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Saúde ocupacional_

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/
DEFINIÇÃO
Relação dos riscos ocupacionais e adoecimentos dos trabalhadores. Riscos ocupacionais e ambientes saudáveis.
Responsabilidade das empresas na preservação do meio ambiente e dos recursos naturais e contribuição na promoção da
saúde da população. Promoção da saúde dos trabalhadores.
PROPÓSITO
Compreender de que forma a exposição a agentes de riscos ocupacionais pode gerar o adoecimento do trabalhador. Analisar
os procedimentos disponíveis para as empresas atuarem na prevenção do adoecimento e na promoção da saúde dos
trabalhadores e na preservação do meio ambiente.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Relacionar os agentes de riscos ocupacionais e o adoecimento dos trabalhadores
MÓDULO 2
Identificar o papel das empresas na prevenção do adoecimento e na promoção da saúde dos trabalhadores
/
MÓDULO 1
 Relacionar os agentes de riscos ocupacionais e o adoecimento dos trabalhadores
RISCOS OCUPACIONAIS 
Você sabe o que é um risco ocupacional?
Os riscos ocupacionais existem nos ambientes de trabalho e, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e
tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador. São divididos em cinco grupos:
Fonte: Pixabay
RISCO QUÍMICO
Consideram-se como agentes de risco químico as substâncias, compostos ou produtos que possam entrar no organismo do
trabalhador, por diversas vias, ou ser absorvidos por ingestão oral nas formas de poeira, fumaça, neblina, gás, névoa ou vapor.
Quando não controlados, esses agentes podem causar: alergia respiratória, alergia na pele, câncer, intoxicações, entre outros.
Fonte: Pixabay
/
RISCO FÍSICO
Consideram-se como agentes de risco físico as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores,
como ruído, calor ou frio extremos, radiação ionizante e não ionizante e vibração. Esses agentes, quando não controlados,
podem causar: câncer, surdez, desidratação, dor de cabeça, entre outros.
Fonte: Pixabay
RISCO BIOLÓGICO
Consideram-se como agentes de risco biológico todos os microrganismos, como bactérias, vírus, fungos, entre outros, e
também os animais peçonhentos. Quando não controlados, esses agentes podem causar: tuberculose, intoxicação alimentar,
hepatite, envenenamento, tétano etc.
Fonte: Freepik
RISCO DE ACIDENTE 
Consideram-se como fatores de risco de acidentes os que colocam o trabalhador em situação de vulnerabilidade que possa
afetar sua integridade física e seu bem-estar físico e psíquico como: máquinas e equipamentos sem proteção, arranjo físico
inadequado, má iluminação do ambiente, piso escorregadio, manutenção em sinalização, entre outros. Essas situações podem
causar quedas, fraturas, esmagamentos, amputações etc.
/
RISCO ERGONÔMICO E PSICOSSOCIAL 
Consideram-se como agentes de risco ergonômico e psicossocial os fatores que possam interferir nas características
psicofisiológicas do trabalhador, causando desconforto ou afetando sua saúde. Entre outros exemplos, levantamento de peso
excessivo ou de forma inapropriada; ritmo de trabalho acelerado, monótono ou repetitivo; postura inadequada; exigência para
além das competências do trabalhador; cobranças excessivas pela chefia. Esses agentes, quando não controlados, podem
causar: tendinite, bursite, hérnia de disco, dores nas pernas, dores musculares ou articulares, sofrimento mental, depressão,
ansiedade, desmotivação etc.
POR QUE CONHECER OS RISCOS OCUPACIONAIS 
Conhecer os riscos ocupacionais é fundamental, para que as empresas possam manter os ambientes seguros através da
antecipação, reconhecimento, avaliação e controle da ocorrência dos fatores/agentes de riscos, levando em consideração a
proteção do meio ambiente. 
A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) exige ambientes de trabalho seguros, tornando obrigatória, para as empresas, a
adoção de medidas de segurança e observação de suas regras, tais como:
Cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho. 
Instruir os empregados, por meio de ordens de serviço, quanto às precauções a tomar para prevenir acidentes ou doenças
ocupacionais. 
Adotar as medidas determinadas pelo órgão regional competente. 
É direito do trabalhador exercer atividades laborais em um ambiente seguro, cujos riscos ocupacionais não o prejudiquem.
Cabe ao empregador cuidar dos agentes de riscos, embora o trabalhador também deva fazer a sua parte, como veremos
adiante. 
Entre as obrigações do empregador, estão:
1. Antecipação e/ou
Reconhecimento dos
Riscos
4. Medidas
corretivas, em caso
de anormalidades
2. Adoção de
Medidas de
Riscos
3. Monitoramento dos
riscos e da saúde dos
trabalhadores
1. Antecipação e/ou
Reconhecimento dos
/
Riscos
2. Adoção de
Medidas de
Riscos
3. Monitoramento dos
riscos e da saúde dos
trabalhadores
4. Medidas
corretivas, em caso
de anormalidades
ANTECIPAÇÃO E/OU RECONHECIMENTO DOS RISCOS
Identificar os fatores de riscos no ambiente de trabalho e procurar eliminá-los ou minimizá-los.
ADOÇÃO DE MEDIDAS DE RISCOS
Adotar medidas de controle e efetuar constante monitoramento desses riscos, evitando assim que os mesmos causem
danos aos trabalhadores.
MONITORAMENTO DOS RISCOS E DA SAÚDE DOS
TRABALHADORES
Cuidar dos reflexos desses riscos na saúde dos trabalhadores, através de acompanhamento dos exames periódicos e
das consultas médicas.
MEDIDAS CORRETIVAS, EM CASO DE ANORMALIDADES
Caso seja necessário, adotar medidas corretivas se os agentes de riscos estiverem muito além do permitido por Lei. O
monitoramento dos agentes não pode parar, é constante, por isso as empresas precisam contratar profissionais
/
capacitados para acompanhar esse ciclo.
 ATENÇÃO
Alguns ambientes podem ser considerados insalubres por não garantirem o cumprimento das normas de segurança. Neste
caso, se realmente ficar comprovado que o ambiente não oferece a segurança devida aos trabalhadores, o empregador será
obrigado a pagar um “adicional de insalubridade”. Esse adicional assegura ao trabalhador um valor acrescentado ao seu
salário, incidente sobre o salário mínimo da região equivalente a: 40% (quarenta por cento) para insalubridade de grau
máximo; 20% (vinte por cento) para insalubridade de grau médio; 10% (dez por cento) para insalubridade de grau mínimo. 
A eliminação ou a neutralização da insalubridade no ambiente de trabalho determinará a cessação do pagamento do adicional.
Em geral, decorre da adoção de medidas que conservam o ambiente de trabalho nos limites de tolerância e com a utilização
de equipamento de proteção individual.
MAPAS DE RISCOS AMBIENTAIS/OCUPACIONAIS 
Conhecer os riscos ocupacionais é imprescindível, para que a equipe da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
(CIPA) possa elaborar o Mapa de Riscos Ambientais/Ocupacionais. 
Mapa de Riscos Ambientais/Ocupacionais é uma representação gráfica fiel da planta (layout) dos setores de uma
empresa/organização. Com base nesse Mapa, os trabalhadores podem identificar quais os riscos presentes nos setores da
empresa e, com isso, saberão da necessidade de vestimentas especiais ou equipamentos de proteção para acessar tais
setores. Aliás, essa é uma das formas de garantir ao trabalhador o acesso às informações sobre os riscos presentes no
trabalho e sobre suas condições de saúde. É direito do trabalhador ter todas as informações relacionadas ao seu processo de
trabalho. 
Veja, a seguir, um exemplo de Mapa de Riscos:
Mapa de Riscos de um Centro Cirúrgico. (Fonte: Ebserh). Mapa de Riscos de um Centro Cirúrgico. (Fonte: Ebserh). 
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/
CIPA = COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES.
A CIPA tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível
permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador. A comissão será
composta de representantes do empregador e dos empregados, de acordo com o dimensionamento previsto na Norma
Regulamentadora 05 (NR 05).
Uma das competências da CIPA é identificar os riscospara elaborar o Mapa de Riscos, que é uma metodologia de
avaliação qualitativa e subjetiva dos riscos presentes no trabalho.
Para a elaboração do mapa, a CIPA deve ter a assessoria da equipe do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e
Medicina do Trabalho (SESMT). 
Ainda sobre a classificação dos riscos ocupacionais, é preciso lembrar que eles muitas vezes afetarão a saúde do trabalhador
através do que chamamos de “fatores de riscos” como: ruído, poeira, calor, bactéria, produto químico, entre outros. Há ainda
os fatores relacionados à organização do trabalho, que podem causar doenças osteomusculares e transtornos mentais.
Convém lembrar também que, no ambiente de trabalho, é possível que o trabalhador esteja exposto a mais de um
agente.
Em outras palavras, podemos encontrar alguns fatores de riscos de grupos de riscos diferentes em um mesmo ambiente de
trabalho.
 EXEMPLO
Por exemplo, na indústria têxtil, pode ocorrer: maquinário com ruído (agente de risco físico), poeira da matéria-prima (agente
de risco químico), postura inadequada para manuseio da máquina (agente de risco ergonômico).
Há ainda um agravante: dependendo do fator de risco, as doenças só se manifestarão anos após a exposição, muitas
vezes após o término de um contrato de trabalho.
AGENTES DE RISCOS OCUPACIONAIS X ADOECIMENTO DOS
TRABALHADORES 
Para compreender a relação entre o trabalho e o processo de adoecimento, diversos países (incluindo o Brasil) adotaram a
classificação elaborada em 1984 por Richard Schilling. O professor de medicina inglês agrupou as doenças segundo a
contribuição ou o “papel causal” desempenhado pelo trabalho no adoecimento. 
A classificação de Schilling orienta os profissionais da saúde sobre a possível relação do adoecimento com a exposição a
riscos presentes no trabalho:
GRUPO I
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/
Doenças em que o trabalho é a causa necessária. 
Exemplo: silicose.
GRUPO II
Doenças em que o trabalho pode ser um fator contributivo, mas não necessário, ou seja, o trabalho pode ou não estar
favorecendo a condição do trabalhador. 
Exemplo: hipertensão.
GRUPO III
Doenças em que o trabalho é um agravador de um distúrbio latente. 
Exemplo: depressão.
Essa classificação facilita o trabalho do médico, quando é preciso relacionar o diagnóstico (doença) com o ambiente de
trabalho (causa) e estabelecer o nexo ocupacional, mais conhecido como nexo causal. 
Vejamos um exemplo de nexo ocupacional:
NEXO OCUPACIONAL
Chamamos de nexo ocupacional ou causal quando o médico consegue comprovar que a doença ou o adoecimento é
proveniente do trabalho. 
 EXEMPLO
JPS trabalha há dez anos exposto a poeira de sílica, após esse período começou a apresentar: diminuição da capacidade de
respirar, fraqueza, tosse intensa, dores no peito, perda de peso. Foi ao médico e após a anamnese (perguntas que o médico
faz ao paciente) e alguns exames, foi diagnosticado com Silicose (doença proveniente da exposição ao pó de sílica). Neste
caso, ao comprovar que o trabalhador desenvolveu a doença por causa do trabalho, teremos um nexo de causalidade = causa
(ambiente/pó de sílica) e efeito (doença).
Agora que já falamos sobre as formas de adoecer e a sua relação com o trabalho, vejamos o que acontecerá com o
trabalhador adoecido ou em processo de adoecimento.
O TRABALHADOR ADOECIDO 
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javascript:void(0)
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/
Para entendermos o que pode acontecer aos trabalhadores quando adoecem, é interessante lembrar de alguns
conceitos/termos chave:
ADOECIMENTO OCUPACIONAL
É qualquer alteração biológica ou funcional (física ou mental) que ocorre com uma pessoa em decorrência do trabalho.
EMPREGADOR (COM OU SEM CNPJ)
Empresa, individual ou coletiva, que assume os riscos da atividade econômica: admite, assalaria e dirige a prestação pessoal
de serviço.
EMPREGADO
Pessoa física que presta serviços de natureza não eventual a um empregador, sob a dependência deste e mediante salário.
Pode ser: empregado do setor privado (com ou sem carteira de trabalho assinada); empregado do setor público (com ou sem
carteira de trabalho assinada, militar, servidor público estatuário); e empregado rural.
TRABALHADOR DOMÉSTICO
Pessoa física que presta serviço em domicílio, com ou sem carteira de trabalho assinada. 
EMPREGADO CONTRATADO EM REGIME CLT 
Pessoa física que trabalha sob o regime da Consolidação da Leis do Trabalho (CLT), ou seja, tem carteira de trabalho
assinada pelo empregador. Neste caso, há alguns direitos garantidos (caso tenha necessidade, pode receber benefícios do
Instituto Nacional do Seguro Social, INSS).
Agora vamos entender, em três casos, o que acontece com um trabalhador contratado em regime de CLT:
CASO 1 – TRABALHADOR PRECISARÁ SE AFASTAR POR
POUCO TEMPO DO TRABALHO
XYZ trabalha em uma empresa de construção civil há cinco anos, com manipulação de cimento. Há alguns dias tem percebido
coceira intensa nas mãos, além de rachadura que sangra, e isso está impedindo que trabalhe direito. Ao procurar um médico,
o mesmo avaliou as lesões e constatou que XYZ estava com dermatite de contato por causa do cimento e o afastou do
trabalho por cinco dias, entregando a ele um Atestado Médico. Neste caso, o trabalhador precisará voltar ao trabalho?
Precisará entregar o atestado na empresa? O dia de trabalho será abonado?
QUAL É A RESPONSABILIDADE DO TRABALHADOR E DA
EMPRESA, NESSE CASO?
RESPOSTA
RESPOSTA
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/
O trabalhador precisou ser afastado por pouco tempo para tratamento. Após sair da consulta, ele poderá ir à empresa
entregar o atestado ou fazer isso no dia seguinte. A empresa deverá receber o atestado e os dias de afastamento serão
abonados, o trabalhador receberá o valor do salário que corresponde a esses dias. 
CASO 2 – TRABALHADOR PRECISARÁ SE AFASTAR POR MAIS
DE 15 DIAS 
LMN trabalha como frentista há quinze anos. Há cinco dias vem apresentando cansaço excessivo, dores de cabeça e tontura.
Após um episódio de sangramento no nariz, LMS ficou assustado e procurou um médico. Durante a consulta relatou detalhes
do seu trabalho e o médico solicitou alguns exames, entre eles o toxicológico. Ao receber os resultados, o médico identificou
que, além da intoxicação, LMN estava com leucemia. Para o tratamento inicial, o médico emitiu um Atestado com quarenta
dias de afastamento. Neste caso, o trabalhador precisará voltar ao trabalho? Precisará entregar o atestado na empresa? O dia
de trabalho será abonado?
QUAL É A RESPONSABILIDADE DO TRABALHADOR E DA
EMPRESA, NESSE CASO?
RESPOSTA
RESPOSTA
O trabalhador precisou ser afastado por 40 dias. Após sair da consulta, ele poderá ir è empresa entregar o atestado ou
fazer isso no dia seguinte. A empresa deverá receber o atestado e os primeiros quinze dias de afastamento serão
abonados, o trabalhador receberá o valor do salário que corresponde a esses dias. Porém, neste caso, o trabalhador
também precisará ser orientado a agendar perícia no INSS. Como ficará afastado do trabalho por mais tempo, para fazer
jus ao benefício do INSS, precisará passar por perícia médica. 
Atenção: Não existe lei que obrigue o médico a colocar o nome da doença (diagnóstico) e nem o número da
classificação (a CID da doença) no atestado médico. 
A Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID) é um registro estatístico que reúne e
organiza as mais diversas doenças e sintomas conhecidos pelo homem em grupos ou categorias.
CASO 3 – TRABALHADOR NÃO PRECISARÁ SE AFASTAR DO
TRABALHO
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/
RST trabalha em uma empresa há dez anos e há cinco foi diagnosticada com depressão. Desde então, faz tratamento
regularmente e não pode deixar de tomar seus remédios nem um dia. Um sábado por mês, RST vai ao médico do posto de
saúde para renovar a receita e pegar outra caixa de medicamento. Acontece que este mês, o médico que a acompanha não
poderá atender aos sábados e agendou uma consulta durante a semana. RST não pode ficar sem o remédio e foi autorizadapela empresa a comparecer à consulta. O médico entrega a ela uma Declaração de Comparecimento com a data da consulta
e o tempo que ficou no consultório. Neste caso, o que você acha? A trabalhadora precisará voltar ao trabalho? Deve entregar
a declaração na empresa? O dia de trabalho será abonado?
QUAL É A RESPONSABILIDADE DO TRABALHADOR E DA
EMPRESA, NESSE CASO?
RESPOSTA
RESPOSTA
A trabalhadora precisará retornar ao trabalho e entregar a declaração na empresa. A declaração não abona o dia inteiro
de trabalho, somente as horas que constam na declaração. 
QUAL É A RESPONSABILIDADE DO MÉDICO QUE ATENDE UM
TRABALHADOR EM PROCESSO DE ADOECIMENTO?
Como vimos, o médico precisa atender o trabalhador com atenção, coletar informações sobre sua vida pessoal e profissional,
solicitar exames complementares (se for preciso) e formular um diagnóstico. Nem sempre o médico faz o diagnóstico
imediatamente, às vezes precisa de tempo para investigar o que está acontecendo com o trabalhador. O médico também
poderá prescrever o tratamento e/ou encaminhar o trabalhador para outros profissionais como, psicólogos, fisioterapeutas,
terapeutas ocupacionais, nutricionistas, entre outros.
Uma vez constatado que o trabalhador não tem condições de retornar ao trabalho, o médico deverá fornecer um atestado com
os dias necessários de afastamento. Às vezes o trabalhador está adoecendo e isso não tem nenhuma relação com o trabalho,
porém, mesmo assim, o trabalhador precisará ser afastado para se tratar. Caso não haja necessidade de afastamento, o
médico deverá entregar ao trabalhador uma declaração de comparecimento à consulta, com a data e o tempo que ficou no
consultório em atendimento. 
javascript:void(0)
/
Fonte: jcomp / freepik
Se o médico que atendeu o trabalhador não é médico do trabalho e não tem acesso à Comunicação de Acidente de Trabalho
(CAT), mas diagnosticou uma doença ocupacional, então deverá emitir apenas um laudo sobre as condições de saúde do
trabalhador, para que este o entregue na empresa e o laudo seja anexado à CAT.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. MNH, DIGITADOR HÁ DEZ ANOS, COMPARECEU A UMA CONSULTA MÉDICA COM QUEIXA DE
FORMIGAMENTO, ARDÊNCIA E DORES NAS MÃOS, RELATOU TAMBÉM QUE HÁ DUAS SEMANAS
NÃO CONSEGUE LEVANTAR ALGUNS OBJETOS DEVIDO A UMA “FRAQUEZA NAS MÃOS”. NO
EXAME FÍSICO, O MÉDICO OBSERVOU INCHAÇO E VERMELHIDÃO LOCAL. DIANTE DESSES
SINAIS E SINTOMAS, O TRABALHADOR FOI DIAGNOSTICADO COM TENDINITE NAS MÃOS E
NOS PUNHOS. PARA O TRATAMENTO E A RECUPERAÇÃO, O MÉDICO O AFASTOU DO
TRABALHO POR 07 (SETE) DIAS. PARA FORMALIZAR O AFASTAMENTO, MNH DEVERÁ LEVAR À
EMPRESA O DOCUMENTO EMITIDO PELO MÉDICO COM UMA INFORMAÇÃO OBRIGATÓRIA.
ASSINALE ABAIXO A ALTERNATIVA CORRETA SOBRE O DOCUMENTO E A INFORMAÇÃO
OBRIGATÓRIA: 
A) Declaração de comparecimento com os dias de afastamento e o diagnóstico. 
B) Declaração de comparecimento com o dia da consulta.
C) Atestado médico com os dias de afastamento.
D) Atestado médico com os dias de afastamento e o tratamento. 
2. APÓS O ADOECIMENTO DE UM GRUPO DE 20 TRABALHADORES EM UMA EMPRESA DE
REPARO DE NAVIOS, O EMPREGADOR DECIDIU CONTRATAR UMA EQUIPE DE PROFISSIONAIS
PARA AJUDÁ-LO A ENTENDER O QUE ESTAVA ACONTECENDO. AO FINALIZAR A AVALIAÇÃO, A
/
EQUIPE CONSTATOU QUE HAVIA MUITO METAL PESADO NO AMBIENTE, QUANTIDADE ACIMA
DO PERMITIDO POR LEI, EM RAZÃO DA PINTURA DOS CASCOS DOS NAVIOS. DE ACORDO COM
ESSA SITUAÇÃO, MARQUE A ALTERNATIVA CORRETA IDENTIFICADA PELA EQUIPE SOBRE A
ETAPA DO CICLO DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO:
A) Monitoramento dos riscos e da saúde dos trabalhadores.
B) Antecipação e/ou reconhecimento dos riscos.
C) Medidas corretivas em caso de anormalidades.
D) Adoção de medidas de controle.
GABARITO
1. MNH, digitador há dez anos, compareceu a uma consulta médica com queixa de formigamento, ardência e dores
nas mãos, relatou também que há duas semanas não consegue levantar alguns objetos devido a uma “fraqueza nas
mãos”. No exame físico, o médico observou inchaço e vermelhidão local. Diante desses sinais e sintomas, o
trabalhador foi diagnosticado com tendinite nas mãos e nos punhos. Para o tratamento e a recuperação, o médico o
afastou do trabalho por 07 (sete) dias. Para formalizar o afastamento, MNH deverá levar à empresa o documento
emitido pelo médico com uma informação obrigatória. Assinale abaixo a alternativa correta sobre o documento e a
informação obrigatória: 
A alternativa "C " está correta.
Neste caso o documento será o atestado médico, uma vez que o trabalhador precisará ser afastado para tratamento. Quanto à
informação obrigatória, o médico deverá colocar os dias de afastamento, mas não o tratamento prescrito para o trabalhador.
2. Após o adoecimento de um grupo de 20 trabalhadores em uma empresa de reparo de navios, o empregador decidiu
contratar uma equipe de profissionais para ajudá-lo a entender o que estava acontecendo. Ao finalizar a avaliação, a
equipe constatou que havia muito metal pesado no ambiente, quantidade acima do permitido por lei, em razão da
pintura dos cascos dos navios. De acordo com essa situação, marque a alternativa correta identificada pela equipe
sobre a etapa do ciclo de segurança e saúde no trabalho:
A alternativa "B " está correta.
O caso acima mostra que a equipe contratada para avaliar o ambiente identificou o fator de risco que estava adoecendo os
trabalhadores, logo, eles reconheceram o risco, que é a primeira etapa do ciclo de segurança e saúde no trabalho.
MÓDULO 2
 Identificar o papel das empresas na prevenção do adoecimento e na promoção da saúde dos trabalhadores
/
RESPONSABILIDADE DAS EMPRESAS NA PREVENÇÃO
DE RISCOS 
Como vimos no módulo anterior, muitas vezes o ambiente de trabalho apresenta riscos que afetam a saúde física e/ou mental
dos trabalhadores. Essa situação exige a responsabilidade de todos, principalmente dos empregadores.
NORMAS REGULAMENTADORAS PERTINENTES À
SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO
Seguindo a Recomendação nº 155 (que trata da Segurança e Saúde dos Trabalhadores) da Organização Internacional do
Trabalho (OIT), os países membros elaboraram uma política nacional coerente em matéria de segurança e saúde dos
trabalhadores e ambiente de trabalho. 
O Brasil, como membro da OIT, acatou a Recomendação nº 155, e o Ministério do Trabalho aprovou a Portaria nº 3.214, de
08/06/1978, sobre as Normas Regulamentadoras (NRs) pertinentes à Segurança e Medicina do Trabalho. De lá para cá, já são
37 normas publicadas a serem colocadas em prática pelas empresas/organizações. 
Fonte: Freepik
Nesse contexto, trataremos de duas NRs muito importantes para a manutenção da saúde dos trabalhadores, além de apontar
medidas que podem ser colocadas em prática, para que seja evitado o adoecimento físico ou mental do trabalhador.
/
DISPOSIÇÕES GERAIS E GERENCIAMENTO DE RISCOS OCUPACIONAIS
— NR 01 
Sobre as disposições gerais, a NR 01 informa que as NRs são de observância obrigatória pelas organizações e pelos órgãos
públicos da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo, Judiciário e Ministério Público
que tenham empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). 
No que concerne ao Gerenciamento de Riscos Ocupacionais, cabe:
À ORGANIZAÇÃO
a) Evitar os riscos ocupacionais que possam ser originados no trabalho; 
b) Identificar perigos e possíveis lesões ou agravos à saúde; 
c) Avaliar os riscos ocupacionais indicando o nível de risco; 
d) Classificar os riscos ocupacionais para determinar a necessidade de adoção de medidas de prevenção; 
e) Implementar medidas de prevenção de acordo com a classificação de risco e na ordem de prioridade; 
f) Acompanhar o controle dos riscos ocupacionais.
AO EMPREGADOR
a) Cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e saúde no trabalho; 
b) Informar aos trabalhadores: 
I. Os riscos ocupacionais existentes nos locais de trabalho; 
II. As medidas de prevenção adotadas pela empresa para eliminar ou reduzirtais riscos; 
III. Os resultados dos exames médicos e dos exames complementares de diagnóstico aos quais os próprios trabalhadores
forem submetidos; e 
IV. Os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho. 
c) Elaborar ordens de serviço sobre segurança e saúde no trabalho, dando ciência aos trabalhadores.
 ATENÇÃO
Todo trabalhador, ao ser admitido ou quando mudar de função que implique alteração de risco, deve receber informações
sobre: os riscos ocupacionais que existam ou possam se originar nos locais de trabalho; os meios para prevenir e controlar tais
riscos; as medidas adotadas pela organização; os procedimentos a serem adotados em situação de emergência. As
informações podem ser transmitidas durante os treinamentos ou por meio de diálogos de segurança, documento físico ou
eletrônico. 
O trabalhador tem direito de interromper suas atividades, quando constatar que a situação de trabalho envolve um risco grave
e iminente para sua vida e saúde. Ele precisa informar ao superior hierárquico e, caso a situação não seja resolvida, pode se
recusar a retornar à atividade até que se resolva a situação.
PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO E SAÚDE OCUPACIONAL
(PCMSCO) — NR 07 
/
O PCMSO é uma Norma Regulamentadora (NR 07) criada pelo Ministério do Trabalho em 1978. Sua versão mais atualizada é
a de 2018. Esta norma estabelece que a instituição empregadora tem a obrigatoriedade de elaborar e implementar o programa
que tem como objetivo a promoção e a preservação da saúde dos trabalhadores contratados. 
Antes de entrarmos mais especificamente na NR 07, é preciso entender a diferença entre “prevenção” e “promoção da saúde”.
autor/shutterstock
PREVENÇÃO DA SAÚDE 
Geralmente trabalhamos prevenção para situações específicas, com o intuito de que o trabalhador não adoeça por uma
determinada exposição. Uma pessoa que trabalha em frigorífico, por exemplo. Para prevenirmos uma doença relacionada à
exposição a um ambiente frio, é preciso que o ambiente de trabalho siga normas de segurança e os trabalhadores utilizem
equipamentos de proteção coletiva e proteção individual.

autor/shutterstock
/
PROMOÇÃO DA SAÚDE 
Já para promoção da saúde, é preciso ter um olhar integral do ambiente e proporcionar “saúde” para os trabalhadores.
Empresas que oferecem alimentação, por exemplo, devem servir refeições saudáveis. Imagine vários trabalhadores
hipertensos comendo alimentos muito salgados? Perceba que aqui a ação não tem relação direta com a atividade que os
trabalhadores desenvolvem, ainda assim é preciso ter cuidado com a alimentação deles.
Outro exemplo de promoção de saúde: 
 EXEMPLO
Banheiros sujos podem inibir o acesso de trabalhadores, fazendo com que “prendam” por muito tempo a urina, ocasionando
infecções urinárias — banheiros limpos, aliás, evitam disseminação de várias doenças.
Por fim, lembrando que saúde não é ausência de doença. 
Será que é possível um trabalhador sem doença e sem saúde? 
É possível. Saúde significa bem-estar físico, social, mental e espiritual, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Para ter saúde, é preciso que nossas necessidades sejam satisfeitas, ou seja: alimentação, trabalho/emprego, moradia,
educação, acesso a serviços de saúde. Se não temos emprego/trabalho/renda, não estamos saudáveis.
“O TRABALHO É UM DOS DETERMINANTES DA SAÚDE E DO BEM-
ESTAR DO(A) TRABALHADOR(A) E DE SUA FAMÍLIA. ALÉM DE GERAR
RENDA, QUE VIABILIZA AS CONDIÇÕES MATERIAIS DE VIDA, TEM UMA
DIMENSÃO HUMANIZADORA E PERMITE A INCLUSÃO SOCIAL DE QUEM
TRABALHA, FAVORECENDO A FORMAÇÃO DE REDES SOCIAIS DE
APOIO, IMPORTANTES PARA A SAÚDE.”
(Brasil, Ministério da Saúde, 2018). 
Retomando nosso tema, o PCMSO deve ter caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à saúde
relacionados ao trabalho e ser planejado e implantado com base nos riscos à saúde dos trabalhadores. A equipe do PCMSO é
formada por profissionais da área da saúde e especialistas em saúde do trabalhador, como enfermeiros do trabalho e médicos
do trabalho. 
O que é feito em um PCMSO?
 RESPOSTA
/
Entre outros, atendimento ao trabalhador, consulta e avaliação médica, exames médicos obrigatórios como admissional,
periódico, de mudança de função, de retorno ao trabalho e demissional.
Bom lembrar que todos os atendimentos e exames são de responsabilidade das empresas. 
Basicamente esses exames incluem: 
a) avaliação clínica, abrangendo anamnese ocupacional e exame físico e mental; 
b) exames complementares, realizados de acordo com os termos específicos na NR 07.
Rapidamente, vamos fixar os objetivos de cada exame:
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ADMISSIONAL
Exame feito antes de o trabalhador assumir um cargo/ocupação, para saber se o trabalhador está apto para assumir a vaga de
emprego.
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PERIÓDICO
Exame realizado periodicamente para saber se o trabalhador está bem ou adoecendo por causa da atividade que desenvolve.
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MUDANÇA DE FUNÇÃO 
Exame realizado para saber se o trabalhador está apto para assumir nova função com agentes de riscos diferentes de sua
posição anterior.
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RETORNO AO TRABALHO
Exame realizado para saber se o trabalhador tem condições de voltar à função após afastamento por 30 dias ou mais.
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DEMISSIONAL 
Exame realizado quando o trabalhador é demitido.
Saiba mais
PERIÓDICO
A periodicidade depende do tipo de trabalho, não há um padrão.
MUDANÇA DE FUNÇÃO 
Por exemplo, um auxiliar de serviços gerais (exposição a substâncias químicas) conclui o curso de técnico de radiologia
e vai passar a trabalhar como tal (exposição à radiação ionizante).
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DEMISSIONAL 
O Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) desses exames deverá ser preenchido em duas vias, uma entregue ao
trabalhador no dia do exame e outra arquivada na empresa.
 ATENÇÃO
Caso haja exposição excessiva ao risco (verificada na avaliação clínica do trabalhador e/ou nos exames constantes, mesmo
sem qualquer sintomatologia ou sinal clínico), o trabalhador deve ser afastado do local de trabalho ou do risco, até que esteja
normalizado o indicador biológico de exposição (o que apareceu no exame) e as medidas de controle nos ambientes de
trabalho tenham sido adotadas. Este procedimento significa adotar as normas de segurança para a prevenção de doenças! 
Ao constatar a ocorrência ou o agravamento de doenças relacionadas ao trabalho no exame periódico, o médico do trabalho
deverá: 
a) Solicitar à empresa a emissão da Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT); 
b) Indicar, quando necessário, o afastamento do trabalhador da exposição ao risco ou do trabalho; 
c) Encaminhar o trabalhador à Previdência Social para a avaliação de incapacidade e definição da conduta previdenciária em
relação ao trabalho; 
d) Orientar o empregador quanto à necessidade de adoção de medidas de controle no ambiente de trabalho.
Além das competências que constam da NR 07, Dias et al. (2018) destacam que o médico do trabalho também deverá: 
OUTRAS RESPONSABILIDADES DO MÉDICO DO TRABALHO 
Considerar o trabalhador na sua singularidade e individualidade, respeitando seus direitos e sua autonomia nas decisões
sobre sua saúde, fundamentados nos princípios éticos e na legislação vigente, além de opor-se a qualquer forma de
discriminação ou exclusão social no trabalho por meio de sua atuação profissional; 
Garantir ao trabalhador acesso às informações sobre os riscos presentes no trabalho e sobre suas condições de saúde; 
Manter a confidencialidade das informações de saúde e dos registros médicos do trabalhador e sua participação nas
decisões sobre seu uso nos limites éticos e legais; 
Orientar e acompanhar os procedimentos de diagnóstico, tratamento e condutas decorrentes do estabelecimento da
relação causal entre o adoecimento e o trabalho, incluindo a reabilitação física e profissional dos trabalhadores sob sua
responsabilidade. 
Promoverações visando à melhoria das condições de saúde e do bem-estar, bem como o empoderamento dos
trabalhadores, formais e informais, na perspectiva da promoção da saúde. 
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Conhecer as normas, as prescrições ou as referências de agências internacionais que apresentem avanços na proteção
dos trabalhadores: Occupational and Safety Health Administration (OSHA, EUA); American Conference of Governmental
and Industrial Hygiene (ACGIH); Biologic Exposure Indices (BEI); Occupational Exposure Level (OEL, EUA);
Environmental Protection Agency (EPA, USA) e outras agências reconhecidas pela excelência, adaptando seus ditames
à realidade brasileira. 
A NR 07 orienta as empresas a se manterem equipadas com o material necessário à prestação de primeiros socorros,
considerando as características da atividade desenvolvida. É preciso manter esse material guardado em local adequado
e aos cuidados de pessoa treinada para esse fim. Na ausência de profissional especializado para a prestação de
primeiros socorros, chamar uma ambulância é o melhor a fazer.
PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
SÓLIDOS (PGRS) 
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (2012), o Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) gere
resíduos provenientes de serviços, indústrias, fábricas, entre outros, seguindo rigorosamente a legislação. 
O gerenciamento de resíduos é um conjunto de ações exercidas direta ou indiretamente nas etapas de coleta, transporte,
transbordo, tratamento e destinação final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos e disposição final dos rejeitos, de
acordo com o plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos. 
O gerenciamento abrange todas as etapas de planejamento dos recursos físicos, materiais, financeiros e da capacitação dos
recursos humanos envolvidos com o manejo.
A importância do PGRS vai muito além do cumprimento da legislação, contribui também para a promoção da saúde da
população. Tratar os resíduos de forma correta evita o descarte inapropriado e, como consequência, inibe a contaminação do
meio ambiente, além de prevenir várias doenças. 
No Brasil, infelizmente sabemos que muitas pessoas sobrevivem da coleta de materiais em “lixões”, caso elas entrem em
contato com produtos descartados erroneamente (como seringas ou agulhas descartadas, substâncias químicas nocivas ou
resíduos de construção civil etc.), os responsáveis por estes materiais também serão os responsáveis pelo adoecimento e
pelos acidentes de muita gente!
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Fonte: jcomp / freepik
A LEI Nº 12.305/2010 
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) foi instituída pela Lei nº 12.305/2010 que dispõe sobre seus princípios,
objetivos e instrumentos, bem como sobre as diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos,
incluídos os perigosos à responsabilidade dos geradores e do poder público e aos instrumentos econômicos aplicáveis.
Estão sujeitas à observância desta Lei as pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, responsáveis,
direta ou indiretamente, pela geração de resíduos sólidos, bem como as que desenvolvam ações relacionadas à
gestão integrada ou ao gerenciamento de resíduos sólidos.
Sobre os objetivos da PNRS, podemos destacar: 
Proteção da saúde pública e da qualidade ambiental; 
Não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, bem como disposição final
ambientalmente adequada dos rejeitos; 
Estímulo à adoção de padrões sustentáveis de produção e consumo de bens e serviços; 
Adoção, desenvolvimento e aprimoramento de tecnologias limpas como forma de minimizar os impactos ambientais; 
Redução do volume e da periculosidade dos resíduos perigosos, entre outros.
Segundo a PNRS, eis as diferenças entre resíduos e rejeitos: 
RESÍDUOS
Devem ser reaproveitados e reciclados. 
Restos de tecidos de uma fábrica de roupas (podem ser reaproveitados para fabricar tapetes e colchas de retalhos); alguns
tipos de papéis e de vidros (podem ser reciclados).
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REJEITOS
Devem ter disposição final. 
Agulhas e seringas usadas (não podem ser reciclados; caso tenham entrado em contato com secreção ou sangue, devem ser
incinerados).
Alguns autores dividem os resíduos em recicláveis ou reaproveitáveis; e em não recicláveis e não reaproveitáveis. Seguindo a
PNRS, temos a seguinte classificação dos resíduos sólidos:
RESÍDUOS SÓLIDOS QUANTO À ORIGEM 
a) Resíduos domiciliares: os originários de atividades domésticas em residências urbanas; 
b) Resíduos de limpeza urbana: os originários da varrição, limpeza de logradouros e vias públicas e outros serviços de limpeza
urbana; 
c) Resíduos sólidos urbanos: os englobados nas alíneas “a” e “b”; 
d) Resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços: os gerados nessas atividades, excetuados os
referidos nas alíneas “b”, “e”, “g”, “h” e “j”; 
e) Resíduos dos serviços públicos de saneamento básico: os gerados nessas atividades, excetuados os referidos na alínea
“c”; 
f) Resíduos industriais: os gerados nos processos produtivos e nas instalações industriais; 
g) Resíduos de serviços de saúde: os gerados nos serviços de saúde, conforme definido em regulamento ou em normas
estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e do SNVS; 
h) Resíduos da construção civil: os gerados nas construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil,
incluídos os resultantes da preparação e escavação de terrenos para obras civis; 
i) Resíduos agrossilvopastoris: os gerados nas atividades agropecuárias e silviculturais, incluídos os relacionados a insumos
utilizados nessas atividades; 
j) Resíduos de serviços de transportes: os originários de portos, aeroportos, terminais alfandegários, rodoviários e ferroviários
e passagens de fronteira; 
k) Resíduos de mineração: os gerados na atividade de pesquisa, extração ou beneficiamento de minérios.
RESÍDUOS SÓLIDOS QUANTO À PERICULOSIDADE 
a) Resíduos perigosos: aqueles que, em razão de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade,
toxicidade, patogenicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade e mutagenicidade, apresentam significativo risco à saúde
pública ou à qualidade ambiental de acordo com lei, regulamento ou norma técnica; 
b) Resíduos não perigosos: aqueles não enquadrados na alínea “a”.
RESÍDUOS SÓLIDOS, QUANTO À DESTINAÇÃO OU À DISPOSIÇÃO
FINAL
São proibidos em: 
I - Lançamento nas praias, no mar ou em quaisquer corpos hídricos; 
II – Lançamento in natura a céu aberto, excetuados os resíduos de mineração; 
III - Queima a céu aberto ou em recipientes, instalações e equipamentos não licenciados para essa finalidade; 
IV - Outras formas vedadas pelo poder público.
 ATENÇÃO
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A Lei nº 12.305/2010 não se aplica aos rejeitos radioativos, que são regulados por legislação específica. 
O COMPROMISSO COM O TRABALHO E A
RESPONSABILIDADE DO TRABALHADOR
Vimos algumas situações que podem acometer os trabalhadores e a responsabilidade das empresas em relação a ambientes
seguros, exames que devem ser feitos, acompanhamento dos trabalhadores e promoção da saúde. Agora, precisamos
abordar um pouco sobre ao que cabe aos trabalhadores. Em algumas NRs, existem as obrigações dos empregadores, mas
também as dos empregados, como nos dois exemplos a seguir:
NR 1 
Na NR 01, cabe ao trabalhador: 
a) Cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e saúde no trabalho, inclusive as ordens de serviço
expedidas pelo empregador; 
b) Submeter-se aos exames médicos previstos nas NRs; 
c) Colaborar com a organização na aplicação das NRs; e 
d) Usar o equipamento de proteção individual fornecido pelo empregador.
NR 6 
Na NR 06, cabe ao trabalhador quanto ao Equipamento de Proteção Individual (EPI) 
a) Usá-lo apenas para a finalidade a que se destina; 
b) Responsabilizar-se por sua guarda e conservação; 
c) Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para o uso; ed) Cumprir as determinações do empregador sobre seu uso adequado.
Muitos acidentes e doenças acometem os trabalhadores pelo uso inapropriado dos EPIs ou mesmo pelo não uso durante o
trabalho. Cabe à empresa fornecer os EPIs aos trabalhadores e agendar treinamentos para a utilização desses dispositivos. 
Acontece que, mesmo depois de treinados, alguns trabalhadores não os usam por indisciplina ou razões diversas. 
Obedecer às normas de segurança nos ambientes também é um ponto crítico para os empregadores; o trabalhador precisa
ser conscientizado de que ele também é responsável por prevenir doenças e promover a própria saúde.
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Fonte: nipastock / freepik.
 Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. NO PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO E SAÚDE OCUPACIONAL (NR 07), É DE
RESPONSABILIDADE DA EMPRESA OS EXAMES MÉDICOS OBRIGATÓRIOS, COMO POR
EXEMPLO: 
A) Admissional, periódico, demissional.
B) Periódico, de mudança de função, exame de sangue
C) Demissional, audiometria, demissional. 
D) Densitometria óssea, de retorno ao trabalho, periódico. 
2. A RECICLAGEM É UM PROCESSO INDUSTRIAL QUE CONVERTE O LIXO DESCARTADO EM
PRODUTO SEMELHANTE AO INICIAL OU OUTRO. ENTRE AS OPÇÕES A SEGUIR, MARQUE A
ALTERNATIVA CORRETA SOBRE O MATERIAL QUE PODE SER RECICLADO: 
A) Material radioativo
B) Medicamento
C) Papel
D) Parafina
GABARITO
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1. No Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (NR 07), é de responsabilidade da empresa os exames
médicos obrigatórios, como por exemplo: 
A alternativa "A " está correta.
Os exames obrigatórios oferecidos pela empresa são cinco. Entre eles, o admissional, que é realizado antes de o candidato
assumir um cargo; o periódico, realizado quando o trabalhador já é funcionário e faz o exame periodicamente; e o demissional,
que o trabalhador faz quando é demitido.
2. A reciclagem é um processo industrial que converte o lixo descartado em produto semelhante ao inicial ou outro.
Entre as opções a seguir, marque a alternativa correta sobre o material que pode ser reciclado: 
A alternativa "C " está correta.
Alguns papéis podem ser reciclados, considerados assim um resíduo. Outros papéis não podem ser reciclados, como por
exemplo os engordurados. Por isso é preciso ter cuidado durante a separação dos materiais para reciclagem.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste tema, vimos a classificação dos riscos ocupacionais e o quanto é importante reconhecê-los em um ambiente de
trabalho. Ao ter controle sobre esses riscos, evitamos espaços insalubres e, como consequência, reduzimos ou eliminamos o
adoecimento dos trabalhadores. Também vimos como a atuação da CIPA ajuda a prevenir as doenças ocupacionais e a
manter a segurança das pessoas. 
Não podemos esquecer que o trabalho tem um efeito protetor e de promoção da saúde, porém, quando não é bem
estruturado, pode causar mal-estar, sofrimento, adoecimento e até morte. O trabalhador que adoece precisa de apoio, por isso
o diagnóstico e o tratamento são fundamentais — não só o atendimento através de consultas médicas, mas também a
prevenção das doenças relacionadas ao trabalho. 
Para que as ações de prevenção do adoecimento e promoção da saúde sejam colocadas em prática, é preciso que
empregadores e empregados estejam envolvidos, cada um com suas competências. Aos empregadores cabe implantar as
políticas públicas relacionadas à saúde e à segurança dos trabalhadores, as Normas Regulamentadoras (NRs) e outras
normas, quando necessário; já aos empregados cabe respeitar e cumprir as NRs, além de identificar desajustes no ambiente
de trabalho e comunicá-los ao empregador. Só através dessa união de forças será possível melhorar as condições de trabalho
e reduzir o adoecimento ocupacional.
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério do Trabalho. Adoecimento ocupacional: um mal invisível e silencioso. Brasília: Ministério do Trabalho,
2018. Disponível em: https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Cartilhas/Cartilha-doencas-ocupacionais.pdf. Acesso em: 19 jun.
2020.
BRASIL. Escola Nacional da Inspeção do Trabalho. Normas regulamentadoras. Brasília: 2020. Disponível em:
https://enit.trabalho.gov.br/portal/index.php/seguranca-e-saude-no-trabalho/sst-menu/sst-normatizacao/sst-nr-portugues?
view=default. Acesso em: 19 jun. 2020.
BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde do trabalhador e da trabalhadora. Caderno de Atenção Básica, nº 41. Brasília: Ministério
da Saúde, 2018. Disponível em: http://renastonline.ensp.fiocruz.br/recursos/caderno-atencao-basica-41-saude-trabalhador-
trabalhadora. Acesso em: 19 jun. 2020.
DIAS, E. C.; CHIANEGATTO, C. V.; OLIVEIRA, R. B.; BANDINI, M. Competências essenciais requeridas para o exercício da
Medicina do Trabalho. 3. ed. São Paulo: ANAMT, 2018.
EXPLORE+
Leia o texto “Comunicação de Acidente de Trabalho — CAT” no site do INSS. Publicado em: 8 jan. 2018, última
modificação: 12 nov. 2019.
Leia o artigo “Promoção de ambientes de trabalho saudáveis e seguros na prevenção das doenças e agravos
relacionados ao trabalho” no site da ENSP, Fiocruz. 
Leia o item “Alguns pontos importantes da Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos” do texto “Contextos e principais
aspectos” no site do Ministério do Meio Ambiente. 
Leia o texto “Atividades e Operações Insalubres —V” no site da Escola Nacional da Inspeção do Trabalho (Enit). 
Assista no Youtube ao vídeo “Estresse e saúde mental no trabalho”, produzido pela Fundação Jorge Duprat e Figueiredo
(Fundacentro). 
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Cartilhas/Cartilha-doencas-ocupacionais.pdf
https://enit.trabalho.gov.br/portal/index.php/seguranca-e-saude-no-trabalho/sst-menu/sst-normatizacao/sst-nr-portugues?view=default
http://renastonline.ensp.fiocruz.br/recursos/caderno-atencao-basica-41-saude-trabalhador-trabalhadora
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CONTEUDISTA
Raquel Juliana de Oliveira Soares
 CURRÍCULO LATTES
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