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20/08/2020 1 FISIOTERAPIA NA SAÚDE DA MULHER Docente: Thaís Passos Agosto – 2020.2 20/08/2020 2 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A Fisioterapia na saúde da mulher é uma disciplina que acompanha a universalização das práticas em saúde. É fundamental conhecer os principais aspectos abordados na disciplina fisioterapia na saúde da mulher para prevenir e/ou minimizar os impactos negativos à saúde na sociedade contemporânea. 20/08/2020 3 OBJETIVOS DA DISCIPLINA 20/08/2020 4 O aluno deverá ser capaz de Relacionar a importância da disciplina ao contexto geral de saúde Compreender a importância funcional, econômica e social do papel do Fisioterapeuta nas funções e/ou disfunções: • do assoalho pélvico feminino • da gestação • do parto • do puerpério • das doenças sexualmente transmissíveis • das disfunções sexuais femininas • da oncologia • da dermatologia Prescrever e aplicar intervenções fisioterapêuticas junto à saúde funcional da mulher OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA 20/08/2020 5 OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA O aluno deverá ser capaz de: Abordar as alterações relacionadas ao ciclo gravídico Compreender as particularidades puerperais e identificar os principais aspectos da assistência fisioterapêutica na gestação, parto e puerpério Analisar as circustâncias do desenvolvimento fisiológico e patológico do sistema uroginecológico nos diferentes contextos biopsicossociais Conhecer as principais causas e consequências das cirurgias uroginecológicas e relacionar com a atuação fisioterapêuticas no pré e pós operatório Conhecer e conseguir escolher e aplicar os melhores métodos de tratamento uroginecológico Conhecer as formas de transmissão e prevenção das DST's, identificando os fatores sócio demográficos das DST's Reconhecer os fatores de risco associados ao câncer de mama Intervir com procedimentos fisioterapêuticos junto à saúde funcional da mulher 20/08/2020 6 CONTEÚDO DAS AULAS 20/08/2020 7 UNIDADE I: OBSTETRÍCIA 1.1. Políticas públicas de atenção à saúde da mulher; 1.2. Anatomia e Fisiologia do sistema reprodutor feminino; 1.3. Fisiologia da gravidez; 1.4. Gestação patológica; 1.5. Assistência pré-natal; 1.6. Tipos de parto; Principais complicações; 1.7. Puerpério; 1.8. Infertilidade; 1.9. Assistência fisioterapêutica na gestação, parto e puerpério 1.10. Importância funcional, econômica e social do papel do Fisioterapeuta nas disfunções do assoalho pélvico feminino 20/08/2020 8 2.1.Ciclo menstrual; 2.2. Endocrinologia e Fisiopatologia do sistema uroginecológico; 2.3. Métodos contraceptivos 2.4. Doenças benignas do trato reprodutor feminino: •Dor pélvica aguda e crônica, • Dismenorréia, • Endometriose, • Miomatose, • Distopia genital, • Infecções; • Climatério; • Anatomia anurretal: incontinência fecal e constipação; • Métodos de diagnóstico por imagens. 2.5. Principais métodos, causas e conseqüências biopsicossociais das cirurgias uroginecológicas; 2.6. Avaliação fisioterapêutica no pré e pós operatório; 2.7. Prescrição de fisioterapia para minimização dos impactos cirúrgicos uroginecológicos UNIDADE II: UROGINECOLOGIA 20/08/2020 9 3.1. Fatores de risco para incontinência urinária; 3.2. Tipos de incontinência urinária: •Esforço •Urgência • Mista 3.3. Bexiga neurogênica; 3.4. Avaliação perineal 3.5. Cinesioterapia; Exercícios de Kegel; Biofeedback; Eletroterapia e funcionamento dos equipamentos utilizados na prática em uroginecologia; 3.6. Fisioterapia no pré e pós operatório de cirurgias uroginecológicas. UNIDADE III: CONTINÊNCIA E INCONTINÊNCIA URINÁRIA 20/08/2020 10 4.1. Doenças Sexualmente Transmissíveis 4.2. AIDS, Hepatite B, Herpes, Condiloma acuminado, Gonorréia, Sífilis, Clamídia, Candidíase, Tricomoníase, Políticas públicas de prevenção e tratamento das DST's. UNIDADE IV: DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS 20/08/2020 11 5.1. Gênero e Sexualidade: uma discussão necessária; 5.2. Disfunções Sexuais Femininas: Desejo Sexual Hipoativo (DSH), Disfunção de excitação, 5.3. Dispareunia, Vaginismo, Anorgasmia UNIDADE V: DISFUNÇÕES SEXUAIS FEMININAS 20/08/2020 12 UNIDADE VI: FISIOTERAPIA ONCOLÓGICA 6.1. Revisão da anatomia e fisiologia da mama e sistema linfático; 6.2. Tipos e estágios do câncer de mama: Carcinoma ductal, Lobular e Inflamatório 6.3. Fatores de risco; Métodos diagnósticos do câncer de mama; Tratamento e prognóstico 6.4. Fisioterapia na prevenção de complicações da oncologia clínica; Fisioterapia nas complicações da radioterapia; Fisioterapia nas complicações da quimioterapia; Fisioterapia nas complicações da reconstrução; Fisioterapia nos cuidados paliativos 20/08/2020 13 A ESPECIALIDADE FISIOTERAPIA NA SAÚDE DA MULHER 20/08/2020 14 20/08/2020 15 Asssitência Fisioterapêutica em uroginecologia e Coloproctologia Assistência Fisioterapêutica em Obstetrícia Assistência Fisioterapêutica em Mastologia Assistência Fisioterapêutica nas disfunções sexuais femininas Assistência Fisioterapêutica em Ginecologia ÁREAS DE ATUAÇÃO Art. 5º - Resolução N°401/2011 - COFFITO 20/08/2020 16 COMPETÊNCIAS PARA EXERCÍCIO DA ESPECIALIDADE Art. 3º - Resolução N°401/2011 - COFFITO IV – Solicitar, aplicar e interpretar escalas questionários e testes funcionais como: graduação de força e função do assoalho pélvico pela palpação uni ou bidigital, graduação de dor pélvica, escala de avaliação da função sexual feminina, teste de sensibilidade, prova de função muscular e articular dos membros superiores, inferiores e coluna, dados antropométricos, entre outros; V – Realizar a avaliação, prevenção, promoção e condutas fisioterapêuticas nas alterações cinesiofuncionais advindas do ciclo menstrual, climatério, parturientes, puérperas e secundários ao comprometimento oncológico; VI – Determinar diagnóstico e prognóstico fisioterapêutico; VII – Planejar e executar medidas de prevenção de morbidades, comorbidades e imobilismo; VIII – Decidir, prescrever e executar o tratamento fisioterapêutico na saúde da mulher específico para cada caso, enfatizando a frequência, a periodicidade e quantitativo de atendimentos; I – Realizar consulta fisioterapêutica, aplicar anamnese, solicitar e realizar interconsulta e encaminhamento; II – Realizar avaliação fisica e cinesiofuncional do sistema uroginecológico, coloproctológico, mama e do aparelho reprodutor feminino; III – Solicitar, aplicar e interpretar exames complementares como perineometria, eletromiografia de superfície, imaginologia, perimetria, volumetria, desde que necessários à elucidação do caso e direcionamento de suas condutas; 20/08/2020 17 IX – Planejar e executar estratégias de intervenção fisioterapêuticas utilizando recursos fisioterapêuticos gerais e os específicos como: massagem perineal, cinesioterapia dos músculos do assoalho pélvico, biofeedback mamométrico, eletromiográfico, de superficie e intracavitário (anal e vaginal), biofeedback ultrasonográfico, propriocepção e fortalecimento muscular intra-anal e intra- vaginal, programas de exercícios para gestantes, entre outras; X – Planejar e executar estratégias de intervenção fisioterapêutica na lesão nervosa periférica, advindas do parto, lesão uroginecológica, obstétrica ou oncológica; XI – Prescrever e aplicar técnicas e recursos fisioterapêuticos de analgesia durante o trabalho de parto; XII – Atuar em sala de pré-parto, enfermaria de parturientes, obstétrica e puérpera; XIII – Realizar orientações e auxilio ao aleitamento materno; XIV – Participar do grupo de apoio ao aleitamento materno; XV – Atuar em enfermaria de mastologia no pré e pós-operatório de cirurgias de câncer de mama; XVI – Realizar orientações posturais e adaptações funcionais no pré e pós-operatório de câncer de mama, cirurgias ginecológicas, pré e pós-parto, oncológicas, entre outras; XVII – Prescrever e aplicar condutas fisioterapêuticas no linfedema; XVIII – Elaborar e aplicar estratégias depromoção da saúde e de prevenção de doenças em todos os níveis de atenção à saúde da mulher e para todos os estágios do seu desenvolvimento ontogênico; XIX – Prescrever, confeccionar, órteses, próteses, mecanismos auxiliares de locomoção, além de planejar e aplicar estratégias de tecnologia assistiva para otimizar, adaptar ou manter atividades funcionais com vistas à maior autonomia e independência funcional de sua cliente/paciente/usuária; XX – Planejar, criar e utilizar recursos da realidade virtual no tratamento com vistas à otimização de resultados; 20/08/2020 18 XXI – Realizar posicionamento no leito, sedestação, ortostatismo, deambulação, além de planejar e executar estratégias de adaptação, readaptação, orientação, visando a maior funcionalidade da cliente/paciente/usuária; XXII – Utilizar recursos de ação isolada ou concomitante de agente cinésio-mecano-terapêutico, termoterapêutico, crioterapêutico, fototerapêutico, eletroterapêutico, sonidoterapêutico entre outros; XXIII – Empregar abordagem paliativa a pacientes com prognóstico de óbito; XXIV – Escolher e aplicar recursos das práticas integrativas e complementares à saúde com vistas à melhora da condição de saúde físico funcional da sua cliente/paciente/usuária; XXV – Determinar as condições de alta fisioterapêutica; XXVI – Prescrever a alta fisioterapêutica; XXVII – Registrar em prontuário consulta, avaliação, diagnóstico, prognóstico, tratamento, evolução, interconsulta, intercorrências e alta fisioterapêutica; XXVIII – Emitir laudos, pareceres, relatórios e atestados fisioterapêuticos; XXIX – Realizar atividades de educação em todos os níveis de atenção à saúde, e na prevenção de riscos ambientais e ocupacionais. 20/08/2020 19 A filiação da ABRAFISM a IOPTWH representa um benefício direto ao Associado ABRAFISM que passa automaticamente a fazer parte de uma organização internacional que lhe proporciona um canal de comunicação com o mundo, favorecendo assim sua participação crescente e inserção no cenário internacional da Fisioterapia em Saúde da Mulher. A Associação Brasileira de Fisioterapia em Saúde da Mulher (ABRAFISM) é uma associação civil, sem fins lucrativos, representativa dos Fisioterapeutas que atuam na área de Saúde da Mulher no Brasil. Foi criada por fisioterapeutas de todo o país, reunidos em assembléia durante o Cobraf em São Paulo no dia 07/10/2005. No dia 4/6/2007, a ABRAFISM deu um passo histórico, se tornando a primeira associação da América Latina a se tornar membro da Organização Internacional de Fisioterapia em Saúde da Mulher (IOPTWH) durante o Congresso Mundial de Fisioterapia realizado em Vancouver no Canadá.