para casos de baixo orçamento. 
Em um animal diabético, é considerado um fator de risco, o trauma sempre será muito 
grave. 
 
Com estoque de energia, o corpo já pode responder ao problema, com a ajuda da 
Adrenalina e da Noradrenalina, que vão causar taquicardia, aumento da força de 
contra (inotropismo), e vasoconstrição (mucosas pálidas, aumento do tpc, 
extremidades frias, hipotermia), para redistribuir o volume para os orgão mas 
importantes e para tentar combater possíveis quedas de pressão. 
 
2. Sistema Nervoso CENTRAL → Liberação de ACTH e Vasopressina. 
 
ACTH= libera cortisol e aldosterona, que age no rim retendo sódio e água, causando 
oligúria ou anúria dependendo da intensidade. 
 
Vasopressina= ADH → para de produzir urina. 
 
3. Sistema Renina Angiotensina Aldosterona. 
 
 
 
*Quando o DC cai muito a pressão de sangue da entrada do capilar não consegue ser 25, e 
também começa a cair a pressão, e se a pressão de entrada no capilar for muito baixa, ele 
não consegue oxigenar todas as células e se isso ocorrer vai ter anaerobiose (falta pouco 
tempo para a célula morrer) resultando na eliminação de ácido lático causando acidose 
metabólica. 
Por isso se calcula ácido lático na emergência, porque mostra que as células estão fazendo 
anaerobiose e acidemia (pH alto) → mostra a gravidade do quadro e quanto mas rápido 
intervir maior são as chances de sucesso. 
Essa é forma mas segura de avaliar a gravidade do quadro. 
 
Privação de oxigênio 
- Vasoconstrição seletiva: 
diminui a circulação da pele, animal fica pálido, 
intestino fica lento e para de funcionar, animal para de comer e tem vômito e 
diarréia, 
Fraqueza muscular, animal não quer mais levantar 
Para de produzir urina 
Insuficiência hepática causa icterícia 
Muda a respiração 
Coração e cérebro 
 
PRIVAÇÃO DE OXIGÊNIO 
- Primeira resposta ao eventos do choque, é a mudança do formato do capilar, grosso 
na entrada, por onde o sangue chega, e fino no final por onde o sangue volta para o 
coração, como se fosse um cone. Na entrada, a parte mais larga, a pressão fica 
mais forte, aumentando um pouco a oxigenação das células dessa região. Porém 
diminui o retorno venoso para o coração. Além dá formação de edema na entrada 
devido ao sangue “parado” nessa parte e assim diminui a volemia do paciente, 
concluindo na piora do DC, pois agora ele tem dois problemas (hipovolemia e pior 
retorno venoso) 
- Seguindo esse caminho, o corpo responde com outra transformação, abrindo outro 
caminho pela mudança de pH→ shunt, ou seja, o sangue vai direto da arteríola para 
vênula, sem passar pelo capilar. Isso faz com que aumente o DC = melhora do 
paciente mas as células periféricas vão morrer, disparando o nível de lactato, porém 
a hora que a pressão normalizar, o organismo gasta o lactato e volta tudo ao normal 
(tira o shunt e oxigena o capilar. 
- Se não houver nenhuma intervenção até esse ponto, o sangue que ficou parado no 
capilar, coagula e forma trombo, e assim quando a pressão voltar, o sangue não vai 
conseguir passar pelo capilar, ou seja, essa parte não tem mas salvação, e se isso 
acontecer em muitos lugares de um órgão a chance de morte é iminente, mesmo 
que o coração ainda esteja funcionando, porque essa parte é irreversível. 
 
*Combinação catastrófica = lactato alto com plaqueta baixa = muita anaerobiose, e as 
plaquetas que existiam já foram usadas para formar trombo (CID = coagulação intravascular 
disseminada). Prognóstico muito ruim. 
Então quando tem um paciente que está com o lactato alto e que o número de plaquetas 
começaram a diminuir, já se adm um anticoagulante para evitar a formação de trombos. 
 
ESTADIAMENTO DO CHOQUE 
 
- Estadiamento que deve serfeito assim que o paciente chegar, para saber se está 
em choque, ou está em um quadro que pode evoluir para um choque. 
 
ESTÁGIO COMPENSADO 
 
Hipermetabolismo 
Cronotropismo positivo discreto (normal) 
Inotropismo positivo 
Taquipnéia discreta (normal) 
Aumento da resistência vascular sistêmica 
Aumento do consumo de oxigênio 
TPC < 1seg 
Mucosas hipercoradas 
Atividade mental normal 
 
Ex: Poodle de 5 anos, que foi atropelado, chegou na clínica com FC 130, FR 28, TPC -1s, 
mucosa normocorada, animal com comportamento normal, andando (aparentemente tudo 
normal!). 
Conduta tomada → analisar Glicemia (130), PA (normal), Lactato (normal),US (normal), 
FAST (sem acúmulo de sangue), Hemogasometria (normal), hemograma (normal), raio x 
(normal). 
O certo é → fazer US e Raio x (se não houver hemorragia, não é necessário se preocupar 
com o hematócrito). Porque deixar o animal internado? Animal não está hipovolêmico, 
porque não alterou FC e FR, porém como esse cão sofreu um trauma de multi pancadas, 
nas próximas horas (8Hrs muito rápido - sempre monitorar no mínimo por 8hrs- e depois 
diminui a velocidade) ele terá um edema (todo trauma causa edema, leve ou grave, e o 
tamanho do edema varia de acordo com o organismo), e o prognóstico dependerá de qual é 
o tamanho do edema que o organismo vai produzir e o quanto ele vai beber de água, se ele 
bebeu uma quantidade maior que o edema, ele ficará bem, mas se o edema for muito maior 
que a ingestão de água, o líquido intravascular var extravasar deixando o animal 
hipovolêmico. Por isso que se o animal for liberado, ele pode fazer um grande edema, 
dormir e não acordar. O edema não é visível, geralmente acontece na musculatura, e nas 
vísceras, não é palpável. 
 
Na internação, no mínimo por 8hrs, mas o ideal é por 24hrs → dar analgésico, tipo tramadol 
ou dipirona, deve diminuir a FC e FR, se isso não acontecer, ou se essas frequências 
aumentarem, indica que o organismo está fazendo edema, perdendo volume intravascular, 
e está tendo taquicardia para compensar a perda de volume = animal está descompensado 
(ativando o sis. nervoso simpático, no intuito de continuar ofertando oxigênio para as 
células) e se essa situação durar por muito tempo ele descompensa. 
Deixa o animal com acesso venoso, com fluido desligada ou muuuuuito lenta, dando água e 
sempre acompanhando com a observação clínica (não precisa encher o animal de exames), 
PA, mucosas, FR… 
 
ESTÁGIO DESCOMPENSADO INICIAL 
 
Vasocontrição seletiva 
Hipóxia tecidual 
Cronotropismo positivo progressivo (cão) 
Inotropismo negativo (fatores pancreáticos) 
Quebra da barreira intestinal 
Taquipnéia (shunt pulmonar) 
Hipotensão arterial 
Redução do consumo de oxigênio 
TPC > 2 seg 
Mucosas hipocoradas 
Oligúria ou anúria 
hipotermia 
Menor atividade mental 
- Estágio mais fácil de diagnosticar → animal muito taquicárdico, taquipneico, pressão 
baixa, TPC aumentado, pálido, sem produzir urina, gelado e apático. 
O ideal é entrar rápido com um tratamento mais agressivo 
- Na hora que baixa o DC, começa diminuir o fluxo de sangue no intestino (quebra dá 
barreira intestinal), e o sistema imunológico intestinal para de funcionar, levando as 
bactérias dessa região cair na circulação, podendo desenvolver sepse. Portanto 
alguns pacientes que têm algum tipo de choque, acaba morrendo de sepse → por 
isso alguns atendimentos incluem antibioticoterapia de forma profilática. 
- Todo tratamento de choque começa com fluido e oxigênio. 
Tratamento agressivo fluidoterapia com Ringer Lactato → muito rápido/15min. - ex: 
animal de 20kg, 400gts/min. - peso x 20 → com o intuito de levar oxigenação para 
os vasos que estavam fazendo shunt. e oxigenar o capilar e as células = ser 
agressivo na velocidade e não no volume → e para fazer rápido precisa pegar mas 
de um acesso. 
 
ESTÁGIO DESCOMPENSADO 
 
 ​Perda da Autorregulação 
Vasodilatação generalizada 
Bradicardia 
Inotropismo negativo 
Hipotensão arterial 
Mucosas pálidas ou cianóticas 
TPC inviável 
Anúria 
Hipotermia 
Coma 
 
- Estágio que o corpo já não aguenta mais, onde ele já está a muito tempo fazendo 
vasoconstrição, taquicardia, e acaba as reservas biológicas, estoque de glicogênio, 
capacidade de contração, estoque de hormônios como adrenalina e noradrenalina, e 
dessa forma o sis. nervoso simpático para de funcionar. 
- O animal que estava em vasoconstrição, fará vasodilatação, taquicardia → 
bradicardia, PA muito baixa, pálido a cianótico, a ponto que não dá mais para fazer 
TPC, nenhuma produção de urina, gelado e em como. 
- Prognóstico MUITO ruim → chances de sobreviver muito baixa → grandes chances 
de estar na fase irreversível. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOSAGEM DE LACTATO 
- Valor normal → até 2,2 a 2,4 (depende do aparelho) 
- Dois protocolos mais defendidos. 
- O melhor e mais utilizado nos EUA → dosagem de hora em hora → $$$ 50 reais 
A cada uma hora, deve diminuir 20% do lactato e ajusta o tratamento conforme o 
resultado. 
- Golden Hours → protocolo bom e mais barato → dosagem na hora que o animal 
chega e nas 6hrs e 24 hrs depois. 
1- Quanto maior o nível de quando o animal chegou, mais grave é o seu quadro. 
 
2- 6hrs → o nível deve abaixar no mínimo 50%. Se baixar, por exemplo, apenas 
30%, significa que devemos intensificar o tratamento. 
 
3- 24hrs → o valor deve ter sido normalizado. Se isso não aconteceu significa que a 
resposta ao tratamento não está sendo boa e deve melhorar ele. E se o valor der 
maior que o avaliado no exame de 6hrs, significa que dificilmente o paciente irá 
sobreviver → se tornou irresponsível ao tratamento. 
 
 
TRATAMENTO 
 O TRATAMENTO DO CHOQUE SEMPRE SE INICIA COM OXIGENIOTERAPIA E 
FLUIDOTERAPIA , EXCETO NO CHOQUE CARDIOGÊNICO 
 
Fluidoterapia 
 
- Cristalóide Isotônico → Ringer com Lactato, Solução Fisiológico (Na 0,9% = cloreto de 
sódio a 0,9%). 
- Todos vão tomar, nenhum protocolo é feito sem esse soro, a questão vai ser se 
vamos adm só esse ou associar com outro. 
- É o único soro que consegue tratar as células → sem o ringer lactato terá mas morte 
celular. 
- Para adm apenas esse soro, é necessário repor mais ou menos 4 vezes o valor que 
o animal perdeu (geralmente dá muito soro e fica inviável de fazer) → a explicação 
por ter que fazer uma grande quantidade, é que ¾ mais ou menos do soro 
administrado vai sair do vaso em 1hr → edema. O animal que tiver recebido esse 
soro terá uma melhora mas depois vai ter queda de pressão de novo e se isso 
acontecer, será necessário associar com outro tipo de soro. 
- Portanto os cristalóides não são eficientes para manter a pressão. 
- Velocidade → Teste de carga = 60 ml/kg/hr → coloca na bomba de infusão → peso 
x 60 → por 15 min! 
Ex: Animal de 20 kg → 20 x 60 = 1l 200ml → coloca 1l 200 por hora na bomba de 
infusão e quando der 15 min. para e mede a pressão de novo. Se a pressão estiver 
boa, coloca na velocidade de manutenção e monitora. Se a pressão não melhorou, 
faz mas 15min. nessa velocidade, é possível fazer esse procedimento 3 vezes. 
- Teste de carga causa edema, diminui fatores plasmáticos, da acidose hiperclorêmica 
(esses dois soros possuem muito cloro, que estimula a liberação de bicarbonato) 
porém é a melhor conduta a ser tomada. 
- Qual o soro deve ser utilizado? Ringer com Lactato (SEMPRE), mas se não tiver 
pode ser feito com Solução Fisiológica e se não tiver nenhum dos dois, não pode 
fazer nenhum outra solução, porque, o glicofisiológico ou glicose 5% aumenta os 
níveis de glicose que já estavam altos, deixando o sangue muito viscoso, diminuindo 
o DC e levando o animal a morte; o ringer lactato simples também não pode pois 
tem muito cloro a ponto de matar o animal por acidose. 
Ex: paciente de 45 kg descompensado no choque → oxigenioterapia e fluidoterapia com 
ringer lactato e fazer até 4 acessos → muito difícil, então só fazemos esse método para 
pacientes menores, e se não tiver bomba de infusão, peso x 20, e coloca no equipo. 
- Portanto, se nãotem como fazer a fluido na velocidade necessário, porque o volume 
é muito grande, devemos associar o ringer com soluções hipertónicas. 
 
- Cristalóide Hipertônicos → Solução Hipertônica (cloreto de sódio a 7,5% → não vem 
pronto, tem que ser feito na hora que for usar → 0,9% é solução fisiológica. 20% solução 
salina. Queremos 7,5%. → 7,5-0,9= 6,6 ml e 20-7,5= 12,5ml → pega um seguiringa coloca 
12,5 de solução fisiológica + 6,6 de solução salina = seringa cheia de solução hipertônica → 
faz quantas seringas precisar para completar o volume que deve ser administrado. 
(SIM ESSA MERDA TA CERTA, pq ele faz um x, onde o centro é 7,5) 
Ex: Animal de 30 Kg → 2 a 4 ml/Kg ⇒ 30 x 3 = 90 ml. Uma seringa tem 19 ml de solução 
hipertônica. 90 19= 4 → vo precisar de 4 seringas mais ou menos.÷ 
- Solução com muito sal = atrai água , na hora que entra na veia ele puxa líquido para 
circulação, restabelecendo a pressão. 
- Usada nos casos de animais muito grandes, onde o volume de ringer é muito grande 
para se adm, então se dá a solução hipertônica antes em um volume muito baixa (2 
a 4 ml/kg) em 5 min., para normalizar a pressão por 1 hora (depois volta a PA volta a 
cair), porém nesse tempo é possível pegar outro acesso com calma, além de 
diminuir pela metade a velocidade que deve ser administrado o ringer lactato 
(diminui pela metade o número de gotas → no caso do paciente de 45 kg, ao invés 
de quatro acessos, agora precisamos pegar apenas dois). 
- Também é usada nos casos onde o paciente chega e precisa ir rapidamente para a 
cirurgia, pois a pressão melhora em 5 min. 
 
- Colóides Sintéticos → Dextrana (não se usa mais), Amido, Gelatina 
- Substância sintética, que não é do próprio organismo, que gera uma resposta 
imunomediada. 
- Já foi o melhor soro mas hoje está praticamente proibido. 
- Substância que melhor estabiliza a pressão mas só se faz como último recurso 
(depois de tentar os fármacos vasoativos → adrenalina, noradrenalina) pois o corpo 
reconhece o colóide como corpo estranho, desencadeando processo inflamatório e 
com ele a perda de função dos órgãos. 
- Colóide de escolha → de preferência AMIDO hidroxietílico (tem sua resposta 
inflamatória menor) ou GELATINA (líquido estéril como a gelatina que a gente come 
mesmo, mas não endurece, e dessa forma quando é usada, não sai do vaso). 
- Hemocomponentes → derivados de sangue → Concentrado de hemácia, Plasma, 
Albumina. 
- Situações onde se usa hemocomponentes: 
● Grandes Hemorragias → onde há perda de mais 30% da volemia (hipotensão - se a 
pressão está boa quer dizer que o animal não perdeu 30%) → esse paciente 
precisará de transfusão mesmo que sua pressão já estabilize. 
Soro indicado → concentrado de hemácia e pode ser usado sangue total. 
Como transfundir → V (ml)= 70 gato/ 90 cão x Peso x % de sangramento e divide 
por 100 
Ex: Cão 8Kg q sangrou 50% ⇒ Transfusão de sangue total → V= 90 x 8 x 50=36000 
ml100 360÷ = 
● Proteína baixa → quando a albumina está menor do que 1, precisa fazer Albumina, 
principalmente. 
Soro indicado → albumina, vem em frascos e é muito caro, então podemos usar 
plasma, porém não é muito eficiente. 
● Coagulopatias → quando o animal não está conseguindo coagular (sangramento 
difuso), é preciso dar fatores de coagulação ou plaquetas. 
Soro indicado → plasma, e se plaqueta estiver baixa, associa com concentrado de 
plaqueta, cada um em um acesso, não pode colocar os dois juntos. 
● Anemia intensa → Hemoglobina < 4 = transfusão. Hemoglobina 4 - 7 = começa 
fluido lento enquanto espera pela transfusão. Hemoglobina 7 - 21 = observação. 
Soro indicado → concentrado de hemácia e pode ser usado sangue total. 
*não deve se evitar usar sangue total pois aumenta as reações transfusionais e com 
isso a mortalidade. 
Transfusão → V= 70 gato/ 90 cão x peso x (hematócrito desejado - obtido) dividido 
pelo hematócrito do doador. 
 
- Hemoglobina Sintética → NÃO TEM NO BRASIL. 
- Hemoglobina de origem de proteína bovina, que transporta oxigênio se não há 
possibilidade de transfusão. 
- Dura por 24hrs. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRATAMENTO DE CHOQUE 
 
Choque hemorrágico 
 
- A coisa mais importante é determinar quantos % o animal perdeu de sangue para 
determinar a melhor conduta: 
 
 
*Em todos os casos, tentar para o sangramento. 
1. Animal com hemorragia mas com todos os parâmetros normais → coloca no 
oxigênio, pega acesso venoso, instalado RL (lentinho) 
2. Hipovolemia com vasoconstrição → coloca no oxigênio + acesso venoso + teste de 
carga (RL ou Hipertônica, até normalizar os parâmetros) sem transfusão → se não 
normalizar com a fluido, faz vasoativos. 
3. A principal mudança é à queda da pressão = perdeu mais de 30%, portanto o 
tratamento inclui ao o oxigênio e o teste de carga, a transfusão (faz oxigênio, teste 
de carga e pede uma bolsa de sangue → de preferência concentrado de hemácia 
mas pode ser sangue total). A porcentagem que devemos colocar na fórmula, se 
der para contar a FC pelo pulso facilmente, é de 40. Se o teste de carga não 
funcionar, fármacos vasoativos e se não funcionar colóide e se não funcionar 
corticóide → hidrocortisona ou fludrocortisona (em quase todas as transfusões se 
faz corticoide junto para diminuir as chances de reações transfusionais e processos 
inflamatórios, mas no choque hemorrágico segura um pouco). 
4. A diferença do grau três para o grau quatro, é o pulso, que vai estar filiforme (não 
consegue contar a FC facilmente, considera a porcentagem com 50 para colocar na 
fórmula. . 
 
Ex: Cão 6Kg, hipotensão, hemorragia, FC contável pelo pulso → coloca no oxigênio, teste 
de carga, faz transfusão … V= 90 x 6 x 40= 21600/100= 216 
 
*Enquanto não tiver certeza que a hemorragia parou não pode deixar à pressão subir mais 
que 90 mmHg porque se aumentar, os vasos que já tinham coagulado voltam à sangrar. 
Quando o animal estiver estável, começa à observação clínica e é possível associar aos 
fatores de prognóstico… lactato, glicemia ou hemogasometria. 
 
 
Choque Séptico 
 
Têm grande taxa de mortalidade e seu tratamento é muito caro. Pode ser primária ou 
secundária à uma outra doença que teve uma complicação. 
Infecção que causa disfunção de um órgão à ponto de ameaçar a vida do paciente. 
É muito importante pois afeta todos os sistemas orgânicos simultaneamente, potencializa 
processo inflamatórios orgânicos que leva à perda de função parcial ou total, paciente pode 
morrer de disfunção de qualquer órgão mas existe à sensibilidade individual e à afinidade 
do agente, ou seja, à sepse vai afetar o sistema que mais é sensível, que sempre apresenta 
alterações ao longo da vida. 
 
Diagnóstico: existem três padrões mundiais… 
 
SEPSIS 1 → primeira e mais antiga. 
Sepse = infecção associada à uma resposta inflamatória sistêmica. 
SIRS (síndrome de resposta inflamatória sistêmica)= inflamação sistêmica mas sem 
infecção. 
Para fazer o diagnóstico de SIRS é necessário avaliar as seguintes variáveis, FC, FR ou 
CO2, Temperatura e Leucócitos, e se 2 desses 4 parâmetros estiverem alterados, o 
paciente é positivo para SIRS. 
Sempre medicar o animal antes de avaliar esses parâmetros no caso dele apresentar dor, 
pois algumas alterações podem ser por isso. 
E se junto a essas duas ou mais alterações, o paciente estiver com hipotensão, dizemos 
que ele têm choque séptico. 
 
*Infecção = presença de qualquer agente infeccioso se multiplicando no corpo. 
SIRS = inflamação sistêmica 
Se juntar os dois = sepse 
Se cair a pressão por causa disso = choque séptico. 
 
Sempre que o paciente tiver sepse com alteração no grau de consciência ou pressão baixa 
ou alteração na função real por diminuição de DU ou creatinina alta ou alteração respiratória 
ou alteração na coagulação ou lactato alto, é obrigatório internar, o melhor é sempre 
internar mas se não tiver como pode mandar para casa com atb, e se tiver com alguma 
dessas alterações (pode ser só uma) e mesmo assim o tutor quiser levar para casa, têm 
que assinar um termo,pois o paciente está sofrendo risco eminente de vida. 
 
 
SEPSIS 2 ou PIRO → diagnóstico muito bom pois conta com atendimento de 4 tipos de 
médicos especialistas mas é inviável para à maioria dos pacientes. NÃO É FEITO. 
 
SEPSIS 3 ou técnica SOFA → avalia seis variáveis, respiração (hemogasometria), 
coagulação/ plaquetas (hemograma), fígado/ bilirrubina, PA, escala de glasgow (grau de 
consciência ), creatinina (função renal), na teoria, se houver que seja uma alteração nessas 
variáveis, o paciente já deveria ficar internado, porém é inviável principalmente para os 
animais. 
Então, o indicado é, se à pontuação somar 2 pontos do mesmo sistema o paciente é 
internado, se forem de sistema diferentes, procura à causa e trata em casa → Avaliação 
caso a caso. Se o paciente somar no mínimo 3 pontos, ele tem q ficar internado. 
Esse diagnóstico é feito também como monitoramento porém é caro. 
 
Quick SOFA → NÃO É USADO NA VET. é uma forma de deixar mais barato e no intuito de 
fazer um diagnóstico precoce da sepse. 
Se algum paciente tiver, alteração respiratória ou glasgow ou pressão baixa, deve fazer o 
SOFA completo. 
 
A FORMA UTILIZADA HOJE EM DIA É → SEPSIS 1 para diagnóstico (triagem) e se o 
animal tiver sepse, faz o SOFA na internação (monitoramento), de acordo com o dinheiro do 
tutor mas se ele tiver muita grana, faz SOFA direto. 
 
Tratamento 
 
- Oxigenioterapia 
- Fluidoterapia com Ringer Lactato 
- Aferir a PA: 
Normotenso → ATB (Cefalosporina com Metronidazol) + monitoração por SOFA 
Hipotenso → ATB + Teste de carga com RL + Hipertônica → vasoativo → colóide → 
corticóide 
- A pressão têm que estar entre 90 a 120 mmHg, não ultrapassar disso! 
 
 
TRATAMENTO EMERGENCIAL DA ICCE (edema pulmonar - choque cardiogênico) 
- Tipo de choque mais comum → insuficiência de valva mitral causando ICC 
esquerda. 
 
Teoria → valva mitral com disfunção e ao invés do sangue ir para aorta, grande parte dele 
volta para o átrio na contração do ventrículo esquerdo, no começo o átrio aumenta de 
tamanho e segura o aumento de volume mas depois de um tempo acaba tendo refluxo de 
sangue para o pulmão, com uma determinada pressão, e esse sangue se choca com o 
sangue que está chegando (fluxo venoso), gerando à HIPERTENSÃO PULMONAR. 
À hipertensão pulmonar de origem cardiogênica é causada por esse refluxo. 
O sangue que chega no coração, têm pressão do refluxo somada pressão venosa, ou seja, 
aumento grande de pressão nos capilares pulmonares, se a pressão dentro do capilar 
aumenta a pressão para sair líquido extravascular desses capilares também aumenta → sai 
líquido dos vasos para os alvéolos, esse líquido não volta para o capilar = edema pulmonar. 
 
 
 
 
 
 
 
Tratamento 
*Diminuir a pressão pulmonar: FUROSEMIDA (diminui volume - diurético) ou BENAZEPRIL 
(vasodilatador - inotrópico) 
- Oxigênio → animal com dispnéia durante uma crise = choque (saturação baixa 
SpO2 <90, PaO2 < 60 → hemogasometría PaO2 / FiO2 no ar ambiente = <300) 
- Fluidoterapia com Glicose 5% bem lentinho → porque é o único fluido que não tem 
sal. 
- Acesso venoso → FUROSEMIDA → dose em bolus e depois infusão contínua, se 
não der para fazer infusão contínua pode dar metade da dose a cada uma ou duas 
horas mas o efeito não é igual. 
A furosemida só pode ser administrada (pq se não ela não funciona) e só irá 
funcionar se à pressão estiver normal → porque é um diurético de alça e o líquido do 
filtrado glomerular só chega na alça de Henle se a pressão estiver boa, se à pressão 
estiver baixa, o líquido é reabsorvido no túbulo contorcido proximal, e o animal não 
urina. 
Sempre medir a pressão: 
Normotenso → aplicar vasodilatador 
Hipotenso → teste de carga diferente → usa glicose 5% dose 5 - 10 ml/Kg e abre 
todo o equipo → ex: cão 5kg, fazer de 25 à 50ml o mais rápido que puder. Quando a 
pressão estiver boa novamente, pode vasodilatar mas se permanecer hipotenso, 
adm DOBUTAMINA, para melhorar o bombeamento cardíaco, e se mesmo assim 
não melhorar, associa com NORADRENALINA, pode ser dopamina mas é bem pior, 
em infusão contínua. 
Aí quando à pressão normalizar, faz vasodilatador → Amlodipina ou Hidralazina (os 
melhores), Isossorbida (dá para comprar na farmácia), Nitroprussiato (se os outros 
não funcionarem). A pressão têm que estar no mínimo a 90 mmHg para usar o 
vasodilatador. 
 
- Os animais que chegam com dispnéia, geralmente estão com dor e angustiados, é 
necessário tranquilizar e fazer analgesia, com opióide em dose baixa (morfina, 
butorfanol ou metadona) ou opióide fraco.

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