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BRIGADA BLINDADA BARAK Corpo Blindado das FDI - Punhos de Ferro Israelenses A história de Israel e seus carros de combate remota a época da independência deste país em 1948. Nesta época não se dava muita importância aos blindados é Israel só possuía uma batalha de tanques formado por leve e obsoletos H-35 franceses, um Sherman M4 americano e dois Cromwell britânicos. Esse batalhão teve pouco sucesso o que só reforçou a idéia de considerar esta força pouco confiável. Mas quando estou a crise de Suez em 1956, as Forças de Defesa de Israel (em hebreuלארשיל הנגהה אבצ Tsva Ha- Haganah Le-Yisrael, normalmente chamadas de ל"הצ Tsahal) possuía três brigadas de infantaria apoiadas por blindados do tipo Shermans e AMX13 franceses. Esses blindados mostraram o seu valor na ruptura de posições inimigas,e a idéia a respeito dos blindados em Israel mudou. Quando os estrategistas israelenses estavam preparando as ações da Guerra dos Seis Dias em 1967, eles se concentraram no poder de seus MBT (Main Battle Tank) e nos seus aviões. Neste conflito os blindados israelenses mostraram mais uma vez o seu valor, e uma característica começou a despontar nas tripulações: alto padrão de treinamento, iniciativa individual e flexibilidade. Os comandante de blindados eram vistos como homens arrojados e corajosos, com um excelente sendo táticos e sempre prontos a investirem contra o inimigo, independentemente do perigo. Na Guerra do Yom Kippur em 1973, os israelenses já possuíam blindados mais modernos, porém esse conflito encontrou Israel confiante de sua capacidade militar e este país teve que pagar um alto preço em vidas e equipamentos por sua acomodação e prepotência. Os blindados israelenses sofreram sérias baixas para a armas teleguiadas anticarro de fabricação soviética operadas pelos árabes. Isso mostrou aos comandantes israelenses que seus MBT não podiam operar sozinhos, mas precisavam de apoio da infantaria mecanizada e da artilharia. Desta forma essas forças passaram a integrar grupos de combate liderados por tanques, o que fez com que Israel conseguisse a vantagem no campo de batalha. Em 1982, os blindados israelenses foram acionados na invasão do Líbano, onde mais uma vez se destacaram. Desta vez eles enfrentaram outro tipo de combate: a luta urbana. A Operação Paz para a Galiléia foi o primeiro teste de fogo do novo blindado israelense, o Merkava. Hoje os blindados israelenses participam de operações tanto na Cisjordânia como em Gaza. Entre os muitos veículos que atualmente fazem parte do Corpo Blindado israelense, podemos citar: Merkava (em seus vários modelos). Magach (upgraded do M48 e M60). Sabra (upgraded do M60). Achzarit (APC baseado no chasi dos T-54/55). Zelda (upgraded do APC M113). Nagmachon (APC). Dentre as unidades de elite do Corpo Blindado das Forças de Defesa de Israel está a famosa Brigada Blindada Barak (relâmpago). A Brigada Blindada Barak A Brigada Blindada Barak, ou simplesmente como é conhecida, Brigada Barak, que tem como símbolo um escudo com fundo branco e azul, tendo a frente uma espada, é uma das grandes unidades subordinadas ao Comando Norte das Forças de Defesa de Israel. A brigada nasceu juntamente com a criação do Estado de Israel, como uma Brigada de Infantaria e recebeu a denominação de Brigada Carmelo. A Brigada Carmelo combateu os árabes no norte de Israel, no setor compreendido entre a Galiléia Ocidental e o kibbutz Manara. DA 18ª BRIGADA DE INFANTARIA À 45ª BRIGADA BLINDADA – GUERRA DOS SEIS DIAS Após a consolidação do novo Estado, todas as unidades judaicas independentes foram desmobilizadas e absorvidas pelas recém-criadas Forças de Defesa de Israel (FDI). Com a nova organização, a Brigada Carmelo passou a ser designada 18ª Brigada de Infantaria. Quando eclodiu a Campanha do Sinai, em 1956, a brigada foi empregada para dissuadir os jordanianos para que estes não abrissem uma segunda frente contra Israel, realizando, para isso, missões de patrulhamento na região da fronteira entre os dois países. Após a campanha, teve início um processo de transformação da grande unidade de brigada de infantaria para brigada blindada. A nova formação recebeu a designação de 45ª Brigada Blindada – Brigada Barak - e foi organizada com um batalhão de carros de combate, dois batalhões de infantaria blindada, um batalhão de morteiros e uma unidade de reconhecimento. A transformação da brigada foi concluída em 1962. Em novembro de 1966, o tenente-coronel Moshe Bar Kochba assumiu o comando da brigada, liderando-a durante a Guerra dos Seis Dias. Ao anoitecer noite de cinco de junho de 1967, a brigada cruzou a fronteira setentrional de Israel seguindo em direção às colinas da Samaria, com o objetivo de remover daquelas posições a artilharia jordaniana que disparava contra alvos em território israelense. Uma poderosa força inimiga, composta por tropas jordanianas e comandos egípcios estava desdobrada naquele setor. A brigada avançou por dois eixos de progressão, realizando o esforço principal na direção da cidade de Jenin e o secundário direcionado para a região de Um-el-Fahem. Avançando sob pesado fogo de artilharia e armas anticarro, a brigada enfrentou grande resistência mas, no dia seguinte, uma de suas unidades blindadas entrou em Jenin progredindo através do Vale do Dotan e, com o auxílio das forças de acompanhamento, conquistou a localidade. Durante a batalha, na qual as tropas jordanianas opuseram grande resistência e evidenciaram elevado grau de profissionalismo, um batalhão de carros de combate da Jordânia, equipado com blindados M-47 Patton de origem norte- americana, juntamente com numerosas unidades de infantaria, foi completamente destruído pela Brigada Barak. No final do dia, o Exército Jordaniano contra-atacou com sua 40ª Brigada Blindada e reconquistou a região do Vale do Dotan. Durante todo o dia seguinte a Brigada Barak lutou no vale, através de terreno montanhoso e em localidades, o que tornava difícil o emprego dos blindados. Durante 24 horas a pequena força de reserva da Brigada Barak, equipada com limitada quantidade de material e pessoal, enfrentou 120 carros de combate Patton jordanianos que lutavam com grande habilidade. Contudo, utilizando a massa de fogos de apoio e manobrando bem suas unidades, a brigada conseguiu, finalmente, desalojar as unidades jordanianas e tomar posse da área, conquistando, ainda, a Ponte Damia sobre o Rio Jordão. Em 9 de junho, a Brigada Barak entrou em operação nas Colinas de Golã e conquistou as alturas de Banias: Hamra, Nuhila, Abassiya, Massada and Tel Jith. Após estas ações, uniu-se a outras forças das IDF a leste de Kantara, na estrada para Damasco e, em 11 de junho, foi designada para executar uma defesa móvel nas Colinas de Golã. ENTRE DUAS GUERRAS – OPERAÇÕES KALACHAT E KITON Em abril de 1969, após ser transferida de sua base original (Campo Mansura) para um novo aquartelamento em Campo Pilon, a brigada passou por um processo de modernização e teve sua designação alterada para 188ª Brigada Blindada, conservando ainda a denominação de Brigada Barak. Gradualmente foi modificada e recompletada e seus antigos carros de combate M-50 e M-51 Sherman foram substituídos por blindados mais modernos do tipo Centurion, de fabricação britânica. A partir de então, passou a ser a principal grande unidade do Comando Norte, participando ativamente da série de escaramuças fronteiriças que ficou conhecida como Guerra de Atrito, a qual se estendeu por três anos após o término da Guerra dos Seis Dias. Após a Guerra dos Seis Dias a brigada recebeu os blindados Centurion, mais modernos do que os Shermans e Super Shermans até então utilizados. Acima, soldados da Brigada barak perfilados diante de seus Centurion no deserto durante exercício Em 12 de maio de 1970, a brigada participou de uma incursão no Líbano com a finalidade de eliminar bases do movimento terrorista palestinoFatah. Esta foi a mais difícil e complexa operação envolvendo blindados já enfrentada pelas IDF, em parte devido ao terreno montanhoso, e se constituiu em verdadeira prova de fogo para a brigada e para o Corpo Blindado israelense. O excelente desempenho da Brigada Barak nesta operação – denominada Operação Kalachat – foi elogiado pelo Chefe do Estado-maior das IDF. A brigada não permaneceria sem atividade por muito tempo. Mal a Operação Kalachat havia acabado, as IDF já preparavam a Operação Kiton. Em junho do mesmo ano os sírios violaram a linha do cessar-fogo de 1967, abrindo fogo com sua artilharia e tentando atacar dois postos militares israelenses. A Brigada Barak recebeu a missão de responder aos ataques sírios realizando uma infiltração em seu território. Um dia inteiro de combates contra forças blindadas sírias resultou em expressivas perdas de pessoal e material, particularmente no lado árabe. Após essas duas operações, a situação nas fronteiras com a Síria e com o Líbano permaneceu relativamente calma. Todavia, no início de 1972, o combate recrudesceu, desta vez no setor libanês. Mais uma vez a brigada foi acionada para realizar incursões no Líbano e destruir bases terroristas. A GUERRA DO YOM KIPPUR Durante este conflito a Brigada Barak sofreu pesadas baixas, a ponto de quase ser aniquilada. Contudo, a grande unidade sobreviveu e foi a ponta-de-lança das IDF no contra-ataque realizado na direção de Damasco. Antes do início das hostilidades, a linha de frente no setor das Colinas de Golã, sob responsabilidade da brigada, cobria uma extensão de 80 km, indo do Monte Hermon, no norte, até Ramat Magshimim, no sul. Até a tarde do primeiro dia de combate, quando chegaram novas forças de reservistas, a Brigada Barak, juntamente com algumas forças irregulares de infantaria, foi a única formação blindada israelense a fazer oposição ao ataque sírio. O feriado do Yom Kippur iniciou com um ataque dos países árabes com esmagadora superioridade numérica em pessoal e material. Às 13:50h, informes chegaram ao comando da brigada dando conta que aeronaves inimigas sobrevoavam o território de Israel e bombardeavam posições das IDF nas Colinas de Golã. Diante disso, o coronel Yitzhak Bem-Shaham, comandante da Brigada Barak, ordenou a seus blindados que iniciassem movimento a fim de estabelecer contato com o inimigo. Aproximadamente 1.200 carros de combate sírios, apoiados por artilharia e pela infantaria, haviam cruzado a fronteira israelense em diversos pontos, realizando o esforço principal na direção Hushniye-Sindiana-Nafah. Durante cinco dias, de sábado até 4ª feira, violentos combates ocorreram no pequeno território das Colinas de Golã. Com a chegada de novas unidades da reserva, no sábado à noite o comando israelense decidiu dividir o setor defensivo na região, atribuindo a outra brigada blindada a responsabilidade pelo setor mais ao norte e permanecendo a Brigada Barak com a missão de manter a porção mais ao sul da linha. As forças blindadas posicionadas no setor norte – 74º e 71º Batalhões de Blindados – conseguiram deter o avanço sírio na linha defensiva Kunetra – Masada. Na parte sul do dispositivo, entretanto, em virtude do terreno ser plano e não possuir boas condições para a organização de posições defensivas, os sírios conseguiram romper a linha israelense e, durante dois dias, sangrentas batalhas ocorreram na tentativa de parar o ataque árabe. Na tarde de domingo, os tanques sírios alcançaram a região de Nafah. A grande guarnição israelense naquela localidade foi abandonada, permanecendo somente uma pequena força para tentar retardar o avanço inimigo, o que não foi possível, devido à esmagadora superioridade dos sírios. Na tarde de sete de outubro o comandante da Brigada Barak recebeu, em seu blindado de comando, a seguinte mensagem: “Força síria rompendo o dispositivo em Nafah”.O comandante da brigada havia sido informado que os sírios atacavam Nafah. Contudo, naquele momento, ainda não tinha conhecimento de que a maior base israelense nas Colinas de Golã havia caído, nem que suas forças corriam sério risco de serem completamente envolvidas pelo inimigo. Com esta informação, imediatamente, juntamente com um pelotão de cinco carros de combate, adiantou-se e seguiu para Nafah, a fim de socorrer a guarnição local. Esta ação suicida – um pelotão atacando a vanguarda de uma divisão – evidentemente não logrou êxito, nela perecendo o comandante, o subcomandante e o oficial de operações da Brigada. Somente um dos cinco desafortunados carros de combate conseguiu obter algum sucesso, destruindo alguns blindados sírios antes de ser colocado fora de ação. Após esse revés, uma unidade blindada de reservistas foi deslocada para a região com o objetivo de restabelecer a linha defensiva. Às 15:00h, após vigoroso contra-ataque, a guarnição de Nafah estava novamente nas mãos das IDF fracassando, desta forma, a tentativa síria de realizar uma penetração profunda no setor das Colinas de Golã. Na 3ª e 4ª feira, os sírios haviam sido empurrados novamente para fora das fronteiras de Israel. Nesta oportunidade, a Brigada Barak foi recompletada e reorganizada para o combate, empregando carros de combate que, após serem avariados nas batalhas anteriores, haviam sido atingidos e recuperados pelo Corpo de Material Bélico das IDF e novamente enviados à linha de frente. Embora sob o controle operacional de outra brigada, foi uma unidade da Brigada Barak que tomou a vanguarda no contra-ataque desfechado contra a Síria, investindo contra a vila de Jubeta el Hashab. Após o armistício, a Brigada Barak foi a última grande unidade das IDF a deixar o território sírio ocupado. A experiência da brigada durante a Guerra do Yom Kippur foi particularmente difícil. Na época, a Brigada Barak era a única força blindada regular na região das Colinas de Golã. Atendendo aos informes levantados pela inteligência israelense, a 7ª Divisão Blindada foi enviada para as Colinas de Golã dois dias antes do início das hostilidades. Contudo, os homens dessa divisão não estavam familiarizados com a natureza do terreno nas colinas. A Brigada Barak ocupou o setor sul da linha defensiva estabelecido, o que recebeu o esforço principal do ataque sírio. Durante a guerra 112 homens da brigada foram mortos em combate. É interessante notar que neste conflito cerca de 400 tanques de fabricação soviética T-54/55 capturados pelos israelenses na Guerra dos Seis Dias foram usados em combate. OPERAÇÃO LITANI No dia 11 de março de 1978, sábado, dois ônibus civis que trafegavam pela estrada costeira foram atacados por terroristas que haviam desembarcado em uma praia próxima ao kibbutz Ma’agan Michael. Coma chegada da polícia e dos exército israelense no local, os terroristas explodiram ambos os ônibus, matando e ferindo dezenas de pessoas. Em retaliação a esta ação, a Brigada Barak invadiu o sul do Líbano em 16 de março. Durante três semanas as forças da brigada realizaram incursões nessa região, destruindo diversas bases terroristas no que ficou conhecido como Operação Litani. OPERAÇÃO PAZ PARA A GALILÉIA A Brigada Barak foi uma das primeiras unidades a tomar parte das operações de combate no Líbano denominadas Operação Paz Para a Galiléia. Inicialmente, a brigada recebeu a responsabilidade de avançar pelo setor central do dispositivo atacante, através de um terreno muito semelhante ao da Alta Galiléia em Israel, o qual era habitado por numerosas comunidades, principalmente de muçulmanos xiitas e de cristãos. A partir destas posições, o esforço principal da brigada passou a ser a estreita planície costeira que ia de Sidon a Beirute, uma área densamente povoada por muçulmanos sunitas. O terreno e as características demográficas das regiões onde a brigada lutou – densamente povoadas e com extensas áreas de cultivo – dificultavam o combate convencional e eram ideais para as ações de guerrilheiros. As condições eram aindamais desfavoráveis para as operações com blindados e carros de combate. A missão da brigada era destruir bases terroristas no Líbano, removendo as constantes ameaças às vilas situadas ao norte de Israel. No sábado, seis de junho de 1982, a brigada cruzou a fronteira próximo à localidade de Metulla e iniciou seu avanço para o norte através do setor central, sobre o eixo balizado pela estrada que liga a ponte de Akia, sobre o Rio Litani, a Dir Sirian. O grosso da brigada avançou encolunada pelo eixo de progressão principal com uma companhia do 53º Batalhão à testa do dispositivo, seguido pelo 71º Batalhão e pelo Comando da Brigada. A retaguarda era assegurada pelo 12º Batalhão da Brigada Golã e as demais subunidades do 53º Batalhão. Tropas de engenharia e de artilharia antiaérea seguiam dispostos ao longo de toda a coluna de marcha. O 74º Batalhão seguiu por um eixo paralelo, sob o comando da Brigada Golã. As forças cruzaram a ponte de Akia sem que houvesse resistência e prosseguiu em direção ao norte. O primeiro engajamento com o inimigo foi na localidade de Kfar Haruf, ocasião em que foram disparados contra a vanguarda da brigada tiros de metralhadora e lança-rojões RPG, ferindo alguns soldados israelenses. A resistência foi logo vencida e os feridos socorridos. A força invasora prosseguiu desbordando a vila de A-Kafpur e ocupou as elevações ao seu redor. Embora o terreno fosse bastante acidentado, a engenharia de combate israelense trabalhou com eficiência, possibilitando a continuidade do movimento em direção aos vilarejos de Ha Bosh e Homein-el-Fawka. Quando passavam por esta última localidade, os israelenses receberam pesados fogos de armas automáticas, contudo, o comandante da Brigada decidiu desbordar a vila para evitar baixas e perda de te tempo desnecessárias, deixado a limpeza da localidade para as tropas de acompanhamento que avançavam em sua esteira. A faixa do terreno por onde progredia a força israelense era estreita e possuía diversas posições propícias à realização de emboscadas, o que facilitava a ação dos terroristas libaneses. Ao se deslocar para Ein Zehalta, os israelenses encontraram, pela primeira vez, o exército sírio. Após uma breve batalha, a Brigada Barak conseguiu repelir os sírios e foi, em seguida, substituída por outra unidade das IDF a fim de prosseguir na direção de Sidon. Durante quase todo este avanço, a brigada não encontrou resistência, sendo recebida nas vilas a cavaleiro da estrada de forma amistosa. A linha de resistência de Kfar Teisun havia sido superada sem maiores dificuldades. Após dois dias de avanço, entremeado por exaustivas batalhas, a brigada ocupou uma posição para reorganização e descanso noturno nos arredores de Sidon. Uma companhia foi designada para realizar um reconhecimento com o objetivo de encontrar a posição de assalto mais favorável para a brigada. O tempo também foi utilizado para realizar a manutenção e o reabastecimento dos veículos e carros de combate. No dia seguinte – o terceiro da guerra – a Brigada Barak iniciou o ataque a Sidon com o objetivo de pressionar as forças inimigas nas regiões norte a oeste da cidade, enquanto o 74º Batalhão avançaria pelo sul. Os israelenses estimavam que a cidade cairia facilmente ante a pressão dos carros de combate e das tropas de infantaria blindada. Em uma ação preliminar, o 74º Batalhão, juntamente com elementos da Brigada Golã, realizou um ataque à região portuária e das refinarias, localizados na porção sul de Sidon. Neste local, ocorreram violentos confrontos entre os israelenses e os cerca de 5.000 terroristas árabes baseados no campo de refugiados de Ein Hilwe, os quais estavam decididos a lutar até o fim. O batalhão tentou capturar o campo três vezes, sem obter sucesso, o que motivou a opção por desbordá-lo e prosseguir em direção ao objetivo do batalhão. O campo foi capturado posteriormente, após as negociações para sua rendição terem falhado. Na noite de oito de junho, a Brigada Barak partiu em direção a Damour através da estrada junto ao Mediterrâneo, sendo reforçada por elementos de outras unidades israelenses ao longo do trajeto. Na conquista desta cidade, a brigada desempenhou o papel de reserva, não sendo necessário seu emprego em combate. Ao chegar nos subúrbios da próxima localidade, Kfar Sil, a brigada deparou-se com uma posição fortificada da 85ª Brigada Blindada síria. Nesta oportunidade, as negociações políticas para o cessar fogo estavam avançadas, mas, devido à importância estratégica da área onde se localizava a cidade de Kfar Sil, era imperioso que a mesma fosse rapidamente conquistada. Na manhã de 3ª feira, 10 de junho, as forças da Brigada Barak dividiram-se em duas colunas para realizarem um movimento de duplo envolvimento. Os soldados de uma companhia do 53º Batalhão, juntamente com elementos da Brigada Golã, realizaram uma infiltração nas posições sírias, recebendo a cobertura do 71º Batalhão, que realizou uma base de fogos a partir de um terreno mais elevado. Na batalha sangrenta que se seguiu, o comandante da companhia foi ferido e oito soldados foram mortos. As características desta localidade, repleta de edificações, limitava o emprego dos carros de combate e facilitava o trabalho dos snipers sírios, os quais provocaram muitas baixas entre os soldados israelenses. A companhia teve que retrair ante o fogo dos sírios, falhando, desta forma, a tentativa de eliminar a resistência em Kfar Sil. Todavia, a posição de Kfar Sil era muito importante para ser abandonada ou desbordada. No mesmo dia, o 74º Batalhão recebeu ordens para ultrapassar o vilarejo e atacá-lo pela retaguarda, a partir de terreno mais elevado. Após tomarem o dispositivo, os carros de combate do batalhão iniciaram o ataque, disparando seus canhões a alcances de 50 metros e destruindo diversos blindados sírios. O 74º conquistou as colinas que dominavam a vila ao entardecer e, ao cair da noite, investiu contra a localidade propriamente dita. Pela manhã seguinte, o batalhão havia conquistado Kfar Sil e destruído 27 blindados sírios. Para consolidar as posições conquistadas, os israelenses instalaram-se defensivamente na localidade e, durante todo o dia, houve combates de atrito contra os remanescentes da 85ª Brigada Blindada síria que permaneceram pela região. Ao final do dia, os sírios haviam sido eliminados. Em 11 de junho, após uma semana de combates, a brigada alcançou os subúrbios de Beirute, permanecendo os 71º e 53º Batalhões em Duha e o 74º Batalhão em Kfar Sil em posições fortificadas. Recebendo fogos de guerrilheiros e forças militares sírias, as unidades da brigada investiram contra a capital libanesa, conquistando em um golpe de mão o aeroporto internacional em Hulda e o prédio da faculdade de ciências da Universidade de Beirute em Reihan. A Brigada Barak permaneceu ocupando Beirute durante um mês, juntamente com a Brigada Golã. No dia 12 de julho a Brigada Barak foi transferida do setor de Beirute para o leste do Líbano, permanecendo apenas o 74º Batalhão na região de Damor, junto ao litoral. No novo setor da frente, a brigada enfrentou forças sírias na linha Jib – Jenin-Sultan-Ya’akub. Os combates nessa região ocorreram após uma série de violações de cessar fogo pelos sírios e por estes permitiram que terroristas operassem em seu setor. Durante a ação o 53º Batalhão destruiu cinco tanques sírios, enquanto o 71º colocou fora de ação 30 blindados inimigos. Alguns dias depois desta batalha, durante a noite de três para 4 de agosto, as unidades da Brigada Barak retornaram para a área de Beirute, a fim de participarem do cerco à parte ocidental da cidade. Operando na região do aeroporto internacional, a brigada permaneceu combatendo os terroristas árabes até o final do mês. A Brigada Barak permaneceu no Líbano por muitos meses após a declaração do fim da Operação Paz Para a Galiléia e, por ocasiãodo retorno às suas bases permanentes nas Colinas de Golã, seus homens continuaram a patrulhar a fronteira ao norte de Israel. A BRIGADA HOJE A partir de meados da década de 1980, a Brigada Barak substituiu em seus batalhões blindados o carro de combate Centurion pelo moderno Merkava Mk. 3, um dos blindados mais modernos do mundo, o qual conferiu à grande unidade maior poder de combate. Como no passado, hoje a brigada é responsável pela defesa do setor norte de Israel, particularmente da região das Colinas de Golã, e participa regularmente de operações de segurança na Judéia, Samaria e na fronteira com o Líbano. Normalmente uma brigada blindada blindada israelense tem a seguinte formação: QG da Brigada (Montado em um M577). 2 ou 3 Batalhões de Tanques. o Cada batalhão tem: - QG do Batalhão (Montado em um MBT). - 3 companhias de tanques MBT - Suporte (Unidade de Morteiros e Reconhecimento com APC)
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