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Semiologia da Cabeça e Pescoço

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02/09/2020 INTRODUÇÃO A PROPEDEUTICA Aula 8 
 1 
Semiologia da Cabeça e Pescoço 
Cabeça 
Proporciona uma cobertura protetora para o cérebro e os órgãos dos sentidos especiais. 
Pode ser dividida em: Crânio e face 
Crânio 
Consiste em sete ossos (dois frontais, dois parietais, dois temporais e um 
occipital) fundidos em conjunto e cobertos pelo couro cabeludo. O crânio é em geral 
arredondado com proêminencia na área frontal anteriormente e na occiptal 
posteriormente. 
As suturas do crânio são articulações fibrosas que conectam os ossos do crânio. 
Estas linhas complexas e finas marcam a aderência entre os ossos e o crescimento e 
fechamento das fontanelas cranianas. 
o Tamanho 
Fazem-se a medida com a medida da glabela e da proeminência occipital. Mede-se a parte 
anteroposterior e lateral. 
• Macrocefalia (aumento) 
• Microcefalia (redução) 
• Normocefalia – semetrico e liso 
o Formato 
• Dolicocéfalo – a largura é < comprimento; 
• Mesocéfalo – medidas semelhantes 
• Braquicéfalo – a largura é > comprimento; 
• Plagiocefalia: assimetria com protuberância e 
aumento da região posterior 
• Escafalocefalia: apresenta um aumento do diâmetro anteroposterior. 
 
o Posicionamento 
o Pontos de do 
o Couro cabeludo e cabelo 
• Lesões 
• Alopecia areata – podendo ser causa do doenças autoimunes, 
distúrbios hormonais e herança genética. 
• Crostas com aparecia descamativa – podendo ser desmatite 
seborreia, fungo ou ter outras origens 
• Calvice fisiológica 
• Melanoma 
o Ulcerações 
o Tumores 
o Depressões 
Inspeção – pode ser realizada da frente para trás 
Palpação – com ambas as mãos 
 
2 
Face 
Compreende o conjunto de sinais exibidos na face do paciente, resultante dos traços anatômicos e da 
expressão fisionômica, o que permite a avaliação imediata do seu estado emocional, intelectual e de saúde. 
Muitas vezes, somente a observação da face do paciente pode indicar determinado diagnóstico, já que certas 
doenças apresentam traços característicos no rosto. 
Inspeção 
o Estática (pele, tumorações, cor, aspecto, simetria) 
o Dinâmica (musculatura da mímica) 
Palpação 
o Massas, nódulos 
Ex.: Desvio da rima bucal, paralisia periférica, 
Paralisia de nervo facial (VII) par craniano 
A = central B = periférico 
 
 
 
 
 
 
Olhos 
A anamnese é uma etapa essencial do exame oftalmológico, uma vez que é por meio dela que são 
estabelecidas as principais hipóteses diagnosticas. É importante que o examinador seja capaz de extrair as 
principais queixas oculares referidas pelo paciente. É necessário que tenha conhecimento prévio das principais 
afecções oculares relacionadas à idade e ao trabalho do paciente e leve sempre em conta que os olhos não 
constituem região isolada do organismo e, muitas vezes, são a via final de manifestação de diversas doenças 
sistêmicas. 
Assim, o examinador deve estar sempre atento às principais queixas oftalmológicas, como: 
o sensações anormais – corpo estranho, ardência, queimação, prurido, dor ocular, etc.; 
o alterações da lubrificação ocular – olhos secos e 
lacrimejamento (epífora); 
o alterações de percepção das cores – xantopsia (visão 
amarelada), iantopsia (visão violácea) e cloropsia (visão 
esverdeada); 
o alterações do campo visual – anopsia, hemianopsia, 
etc.; 
o alterações quantitativas e qualitativas da visão – 
redução gradativa da acuidade visual, de ambliopia até 
amaurose; 
o fotofobia; 
3 
o cefaleia; 
o diplopia; 
o escotomas e fotopsias. 
*Lagrima que lubrifica o olho é produzida pelas glândulas lacrimais e o saco lacrimal que realiza a 
drenagem. 
Globos oculares 
o Tamanho 
o Simetria 
o Distancias 
Supercílio (sobrancelhas) e cílios 
o Quantidade 
o Tamanho 
o Direção 
o coloração 
Pálpebras 
o cor 
o fissura 
o movimento (abertura e fechamento) 
o bordas (ectópio e entrópio) 
o edema 
o outras lesões 
 
Aparelho lacrimal 
o ressecamento 
o lacrimejamento excessivo 
Conjuntiva 
o Anemia 
o Pterijo – ocorre devido a fricção constante ou trauma constante, a mucosa conjuntival começa a 
espessar e ficar mais vascularizado e começa a invadir a íris e a parte central. 
Expandir o campo (para examinar) 
Solicitar para olhar em todas as direções 
Observar 
o Irritações; 
o Icterícia – melhor lugar para identificar a icterícia será a conjuntiva devido a maior quantidade de 
tecido elastina ter tropismo por bilirrubina; 
4 
o Melanose – mancha na esclera; causada por exposição solar a longo prazo; 
o Hemorragias. 
Córnea 
o Opacidade 
o Examinar com uma lanterna 
Cristalino 
Pálpebras 
o Edemas 
o Assimetria (ptose) 
o Movimentos (lagoftalmo) 
o Lesões (hordéolos, calázios, xantelasmas) 
Pupila 
o Tamanho (midríase – maior de 4 minumetos, miose – diminuição 
de 2 milimetro) 
o Formato 
o Simetria (isocóricas, anisocóricas) 
o Cor 
o Reflexos 
• Fotomotor direto – ao incidir a luz, apenas o olho que esta com a luz faz miose 
• Consensual – ao incidir a luz, ambos os olhos fazem miose. 
1. Paralisia do nervo ocular (VC III). A pupila é grande e permanece fixa ao estímulo luminoso e 
à reação de acomodação para objetos próximos. Ocorrem quase sempre ptose da pálpebra superior 
(devido ao comprometimento da inervação do NC 
III do músculo elevador das pálpebras) e desvio 
lateral do olho para baixo e para fora. 
2. Síndrome de Horner. A pupila adetada é 
pequena, unilateral, reage rapidamente à luz e ao 
esforço de focalização de objetos próximos, mas 
dilata lentamente, especialmente na luz fraca. 
Anisociria possui > 1mm, com ptose ipsilateral da 
pálpebra e, frequentemente, perda de sudorese na 
testa. Esses achados refletem a tríade clássica na 
síndrome de Horner – miose, ptose e anidrose, 
devido a uma lesão nas vias simpáticas em 
qualquer lugar do hipotálamo, passando pelo plexo 
braquial e gânglios cervicais até as fibras 
oculossimpáticas do olho. As causas ingluem lesões 
do tronco encefálico ipsilateral, tumores no 
pescoço e tórax que afetam os gânglios simpáticos 
ipsilaterais e traumatismo orbital ou enxaquecas. 
Na síncrome de Horner congênita, a íris envolvida 
tem coloração mais clara que sua correspondente 
(heterocromia). 
 
Acuidade Visual – tabela de Hermann Snellen – 1862 20/20 (pés ou 6 metros) 
o O primeiro número é a distancia entre o quadro e o paciente e o segundo representa a fileira 
das letras que o paciente consegue ler. Cada linha na tabela se Snellen contém um número que 
equivale é distancia na qual o olho “normal” consegue ler as letras dessa fileira. Por exemplo, 
as letras da fileira “100” podem ser lidas por um paciente dna distancia de 100 pés. Isso 
significa que uma pessoa com acuidade 20/100 consegue ler á uma distancia de 20 pés o que 
uma normal veria 100 pés. 
calázio 
ptose 
5 
 
Movimento ocular 
o Avalia os pares cranianos: III, IV e VI (estudados com detalhe na propedêutica neurológica). 
Orelhas 
Exame físico 
o Inspeção 
o Palpação 
o otoscopia 
Avaliação funcional 
Pavilhão auricular 
o Inspeção 
• Formato 
• Coloração 
o Indolor móvel 
Otoscopia 
Com o auxílio de um otoscópio, realiza-
se a inspeção de algumas estruturas: o 
meato acústico externo; a membrana 
timpânica; e parte da orelha média, como 
a cavidade timpânica, o martelo e a bigorna. 
O meato acústico externo deve ser inspecionado registrando-se a presença de secreções, corpos estranhos, 
edema, cerume e a coloração da pele. A membrana timpânica deve ser examinada quanto a: 
o integridade; 
o translucidez; 
o vascularização (normalmente não se identificam vasos ou apenas ao longo do cabo do martelo e 
anel timpânico); 
o posição (normal, abaulada ou retraída); 
o elementos adicionais – placas de tímpano-
esclerose (manchas brancas na membrana 
timpânica) atrofias (neotímpanos); 
o estruturas anexas – é possível identificar o cabo 
do martelo e, na maioria dos casos, até mesmo a 
bigorna pode estar visível. 
O exame é realizado com o auxílio de um otoscópio e com 
o paciente, preferencialmente, sentado. O examinador devetracionar levemente o pavilhão auricular para cima e para 
trás com uma de suas mãos, a fim de retificar o meato 
6 
acústico externo, enquanto introduz um espéculo auricular com a outra mão e inicia a inspeção do meato 
acústico externo e da membrana timpânica. 
Por exemplo, o exame da orelha esquerda do paciente deve ser feito com este sentado e olhando 
fixamente para a frente. O examinador deve se aproximar pelo lado esquerdo do paciente e tracionar o 
pavilhão auricular com sua mão direita enquanto segura o otoscópio e introduz o espéculo auricular com sua 
mão esquerda. O processo deve ser invertido para o exame da orelha direita. 
 
Teste de Rinne – diapasão na mastoide – vibrante e comparado com o outro lado – testa a audição 
conduzida pelo ar ou osso da mastoide 
Teste de Weber- perda auditiva condutiva; o diapasão é posto no topo do crânio, em igual distância das 
orelhas e o paciente deve referir em qual orelha o som é mais intenso. Na perda de audição por condução 
unilateral o som é melhor audível do lado afetado, pois o ouvido médio vai conseguir transmitir o som melhor. 
 
Nariz 
O nariz apresenta-se como uma estrutura proeminente ósseo-cartilaginosa no centro da face. 
Internamente, existe a cavidade nasal, composta medialmente pelo septo nasal e lateralmente por três 
conchas de cada lado (conchas superior, média e inferior). Sob cada concha, existe um espaço chamado 
meato, que recebe a denominação de acordo com a concha correspondente. Os meatos recebem a drenagem 
dos seios paranasais 
Inspeção 
o Forma, tamanho, coloração 
o Paciente com a cabeça inclinada – ilumine com 
um feixe de luz 
Palpação 
o Da ponta para o ápice, ocluir alternadamente 
as narinas. 
Rinoscopia 
o Aspecto da mucosa, secreção. 
7 
 
Seios Paranasais 
Os seios anteriores (maxilar, etmoide anterior e frontal) drenam para o meato médio (uma das regiões mais 
importantes para o funcionamento dos seios paranasais), enquanto que apenas o ducto nasolacrimal é 
drenado para o meato inferior. Os seios posteriores (etmoide posterior e esfenoide) drenam para o meato 
superior. 
o Palpação com busca de sensibilidade. 
 
Boca 
o Não esquecer de remover a prótese dentária 
o Arcada dentaria 
Em indivíduos normais, apresenta 20 ou 32 elementos, 
respectivamente, em crianças e adultos. O examinador deve 
avaliar a mordida do paciente (normal, aberta, cruzada, etc.) e o 
estado de conservação dos dentes, que podem apresentar 
alterações de coloração, cáries ou mesmo fraturas. 
o Cavidade oral 
o exame da cavidade inicia-se pelo vestíbulo (delimitado, anteriormente, pela mucosa interna dos 
lábios e bochechas e, posteriormente, pelos dentes e gengiva) e segue-se pela avaliação da 
cavidade propriamente dita; 
 
o Lábios 
Devem ser simétricos (tanto à inspeçãoestática quanto à dinâmica) e de coloração róseo-claro. 
o Mucosa oral e gengivas 
Língua Saburosa 
8 
A mucosa gengival tem cor variável (delimitado, anteriormente, pela mucosa interna dos lábios e 
bochechas e, posteriormente, pelos dentes e gengivas) e segue-se pela avaliação da cavidade 
propriamente dita. 
o Língua 
a coloração da língua pode variar de rósea a 
vermelha e suas duas faces devem ser examinadas: a 
superior deve apresentar papilas por toda sua 
extensão e, na região posterior, o “V” lingual; já a 
ventral não apresenta papilas, e sua consistência é 
lisa, úmida e, algumas vezes, pode apresentar varizes 
constitucionais. Nesse momento, deve-se observar 
tanto a integridade do freio lingual como a do 
assoalho da boca e dos ductos das glândulas salivares submandibulares que nele desembocam. O 
examinador deve-se atentar a possíveis alterações constitucionais da língua, as quais não 
necessariamente representam doenças, como: “língua geográfica” (desenhos que normalmente 
têm aspecto de mapa); “língua fissurada” (aumento da profundidade dos sulcos); e “língua 
cerebriforme” (sulcos tortuosos cujo aspecto lembra o de um cérebro). Contudo, a língua também 
pode apresentar sinais indicativos de doenças sistêmicas, como a “língua careca”, “língua pilosa” e 
“língua saburrosa” ou mesmo a macroglossia. Além disso, sempre que possível deve-se realizar a 
palpação da língua para verificar o tônus muscular e avaliar possíveis nodulações; 
 
o Frênulo Lingual 
 
o Assoalho da boca 
o Palato 
o Articulação Temporomandibular (ATM) 
A articulação que executa os movimentos mastigatórios. Sua mobilidade é extremamente ampla, 
sendo capaz de realizar: abaixamento/elevação, protrusão/retração e lateralização da mandíbula. 
Em indivíduos normais, nenhum desses movimentos deve provocar dor, limitação ou crepitação 
articular, além de serem sempre simétricos. 
o Tonsila Palatinas e Orofaringe 
A orofaringe corresponde a um pequeno espaço compreendido entre a raiz da língua, o palato 
mole e a epiglote. Já as tonsilas palatinas ou amígdalas referem-se a massas moriformes 
encontradas entre os pilares palatinos anteriores e posteriores. Essa região é frequentemente 
acometida por processos infecciosos, inflamatórios ou até neoplásicos. Dessa forma deve-se 
procurar por sinais de hiperemia, placas purulentas, secreções ou ulcerações. Especificamente 
Monilíase oral = sapinho 
9 
quanto às tonsilas palatinas em crianças, deve-se atentar para seu tamanho que, embora não seja 
tão importante no adulto, pode provocar importantes obstruções de fluxo aéreo quando atinge 
grandes volumes; 
o Parótida 
o Orifício de drenagem da glândula parótida 
o Úvula 
apresenta-se como um apêndice cônico suspenso pelo véu palatino 
no centro do arco palato-glosso. Sua posição é um importante dado 
propedêutico, uma vez que pode apresentar “desvios patológicos”, 
como nos casos de comprometimento neurológico. 
o Elevação do palato nos respiradores bucais 
 
Pescoço 
Os principais sintomas clínicos que devem ser pesquisados na anamnese são dor, massa ou nódulos e 
restrições de mobilidade. de extrema importância que na história sejam descritos os fatores associados a 
essas queixas, como perda de peso, disfagia, dispneia, doenças sistêmicas associadas e história pregressa de 
trauma, etilismo, tabagismo, etc. 
O pescoço é um segmento corporal de transição. Situado entre a margem inferior da mandíbula e a linha 
nucal superior do osso occipital, acima, e a incisura jugular e as clavículas, abaixo. Ele conecta o segmento 
craniano ao tórax do indivíduo, recebendo em seu interior estruturas de extrema importância, como a coluna 
cervical, as artérias carótidas, a traqueia, além de diversas cadeias de linfonodos que podem receber 
drenagem do segmento cefálico ou torácico, dependendo da sua localização. 
O pescoço é dividido didaticamente em áreas e seu conhecimento é extremamente útil para que o 
examinador localize estruturas anatômicas normais e as diferentes cadeias linfonodais presentes em cada 
região. Além disso, o médico deve ser capaz de sinalizar com tranquilidade onde a massa ou o linfonodo 
palpável foi encontrado durante o exame. 
Exame do Pescoço: 
o Inspeção: durante a inspeção estática, observam-se simetria, possíveis abaulamentos, retrações, 
nódulos, cicatrizes ou outras alterações da pele. Durante a inspeção dinâmica, avalia-se a 
capacidade de movimentação da cabeça tanto no sentido anteroposterior como no sentido 
laterolateral. 
o Palpação: visa identificar as estruturas cervicais acessíveis à palpação (osso hioide, cartilagem 
tireoide, cartilagem cricoide, anéis traqueais, glândula tireoide, músculos cervicais, artérias 
carótidas, veias jugulares e linfonodos). 
o Ausculta: trata-se da fase final do exame, durante a ausculta avaliam-se os vasos do pescoço, em 
especial as artérias carótidas. 
10 
Linfonodos 
No pescoço, existem grupos linfonodais que 
podem tornar-se palpáveis pelas mais diversas 
afecções de suas áreas de drenagem 
(inflamação, infecção, neoplasias, etc.). São 
eles: pré-auriculares; auriculares posteriores; 
occipitais; tonsilares (ângulo da mandíbula); 
submentonianos; submandibulares;jugulodigástricos; cervicais superficiais (no 
esternocleidomastoideo); cervicais profundos 
(abaixo do esternocleidomastoideo); cervicais 
posteriores (no trapézio); e supraclaviculares. 
Todos os linfonodos, quando palpáveis, 
devem ser analisados quanto a tamanho, 
forma, consistência, mobilidade, sinais 
flogísticos e aderência aos planos profundos. 
Ao se palpar os linfonodos submentonianos e 
submandibulares, deve-se tomar certo cuidado, 
pois esses podem ser confundidos com glândulas salivares. Quando encontrados sinais de linfonodomegalia 
no pescoço, devem-se palpar outras cadeias linfonodais extracervicais, como a axilar e a inguinal, e procurar 
sinais de hepatoesplenomegalia no exame do abdome, pois a hipótese de doença linfoproliferativa (linfoma) 
sempre deve ser lembrada. 
Aumento dos linfonodos superficiais/adenomegalia 
o Localizado ou generalizado 
o Qual cadeia (localização) 
o Qual o tamanho (em centímetros) 
o Formato ( simétricos ou assimétricos) 
o Organização (isolado ou agrupado) 
o Mobilidade (fixo ou móvel) 
o Consistência (fibroelástico; endurecido ou amolecido) 
o Sensibilidade ao toque 
o Coloração e Temperatura 
o Estado da pele adjacente 
o Fistulizado ou não 
o Sinais Flogísticos 
• Calor 
• Rubor 
• Dor 
Adenomegalia Inflamatória X Adenomegalia Neoplásica 
Inflamatório 
o Doloroso 
o Tempo 4-6 semanas 
o Amolecido 
o Generalizado ou bilateral 
o Não aderido 
Neoplásico 
o Indolor 
o Tempo > 4-6 semanas 
o Endurecido – pétro 
o Generalizado, unilateral 
o Aderido a planos profundos 
Tireoide 
Glândula de consistência fibroelástica que repousa abaixo da cartilagem cricoide na região anterior do 
pescoço. A estrutura básica da tireoide é composta de dois lobos, que correm para cima margeando a 
11 
cartilagem tireóidea de seus lados direito e esquerdo, ligados por um istmo central, conferindo-lhe um 
formato de “borboleta”, embora alguns indivíduos possam apresentar um terceiro lobo (lobo piramidal), que 
geralmente encontra-se medialmente à glândula. 
Embora não o seja na maioria dos indivíduos, quando palpável, deve-se ter sua forma, tamanho, local, 
consistência, dor e a presença de nódulos/ massas palpáveis anormais avaliados. 
Assim, devem-se especificar: 
o aumento – deve-se definir se ou aumento é global (a glândula está aumentada por inteiro) ou 
localizado (apenas determinada região encontra-se aumentada); 
o massas/nodulações – única ou múltipla; 
o consistência – fibroelástica (normal), endurecida, pétrea ou amolecida; 
o dor – registra-se quando o paciente refere dor ou hipersensibilidade, seja ela contínua, à palpação 
ou à deglutição. 
Exame Físico da Tireoide 
o Inspeção 
• Normalmente a tireoide não é visível, exceto em pacientes muito emagrecidos; 
• O paciente deverá estar sentado e a glândula é mais facilmente visualizada quando se 
estende a cabeça do paciente para trás e com a deglutição; 
• Como a glândula é fixa à fáscia pré-traqueal, ela se desloca para cima com a deglutição do 
paciente; 
• Observar assimetria no pescoço. 
 
 
 
 
o Palpação 
o Sopro – aumento do fluxo sanguíneo no 
hipertireidismo 
Nódulos Tireoidianos 
Benignos 
o Frequentes; 
o Pequenos; 
o Móveis; 
o Indolores; 
o Fibroelásticos. 
Malignos 
o Raros; 
o Maiores e em idosos; 
o Aderidos; 
o Duros; 
o Rouquidão/perda de peso. 
Referências 
MASSAIA, Irineu Francisco Delfino Silva. Propedêutica médica: da criança 
ao idoso. 2. ed. São Paulo: Atheneu Editora, 2015. 456 p.

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