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Modelos Atômicos

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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO 
DEPARTAMENTO DE AGROTECNOLOGIA E CIÊNCIAS SOCIAIS 
História da Química – Modelos Atômicos
Mossoró 
2014
Introdução
Este trabalho tem como tema a História da química, mais concretamente sobre os modelos atômicos. 
Constitui-se como objetivo deste trabalho mostrar a evolução e características de cada modelo atômico, desde a antiguidade até o modelo atual. 
Modelos Atômicos 
Durante muito tempo a constituição da matéria gerava curiosidade no homem. Desde a antiguidade, filósofos tentavam descobrir como a matéria é formada.
Muitos desses defendiam a ideia de que todas as substancias tinham uma origem única. Para Tales de Mileto, essa origem seria a agua. Por volta do século IV a.c, o filósofo grego Leucito defendia a ideia de que o Universo e, portanto, a matéria seriam constituídos por partes muito pequenas, indivisíveis, cujo movimento produziria objetos por união ou separação das partículas, e até mesmo pelo “vazio”.
Demócrito, discípulo de Leucipo, completou e desenvolveu o conceito de seu mestre. Para ele o Universo seria formado por um número infinito de elementos invisíveis e indivisíveis. Segundo sua teoria, um pedaço de madeira quebrado ao meio fornece duas metades. De cada metade quebrada ao meio, obtém-se mais duas metades e assim sucessivamente, até chegar a uma partícula indivisível. Esta partícula foi chamada de Átomo ( a= não; tomo= divisível).
O Modelo de Dalton
Em 1808, após muitas análises, surgiu uma proposta cientifica sobre a estrutura da matéria, atribuída a John Dalton.
De acordo com o modelo construído por Dalton, o Átomo é uma minúscula bola maciça, impenetrável, indestrutível, indivisível e sem carga, ou seja, Neutro.
Para Dalton os átomos de um determinado elemento são diferentes dos átomos de um outro elemento e os que diferencia são os seus pesos relativos, ou seja átomos de diferentes elementos possuem massas diferentes. 
O seu modelo atômico ficou conhecido como Bola de bilhar, como analogia a bola de sinuca. Apesar de suas limitações o modelo atômico de Dalton foi um passo importante na elaboração de futuros modelos.
Modelo de Thompson
 
Por volta de 1904 o físico britânico Joseph John Thomson realizou uma experiência utilizando uma ampola feita de vidro com quartzo chamada ampola de Crookes.
Utilizando a ampola de Crookes, J.J Thomson descobriu a primeira partícula fundamental, o elétron (carga negativa). 
Seu modelo atômico seria uma esfera de carga positiva na qual os elétrons, estão distribuídos mais ou menos uniformemente. A carga positiva está distribuída de forma homogênea, por toda a esfera. Seu modelo também é conhecido como o “Modelo de pudim com passas”.
Para Thomson cada átomo seria uma esfera de carga elétrica positiva e as partículas negativas, os elétrons em volta. 
Modelo de Rutherford
Em 1911 o físico neozelandês Ernest Rutherford, realizou diversas experiências com emissões radioativas e resolveu bombardear uma finíssima placa de ouro com radiações “alfa”.
No experimento ele observou que a maioria das partículas alfa atravessava a folha de ouro e apenas algumas ao atravessar a placa sofriam desvios. Como as partículas “alfa” têm carga elétrica positiva, os desvios seriam provocados por um choque com outra carga positiva, isto é, com o núcleo do átomo, constituído por prótons (carga positiva). 
No modelo atômico de Rutherford o átomo é formado por um núcleo muito pequeno em relação ao átomo, com carga positiva, no qual se concentra praticamente toda a massa do átomo. Ao redor do núcleo localizam-se os elétrons, de carga negativa.
Esse modelo ficou conhecido como “Modelo planetário”, em alusão ao sistema solar, os elétrons dispostos na eletrosfera, orbitando em volta do núcleo. 
Modelo de Bohr
Em 1913 o cientista dinamarquês Niels Bohr, aprimorou o modelo atômico de Rutherford utilizando a teoria proposta por Max Planck em 1900. Bohr achou que nem todas as leis que eram válidas na Física Clássica deveriam ser seguidas pelas partículas constituintes do átomo. Baseado na teoria quântica de Planck e Einstein e na espectroscopia dos elementos, estabeleceu certas proposições, que se tornaram conhecidas como "POSTULADOS DE BOHR":
. O elétron se move ao redor do núcleo em um número limitado de órbitas bem definidas, denominadas órbitas estacionárias;
. Movendo-se em órbitas estacionárias, o elétron não emite nem absorve energia;
. Ao saltar de uma órbita para a outra, o elétron recebe ou emite uma quantidade bem definida de energia (quantum).
Neste modelo os elétrons estão distribuídos em camadas ao redor do núcleo. Existem 7 camadas eletrônicas, representadas pelas letras maiúsculas: K, L, M, N, O, P e Q. À medida que as camadas se afastam do núcleo, aumenta a energia dos elétrons nelas localizados. 
 As camadas da eletrosfera representam os níveis de energia da eletrosfera. Assim, as camadas K, L, M, N, O, P e Q constituem os 1º, 2º, 3º, 4º, 5º, 6º e 7º níveis de energia, respectivamente. 
Modelo atômico atual
Bohr assumiu que o elétron se move ao redor do núcleo em um número de órbitas bem definidas, ditas estacionárias, em que o elétron nem emite, nem absorve energia. Entretanto, novas observações, experiências e cálculos levaram os cientistas a novas conclusões.
Em 1924, o físico francês Louis De Broglie já havia lançado a hipótese de que, se a luz apresenta natureza dual, uma partícula teria também propriedades ondulatórias. De Broglie tentou associar a natureza dual da luz ao comportamento do elétron, enunciando o seguinte postulado:
O princípio da dualidade de Broglie: A matéria tem um comportamento dual de onda e partícula.
O modelo atômico atual aceita tais princípios:                      
·  Elétrons possuem carga negativa, massa muito  pequena e se movem em órbitras ao redor do núcleo atômico;
·  O núcleo atômico está situado no centro do átomo, sendo constituído por prótons que são partículas de carga elétrica positiva, cuja massa é de aproximadamente 1.837vezes superio a massa do eletrón, e por nêutrons, partículas sem carga e com massa ligeiramente superior a dos protóns;
·  O átomo é eletricamente neutro porque possui número igual de elétrons e protóns;
·  O número de protóns no átomo se chama número atômico, representado pela letra Z e utilizado para estabelecer o lugar de um determinado elemento na tabela periódica.
·    A tabela periódica é uma ordenação sistemática dos elementos químicos conhecidos;
·   Cada elemento possui um número de elétrons distribuidos nos diferentes níveis de energia do átomo correspondente;
·  Os níveis energéticos (ou camadas), são denominados pelos símbolos K, L, M, N, O, P e Q;
·  A camada mais próxima do núcleo (K) comporta somente dois elétrons. As camadas L e Q comportam oito elétrons. As camadas M e P comportam dezoito elétrons. E por fim, as camadas N e O comportam trinta e dois elétrons.
  Os elétrons da última camada são responsáveis pelo comportamento químico do elemento e por isso são denominados de Elétrons de Valência;
·   O número de massa (representado pela letra A) é equivaletne à soma do número de protóns e nêutrons presentes no núcleo;
· Calculando: A= Z + N ou N = A - Z
· Sendo:
· A: Massa
· Z: Número Atômico ou Número de Prótons
· N: Número de Neutróns
Conclusão
Nesse trabalho abordamos os principais modelos atômicos, desde concepção de átomo, quando o consideravam uma partícula maciça, indivisível, até o modelo mais atual com os seus elétrons em camadas em volta do núcleo. 
Bibliografia
 Saber + Fácil: Enciclopédia de pesquisa, Crato – CE: Nova Cultural. 692 p.
PERUZZO, F. C.; CANTO, E. L. Química: Na abordagem do cotidiano. São Paulo: Moderna, 2010. V. 1 
Vítor Santos, Modelo atômico atual, Disponível em: http://acienciacentral.blogspot.com.br/ Acesso em 23 de julho de 2014

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