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Unidade 1 
Políticas Públicas
No âmbito da produção legislativa, o termo “política pública” tem sido reservado para designar os sistemas legais com pretensão de vasta amplitude, os quais definem competências administrativas, estabelecem princípios, diretrizes e regras, e, em alguns casos, impõem metas e preveem resultados específicos. 
São as chamadas normas-gerais ou leis-quadro, instituidoras das políticas nacionais, normalmente inseridas no âmbito das competências administrativas comuns ou legislativas concorrentes previstas, respectivamente, nos arts. 23 e 24 da Constituição Federal de 1988. É importante assinalar que as leis produzidas com a tarefa de delinear competências que, inicialmente, estão difusas são 2 extremamente importantes, na medida em que permitem correlacionar obrigações constitucionais e entes federativos.
Para Michael Howlett e M. Ramesh, é possível destacar três definições utilizadas com maior abrangência pelos estudiosos no assunto. 
1. Thomas Dye, segundo o qual será política pública tudo aquilo que o governo decida fazer ou não fazer. Tal definição peca pelo excesso, pois inclui no conceito todas as atividades realizadas pelo governo. Não há nenhuma preocupação em distinguir as atividades governamentais, as quais, contudo, possuem notória especialização e diferenciação. Além disso, nos termos da crítica empreendida pelos autores citados, a definição dada por Thomas Dye reduz o fenômeno das políticas públicas ao aspecto decisório, descurando de outras questões a elas relacionadas, tal como a implementação e avaliação das políticas adotadas, ponto importante para a Ciência Política. 
2. William Jenkins. Segundo o autor, política pública é um conjunto de decisões inter-relacionadas tomadas por um indivíduo ou um grupo de atores políticos a respeito da escolha de objetivos e dos meios para alcançá-los em uma situação específica. Tais decisões devem, em princípio, estar inseridas no poder de alcance desses atores. Esse conceito é mais completo que o apresentado por Thomas Dye e envolve diversas considerações. No âmbito da Policy Science, por sua vez, os fatores limitativos serão sempre importantes, na medida em que uma análise acurada da política pública sempre deverá considerá-los. 
3. James Anderson, segundo o autor, as políticas públicas se caracterizam por um curso de ação intencional construído por um ator ou um conjunto de atores para lidar com um problema ou um motivo de preocupação. A novidade na definição de Anderson, em comparação com as anteriores, consiste na percepção de que as políticas públicas são deflagradas em razão de problemas sociais.
Atividade
Com a Constituição Federal de 1988 e o crescimento do Estado Social, crescem os estudos sobre políticas públicas no Brasil, o que exige a sua sistematização.
Identifique as características dessa nova ciência.
A sistematização dos estudos sobre políticas públicas é feita pela ciência das Políticas Públicas, que advém das áreas da Ciência Política e da Administração Pública, e tem como objeto as relações entre a política e a ação estatal. Cabe à ciência das Políticas Públicas o estudo sistematizado dessa relação, que tem como pano de fundo o Estado Social.
Unidade 2
Fomento público
Artigos 170, 173 e 174 da Constituição Federal, sendo o mais especifico art. 174: 
Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado. 
§ 1º A lei estabelecerá as diretrizes e bases do planejamento do desenvolvimento nacional equilibrado, o qual incorporará e compatibilizará os planos nacionais e regionais de desenvolvimento. 
§ 2º A lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras formas de associativismo. 
§ 3º O Estado favorecerá a organização da atividade garimpeira em cooperativas, levando em conta a proteção do meio ambiente e a promoção econômico-social dos garimpeiros. 
§ 4º As cooperativas a que se refere o parágrafo anterior terão prioridade na autorização ou concessão para pesquisa e lavra dos recursos e jazidas de minerais garimpáveis, nas áreas onde estejam atuando, e naquelas fixadas de acordo com o art. 21, XXV, na forma da lei.
Unidade 3
Mínimo Existencial 
O mínimo existencial é um padrão de vida mínimo a ser garantido para que o sujeito tenha uma qualidade de vida digna, considerada média e satisfatória na sociedade em que está inserido.
Em suma, a reserva do possível objetiva adequar essas pretensões às possibilidades financeiras do Estado, o que deve ser feito sem que o núcleo da dignidade da pessoa humana, o mínimo para que o ser humano literalmente exista, seja violado.
O princípio da dignidade da pessoa humana abrange dois campos: o do consenso mínimo e o da liberdade democrática, art. 1º, III / CF/88. 
Entre os direitos que compõem o mínimo existencial estão o direito à liberdade, à igualdade, ao trabalho, à moradia, ao lazer, à educação, à previdência, ao amparo e à assistência. O rol de direitos incluídos no conceito de mínimo existencial não deve ser considerado taxativo, pois a Constituição Federal de 1988 garante àqueles que carecem de condições dignas de existência o mínimo necessário, sendo essa necessidade material, psicológica ou social.
Quanto aos efeitos, destaca-se que o princípio da dignidade da pessoa humana compreende dois pontos: 
 um núcleo mínimo (mínimo existencial), consenso público transformado em norma jurídica, decisão fundamental do constituinte originário e 
 o aspecto que será desenvolvido na esfera política, mediante deliberações específicas, de acordo com as opções da população.
A reserva do possível é um argumento ocasionalmente utilizado nas respostas do Estado às demandas judiciais cujo objeto é o adimplemento de prestações previstas em normas que conferem aos cidadãos algum direito fundamental social e tem como finalidade adequar essas pretensões às possibilidades financeiras do Estado. Não há consenso na doutrina e na jurisprudência acerca da natureza da reserva do possível, ou seja, não se sabe se consiste em um princípio, cláusula, postulado ou condição de realidade.
Unidade 4
Estado de Coisas Inconstitucional 
Estado de coisas inconstitucional é “técnica de decisão por meio da qual cortes constitucionais, quando identificam um quadro de violação massiva de direitos fundamentais decorrentes de falhas estruturais do Estado, declaram a contradição entre os comandos normativos constitucionais e a realidade social, e expedem ordens estruturais dirigidas a um amplo conjunto de órgãos e autoridades, para que formulem e implementem políticas públicas” (CAMPOS, 2016)
Requisitos: 
1. violação generalizada de direitos fundamentais; 
2. incapacidade reiterada das autoridades públicas; 
3. necessidade de atuação concertada dos poderes públicos e 
4. efeito multiplicador.

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