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Maria Beatriz @biawtiful Cosmetologia → Função em que a pele produz o suor. → Volume produção/dia → 1,3 a 10 L/dia → Apêndices que produzem o suor → glândulas sudorais (2 a 5 x 106 na pele). Composição do suor - Água – 99%; - NaCl – 0,4%; - Uréia – 0,25%; - Ácidos graxos voláteis (acético, butílico, isovaleriânico, capróico, caprílico, cáprico) – odor; - Ácidos graxos não voláteis – lático e lactatos (efeito tamponante), ascórbico e cítrico, aminoácidos hidrossolúveis, açúcares redutores, colesterol e seus ésteres; No suor apócrino acrescenta-se os restos celulares. Tipos - Écrinas – desemboca livremente num poro situado na superfície da epiderme. São encontradas por todo o corpo, com predomínio nas regiões palmo-plantares, na zona frontal e no peito. Os membros e a região dorsal apresentam comparativamente, número inferior de glândulas sudoríparas. A sua ação vai diminuindo a medida em que a pessoa envelhece. - Apócrinas – está ligada e desemboca num pêlo, situado no aparelho sebáceo. São constituídas por um glomérulo secretor e um canal secretor. Sua atividade começa na puberdade e atinge o máximo na vida sexual adulta. Localizam-se nas axilas e região perianal. Estimulada pela reação adrenérgica das células que se contraem e seu odor é devido à ação de bactérias. ESTRUTURA Nas glândulas écrinas, o suor é secretado das células glomerulares para um conduto (canalículos) que o levam até a luz do glomérulo e vai para o conducto. Parte da água é reabsorvida neste conducto. Nas glândulas apócrinas a célula fabrica o suor e vai se arrebentar quando está repleta de suor (expele junto componentes celulares – proteínas). Maria Beatriz @biawtiful O glomérulo está localizado em profundidade na zona de junção dermo- hipodérmica. É formado por um tubo enrolado em novelo, constituído por 2 tipos de células: umas translúcidas, ricas em enzimas (cromoxidades, deidrogenases, succinase, fosforilase, fosfatase ácida e alcalina, estearase, aminopeptidades, etc.), outras com forte carga de glicogênio que estaria na origem energética da secreção. O canal secretor que atravessa as camadas dérmica e epidérmica é envolvido por uma camada de células que sofre processo de queratinização e finaliza a superfície da epiderme pelo poro sudoral. O conjunto apresenta vascularização considerável, constituída por uma rede que envolve o glomérulo e ao mesmo tempo o próprio canal excretor. Uma rede nervosa envolve o conjunto cujas terminações se inserem em células mio- epiteliais que cobrem o glomérulo e as quais, pela sua contração, se atribui o aparecimento de “suores frios”. Os nervos responsáveis pelo desencadear da secreção pertencem ao sistema simpático. Regulação da síntese do suor - É feita pelo hipotálamo; para que o hipotálamo envie a mensagem até a glândula, basta que a temperatura se eleve 0,2 oC. A perda de água é uma maneira de regular a temperatura interna. - Terminações nervosas - simpático e parassimpático → mediadores por estímulo emocional. - Substâncias medicamentosas (ex.: destruidora de enzimas que atuam no efeito estimulante – causando o suor). Motivos para suar - termorregulação – 1 g de suor regula 0,6 Kcal; - manutenção do pH cutâneo – 5,5; - manutenção hidratação superficial cutânea; ALTERAÇÕES DA FUNÇÃO SUDORAL Devem-se a uma resposta mais ou menos intensa ao estímulo. Aplasia – ictiose (doença genética) – não tem glândulas sudorais (icti = peixe); Hidroses – alterações da função sudoral: - anhidrose → diminui quantidade de suor – menos freqüente – usar cosmético hidratante; - hiperhidrose → aumento quantidade de suor - usar desodorante; Maria Beatriz @biawtiful Hiperhidroses: - osmidrose: provocada pela volatilização de óleos voláteis – cheiro mormal de suor não forçosamente repugnante; - bromidrose: suor apócrino acumulado principalmente nas axilas peludas (onde possui bacilos beta-gravedens, beta foetidum, Micrococcus pyoyenes, variedades albus, Aerobacter aerogenes, Sarcina lútea e gênero Neisseria que se alimentam deste suor – principalmente das proteínas e ácidos graxos voláteis e não voláteis). As proteínas liberam amônia, fazendo com que o pH aumente e sua proliferação também. COMBATE À TRANSPIRAÇÃO EXCESSIVA Como já vimos, a transpiração é um fenômeno natural e indispensável para o bom funcionamento do organismo. Mas, quando excessiva, provoca problemas não só pelos motivos ligados ao odor, mas também porque é desconfortável e pode provocar complicações como lesões cutâneas. Por isto, houve sempre a preocupação em controlar as secreções sudoríparas. O processo mais antigo para conhecer odores desagradáveis derivados do suor e muito em moda no tempo de Luís XIV, era o de mascarar esses odores por outros mais agradáveis, que permitam ainda substituir, freqüentemente, a higiene corporal. Entre as soluções conhecidas temos: antiperspirantes, desodorantes (bactericidas), inibidores enzimáticos e absorventes de odores. ANTIPERPIRANTES Função → reduzir transpiração, de tal forma que não bloqueie completamente a sudação natural. - sais adstringentes – alúmen, taninos, sulfato de zinco; - sais de alumínio e de ácidos fracos – relativo poder anti-sudorífero; utilizados em misturas com anteriores, pois são muito ativos; 3 Al+++ + 3 H2O → Al(OH)3 + 3H+ Como a reação é ácida, com pH de 1,5 a 5,0, provocando deterioração nos tecidos e nas roupas – utiliza-se tampões (sais de alumínio alcalino – estearato e hidróxido de alumínio), ou uréia (5 a 10%) ou cerca de 1% de bórax. DESODORANTES Constituídos por veículos (líquidos, sólidos, pastosos ou fluídos) contendo bactericidas ou bacteriostáticos. Banho diário, utilizando sabão, faz desaparecer momentaneamente as bactérias, mas a ação é pouco duradoura e, 2 a 3 horas depois, as bactérias voltam a aparecer, multiplicam-se e passam a atuar. Para evitar a proliferação de germes, são empregados princípios ativos com propriedades bactericidas ou bacteriostáticas, como: irgasan DP 300, sais de amônio quaternário, ésteres salicílicos halogenados, carbanilidas, etc. Substâncias umectantes, como propilenoglicol, glicerina e sorbitol são utilizadas para diminuir a evaporação do álcool, porém diminui atividade do irgasan em relação ao Proteus vulgaris. Maria Beatriz @biawtiful Outros produtos utilizados: resinas trocadoras de íons (em combinação com sais de alumínio – absorção de aminoácidos), antibióticos (mas não devem ser utilizados em cosméticos), clorofila. INIBIDORES ENZIMÁTICOS Sabendo-se que o odor do suor decomposto tem como origem à formação de ácidos graxos livres, surgiu a idéia de utilizar como agente desodorante, um fator enzimático, inibidor da estearase. Segundo Swanbech, o desdobramento enzimático dos triglicerídeos em ácidos graxos livres é impedido pela utilização tópica de lactato de etilo, do éster trietílico de ácido citrônico e do éster hidroxicarboxílico (Hydagen Deo). ABSORVENTES DE ODORES Fugindo aos métodos clássicos, um novo tipo de molécula está sendo utilizado. Esta procura inibir o aparecimento do odor ou evitar a sua presença, sem recorrer a bactericidas ou a substâncias antitranspirantes. A substância utilizada está registrada sob o nome de Grillocin (ricinoleato de zinco). Ação → baseia-se no fenômeno de captação físico-química. Retêm no interior das suas moléculas as frações que provocam o mau odor, provenientes da degradação das matérias orgânicas do suor. Assim retidos esses odores não são percebidos. Esta ação será tanto sobre os maus odores que se formarão, como naqueles já formados, utilizando diferentes mecanismos, como quelação e inclusão molecular. Moléculas captadas: de menor tamanho - mercaptanos, tioéteres, aminas e aldeídos.
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