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Gerenciamento de Riscos-ANALISE CRITICA

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO
Resenha Crítica de Caso 
Sheila Borges da Silva
Trabalho da disciplina Gerenciamento de Riscos
Tutor: Prof. Ismael da Silva Costa
Aracruz
2019
1
GERENCIAMENTO DE DE RISCOS DE ACIDENTE EM UMA EMPRESA DE CONSTRUÇÃO CÍVIL
Referência:
ARAÚJO, M. Performance de DDS como reflexo nos resultados de Segurança. Goiânia, GO, 2014. Disponível em: <http://businesstur.com.br/uploads/arquivos/503622ead5eac1f88fd1128106f36546.pdf>. Acesso em: 14/10/2017.
BELTRAMI, M.; STUMM, S. EPI e EPC. [online]. IN: Instituto Federal do Paraná, Curitiba, PR, 2013. Disponível em: < https://docente.ifsc.edu.br/felipe.camargo/MaterialDidatico/MECA%201%20-%20SEG.%20DO%20AMB.%20E%20DO%20TRAB./Material%20de%20apoio/Livro_EPI_e_EPC.pdf>. Acesso em: 16/09/2019. 
PEIXOTO, N. Segurança do Trabalho. IN: Colégio Técnico Industrial UFSM. [online]. Santa Maria, RS, 2011. Disponível em: < https://docente.ifsc.edu.br/felipe.camargo/MaterialDidatico/MECA%201%20-%20SEG.%20DO%20AMB.%20E%20DO%20TRAB./Material%20de%20apoio/Seguranca%20Trabalho%20-%202012.pdf>. Acesso em: 16/09/2019. 
NASCIMENTO, K. Saúde na construção é prevenção: Um relato de experiência. Florianópolis, SC, 2014. Disponível em: <https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/173560/KELLY%20CRISTINA%20DO%20NASCIMENTO-EMG-TCC.pdf?sequence=1&isAllowed=y>. Acesso em: 14/09/2019.
OHLEARNING. Princípios básicos em higiene ocupacional. 2010. Disponível em: < http://www.ohlearning.com/Files/Student/KA02%20v2-0%2018Oct10%20Manual%20Do%20Aluno1.pdf>. Acesso: 16/09/2019. 
SILVA, H. Diálogo Diário de Segurança, s.d. Disponível em: <http://www.apaest.org.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=48-fasciculo-numero-48-dds-dialogo-diario-de-seguranca-parte-6&category_slug=monticuco&Itemid=1241>. Acesso em: 14/10/2017.
SILVA, B.; FRANÇA, S. Contribuição da Análise da Percepção de Riscos do Trabalhador ao Sistema de Gestão de Segurança e Saúde do Trabalho. IN: VIII SEGeT, Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia, 2011. 
YAMAKAMI, W. Introdução a Engenharia de Segurança no Trabalho. Ilha Solteira, SP, 2013. Disponível em: < http://www.feis.unesp.br/Home/departamentos/engenhariamecanica/maprotec/apostila_fengseg.pdf>. Acesso em: 15/08/2019.
GERENCIAMENTO DE RISCOS
A legislação da Segurança do Trabalho e Medicina do Trabalho é indispensável para uma empresa operar adequadamente. Por isso, deve-se observar as formas de garantia da segurança e prevenção de acidentes aos trabalhadores brasileiros.
Assim como outros países, o Brasil vem acompanhando as transformações advindas da globalização e da Declaração dos Direitos Humanos e de certa forma, as mudanças sociais, culturais, econômicas e políticas também. Desse modo, é essencial que a prevenção de acidentes em empresas e a garantia da segurança do trabalhador seja efetiva.
Diálogo Diário de Segurança (DDS) é um programa que consiste na criação, desenvolvimento e estabelecimento de atitudes de prevenção em uma empresa, a partir da conscientização de todos os seus colaboradores (SILVA, s.d., p. 4).
É com conversações a respeito da segurança nos ambientes ocupacionais que a melhor integração e comunicação da equipe, entre chefias e subordinados, com transparência, se dá a Segurança do Trabalho com o uso do DDS (SILVA, s.d., p. 4).
O DDS é realizado pelo Supervisor que registra diariamente o tema (melhor abordado mais a diante) da DDS e as assinaturas de toda a equipe em uma reunião de grupo antes do início da jornada de trabalho, durando geralmente de cinco a dez minutos (SILVA, s.d., p. 4).
O DDS pode ser aplicado por empresas de diversos segmentos e contribui para evitar ambientes propícios a acidentes durante a jornada de trabalho, conservando a saúde individual da equipe. Como o método DDS se trata de diálogos diários entre os funcionários e suas chefias, é de fácil realização e baixo custo.
Os temas geralmente discutidos dizem respeito a conduta durante a jornada de trabalho e as condições estruturais da empresa. São exemplos: conduta de higiene no refeitório e nos sanitários, higiene pessoal, conduta pessoal e coletiva, o uso de equipamentos de proteção, ferramentas, manuseio e transporte de materiais, armazenamento (SILVA, s.d., p. 6-24), entre outros procedimentos que ajudem a prevenir incidentes, dependendo de cada segmento da empresa.
O DDS além de abordar assuntos do departamento de segurança do trabalho, auxilia na determinação das estratégias e metas semanais de cada área da empresa a partir de cada demanda trazida nos encontros de DDS. Ocorrências de possíveis acidentes também são analisadas durante os encontros (ARAÚJO, 2014, p. 8).
A realização do Diálogo Diário de Segurança é essencial em qualquer empresa para que a prevenção de acidentes com seus colaboradores seja concretizada e a comunicação grupal entre chefias e subordinados seja efetiva. Alguns indivíduos podem encarar problemas e incidentes como parte da natureza do ambiente de trabalho e acabam por não se atentarem devidamente aos riscos corridos e aos seus direitos enquanto trabalhadores. Comportamentos resistentes de risco, como a rejeição do uso dos equipamentos de proteção, comprometem a realização dos Diálogos Diários de Segurança e o processo de conscientização da equipe é enfraquecido (ARAÚJO, 2014, p. 8).
Com a implementação do Diálogo Diário de Segurança na rotina das empresas, torna-se muito mais fácil a conscientização dos riscos e perigos possíveis do local de trabalho de todos seus colaboradores. É uma forma também, da chefia da empresa demonstrar atenção e preocupação a respeito da segurança de cada funcionário seu, além da produção estipulada. Com a atenção de toda a equipe e o contato direto e diário de todos, o envolvimento e comprometimento de todos os colaboradores é significativamente ampliado (ARAÚJO, 2014, p. 8).
Dessa forma, o DDS dentro da rotina de uma empresa também proporciona a interação social diária da equipe e sua comunicação franca e constante, assegurando aos seus colaboradores, apoio e confiança (ARAÚJO, 2014, p. 8). Com envolvimento da equipe de todas as áreas de dentro de uma empresa e do entendimento de todos a respeito dos riscos de acidentes e de suas melhores formas de prevenção, um ambiente de trabalho tranquilo e produtivo é garantido.
Em empresas da área da construção civil, por exemplo, os riscos de saúde com o manuseio de ferramentas que podem causar lesões e prensamento de membros, assim como quedas de alturas substanciais devido às condições estruturais do serviço, são prováveis se a prevenção e conscientização da segurança do trabalho não estiverem sendo realizadas nesse ambiente (NASCIMENTO, 2014, p.10).
Segundo Nascimento (2014, p. 19) com a prática de Diálogos Diários de Segurança é possível evitar acidentes graves e seus desfechos graves:
A prática das noções em primeiros socorros, através dos DDS, deveria ser amplamente divulgada e democratizada para os trabalhadores d construção civil. Aprender sobre noções de primeiros socorros é restrito aos profissionais de saúde ou àqueles que estão próximos de universidades, hospitais e de outros centros que promovem tais cursos. Falar e praticar as noções de primeiros socorros em canteiros de obra além de conferir aos trabalhadores maior segurança para tratar de seus problemas de saúde seja na empresa ou em casa, reduzindo sua vulnerabilidade, a produção e socialização na empresa e em seus lares com as suas famílias sobre os conhecimentos nessa área, gera redução na da demanda considerada não pertinente ao SAMU, tornando mais eficiente e otimizado o atendimento de urgências desse serviço (NASCIMENTO, 2014, p. 19).
Ou seja, noções de primeiros socorros apresentadas e ensinadas em encontros de Diálogos Diários de Segurança podem contribuir para um ambiente de maior segurança e confiança entre a equipe de uma empresa. A fala e a prática de noções de segurança em ambientes de trabalho geram a diminuição de casos pertencentes a demanda que seria do SAMU (NASCIMENTO, 2014,p. 19).
Uma das principais etapas do gerenciamento do Sistema de Segurança e Saúde no Trabalho é a comunicação de riscos existentes numa jornada de trabalho pela empresa aos seus funcionários, como acontece no DDS citado anteriormente (RINALDI, 2007, p. 15 apud SILVA; FRANÇA, 2011, p. 8). 
A cultura de segurança é instaurada a partir do compromisso da empresa e de sua gerência, que gera o compromisso individual de cada trabalhador da equipe conforme a comunicação de riscos é realizada com métodos como DDS e SIPAT. O comportamento individual torna-se de conduta responsável e ciente dos riscos físicos, químicos, ergométricos e biológicos e, comprometida em treinamentos de segurança e proteção individual e coletiva.
O Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) e a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) são responsáveis pela determinação de cada artefato específico para compor os EPIs e ECPI adequadamente, de acordo com os riscos que irão ser neutralizados com seu uso e de acordo com as pessoas que irão utiliza-los (SANTOS, s.d., p. 1).
Os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC), segundo CPN/SP (2005 apud BELTAMI; STUMM, 2013, p. 17) é um sistema que pode ser fixo ou móvel, destinado a preservação da integridade física e da saúde do grupo de trabalhadores que operar naquele ambiente em que os EPC estão localizados. São exemplos, extintores de incêndio, exaustores, placas de sinalização de saídas de emergência entre outros
A prevenção de acidentes de trabalho não tem como benefício apenas a proteção ao trabalhador, mas também é um instrumento para manter os níveis de produção da empresa, pois quanto menor o número de trabalhadores debilitados, mais constante se mantém a produção e os lucros.
, fica evidente a importância de se prevenir os acidentes e doenças ocupacionais, pois estes trazem muitos prejuízos. Ainda assim, no Brasil o envolvimento das empresas com a questão da segurança e saúde no trabalho só é comum quando se trata de acidentes graves que possam manchar a imagem das empresas.
	Este descaso ocorre, muitas vezes, porque as direções das empresas não se consideram responsáveis diretos pela promoção da segurança e saúde no ambiente de trabalho. É certo que esta visão vem se modificando ao longo do tempo, especialmente em grandes empresas, mas ainda não estão devidamente amadurecidas, a ponto de que medidas e programas de segurança e saúde no trabalho sejam incorporadas como parte integrante da rotina e sistema produtivo (OLIVEIRA, 2003).
De acordo com a visão de Oliveira (2003), o que ocorre muitas vezes nas empresas também, que contribui negativamente para o baixo desempenho da maioria dos programas de segurança no trabalho, é relacionar indiscriminadamente o comportamento do trabalhador com a prevenção ou ocorrência de acidentes de trabalho. A incidência de acidentes relacionados a erros no trabalho é grande e muitos trabalhadores morrem ou mutilam-se todos os anos em todo o mundo em decorrência de acidentes de trabalho cujas causas vão desde a baixa qualidade das condições físicas do local de trabalho, até comportamentos inadequados dos trabalhadores. 
Apesar disso, não é correto debitar aos trabalhadores acidentados a culpa pelos acidentes, ainda que seu comportamento tenha sido a causa. O mais importante a se avaliar neste caso são os determinantes do comportamento, ou seja, o que pode tê-lo motivado a ter agido de tal maneira. 
Para que essa desatenção ou negligência termine em acidente, houve uma série de decisões que criaram as condições para que isso acontecesse. Se essas decisões tivessem sido diferentes, essa mesma desatenção ou negligência poderia não ter resultado em acidente (SILVA, 2006, p. 20).
Nesta ótica, entra a avaliação do ambiente, relações de trabalho, atitude da empresa com relação à obrigatoriedade da utilização de equipamentos de segurança, entre outros (OLIVEIRA, 2003).

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