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Mariana Garcia - Gastroenterologia 1 HELICOBACTER PYLORI INTRODUÇÃO o H. pylori foi identificado pela primeira vez por Bizzozero 1892; o A bactéria H. pylori foi descoberta - Marshall e Warren em 1983 por Marshall e Warren e também sua ação patogênica. o Causa de inflamação na mucosa gástrica e úlcera péptica; o Marshall e Warren receberam o prêmio Nobel em 2005. o Helicobacter pylori Vivem exclusivamente no estômago humano; Capaz de colonizar ambiente muito ácido; Capacidade de excretar de uma "nuvem" de amônia que as protege do ácido; As bactérias têm formato de hélice; Encontrado em 50% ou mais da população mundial. o É um fator ambiental adquirido importante na patogênese de muitas afecções, como: Gastrites aguda e crônica; Úlceras gástrica e duodenal; Carcinoma e linfoma gástrico (MALT); INCIDÊNCIA E EPIDEMIOLOGIA o Países desenvolvidos: Progressivo aumento da prevalência da infecção com a idade, acomete 50% dos idosos e é pouco frequente na infância. o Países em desenvolvimento: A infecção é adquirida precocemente na infância. Maioria dos indivíduos está infectada. o Prevalência de H pylori no Brasil: 50% 2 – 5 anos; 70 – 90% menor ou igual 10 anos o Época da aquisição da infecção: Predominante na infância; Idade indefinida; Infecção por H. pylori vem declinando rapidamente (melhoria do nível socioeconômico das condições de higiene); FATORES DE RISCO o Baixo nível socioeconômico: Más condições de habitação e higiene; Dieta pobre e superpopulação; o H. pylori, patógeno humano restrito: Não identificação do microorganismo eM outros reservatórios. Transmissão pessoa a pessoa. Via oral-oral, gastro-oral, fecal-oral; H PYLORI o Bastonete Gram negativa; o Espiralar (helicoidal) ou cocóide; País Adultos Crianças 30% (6-8 anos) a 78% (10-19 anos) Brasil 82 % Mariana Garcia - Gastroenterologia 2 o Móvel; o 5 – 6 flagelos unipolares em uma das extremidades. o Localização: Partes mais profundas do muco que recobre a mucosa gástrica Entre a camada de muco e o epitélio gástrico. Multiplicação em contato íntimo com as células epiteliais do estômago; FISIOPATOLOGIA o Resposta epitélio: depleção de mucina, esfoliação celular e alterações regenerativas sinciciais o Bactérias liberam agentes quimiotáticos que penetram através do epitélio lesado e induzem a migração de polimorfonucleares para a lâmina própria e epitélio. o Estimula o epitélio gástrico a produzir citoquina (IL-8). o Hipocloridria e ausência de secreção de ácido ascórbico para o suco gástrico. o Motilidade utilizando seus flagelos penetra rapidamente na camada de muco que reveste a mucosa, protegendo-se da acidez e da peristalse gástrica. o Penetra camada muco; o Atinge as células; o Liga-se a fosfolipídeos e libera proteases e fosfolipases; o Lesam a camada de muco e células; o Facilita a retrodifusão de H+. o Produção de uréase ↑produção de uréase → uréia endógena → amônia → neutralização transitória do ácido gástrico; o Aderência: No estômago, liga-se exclusivamente a superfície das células produtoras de muco (local aderência são as junções intercelulares das células parietais). Tropismo tecidual - Moléculas de adesina para receptores do epitélio gástrico; Impede eliminação pelos movimentos peristálticos; Promoverem elevadas concentrações de toxinas; AÇÃO A NÍVEL CELULAR: • ↓ Células D; • ↓ Somatostatina (faz o controle da produção de gastrina); o Maior produção de gastrina maior secreção de ácido clorídrico úlceras; • ↑Gastrina; • Metaplasia gástrica no duodeno; H PYLORI – FATORES DE VIRULÊNCIA o VacA – codifica citotoxina vacuolizante; o Citotoxina: 2 sequências sinalizadoras (s1 e s2); > frequência: doença ulcerosa e Adenocarcinoma; 2 sequências moduladoras (m1 e m2); o Fator CagA: Indução da resposta inflamatória; ↑ níveis IL-8 (citocina pró-inflamatória); propensão à ulceração gastroduodenal; Mariana Garcia - Gastroenterologia 3 o Não tem importância clínica determinar os fatores de virulência da bactéria que estão presentes em cada pessoa; o Todo o mundo 70% das cepas de H. pylori são CagA positivas. o Deve-se considerar ainda que cepas cagA+ e cagA- podem estar presente em um mesmo indivíduo o OipA - Proteína inflamatória de membrana externa que faz parte da membrana externa do H. pylori e está envolvida na produção de inflamação mucosa. FATORES QUE DETERMINAM A INFECÇÃO o Fatores bacterianos: Estrutura; Adesinas; Enzimas (urease, Vac A, Cag A, etc.); o Fatores do hospedeiro: Duração Localização Resposta inflamatória • Interleucina-8, fator de necrose tumoral, IL-1); • IL-1Beta (pacientes que possuem essa interleucina produzem menos HCL); • Th1 (citoquinas) dano na mucosa • Th2 resistentes atrofia e câncer Genética ?? o Gastrite crônica; o Úlcera péptica; o MALToma gástrico; o Câncer gástrico; EVOLUÇÃO Hospedeiro com genótipo para expressão aumentada de IL-ibeta Hiposecreção ácida Acidez normal ou aumentada Pangastrite 4 Úlcera duodenal ou normalCâncer Mariana Garcia - Gastroenterologia 4 H PYLORI E DOENÇAS ASSOCIADAS QUADRO CLÍNICO o Gastrite aguda: Período incubação variável (3 – 7 dias); Dor ou mal-estar epigástrico, pirose, náusea, vômitos, flatulência, sialorréia, halitose, cefaléia, astenia; Permanência sintomas uma ou duas semanas; Endoscopia pequeno enantema à erosões, úlceras ou lesões pseudotumorais Maioria das alterações região antral ou corpo gástrico; o Gastrite crônica: Maioria é assintomática; Associação etiológica com a Úlcera Péptica Duodenal; ÚLCERA PÉPTICA – FISIOPATOLOGIA o Aumento do HCL Aumento de células parietais e principais; Aumento da sensibilidade para alimentos e outros estimulantes (cafeína); Excesso de estimulação vagal; Diminuição da inibição da secreção gástrica; o Alteração na proteção da mucosa: Inadequado fluxo sanguíneo na mucosa; Diminuição na produção de muco; Bile ou secreções pancreáticas (reflexos do duodeno); AAS, AINEs, álcool; Colonização pelo H.pylori; Mariana Garcia - Gastroenterologia 5 o Úlcera duodenal: Úlcera gástrica: QUADRO CLÍNICO o Maioria assintomático; o Sintomas dispépticos dispepsia associada ao H.pylori; Náusea, inapetência, estufamento, digestão copiosa, flatos; Outros: Dor intensa – tipo queimação; Sensação vazio no estômago; o Geralmente secundário a uma gastrite ou úlcera que pode ser gástrica ou duodenal. CÂNCER GÁSTRICO: FATORES DE RISCO E CARCINOGÊNESE o H pylori/cepas; o Excesso de sal; o Nitritos; o Cigarro/álcool; o Genética; o Resposta IL-1 beta (genes); - hipo/acloridria; o Compostos ON (estresse oxidativo); o Th1 (citocinas) – dano na mucosa; o Th2 – resistentes atrofia e câncer; parietal body gastritis < *cellproliferation atrophyof -^ gastric ulcerqastric glands acid S hypersecretta A intestinal metaplasiapyloric gastritisduodenal ulcer rtrisk ofstomach canceiendocrine dysregulation (t gastrin,|somatostatin) l Mariana Garcia - Gastroenterologia 6 TESTES DIAGNÓSTICOS o Endoscópico (invasivo): Teste de uréase; Histologia; Cultura; o Não endoscópico (não invasivo): Sorologia (não se utiliza na prática); Biologia molecular; Teste respiratório da uréase (PADRÃO OURO); Determinação de antígeno fecal; o Testes diagnósticos – indicações de pesquisa: Úlcera péptica atual ou pregressa; MALToma gástrico; HF de adenocarcinoma gástrico; Dispepsia; o Escolha do teste: Invasivo X não invasivo; Situação clínica do paciente; Custo e disponibilidadedo exame; Fatores que influenciam no resultado; o Teste da urease: Baixo custo, rápido e específico Fragmentos: uma biopsia de antro e uma de corpo Sensibilidade 95% \ especificidade 87 -95% H. pylori → urease → pH → Amarelo → Rosa PRÓS: • Simples • Sem reagente • Fácil interpretação Altamente específico CONTRAS: • Suspender IBP 15 dias; • Suspenter antibióticos 4 semanas e BH2 7dias antes • ATB, bismuto ou sucralfato FALSO NEGATIVO; Mariana Garcia - Gastroenterologia 7 • Pouco sensível em criança; • Hemorragia digestiva ativa ou recente interfere; o Histologia: Gold standard detecção da bactéria e alterações morfológicas; Duas biópsias do antro e duas de corpo; pequena e grande curvatura; Coloração pela hematoxilina-eosina: • Boa visualização morfológica da mucosa gástrica • Falso-positivos e falso-negativos • Mais utilizada Impregnação pela prata: • Espiroquetas no tecido • Muco em amarelo e as bactérias em negro • Técnica trabalhosa e nem sempre com resultados satisfatórios; Coloração Giemsa: • Rápidos, sensíveis, econômicos; • Não há prova que o microorganismo visto é H. pylori; Impregnação pela prata + hematoxilina-eosina + alcian blue a pH igual a 2,5 • Numa única lâmina visualiza presença do microorganismo e aspectos histológicos; o Cultura: Mais especifico, sensível; Usado para diagnóstico definitivo e Teste de sensibilidade para antibióticos (TSA ); Meio não seletivo (Agar chocolate ou sangue) – melhor resultado. Colônia típica: • 1. Puntiforme; • 2. Circular; • 3. Convexa; • 4. Não hemolítica; o Testes respiratórios: Padrão ouro universal - diagnóstico e controle de tratamento; Método validado testar e tratar; • Pacientes menores que 40 anos com dispepsia todavia não diagnosticada com H.pylori e sem sinais de alarme. Administração (via oral) cápsula de uréia marcada com carbono-13 ou carbono-14 • Bactéria presente - hidrólise da uréia e liberação de CO2; • CO2 será absorvido pela circulação e exalado pelo paciente; • Detectado por espectrometria; 1. Sensibilidade e especificidade > 90% 2. Baseado na atividade ureásica; 3. Uréia é marcada no átomo de 13C ou 14C. 4. Suspender 1 semana antes IBP; 5. Suspender 4 semanas antes ATB; Carbono 14: • Radioativo Mariana Garcia - Gastroenterologia 8 • Não usar em gestante ou criança < 6 anos; Carbono 13: • Pode ser usado em crianças e gestantes; • Alto custo; • Não radioativo; o Teste sorológico: Não invasivo, menor custo. Sensibilidade > 90% Detecta anticorpo específico IgG. Usado em estudos epidemiológicos; Teste validado por regiões; OBS --. poderia ser indicado na suspeita de baixo numero de bactérias (sangramento,gastrite atrófica,MALT, cancer gástrico); o Antígeno fecal: Detecta Ag em material fecal; Emprega Ac monoclonal anti H. pylori; Alta sensibilidade (89-98%); Alta especificidade (92%); Recentemente aprovado pela FDA; • Dx infecção adulto sintomático; • Monitorizar resposta ao tto ATB • Amostras a temperatura 24 horas ou 4 graus C por até 72 horas (país tropical ......); o Testes moleculares: Sensibilidade e especificidade; Pode ser indicado após o Segundo e 3 tratamento; Material biópsia gástrica ou líquido orgânico (fezes, saliva, suco gástrico). Indicação: • 1. Dx de resistência (cultura e antibiograma) e genótipo. • 2. Identificar resistência a claritromicina, levofloxacino e tetraciclinas. • 3. Limitações disponibilidade de culturas e antibiogramas. Maior risco de FALSO POSITIVO: • Resíduo de microrganismo no material. • Má esterelização do material endoscópico; • Material contaminado com flora mista. • Pode conter bactéria com sequência genética semelhante à do H. pylori; INDICAÇÕES DE TRATAMENTO o Conduta e manuseio sobre o Helicobacter pylori: Manuseio da infecção quanto a cuidados primários e do especialista; Hp como uma questão de saúde publica; Seleção dos indivíduos a serem tratados; Regime terapêutico do tratamento inicial e na falha terapêutica; o Conceito e recomendações: Feitos com base em cinco níveis científicos; Forças das recomendações em três níveis: • Fortemente recomendada (1); • Aconselhável (2); Mariana Garcia - Gastroenterologia 9 • Incerta (3); 1 Resumo Bruna Moretto 25/08/2018 Professor Marco Helicobacter pylori • Introdução o H. pylori foi identificado pela primeira vez por Bizzozero 1892 o A bactéria H. pylori foi descoberta - Marshall e Warren em 1983 por Marshall e Warren e também sua ação patogênica . o Causa de inflamação na mucosa gástrica e úlcera péptica . o Marshall e Warren receberam o prêmio Nobel em 2005. o Helicobacter pylori vivem exclusivamente no estômago humano capaz de colonizar ambiente muito ácido capacidade de excretar de uma "nuvem" de amônia que as protege do ácido as bactérias têm formato de hélice encontrado em 50% ou mais da população mundial. o É um fator ambiental adquirido importante na patogênese de muitas afecções, como: Gastrites aguda e crônica Úlceras gástrica e duodenal Carcinoma e linfoma gástrico ( MALT ). • Incidência e epidemiologia: o Prevalência da Infecção por H. pylori Países Desenvolvidos • Progressivo aumento da prevalência da infecção com a idade, acomete 50% dos idosos e é pouco freqüente na infância. Países em desenvolvimento • A infecção é adquirida precocemente na infância. • Maioria dos indivíduos está infectada. o Época da Aquisição da Infecção Predominante na infância Idade indefinida Infecção por H. pylori vem declinando rapidamente • melhoria do nível socioeconômico das condições de higiene. • Fatores de risco: o Baixo nível socioeconômico Más condições de habitação e higiene Dieta pobre e superpopulação o H. pylori, patógeno humano restrito Não identificação do microorganismo em outros reservatórios. Transmissão pessoa a pessoa. Via oral-oral, gastro-oral, fecal-oral • H. pylori: o Bastonete Gram. Negativa o Espiralar ( helicoidal ) ou cocóide o Móvel o 5 – 6 flagelos unipolares em uma das extremidades. o Localização: partes mais profundas do muco que recobre a mucosa gástrica entre a camada de muco e o epitélio gástrico. Multiplicação em contato íntimo com as células epiteliais do estômago • Fisiopatologia: o Resposta epitélio: depleção de mucina, esfoliação celular e alterações regenerativas sinciciais o Bactérias liberam agentes quimiotáticos que penetram através do epitélio lesado e induzem a migração de polimorfonucleares para a lâmina própria e epitélio. o Estimula o epitélio gástrico a produzir citoquina (IL-8) o Hipocloridria e ausência de secreção de ácido ascórbico para o suco gástrico. o Motilidade: Utilizando seus flagelos penetra rapidamente na camada de muco que reveste a mucosa, protegendo-se da acidez e da peristalse gástrica Penetra camada muco Atinge as células Liga-se a fosfolipídeos e libera proteases e fosfolipases Lesam a camada de muco e células Facilita a retrodifusão de h+. o Produção de urease: ↑produção de uréase → uréia endógena → amônia → neutralização transitória do ácido gástrico o Aderência: No estômago, liga-se exclusivamente a superfície das células produtoras de muco (local aderência são as junções intercelulares das células parietais) 2 Tropismo tecidual Moléculas de adesina para receptores do epitélio gástrico Impede eliminação pelos movimentos peristálticos - Promoverem elevadas concentrações de toxinas o Ação a nível celular: ↓Células D ↓ Somatostatina ↑ Gastrina Metaplasia gástrica no duodeno • Fatores de virulência: o Do ponto de vista prático nao é importnte saber qualo tipo da bacteria para desenvolver determinados tipos de bactérias porque há presence de ulceras e cancer em todas. o VacA – codifica citotoxina vacuolizante o Citotoxina: 2 sequências sinalizadoras (s1 e s2) • > frequência: doença ulcerosa e adenocarcinoma 2 sequências moduladoras (m1 e m2) o Fator CagA – indução da resposta inflamatória – ↑ níveis IL-8 (citocina pró-inflamatória) – propensão à ulceração gastroduodenal o Todo o mundo 70% das cepas de H. pylori são CagA positivas. o Deve-se considerar ainda que cepas cagA+ e cagA- podem estar presente em um mesmo indivíduo o OipA - Proteína inflamatória de membrana externa que faz parte da membrana externa do H. pylori e esta envolvida na produção de inflamação mucosa. • Fatores que determinam a infecção: o Fatores Bacterianos: Estrutura Adesinas Enzimas (urease, Vac A, Cag A, etc.) o Fatores do Hospedeiro: Duração Localização Resposta inflamatória • interleucina-8,Fator de necrose tumoral, IL-1, • IL-1Beta ( redução HCL ) – • Th1 ( citoquinas ): dano na mucosa • Th2 : resistentes atrofia e câncer o Resultado: Gastrite Crônica Úlcera Péptica MALToma Gástrico Câncer Gástrico • Evolução: • Doenças relacionadas: Hospedeiro com genótipo para expressão aumentada de IL-ibeta Acidez normal ou aumentada i Gastrite predominantemente antralPangastrite i Úlcera duodenal ou normalCâncer 3 • Quadro clinico: o Gastrite aguda: Período incubação variável (3 – 7 dia) Dor ou mal-estar epigástrico, pirose, náusea, vômitos, flatulência, sialorréia, halitose, cefaléia, astenia Permanência sintomas: uma ou duas semanas Endoscopia: pequeno enantema à erosões, úlceras ou lesões pseudotumorais Maioria das alterações: região antral ou corpo gástrico o Gastrite crônica: Maioria é assintomática Associação etiológica com a Úlcera Péptica Duodenal Alguns estudos associam à dispepsia funcional ou não ulcerosa. Não comprovada a relação pela maioria dos estudos. o Úlcera peptica: Fisiopatologia: • Aumento de HCl o Aumento de células parietais e principais o Aumento da sensibilidade para alimentos e outros estimulantes ( cafeína ) o Excesso de estimulação vagal o Diminuição da inibição da secreção gástrica • Alteração na proteção da mucosa: o Inadequado fluxo sanguíneo na mucosa o Diminuição na produção de muco Bile ou secreções pancreáticas ( reflexos do duodeno ) o AAS, AINEs, álcool o Colonização,pelo H.pylori H. pylori e doenças relacionadas: Ulcera duodenal: Úlcera gástrica t Gastrina l Somatostatina Infecção por H. pylorit Secreção ácida Gastrite por H. pylori Induz Infecta Suscetibilidadei Metaplasia gástrica no duodeno Secreção de bicarbonato duodenal Infecção por H. pylori CepaS VacA {ger-ò* JOHU e sis)Cepas CagA+ Cepas OípADuodenite Outros fatores Ruptura de barreira mucosa Úlcera duodenal 4 Quadro: • Maioria assintomático • Sintomas dispépticos o Náusea, inapetência, estufamento, digestão copiosa, flatos • Outros: o Dor intensa – tipo queimação o Sensação vazio no estômago • Geralmente secundário a uma gastrite ou úlcera que pode ser gástrica ou duodenal. Fatores de risco e carcinogenese: • O meio ambiente faz com que possa desenvovler cancer gástrico • Associado a todo um perfil genetico • Fatores ambientais podemos controlar e estimular o controle • H pylori/ cepas resposta IL1Beta (genets • Excesso de sal (hipo-acloridria) • Nitritos Compostos ON (estresse oxidative) • Cigarro/álcool o Th1 (citocinas): dano na mucosa o Th2: resistentes atrofia e cancer • Genética • Testes diagnósticos: o Endoscópico (Invasivo) Teste de urease Histologia Cultura o Não-Endoscópico (Não-Invasivo) Sorologia Biologia Molecular Teste Respiratório da urease Determinação de antígeno fecal o Indicações de pesquisa: Úlcera péptica atual ou pregressa MALToma gástrico HF de adenocarcinoma gástrico Dispepsia o Escolhe do Teste: Situação clínica do paciente 5 Custo e disponibilidade do exame Fatores que influenciam no resultado 99% endoscopia digestiva alta com biópsia. o Teste da urease Baixo custo, rápido e específico H.pylori urease pH aumenta Amarelo Rosa PRÓS: • Simples • Sem reagente • Fácil interpretação • Altamente específico CONTRAS: • Suspender IBP e BH2 7dias antes • ATB, bismuto ou sucralfato FALSO NEGATIVO • Pouco sensível em criança • Hemorragia digestiva ativa ou recente interfere o Histologia: Coloração pela hematoxilina-eosina • Boa visualização morfológica da mucosa gástrica • Falso-positivos e falso-negativos Impregnação pela prata • Espiroquetas no tecido • Muco em amarelo e as bactérias em negro • Técnica trabalhosa e nem sempre com resultados satisfatórios o Cultura: Mais especifico, sensível Usado para diagnóstico definitivo e TSA. Meio não seletivo (Agar chocolate ou sangue) - melhor resultado. Colônia típica: • 1. Puntiforme • 2. Circular • 3. Convexa • 4. Não hemolítica o Testes respiratórios Padrão ouro universal - diagnóstico e controle de tratamento Administração (via oral) cápsula de uréia marcada com carbono- 13 ou carbono-14 Bactéria presente - hidrólise da uréia e liberação de CO2 CO2 será absorvido pela circulação e exalado pelo paciente Detectado por espectrometria Relação custo beneficio e disponibilidade baixos • 1. Sensibilidade e especificidade 90% • 2. Baseado na atividade ureásica. • 3. Uréia é marcada no átomo de 13C ou 14C. • 4. Suspender 1semana antes IBP • 4 semanas antes ATB Carbono 14: • Radioativo • Não usar em gestante ou criança 6 anos Carbono 13: • Pode ser usado em crianças e gestantes • Alto custo • Não radioativo o Teste Sorológico Não invasivo, menor custo. Menos sensível e específico que o demais. Detecta anticorpo específico. Usado em estudos epidemiológicos o Antigeno fecal Detecta Ag em material fecal Emprega Ac monoclonal anti H. pylori Alta sensibilidade (89-98%) Alta especificidade (92%) Recentemente aprovado pela FDA • Dx infecção adulto sintomático • Monitorizar resposta ao tto ATB Futuro: método de escolha na população pediátrica Amostra: a temperature 24 horas ou 4 graus C por até 72 horas (pais tropicais) o Testes moleculares 6 Sensibilidade e especificidade. Material: biópsia gástrica ou líquido orgânico (fezes, saliva, suco gástrico). Indicação: • 1. Dx de infecção. • 2. Identificar mutação resistente a claritromicia e metronidazol. • 3. Identificar genes envolvidos na patogenicidade das cepas. Maior risco de falso positive: • Resíduo de microrganismo no material. • Má esterelização do material endoscópico • Material contaminado com flora mista. • Pode conter bactéria com sequência genética semelhante à do H. pylori • Indicações de tto: o Conduta e manuseio sobre o Helicobacter pylori : Pontos importantes: • Manuseio da infecção quanto a cuidados primários e do especialista; • Hp como uma questão de saúde publica; • Seleção dos indivíduos a serem tratados; • Regime terapêutico do tratamento inicial e na falha terapêutica. o Conceito e recomendações: Feitos com base em cinco níveis científicos; Forças das recomendações em três níveis: • fortemente recomendada (1) – • aconselhável (2) - • incerta (3) o Nível de evidência: o Indicação de tratamento: Table 15-2. Diagnostic tests for Helicobacter pylori. Sensitivity (%) Specificity (%)Test Comments Nonivasive Serologic ELISA Detects exposure to Hpyfori but cannot be used to confirm successful cure after treatment Recommended for both screemng and confirmmg cure; recent use of antibioticsand PPIs can increase false-negative results Can be used for mitial diagnosis and to confirm successful cure 85 79 Urea breath test 95-100 91-98 H pylori stool antigen test 91-98 94-99 Invasive Endoscopy with biopsy •Histology Widely used method of diagnosis during endoscopy; sensitivity is improved by takmg at least 2 biopsies from antrum and 1 from body of stomach Reduced accuracy reported among patients with Gl bleeding Technicalfy demandmg; sensitivity varies among laboratories > 95 95-98 •Rapid urease test (CLO test) • Culture 93-97 95-100 70-80 100 CLO, Cdmpylobacter- like organism; LLISA, enzyme- lmked immunosorbent assay; Gl, gastrointestinal; PPI, proton pump inhibitor QUADRO 2:Nkddeevtdéndbdentffkz portãodeestudo NíVEL DE EV1DEMCIA. TIRQ DE LSTLÍDO Revisões sistemáticas de ensaios clínicos controlados e randomizados i Revisões sistemáticas de estudos de coorte2 Revisões sistemáticas de estudos caso controle Relato de casos Estudo fisiológico ou estudo em animais 3 A 5 7 o Níveis de recomendações: Fortemente recomendada A Aconselhável B Incerta C o Sucesso do tratamento depende de: Escolha correta do esquema terapêutico; Aderência e uso adequado; Duração do tratamento; Possíveis efeitos adversos; Consenso Brasileiro1 anti-secretor (IBP) + 2 antibacterianos por 7 dias o Indicações estabelecidas: Úlcera duodenal / úlcera gástrica ( ativa ou não, incluindo úlcera gastroduodenal complicada) 1A/A 1 Linfoma MALT (tecido linfóide associado à mucosa 1A/A 1 Pangastrite intensa / atrófica / metaplasia intestinal 1B/A 1 Pós ressecção de câncer gástrico 1B/A 1 Familiares de primeiro grau de pacientes com câncer gástrico 1B/A 1 Dispepsia não investigada ( dependendo da prevalência de H.pylori ) 1A/A Desejo do paciente 4 o Indicações de erradicação como medida de prevenção de câncer gástrico: Histórico familiar Cancer gástrico e fatores de risco determinações dos níveis de pepsinogencio • Um dos mais importantes fatores prognósticos: diagnóstico precoce. • Baixo nível sérico de pepsinogênio I e uma baixa razao de PGI/II refletem atrofia gástrica. - Identificação de populações de alto risco; Atrofia intensa : nível sérico pepsinogênio <70 ug/l e relação PGI /PG2 < 3; Endoscopia com biópsias múltiplas a cada três anos caso persistam metaplasia extensa, incompleta e/ ou atrofia intensa Indicações de erradicação como medida de prevenção de cancer gástrico • Familiares de primeiro grau de portadores de câncer gástrico 1B/A • Após ressecção gástrica,endoscópica ou cirúrgica de adenocarcinoma 1B/A • Pacientes com pangastrite intensa / gastrite atrófica e ou metaplasia intestinal 1B/B • No Brasil não estão indicados a pesquisa nem tratamento da população como medida de prevenção do câncer gástrico. 4/D o Indicações aconselhaveis e conceitos relevantes: H.pylori é o mais relevante fator de risco para adenocarcinoma e linfoma MALT 1A/A Erradicação do H.pylori reduz o risco de formação de lesões precursoras 1A/A Qjadro1-Grau de recomendação eMde ewÉnoaíK«Judos terapeutcos em funçào do desenho de pesautsa Grau de NrveJ de evidência Recomendação Estudos Terapêuticos Revisão Sistemática de Ensaios Clínicos controlados e randomizados1 a Ensaio Clinico Controlado e randomizado com intervalo de confiança estreite Resultados terapêuticos do tipo ‘tudo ou nada' Revisão Sistemática (com homogeneidade) de estudos de coorte Estudo de coorte (incluindo ensaio clirao randomizado de menor qualidade) Estudos observacionais de resultados terapêuticos {outoom researcb) e estudo ecológico Revisão Sistemática (com homogeneidade) de estudos casocontroto Estudo Caso-controle Relato de Casos (incluindo coorte ou caso controle de menor qualidade) Opinião desprovida de avaliação critica, baseada em consensos, estudos fisiológicos, com materiais biológicos ou modelos animais A 1 b t c 2 a 2 b B 2 c 3 a 3 b C 4 D 5 Fonte Philips et at 200’ NoPre «Bernardo 2006 8 Erradicação do H.pylori reduz ou regride gastrite atrófica do corpo 2A/B Erradicação do H.pylori NÃO reduz ou regride gastrite atrófica do antro B/2B Erradicação do H.pylori NÃO reduz ou regride metaplasia intestinal B/2A O tempo ideal para prevenir o câncer gástrico e antes do aparecimento das lesões pré- neoplásicas A/1A Uma vez diagnosticadas lesões pré-neoplásicas a erradicação reduz o risco de câncer A/1C o AINES e AAS – Indicações de erradicação Qualquer paciente que precisa fazer uso cornico, tem que tratar h. Pylori Reduz incidência de ulcera, quando é erradicado antes do inicio do uso de AINES 2A/A Isoladamente é insuficiente para prevenir a recorrência de ulcera hemorrágica em usuário de alto risco 1B/A Não favorece a cicatrização de UG ou duodenal em pacientes em terapêutica anti-secretora ainda recebendo AINES 1 H.pylori e o AINES/AAS são fatores de risco independente para doença ulcerosa duodenal. 2 • Controle: o Úlcera péptica gastroduodenal 5/D o Linfoma MALT 5/D o Após ressecção de câncer gástrico precoce 5/D o Pacientes submetidos á estratégia teste e trate ( Dispepsia ) 5/D • Tratamento: o Consenso Brasileiro: 1 anti-secretor (IBP) + 2 antibacterianos por 7 dias o 1. IBP (omeprazol 20mg, lansoprazol 30mg, pantoprazol 40mg, rabeprazol 20mg ou esomeprazol 20mg), 2x/dia; + Claritromicina 500mg, 2x/dia; + Amoxicilina 1.000mg, 2x/dia. Duração: 14 dias Índice de erradicação: 90% o Outros: IBP DOSE -PADRÃO; Subcitrato/subsalicilato de bismuto coloidal 120mg 4x por dia; Tetraciclina 500mg 4x por dia; Metronidazol 250mg 4X DIA; Duração: mínimo 7 - 10 dias. Recomendação Grau A / Nível de evidência 1A o Esquema seqüencial : 10 dias IBP dose padrão 2x por dia; Amoxicilina 1g 2x dia por 5 dias Seguido por mais 5 dias : • IBP 2 x dia dose-padrão • Claritromicina 500 mg 2 x dia • Tinidazol 500mg 2x dia; • Duração : total 10 dias OBS: ainda sem estudos confirmatórios no Brasil / recomendado em regiões resistência á claritromicina Recomendação grau A/ Nível de evidência 1A • Retratamento: o 20% recorrem o A repetição do mesmo tratamento geralmente não induz à erradicação; o Antimicrobianos empregados na primeira tentativa não devem ser reutilizados, já que a falha terapêutica induz o desenvolvimento de resistência secundária e/ou cruzada. IBP 2 x dia dose-padrão; Amoxicilina 1OOO mg 2 x dia; Levofloxacina 500mg 1x dia; o Duração total: 10 dias o Ou: IBP dose-padrão; Furazolidona 400mg, 1x por dia; Levofloxacino 500mg, 1x por dia. Duração: 10 dias; Índices de erradicação próximos a 80% . Obs: estudos controversos furazolidona carcinogeno tipo 3 ( retirado nos EU ). o Ou: IBP dose padrão 1x por dia; Amoxicilina 1 g ( ou doxiciclina 100 mg ) Furazolidona 200mg 2x por dia; Subcitrato/subsalicilato de bismuto coloidal 240mg 2x por dia; ( após o almoço e jantar ) Duração total: 10 dias • Controle: 9 o 4- 8 semanas , no mínimo, após o final da medicação; o Teste respiratório quando não houver indicação para EDA; o EDA teste da Urease e histologia o Suspender uso de IBP 7 a 10 dias antes do exame; ESTUDO DIRIGIDO – HELICOBACTER PYLORI 1 ) Quando a infecção é adquirida nos pacientes dos países em desenvolvimento? A infecção é adquirida precocemente na infância. Maioria dos indivíduos está infectada. 2 ) Quais são os fatores de risco da infecção ? Baixo nível socioeconômico: más condições de habitação e higiene, dieta pobre e superpopulação. 3 ) Quais são as formas de transmissão? Patógeno exclusivo humano, transmissão pessoa-pessoa, via fecal-oral, gastro-oral, oral-oral. 4 ) Mencione três mecanismos patogênicos envolvidos na associação entre H.pylorie inflamação Motilidade: utiliza seus flagelos para penetrar rapidamente na camada de muco da mucosa. Produção de urease: converte ureia endógena em amônia, neutralizando pH ácido. Aderência: se liga EXCLUSIVAMENTE à superfície das células secretoras de muco. Local de preferencia é nas juncoes intercelulares das células epiteliais. 5 ) Como a urease da bactéria atua no estômago Ureia endógena humana é transformada em amônia, pela enzima urease, neutralizando a acidez e aumentando o pH. 6 ) É importante na prática clínica se identificar as cepas Cag A positivos e porque ? Na prática não há utilidade, já que úlceras gastroduodenais e Tu gástricos tem sido descritos em pacientes Cag A negativos. 7 ) Em pacientes com gastrite predominantemente antral como se encontra a secreção gástrica? Normal ou aumentada, graças a manutenção de mucosa oxíntica íntegra. 8 ) Na maioria dos indivíduos infectados que tipo de gastrite observa-se? Pangastrite sem atrofia, com secreção gástrica normal e sem sequelas clínicas. 9 ) Como encontra-se a secreção gástrica nos pacientes com gastrite afetando de forma predominante o corpo gástrico? Secreção acida reduzida, em consequência da destruição progressiva da mucosa oxíntica. 10 ) Fatores genéticos relacionados ao hospedeiro favorecem a extensão da colonização do microorganismo. A interleucina IL- 1 beta é mediador da inibição da secreção gástrica e facilitaria a colonização. Quais são as conseqüências no homem deste tipo de resposta imunológica ? Facilitaria a colonização do microorganismo por todo o estômago. Desenvolvendo, como consequência, uma pangastrite, dando inicio a um ciclo, e que a inflamação da mucosa oxíntica pelo microorganismo comprometeria ainda mais a produção de acido pelo estômago, com risco para desenvolvimento de gastrite atrófica e, mesmo, CA gástrico. 11) Na gastrite aguda após infecção pela bactéria o quadro clínico é autolimitado? Sim, tende a permanecer por 7-15 dias. 12 ) Qual é a principal manifestação clínica da gastrite crônica associada ao H.pylori ? Ulcera péptica duodenal (98%). 13 ) Quais são as condições precursoras do câncer gástrico intestinal? Infecção por H. pylori inflamação da mucosa excesso de sal, nitritos, cigarro, álcool, genética, expressão aumentada de IL-1 beta hipossecrecao ácida pangastrite gastrite atrófica metaplasia intestinal CA. 14 ) Qual a fisiopatologia das anormalidades na secreção gástrica observadas nos pacientes com úlcera duodenal? Aumento da produção basal e estimulada de ácido, menor efeito inibitório da somatostatina sobre a liberação de gastrina, inibição defeituosa da secreção acida em resposta a distencao do antro. Produto final: aumento produção de acido. 15 )Como se encontra a secreção duodenal de bicarbonato nos pacientes infectados? Diminuída, em resposta a acidificação ao interferir na atividade da enzima óxido nítrico sintetase duodenal. 16 ) Onde se localizam as úlceras gástricas pépticas com maior freqüência? Zona de transição mucosa (oxíntica antral e antroduodenal) 17 ) Os indivíduos sem lesões pré-cancerosas poderiam se beneficiar do tratamento da bactéria? Sim. 18 ) Mencione 4 mecanismos patogênicos envolvidos na relação de H.pylori e câncer gástrico: H. pylori Inflamação gastrina proliferação celular mutação CA H. pylori lesão epitelial gastrite atrófica produção diminuída de ácido redução do acido ascórbico mutação CA. 19 ) Como atua o H.pylori em relação com a função das prostaglandinas? H. pylori ao invadir a mucosa, inicia um processo inflamatório, o qual possui as prostaglandinas como precursoras desse processo de defesa da mucosa. 20 ) Mencione 4 funções das prostaglandinas? Proteger estomago, agregação plaquetária, homeostase vascular, controle função renal. (?) 21 ) Mencione 5 condições de risco para pacientes usuários de AINEs? Idade avançada (>60 anos), historia de ulcera péptica, uso concomitante de anticoagulantes, tabagismo, etilismo. 22 ) Em pacientes em uso de AINEs ou ASS, a simples erradicação da bactéria pode prevenir a recorrência da úlcera? Sim, caso o uso do AINE seja posterior a erradicação. Caso contrario, em paciente já com uso da medicação, a erradicação do H. pylori não favorece cicatrização da ulcera. 23 ) Quais são as complicações da úlcera péptica ? Hemorragia, perfuração, estenose; 24 ) Mencione 4 métodos de diagnóstico não invasivos da infecção pelo H.pylori Exames sorológicos, teste respiratório da urease*, determinação de Ag-fecal, biologia molecular 25 ) Quais são as condições estabelecidas para o diagnóstico e tratamento do infecção? Úlcera péptica atual ou pregressa, linfoma MALT gástrico, HF de adenocarcinoma gástrico, dispepsia, pós-resseccao de Ca gástrico, Dispepsia funcional. 26 ) A sorologia é recomendada para o controle do tratamento da infecção? Não. É insuficiente. Util apenas em estudos epidemiológicos. 27 ) Mencione um regime para tratamento da infecção Terapia tripla: IBP dose padrão 2x/dia + amoxicilina 1g 2x/dia + claritromicina 0,5g 2x/dia por 10-14 dias. 28 ) Mencione um tratamento de re-infecção IBP em dose padrão 2x/dia + amoxicilina 1g 2x/dia + levofloxacino 500mg 1x/dia por 10-14 dias. 29 ) Qual o método invasivo de escolha tanto para o diagnóstico quanto para confirmação da erradicação da bactéria ? EDA com biopsia. 30 ) Indicações da erradicação da Bactéria como medida de prevenção do câncer gástrico: Familiares de 1º grau de portadores com Ca gástrico, pós-resseccao gástrica, pacientes com pangastrite intensa, gastrite atrófica e/ou metaplasia intestinal. 31 ) Como a infecção pela bactéria pode interferir em pacientes com uso de AINEs. ( mencione três ). Os AINEs irão facilitar a entrada do H.pylori na mucosa, por inibir a atividade das prostaglandinas em realizar a defesa da mucosa, diminuir a somatostatina e aumentar o pepsinogenio. 32 ) Quando se faz o controle da infecção pelo H.pylori ? 4-8 semanas após o final do tto. 33 ) Quantas tentativas de erradicação podem ser consideradas nos pacientes infectados? 3 tentativas. Helicobacter pylori Prof. Dr. Marco Zambrano N UNISUL – Universidade do Sul de Santa Catarina 20 H. pylori foi identificado pela primeira vez por Bizzozero 1892 A bactéria H. pylori foi descoberta - Marshall e Warren em 1983 por Marshall e Warren e também sua ação patogênica . Causa de inflamação na mucosa gástrica e úlcera péptica . Introdução % H . Lw fir Marshall e Warren receberam o prêmio Nobel em 2005. Introdução o*2*wr à* Helicobacter pylori vivem exclusivamente no estômago humano capaz de colonizar ambiente muito ácido capacidade de excretar de uma "nuvem" de amônia que as protege do ácido as bactérias têm formato de hélice encontrado em 50% ou ma mundial. Introdução % % m • - i 4 * É um fator ambiental adquirido importante na patogênese de muitas afecções, como: Gastrites aguda e crônica Úlceras gástrica e duodenal Carcinoma e linfoma gástrico ( MALT ). Introdução / RSTl ' áv • % s . *4 t •# * •* *« V». V/.* a VÍ* •f # A4 • , lí r' • ! . r.fc •B>3m; •v * * ^#ftft V \ V.’ •• 1•• J *. % f % * y *• » # *• *•v • n ?tv •* ENDQ Prevalência da Infecção por H. pylori Países Desenvolvidos Progressivo aumento da prevalência da infecção com a idade, acomete 50% dos idosos e é pouco freqüente na infância. Países em desenvolvimento A infecção é adquirida precocemente na infância. Maioria dos indivíduos está infectada. Incidência e Epidemiologia - jtm Simã World Gastroenrerology Organisation Practiĉ Guidelines: Heiicobacter Pylori em Países em Desenvolvimento 30%30% 70%50% 70%40% 50% 70%70% 70%90% 70% 70%90% 80%80% 20% Helicobacter pylori WGO Practice Guidelines: Helicobacter Pylori em Países em Desenvolvimento PaísAdultos Crianças Prevalência do H. pylori no Brasil 50% 2 -5 anos 70- 90% menor ou igual 10 anos 30% (6-8 anos) aBrasil 78% (10-19 anos) Época da Aquisição da Infecção Predominante na infância Idade indefinida Infecção por H. pylori vem declinando rapidamente melhoria do nível socioeconômico das condições de higiene. Incidência e Epidemiologia / * - * Wf Baixo nível socioeconômico Más condições de habitação e higiene Dieta pobre e superpopulação H. pylori, patógeno humano restrito Não identificação do microorganismo em outros reservatórios. Transmissão pessoa a pessoa. Via oral-oral, gastro-oral, fecal-oral Fatores de Risco Helicobacter pylori Bastonete Gram. Negativa Espiralar ( helicoidal ) ou cocóide Móvel 5 – 6 flagelos unipolares em uma das extremidades. Localização: partes mais profundas do muco que recobre a mucosa gástrica entre a camada de muco e o epitélio gástrico. Multiplicação em contato íntimo com as células epiteliais do estômago MUCO Resposta epitélio: depleção de mucina, esfoliação celular e alterações regenerativas sinciciais Bactérias liberam agentes quimiotáticos que penetram através do epitélio lesado e induzem a migração de polimorfonucleares para a lâmina própria e epitélio. Estimula o epitélio gástrico a produzir citoquina (IL-8) Hipocloridria e ausência de secreção de ácido ascórbico para o suco gástrico. MUCO Fisiopatologia tu M OT I L I D A D E : u t i l i z a n d o s e u s f l a g e l o s p e n e t r a rapidamente na camada de muco que reveste a mucosa, o-se da acidez e da peristalse gástrica Fisiopatologia Penetra camada muco atinge as células Liga-se a fosfolipídeos e libera proteases e fosfolipases lesam a camada de muco e células facilita a retrodifusão de H+. Fisiopatologia PRODUÇÃO DE UREASE: ↑produção de uréase → uréia endógena → amônia → neutralização transitória do ácido gástrico Fisiopatologia pH=2 Gastric Juice Urcasc Hydrolyzcs Urca NíLTCLíS JayerO M UrcjLsc * 2NHa^ÇOu+ HjO HCO3 íMHJ H, pylnrr pH=7 \ Gastric Mucosa ADERÊNCIA: - No estômago, liga-se exclusivamente a superfície das células produtoras de muco (local aderência são as junções intercelulares das células parietais) - Tropismo tecidual - Moléculas de adesina para receptores do epitélio gástrico - Impede eliminação pelos movimentos peristálticos - Promoverem elevadas concentrações de toxinas AÇÃO A NÍVEL CELULAR: ↓ Células D ↓ Somatostatina ↑ Gastrina Metaplasia gástrica no duodeno Fisiopatologia \ I * L /i1 Fisiopatologia Fisiopatologia £ 'OS \ / / / • VacA – codifica citotoxina vacuolizante • Citotoxina: – 2 sequências sinalizadoras (s1 e s2) • > frequência: doença ulcerosa e adenocarcinoma – 2 sequências moduladoras (m1 e m2) • Fator CagA – indução da resposta inflamatória – ↑ níveis IL-8 (citocina pró-inflamatória) – propensão à ulceração gastroduodenal H. PYLORI- FATORES DE VIRULÊNCIA vi* • <r ff J t i* • Todo o mundo 70% das cepas de H. pylori são CagA positivas. • Deve-se considerar ainda que cepas cagA+ e cagA- podem estar presente em um mesmo indivíduo • OipA - Proteína inflamatória de membrana externa • que faz parte da membrana externa do H. pylori e esta envolvida na produção de inflamação mucosa. H. PYLORI- FATORES DE VIRULÊNCIA • <r r * Helicobacter pylori Fatores que determinam a infecção: Fatores Bacterianos: • Estrutura • Adesinas • Enzimas (urease, Vac A, Cag A, etc.) Fatores do Hospedeiro: • Duração • Localização • Resposta inflamatória - interleucina-8,Fator de necrose tumoral, IL-1 - IL-1Beta ( redução HCL ) - Th1 ( citoquinas ): dano na mucosa -Th2 : resistentes atrofia e câncer • Genética ?? • Gastrite Crônica • Úlcera Péptica • MALToma Gástrico • Câncer Gástrico Helicobacter pylori Hospedeiro com genótipo para expressão aumentada de IL-1 beta Infecção por H. pylori Inflamação da mucosa SIM Hiposecreção ácida NÃO Pangastrite Câncer Acidez normal ou aumentada Gastrite predominantemente antral Úlcera duodenal ou normal Gastrite antral predominante Gastrite atrófica Predominante do corpo nfecção assintomática por H. pylori Metaplasia intestinal Câncer Gástrico Displasia Úlcera gástrica Linfoma MALT Úlcera Duodenal Gastrite antral predominante Infecção aguda por H. pylori Mucosa gástrica normal Infecção crônica por H. pylori H. Pylori e DOENÇAS ASSOCIADAS GASTRITE AGUDA: Período incubação variável (3 – 7 dia) Dor ou mal-estar epigástrico, pirose, náusea, vômitos, flatulência, sialorréia, halitose, cefaléia, astenia Permanência sintomas: uma ou duas semanas Endoscopia: pequeno enantema à erosões, úlceras ou lesões pseudotumorais Maioria das alterações: região antral ou corpo gástrico Quadro Clínico * m %f -f t|« .• « 4 i"í F A - v* * • i • ' f V' ii « V•v / //A 41 V<v. GASTRITE CRÔNICA: Maioria é assintomática Associação etiológica com a Úlcera Péptica Duodenal Quadro Clínico Aqe: *•,' th: % f i • *2008* * . 00 . •* • •• s*V/. • V # ^# *A * i , r. • $ * s**'» •• *» t Figura I. Gastrite crónica atrófica. Mistopatologia: Atrotla das células principais e parietais da mucosa gástrica, multifocal a coalescente (círculos), e presença de infiltrado inflamatório mononuclear difuso, com predomínio de linfócitos e plasmócitos. HE.20x. Aumento de células parietais e principais Aumento da sensibilidade para alimentos e outros estimulantes ( cafeína ) Excesso de estimulação vagal Diminuição da inibição da secreção gástrica Inadequado fluxo sanguíneo na mucosa Diminuição na produção de muco Bile ou secreções pancreáticas ( reflexos do duodeno ) AAS, AINEs, álcool Colonização,pelo H.pylori HCl Alteração na proteção da mucosa Úlcera péptica ÚLCERA PÉPTICA : fisiopatologia e por H. pylori Infecção por H. pylori Suscetibilidade Infecta Metaplasia gástrica no duodeno Cepas VacA (genótipos s1a e s1b) Cepas CagA+ Cepas OipADuodenite Úlcera duodenal Infecção por H. pylori Ruptura de barreira mucosaOutros fatores ↑ Gastrina ↓ Somatostatina Secreção de bicarbonato duodenal H. Pylori e DOENÇAS ASSOCIADAS :ÚLCERA DUODENAL ÚLCERA DUODENAL ÚLCERA GÁSTRICA ÚLCERA PÉPTICA : fisiopatologia Maioria assintomático Sintomas dispépticos : dispepsia associada ao H.pylori Náusea, inapetência, estufamento, digestão copiosa, flatos Outros: Dor intensa – tipo queimação Sensação vazio no estômago Geralmente secundário a uma gastrite ou úlcera que pode ser gástrica ou duodenal. Quadro Clínico / Aqe: r th: „;oo(; 08 % ' * \ m s*»1 tf * «•/ •»4 •\ UV^ *«t : ' . \ENDOATLAS.SK WJ\wjmIV Gastroenterology Volume 148, Issue 4, Pages 719-731.e3 (April 2015) CÂNCER GÁSTRICO : FATORES DE RISCO E CARCINOGENESE Environmental factors • High salt diet •Smoking • Mutagens •Etc. Chromosome breakage Chromosome instability i Accumulation of mutations (loss of tumor suppressors and activation of oncogenes) ii*> Inflammatory cytokines (IL-8) *Activation/inactivatíon of transcription factors Temporary changes in gene expression i Epigenetic gene expression changes Gastric câncer Cause and pathogenesis of intestinal-type GC. A summary of current knowledge of the cause and pathogenesis of intestinal type GC is shown, including host and environmental factors as well as acquired molecular events.52,143–145 GC, gastric cancer. Gastroenterology 2015;149:1153–1162 CÂNCER GÁSTRICO : CARCINOGENESE High salt H pylori Smoking Antioxidantsconsumption(D </>i s ° ro>c LU 3«ft$ ti...i:v> *t t t; ."•4. A A A A A A A 11A Normal epithelia Dyspiasia AdenocarcinomaIntestinal metaplasia "O Q) D C/>cr -̂o ccu Q) MLH1, COX2 methylationErbB2 amplificationGenetic instability D1S191 instability Telomere reduction > APC mutationp53 mutation Kras mutation "O Gene polymorphisms <D Reactive oxygen species Immune response S2 = 2 % ro O Z £ Inflammation p53 mutation/LOH Reduced p27 expressionWestern Eastern ADH1C ALDH2 EPHX1 CMA IFNGR2 CYP19A1 DRD2 SULT1A1 ERBB2 CDX2 overexpression Low acidity Telomerase activation TERT expressionIL6cn O CD44 aberrant transcripts Cyclin E overexpression CpG methylation (p16, MGMT, MLH1, RUNX3) Helicobacter pylori - H. pylori / cepas - Resposta IL1Beta ( genes ) - Excesso de sal ( Hipo – aclorídria ) -Nitritos - Compostos ON ( estresse oxidativo ) - Cigarro / álcool - Th1 ( citoquinas ): dano na mucosa - Th2 : resistentes atrofia e câncer - Genética CÂNCER GÁSTRICO : FATORES DE RISCO E CARCINOGENESE Diagnóstico Não endoscópico Exames sorológicos Radioisótopos Biologia molecular Endoscópico Retirado fragmentos para estudo TESTES DIAGNÓSTICOS Endoscópico (Invasivo) •Teste de urease • Histologia • Cultura Não-Endoscópico (Não-Invasivo) • Sorologia • Biologia Molecular • Teste Respiratório da urease • Determinação de antígeno fecal TESTES DIAGNÓSTICOS Indicações de pesquisa: • Úlcera péptica atual ou pregressa • MALToma gástrico • HF de adenocarcinoma gástrico • Dispepsia 4º Brazilian Consensus on Helicobacter pylori. Arq Gastroenterol 2018 TESTES DIAGNÓSTICOS m 7»> Escolhe do Teste: • Situação clínica do paciente • Custo e disponibilidade do exame • Fatores que influenciam no resultado INVASIVO NÃO INVASIVO M 4 m HI SODIlSONDVia S31S31 £ TESTE DA UREASE •Baixo custo, rápido e específico •Fragmentos: uma biopsia de antro e uma de corpo • Sensibilidade 95% \ especificidade 87 -95% • H. pylori urease pH Amarelo Rosa PRÓS: ✓ Simples ✓ Sem reagente ✓ Fácil interpretação ✓ Altamente específico CONTRAS: ✗ Suspender IBP 15 dias Suspenter antibióticos 4 semanas e BH2 7dias antes ✗ ATB, bismuto ou sucralfato FALSO NEGATIVO ✗ Pouco sensível em criança ✗ Hemorragia digestiva ativa ou recente interfere TESTES DIAGNÓSTICOS t r ^r~ k / f » t jpâ 1 èií«r i* *5 V • H IS TO LO G IA - G ol d st an da rd : de te cç ão d a ba ct ér ia e al te ra çõ es m or fo ló gi ca s - D ua s bi óp si as a nt ro e d ua s de c or po pe qu en a e g ra nd e cu rv at ur a • C ol or aç ão p el a he m at ox ili na -e os in a • Bo a vi su al iz aç ão m or fo ló gi ca d a m uc os a gá • Fa ls o- po si tiv os e fa ls o- ne ga tiv os • M ai s ut ili za da • I m pr eg na çã o pe la p ra ta • Es pi ro qu et as n o te ci do • M uc o em a m ar el o e as b ac té ria s em n eg ro • T éc ni ca tr ab al ho sa e n em s em pr e co m re su lta do s sa tis fa tó rio s Helicobacter pylori HISTOLOGIA • Coloração Giemsa Rápidos, sensíveis, econômicos Não há prova que o microorganismo visto é H. pylori • Impregnação pela prata + hematoxilina-eosina + alcian blue a pH igual a 2,5 Numa única lâmina visualiza presença do microorganismo e aspectos histológicos CULTURA •Mais especifico, sensível • Usado para diagnóstico definitivo e Teste de sensibilidade para antibióticos ( TSA ) . • Meio não seletivo (Agar chocolate ou sangue) - melhor resultado. • Colônia típica: 1. Puntiforme 2. Circular 3. Convexa 4. Não hemolítica TESTES DIAGNÓSTICOS / <->v PM TESTES RESPIRATÓRIOS • Padrão ouro universal - diagnóstico e controle de tratamento • Método validado : testar e tratar - Pacientes menores que 40 anos com dispepsia todavia não diagnosticada com H.pylori e sem sinais de alarme. • Administração (via oral) cápsula de uréia marcada com carbono- 13 ou carbono-14 • Bactéria presente - hidrólise da uréia e liberação de CO2 • CO2 será absorvido pela circulação e exalado pelo paciente • Detectado por espectrometria DIAGNÓSTICO y * TESTE RESPIRATÓRIO TESTES DIAGNÓSTICOS ea“C-ur ir;t ii*&uKa L 3CO* - MH ] -? '-•] /W jn/iwi r 'KSto 1TC(hP iaC03 TESTE RESPIRATÓRIO 1. Sensibilidade e especificidade 90% 2. Baseado na atividade ureásica. 3. Uréia é marcada no átomo de 13C ou 14C. 4. Suspender 1semana antes IBP •4 semanas antes ATB Carbono 14: • Radioativo • Não usar em gestante ou criança 6 anos Carbono 13: • Pode ser usado em crianças e gestantes • Alto custo • Não radioativo PADRÃO OURO TESTES DIAGNÓSTICOS NÃO ENDOSCÓPICOS: Teste Sorológico • Não invasivo, menor custo. • Sensibilidade > 90% • Detecta anticorpo específico : IgG. • Usado em estudos epidemiológicos • Teste validado por regiões • OBS : poderia ser indicado na suspeita de baixo numero de bactérias ( sangramento,gastrite atrófica,MALT, cancer gástrico ) . TESTES DIAGNÓSTICOS K1DIAGNOSTIC AUTOMATION, INC.IttMUNOOlAOWOtUCt MIC KOWE1X EIJSA C H.Pylori !g(. ••'•VV V 96 TeslMf 130 »/ (Ún]‘M>3 082 V ^ 2010-03 EB «li-uxvu* CQJGvõ) « Helicobacter pylori ANTIGENO FECAL •Detecta Ag em material fecal • Emprega Ac monoclonal anti H. pylori • Alta sensibilidade (89-98%) • Alta especificidade (92%) • Recentemente aprovado pela FDA ØDx infecção adulto sintomático ØMonitorizar resposta ao tto ATB Ø Amostras : a temperatura 24 horas ou 4 graus C por até 72 horas ( Pais tropical …… ). TESTES MOLECULARES • Sensibilidade e especificidade • Pode ser indicado após o Segundo e 3 tratamento • Material: biópsia gástrica ou líquido orgânico (fezes, saliva, suco gástrico). Indicação: 1. Dx de resistência ( cultura e antibiograma ) e genotipo. 2. Identificar resistencia a claritromicina ,levofloxacino e tetraciclinas. 3. Limitações : disponibilidade de culturas e antibiogramas TESTES DIAGNÓSTICOS iífl _ m ,*4 JV i smt- 1V V TESTES MOLECULARES Maior risco de FALSO POSITIVO •Resíduo de microrganismo no material. •Má esterelização do material endoscópico •Material contaminado com flora mista. • Pode conter bactéria com s e q u ê n c i a g e n é t i c a semelhante à do H. pylori TESTES DIAGNÓSTICOS % / •: / A4>t TESTES DIAGNÓSTICOS Tablc 15-2 . Oiagnostic tests tor Hclicobdcter pylori. Sensitiviry (v- ) &peí ifiíiiyTesi ComnnenH Nonivasive Serdugit ELISA DetecLs exposure to Hpyfo/i but carmot be used io toníiim ccire atter treatment fiecomfflended f« hotti saeenmg and confirming cure; reoent use oí antibiotics and PPts can intíea^e labe-ncgatrve retulis Can be used for initiaí diagnosis and to confirm sutressfuJ cure &5 79 Ursa breath test 9S-1QO n-és H pyiort Jtocl antigon test 91-93 94-99 Invssive Endoscopy with biopsy - HÍ 5 tology Widely used melbod ol diagnose durmg endostopy; sensílmty is improvo d by taking at least 2 biopsies from jntrum and 1 fmm body of stomach Redured atcuraty repurlad among patienls wilh Gl bleeding Technicafly demandinitj; sensilivity varies among laboralories * 95 95-93 Rapjd uiease test (CLO test) 93-97 95-100 Culture 70-8 U 100 CLO, (..TmpyfoirarteHike organism; I.U5Ar enzyme- linked immunosorbent assay; Gtr gastrointestinal; PPt, proton pump inhibitor. Conduta e manuseio sobre o Helicobacter pylori : - Pontos importantes: - Manuseio da infecção quanto a cuidados primários e do especialista; - Hp como uma questão de saúde publica; - Seleção dos indivíduos a serem tratados; - Regime terapêutico do tratamento inicial e na falha terapêutica. - Conceito e recomendações: - Feitos com base em cinco níveis científicos; - Forças das recomendações em três níveis: - fortemente recomendada (1) - aconselhável (2) - incerta (3) I Nível de evidência NIVLLt>t T IPO t>t C5TUDO EHDÉHCIA Revisões sistemá ticas de ensaios clí nicos controlados e randomiaados Revisões sistemá ticas de estudos de coorte Revisões sistemá ticas de estudos caso controle Relato de casos Estudo fisiológico ou estudo em animais Indicações de tratamento Quadro 1- Grau de recomendação e nível de evidência dos estudos terapêuticos em (unção do desenho de pesquisa. Grau de Nível de evidência Recomendação Estudos Terapêuticos Revisão Sistemática de Ensaios Clinicos controlados e randomizados1 a A 1 b Ensaio Clinico Controlado e randomizado com intervalo de confiança estreito Resultados terapêuticos do tipo “tudo ou nada' Revisão Sistemática (com homogeneidade) de estudos de coorte Estudo de coorte (incluindo ensaio clínico randomizado de menor qualidade) Estudos observacionais de resultados terapêuticos ( outcome research) e estudo ecológico Revisão Sistemática (com homogeneidade) de estudos caso-controle Estudo Casocontrole Relato de Casos (incluindo coorte ou caso controle de menor qualidade) Opinião desprovida de avaliação critica, baseada em consensus, estudos fisiológicos, com materiais biológicos ou modelos animais. 1 c 2 a 2 b B 2 c 3 a 3 b C 4 D Fonte: Philips el a!. 2001: Nobree Bernardo. 2006. Indicações de tratamento •Níveis de recomendações: • For temente recomendada A • Aconselhável B • Incerta C QUADRO II. Forças de Recomendação (OxfordCentre for Evídence-based Medicínej. fR Significado A Estudos consistentes de nível1 Estudos ca resistentes de nível Z DU 3 ou extrapolações de estudos nível 1 B C Estudos de nivel 4 ou extrapolações de estudos nível 1 ou 3 D Estudos de nivel 5 ou estudos inconclusivos ou ^consistentes de qualquer nível FR: Força de Recomendação. Sucesso do tratamento depende de: Escolha correta do esquema terapêutico; Aderência e uso adequado; Duração do tratamento; Possíveis efeitos adversos; Consenso Brasileiro 1 anti-secretor (IBP) + 2 antibacterianos por 14 dias 4º Brazilian Consensus on Helicobacter pylori. Arq Gastroenterol 2018 Tratamento INDICAÇÃO ( H.pylori – positivos) Nível de Evidência Cientifica GRAU DE RECOMENDAÇÃO Úlcera duodenal / úlcera gástrica ( ativa ou não, incluindo úlcera gastroduodenal complicada) 1A / A Linfoma MALT (tecido linfóide associado à mucosa 1A / A Pangastrite intensa / atrófica / metaplasia intestinal 1B / A Pós ressecção de câncer gástrico 1B / A Familiares de primeiro grau de pacientes com câncer gástrico 1B/ A Dispepsia não investigada ( dependendo da prevalência de H.pylori ) Desejo do paciente 1A / A 4 INDICAÇÕES ESTABELECIDAS Indicações de tratamento • 4º Brazilian Consensus on Helicobacter pylori. Arq Gastroenterol 2018 INDICAÇÕES DE ERRADICAÇÃO COMO MEDIDA DE PREVENÇÃO DE CÂNCER GÁSTRICO FUJI 0 ^ .* % * wi Helicobacter pylori CÂNCER GÁSTRICO FATORES DE RISCO DETERMINAÇÃO DOS NÍVEIS DE PEPSINOGÊNIO • Um dos mais importantes fatores prognósticos: diagnóstico precoce. • Baixo nível sérico de pepsinogênio I e uma baixa razao de PGI/II refletem atrofia gástrica. - Identificação de populações de alto risco; • Atrofia intensa : nível sérico pepsinogênio <70 ug/l e relação PGI /PG2 < 3; Endoscopia com biópsias múltiplas a cada três anos caso persistam metaplasia extensa, incompleta e/ ou atrofia intensa CÂNCER GÁSTRICO FATORES DE RISCO DETERMINAÇÃO DOS NÍVEIS DE PEPSINOGÊNIO Gastroenterology Volume 148, Issue 4, Pages 719-731.e3 (April 2015) Non-invasive Helicobacter pylori test positive * iSerum pepsinogen testing, then H pylorieradication and confirmation of cure PG 1:11 > 3 PG 1:11 < 3 I No foliow-up required Endoscopy with biopsies í OLGA 0-2 OLGA 3-4 l Surveillance program INDICAÇÕES DE ERRADICAÇÃO COMO MEDIDA DE PREVENÇÃO DE CÂNCER GÁSTRICO Recomendação Nível de Evidência Cientifica/ GRAU DE RECOMENDAÇÃO Familiares de primeiro grau de portadores de câncer gástrico 1B / A Após ressecção gástrica,endoscópica ou cirúrgica de adenocarcinoma 1B / A Pacientes com pangastrite intensa / gastrite atrófica e ou metaplasia intestinal 1B /B No Brasil não estão indicados a pesquisa nem tratamento da população como medida de prevenção do câncer gástrico. 4 / D Indicações de tratamento ( H.pylori – positivos) Nível de Evidência Cientifica / GRAU DE RECOMENDAÇÃO H.pylori é o mais relevante fator de risco para adenocarcinoma e linfoma MALT 1A / A Erradicação do H.pylori reduz o risco de formação de lesões precursoras 1A /A INDICAÇÕES ACONSELHAVEIS E CONCEITOS RELEVANTES CÂNCER GÁSTRICO E LINFOMA MALT Erradicação do H.pylori reduz ou regride gastrite atrófica do corpo 2A / B Erradicação do H.pylori NÃO reduz ou regride gastrite atrófica do antro B / 2B Erradicação do H.pylori NÃO reduz ou regride metaplasia intestinal B / 2A O tempo ideal para prevenir o câncer gástrico e antes do aparecimento das lesões pré- neoplásicas Uma vez diagnosticadas lesões pré-neoplásicas a erradicação reduz o risco de câncer A / 1A A / 1C Indicações de tratamento • 4º Brazilian Consensus on Helicobacter pylori. Arq Gastroenterol 2018 INDICAÇÕES DE ERRADICAÇÃO AINEseASS. INDICAÇÃO ( H.pylori – positivos) Nível de Evidência Cientifica/ GRAU DE RECOMENDAÇÃO Reduz incidência de ulcera, quando é erradicado antes do inicio do uso de AINES 2A / A Isoladamente é insuficiente para prevenir a recorrência de ulcera hemorrágica em usuário de alto risco 1B/ A Não favorece a cicatrização de UG ou duodenal em pacientes em terapêutica anti-secretora ainda recebendo AINES 1 H.pylori e o AINES/AAS são fatores de risco independente para doença ulcerosa duodenal. 2 INDICAÇÕES ACONSELHAVEIS E CONCEITOS RELEVANTES AINES e ASS (Erradicação do H.pylori) Indicações de tratamento INDICAÇÃO ( H.pylori – positivos) Nível de Evidência Cientifica/ GRAU DE RECOMENDAÇÃO Anemia por deficiência de Ferro B Purpura trombocitopenica idiopática B Deficiência de vitamina B12 B Nível de evidencia 3A INDICAÇÕES ACONSELHAVEIS E CONCEITOS RELEVANTES Indicações de tratamento CONTROLE DA ERRADICAÇÃO Nível de Evidência Cientifica/ GRAU DE RECOMENDAÇÃO ÚLCERA PÉPTICA GASTRODUODENAL 5 / D Linfoma MALT 5 / D Após ressecção de câncer gástrico precoce 5 / D Pacientes submetidos á estratégia teste e trate ( Dispepsia ) 5 / D 4º Brazilian Consensus on Helicobacter pylori. Arq Gastroenterol 2018 Indicações de Controle da erradicação Consenso Brasileiro 1 anti-secretor (IBP) + 2 antibacterianos por 7 dias TRATAMENTO £ 'O'O iSl s Como tratar: primeira linha 1. IBP :omeprazol 20mg, lansoprazol 30mg, pantoprazol 40mg, rabeprazol 20mg ,dexlansoprazol ou esomeprazol 20mg ( vonoprazan 2o mg ), 2x/dia; + Claritromicina 500mg, 2x/dia; + Amoxicilina 1.000 mg, 2x/dia. Duração: 14 dias Índice de erradicação: 90% Tratamento IBP DOSE -PADRÃO; primeira linha Subcitrato/subsalicilato de bismuto coloidal 120mg 4x por dia; Tetraciclina 500mg 4x por dia; ( ou doxyciclina 100 mg ) Metronidazol 4oo mg 3X DIA; Duração: mínimo 10 – 14 dias. Recomendação Grau A / Nível de evidência 1A Tratamento V VA J ' < Esquema seqüencial : 10 dias IBP dose padrão 2x por dia; Amoxicilina 1g 2x dia por 5 dias Seguido por mais 5 dias : IBP 2 x dia dose-padrão Claritromicina 500 mg 2 x dia Tinidazol 500mg 2x dia; Duração : total 10 dias OBS: ainda sem estudos confirmatórios no Brasil / recomendado em regiões resistência á claritromicina Recomendação Grau A / Nível de evidência 1A Com o tratar: K IT D uração: 14 dias Índice de erradicação: 90% £ *9 3 * Retratamento : recorrência Annual recurrence of H. pylori after successful eradication in developing countries 4 5 -1 4 0 - £ % 3 6 - i' 2 5 “ n 2 0' i& 1 6- 1 10 - 5 - n ní lO n0 1 r 1 i r T i i i i r 1 n i ri l L ir & íF Gr C*jrrtn« Eachbar represents a d ílferent study Recurrence ot original infection or reinfectíon with new straín RimbLiTLi E. cl Lí] . NLíL Rev Gístroenterol Híipato] 2011 ; 8 : 79 - 88. A repetição do mesmo tratamento geralmente não induz à erradicação; Antimicrobianos empregados na primeira tentativa não devem ser reutilizados, já que a falha terapêutica induz o desenvolvimento de resistência secundária e/ou cruzada. Retratamento IBP dose padrão : (omeprazol 20mg, lansoprazol 30mg, pantoprazol 40mg, rabeprazol 20mg ou esomeprazol 40mg), 2x/dia; IBP 2 x dia dose-padrão; Amoxicilina 1OOO mg 2 x dia; Levofloxacina 500mg 1x dia; Duração total: 10 – 14 dias Retratamento IBP dose-padrão; Amoxicilina 1 gr 2x por dia; Levofloxacino 500mg, 1x por dia. Subcitrato de bismuto 240 mg 2x dia Duração: 10 – 14 dias; Índices de erradicação próximos a 80% . Retratamento : 2° linha dose quadrupla [ jF—. . í F+l.> Vil* fhjsvI>/2; ,AriI- M * j Í J J (r» r -F ;• fil I IBP dose padrão 2x por dia; Amoxicilina 1 g ( ou doxiciclina 100 mg ) 2 x por dia Furazolidona 200mg 2x por dia; Subcitrato/subsalicilato de bismuto coloidal 240mg 2x por dia; ( após o almoço e jantar ) Duração total: 10 – 14 dias Esquema de retratamento * IBP dose padrão 2x por dia; Claritromicina 500 mg 2 x por dia Levofloxacino 500 mg 1 x dia Duração total: 14 dias Terapia quadrupla : IBP dose padrão 2x por dia; Doxicilclina 100 mg 2 x por dia ou tetraciclina 500 mg 4x dia Metronidazol 500 mg 3 x por dia Subcitrato de bismuto 240 mg 2 x por dia Duração total: 14 dias Esquema de tratamento : alergia amoxicilina v 0 J * • 4- 8 semanas , no mínimo, após o final da medicação; • Teste respiratório quando não houver indicação para EDA; • EDA teste da Urease e histologia • Suspender uso de IBP 15 dias antes do exame; •Suspender antibióticos 4 semanas antes do exame CONTROLE DA ERRADICAÇÃO : 9* ' ) Ju A P 4 k ^ í T-CS^u jmM\ ja!KE Viiía# 4-y Cí .̂i r/ ff' . ? X • " ^ ''£ Helicobacter pylori 1 ) Coelho LG, Marinho R, Genta R et al. IVº Brazilian Consensus Conferencie on Helicobacter pylori infection. Arq Gastroenterol.2018. 2 ) Management of Helicobacter pylori infection-The Maastricht IV Florence Consensus Report. Gut 2012;61:646 -664 4 ) Coelho LG,Paula CastroLP. Helicobacter pylori in Tratado de Enfermidades Gastrintestinais e Pancreáticas. Moraes Filho JPP . Ed Roca 2008 5 ) Sugano K. Tack J, Kuipers E. Kyoto global consensus report on Helicobacter pylori gastritis. Gut 2015 6 ) Helicobacter pylori Uptade: gastric cancer,reliable therapy, and possible benefits. Gastroenterology 2015;148:719-731 BIBLIOGRAFIA vVA J' < IV Conferência de Consenso Brasileiro sobre infecção por Helicobacter pylori https://translate.googleusercontent.com/translate_f[04/09/2020 08:51:40] Página 1 IV Conferência de Consenso Brasileiro sobre Infecção por Helicobacter pylori Luiz Gonzaga Vaz COELHO 1 , James Ramalho MARINHO 2 , Robert GENTA 3 , Laercio Tenório RIBEIRO 4 , Maria do Carmo Friche PASSOS 5 , Schlioma ZATERKA 6 , Paulo Pimentel ASSUMPÇÃO 7 , Alfredo José A BARBOSA 8 , Ricardo BARBUTI 9 , Lucia Libanês BRAGA 10 , Helenice BREYER 11 , Aloisio CARVALHAES 12 , Décio CHINZON 13 , Marcelo CURY 14 , Gerson DOMINGUES 15 , Jorge Luiz JORGE 16 , Ismael MAGUILNIK 17 , Frederico Passos MARINHO 18 , Joaquim Prado de MORAES-FILHO 19 , José Miguel Luz PARENTE 20 , Celso Mirra de PAULA-E-SILVA 21 , José PEDRAZZOLI-JÚNIOR 22 , Ana Flávia Passos RAMOS 23 , Heinrich SEIDLER 24 , José Nonato SPINELLI 25 e José Vitor ZIR 26 Recebido em 19/02/2018 Aceito em 22/02/2018 RESUMO - Avanços significativos foram obtidos desde a III Conferência Brasileira de Consenso sobre infecção por H. pylori realizada em 2012, em Bento Gonçalves, Brasil, e justificam uma quarta reunião para estabelecer diretrizes atualizadas sobre o manejo atual da infecção por H. pylori . Portanto, o Núcleo Brasileiro para Estudo do Helicobacter pylori e Microbiota (NBEHPM), associação vinculada à Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG), realizou novamente em Bento Gonçalves, RS, Brasil, no dia agosto, seu quarto encontro 25–27, 2017. Vinte e seis delegados, incluindo gastroenterologistas, endoscopistas e patologistas das cinco regiões do Brasil, bem como um convidado internacional de Estados Unidos, participaram da reunião. Os participantes foram convidados com base em seu conhecimento e contribuição para o estudo da infecção por H. pylori . A reunião procurou revisar diferentes aspectos do tratamento da infecção; estabelecer uma correlação entre infecção, dispepsia, alterações da microbiota intestinal e outros distúrbios com um ênfase especial no câncer gástrico; e reavaliar os aspectos epidemiológicos e diagnósticos da infecção por H. pylori . Os participantes foram alocados em quatro grupos da seguinte forma: 1) Epidemiologia e Diagnóstico, 2) Dispepsia, microbiota intestinal e outras afecções, 3) Câncer gástrico e, 4) Tratamento. Antes da reunião de consenso, os participantes recebeu um tema a ser discutido e preparou um documento contendo uma recente revisão da literatura e afirmações que deveriam ser discutidas e eventualmente modificadas durante o encontro cara a cara. Todas as declarações foram avaliadas em duas rodadas de votação. Inicialmente, cada participante discutiu o documento e as declarações com seu grupo para possível modificações e votação. Posteriormente, em segunda votação em plenário, na presença de todos os participantes, foram votadas as declarações e eventualmente modificado. Os participantes podiam votar usando cinco alternativas: 1) concordo totalmente; 2) concordo parcialmente; 3) indecisos; 4) discordo; e 5) discordo totalmente. O consenso adotado índice foi que 80% dos participantes responderam que concordavam forte ou parcialmente com cada afirmação. As recomendações relatadas têm como objetivo fornecer o evidências mais atuais e relevantes para o manejo da infecção por H. pylori na população adulta no Brasil. DESCRITORES - Helicobacter pylori . Infecção por Helicobacter pylori . Tratamento de Helicobacter pylori . Diagnóstico de Helicobacter pylori . INTRODUÇÃO A infecção por Helicobacter pylori (HP) é uma das mais infecções bacterianas crônicas comuns em humanos e causas vários problemas digestivos, incluindo gastrite crônica, péptica úlcera e câncer gástrico (GC). Como estratégia para otimizar o manejo desta infecção no Brasil, três reuniões de consenso atividades organizadas pelo Núcleo Brasileiro de Estudos do Hélio cobacter pylori , recentemente renomeado para Núcleo Brasileiro do Estudo do Helicobacter pylori e Microbiota ( Núcleo Brasile- iro para Estudo de Helicobacter pylori e Microbiota –NBEH- PM), foram realizadas em 1995 (1) , 2004 (2) e 2012 (3) . Avanços recentes no conhecimento da resistência aos antimicrobianos comumente usados com um impacto significativo na terapia do paciente, o reconhecimento que gastrite crônica secundária a Helicobacter pylori infec- ção é uma doença infecciosa com indicação de antimicro terapia bial, independentemente da presença de sintomas (4) , e progresso no estudo da microbiota intestinal e seu potencial interações com a HP demonstram a necessidade de outra con encontro sensus sobre o assunto. Portanto, o NBEHPM realizou sua quarta reunião em Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul, Brasil, de 25 a 27 de agosto de 2017. Vinte e seis delegados, incluindo gastroenterologistas, endoscopistas e patologistas do cinco regiões do Brasil, bem como um convidado internacional de 1 Universidade Federal de Minas Gerais, Instituto Alfa de Gastroenterologia, Belo Horizonte, MG, Brasil. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-8721-7696. 2 Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas, Departamento de Doenças Infecciosas, Maceió, Al, Brasil. 3 Miraca Life Sciences,GI Pathology, Irving, Texas, Estados Unidos. 4 Hospital Universitário Prof. Alberto Antu- nes, Divisão de Endoscopia, Maceió, Al, Brasil. 5 Universidade Federal de Minas Gerais, Faculdade de Medicina, Departamento de Clínica Médica, Belo Horizonte, MG, Brasil. 6 Universidade de Campinas, Disciplina de Gastroenterologia, Campinas, SP, Brasil. 7 Universidade Federal do Pará, Núcleo de Pesquisas em Oncologia, Belém, PA, Brasil. 8 Universidade Federal de Minas Gerais, Faculdade Medicina, Anatomia Patológica, Belo Horizonte, MG, Brasil. 9 Universidade de São Paulo, Hospital das Clínicas, Gastroenterologia, São Paulo, SP, Brasil. 10 Universidade Federal do Ceará, Medicina Interna, Gastroenterologia, Fortaleza, CE, Brasil. 11 Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Hospital de Clínicas, Endoscopia, Porto Alegre, RS, Brasil. 12 Hos- pital São Lucas, Endoscopia, Campinas, São Paulo, Brasil. 13 Universidade de São Paulo, Hospital das Clínicas, Gastroenterologia, São Paulo, São Paulo, Brasil. 14 Clínica SCOPE, Endoscopia avançada, Campo Grande, MS, Brasil. 15 Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Gastroenterologia, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. 16 Consultório Médico, Gastroenterologia, Florianópolis, SC, Brasil. 17 Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Medicina Interna, Endoscopia, Porto Alegre, RS, Brasil. 18 Universidade Federal de Minas Gerais, Hospital das Clínicas, Instituto Alfa de CONSENSO AG-2018-21dx.doi.org/10.1590/S0004-2803.201800000-20 IV Conferência de Consenso Brasileiro sobre infecção por Helicobacter pylori https://translate.googleusercontent.com/translate_f[04/09/2020 08:51:40] Arq Gastroenterol • 2018. v. 55 nº 2 abr / jun • 97 Trabalho realizado por: Núcleo Brasileiro para Estudo do Helicobacter pylori e Microbiota Autor correspondente: Luiz Gonzaga Vaz Coelho. E-mail: lcoelho22@gmail.com Gastroenterologia, Minas Gerais, BH, Brasil. 19 Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Disciplina de Gastroenterologia, São Paulo, SP, Brasil. 20 Universidade Federal do Piauí, Gastroenterologia, Teresina, Piauí, Brasil. 21 Consultório Médico, Gastroenterologia, Belo Horizonte, MG, Brasil. 22 Universidade São Francisco, Farmacologia Clínica, Bragança Paulista, SP, Brasil. 23 Universidade Federal de Minas Gerais, Hospital das Clínicas, Instituto Alfa de Gastroenterologia, Minas Gerais, BH, Brasil. 24 Universidade Católica de Brasília, Patologia, Brasília, Distrito Federal, Brasil. 25 Endovídeo, Gastroenterologia, Endoscopia Digestiva, João Pessoa, PB, Brasil. 26 Consultório Médico, Gastroenterologia, Bento Gonçalves, RS, Brasil. Página 2 Coelho LGV, Marinho JR, Genta R, Ribeiro LT, Passos MCF, Zaterka S, Assumpção PP, Barbosa AJA, Barbuti R, Braga LL, Breyer H, Carvalhaes A, Chinzon D, Cury M, Domingues G, Jorge JL, Maguilnik I, Marinho FP, Moraes Filho JP, Parente JML, Paula-e-Silva CM, Pedrazzoli Júnior J, Ramos AFP, Seidler H, Spinelli JN, Zir JV. IV th Consenso Brasileiro de Helicobacter pylori infecção Estados Unidos, participaram da reunião. Os participantes foram convidados com base em seu conhecimento e contribuição para o estudo da infecção por HP. A reunião procurou rever diferentes aspectos do tratamento da infecção; estabelecer uma correlação entre entre infecção, dispepsia, alterações da microbiota intestinal e outros transtornos com ênfase especial em CG; e reavaliar o epi- aspectos demiológicos e diagnósticos da infecção por HP. MÉTODOS Os participantes foram alocados em quatro grupos de acordo com a principal área de interesse / prática da seguinte forma: Epidemiologia e diagnóstico; Dispepsia, alterações da microbiota intestinal e outras Desordens; Câncer de intestino; e tratamento. Um relator era atribuído a cada grupo. Antes da reunião de consenso, todos os par- os participantes receberam um tema a ser discutido e prepararam um documento ment contendo uma revisão recente da literatura e declarações que deve ser discutido e eventualmente modificado durante a face reunião presencial. Todas as afirmações foram avaliadas em duas rodadas de votação. Inicialmente, cada participante discutiu o documento e declarações com seu grupo para possíveis modificações e votação. Posteriormente, durante uma segunda votação em sessão plenária sessão na presença de todos os participantes, as declarações foram votadas editado e eventualmente modificado. Os participantes podiam votar usando cinco alternativas: 1) concordo totalmente; 2) concordo parcialmente; 3) indeciso; 4) discordo; e 5) discordo totalmente. O adotado índice de consenso foi que 80% dos participantes responderam que eles concordaram forte ou parcialmente com cada afirmação. o os níveis de evidência e a força da recomendação foram definido de acordo com as Diretrizes da Medicina Brasileira Associação / Conselho Federal de Medicina (Associação Médica Brasileira / Conselho Federal de Medicina - AMB / CFM) (5) . o as recomendações são relatadas abaixo. GRUPO 1 - EPIDEMIOLOGIA E DIAGNÓSTICO Declaração 1 No Brasil, os fatores de risco para adquirir a infecção pelo HP são inadequados condições de vida adequadas, estado sanitário e estado socioeconômico tus. Não há evidências bem estabelecidas sobre a dinâmica do prevalência da infecção pelo HP no Brasil. Nível de evidência: 3B Grau de recomendação: B Os humanos são o único reservatório e fonte primária de transmissão da HP (6-9) . A infância é considerada o período de maior risco de adquirir este patógeno por causa da maior contato interpessoal nesta fase da vida (10-15) . O mais importante- fatores de risco de formiga para a transmissão de HP são um grande número de pessoas morando em casa, compartilhando a cama entre crianças e adultos, ambientes insalubres e condições precárias no domicílio e peridomicílio. Outros fatores contribuintes incluem a ausência de instalações sanitárias básicas (água potável abastecimento, destinação adequada de lixo doméstico e esgoto ou fossas sépticas), higiene pessoal e familiar inadequada práticas, falta de sistemas adequados de preservação de alimentos, e com famílias numerosas e grupos populacionais com higiene precária e condições sanitárias; nesses casos, a transmissão ocorre diretamente de pessoa para pessoa (19,25) . Em países desenvolvidos, transmissão ocorre principalmente por via oral-oral, e o a via gastro-oral pode predominar entre os institucionalizados indivíduos e crianças em creches (17,26) . Estudos epidemiológicos no Brasil têm mostrado que as taxas de incidência de infecção por HP são altas em áreas urbanas e rurais e que a infecção começa na infância (27-29) . A prevalência de a infecção é alta nos primeiros 2 anos de vida entre os indivíduos residir em áreas urbanas ou rurais, bem como em áreas com baixa qualidade de vida condições de saúde, baixa renda e recursos de saúde limitados. No nessas regiões, a infecção por HP afeta até 50% das crianças com idade 2 a 5 anos. Em crianças com idade ≤10 anos, a taxa de prevalência pode chega a 70% -90%, e esse percentual é semelhante em adultos (27,30) . Em contraste, estudos envolvendo indivíduos com ensino superior ção, crianças cujos pais eram mais educados, famílias com um melhor status socioeconômico e indivíduos que vivem nas cidades com melhores condições de saneamento e habitação demonstradas que as taxas de prevalência de infecção por HP foram menores do que aquelas em populações com piores condições de vida (27-30) . Declaração 2 O teste respiratório com 13C-ureia é o método padrão ouro para não diagnóstico vasivo de infecção por HP. O teste de antígeno fecal usando os anticorpos monoclonais são uma boa alternativa. No entanto, a disponibilidade a capacidade desses dois métodos no Brasil é limitada. Nível de evidência: 1A Grau de recomendação: A O teste respiratório com 13C-uréia (13C-UBT) é o padrão ouro teste para diagnóstico não invasivo de infecção por HP, com excelente precisão, baixo custo e fácil execução (31-35) . Além disso, este teste foi validado no Brasil para adultos e crianças com idade> 6 anos (36-38) . É considerada a primeira escolha
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