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E-book 2
Giovana Gavioli
GESTÃO DE OPERAÇÕES 
COM CÂMBIO
Neste E-Book:
INTRODUÇÃO ���������������������������������������������� 3
AGENTES INTERVENIENTES �������������������4
Método indireto ��������������������������������������������������������5
Método direto �������������������������������������������������������� 10
Estrutura administrativa brasileira ����������������������� 12
CREDENCIAMENTO E SISCOMEX ��������19
CLASSIFICAÇÃO FISCAL ������������������������24
Enquadramento da classificação fiscal��������������� 26
TARIFAÇÃO DE IMPORTAÇÃO E 
EXPORTAÇÃO ���������������������������������������������31
CONSIDERAÇÕES FINAIS ���������������������� 32
SÍNTESE ������������������������������������������������������� 33
2
INTRODUÇÃO
Começamos a aprofundar nosso conhecimento nas 
operações de comércio exterior, entendendo quem é 
quem dentro do processo. Veremos quais as respon-
sabilidades de cada empresa, seja em um processo 
direto ou indireto e qual o papel dos órgãos gover-
namentais para que um processo de importação ou 
exportação seja efetivado.
O objetivo é que você consiga guiar uma empresa 
nos caminhos burocráticos do comércio exterior bra-
sileiro, seja tornando-se habilitada para operar por 
meio do Siscomex, seja pela correta definição da 
classificação fiscal de uma operação. Vamos juntos?
3
AGENTES 
INTERVENIENTES
Para que o processo de compra e venda internacional 
ocorra, existe uma infinidade de empresas e pessoas 
envolvidas, desde seu início até a sua conclusão. 
Sousa (2009) coloca diversos processos entre com-
prador e vendedor, conforme a figura 1.
Transportes
Alfândegas
Bancos e Seguros
Produto
2
1 1
3
2
3
Contrato/Encomenda
Pagamento
Exportador Cliente
Figura 1: O processo de compra e venda internacional. Fonte: Sousa 
(2009, p. 175)
Podemos ver que para que o processo ocorra estão 
envolvidos:
 ● Empresas de transporte
 ● Empresas de armazenagem
 ● Operadores portuários e aeroportuários
 ● Empresas de inspeção
 ● Bancos comerciais
 ● Companhias de seguros
4
 ● Despachantes aduaneiros
 ● Órgãos governamentais
Fique atento: 
Chamam-se de agentes intervenientes toda empre-
sa, órgão, instituição entre outros que estejam direta 
ou indiretamente ligados ao processo de comércio 
exterior. 
A quantidade de agentes intervenientes dependerá 
do grau de envolvimento que a empresa deseja ter 
no seu processo de compra e venda internacional. 
Essa participação pode ser direta ou indireta:
 ● Exportação/Importação indireta: a empresa realiza 
o processo por intermédio de uma empresa terceira, 
como uma Trading, uma Comercial Exportadora ou 
um Consórcio.
 ● Exportação/Importação direta: a empresa conduz 
todo o processo contratando diretamente um agende 
de carga, despachante, representante ou distribuidor 
internacional, corretoras de câmbio e de seguro.
Vamos conhecer mais detalhadamente cada uma 
das modalidades�
Método indireto
Ludovico (2018) afirma que a empresa pode optar 
pelo método indireto por insuficiência de recursos 
para investir na criação de um departamento de co-
mércio exterior, contratar pessoal e arcar com todas 
as despesas que um processo de compra e venda 
5
internacional possui. Outro fator se relaciona às dú-
vidas e a falta de experiência em participar do mer-
cado internacional e realizar pesquisas de mercado, 
adaptação de produto, promoção e outras ações que 
são necessárias para que o processo ocorra.
Nesses casos, contratar uma empresa com experi-
ência pode auxiliar a ingressar mais facilmente sem 
despender investimentos em áreas ou processos 
errôneos�
Alguns métodos indiretos são:
1. Traders ou Brokers: intermediário que atua em 
vários setores, geralmente especializando-se em 
cada setor, conhecendo profundamente o mercado 
global em que atua. O trader ou broker tem como fun-
ção realizar estudos de mercado, orientar a melhor 
logística da operação, inclusive indicando agentes 
de carga, fornecer informações de processos buro-
cráticos e alfandegários, orientar na elaboração dos 
documentos, monitorar o transporte, realizar estudos 
de classificação fiscal e orientar quanto à aplicação 
de acordos internacionais. A remuneração do trader 
ou do broker se dá por meio de uma comissão sobre 
as compras ou vendas realizadas pela empresa.
2. Trading Companies/Empresas Comerciais 
Exportadoras (ECE): são empresas que atuam na 
compra e venda de produtos a fim de detectar oportu-
nidades de negócios. Algumas possuem escritórios e 
empresas afiliadas no mundo inteiro, tendo facilidade 
em procurar produtos para a importação ou procurar 
mercados para a exportação, sendo remuneradas 
por uma parcela da lucratividade da operação. As 
maiores empresas especializadas do mercado cos-
tumam ter departamentos específicos para cada 
6
tipo de produto e trabalham comprando e vendendo 
produtos e serviços para o mundo inteiro.
Saiba mais
Você sabia que as tradings são muito antigas, 
tendo registro delas desde a época das grandes 
expedições? Minervini (2008) afirma que seu 
maior desenvolvimento foi no Japão, onde fo-
ram batizadas em 1860 como Sogo Sosha. Es-
sas tradings atuavam comprando tecidos para as 
indústrias têxteis e, posteriormente à fabricação, 
buscavam mercados para vender os produtos 
acabados. No Brasil, para ser uma trading, a em-
presa precisa obter um Certificado de Registro 
Especial, observando a Portaria da SECEX nº 23 
de 14/07/11. Uma das mais conhecidas é a Cisa 
Trading. (www.cisatrading.com.br)
A grande diferença entre uma Trading e uma ECE, 
segundo Castro (2007), é o registro administrativo 
que caracteriza essas empresas. Enquanto que as 
Tradings possuem alguns benefícios e incentivos fis-
cais e devem obedecer a uma legislação específica, 
as ECEs não estão sujeitas a qualquer legislação.
Outras diferenciações específicas se dão por conta 
do tratamento dos impostos como o ICMS, IPI, PIS e 
COFINS, sendo isentos, quando feitos por Trading, e 
suspensos quando feitos pela ECE, segundo Sousa 
(2010). De qualquer forma, é importante que a empre-
sa que deseja utilizar os serviços dessa modalidade 
de exportação indireta, avalie cuidadosamente os 
7
benefícios fiscais, contábeis e financeiros na utili-
zação da Trading ou da ECE.
3. Consórcios de exportação: importante forma de 
ingresso no mercado internacional para pequenas e 
médias empresas, uma vez que reduzem os custos 
e os riscos associados ao comércio internacional� 
Minervini (2008) os define como: “uma estrutura de 
intermediação de serviços de excelência à disposição 
das empresas”. 
Os consórcios podem auxiliar as empresas na pro-
moção de seus produtos, realizando feiras, missões 
empresariais, confeccionando catálogos conjuntos, 
fechando convênios com corretoras de seguros e 
de câmbio, aplicando pesquisa de mercado que 
atendem a diversos interesses entre muitos outros 
benefícios.
A manutenção do consórcio é feita pelos próprios 
sócios, com uma contribuição mensal ou anual, ou 
mesmo com uma comissão sobre as vendas rea-
lizadas. São eles que definem a melhor forma de 
remuneração da estrutura.
Existem alguns tipos de consórcios:
 ● Monosetorial: são consórcios especializados em 
determinados setores, como vestuário, calçados, 
máquinas, etc. e formados por um pequeno número 
de empresas (entre 10 a 12);
 ● Multisetorial heterogêneo: agrupam empresas 
com produtos dos mais diferentes setores, como 
artigos de couro, automóveis, autopeças, alimen-
tos etc. Nesse tipo de consórcio a promoção é feita 
com base na origem dos produtos (Made in Brazil, 
por exemplo) valendo-se de fatores culturais para 
8
incentivar a compra. Geralmente possuem grande 
quantidade de empresas participantes;
 ● Multisetorial complementar: da mesma forma que 
o anterior, também possui grande quantidade de 
empresas participantes, contudo os seus produtos 
apresentam uma relação de associação, por exem-
plo, automóveis e autopeças, móveis e mobiliário 
de hotéis, alimentos e utensílios de cozinha e assim 
em diante�
Especificamenteno caso das importações, quando 
é a empresa importadora que efetua todo o proces-
so de importação, do início ao fim, chamamos de 
importação direta ou por conta própria. Quando ela 
o faz por meio de outras empresas, é chamada de 
importação indireta. Neste caso, ela pode ser por 
conta e ordem de terceiros ou por encomenda:
1. Importação por conta e ordem de terceiros: de-
finida por Vieira (2015) como a importação feita 
por empresa importadora em seu nome, adquirida 
por outra empresa, chamada de adquirente, em ra-
zão de contrato previamente firmado. Nesse caso, 
o importador de fato é o adquirente, que fará toda a 
negociação internacional com o vendedor, inclusive 
o seu pagamento, sendo a empresa importadora 
somente uma intermediária na operação.
2. Importação por encomenda: similar à importação 
por conta e ordem, na importação por encomenda, 
a empresa importadora adquire as mercadorias do 
exterior, contudo ela, posteriormente, as revende 
para a empresa encomendante. Deve ser estabele-
cido um contrato entre as empresas e, nesse caso, 
o pagamento ao exportador deve ser efetuado ex-
clusivamente pela empresa importadora.
9
Empresas que iniciam de forma indireta, após passar 
por um período de compra e venda internacional, 
podem internalizar a experiência adquirida e migrar 
para o método direto.
Método direto
Pelo método direto, o fabricante é o próprio exporta-
dor e o comprador é o próprio importador. Em ambos 
os casos, a empresa deve montar um departamento 
de comércio exterior, que, segundo Ludovico (2018), 
pode ser elaborado de várias formas:
 ● Departamento de exportação: em uma empresa 
que, ao buscar novas opções de mercados, inicia 
suas atividades com o exterior. 
 ● Departamento de importação: em uma empresa 
que, por questões de modernização de seu parque 
industrial, ou pela aquisição de insumos do exterior, 
melhora a qualidade de seus produtos.
 ● Departamento de comércio exterior: para empresas 
de importação e exportação.
Segundo Ludovico:
A presença de um fluxo de operações com o exterior 
gera a necessidade de dedicação especial de tempo, 
além da participação de experts nas atividades. À 
medida que essa área cresce e começa a ocupar um 
espaço maior na organização, torna-se obrigatória a 
inserção de áreas especializadas – administrativa, 
comercial, financeira, fiscal, contábil, produção, ex-
pedição, estoque e faturamento, entre outras –, que 
estarão sempre ligadas à área de comércio exterior. 
(LUDOVICO, 2018, p. 69):
10
A contratação de despachantes, agentes de carga, 
armazéns, corretoras de seguro da carga e de câm-
bio, também são de responsabilidade da empresa 
que realiza o método direto.
Reflita:
Uma pessoa que vende pela internet está reali-
zando uma exportação direta? Se pensarmos 
que ela é responsável pelo anúncio, contato com 
o comprador, recebimento do pagamento e, pos-
teriormente, na postagem do material, podemos 
dizer que sim, ela é a única executante de todo o 
processo, portanto ela o faz por método direto.
Segre (2018, p. 55) afirma que: “no método direto, é 
possível a eliminação de intermediários. O contato 
entre importador e exportador é direto, o exporta-
dor fatura a mercadoria em nome do importador, 
providencia todos os trâmites necessários para a 
exportação e recebe o pagamento diretamente do 
importador, eliminando a atuação de Comerciais 
Exportadoras ou Tradings”.
Mesmo fazendo o processo de forma direta, a em-
presa pode optar por contratar agentes ou distribui-
dores no exterior, assim como, ao exportar, preferir 
estabelecer uma filial. Vamos conhecer melhor esses 
intervenientes e as diferenças e vantagens entre eles.
Podcast 1 
11
https://famonline.instructure.com/files/717262/download?download_frd=1
Estrutura administrativa brasileira
A estrutura administrativa do comércio exterior bra-
sileiro é composta por diversas áreas de atuação 
que atuam de forma transversal dentro de vários 
Ministérios. Os que estão diretamente envolvidos 
na legislação e regulação do comércio exterior são o 
Ministério da Economia, Indústria, Comércio Exterior 
e Serviços e o Ministério das Relações Exteriores. 
O Ministério da Economia passou a agregar as fun-
ções do antigo Ministério da Fazenda. Com isso, pas-
saram a fazer parte da sua alçada o Banco Central 
do Brasil, o BACEN e a Secretaria da Receita Federal 
do Brasil (RFB):
 ● A RFB atua na fiscalização da importação e expor-
tação de mercadorias e serviços, verificando a corre-
ta utilização dos incentivos fiscais, a arrecadação dos 
tributos e a coordenação da atuação da fiscalização 
aduaneira no processo de liberação dos materiais.
 ● O BACEN planeja e executa a política cambial bra-
sileira, controlando a entrada e a saída de moedas 
estrangeiras e controlando as reservas do país. Toda 
operação de pagamento ou recebimento gerada pe-
las importações e exportações é feita por intermédio 
do BACEN e controlada pelo SISBACEN, sistema 
integrado ao SISCOMEX, que conheceremos mais 
adiante�
O antigo Ministério do Desenvolvimento, Indústria 
e Comércio Exterior (MDIC), também foi incorpora-
do ao Ministério da Economia, especificamente nos 
assuntos da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. 
Ao MDIC cabe desenvolver e avaliar toda a política 
nacional e internacional, participando em negocia-
12
ções referentes ao comércio internacional fora do 
Brasil e realizando missões comerciais fora e dentro 
do país. Ao MDIC foram incorporadas a:
 ● CAMEX – Secretaria-Executiva da Câmara de 
Comércio Exterior: atua na formulação e coordena-
ção de políticas e atividades do comércio exterior, 
servindo de ponte de diálogo entre o governo e os 
agentes do setor produtivo. Políticas de incentivos 
fiscais, financiamentos, melhoria de serviços de 
transporte, marcação de mercadorias e regras de 
origem, entre diversos outros temas, são debatidos 
e definidos pela CAMEX;
 ● CZPE – Secretaria-Executiva do Conselho Nacional 
das Zonas de Processamento de Exportação: órgão 
responsável por realizar análises técnicas e acom-
panhar as Zonas de Processamento de Exportação 
(ZPE’s). Atualmente o Brasil possui 25 autorizadas, 
com 19 em implantação;
 ● SECEX – Secretaria de Comércio Exterior: se en-
carrega da formulação de propostas de políticas e 
programas de comércio internacional, representando 
um braço normativo do MDIC. A Secex é responsá-
vel pelo controle e monitoramento da atividade de 
importadores e exportadores, assim como a reali-
zação de estatísticas e controle de entrada e saída 
de mercadorias, por intermédio do Siscomex. Para 
realizar essas atividades, a Secex conta com cinco 
outras divisões, conforme a figura 2:
13
SECEX
DECEX
DEINT
DECOM
DEAEX
DECOE
Figura 2: Estrutura da Secex. Fonte: Elaborada pela autora
1. DECEX – Departamento de Operações de 
Comércio Exterior, responsável pelo controle das 
operações e estudos de comercialização de produtos 
estratégicos para o comércio internacional brasileiro, 
além de zelar pelo cumprimento das normas esta-
belecidas pela SECEX;
2. DEINT – Departamento de Negociações 
Internacionais, regulamenta a posição brasileira jun-
to à acordos e blocos econômicos internacionais, 
14
participando de negociações internacionais, regula-
mentando a emissão de certificados e instaurando 
ou retirando concessões a produtos específicos.
3. DECOM – Departamento de Defesa Comercial, 
assegura que produtos exportados e importados 
estejam dentro das políticas de preços e incenti-
vos estabelecidos, investigando processos junto à 
OMC (Organização Mundial do Comércio), analisando 
exames de procedência e tomando ações para a 
redução do comércio desleal, como contrabandos 
e descaminhos dos processos;
4. DEAEX – Departamento de Estatística e Apoio 
à Exportação, realiza a divulgação de números ofi-
ciais e estatísticas de comércio exterior, realizando 
propostas que tenham como objetivo a melhoria das 
operações;
5. DECOE – Departamento de Competitividade no 
Comércio Exterior, coordena ações defacilitação 
quanto à licenciamentos e coordenação dos agentes 
autorizados a operar no comércio internacional, como 
o registro das empresas comerciais exportadoras.
O Ministério das Relações Exteriores (MRE) atua na 
assistência consular e diplomática em visitas ofi-
ciais dentro e fora do país, por meio das ações do 
Itamaraty, que também representa o Brasil em ações 
junto à OMC. Além disso, o MRE também possui um 
braço no SECOMS, Setores de Promoção Comercial 
que buscam atração de investimento direto estran-
geiro para empresas brasileiras, promovendo o co-
mércio exterior, a internacionalização de empresas 
e o turismo�
15
Além de todos os agentes destacados, outros me-
recem especial atenção na estrutura do comércio 
exterior brasileiro.
Alguns deles visam a promover a exportação bra-
sileira, além das ações do MDIC, como é o caso da 
APEX – Agência de Promoção às Exportações, ligada 
ao MRE, outros visam a, além de formar profissionais 
capacitados, disseminar o conhecimento principal-
mente para micro e pequenas empresas, como o 
SEBRAE.
Câmaras de Comércio, Embaixadas e Federações 
de Indústria e Comércio, como a FIESP, por exemplo, 
também participam na disseminação das informa-
ções e na promoção do debate acerca das legisla-
ções de comércio internacional.
O BNDES oferece empréstimos a juros menores para 
empresas que desejam internacionalizar as suas ope-
rações, incentivando-as a participar da exportação.
Outro destaque deve ser dado aos órgãos anuentes, 
que são responsáveis por autorizar e emitir licenças 
de importações e exportação para produtos espe-
cíficos. O Banco do Brasil, o Ibama, O Ministério da 
Agricultura e Abastecimento, a ANVISA e diversos 
outros órgãos classificam-se nesta categoria.
Também é possível considerar como agentes interve-
nientes, a existência dos organismos internacionais 
ou internacionais que, segundo Segre (2018) tem 
como objetivo trazer transparência e agilidade no 
comércio alcançado por meio da redução ou elimi-
nação entraves existentes. 
Existe, contudo, um paradoxo de atuação dos ór-
gãos de controle. Se por um lado, eles necessitam 
16
promover a liberdade de comércio entre os países, 
eles podem ter de efetuar controles restritivos às 
importações de forma a assegurar esta liberdade.
Fica, portanto, a busca contínua pelo equilíbrio en-
tre os objetivos nacionais de desenvolvimento e os 
objetivos da comunidade mundial. Nesse cenário, 
os organismos internacionais, como a OMC, entram 
como supervisores ou reguladores dessas políticas, 
a fim de “criar condições de igualdade entre as na-
ções e impedir que alguma delas seja prejudicada”. 
(TRIPOLI, 2016, p. 88).
Diversas organizações internacionais e seus contatos 
e funções que podem contribuir com o fornecimento 
de informações mais variadas e auxiliar o importador. 
Observe a Tabela 1:
Organização Informação
Organização Mundial 
do Comércio (OMC)
Atua no ordenamento e na coo-
peração comerciais
Organização das 
Nações Unidas (ONU)
Fornece estatísticas de comér-
cio, indústria e outros aspectos 
econômico com estudos espe-
ciais quanto ao desenvolvimento 
de mercado
Organização Mundial 
de Aduanas (OMA)
Auxilia na promoção de um am-
biente aduaneiro transparente
Organização para 
Alimentação e 
Agricultura da ONU 
(FAO)
Divulga estatísticas relaciona-
das à área agrícola e estudos de 
mercado
Organização para 
Cooperação e 
Desenvolvimento 
Econômico (OCDE)
Publica estatísticas de comércio 
exterior, indústria, ciência, tecno-
logia, alimentação e transportes
17
https://www.wto.org
https://www.wto.org
http://www.un.org
http://www.un.org
http://www.wcoomd.org
http://www.wcoomd.org
http://www.fao.org
http://www.fao.org
http://www.fao.org
http://www.fao.org
http://www.ocde.org
http://www.ocde.org
http://www.ocde.org
http://www.ocde.org
Organização Informação
Conferência so-
bre Comércio e 
Desenvolvimento 
das Nações Unidas 
(UNCTAD)
Fornece estudos especiais sobre 
o comércio internacional além 
de informações sobre barreiras 
alfandegárias e Sistema Geral de 
Preferência
Câmara de Comércio 
Internacional (CCI)
Fornece lista de empresas inte-
ressadas em intercâmbio comer-
cial, atualizações sobre regras de 
Incoterms e cartas de crédito
Fundo Monetário 
Internacional (FMI)
Auxiliar os países a solucionar 
desequilíbrios em seus balanços 
de pagamentos
Banco para 
Reconstrução e 
Desenvolvimento 
(BIRD)
Promover o crescimento de 
regiões e países com os meno-
res índices de desenvolvimento 
relativo
Tabela 1: Exemplos de organizações nacionais e internacionais. Fonte: 
Elaborada pela autora
18
http://www.unctad.org
http://www.unctad.org
http://www.unctad.org
http://www.unctad.org
http://www.unctad.org
http://www.iccwbo.org
http://www.iccwbo.org
http://www.imf.org
http://www.imf.org
http://www.worldbank.org
http://www.worldbank.org
http://www.worldbank.org
http://www.worldbank.org
CREDENCIAMENTO E 
SISCOMEX
Segundo Castro (2007), “todas as pessoas físicas ou 
jurídicas, atuantes ou que venham a atuar no comér-
cio exterior, devem estar inscritas no REI – Registro 
de Exportadores e Importadores”.
A inscrição é feita automaticamente pela Secex, tanto 
para importadores quanto exportadores, quando da 
sua primeira operação de comércio internacional.
No caso de pessoas físicas, as exportações e im-
portações são somente autorizadas em quantida-
des de mercadorias que não sejam enquadradas 
como comércio ou que sejam feitas habitualmente. 
Produtores rurais, artesãos, artistas ou assemelha-
dos, que possuam registro de profissional autônomo, 
dispensam o credenciamento. 
A inscrição no REI poderá ser indeferida pela Secex 
assim como a exigência de documentos adicionais 
de comprovação do exportador ou importador.
A emissão do REI não resulta ou gera qualquer nú-
mero, contudo, a sua automaticidade não permite 
que a operação de venda ao exterior seja finalizada, 
pois, para isso, é necessário realizar o processo via 
Siscomex – Sistema Integrado de Comércio Exterior.
Segundo Castro (2007), o Siscomex foi implantando 
na exportação em 1993 e na importação em 1997 
com o objetivo de controlar e processar todas as 
operações internacionais, evitando a utilização de 
grandes quantidades de papel.
19
Fique atento:
Criado pelo decreto nº 660, de 25 de setembro de 
1992, o Sistema Integrado de Comércio Exterior (Sis-
comex) é um sistema informatizado que integra as 
atividades de registro, acompanhamento e contro-
le do comércio exterior, mediante um fluxo único e 
computadorizado de informações. [...] O Siscomex 
começou a operar em 1993, para as exportações, e 
em 1997, para as importações. É administrado pelos 
chamados órgãos gestores, que são: a Secretaria de 
Comércio Exterior (Secex), a Secretaria da Receita Fe-
deral do Brasil (RFB) e o Banco Central do Brasil (Ba-
cen). (SEGRE, 2018, p. 14; p. 58)
Segundo Segre (2018, p.15) são usuários do 
Siscomex, em uma operação de comércio 
internacional:
 ● Órgãos da administração direta e indireta, interve-
nientes no comércio exterior;
 ● Instituições financeiras autorizadas a operar em 
câmbio, mediante acesso ao Sistema de Informações 
do Banco Central (Sisbacen);
 ● Instituições financeiras autorizadas pela Secex a 
conceder licença de importação;
 ● Pessoas físicas ou jurídicas que atuam na área 
de comércio exterior, tais como exportadores im-
portadores, depositários, transportadores e seus 
representantes legais.
A utilização do Siscomex, permitiu eliminar diversos 
formulários e outros documentos, desburocratizando 
o processo aduaneiro e transformando o fluxo de 
forma informatizada, proporcionando transparência, 
20
agilidade, confiabilidade, rapidez no acesso à infor-
mações e redução de custos. (SOUSA, 2010)
O credenciamento no Siscomex, diferentemente 
do REI, exige uma gama de documentos, tanto do 
exportador como dos seus representantes legais 
e despachantes aduaneiros habilitados. Uma vez 
credenciado, o exportador receberá uma senha de 
acesso pela qual ele e seu despachanteaduaneiro 
podem registrar e controlar eletronicamente o anda-
mento das operações.
Existem diferentes tipos de credenciamento, de-
pendendo das atividades a serem realizadas pela 
empresa:
 ● Habilitação expressa: destinada para empresas 
que exportem ou importem o montante de até US$ 
50.000,00 sem frete (FOB) a cada seis meses. Acima 
desse valor, a empresa deve partir para a habilitação 
limitada ou ilimitada�
Fique atento: 
A equivalência da moeda é dada pela taxa de câmbio 
na data da emissão dos documentos de exportação. 
Se uma exportação, por exemplo, é feita em euros, 
no valor de 50.000,00, o montante ultrapassa o limi-
te permitido da habilitação expressa, uma vez que o 
euro vale mais que o dólar, com uma taxa de câm-
bio de 1,10, ou seja, 50.000 euros são o equivalente a 
55.146,00 dólares.
 ● Habilitação limitada/ilimitada: habilitação desti-
nada a pessoas jurídicas que operem no comércio 
internacional. Para empresas que operam até o limite 
21
de US$ 150.000,00 ou moeda equivalente, em um pe-
ríodo de seis meses, a habilitação deve ser a limitada. 
Acima desse valor no período, a habilitação passa a 
ser a ilimitada. Caso a empresa vá operar somente 
com exportação, não há limites pré-estabelecidos.
 ● Habilitação especial: feita para órgãos e institui-
ções públicas.
Para operações diretas, indireta via trader ou broker, 
e indireta via consórcio, a empresa deve realizar seu 
registro no Siscomex. Caso a empresa realize a sua 
exportação por intermédio de Empresa Comercial 
Exportadora ou Trading, o credenciamento não é ne-
cessário, uma vez que a ECE ou a Trading realizará 
a compra do produto de forma nacional e exportará 
utilizando seu credenciamento próprio no Siscomex. 
Figura 3: Página de acesso ao Siscomex. Fonte: Siscomex
Em 2014, o Ministério da Indústria, Comércio Exterior 
e Serviços (MDIC) lançou o Portal Único do Comércio 
Exterior, uma ferramenta desenvolvida para simpli-
ficar os trâmites de desembaraço, eliminando a 
necessidade da entrega de documentos físicos e 
integrando diversos órgãos que operam tanto na im-
22
https://portalunico.siscomex.gov.br/portal/
portação quanto na exportação. O objetivo foi reduzir 
a burocracia e aumentar a eficiência nos processos 
de desembaraço, reduzindo o tempo das operações 
em até 40%. O website do Siscomex (www.siscomex.
gov.br), traz alguns dados sobre os resultados da 
utilização do portal, conforme a Tabela 2.
Tipo Antes do 
Portal
Depois do 
Portal
Eliminação de 
Documentos
Exportações 13 dias 8 dias 99%
Importações 17 dias 10 dias
Tabela 2: Tempo de pedidos de exportações e importações. Fonte: 
Siscomex
23
http://www.siscomex.gov.br
http://www.siscomex.gov.br
http://www.siscomex.gov.br/conheca-o-portal/sobre-o-programa-portal-unico-de-comercio-exterior/
CLASSIFICAÇÃO FISCAL
Um mundo inteiro globalizado, fornecedores e com-
pradores em várias partes do globo se conectando, 
em diversos idiomas, com diferentes legislações e 
práticas de importação e exportação e, acima de 
tudo, diferentes processos aduaneiros. Complicado 
não?
Figura 4: O mundo globalizado. Fonte: Freepik
Foi exatamente pensando em facilitar a comuni-
cação nas trocas comerciais feitas pelos países 
que a Organização Mundial das Alfândegas (World 
Customs Organization – http://www.wcoomd.org/) 
criou, em 1985, uma nomenclatura internacional co-
mum para diversos produtos, chamada de Sistema 
Harmonizado de Designação e Codificação de 
Mercadorias, ou Sistema Harmonizado (SH).
24
https://www.freepik.com/free-vector/world-map-with-global-technology-social-connection-network-with-nodes-links-vector-illustration_1158187.htm#page=1&query=global%20conexion&position=4
Saiba mais: 
Segundo Sousa (2009, p. 162): “A primeira nomen-
clatura foi harmonizada pelo Conselho de Coope-
ração Aduaneira, criado em 1950 em Bruxelas, 
tendo sido instituída na Nomenclatura Aduaneira 
de Bruxelas (NAB). Sua unidade de classificação 
era a posição de quatro dígitos. 
Segre (2018, p. 43) descreve o sistema harmonizado 
da seguinte forma: “Assim como nós temos cédula 
de identidade, nº de CPF, carteira de motorista e ou-
tros códigos que facilitam nossa identificação, os 
carros possuem placas, as residências, um endereço, 
os produtos, uma nomenclatura”. Segundo o autor, a 
nomenclatura permite que o produto seja facilmente 
identificado por todos os intervenientes, importador, 
exportador, alfândegas, transportadores, bancos e 
outros organismos.
Utilizado por mais de 200 países em 98% do comér-
cio internacional, o SH compreende mais de 5.000 
mercadorias, desde produtos não industrializados, 
como animais e plantas, até produtos industrializa-
dos, como químicos, gases e diversos outros.
O SH possui 6 (seis) dígitos e é organizado por 
Capítulos, partindo sempre de produtos com menor 
intervenção humana, até os que empregam maior 
tecnologia e fabricação. Quanto maior a intervenção 
humana, maior o seu código na tabela do sistema 
harmonizado.
Os países que adotam o sistema harmonizado po-
dem, a partir da lista existente, criar subdivisões e 
25
capítulos adicionais, a um nível mais detalhado que 
do SH, adicionando dígitos após os seis primeiros, 
que permanecem fixos.
Essa autorização tem como objetivo adaptar o SH à 
realidade de cada país e região, de forma a contem-
plar acordos comerciais realizados. No Brasil, por 
exemplo, se utiliza a NCM – Nomenclatura Comum 
do Mercosul, que, a partir do SH, adicionou dois dígi-
tos ao final, totalizando 8. Todos os países membros 
do bloco econômico utilizam a mesma lista da NCM 
para classificar os seus produtos.
A NCM é dividida em seções e capítulos, que agru-
pam mercadorias que tenham algo em comum, a 
fim de facilitar a pesquisa do código a ser utilizado.
Enquadramento da 
classificação fiscal
O processo de enquadramento do produto em um 
sistema harmonizado se chama de Classificação 
Fiscal ou Tarifária de mercadorias. É a classificação 
dentro da tabela do sistema harmonizado que de-
termina o valor de imposto que o produto irá pagar 
em sua importação e seu tratamento administrativo, 
ou seja, se o bem importado precisa de licença de 
importação automática ou não, tema que falaremos 
futuramente.
A classificação também identifica incentivos que 
possam existir, cotas fixas de importação, inclusão 
em acordos internacionais, estatísticas de comércio 
exterior, que são feitas pelo Siscomex e diversas 
outras práticas atreladas à classificação.
26
A NCM, dentro de cada uma das seções, se organiza 
conforme a figura 5:
oo oo oo. o. o
SUBITEM
(8º dígito da NCM)
ITEM
(7º dígito da NCM)
SUBPOSIÇÃO
(6 primeiros dígitos do SH)
POSIÇÃO
(4 primeiros dígitos do SH)
CAPÍTULO
(2 primeiros dígitos do SH)
Figura 5: Estrutura da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM). 
Fonte: Sousa (2009, p.165)
Para efetuar esta seleção corretamente, e segundo 
Bizelli (2002, p. 93), existem alguns cuidados espe-
cíficos a serem tomados:
 ● A posição específica prevalece sobre a genérica;
 ● Mercadorias que não possam ser classificadas por 
aplicação das descrições devem ser alocadas aos 
artigos mais semelhantes.
É importante que a determinação da NCM seja um 
evento coletivo, ou seja, não cabe somente ao depar-
tamento de Comércio Exterior efetuar a classificação. 
Compras, Engenharia, Pesquisa e Desenvolvimento, 
Vendas, Diretoria, entre outros, devem também parti-
cipar, junto com o despachante aduaneiro, para que 
a classificação correta seja determinada.
A qualquer dificuldade, é possível:
27
 ● Solicitar ao importador ou ao exportador o có-
digo do Sistema Harmonizado (Harmonized Code 
ou Customs Tariff Code) utilizado no seu país para 
aquele produto;
 ● Fazer uma consulta a uma empresa concorrente 
sobre a classificação fiscal utilizada para produtos 
similares;
 ● Formular uma consulta por escrito à Secretaria 
da Receita Federal do Brasil – RFB, contudo é um 
processo mais demorado.
Mas por que a classificação fiscal é tão importante?
É a partir da classificação fiscal domaterial que serão 
determinados os valores de impostos a serem pagos 
tanto na exportação, com a cobrança do IE – Imposto 
de Exportação, como na importação, pela cobrança 
do Imposto de Importação – II. 
No Brasil, membro do Mercosul, a tarifa de imposto 
de importação (II) é chamada de TEC – Tarifa Externa 
Comum e foi criada em janeiro de 1995, aprovada 
por todos os países membros do bloco. Isso significa 
que um produto que é importado pelo Brasil possui 
o mesmo percentual de II de um produto importado 
pela Argentina. A TEC garante que os países do blo-
co permaneçam competitivos entre si e na relação 
com países não participantes. Ela também utiliza as 
classificações de produtos da NCM.
Segundo Silva (2008), a tabela de incidência do IPI, 
chamada de Tabela TIPI (Tabela de Incidência do 
Imposto sobre Produtos Industrializados), aprovada 
em 2002 pelo Decreto nº 4.542, também tem a NCM 
como referência base para as indicações de alíquotas 
do IPI aplicadas na importação dos produtos.
28
Existe uma classificação especial, chamada de Ex-
tarifário, especificamente voltada para produtos que 
não possuem similares nacionais e cuja proposta 
de governo visa a fomentar o desenvolvimento da 
indústria. Conheça melhor que tipos de produtos se 
enquadram nessa classificação, ouvindo o Podcast 2.
Podcast 2 
Na chegada do material ao Brasil e no início do pro-
cesso de nacionalização, um dos procedimentos 
feitos pela fiscalização é verificar se a classifica-
ção fiscal do material está correta. Em alguns casos, 
ocorre má-fé por parte do importador em classificar 
um material que possua um valor de II menor na TEC 
do que outro. Nesse caso, o importador corre o risco 
de ter que arcar com a multa aplicada pela RFB e 
ainda ter que reclassificar o seu material, atrasando 
o processo de liberação.
É também possível que a RFB discorde da classifica-
ção do material e oriente o importador à numeração 
correta, sem aplicação de multa. A nova classifica-
ção também pode ter um imposto mais baixo que a 
classificação feita primeiramente. 
Em qualquer uma das situações, havendo multa ou 
não, o processo acaba demorando um tempo maior 
que o regular, caso a reclassificação seja necessária. 
Daí a importância em classificar corretamente da 
primeira vez.
29
https://famonline.instructure.com/files/717263/download?download_frd=1
Saiba mais:
Acesse o site do MDIC e consulte a tabela de 
NCM/TEC com as respectivas classificações e 
% de II: http://www.mdic.gov.br/index.php/comer-
cio-exterior/estatisticas-de-comercio-exterior-9/
arquivos-atuais.
Você pode baixar o arquivo em Word ou Excel.
Já a tabela TIPI é baixada diretamente do site da 
Receita Federal, em pdf. Acesse: http://receita.
economia.gov.br/acesso-rapido/legislacao/docu-
mentos-e-arquivos/tipi-1.pdf�
30
http://www.mdic.gov.br/index.php/comercio-exterior/estatisticas-de-comercio-exterior-9/arquivos-atuais
http://www.mdic.gov.br/index.php/comercio-exterior/estatisticas-de-comercio-exterior-9/arquivos-atuais
http://www.mdic.gov.br/index.php/comercio-exterior/estatisticas-de-comercio-exterior-9/arquivos-atuais
http://receita.economia.gov.br/acesso-rapido/legislacao/documentos-e-arquivos/tipi-1.pdf
http://receita.economia.gov.br/acesso-rapido/legislacao/documentos-e-arquivos/tipi-1.pdf
http://receita.economia.gov.br/acesso-rapido/legislacao/documentos-e-arquivos/tipi-1.pdf
TARIFAÇÃO DE IMPORTAÇÃO 
E EXPORTAÇÃO
Tripoli (2016) afirma que as políticas comerciais de-
terminam como um país se relacionará com outros 
países – que pode ser de duas formas, a primeira 
mais aberta e por meio de livre-comércio; e a outra 
mais fechada, com um comércio mais restrito. A 
forma com que cada país determina a sua política 
comercial é importante para determinar a sua capa-
cidade competitiva global.
Se por um lado, a manutenção do livre-comércio pode 
proporcionar melhoria para a competitividade global, 
por outro, políticas protecionistas visam a alguns 
objetivos específicos, como proteger as empresas 
nacionais da concorrência internacional, estimular 
o setor produtivo interno, gerar receita ao governo, 
obter ganhos de produtividade e apresentar saldos 
positivos nas transações comerciais.
A autora afirma que muitos países, como Japão e 
Estados Unidos, estão mais próximos da criação do 
livre-comércio enquanto que outros ainda possuem 
tarifas de importação extremamente elevadas.
Com relação às tarifas brasileiras por produtos, 
Tripoli (2016) afirma que a média tarifária brasileira 
de 31,4% pode ser desmembrada para o grupo mais 
tarifado de bens, o algodão, com 55%; seguido de 
produtos lácteos, com 48,8% e cereais com 42,9% de 
média. Já os bens com a menor tarifa média brasi-
leira são os produtos químicos, com 21,1%, madeira 
e papel, com 28,4% e produtos agrícolas, com 28,8%.
31
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pudemos ver que existem caminhos diferentes para 
uma empresa que deseja fazer uma compra ou venda 
internacional de forma direta ou indireta. Dependendo 
do processo, a quantidade de agentes intervenientes 
pode aumentar ou diminuir, tornando o controle mais 
complexo.
São muitos agentes, entidades governamentais na-
cionais, entidades internacionais e outras instituições 
que podem intervir, por isso, é de suma importância 
que o profissional que deseja atuar no ramo busque 
constante atualização.
Estudamos também sobre a importância em buscar 
a correta habilitação, dependendo da operação a ser 
realizada, assim como a classificação fiscal, que 
pode determinar uma maior ou menor alíquota de im-
postos a serem aplicados no processo, encarecendo 
ou barateando o preço final do produto e impactando 
na competitividade da empresa.
A utilização das informações aqui descritas é essen-
cial para uma condução tranquila e correta de uma 
operação de comércio exterior. Até a próxima
32
SÍNTESE
Habilitação Ilimitada: Acima de US$ 150.000,00.
MDIC: CAMEX, CZPE, SECEX.
SECEX: DEAEX, DECEX, DEINT,
DECOM, DECOE.
Fazenda: BACEN, RFB.
Não deixa dúvidas.
Importação por encomenda.
Importação por conta e ordem de terceiros.
Consórcio de Exportação: Monosetorial,
Multisetorial homogêneo,Multisetorial
complementar
Tradings/ECE.
Agente, distribuidor, filial no exterior.
Despachante, agente de carga, corretores de 
câmbio e seguros.
Departamento de Comex.
Operação direta:
Trader/Broker.
Operação indireta:
Fácil entendimento em qualquer cultura.
Padronização de linguagem.
Classificação Fiscal:
Habilitação Limitada: De US$ 50.000,00 até US$ 
150.000,00.
Habilitação Expressa: Até US$ 50.000,00.
Credenciamento:
Ministério da Economia:
MRE: Itamaraty, Secoms, APEX.
Outros: SEBRAE, FIESP, BNDES, Órgãos Anuentes.
Estrutura do Comex Brasileiro:
Política Brasileira de
Comércio Exterior
Figura 03
GESTÃO DE OPERAÇÕES 
COM CÂMBIO
Referências Bibliográficas 
& Consultadas
BIZELLI, J. S. Noções básicas de importação� 9� 
ed. São Paulo: Aduaneiras, 2002.
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operacionais. São Paulo: Aduaneiras, 2007.
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comércio exterior. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2018.
MAGNOLI, D.; SERAPIÃO JUNIOR, C. Comércio ex-
terior e negociações internacionais: teoria e práti-
ca. São Paulo: Saraiva, 2006. [Minha Biblioteca]
MINERVINI, N. O exportador: ferramentas para 
atuar com sucesso no mercado internacional. São 
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008.
MOROSINI, F. Regulação do comércio interna-
cional e do investimento estrangeiro. São Paulo: 
Saraiva, 2017. [Minha Biblioteca]
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portalunico.siscomex.gov.br/portal� Acesso em: 18 
set� 2019�
ROJAS, P. Introdução à logística portuária e no-
ções de comércio internacional. Porto Alegre: 
Bookman, 2014. [Minha Biblioteca]
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prático de comércio exterior. 5. ed. São Paulo: 
Atlas, 2018.
SILVA, E. C. G. Direito internacional em expansão:encruzilhada entre comércio internacional, direitos 
humanos e meio. São Paulo: Saraiva, 2016. [Minha 
Biblioteca]
SILVA, J. U. (org.); MESSIAS, J. F. et al� Gestão das 
relações econômicas internacionais e comércio 
exterior. São Paulo: Cengage Learning, 2008.
SISCOMEX. Disponível em: http://www.siscomex.
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SOUZA, J. M. Fundamentos do comércio interna-
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TRIPOLI, A. C. K., Comércio internacional: teoria e 
prática. Curitiba: InterSaberes, 2016.
VIEIRA, A. Importação: práticas, rotinas e procedi-
mentos. 6. ed. São Paulo: Aduaneiras, 2015.
http://www.siscomex.gov.br/sistema/
http://www.siscomex.gov.br/sistema/
	Introdução
	Agentes intervenientes
	Método indireto
	Método direto
	Estrutura administrativa brasileira
	Credenciamento e Siscomex
	Classificação fiscal
	Enquadramento da classificação fiscal
	Tarifação de importação e exportação
	Considerações finais
	Síntese

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