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Especialização em Fisioterapia na Saúde da Mulher

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7
UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP
ALEKSANDER SANTOS ALVES. RA: B2757F-5
CAMILA FREITAS DA SILVA. RA: B6915D-8
ENOILMA MARIA DA SILVA BARBOSA. RA: B86601-2
KELLY SILVA DE AZEVEDO. RA: B76EAA-5
MARIA APARECIDA PEREIRA DOS SANTOS. RA: B697FB-3
VERONICA PEREIRA DE ANDRADE. RA: B8306I-6
ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS
Especialização em Fisioterapia na Saúde da Mulher
SÃO PAULO
2016
ALEKSANDER SANTOS ALVES. RA: B2757F-5
CAMILA FREITAS DA SILVA. RA: B6915D-8
ENOILMA MARIA DA SILVA BARBOSA. RA: B86601-2
KELLY SILVA DE AZEVEDO. RA: B76EAA-5
MARIA APARECIDA PEREIRA DOS SANTOS. RA: B697FB-3
VERONICA PEREIRA DE ANDRADE. RA: B8306I-6
ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS
Especialização em Fisioterapia na Saúde da Mulher
 (
Trabalho de Atividades Práticas Supervisionadas sobre a Especialização em Fisioterapia na Saúde da Mulher do curso de Fisioterapia 8º Semestre.
Orientadora: Prof.ª. Telma L. C. Di Pietro.
)SÃO PAULO
2016
RESUMO
O Brasil é um país em desenvolvimento, seu mercado de trabalho transforma-se constantemente. As mudanças são rápidas, exigindo qualificação profissional. Neste cenário, empreender torna-se cada vez mais um diferencial para a inclusão no mercado. O objetivo deste trabalho é explicar sobre a especialização da Fisioterapia na Saúde da Mulher, aprofundar conhecimentos específicos necessários para uma abordagem de cunho preventivo, investigativo e interventivo nas várias fases da vida da mulher. Para executar uma estratégia de tratamento eficaz através de técnicas e métodos adequados.
SUMÁRIO
1 ATUAÇÃO EM FISIOTERAPIA NA SAÚDE DA MULHER	7
1.1 Núcleo de apoio da saúde da família – NASF	7
1.2 Política de saúde da família – PSF	7
1.3 Hospitais, clínicas e ambulatórios	8
1.4 Centros de recuperação Bio-Psico-Social (Reabilitação)	8
1.5 Saúde coletiva	9
1.6 Programas institucionais	9
1.7 Ações básicas de saúde	9
2 REGIME DE CONTRATAÇÃO	10
2.1 Concurso Público	10
2.2 CLT Efetivo	10
2.3 Benefício	10
2.4 Contribuições do empregado	10
2.5 Jornada de trabalho	10
2.6 Pessoa jurídica (Autônomo)	10
3 COEFICIENTE DE HONORÁRIOS FISIOTERAPÊUTICOS	11
4 RECONHECIMENTO DA FISIOTERAPIA EM SAÚDE DA MULHER RESOLUÇÃO 372, DE 6 DE NOVEMBRO DE 2009	19
5 OBSTETRÍCIA	21
6 GESTAÇÃO	21
6.1 Fisioterapia na gestação	21
6.2 Como a fisioterapia pode ajudar?	21
6.3 Número de sessões de fisioterapia	22
7 TRABALHO DE PARTO	22
7.1 Fisioterapia no trabalho de parto	22
7.2 De quantas semanas nasce o bebê?	22
7.3 Como saber se está em trabalho de parto?	23
7.4 Como a fisioterapia pode ajudar?	23
7.5 Atendimento personalizado no trabalho de parto	24
7.6 Pós Parto	24
7.7 Fisioterapia no pós-parto	24
7.8 Como a fisioterapia pode ajudar?	24
7.8.1 Puerpério imediato	24
7.8.2 Puerpério tardio	25
7.9 Número de sessões de fisioterapia	25
8 GINECOLOGIA	25
8.1 Endometriose	25
8.2 O que é endometriose?	26
8.3 Sinais e sintomas da endometriose	26
8.4 Causa da endometriose	26
8.5 Como a fisioterapia pode ajudar na endometriose	26
8.6 Número de sessões de fisioterapia	27
8.7 Dor pélvica crônica	27
8.8 O que é dor pélvica crônica?	27
8.9 Causas da dor pélvica crônica	27
8.10 Como a fisioterapia pode ajudar na dor pélvica crônica?	27
8.11 Número de sessões de fisioterapia	28
8.12 Tratamento na disfunção sexual feminina	28
8.13 O que é disfunção sexual feminina?	28
8.14 Quais são os tipos de disfunção sexual feminina?	28
8.15 Causas da disfunção sexual feminina	29
8.16 Como a fisioterapia pode ajudar na disfunção sexual feminina?	29
8.17 Número de sessões de fisioterapia	29
8.18 Fisioterapia no climatério (Menopausa)	29
8.19 O que é climatério?	30
8.20 Sinais e sintomas do climatério	30
8.21 Tratamento do climatério	30
8.22 Como a fisioterapia pode ajudar no climatério?	31
8.23 Número de sessões de fisioterapia	31
9 UROLOGIA	31
9.1 Fisioterapia na incontinência urinária feminina	31
9.2 O que é incontinência urinária?	31
9.3 Sinais e sintomas	32
9.4 Fatores de risco	32
9.5 Tratamento para incontinência urinária	32
9.6 Como a fisioterapia pode ajudar?	32
9.7 Número de sessões de fisioterapia	33
10 COLOPROCTOLOGIA	33
10.1 Fisioterapia na incontinência fecal feminina	33
10.2 O que é incontinência fecal?	34
10.3 Fatores de risco da incontinência fecal	34
10.4 Como a fisioterapia pode ajudar na incontinência fecal?	34
10.5 Número de sessões de fisioterapia	34
10.6 Constipação	34
10.7 O que é constipação?	35
10.8 Fatores relacionados à constipação	35
10.9 Como a fisioterapia pode ajudar na constipação?	35
10.10 Número de sessões de fisioterapia	36
11 ONCOLOGIA E CUIDADOS PALIATIVOS	36
11.1 Fisioterapia nos cuidados paliativos	36
11.2 O que são cuidados paliativos?	37
11.3 Como a fisioterapia pode ajudar?	37
11.4 Número de sessões de fisioterapia	37
11.5 Fisioterapia no câncer ginecológico	37
11.6 Câncer ginecológico	37
11.7 O que é o câncer?	38
11.8 Quais são os tipos de cânceres ginecológicos?	38
11.9 Sinais e sintomas do câncer ginecológico:	38
11.10 Câncer de ovário	38
11.11 Câncer de endométrio	38
11.12 Câncer de vagina	39
11.13 Câncer de vulva	39
11.14 Fatores de risco para o câncer ginecológico	39
11.15 Tratamento para o câncer ginecológico	40
11.16 Complicações do pós-operatório do câncer ginecológico	40
11.17 Como a fisioterapia pode ajudar?	40
11.18 Número de sessões de fisioterapia	41
11.19 Fisioterapia no câncer de mama	41
11.20	Sinais e sintomas do câncer de mama	41
11.21 Fatores de risco para o câncer de mama	41
11.22 Detecção precoce do câncer de mama	42
11.23 Tratamento para o câncer de mama	42
11.24 Como a fisioterapia pode ajudar?	43
11.25 Número de sessões de fisioterapia	43
12 UROPEDIATRIA	44
12.1 Fisioterapia na incontinência urinária infantil	44
12.2 Sinais e sintomas	44
12.3 Causa	44
12.4 Como a fisioterapia pode ajudar?	44
12.5 Número de sessões de fisioterapia	45
13 RECURSOS FISIOTERAPÊUTICOS NA CINESIOTERAPIA DO ASSOALHO PÉLVICO	45
13.1 Ginástica Hipopressiva	46
13.2 Eletroestimulação	46
13.3 Biofeedback	47
13.4 Cones vaginais	47
13.5 Terapia manual	48
13.6 Aparelhos eletroterapêuticos	49
14 ESCOLHA DO TEMA (CONSIDERAÇÕES FINAIS)	51
15 TABELA DE RELAÇÃO DE TRÊS CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA NA SAÚDE DA MULHER	52
REFERÊNCIAS	54
1 ATUAÇÃO EM FISIOTERAPIA NA SAÚDE DA MULHER
	A Saúde da Mulher exige uma atenção especial, com intervenção nas mudanças ocorridas durante as fases da vida da mulher.
	Para atuar em Fisioterapia na Saúde da Mulher, o profissional Bacharel em Fisioterapia deve possuir um curso de especialização em Fisioterapia em Saúde da Mulher em instituições reconhecidas pelo MEC (Ministério da Educação).
	É uma área em crescimento, com uma grande demanda.
	O fisioterapeuta na saúde da mulher contribui para a geração de novos conhecimentos por meio de investigação científica. Neste contexto esse profissional está apto a assumir posição de liderança com compromisso, responsabilidade e gerenciamento efetivo e eficaz, levando em consideração as circunstâncias sócias, econômicas, culturais, éticas, ambientais de planejamento, organização e gestão de serviços de saúde públicos e privados, além de prestar serviços de assessorias, consultorias e auditorias no âmbito de sua competência profissional.
	O Fisioterapeuta especializado em saúde da mulher pode atuar em:
1.1 Núcleo de apoio da saúde da família – NASF:
· Proteção especifica com práticas integrativas e complementares no Sistema
· Único de Saúde.
· Orientação a grupos temáticos baseados nas terapias posturais e globais.
· Utilização de terapias manuais e manipulativas (Osteopatia e Quiropraxia), na implantação de atividades terapêuticas de proteção especifica não medicamentosa.
· Contribuição para ações de prevenção de DST’s. (Doenças Sexualmente Transmissíveis).
· Desenvolver ações para detectar sinais de hipertensão arterial sistêmica, diabete, tabagismos e alcoolismo.
1.2 Política de saúde da família – PSF:
· Contribuir em áreas da saúde da mulher, trabalhando com grupo de gestantes com orientações que irão prepara-las para o parto, além de desenvolver exercícios respiratórios, necessários para uma gestação sem risco.
· Atua também na saúde dotrabalho dando orientações sobre postura e investimento na reeducação postural.
1.3 Hospitais, clínicas e ambulatórios:
· Avaliar o estado funcional do cliente, a partir da identidade da patologia clínica intercorrente, de exames laboratoriais e de imagens, da anamnese funcional e exame da cinesia, funcionalidade e sinergismo das estruturas anatômicas envolvidas.
· Elaborar o diagnóstico cinesiológico funcional, planejar, organizar, supervisionar, prescrever e avaliar os projetos terapêuticos desenvolvidos nos clientes.
· Estabelecer rotinas para a assistência fisioterapêutica, fazendo sempre as adequações necessárias.
· Solicitar exames complementares para acompanhamento da evolução do quadro funcional do cliente, sempre que necessário e justificado.
· Recorrer a outros profissionais de saúde e/ou solicitar pareceres técnicos especializados, quando necessário.
· Reformular o programa terapêutico sempre que necessário
· Registrar no prontuário do cliente, as prescrições fisioterapêuticas, sua evolução, as intercorrências e as condições de alta da assistência fisioterapêutica.
· Integrar a equipe multiprofissional de saúde, sempre que necessário, com participação plena na atenção prestada ao cliente.
· Desenvolver estudos e pesquisas relacionados à sua área de atuação.
· Colaborar na formação e no aprimoramento de outros profissionais de saúde, orientando estágios e participando de programas de treinamento em serviço.
· Efetuar controle periódico da qualidade e da resolutividade do seu trabalho.
· Elaborar pareceres técnicos especializados sempre que solicitados.
1.4 Centros de recuperação Bio-Psico-Social (Reabilitação):
· Avaliar o estado funcional do cliente, através da elaboração do diagnóstico cinesiológico funcional a partir da identidade da patologia clínica intercorrente, de exames laboratoriais e de imagens, da anamnese funcional e do exame da cinesia, da funcionalidade e do sinergismo das estruturas anatômicas envolvidas.
· Desenvolver atividades, de forma harmônica na equipe multiprofissional de saúde.
· Zelar pela autonomia científica de cada um dos membros da equipe, não abdicando da independência científico-profissional e da isonomia nas suas relações profissionais.
· Participação plena na atenção de saúde prestada a cada cliente, na integração das ações multiprofissionalizadas, na sua resolutividade e na deliberação da alta do cliente.
· Participar das reuniões de estudos e discussões de casos, de forma ativa e contributiva aos objetivos pretendidos.
· Registrar no prontuário do cliente, todas as prescrições e ações nele desenvolvidas.
1.5 Saúde coletiva:
· Educação, prevenção e assistência fisioterapêutica coletiva, na atenção primária em saúde.
1.6 Programas institucionais:
· Participar de equipes multiprofissionais destinadas a planejar, implementar, controlar e executar políticas, programas, cursos, pesquisas ou eventos em Saúde Pública.
· Contribuir no planejamento, investigação e estudos epidemiológicos.
· Promover e participar de estudos e pesquisas relacionados à sua área de atuação.
· Integrar os órgãos colegiados de controle social.
· Participar de câmaras técnicas de padronização de procedimentos em saúde coletiva.
· Avaliar a qualidade, a eficácia e os riscos a saúde decorrentes de equipamentos eletroeletrônicos de uso em Fisioterapia.
1.7 Ações básicas de saúde:
· Participar de equipes multiprofissionais destinadas ao planejamento, à implementação, ao controle e a execução de projetos e programas de ações básicas de saúde.
· Promover e participar de estudos e pesquisas voltados à inserção de protocolos da sua área de atuação, nas ações básicas de saúde.
· Participar do planejamento e execução de treinamentos e reciclagens de recursos humanos em saúde.
· Participar de órgãos colegiados de controle social.
2 REGIME DE CONTRATAÇÃO
	2.1 Concurso Público: Mediante a realização de uma prova com questões objetivas de caráter eliminatório.
	2.2 CLT Efetivo: No regime CLT, os trabalhadores estão abrangidos pelas normas definidas na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho, que devem ser cumpridas pela empresa contratante). A CLT foi aprovada pelo Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943 e sancionada por Getúlio Vargas.
2.3 Benefícios:
	A contratação por CLT garante uma série de benefícios para o empregado, como vale-transporte, vale-refeição (opcional), férias remuneradas de 30 dias, 13º salário, aviso prévio, FGTS, seguro desemprego, licença saúde, licença maternidade, licença paternidade, entre outros benefícios.
2.4 Contribuições do empregado:
	O empregado é obrigado a pagar 6% do seu salário para receber o vale-transporte e também deve pagar alguns impostos como INSS e Imposto de Renda.
2.5 Jornada de trabalho:
	De acordo com a lei nº 8.856, de 1º de março de 1994. Fixa a jornada de trabalho dos profissionais Fisioterapeuta e Terapeuta Ocupacional sujeitos à prestação máxima de 30 horas semanais de trabalho.
2.6 Pessoa jurídica (Autônomo):
	Não tem vínculo com a empresa e presta serviços eventuais. O trabalhador (Pessoa Jurídica) tem a sua própria empresa, suporta os encargos trabalhistas e define os seus próprios horários de trabalho. Respeitando o Referencial Nacional de Honorários Fisioterapêuticos pelo Coffito.
3 COEFICIENTE DE HONORÁRIOS FISIOTERAPÊUTICOS
	Promovendo-se a atualização do valor fornecido pela Resolução COFFITO nº 428, de julho de 2013 até dezembro de 2015, encontra-se o valor do CHF para o ano de 2016, conforme indicado abaixo:
· Índice de correção
· IPC Saúde – acumulado (Julho de 2013 – Dezembro de 2015): 21,47%
· Valor atualizado: 1 CHF = R$ 0,47
Tabela 1 - Consulta fisioterapêutica.
Tabela 2 – Exames e testes funcionais.
Tabela 3 - Atendimento fisioterapêutico ambulatorial e hospitalar nas disfunções do sistema nervoso central e/ou periférico.
Tabela 4 - Atendimento fisioterapêutico ambulatorial e hospitalar nas disfunções do sistema locomotor (músculo- esquelético).
Tabela 5 – Atendimento fisioterapêutico ambulatorial e hospitalar nas disfunções do sistema respiratório.
	
Tabela 6 – Atendimento fisioterapêutico ambulatorial e hospitalar nas disfunções do sistema cardiovascular.
Tabela 7 – Atendimento fisioterapêutico ambulatorial nas disfunções do sistema tegumentar (queimaduras).
Tabela 8 – Atendimento fisioterapêutico ambulatorial e hospitalar nas disfunções do sistema linfático e/ou vascular.
Tabela 9 – Atendimento fisioterapêutico ambulatorial e hospitalar, preventivo e/ou terapêutico nas disfunções do sistema endócrino metabólico.
	
Tabela 10 – Atendimento fisioterapêutico ambulatorial do sistema genital, reprodutor e excretor (urinário e proctológico).
	
Tabela 11 – Atendimento fisioterapêutico ambulatorial e hospitalar no pré e pós-cirúrgico e em recuperação de tecidos.
Tabela 12 – Atendimento fisioterapêutico no paciente em hemodiálise.
Tabela 13 – Atendimento fisioterapêutico em unidades críticas.
Tabela 14 – Atendimento fisioterapêutico domiciliar.
Tabela 15 - Atendimento fisioterapêutico por meio de procedimentos, métodos ou técnicas manuais e/ou específicos.
Tabela 16 – Consultoria e assessoria geral em fisioterapia do trabalho.
Tabela 17 – Atendimento fisioterapêutico na atenção primária.
4 RECONHECIMENTO DA FISIOTERAPIA EM SAÚDE DA MULHER RESOLUÇÃO 372, DE 6 DE NOVEMBRO DE 2009
· 1. Reconhece a Saúde da Mulher como especialidade do profissional Fisioterapeuta e dá outras providências.
· 2. (DOU nº. 228, Seção 1, em 30/11/2009, página 101).
· 3. O Plenário do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, no uso das atribuições conferidas pelo art. 5º da Lei nº. 6316, de 17 de setembro de 1975, em sua 191ª Reunião Plenária Ordinária, realizada no dia 06 de novembro de 2009, em sua subsede, situada na Rua Napoleão de Barros, nº 471, Vila Clementino, São Paulo- SP.
· 4. Considerando o disposto no Decreto Lei 938 de 13 de outubro de 1969.
· 5. Considerando o inciso XII do artigo 5º da Lei nº. 6.316, de 17 de dezembro de 1975.
· 6. Considerando as alíneas a,b, c, d, e do inciso I e alíneas a, b, c, d, f do inciso II do artigo 3º da Resolução COFFITO nº 8, de 20 de fevereiro de 1978.
· 7. Considerando os artigos 1º, 2º, e 3º da Resolução COFFITO nº 80, de 9 de maio de 1987.
· 8. Considerando o inciso XXIII do artigo 8º da Resolução COFFITO nº 181, de 25 de novembro de 1997.
· 9. Considerando os artigos 3º e 4º da Resolução COFFITO nº 360, de 18 de dezembro de 2008.
· 10. Considerando os requerimentos efetuados durante a consulta pública realizada no mês de setembro de 2009 visando tratar da questão das especialidades em conformidade com a Resolução COFFITO nº 360, de 18 de dezembro de 2008; resolve:
· 11. Art. 1º - Reconhecer a Fisioterapia na Saúde da Mulher como especialidade própria e exclusiva do profissional Fisioterapeuta.
· 12. Art. 2º - Terá reconhecido o seu título de Especialista em Fisioterapia na Saúde da Mulher o profissional Fisioterapeuta que cumprir os critérios a serem estabelecidos em Resolução própria em conformidade com a Resolução COFFITO nº 360, de 18 de dezembro de 2008.
· 13. Art. 3º Fica Revogada a Resolução COFFITO nº 365/2009.
· 14. Art. 4º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
 
ABDO AUGUSTO ZEGHBI
Diretor-Secretário
 
ROBERTO MATTAR CEPEDA
Presidente do Conselho
5 OBSTETRÍCIA
	A fisioterapia em obstetrícia é uma especialidade de grande importância no atendimento de gestantes, já que este é um momento importante na vida da mulher. 	Nesta fase pode ser beneficiada com o atendimento durante a gestação, trabalho de parto e puerpério (pós-parto). Para tanto, tem como objetivo tratar algumas alterações comuns durante a gravidez ou prevenir qualquer disfunção inerente a esta condição, tranquilizar a gestante durante o trabalho de parto, diminuir a dor e reduzir o tempo de duração do mesmo, acelerar o retorno às condições não gestacionais e a atividades diárias, além de reabilitar as complicações apresentadas no puerpério. Este tratamento realizado em domicílio reduz o transtorno de locomoção e proporciona maior comodidade a gestante.
6 GESTAÇÃO
	A gestação é uma experiência única na vida da mulher. É um momento em que ocorrem muitas mudanças, tanto no seu corpo quanto em sua vida social. No entanto, estas alterações devem ser diferenciadas de distúrbios que podem ser detectados e tratados durante a gestação. Diante disso, o tratamento fisioterapêutico irá ajudar a minimizar as consequências destes distúrbios.
6.1 Fisioterapia na gestação:
	Durante a gestação são vividas mudanças de diversas ordens (biológicas, somáticas, psicológicas e sociais) representando uma experiência única e intensa na vida da mulher. Estas modificações fisiológicas devem ser suficientes para promover uma gestação saudável e normal à mãe e ao feto e devem ser diferenciadas entre achados normais e patológicos que necessitam ser diagnosticados e tratados durante a gravidez.
6.2 Como a fisioterapia pode ajudar?
	A fisioterapia vai atuar através de orientações sobre as modificações ocorridas durante a gestação, estimular a relação mãe-bebê, prevenir e diminuir complicações osteomusculares, principalmente, dor lombar, cervical e no punho, orientações posturais, treinamento de equilíbrio e força muscular, prevenir ou melhorar os sintomas urinários, como a incontinência urinária, prevenir problemas circulatórios, edemas e varizes, ajudar no controle de peso, pressão arterial e diabetes, treinamento de técnicas para o trabalho de parto, favorecer a amamentação, facilitar a recuperação do pós-parto e melhorar a autoestima. Para tanto a fisioterapia conta com os seguintes recursos: drenagem linfática manual, relaxamento, massagem, alongamento, fortalecimento, pompage, exercícios respiratórios, circulatórios, perineais e mobilização pélvica. O tratamento pode ser realizado em sua própria casa, proporcionando uma melhor qualidade de vida durante a gestação, reduzindo ou minimizando as consequências no pós-parto. 	Estudos relatam que a atividade física segura e com acompanhamento do profissional qualificado, garantem controle do peso corporal e melhora do condicionamento físico da gestante.
6.3 Número de sessões de fisioterapia:
	O número de sessões irá variar de acordo com o quadro da gestante, no entanto, estima-se que a gestante seja acompanhada durante toda a gestação e até mesmo no trabalho de parto e no pós-parto.
7 TRABALHO DE PARTO
	O trabalho de parto é um momento de muitas dúvidas e medos nas gestantes, mesmo nas mulheres que não são mães de primeira viagem. Muitos destes questionamentos vêm devido à falta de conhecimento sobre este período. Diante disso, a fisioterapia se torna uma aliada, pois além de levar informações, deixa o trabalho de parto mais tranquilo, podendo até diminuir o tempo de duração do mesmo.
7.1 Fisioterapia no trabalho de parto:
	O trabalho de parto é uma das etapas mais importantes na vida do ser humano. Determinar à hora correta de ir a maternidade é uma das principais dúvidas ao final da gestação.
7.2 De quantas semanas nasce o bebê?
	O trabalho de parto de um bebê a termo (normal) ocorre entre 37 e 42 semanas, que é o tempo necessário para o desenvolvimento do mesmo.
7.3 Como saber se está em trabalho de parto?
	A partir de certo tempo de gravidez, geralmente no 2º trimestre, a gestante começa a sentir as contrações uterinas, porém sem dor, mas pode está associada há algum desconforto. Estas são contrações indispensáveis para o crescimento do feto. Já no final da gestação, as contrações uterinas podem está associada a uma cólica (tipo menstrual). Este é um sinal de alerta para você observar se essas contrações estão acontecendo muitas ou poucas vezes. 	Portanto, quando apresentar de duas a três contrações uterinas a cada dez minutos, é hora de ir para o hospital, você está em trabalho de parto.
	Outro sinal de trabalho de parto é o rompimento da bolsa, que pode ser observado de duas maneiras: a saída do líquido amniótico em gotas que molham a calcinha ou escorrendo pela perna em grande quantidade.
	Se um desses casos acontecerem, está na hora de ir para a maternidade, pois está em trabalho de parto. 	Cuidado para não confundir o líquido amniótico com urina, basta cheirar a calcinha, pois o cheiro e a coloração são diferentes.
	O aviso que o trabalho de parto pode está bem próximo é a perda do tampão mucoso (semelhante a um pequeno sangramento), eliminado à medida que o colo se dilata. Este tampão mucoso pode sair até uma semana antes do trabalho de parto propriamente dito, porém você deve avisar o médico.
	É importante ressaltar que não é necessária a presença dos três sinais citados a cima para a gestante entrar em trabalho de parto, apenas um é o suficiente. Além disso, os sinais variam de acordo com cada mulher e diferem a cada gestação.
7.4 Como a fisioterapia pode ajudar?
	No momento do trabalho de parto, a fisioterapia realiza-se um trabalho importante, a fim de torná-lo mais tranquilo, pois visa o alívio da dor, diminuição da fadiga e redução do tempo de duração do trabalho de parto. Atua auxiliando na deambulação, alteração de decúbito, massagem e exercícios de mobilização pélvica, o atendimento fisioterapêutico no trabalho de parto promove a redução do número de cesáreas, e os exercícios diminuem a dor e a duração do trabalho de parto de 11 para 5 horas.
7.5 Atendimento personalizado no trabalho de parto:
	Caso o hospital não tenha um fisioterapeuta para auxiliar as gestantes no trabalho de parto é necessário à autorização do mesmo e da equipe médica para que a profissional fisioterapeuta de sua confiança faça parte desse momento tão especial em sua vida. Sendo o acompanhamento durante todo o período do trabalho de parto. Além disso, você pode solicitar no conforto de sua casa uma palestra sobre trabalho de parto e amamentação.
7.6 Pós Parto:
	O período logo após o parto chama-se Puerpério, também conhecido como pós-parto ou resguardo. Dura em torno de 6 a 8 semanas e só termina com o retorno das menstruações.
	Em nenhuma outra fase da vida modificações físicas tão grandes acontecem em tãocurto espaço de tempo. Todos os órgãos, principalmente os genitais, se recuperam das alterações ocorridas ao longo da gravidez e do parto e nessa fase se inicia a lactação. Além disso, ocorrem importantes modificações psicológicas.
7.7 Fisioterapia no pós-parto:
	A fisioterapia irá ajudá-la a manter o seu corpo mais saudável, retornar as suas atividades do dia-a-dia, facilitando o seu deslocamento e permitindo maior interação com o seu bebê no lar. Este atendimento pode ser realizado em sua casa.
7.8 Como a fisioterapia pode ajudar?
	O atendimento fisioterapêutico no puerpério é de suma importância, pois objetiva acelerar o processo de retorno às condições não gestacionais, orientar as puérperas quanto a manter o seu corpo saudável, auxiliar ao retorno às atividades do dia-a-dia e a tratar as possíveis patologias apresentadas, melhorando a qualidade de vida dessas mamães. É dividido em duas etapas:
	7.8.1 Puerpério imediato: Reeducação da função respiratória, estimulação do sistema circulatório para diminuir o edema nos membros inferiores, restabelecer a função intestinal, reeducação dos músculos abdominais e da musculatura de assoalho pélvico (localizado na região inferior da pelve), promover redução da dor no local da incisão perineal ou cesárea, além de orientações gerais em relação aos cuidados com as mamas e quanto às posturas assumidas durante os cuidados com o bebê.
	7.8.2 Puerpério tardio (45 dias após o parto): Reduzir a dor perineal ou vaginal, dispareunia (dor na relação sexual), lombalgia, incontinência urinária, alterações posturais, fortalecer os membros superiores com intuito de prevenir lesões em longo prazo, devido o ganho de peso do bebê, além de trabalhar os exercícios aeróbicos para redução de peso e melhora do condicionamento físico.
7.9 Número de sessões de fisioterapia:
	O número de sessões irá variar de acordo com o quadro da gestante, no entanto, estima-se que seja acompanhada durante toda a gestação.
8 GINECOLOGIA
	A fisioterapia em ginecologia é uma grande aliada nos tratamentos de disfunção sexual feminina, dor pélvica crônica, endometriose e nas alterações e complicações do climatério. Assim, esses pacientes necessitam de uma abordagem integral objetivando a prevenção, a recuperação ou a minimização dos sinais e sintomas apresentados. Durante o atendimento fisioterapêutico a domicílio, a paciente sente-se mais familiarizada com o ambiente, facilitando a interação paciente-terapeuta e a indicação personalizada de exercícios a ser realizado, o que proporciona melhor resposta ao tratamento.
8.1 Endometriose:
	A endometriose é uma doença enigmática, muitas vezes silenciosa e de diagnóstico tardio, podendo levar a infertilidade e à dor pélvica crônica. Geralmente está associada à dor, no entanto, há mulheres que são assintomáticas. Visando a melhora da qualidade de vida das mulheres e das dificuldades apresentadas, a fisioterapia é uma alternativa prática para o tratamento dos sinais e sintomas apresentados.
	A endometriose é uma doença bastante debilitante com consequências graves na vida das mulheres. É considerada uma doença da mulher moderna, atingindo cerca de 10-15% das mulheres entre 20 e 40 anos e de 5 a 15% em idade reprodutiva.
8.2 O que é endometriose?
	A endometriose é a implantação de células do endométrio (camada interna do útero) fora do útero, ou seja, em qualquer lugar do corpo. Estas células são responsáveis pela descamação uterina durante a menstruação pela ação hormonal. 	Quando esse foco endometrial se instala em uma região que não deveria e descama durante a menstruação, promove um processo inflamatório, consequentemente, dor. Entretanto, há mulheres que não apresentam quaisquer dores, outras apresentam dificuldades para engravidar (40 a 50%), se o foco estiver no ovário ou impedir a passagem pela tuba uterina.
8.3 Sinais e sintomas da endometriose:
	Dor muito forte durante a menstruação aumentando a cada ciclo menstrual, dor pélvica crônica que piora na fase pré-menstrual e menstrual e incapacidade funcional (de realizar as atividades do dia-a-dia) devido dor intensa levando a queda da qualidade de vida. Com o agravamento do quadro as dores podem se tornar acíclicas, ou seja, fora do ciclo menstrual, além de dispareunia profunda (dor na relação sexual no fundo da vagina).
8.4 Causa da endometriose:
	A causa da endometriose ainda é desconhecida e baseada em teorias.
8.5 Como a fisioterapia pode ajudar na endometriose:
	A abordagem da paciente com endometriose deve ser integral e realizada, preferencialmente, por uma equipe multidisciplinar. Dentro desta equipe encontra-se o fisioterapeuta com o objetivo de minimizar a dor através da elevação da liberação de endorfinas com exercícios direcionados, relaxar a musculatura da pelve, trabalhar posturas antálgicas (postura adotada com o intuito de reduzir a dor), ajudar a lidar com a dor, desfazer o ciclo “tensão-dor-tensão”, prevenir incapacidades e restaurar as funções desejadas pela paciente.
	Para tanto, podem ser utilizados os seguintes recursos: eletroterapia, cinesioterapia, massagem, terapia manual, terapias posturais, crioterapia e termoterapia. A fisioterapia não tem poder curativo no tratamento da endometriose, no entanto, pode minimizar os sinais e sintomas apresentados, melhorando sua qualidade de vida. O atendimento pode ser realizado em domicílio.
8.6 Número de sessões de fisioterapia:
	O número de sessões de fisioterapia não pode ser determinado previamente, será de acordo com a resposta da paciente ao tratamento.
8.7 Dor pélvica crônica:
	A dor pélvica crônica é uma doença suficientemente intensa para interferir nas atividades habituais, com impacto direto na vida conjugal, social e profissional, sendo considerado um sério problema de saúde pública. Com isso, a abordagem destes pacientes deve ser, preferencialmente, por uma equipe multidisciplinar. Deste modo, a fisioterapia tem como principal objetivo minimizar a dor e os demais sinais e sintomas apresentados. Esta pode ser realizada em seu domicílio.
	A dor pélvica crônica é considerada um problema de saúde pública, responsável por 10% das consultas ginecológicas. Apesar de sua incidência e prevalência ser desconhecida, estima-se que seja semelhante à asma e a lombalgia. 	É uma doença de difícil entendimento por envolver múltiplos fatores, a começar pelos vários órgãos pélvicos que se encontram muito próximos uns dos outros, fazendo com que a identificação correta da origem da dor seja difícil.
8.8 O que é dor pélvica crônica?
	Dor na região da pelve, com duração de seis meses ou mais e que, embora investigada, não apresenta causa ou explicação definida.
8.9 Causas da dor pélvica crônica:
	As causas são dificilmente estabelecidas, já que existem várias causas para dor pélvica crônica. Além disso, há uma variabilidade de intensidade, localização e uma elevada porcentagem de dor sem fator causal.
8.10 Como a fisioterapia pode ajudar na dor pélvica crônica?
	A fisioterapia pode atuar com estimulação elétrica transcutânea (produzir efeitos neuromoduladores nas síndromes vesicais, vaginais e uretrais, utilizando como estruturas alvos as fibras aferentes mielinizadas, com ação de ativar circuitos inibitórios segmentares). Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva FNP (indicada para assistir o alongamento do músculo do assoalho pélvico encurtado através da inibição nervosa, o que melhora a propriocepção do paciente para realizar o alongamento ativo da musculatura).
8.11 Número de sessões de fisioterapia:
	O número de sessões de fisioterapia não pode ser determinado previamente, será de acordo com a resposta da paciente ao tratamento.
8.12 Tratamento na disfunção sexual feminina:
	As disfunções sexuais caracterizam-se por falta, excesso, desconforto e/ou dor na expressão e no desenvolvimento de uma ou mais fases da resposta sexual feminina (desejo, excitação, orgasmo e resolução). Este fenômeno é bastante frequente, no entanto, pouco estudado. O tratamento fisioterapêutico é utilizado como uma técnica auxiliar para estas disfunções,já que apresenta bons resultados e resposta rápida.
	A sexualidade é um processo longo e muitas vezes complexa. A relação sexual bem sucedida depende de uma sequência complexa de ocorrências hormonais e fisiológicas altamente vulneráveis aos efeitos de excitações emocionais, tanto intensas quanto crônicas. Sendo assim, alterações em suas funções podem, potencialmente, gerar descompassos na resposta sexual levando a disfunção sexual feminina. Interferindo tanto na qualidade de vida das mulheres quanto no relacionamento com os seus parceiros. A disfunção sexual feminina apesar de ser um fenômeno frequente, ainda é pouco estudada.
8.13 O que é disfunção sexual feminina?
	Define-se disfunção sexual feminina como o comprometimento do desejo e da excitação sexual, do orgasmo e/ou dor sexual que provoquem desconforto sexual significativo.
8.14 Quais são os tipos de disfunção sexual feminina?
· Desejo sexual hipoativo: é a mais frequente das disfunções sexuais femininas, consiste na diminuição ou ausência de interesses e fantasias sexuais. 	Não existe nenhuma motivação para que o ato sexual aconteça.
· Disfunção de excitação: Redução ou ausência da excitação (sentimentos relacionados à excitação sexual, à sensação de prazer) e de lubrificação vaginal frente a qualquer tipo de estímulo.
· Disfunção do orgasmo (anorgasmia): Diminuição de intensidade do orgasmo ou ausência do mesmo na vigência de um estímulo adequado.
· Dispareunia: Dor no intercurso sexual, ou seja, durante a penetração.
· Vaginismo: Caracterizado por um espasmo involuntário da musculatura vaginal impedindo total ou parcialmente a penetração.
8.15 Causas da disfunção sexual feminina:
	As causas são multifatoriais, envolvendo aspectos físicos, psicológicos, sociais ou até mesmo de causa desconhecida.
8.16 Como a fisioterapia pode ajudar na disfunção sexual feminina?
	A fisioterapia pode ser utilizada como uma técnica auxiliar no tratamento das disfunções sexuais femininas, já que apresenta bons resultados e resposta rápida. 	Atua no treinamento da musculatura do assoalho pélvico (localizado na região inferior da pelve), através de exercícios em várias posturas, associado à conscientização e propriocepção destes músculos, com o intuito de promover aumento da força, melhora do fluxo sanguíneo local, aumento da mobilidade pélvica e da sensibilidade clitoriana, potencializando, assim, a excitação, a lubrificação vaginal e o orgasmo, ou seja, a resposta do ciclo sexual. Portanto, isso sugere o potencial da abordagem fisioterapêutica como coadjuvante no tratamento das disfunções sexuais em geral. E o atendimento deve ser com total sigilo e respeito ao paciente, para evitar constrangimentos que este assunto traz. O tratamento pode ser realizado em casa.
8.17 Número de sessões de fisioterapia:
	O número de sessões pode variar de acordo com cada paciente, no entanto, estudos mostram que normalmente necessitam de dez sessões de fisioterapia.
8.18 Fisioterapia no climatério (Menopausa):
	Durante o climatério a mulher passa por diversos eventos causados pela diminuição hormonal. Esta redução pode causar diversas alterações no organismo, e deve haver um acompanhamento médico para que tudo seja bem controlado. A fisioterapia pode atuar tanto na prevenção quanto no tratamento dessas manifestações. O atendimento pode ser realizado em sua casa.
	As manifestações físicas e emocionais do climatério apresentam-se com frequência e intensidades variáveis. Estas manifestações, às vezes começam na pré-menopausa, com irregularidades dos ciclos menstruais e vai até a pós-menopausa. Ocorrem devido alterações na produção hormonal levando a mulher a sentir transformações em seu corpo e em seu comportamento. Esta queda hormonal, principalmente estrogênica, pode trazer complicações como a acentuada perda óssea após a menopausa.
8.19 O que é climatério?
	Segundo a Organização Mundial de Saúde o climatério é a “fase da evolução biológica da mulher em que ocorre o processo de transição entre o período reprodutivo e o não reprodutivo.” Dentro deste período ocorre a menopausa, em torno de 50 anos de idade. A menopausa é um processo natural que está presente na vida das mulheres e não deve ser considerada como a porta de entrada para a velhice, mas sim o inicio de uma vida repleta de novos interesses e perspectivas.
8.20 Sinais e sintomas do climatério:
	O climatério nem sempre é sintomático, e quando os sinais e sintomas estão presentes constituem-se a síndrome climatérica, que compreende de irregularidades menstruais, ondas de calor, sudorese, calafrios, palpitações, dores de cabeça, tonturas, insônia, perda de memória, fadiga, redução e flacidez da mama, perda da elasticidade da pele, fraqueza muscular, ganho de peso, dispareunia (dor durante a penetração), incontinência urinária, aumento do risco de doenças cardiovasculares, diminuição da massa óssea (osteopenia e/ou osteoporose), insegurança determinada pelas alterações físicas, medo de envelhecer, entre outros.
8.21 Tratamento do climatério:
· Educação e informação sobre o significado do climatério.
· Terapia de reposição hormonal e fitoterápicos.
· Terapia não hormonal (atividade física e fisioterapia).
	As alterações decorrentes do climatério não são necessariamente melhores tratadas por medicamento ou cirurgia, mas por medidas preventivas ou mais apropriadamente por ações que permitam o adiamento de instalação da doença.
8.22 Como a fisioterapia pode ajudar no climatério?
	A fisioterapia tem um papel importante tanto na prevenção quanto na reabilitação das alterações decorrentes do climatério objetivando a melhora da qualidade de vida. Desta forma o programa fisioterápico compreende: exercícios realizados continuamente de alongamento, fortalecimento muscular (com carga) e aeróbico, treino de equilíbrio, treinamento da musculatura do assoalho pélvico (localizado na região inferior da pelve) para prevenção ou melhora da incontinência urinária, recuperação da função sexual, melhora da conscientização corporal e postural. Além disso, o incentivo na realização da atividade física, pois ela produz vários efeitos psicológicos benéficos como o bem-estar físico e mental.
	É importante ressaltar que os exercícios devem ser orientados por profissionais especializados, pois irão variar de acordo com a idade, severidade da condição patológica (ex. osteoporose), doenças associadas e a funcionalidade da paciente.
8.23 Número de sessões de fisioterapia:
	O número de sessões não pode ser determinado previamente, será de acordo com a resposta e o comprometimento da paciente ao tratamento.
9 UROLOGIA
9.1 Fisioterapia na incontinência urinária feminina:
	Os músculos do assoalho pélvico auxiliados por fáscias e ligamentos são uma espécie de uma “cama elástica” localizada na região inferior da pelve, responsável por sustentar os órgãos pélvicos, principalmente, o útero a bexiga e o reto.
	O mau funcionamento desses músculos pode levar a sintomas do trato urinário baixo como: incontinência urinária (perda de urina), urgência (vontade incontrolável de ir ao banheiro), frequência (vai muitas vezes ao banheiro – normal de 6 a 8 vezes por dia), fluxo baixo ou intermitente (urina pouco ou de forma inconstante) e sensação de esvaziamento incompleto (sensação que ficou urina na uretra após urinar), sintomas intestinais, disfunção sexual, dor e prolapsos.
9.2 O que é incontinência urinária?
	A incontinência urinária consiste na perda involuntária de urina (ICS), sendo mais comum entre mulheres de idade mais avançada, o que não quer dizer que não possa ocorrer em homens e mulheres jovens. Essa condição provoca grande impacto na qualidade de vida desses pacientes, muitas vezes, os privando de sua vida social e de suas atividades do dia-a-dia.
9.3 Sinais e sintomas:
	Perder urina, urinar na calcinha e/ou na cama ao dormir, correr para ir ao banheiro, correr para ir ao banheiro e urinar na roupa, levantar muitas vezes à noite para urinar, perder urina aos esforços como tossir, espirrar, rir, correr, ao mudar de posição, na relação sexual,perder urinar quando estiver ansiosa, nervosa e/ou estressada e ao manipular água.
9.4 Fatores de risco:
	Obesidade, gestação, partos, menopausa, envelhecimento, tabagismo, cirurgias prévias, traumas, infecção urinária de repetição, profissão, depressão, efeitos de drogas/medicamentos e condições associadas como diabetes, DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica), alergia e constipação.
9.5 Tratamento para incontinência urinária:
	Alguns dos tratamentos utilizados para o tratamento de incontinência urinária incluem a fisioterapia, tratamentos medicamentosos e cirurgias. Dentre estes, destaca-se a Fisioterapia, que é atualmente considerado o tratamento de 1ª linha para essa condição, já que diminui as possíveis complicações associadas às cirurgias e pode promover a cura.
9.6 Como a fisioterapia pode ajudar?
	A fisioterapia vai trabalhar a debilidade do assoalho pélvico através do fortalecimento desta musculatura a partir de exercícios (cinesioterapia) realizados ativamente pelo paciente e/ou associado com alguns recursos de acordo com a necessidade de cada um com o objetivo de reestabelecer o equilíbrio da pelve, manter o suporte dos órgãos pélvicos, principalmente bexiga, útero e reto, favorecer a pressão de fechamento da uretra, ativar a circulação local e contribuir na atividade sexual.
	Diante disso, é perceptível que a intervenção do fisioterapeuta especializado na área de urologia pode auxiliar no tratamento dos pacientes incontinentes, evitando que tratamentos mais radicais sejam realizados, além de melhorar significantemente a qualidade de vida dessas pessoas. Para tanto, o paciente tem a opção de ser atendido no conforto do seu lar.
9.7 Número de sessões de fisioterapia:
	O número de sessões pode variar de acordo com cada paciente, no entanto, estudos mostram que normalmente leva de oito a quatorze sessões, já havendo percepção de melhora por parte dos pacientes por volta da sexta sessão.
10 COLOPROCTOLOGIA
	A fisioterapia em coloproctologia atua nos distúrbios de incontinência fecal e constipação. Estas disfunções alteram a qualidade de vida dos pacientes, chegando a reduzir o seu convívio social. Assim, o tratamento fisioterapêutico objetiva a melhorar destes quadros através de orientações, exercícios, massagem e consciência corporal.
	Esta recuperação realizada em domicílio, em ambiente mais aconchegante, fortifica a interação paciente-terapeuta, diminui os transtornos de locomoção e facilita a indicação de exercícios relacionados às atividades diárias realizadas.
10.1 Fisioterapia na incontinência fecal feminina:
	A incontinência fecal compromete a qualidade de vida e se manifesta mais nas mulheres do que os homens. Esta condição gera situações embaraçosas em público e na vida do paciente. Sendo assim, a fisioterapia visa melhorar o quadro e, consequentemente, a qualidade de vida. O atendimento pode ser realizado em seu lar.
	A incontinência fecal pode ser causa de grande desconforto, constrangimento e perda da autoconfiança, interferindo negativamente na qualidade de vida, com alterações emocionais que os levam a perda de seu potencial de desenvolvimento físico e mental, e ao isolamento familiar e social. Há muita dificuldade para o paciente expressar seus sintomas e, com frequência, afastam-se do convívio social e do relacionamento com o parceiro. Atinge aproximadamente 15% das mulheres acima de 50 anos, mais de 3% das mulheres que tiveram partos vaginais (temporária ou permanente) e 5% da população em geral. Esses números se elevam com o aumento da idade (acima de 65 anos). Além disso, 51% dos pacientes com diarreia crônica têm incontinência fecal, no entanto apenas a metade desses pacientes queixa-se do problema.
10.2 O que é incontinência fecal?
	Incontinência fecal é a perda involuntária de matérias sólidas, líquidas e /ou gasosas.
10.3 Fatores de risco da incontinência fecal:
	Os fatores de risco para a incontinência fecal feminina são: Tabagismo, índice de massa corporal elevado, diarreia, síndrome do intestino irritável, colecistectomia (retirada cirúrgica da vesícula biliar), retocele (prolapso do reto) e incontinência urinária com urgência.
10.4 Como a fisioterapia pode ajudar na incontinência fecal?
	A fisioterapia na incontinência fecal irá atuar através do fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico (localizada na região inferior da pelve) através de exercícios realizados ativamente pelo paciente e/ou associado com alguns recursos de acordo com a necessidade de cada um, ainda associado a orientações sobre a reeducação evacuatória, ingesta adequada, terapia comportamental e consciência corporal. No entanto, para determinar o tratamento adequado necessita ser identificado onde está o problema, se é na percepção das fezes, no armazenamento delas ou na sua evacuação. Assim, o tratamento fisioterapêutico será mais eficaz, melhorando os sinais e sintomas apresentados e a qualidade de vida.
10.5 Número de sessões de fisioterapia:
	O número de sessões de fisioterapia pode variar de acordo com a identificação de onde está o problema e a resposta ao tratamento.
10.6 Constipação:
	A constipação é uma condição comum entre as mulheres, principalmente naquelas com inatividade física diária, pouca renda, educação de qualidade inferior, baixo consumo de líquidos associado a alimentos ricos em fibras. Esta é considerada um problema relevante em saúde pública, sendo necessária uma avaliação cuidadosa. A fisioterapia objetiva a melhora da qualidade de vida da paciente melhorando o quadro evacuatório. O atendimento pode ser realizado em seu lar.
	Em condições normais o intestino funciona sempre no mesmo horário, como por exemplo, após uma das refeições principais (café da manhã ou almoço), quando os movimentos intestinais são ativados pelo reflexo do estômago ao receber os alimentos. Mas, embora o ideal seja evacuar ao menos uma vez por dia, é considerado normal evacuar até três vezes por semana, no mínimo. Menos do que isso já caracteriza a constipação. Esta é mais prevalente entre mulheres, embora a real prevalência seja difícil de ser estimada, devido à dificuldade em se definir exatamente o que seja constipação, sendo os seus sintomas extremamente comuns.
10.7 O que é constipação?
	Para a paciente ser considerada constipada, deve apresentar dois ou mais dos seguintes critérios: Fazer força para evacuar, fezes endurecidas e pequenas, sensação de evacuação incompleta, sensação de obstrução ou bloqueio, manobras manuais para facilitar a evacuação como com os dedos e apresentar menos de três evacuações por semana.
10.8 Fatores relacionados à constipação:
· Ingestão inadequada de fibras e líquidos.
· Alteração dos hábitos alimentares e uso excessivo de laxantes.
· Mobilidade prolongada ou sedentarismo.
· Fatores ambientais: falta de privacidade.
· Medicamentos.
· Doenças neurológicas, psiquiátricas, proctológicas, endócrinas e metabólicas.
10.9 Como a fisioterapia pode ajudar na constipação?
	A fisioterapia irá atuar na reeducação evacuatória, através de orientações quanto à ingestão de fibras e líquidos, privacidade, posicionamento adequado, programação da rotina para o reflexo peristáltico (movimentos involuntário do intestino e que permite a passagem dos alimentos ao longo do percurso do sistema digestivo até serem expelidos), massagem intestinal e exercícios. Com isso, irá diminuir o aumento crônico da pressão intra-abdominal, prevenir ou minimizar os distúrbios urinários (ex. incontinência urinária), consequentemente, melhorar a qualidade de vida da paciente.
10.10 Número de sessões de fisioterapia:
	O número de sessões pode variar de acordo com cada paciente, no entanto, normalmente necessitam de 10 sessões de fisioterapia.
11 ONCOLOGIA E CUIDADOS PALIATIVOS
	A fisioterapia em oncologia é uma área importante no tratamento de pacientes com câncer de mama, câncer ginecológico e cuidados paliativos. Oferece acompanhamento às diversas alterações que podem ocorrer, devido à invasão tumoral, cirurgia, quimioterapia e radioterapia, além de atuar nos comprometimentos quese possa apresentar. Atualmente o tratamento oncológico visa à melhora da qualidade de vida, incluindo a recuperação físico-funcional, para que os pacientes retornem as atividades diárias assim que possível. O tratamento fisioterapêutico é indicado no pré e no pós-operatório imediato e nas complicações tardias. Este realizado em seu domicílio é mais confortável, além de reduzir os transtornos de locomoção.
11.1 Fisioterapia nos cuidados paliativos:
	Os cuidados paliativos consistem na abordagem para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e seus familiares, no enfrentamento de doenças que oferecem risco de vida, através da prevenção e alívio do sofrimento. A fisioterapia atua no alívio da dor, além de outros sinais e sintomas objetivando o conforto do paciente.
	Aprender a lidar com as perdas num contexto de uma doença crônica como o câncer é um desafio que poucos se propõem a discutir, e muito menos a enfrentar. 	Ajudar indivíduos com doenças avançadas e potencialmente fatais (doenças terminais) e seus familiares em um dos momentos mais cruciais de suas vidas é uma atividade ou um modelo de atenção à saúde que vem sendo denominado como “cuidados paliativos”.
11.2 O que são cuidados paliativos?
	Os cuidados paliativos são um conjunto de cuidados ativos e totais que visa melhorar a qualidade de vida de pacientes e seus familiares frente a uma enfermidade que não responde a terapêuticas curativas que permitem prolongar a vida. Tornam-se importante o controle da dor e de outros sintomas, como também os problemas psicológicos, espirituais e sociais. Iniciam-se desde o diagnóstico da doença incurável até os momentos finais da vida e do período de luto.
11.3 Como a fisioterapia pode ajudar?
	A fisioterapia tem um importante papel na área de cuidados paliativos, onde abrange àqueles pacientes que não possuem mais possibilidade de cura, e tem por objetivo alívio de dor e outros sintomas de acordo com a necessidade diária, promovendo sua independência funcional, objetivando a melhora na qualidade de vida, sendo possível utilizar recursos como: alongamentos, cinesioterapia, eletroterapia, relaxamento, drenagem linfática manual, exercícios respiratórios e terapia manual. É importante ressaltar que a realização deste trabalho no ambiente familiar, torna o tratamento fisioterapêutico mais confortável, além de evitar os inconvenientes que deslocamentos podem causar.
11.4 Número de sessões de fisioterapia:
	O número de sessões não pode ser determinado previamente, será de acordo com a necessidade do paciente.
11.5 Fisioterapia no câncer ginecológico:
	A fisioterapia tem como objetivo fazer com que a paciente retorne as atividades do dia a dia o mais rápido possível em melhores condições, restabelecendo a recuperação físico-funcional.
 
11.6 Câncer ginecológico:
	O câncer ginecológico está entre os primeiros no Brasil e no mundo e é considerando as primeiras causas de morte entre as mulheres, sendo o de colo de útero o mais comum. Geralmente a cirurgia é tratamento de escolha, podendo ser associado à radioterapia e a quimioterapia.
11.7 O que é o câncer?
	Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado (maligno), ou seja, que acarretam em um crescimento exagerado, que foge parcial ou totalmente ao controle do organismo. 	Estas células reduzem ou perdem a capacidade de se diferenciar, em consequências de mudanças nos genes que regulam o crescimento e a diferenciação celular, promovendo efeitos agressivos sobre o corpo. Estas células podem invadir tecidos e órgãos, podendo espalhar-se (metástase) para outras regiões do corpo. Neste caso, este crescimento desordenado ocorre inicialmente na região pélvica.
11.8 Quais são os tipos de cânceres ginecológicos?
	Câncer de colo de útero, de ovário, endométrio, vagina e vulva.
11.9 Sinais e sintomas do câncer ginecológico:
· Assintomático.
· Corrimento.
· Sangramento espontâneo.
· Sangramento durante a relação sexual (sinusorragia).
· Sintomas vesicais e renais.
11.10 Câncer de ovário:
· Assintomático.
· Dor abdominal.
· Aumento do volume do abdome.
· Alterações ou desconforto dos hábitos intestinais ou urinários.
· Irregularidade menstrual.
· Sintomas pélvicos inespecíficos.
11.11 Câncer de endométrio:
· Sangramento uterino.
· Dor abaixo do umbigo.
· Irregularidade menstrual.
· Distúrbio da função intestinal.
· Falta de apetite.
· Emagrecimento.
11.12 Câncer de vagina:
· Assintomático.
· Sangramento não relacionado com a menstruação.
· Corrimento.
· Dor durante a relação sexual.
· Dor na região pélvica.
· Nódulo na vagina.
11.13 Câncer de vulva:
· Coceira intensa na vulva (prurido vulvar).
· Dor vulvar intensa.
· Corrimento.
· Sangramento.
· Edema vulvar.
· Feridas/lesões.
11.14 Fatores de risco para o câncer ginecológico:
· Câncer de colo de útero: Presença do Papiloma vírus (HPV), início da atividade sexual precoce (antes dos 16 anos), ter tido muitos partos, ter muitos parceiros sexuais, tabagismo (ativo ou passivo), infecções no colo de útero (ex: AIDS).
· Câncer de ovário: 90% são de causa desconhecida, os outros fatores são: história familiar de câncer de ovário, fatores ambientais e hormonais, sendo o fator familiar o mais relevante para o aparecimento deste câncer.
· Câncer de endométrio: Obesidade, hipertensão e diabetes.
· Câncer de vagina: Exposição ao Papiloma vírus e a radiação prévia.
· Câncer de vulva: Distrofia vulvar crônica, diabetes e hipertensão em idade avançada, doenças sexualmente transmissíveis (DST), radioterapia vulvar e pélvica e discromia vulvar (perda da consistência e alteração da coloração da vulva para esbranquiçada).
11.15 Tratamento para o câncer ginecológico:
	O tratamento para os cânceres ginecológicos requer de procedimentos como cirurgia, radioterapia e quimioterapia, entre outros, e pode trazer como consequências complicações imediatas e/ou tardias para as pacientes. Tais complicações, muitas vezes reversíveis ou não, podem acarretar diminuição de movimento, alta probabilidade de aparecimento de linfedemas (acúmulo do fluido linfático no tecido intersticial, o que causa edema, mais frequente em braços e pernas, quando os vasos linfáticos estão prejudicados) e consequente dificuldades em realizar as atividades do dia-a-dia, entre outras. Complicações estas que podem influenciar no aspecto estético, emocional e socioeconômico da paciente.
11.16 Complicações do pós-operatório do câncer ginecológico:
	As complicações no pós-operatório dos cânceres ginecológicos são: hemorragias intra-operatórias, infecção da incisão cirúrgica, dor, trombose venosa profunda (TVP), linfedema de membros inferiores, obstrução intestinal, disfunções urinárias e pélvicas (incontinência urinária, dor pélvica crônica, entre outras), estenose (estreitamento anormal) vaginal e uretral, dispareunia (dor durante a penetração), entre outras.
11.17 Como a fisioterapia pode ajudar?
	A fisioterapia vai atuar no pós-operatório imediato objetivando o retorno as atividades do dia-a-dia o mais rápido possível através da reeducação da função respiratória, estimulação do sistema circulatório para diminuir o edema nos membros inferiores, restabelecer a função intestinal, reeducação dos músculos abdominais, promover redução da dor no local da cirurgia, além de orientações gerais em relação aos membros inferiores. Já no pós-operatório tardio a fisioterapia atua em cima das complicações apresentadas como dor, linfedema de membros inferiores, disfunções urinárias e pélvicas, estenose vaginal e uretral, dispareunia e etc. Para tanto, conta com os seguintes recursos: complexo descongestivo fisioterápico (drenagem linfática manual, enfaixamento compressivo, hidratação do membro, orientação de cuidados com a pele e meia compressiva), exercício, alongamento, relaxamento e terapia manual, massagem perineal, termoterapia e/ou crioterapia. O atendimento pode ser realizado em domicílio.
11.18 Número de sessões de fisioterapia:
	O número de sessões irá variar de acordo com cada paciente, mas geralmente, no pós-operatórioimediato são necessárias seis sessões de fisioterapia, no entanto se houver a presença de complicações como o linfedema, entre outras, o número será determinado de acordo com a resposta ao tratamento.
 
11.19 Fisioterapia no câncer de mama:
	O câncer de mama é uma doença tratável e se descoberto precocemente é a chave para maior chance de sobrevida. O tratamento fisioterápico surge dentro da equipe multidisciplinar, para que esses pacientes sejam melhores assistidos atuando na recuperação físico-funcional, visando à prevenção e/ou tratamento das complicações, caso estas se instale. O atendimento pode ser realizado em seu domicílio.
	Durante os últimos anos, a incidência de câncer de mama tem aumentado de forma significativa, sendo o 2º tipo de câncer mais frequente no mundo e o 1º entre as mulheres. No Brasil, a elevação da incidência de câncer de mama tem sido acompanhada pelo aumento da mortalidade, o que pode ser atribuído, principalmente, a um atraso no diagnóstico e na instituição da terapêutica adequada. 	A doença tem impacto psicológico importante desde o momento do diagnóstico até o tratamento e expectativa de vida, assim sua abordagem deve ser ampla, integrada e atualizada.
11.20 Sinais e sintomas do câncer de mama:
	Os sintomas do câncer de mama palpável são o nódulo (caroço) ou tumor no seio, acompanhado ou não de dor na mama, este pode crescer lento ou rapidamente. Podem surgir alterações na pele que recobre a mama, como elevação ou retrações, mudança de cor ou um aspecto semelhante à casca de uma laranja, secreções no bico do seio, além de nódulos palpáveis na axila.
11.21 Fatores de risco para o câncer de mama:
· História familiar: Principalmente se mãe ou irmã (parentesco de 1º grau)
tiveram câncer de mama antes dos 50 anos de idade.
· Quanto maior a idade, maior o risco.
· Menarca precoce (idade da primeira menstruação).
· Menopausa tardia (após os 50 anos de idade).
· A primeira gravidez após os 30 anos.
· Não ter filhos.
· Não amamentar.
· Uso em longa duração de Terapia de Reposição Hormonal (TRH), principalmente estrógeno e progesterona associados.
· Uso de contraceptivos orais com dosagens elevadas de estrógeno, em longo prazo e que usaram este medicamento em idade precoce, antes da primeira gravidez (fato controverso).
· Ingestão regular de álcool mesmo em quantidade moderada.
· Exposição a radiações ionizantes em idade inferior a 35 anos.
· Obesidade.
11.22 Detecção precoce do câncer de mama:
· Exame clínico das mamas: realizado pelo médico que pode detectar o tumor de até 1 cm, se superficial.
· Mamografia: Capaz de mostrar lesões em fase inicial muito pequena (milímetros).
· Autoexame das mamas: O exame das mamas pela própria mulher deve fazer parte das ações de educação para a saúde que contemplem o conhecimento do próprio corpo e não utilizá-la como estratégia isolada de detecção precoce do câncer de mama.
11.23 Tratamento para o câncer de mama:
	O tratamento para o câncer de mama, muitas vezes requer de procedimentos como cirurgia, radioterapia e quimioterapia, entre outros, e pode trazer como consequências complicações imediatas e/ou tardias para as pacientes. Tais complicações, muitas vezes reversíveis ou não, podem acarretar em diminuição de movimento, alta probabilidade de aparecimento de linfedemas (acúmulo do fluido linfático no tecido intersticial, o que causa edema, mais frequente em braços e pernas, quando os vasos linfáticos estão prejudicados) e consequente dificuldades em realizar as atividades do dia-a-dia, entre outras. Complicações estas que podem influenciar no aspecto estético, emocional e socioeconômico da paciente.
11.24 Como a fisioterapia pode ajudar?
	A fisioterapia estabelece objetivos para cada fase do tratamento, ou seja, na fase pré-operatória e pós-operatória.
	Na fase pré-operatória é realizada uma avaliação físico-funcional e de alguns aspectos gerais que podem intervir na reabilitação da paciente, conscientização da necessidade de segmento de toda a orientação quanto aos cuidados básicos e da participação do profissional como elemento de apoio junto à equipe multidisciplinar.
	Na fase de pós-operatório imediato, a paciente é preparada para iniciar a movimentação ativa livre de membros superiores e inferiores além de ser estimulada a deambulação no hospital. E ainda recebe informações sobre a importância dos cuidados com o membro do lado operado. Em seguida, é de suma importância permanecer com o atendimento fisioterapêutico, pois este tem com o objetivo melhorar a movimentação do membro superior do lado operado, favorecer a circulação mesmo, trabalhar a conscientização quanto à postura adequada e o esquema corporal, estimular a cicatrização adequada, amenizar a dor, enfim, prevenir ou minimizar as complicações dos músculos, tendões, articulações e as vasomotoras, além do tratamento de disfunções sexuais, já que muitas mulheres se sentem mutiladas com a cirurgia do câncer de mama, alterando sua resposta sexual. 	Para tanto, conta com os seguintes recursos: complexo descongestivo fisioterápico (drenagem linfática manual, enfaixamento compressivo, hidratação do membro, orientação de cuidados com a pele, automassagem, braçadeira compressiva), exercícios, alongamento, relaxamento e terapia manual.
	Durante a aplicação de radioterapia é fundamental a realização de exercícios visando, entre outros objetivos, o posicionamento adequado para a eficácia da incidência da radiação.
	É importante ressaltar que a paciente deve ser encaminhada para uma avaliação fisioterapêutica em qualquer fase se caso apresentar alguma possível complicação.
11.25 Número de sessões de fisioterapia:
	O número de sessões irá variar de acordo com cada paciente e o tipo de cirurgia realizado, mas geralmente, no pós-operatório imediato são necessárias doze sessões de fisioterapia, no entanto se houver a presença de complicações como o linfedema entre outras, o número será determinado de acordo com a resposta ao tratamento.
12 UROPEDIATRIA
12.1 Fisioterapia na incontinência urinária infantil:
	É aceitável que o amadurecimento da bexiga da criança ocorra até os cinco anos de idade, no entanto há crianças que já não urinam na roupa com um ou quatro anos. Isto vai depender do desenvolvimento do sistema nervoso central de cada uma. 	Entretanto, o não amadurecimento da bexiga levará a perda urinária. 	Este quadro pode promover constrangimento social, restrição ao desenvolvimento, diminuição no rendimento escolar e problemas psicológicos importantes na vida da criança.
12.2 Sinais e sintomas:
	Urinar na cama ao dormir, produzir urina em excesso à noite (comum em pacientes com deficiência do hormônio ADH), ter vontade de urinar e não conseguir segurar molhando a roupa, apresentar infecção urinária de repetição e apresentar refluxo de urina da bexiga para uretra (refluxo vesico-uretral).
12.3 Causa:
	A causa de incontinência urinária em crianças é desconhecida.
12.4 Como a fisioterapia pode ajudar?
	A fisioterapia apresenta bons resultados no tratamento da incontinência urinária infantil, podendo chegar à cura dependendo do fator causal. Objetiva trabalhar a reeducação da bexiga, programar os horários de urinar, orientar sobre a ingesta hídrica e de alimentos que irritam a bexiga e treinar os músculos do assoalho pélvico através de exercícios lúdicos realizados ativamente pela criança com o objetivo de melhorar o quadro de incontinência urinária. O tratamento pode ser realizado na casa do paciente.
12.5 Número de sessões de fisioterapia:
	O número de sessões pode variar de acordo com o quadro do paciente, o comprometimento da criança e da família. Entretanto, normalmente são necessárias cerca de vinte sessões de fisioterapia.
13 RECURSOS FISIOTERAPÊUTICOS NA CINESIOTERAPIA DO ASSOALHO PÉLVICO
	A cinesioterapia do assoalho pélvico compreende basicamente na realização dos exercícios de Kegel, que objetiva trabalhar a musculatura perineal para o tratamento da hipotonia do assoalho pélvico. Kegel e Powel foram os primeiros pesquisadores nos Estados Unidos a prescrever exercíciosespecíficos para o fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico. O objetivo básico dos exercícios para fortalecimento da musculatura pélvica é o reforço da resistência uretral e a melhora dos elementos de sustentação dos órgãos pélvicos. A cinesioterapia para a musculatura do assoalho pélvico tem papel importante já que preconiza a reamornização e reeducação da mesma através de contrações isoladas desses músculos associadas com posicionamento adequado da pelve e respiração adequada.
	Através de diferentes posturas é possível recrutar de forma mais fácil músculos específicos, aumentando o controle e consciência da mulher. O fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico através da reeducação perineal se tem revelado apropriado numa série de mulheres com disfunções ginecológicas, constituindo a base da terapêutica conservadora. Os exercícios de cinesioterapia são recomendados como terapia de primeira escolha nos tratamentos uroginecológicos, pois oferecem uma opção menos invasiva e com baixo risco de complicações.
	Essa técnica é uma das formas de tratamento mais eficaz para o fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico, podendo ser aplicada isoladamente ou associada a outras técnicas. Os benefícios dos exercícios de contração voluntária são inúmeros, dentre eles a melhora da percepção e consciência corporal da região pélvica, aumento da vascularização da região, aumento da tonicidade e da força da musculatura do assoalho pélvico. Estudos ainda apontam que existe uma correlação entre um bom desenvolvimento muscular e a intensidade orgástica, sendo que mulheres com uma pressão vaginal menor que 30 mmHg podem apresentar disfunção sexual. Com os exercícios cinesioterapêuticos do assoalho pélvico, a mulher aumenta sua capacidade de atingir o orgasmo, visto que há um aumento da propriocepção e a atividade fisiológica desses músculos se torna mais coordenada com as contrações, melhorando a função da musculatura no ato sexual.
13.1 Ginástica Hipopressiva:
	A Ginástica Hipopressiva foi proposta como alternativa para o tratamento das disfunções do assoalho pélvico e, dentre suas indicações, encontra-se a melhora da propriocepção dos. Esses exercícios são praticados em três fases: 
1) Inspiração diafragmática lenta e profunda. 
2) Expiração completa. 
3) Aspiração diafragmática, em que ocorre progressiva contração dos músculos abdominais profundos, intercostais e elevação das cúpulas diafragmáticas.
	A aspiração diafragmática supostamente promove pressão negativa na cavidade abdominal e, reflexamente, ativa os MAP por meio de tração da fáscia abdominal, que é conectada à fáscia endopélvica.
13.2 Eletroestimulação:
	A eletroestimulação consiste na colocação intravaginal de um dispositivo de aproximadamente sete cm de comprimento e 2,5 cm de diâmetro com frequência de 10 e 50hz, o qual promove potentes estímulos elétricos na região pudenda. Esta técnica é muito eficaz para a conscientização do assoalho pélvico e reforço muscular, porém, a corrente elétrica deve ser ajustada a um nível em que esta possa ser sentida, mas não ser desagradável para a paciente, suficiente para que seja percebida a contração da musculatura pélvica durante a estimulação. A eletroestimulação pode ter seu resultado potencializado se associada a outras técnicas tais como biofeedback e cinesioterapia. Essa técnica é um meio utilizado para propiciar a contração passiva da musculatura perineal, apresentando grande importância na conscientização da contração desta musculatura em pacientes que têm dificuldade de identificá-la. Pode ser realizada por meio de eletrodos endovaginais conectados a um gerador de impulsos elétricos, os quais promovem a contração do períneo.
	Não há relatos de morbidade significante dessa forma de terapia. Efeitos colaterais que são comuns com tratamento medicamentoso não acompanham este tratamento, porém alguns pacientes relatam algum desconforto ou irritação local. 	Pacientes com marca-passo (ou outros implantes elétricos) devem considerar métodos alternativos de tratamento, baseados teoricamente nos riscos elétricos. No entanto, não há nenhuma análise econômica dessa terapia. A eletroestimulação aplicada por via vaginal, tendo como objetivo uniformizar o tônus e a ação muscular, estimulando a função sexual nos casos de inabilidade, diminuição de desejo ou excitação, redução ou ausência de lubrificação vaginal e dificuldade de alcançar o orgasmo.
13.3 Biofeedback:
	O biofeedback é um método de reeducação que tem um efeito modulatório sobre o Sistema Nervoso Central através da utilização de uma retro informação externa como meio de aprendizado. Esse método consiste na aplicação de eletrodos acoplados na musculatura do assoalho pélvico e musculatura sinergista (glúteo máximo, adutores e abdominais), que através de comandos verbais dados pelo fisioterapeuta, orientará os músculos do assoalho pélvico excluindo o sinergista. O objetivo do tratamento por biofeedback é de ajudar as pacientes a desenvolver maior percepção e controle voluntário dos músculos do assoalho pélvico. Sua contribuição consiste também em garantir a aquisição rápida, precisa, segura da participação da paciente em sua reeducação.
13.4 Cones vaginais:
	Outra modalidade de trabalhar a MAP foi realizada através da utilização de pequenas cápsulas de formato anatômico, constituindo um conjunto de cinco cones de diferentes pesos progressivos, variando de 20g a 70g aproximadamente. Os cones vaginais buscam efetividade por propiciar um ganho de força e resistência muscular por meio do estímulo para recrutamento das musculaturas pubiococcígea e auxiliar periférica, que devem reter os cones cada vez mais pesados além de proporcionar à mulher uma conscientização da contração do assoalho pélvico, que segundo alguns autores, é melhor quando utilizada técnica de contato intracavitário, oferecendo mais resultados que a orientação verbal. Assim, a ação reflexa automática da musculatura do pavimento pélvico proporciona uma fisioterapia interna que rapidamente restabelece o tônus muscular interessado e promove maior conscientização perineal.
	A cinesioterapia para o assoalho pélvico compreende os exercícios para a normalização do tônus muscular e a melhora da propriocepção desta musculatura.
	É empregada tanto para o fortalecimento de áreas hipotônicas como para o relaxamento de áreas hipertônicas.
	As sessões são realizadas através de cones vaginais com orientações para exercícios em casa, a fim de manter o resultado do trabalho realizado nas sessões em consultório. 
Figura 1 - Cones vaginais para exercícios uroginecológicos - FemCone – Quark.
13.5 Terapia manual:
	A terapia manual engloba massagem longitudinal, transversa e compressiva, exercícios terapêuticos, tração manual e manipulação de tecidos. A massagem é muito efetiva, pois promove a normalização do tônus muscular por meio de ações reflexas e mecânicas, e ocorre um aumento da circulação sanguínea, da flexibilidade muscular e do fluxo linfático. Os exercícios terapêuticos visam ao alongamento muscular, à manutenção da amplitude do movimento e a diminuição de espasmos e contratura. A tração manual é usada para o alivio da dor, na presença de espasmos musculares e na manutenção de alinhamentos anatômicos. Já as manipulações de tecidos consistem no alongamento passivo de tecidos musculares visando à recuperação da amplitude de movimento. A experiência da fisioterapia indica exercícios de dessensibilização nos casos de vaginismo e dispareunia. Por meio de manobras miofasciais (digitopressão e ou deslizamento) nas regiões de pontos-gatilho, procura-se relaxar os MAP para facilitar a penetração.
13.6 Aparelhos eletroterapêuticos:
	A fisioterapia encontra no mercado aparelhos modernos que auxiliam na avaliação e no tratamento da musculatura do assoalho pélvico.
	Nesta área de aparelhos modernos contamos com a presença do Miotool Uro, eletromiógrafo de superfície da Miotec especialmente desenvolvido para os profissionais que atuam na área de reabilitação dos músculos do assoalho pélvico, pois o equipamentofornece informações valiosas sobre a musculatura do paciente, ajudando-o a melhorar a execução dos exercícios de reabilitação, através de estímulos visuais e sonoros. 
Figura 2 - Miotool Uro, eletromiógrafo de superfície da Miotec.
	A utilização do sensor de eletromiografia na musculatura acessória é importante para evitar um erro comum que as pessoas cometem ao serem instruídas para contrair os músculos do assoalho pélvico, que é a contração dos músculos abdominais. Com o Biofeedback em ambas as musculaturas, a paciente pode aprender a contrair os músculos forma correta.
	A eletroterapia realizada pelo aparelho Dualpex 961 Uro, para tratamento uroginecológico. São indicadas para instabilidades vesicais, incontinências urinárias, prolapsos, períneos dolorosos do pós-parto ou pós-operatório.
Figura 3 - Dualpex 961 Uro Quark - Eletroestimulação para Uroginecologia.
	O Perina, um aparelho de biofeedback, atua através da técnica de propriocepção. O equipamento oferece às pacientes informações visuais sobre a musculatura perineal, permitindo assim um melhor conhecimento do assoalho pélvico a fim de exercitá-lo, sendo capaz de estimular os músculos e melhorar a resposta às contrações.
Figura 4 - Aparelho para urologia Biofeedback Perina Quark.
	Além destes recursos, ainda contamos com a terapia comportamental, realizada através de diários miccionais, orientações sobre postura na hora da micção e horários de intervalos.
14 ESCOLHA DO TEMA (CONSIDERAÇÕES FINAIS)
	Escolhermos essa especialidade em Fisioterapia na Saúde da Mulher pensando no planejamento familiar, no bem das mulheres que são à base de uma família, por isso devemos dar mais atenção às mulheres que tem uma vida agitada desde a adolescência com a chegada de menarca e o aumento das mamas a mudança do corpo, o começo da TPM ao aumento dos hormônios sofrendo bastante com alterações na vida, com forme vai passando os anos a chegada do casamento e logo após os filhos, com tudo isso a vida de uma mulher muda completamente ela querendo ou não, passa a cuidar mais do marido e dos filhos e acaba não tendo tempo de cuidar de si mesma, logo chega o climatério e a menopausa aonde à mulher sofre mais com as mudanças rígida no organismo.
	Então, queremos chamar mais atenção das mulheres para que se olhem com outros olhos, resolvemos então cuidar mais de nossas mulheres porque elas merecem todo o respeito e atenção, com isso estamos oferecendo o nosso trabalho de fisioterapia pensando na promoção e prevenção e recuperação de saúde, estamos à disposição com os melhores atendimentos, comodidades, falando tudo o pretendemos fazer com você, pensando no seu bem estar, trabalharmos com vários tipos de doenças.
	Ex: Métodos contraceptivos, disfunções sexuais, climatério e menopausa, com aleitamento materno, prevenção de câncer de mama, violência contra mulher, cuidado pré-natal, planejamento familiar, prevenção de câncer de colo uterino, cuidados pré-concepcional e gravidez de alto risco.
15 TABELAS DE RELAÇÃO DE TRÊS CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA NA SAÚDE DA MULHER
Tabela 1 – Curso 1
Tabela 2 – Curso 2
Tabela 3 – Curso 3
REFERÊNCIAS
Magno Delgado, Alexandre. Stefano Vieira Ferreira, Isaldes. Araújo de Sousa, Mabel. Artigo Científico “Recursos fisioterapêuticos utilizados no tratamento das disfunções sexuais femininas”. Disponível em: https://repositorio.unp.br
Baracho, Elza. Fisioterapia aplicada à obstetrícia, uroginecologia e aspectos de mastologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.
Polden, Margareth; Mantle, Jill. Fisioterapia em ginecologia e obstetrícia. São Paulo: Santos, 2002.
Nome do CursoFisioterapia na Saúde da Mulher e do Homem
Nome da Escola que oferece
Faculdade de Ciências Médicas Santa Casa de São Paulo
Tempo de Curso13 meses
Valor total a ser pago pelo cursoR$ 8.060,00
Forma de IngressoProva e Entrevista
Numero de Vagas30 vagas
Data da inscrição de 7 de junho de 2016 a 11 de julho de 2016
Periodo de realização de 7 de junho de 2016 a 11 de julho de 2016
Principais docentesProf.ª Dra. Vera Lúcia dos Santos Alves
Local das Aulas
Rua Dr. Cesário Motta Jr, 112 - Auditório Prof. Dr. Emilio Athié
Carga Horaria Total 360 HORAS
Carga Horaria Pratica160 horas 
Local de Realização das atividades praticasRua Dr. Cesário Motta Jr, 112 - Auditório Prof. Dr. Emilio Athié
Nome do CursoFisioterapia Integrada na Saúde da Mulher
Nome da Escola que oferece
Universidade Gama Filho
Tempo de Curso13 meses
Valor total a ser pago pelo cursoR$ 5.976
Forma de IngressoProva e entrevista
Numero de VagasNão Citado
Data da inscriçãoAté 20 dias antes do início do curso
Periodo de realizaçãoAté 20 dias antes do início do curso
Principais docentes
Prof.ª Esp. Adriana Nery Gallo de Barros
Prof. Esp. Juliano Schwartz
Prof.ª Esp. Magali Alves Roso Zanini
Prof. Dr. Paulo Heraldo Costa do Valle
Prof.ª Ms. Rita de Cássia Machado
Prof.ª Ms. Solange Freitas de Oliveira
Local das Aulas
Rua Treze de Maio, 681, Bela Vista - São Paulo - SP 
Carga Horaria Total 360 horas
Carga Horaria Pratica160 horas
Local de Realização das atividades praticasRua Treze de Maio, 681, Bela Vista - São Paulo - SP 
Nome do CursoFisioterapia Aplicada à Saúde da Mulher
Nome da Escola que oferece
Faculdade Santa Marcelina
Tempo de Curso1 ano
Valor total a ser pago pelo cursoSob consulta 
Forma de IngressoProva e entrevista 
Numero de VagasNão citado 
Data da inscriçãoAinda não definido 
Periodo de realizaçãoAinda não definido 
Principais docentes
Prof. Me. Denis Honorato Costa
Profª. Ma. Janaina Pereira Dina Torel
Prof. Me. Renato Ohara
Profª. Ma. Márcia da Silva
Profª. Esp. Aline Fernanda Perez Machado
Profª. Ma. Adriana Garcia Orfale Vignola
Profª Ma. Irani Gomes dos Santos
Profª. Ma. Maria Teresa Fernades
Local das Aulas
R.Cachoeira Utupanema, 40, São Paulo
Carga Horaria Total 390, HORAS
Carga Horaria PraticaNão citado 
Local de Realização das atividades praticasR.Cachoeira Utupanema, 40, São Paulo

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