Buscar

apostila-rf-2018-analista-tributario-direito-tributario-diego-degrazia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 99 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 99 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 99 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Analista Tributário
Direito Tributário – Parte 1
Prof. Diego Degrazia
www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Tributário
Professor Diego Degrazia
www.acasadoconcurseiro.com.br
Edital
DIREITO TRIBUTÁRIO: 1. Tributo: conceito e classificação. 2. Limitações constitucionais do po-
der de tributar. 3. Impostos de competência da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios. 4. Legislação Tributária: disposições gerais, vigência, aplicação, interpretação e in-
tegração. 5. Obrigação tributária principal e acessória. 6. Fato gerador da obrigação tributária. 
7. Sujeição ativa e passiva. 8. Capacidade tributária. Domicílio tributário. 10. Crédito tributário: 
conceito e constituição. 11. Lançamento: conceito e modalidades de lançamento. 12. Hipóteses 
de alteração do lançamento. 13. Suspensão da exigibilidade do crédito tributário. 14. Extinção 
do crédito tributário e suas modalidades. 15. Exclusão do crédito tributário e suas modalida-
des. 16. Administração tributaria: fiscalização; dívida ativa; certidão negativa. 
BANCA: ESAF
CARGO: Analista Tributário
7
Módulo 1
www.acasadoconcurseiro.com.br
TRIBUTO: CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO. 
SISTEMA CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO 
Diego 
Degrazia 
	
  	
  
Poder	
  de	
  Tributar	
  
Soberania	
  
Soberania	
  
Poder	
  de	
  
Tributar	
  
Competência	
  
Tributária	
  
Poder	
  absoluto	
  dentro	
  de	
  
um	
  território;	
  
	
  
	
  
	
  
Poder	
  de	
  fato	
  de	
  
exigir	
  uma	
  
contraprestação.	
  
Poder	
  de	
  tributar,	
  
juridicamente	
  
delimitado.	
  
 
8 www.acasadoconcurseiro.com.br
“Ao poder tributário juridicamente delimitado e, sendo o caso, dividido dá-se o nome de 
competência tributária.”*
* Hugo de Brito Machado. Curso de Direito Tributário
D	
  D	
   Diego 
Degrazia 
Poder	
  de	
  Tributar	
  
Soberania	
  
Cons1tuição	
  Federal	
  de	
  1988	
  
Competência	
  Tributária	
  
“Competência tributária é a prerrogativa atribuída pela Constituição às entidades da Federação 
para instituírem seus respectivos tributos.”*
* Francisco Leite. Direito Tributário. Teoria e Prática. Revista dos Tribunais.
Competência para instituir Tributos é diferente de Competência para LEGISLAR sobre tributos.
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
I – direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
...
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: 
I – importação de produtos estrangeiros;
A Constituição Federal institui tributos?
NÃO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
A Constituição Federal NÃO institui tributos!
CF delimita a competência para a instituição dos tributos.
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Tributário – Prof. Diego Degrazia
9www.acasadoconcurseiro.com.br
Estudo	
  da	
  Cons+tuição	
  é	
  necessário	
  
pois	
  é	
  ela	
  que	
  traz	
  a	
  autorização	
  para	
  
a	
  ins+tuição	
  de	
  tributos.	
  	
  
	
  
Cons+tuição	
  NÃO	
  INSTITUI	
  TRIBUTO.	
  
	
  
Sistema	
  de	
  Kelsen	
  
Mas	
  afinal	
  de	
  contas	
  o	
  que	
  vem	
  a	
  ser	
  
esse	
  tal	
  de	
  Tributo?	
  
	
  
	
  	
  
Conceito	
  de	
  Tributo	
  
Cons+tuição	
  
Leis	
  
Infralegais	
  
Art.	
  146,	
  III,a	
  
CTN	
  art.	
  3º	
  
Infralegais	
  
Diego 
Degrazia Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa 
exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade 
administrativa plenamente vinculada.
Tributo é GÊNERO.
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes 
tributos:
I – impostos;
II – taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de 
serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
III – contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
Os	
  tributos	
  são	
  aqueles	
  delimitados	
  no	
  ar2go	
  
145	
  da	
  Cons2tuição	
  Federal.	
  	
  
	
  
CTN	
  
Art.	
  5º	
  Os	
  tributos	
  são	
  impostos,	
  taxas	
  e	
  
contribuições	
  de	
  melhoria.	
  
	
  
	
  
Teoria	
  Tripar)da	
  
Imposto;	
  
	
  
Taxa;	
  
	
  
Contribuição	
  
de	
  Melhoria.	
  
D	
  D	
   Diego 
Degrazia 
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes 
tributos:
I – impostos;
Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador 
uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, 
relativa ao contribuinte.
 
10 www.acasadoconcurseiro.com.br
Sistema	
  Cons%tucional	
  Tributário	
  
Art.	
  145.	
  A	
  União,	
  os	
  Estados,	
  o	
  Distrito	
  Federal	
  e	
  os	
  Municípios	
  poderão	
  
ins%tuir	
  os	
  seguintes	
  tributos:	
  
	
  
I	
  -­‐	
  impostos;	
  
	
  
	
  
FG	
  
Concreto	
  
Abstrato	
   Hipótese	
  de	
  incidência	
  
Fato	
  da	
  vida	
  
D	
  D	
   Diego 
Degrazia 
         Fato do Contribuinte
Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de 
qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.
Sistema	
  Cons%tucional	
  Tributário	
  
Art.	
  145.	
  A	
  União,	
  os	
  Estados,	
  o	
  Distrito	
  Federal	
  e	
  os	
  Municípios	
  
poderão	
  ins%tuir	
  os	
  seguintes	
  tributos:	
  
	
  
I	
  -­‐	
  impostos;	
  
	
  
	
  
Tributo	
  
Não	
  vinculado-­‐	
  A?vidade	
  Específica	
  
Vinculado	
  –	
  a?vidade	
  específica	
  
D	
  D	
   Diego 
Degrazia I – impostos;
§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a 
capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente 
para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos 
termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes 
tributos:
II – taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, 
de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua 
disposição;
Sistema	
  Cons%tucional	
  Tributário	
  
Art.	
  145.	
  A	
  União,	
  os	
  Estados,	
  o	
  Distrito	
  Federal	
  e	
  os	
  Municípios	
  poderão	
  
ins%tuir	
  os	
  seguintes	
  tributos:	
  
	
  
II	
  -­‐	
  taxas,	
  em	
  razão	
  do	
  exercício	
  do	
  poder	
  de	
  polícia	
  ou	
  pela	
  u<lização,	
  
efe<va	
  ou	
  potencial,	
  de	
  serviços	
  públicos	
  específicos	
  e	
  divisíveis,	
  prestados	
  
ao	
  contribuinte	
  ou	
  postos	
  a	
  sua	
  disposição;	
  
	
  
	
  
Taxas	
  
Exercício	
  do	
  Poder	
  de	
  Polícia:	
  Taxa	
  de	
  Polícia	
  
U%lização,	
  efe%va	
  ou	
  potencial	
  de	
  serviços	
  públicos:	
  Taxa	
  de	
  Serviço	
  D	
  D	
   Diego 
Degrazia 
Sistema	
  Cons%tucional	
  Tributário	
  
Art.	
  145.	
  A	
  União,	
  os	
  Estados,	
  o	
  Distrito	
  Federal	
  e	
  os	
  Municípios	
  poderão	
  
ins%tuir	
  os	
  seguintes	
  tributos:	
  
	
  
II	
  -­‐	
  taxas,	
  em	
  razão	
  do	
  exercício	
  do	
  poder	
  de	
  polícia	
  ou	
  pela	
  u<lização,	
  
efe<va	
  ou	
  potencial,	
  de	
  serviços	
  públicos	
  específicos	
  e	
  divisíveis,	
  prestados	
  
ao	
  contribuinte	
  ou	
  postos	
  a	
  sua	
  disposição;	
  
	
  
	
  
Tributo	
  
Não	
  vinculado	
  -­‐	
  A<vidade	
  Específica	
  
Vinculado	
  –	
  A<vidade	
  Específica	
  D	
  D	
   Diego 
Degrazia 
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Tributário – Prof. Diego Degrazia
11www.acasadoconcurseiro.com.br
Sistema	
  Cons%tucional	
  Tributário	
  
Art.	
  145.	
  A	
  União,	
  os	
  Estados,	
  o	
  Distrito	
  Federal	
  e	
  os	
  Municípios	
  poderão	
  
ins%tuir	
  os	
  seguintes	
  tributos:	
  
	
  
II	
  -­‐	
  taxas,em	
  razão	
  do	
  exercício	
  do	
  poder	
  de	
  polícia	
  ou	
  pela	
  u<lização,	
  
efe<va	
  ou	
  potencial,	
  de	
  serviços	
  públicos	
  específicos	
  e	
  divisíveis,	
  prestados	
  
ao	
  contribuinte	
  ou	
  postos	
  a	
  sua	
  disposição;	
  
	
  
	
  
Taxas	
  
Exercício	
  do	
  Poder	
  de	
  Polícia:	
  Taxa	
  de	
  Polícia	
  
U%lização,	
  efe%va	
  ou	
  potencial	
  de	
  serviços	
  públicos:	
  Taxa	
  de	
  Serviço	
  D	
  D	
   Diego 
Degrazia 
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou 
disciplinando direito, interêsse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão 
de intêresse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da 
produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou 
autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos 
individuais ou coletivos.
Sistema	
  Cons%tucional	
  Tributário	
  
Art.	
  145.	
  A	
  União,	
  os	
  Estados,	
  o	
  Distrito	
  Federal	
  e	
  os	
  Municípios	
  poderão	
  
ins%tuir	
  os	
  seguintes	
  tributos:	
  
	
  
II	
  -­‐	
  taxas,	
  em	
  razão	
  do	
  exercício	
  do	
  poder	
  de	
  polícia	
  ou	
  pela	
  u<lização,	
  
efe<va	
  ou	
  potencial,	
  de	
  serviços	
  públicos	
  específicos	
  e	
  divisíveis,	
  prestados	
  
ao	
  contribuinte	
  ou	
  postos	
  a	
  sua	
  disposição;	
  
	
  
	
  
Taxas	
  
Exercício	
  do	
  Poder	
  de	
  Polícia:	
  Taxa	
  de	
  Polícia	
  
U<lização,	
  efe<va	
  ou	
  potencial	
  de	
  serviços	
  públicos:	
  Taxa	
  de	
  Serviço	
  D	
  D	
   Diego 
Degrazia 
Sistema	
  Cons%tucional	
  Tributário	
  
	
  
	
  
Taxas	
  
de	
  
Serviço	
  
Serviços	
  públicos;	
  
	
  
Específicos;	
  
	
  
Divisíveis;	
  
	
  
Prestados;	
  
	
  
Ou	
  colocados	
  à	
  disposição.	
  
Sei	
  QUE	
  estou	
  
pagando	
  por	
  
determinado	
  serviço	
  
Sem	
  QUEM	
  está	
  
pagando	
  por	
  
determinado	
  serviço.	
  
D	
  D	
   Diego 
Degrazia Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se: 
I – utilizados pelo contribuinte:
a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título;
b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição 
mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento;
II – específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de 
utilidade, ou de necessidades públicas;
 
12 www.acasadoconcurseiro.com.br
III – divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus 
usuários.
Súmula Vinculante 19:
“A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e 
tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis, não viola o artigo 145, 
II, da Constituição Federal
Art. 145. (...)
§ 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.
Art. 77...
Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que 
correspondam a impôsto nem ser calculada em função do capital das emprêsas.
Súmula Vinculante nº 29
“É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da base de 
cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja integral identidade entre uma 
base e outra.”
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes 
tributos:
III – contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou 
pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de 
obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada 
e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.
Sistema	
  Cons%tucional	
  Tributário	
  
Valorizar	
  
Despesa	
  da	
  Obra	
  
Valor	
  acrescido	
  
Limite	
  
Valor	
  total	
  da	
  obra	
  100	
  mil.	
  Valor	
  valorizado	
  no	
  meu	
  
imóvel	
  1000.	
  São	
  200	
  imóveis	
  a%ngidos	
  na	
  mesma	
  
região	
  com	
  a	
  valorização	
  igual.	
  Limite	
  500	
  reais.	
  D	
  
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Tributário – Prof. Diego Degrazia
13www.acasadoconcurseiro.com.br
Valor total da obra 100 mil. Valor valorizado no meu imóvel 1000. São 200 imóveis atingidos na 
mesma região com a valorização igual. Limite 500 reais.
Natureza Jurídica do Tributo 
CTN
Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva 
obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la:
I – a denominação e demais características formais adotadas pela lei;
II – a destinação legal do produto da sua arrecadação.
Natureza	
  Jurídica	
  do	
  Tributo	
  
CTN	
  
Art.	
  4º	
  A	
  natureza	
  jurídica	
  específica	
  do	
  tributo	
  é	
  
determinada	
  pelo	
  fato	
  gerador	
  da	
  respec@va	
  
obrigação,	
  sendo	
  irrelevantes	
  para	
  qualificá-­‐la:	
  
	
  
I	
  -­‐	
  a	
  denominação	
  e	
  demais	
  caracterís@cas	
  
formais	
  adotadas	
  pela	
  lei;	
  
	
  
II	
  -­‐	
  a	
  des@nação	
  legal	
  do	
  produto	
  da	
  sua	
  
arrecadação.	
  
	
  
Natureza	
  Jurídica	
  do	
  Tributo	
  
Como	
  
definir	
  a	
  
natureza	
  
jurídica?	
  
O	
  FG	
  é	
  
a7vidade	
  
específica	
  
relacionada	
  ao	
  
contribuinte?	
  
Imposto	
  
Não	
  
Sim	
  
A	
  a7vidade	
  é	
  
exercício	
  de	
  
poder	
  de	
  
polícia?	
  
Sim	
  
Taxa	
  
A	
  a7vidade	
  é	
  
prestação	
  ou	
  
disponibilização	
  
de	
  serviço	
  
público	
  
Sim	
  
Não	
  
A	
  a7vidade	
  é	
  
obra	
  de	
  que	
  
decorre	
  
valorização	
  
imobiliária?	
  Sim	
  
Contribuição	
  
de	
  Melhoria	
  
 
14 www.acasadoconcurseiro.com.br
Constituição Federal de 1988: Sistema Constitucional Tributário
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:
I – para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra 
externa ou sua iminência;
II – no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, 
observado o disposto no art. 150, III, “b”.
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será 
vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:
I – para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra 
externa ou sua iminência;
II – no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, 
observado o disposto no art. 150, III, “b”.
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será 
vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. Anterioridade
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será 
vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.
Sistema	
  Cons%tucional	
  Tributário	
  Art.	
  149.	
  Compete	
  exclusivamente	
  à	
  União	
  ins%tuir	
  
contribuições	
  sociais,	
  de	
  intervenção	
  no	
  domínio	
  econômico	
  e	
  
de	
  interesse	
  das	
  categorias	
  profissionais	
  ou	
  econômicas,	
  como	
  
instrumento	
  de	
  sua	
  atuação	
  nas	
  respec2vas	
  áreas,	
  observado	
  o	
  
disposto	
  nos	
  arts.	
  146,	
  III,	
  e	
  150,	
  I	
  e	
  III,	
  e	
  sem	
  prejuízo	
  do	
  
previsto	
  no	
  art.	
  195,	
  §	
  6º,	
  rela%vamente	
  às	
  contribuições	
  a	
  que	
  
alude	
  o	
  disposi%vo.	
  
LC	
  ins%tui	
  normas	
  
gerais.	
  
Legalidade	
  e	
  
Anterioridade	
  
Contribuições	
  sociais	
  e	
  
anterioridade	
  mi%gada	
  D	
  DSistema	
  Cons%tucional	
  Tributário	
  
Art.	
  148.	
  A	
  União,	
  mediante	
  lei	
  complementar,	
  poderá	
  ins%tuir	
  emprés1mos	
  
compulsórios:	
  
	
  
I	
  -­‐	
  para	
  atender	
  a	
  despesas	
  extraordinárias,	
  decorrentes	
  de	
  calamidade	
  pública,	
  de	
  guerra	
  
externa	
  ou	
  sua	
  iminência;	
  
	
  
II	
  -­‐	
  no	
  caso	
  de	
  inves1mento	
  público	
  de	
  caráter	
  urgente	
  e	
  de	
  relevante	
  interesse	
  nacional,	
  
observado	
  o	
  disposto	
  no	
  art.	
  150,	
  III,	
  "b".	
  
	
  
Parágrafo	
  único.	
  A	
  aplicação	
  dos	
  recursos	
  provenientes	
  de	
  emprés%mo	
  compulsório	
  será	
  
vinculada	
  à	
  despesa	
  que	
  fundamentou	
  sua	
  ins%tuição.	
  
	
  
Anterioridade	
  
D	
  D	
   Diego 
Degrazia 
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Tributário – Prof. Diego Degrazia
15www.acasadoconcurseiro.com.br
Sistema	
  Cons%tucional	
  Tributário	
  
Contribuições	
  
Especiais	
  
Contribuições	
  
Sociais	
  –	
  Art.	
  149	
  
De	
  Seguridade	
  
Social	
  
Art.	
  195,	
  I	
  a	
  IV	
  
Outras	
  
Contribuições	
  
Sociais	
  195,	
  §4°	
  
Contribuições	
  
Sociais	
  Gerais	
  Art.	
  
240	
  
Contribuições	
  de	
  
Intervenção	
  no	
  
Domínio	
  Econômico	
  
–	
  Art.	
  149	
  
Contribuições	
  
Corpora%vas	
  –	
  Art.	
  
149	
  
COSIP	
  –	
  Art.	
  149-­‐A	
  
D	
  D	
   Diego 
Degrazia 
Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das 
respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, 
I e III.
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de 
consumo de energia elétrica.
Os	
  tributos	
  são	
  aqueles	
  delimitados	
  na	
  
Cons3tuição	
  Federal.	
  	
  
	
  
Art.	
  145:	
  Imposto,	
  Taxa	
  e	
  CM.	
  
	
  
Art.	
  148:	
  emprés3mos	
  compulsórios.	
  
	
  
Art.	
  149:	
  Contribuições	
  	
  especiais.	
  
	
  
	
  
Teoria	
  Pentapar,da	
  
Imposto;	
  
	
  
Taxa;	
  
	
  
Contribuição	
  de	
  
Melhoria;	
  
	
  
Contribuições	
  
Especiais;	
  
	
  
Emprés3mos	
  
Compulsórios.	
  
D	
  D	
   Diego 
Degrazia 
17www.acasadoconcurseiro.com.br
Questões ESAF
1. (Analista Técnico da Previdência Social – 
MPOG – 2012)
Quanto ao conceito de tributo pode-se 
afirmar, exceto:
a) a cobrança do tributo é atividade ple-
namente vinculada, não deixando mar-
gem à discricionariedade do agente pú-
blico.
b) tributo é prestação pecuniária em moe-
da ou cujo valor nela se possa exprimir.
c) o tributo é prestação que não pode se 
constituir em sanção de ato ilícito.
d) o tributo só pode ser criado por lei, mas 
existem exceções como os impostos de 
importação e o imposto sobre produtos 
industrializados, que podem ser criados 
por decreto.
e) o dever de pagar o tributo é imposto 
pela lei, independentemente da vonta-
de das partes envolvidas.
2. (Agente de Fazenda – Pref. Rio de Janeiro – 
2010)
O conceito de tributo, nos termos do Có-
digo Tributário Nacional, traz as seguintes 
conclusões, exceto:
a) o poder de tributar é prerrogativa do 
Poder Público, que o faz para custear 
suas ações no interesse da sociedade.
b) não constituindo sanção por ato ilícito, 
pouco importa para a legislação do im-
posto sobre a circulação de mercadorias 
e serviços, por exemplo, a origem lícita 
ou ilícita de determinadas mercadorias, 
desde que reste configurada a hipótese 
de incidência do referido tributo, qual 
seja, a circulação dessas mercadorias, 
para que possa ele ser exigido.
c) nem toda prestação pecuniária previs-
ta em lei constitui tributo, mas somen-
te aquelas que reúnam o conjunto dos 
requisitos previstos na definição de tri-
buto, consoante o Código Tributário Na-
cional.
d) o Estado exige os tributos compulsoria-
mente das pessoas, portanto, a obriga-
ção de pagar tributos não decorre da 
vontade do contribuinte, sendo esta, 
aliás, irrelevante nessa matéria.
e) embora sendo uma obrigação de direi-
to público, absolutamente indisponível 
por parte da administração, admite-se, 
desde que haja a respectiva previsão le-
gal, a delegação dessa obrigação a ou-
tras pessoas jurídicas, como empresas 
públicas e sociedades de economia mis-
ta.
3. (Planejamento e Orçamento – 2015)
Sobre o conceito de tributo, suas 
classificações e suas espécies, é correto 
afirmar que
a) tributo é, legal e constitucionalmente, 
toda prestação pecuniária compulsória, 
em moeda ou cujo valor nela se possa 
exprimir, ainda que constitua sanção de 
ato ilícito, instituída em lei e cobrada 
mediante atividade administrativa ple-
namente vinculada.
b) a natureza jurídica específica do tributo 
é, legal e constitucionalmente, deter-
minada pelo fato gerador da respecti-
va obrigação, sendo irrelevantes para 
qualificá-la tanto denominação e de-
mais características formais adotadas 
pela lei quanto a destinação legal do 
produto da sua arrecadação.
 
18 www.acasadoconcurseiro.com.br
c) as espécies tributárias são, legal e cons-
titucionalmente, imposto, taxa, contri-
buição de melhoria, contribuição social, 
contribuição de intervenção no domínio 
econômico, contribuição de interesse 
de categoria econômica ou profissional 
e contribuição de iluminação pública.
d) a espécie tributária “taxa” pode ter 
como fato gerador, legal e constitucio-
nalmente, o exercício regular do poder 
de polícia ou a utilização, efetiva ou po-
tencial, de serviço público específico e 
divisível, prestado ao contribuinte ou 
posto à sua disposição, desde que, em 
qualquer caso, a respectiva base de cál-
culo não seja idêntica àquelas que cor-
respondam a qualquer espécie de im-
posto.
e) denomina-se como tributo indireto 
aquele que comporte, por sua nature-
za, transferência do respectivo encargo 
financeiro da tributação desde o deno-
minado contribuinte de fato para sobre 
o denominado contribuinte de direito.
Gabarito: 1. D 2. E 3. D 
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Tributário – Prof. Diego Degrazia
19www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito	
  Tributário.	
  
Soberania	
  
Poder	
  de	
  Tributar.	
  
Cons2tuição	
  
Competência	
  Tributária.	
  
Direito	
  Tributário.	
  
Soberania	
  
Poder	
  de	
  Tributar.	
  
Cons2tuição	
  
Competência	
  Tributária.	
  
Imunidades e Princípios
IMUNIDADES
Imunidade	
  
Não	
  há	
  FG;	
  
	
  
Não	
  há	
  
Incidência;	
  
	
  
Não	
  há	
  
competência.	
  
D	
  D	
   Diego 
Degrazia 
 
20 www.acasadoconcurseiro.com.br
CF/88
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
(...)
III – propriedade de veículos automotores.
Universo dos Veículos
  
Lei nº 8.115/85
Art. 1º Fica instituído o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), nos termos 
desta Lei
Art. 2º O imposto, devido anualmente ao Estado, tem como fato gerador a propriedade de veículo 
automotor.
Campo	
  de	
  
Incidência	
  
Campo	
  de	
  Não	
  
Incidência	
  
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Tributário – Prof. Diego Degrazia
21www.acasadoconcurseiro.com.br
Universo	
  
Campo	
  de	
  Incidência	
  
Campo	
  de	
  	
  não	
  incidência	
  
Hipótese	
  de	
  Incidência:	
  
Propriedade	
  de	
  Veículos	
  Automotores	
  
Fato	
  Gerador	
   Obrigação	
  Tributária	
  
Lançamento	
  
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
(...)
VI – instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
 
22 www.acasadoconcurseiro.com.br
Universo	
  
Campo	
  de	
  Incidência	
  
Campo	
  de	
  	
  não	
  incidência	
  
Carro	
  da	
  União	
  
Imunidade	
  x	
  isenção	
  x	
  não	
  incidência	
  
Não	
  incidência	
  
Imunidade	
  x	
  isenção	
  x	
  não	
  incidência	
  
Não	
  incidência	
  
Incidência	
  
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Tributário – Prof. DiegoDegrazia
23www.acasadoconcurseiro.com.br
Imunidade	
  x	
  isenção	
  x	
  não	
  incidência	
  
Não	
  incidência	
  
Incidência	
  
Isenção	
  
Imunidade	
  x	
  isenção	
  x	
  não	
  incidência	
  
Não	
  incidência	
  
Incidência	
  
Isenção	
  
Imunidade	
  
São elas, nas palavras de Francisco Leite Duarte: “assim, quanto ao seu destinatário, as 
imunidades podem ser objetivas, subjetivas ou mistas; quanto ao fato de decorrerem ou não de 
princípios (origem), se classificam em imunidades ontológicas e imunidades políticas; quanto 
à dependência de norma para lhe dar completude, são condicionadas ou incondicionadas.
Quanto ao alcance são classificadas em imunidades gerais e específicas.”
Duarte, Francisco Leite. Direito Tributário: teoria e prática – 2. 
Ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2015. Página 272.
Imunidades quanto ao destinatário.
É objetiva a imunidade que se aplica a determinados bens, rendas ou serviços. Na imunidade 
objetiva não importa quem é o sujeito. Nesse tipo de imunidade, a competência do ente 
tributante é afastada em face do objeto a ser tributado.
 
24 www.acasadoconcurseiro.com.br
É o caso da imunidade dos livros, jornais, periódicos e do papel destinado à sua impressão (art. 
150, VI, d) por exemplo:
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, 
é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
...
VI – instituir impostos sobre:
...
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.
De outra banda, na imunidade subjetiva ou pessoal a tributação é afastada em razão do sujeito 
que realiza o ato.
É o caso, por exemplo, da imunidade tributária recíproca (art. 150, VI, a) onde os entes públicos 
estão com seus patrimônios, rendas e serviços imunes à instituição de impostos.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, 
é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
...
VI – instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
Já as imunidades mistas combinam características das duas anteriores, sendo determinante 
para sua implementação não só a característica do sujeito como também o fato, bem ou 
situação previstos na norma imunizante.
Tome-se como exemplo a imunidade do ITR sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, 
quando as explore, só ou com sua família, o proprietário que não possua outro imóvel (art. 153, 
§ 4º).
Temos um critério objetivo, a pequena gleba rural mas também um critério subjetivo, qual seja, 
a exploração pelo proprietário.
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
...
§ 4º O imposto previsto no inciso VI do caput:
...
II – não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando 
as explore o proprietário que não possua outro imóvel;
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Tributário – Prof. Diego Degrazia
25www.acasadoconcurseiro.com.br
Imunidades quanto à origem
Ontológicas ou políticas
Se necessariamente decorrentes de princípios constitucionais, as imunidades são classificadas 
como ontológicas.
Por serem corolários desses princípios constitucionais, as imunidades ontológicas não 
decorrem necessariamente de dispositivos expressos, podendo estar, inclusive, implícitas no 
corpo constitucional.
Tome-se como exemplo a imunidade tributária recíproca (art. 150, VI, a) onde pelo próprio 
conceito de Federação, ou seja, pela necessária realização do princípio federativo há o 
impedimento da instituição de impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços dos entes 
políticos.
Se, por outro lado, as imunidades são instituídas para proteger determinado princípio, serão 
consideradas imunidades políticas, razão pela qual a doutrina considera as imunidades dos 
templos de qualquer culto, das entidades sindicais de trabalhadores, entre outras, nesta 
categoria.
Nesse aspecto decorrem de normas necessariamente expressas no texto constitucional.
Note que a diferença reside especificamente na decorrência necessária ou não de um princípio.
Imunidades quanto à dependência de norma para lhe dar completude.
Condicionadas ou incondicionadas
As imunidades são classificadas nesse ponto, segundo a doutrina tradicional, como 
condicionadas pois necessitam de lei integrativa infraconstitucional para fruição de alguns de 
seus aspectos ou incondicionadas quando autoaplicáveis, sem qualquer necessidade de lei 
para sua total implementação.
Assim, normas incondicionadas seriam de eficácia plena e de aplicabilidade imediata, 
enquanto as normas condicionadas seriam de eficácia limitada, de acordo com a posição do 
STF em julgado antigo no qual analisou a fruição do benefício no que tange ao imposto de 
renda:
EMENTA: IMPOSTO DE RENDA NA FONTE. PROVENTOS. BENEFICIÁRIOS COM IDADE SUPERIOR 
A SESSENTA E CINCO ANOS. ART. 153, § 2º, INC. II, DA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL. LEI Nº 7.713/88. O Supremo Tribunal Federal, no julgamento do Mandado de 
Segurança 22.584 (Sessão do dia 17.04.97), proclamou entendimento no sentido de que o art. 
153, § 2º, II, da Constituição Federal, ao estabelecer que o imposto de renda “não incidirá, nos 
termos e limites fixados em lei, sobre rendimentos provenientes de aposentadoria e pensão, 
pagos pela previdência social da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
a pessoa com idade superior a sessenta e cinco anos, cuja renda total seja constituída, 
exclusivamente, de rendimentos do trabalho”, não é auto-aplicável, estando a depender de lei 
 
26 www.acasadoconcurseiro.com.br
que fixará os termos e os limites dessa não-incidência. E, até que advenha a lei regulamentando 
o exercício desse direito, continuam válidos os limites e restrições fixados na Lei nº 7.713/88 
com suas posteriores alterações. Recurso extraordinário conhecido, mas improvido.
(RE 200485, Relator(a): Min. ILMAR GALVÃO, Primeira Turma, julgado em 09/12/1997, DJ 20 – 
03 – 1998 PP – 00011 EMENT VOL – 01903 – 06 PP – 01087)
Temos como exemplo de normas imunizatórias condicionadas a referente à vedação da 
instituição de impostos sobre as instituições de educação e assistência social sem fins lucrativos, 
expressa no art. 150, VI, c da Constituição Federal, o qual impõe para a concessão do benefício 
que sejam atendidos os requisitos da lei.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, 
é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
...
VI – instituir impostos sobre:
...
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas 
fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições 
de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os 
requisitos da lei;
Imunidades quanto ao seu alcance.
Imunidades podem ser, quanto ao alcance ou amplitude, caracterizadas como genéricas ou 
gerais e específicas ou tópicas.
As denominadas genéricas – que se aplicam não só a todos os impostos sobre o patrimônio, 
renda e serviço como também a todos os entes políticos – se concentram, de acordo com a 
melhor doutrina, no art. 150, VI da Constituição Federal, e seus parágrafos § 2º, § 3º e § 4º.
As imunidades específicas, por sua vez, como a própria classificação informa, relacionam-se 
apenas a um ente político e a um tributo.
Estão dispersas pelo corpo constitucional e podem aparecer em face de uma contribuição 
especial (art. 195,§ 7º) ou até de uma taxa (art. 5º, XXXIV, a), por exemplo.
Imunidade Tributária Recíproca
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI – instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Tributário – Prof. Diego Degrazia
27www.acasadoconcurseiro.com.br
Tal imunidade, como se vê, além de genérica é eminentemente subjetiva, ontológica, 
incondicionada e relacionada aos Entes Políticos da Federação.Direito	
  Tributário	
  
Art.	
  150.Sem	
  prejuízo	
  de	
  outras	
  garan7as	
  asseguradas	
  
ao	
  contribuinte,	
  é	
  vedado	
  à	
  União,	
  aos	
  Estados,	
  ao	
  
Distrito	
  Federal	
  e	
  aos	
  Municípios:	
  
	
  
VI	
  -­‐	
  ins7tuir	
  impostos	
  sobre:	
  
	
  
a)	
  patrimônio,	
  renda	
  ou	
  serviços,	
  uns	
  dos	
  outros;	
  
Imunidade	
  Recíproca	
  
Na dicção do STF “a referência a patrimônio, renda ou serviços uns dos outros, contida na alínea 
em comento, tem o alcance de afastar a cobrança de todo e qualquer imposto”.
IMPOSTO – IMUNIDADE RECIPROCA – Imposto sobre Operações Financeiras. A norma da 
alinea “a” do inciso VI do artigo 150 da Constituição Federal obstaculiza a incidencia reciproca 
de impostos, considerada a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. Descabe 
introduzir no preceito, a merce de interpretação, exceção não contemplada, distinguindo os 
ganhos resultantes de operações financeiras.
(AI 175133 AgR, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Segunda Turma, julgado em 05/03/1996, DJ 
26 – 04 – 1996 PP – 13128 EMENT VOL – 01825 – 05 PP – 01021)
ADI 939
2. – o princípio da imunidade tributaria reciproca (que veda a União, aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios a instituição de impostos sobre o patrimônio, rendas ou serviços uns 
dos outros) e que é garantia da Federação (art. 60, par. 4., inciso I,e art. 150, VI, “a”, da C.F.);
Não obstante tudo, não se pode confundir aqui a incidência relativa ao contribuinte de fato 
com aquela atrelada ao contribuinte de direito.
A imunidade protege os entes políticos no que diz com impostos diretos e quando este é 
contribuinte de direito de impostos indiretos:
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRI-
BUTÁRIO. FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA PARA ILUMINAÇÃO 
PÚBLICA. ICMS. IMUNIDADE INVOCADA PELO MUNICÍPIO.
IMPOSSIBILIDADE. 2. A jurisprudência do Supremo firmou-se no 
sentido de que a imunidade de que trata o artigo 150, VI, a, da CB/88, 
somente se aplica a imposto incidente sobre serviço, patrimônio ou 
renda do próprio Município. 3. Esta Corte firmou entendimento no 
 
28 www.acasadoconcurseiro.com.br
sentido de que o município não é contribuinte de direito do ICMS, 
descabendo confundi-lo com a figura do contribuinte de fato e a 
imunidade recíproca não beneficia o contribuinte de fato. Agravo 
regimental a que se nega provimento.
(AI 671412 AgR, Relator(a): Min. EROS GRAU, Segunda Turma, julgado 
em 01/04/2008, DJe – 074 DIVULG 24 – 04 – 2008 PUBLIC 25 – 04 – 
2008 EMENT VOL – 02316 – 11 PP – 02262 RF v. 104, n. 399, 2008, p. 
292 – 294)
Situação peculiar ocorre, porém, quando da importação realizada pelo ente político. Em tal 
caso, confunde-se a situação de contribuinte de direito com a de contribuinte de fato, atraindo, 
para a Suprema Corte, a proteção da imunidade.
EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. CONSTITUCIO-
NAL. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE OPERAÇÃO DE CIRCULAÇÃO DE 
MERCADORIAS E SERVIÇOS. ICMS. IMPORTAÇÃO. IMUNIDADE RECÍ-
PROCA. APLICABILIDADE A MUNICÍPIO NA HIPÓTESE DE O ENTE FEDE-
RADO OCUPAR POSIÇÃO PRÓPRIA DE CONTRIBUINTE (IMPORTADOR). 
RISCO À
LIVRE-INICIATIVA E À CONCORRÊNCIA. NECESSIDADE DE PROVA. A 
imunidade tributária prevista no art. 150, VI, a da Constituição aplica-
se às operações de importação de bens realizadas por municípios, 
quando o ente público for o importador do bem (identidade entre o 
“contribuinte de direito” e o “contribuinte de fato”). Compete ao ente 
tributante provar que as operações de importação desoneradas estão 
influindo negativamente no mercado, a ponto de violar o art. 170 da 
Constituição. Impossibilidade de presumir risco à livre-iniciativa e à 
concorrência. Agravo regimental ao qual se nega provimento.
(AI 518405 AgR, Relator(a): Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, 
julgado em 06/04/2010, DJe – 076 DIVULG 29 – 04 – 2010 PUBLIC 30 – 
04 – 2010 EMENT VOL – 02399 – 08 PP – 01694)
Mas não só os entes políticos gozam da referida proteção. O próprio texto constitucional, 
protege, além daqueles, entidades da administração pública indireta, por força da redação de 
seu art. 150, § 2º.
§ 2º A vedação do inciso VI, “a”, é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas 
pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas 
finalidades essenciais ou às delas decorrentes.
Limitações	
  ao	
  poder	
  de	
  Tributar	
  §	
  2º	
  -­‐	
  A	
  vedação	
  do	
  inciso	
  VI,	
  "a",	
  é	
  extensiva	
  às	
  
autarquias	
  e	
  às	
  fundações	
  ins=tuídas	
  e	
  man=das	
  
pelo	
  Poder	
  Público,	
  no	
  que	
  se	
  refere	
  ao	
  patrimônio,	
  à	
  
renda	
  e	
  aos	
  serviços,	
  vinculados	
  a	
  suas	
  finalidades	
  
essenciais	
  ou	
  às	
  delas	
  decorrentes.	
  
	
  
	
  
Administração	
  
Pública	
  Direta	
  -­‐	
  
Órgãos	
  
Administração	
  
Pública	
  Indireta	
  
-­‐	
  En=dades	
  +	
  
Autarquias;	
  
Fundações;	
  
Empresas	
  Públicas;	
  
Sociedades	
  de	
  Economia	
  mista.	
  
D	
  D	
   Diego 
Degrazia 
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Tributário – Prof. Diego Degrazia
29www.acasadoconcurseiro.com.br
Releva destacar que a literalidade do texto constitucional não abrange outras entidades da 
administração indireta como as empresas públicas e as sociedades de economia mista que 
geralmente estão relacionadas com a exploração de atividades econômicas.
Essa visão decorre da redação do art. 150, § 3º que impõe que as disposições sobre a imunidade 
tributária recíproca não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços, relacionados com 
exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos 
privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
...
§ 3º As vedações do inciso VI, “a”, e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda 
e aos serviços, relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas 
aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de 
preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar 
imposto relativamente ao bem imóvel.
Desse modo, é curial ter em mente algumas decisões do STF que, a despeito da literal redação 
constitucional, estendeu as benesses da imunidade tributária recíproca a outras entidades da 
administração pública indireta, em especial às empresas públicas.
EMENTA: CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS: 
IMUNIDADE TRIBUTÁRIA RECÍPROCA: C.F., art. 150, VI, a. EMPRESA PÚBLICA QUE EXERCE 
ATIVIDADE ECONÔMICA E EMPRESA PÚBLICA PRESTADORA DE SERVIÇO PÚBLICO: DISTINÇÃO.
I. – As empresas públicas prestadoras de serviço público distinguem-se das que exercem 
atividade econômica. A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos é prestadora de serviço 
público de prestação obrigatória e exclusiva do Estado, motivo por que está abrangida pela 
imunidade tributária recíproca: C.F., art. 150, VI, a.
II. – R.E. conhecido em parte e, nessa parte, provido.
(RE 407099, Relator(a): Min. CARLOS VELLOSO, Segunda Turma, julgado em 22/06/2004, DJ 06 
– 08 – 2004 PP – 00062 EMENT VOL – 02158 – 08 PP – 01543 RJADCOAS v. 61, 2005, p. 55 – 60 
LEXSTF v. 27, n. 314, 2005, p. 286 – 297)
Tal decisão, mesmo que decorrente de uma interpretação extensiva, utilizou como parâmetro 
um ponto principal: a prestação de um serviço tipicamente público, obrigatório e exclusivo do 
Estado a merecer a imunidade.
Partindo desse leading case, a Corte Maior adotou a mesma posição no que diz com a Casa da 
Moeda do Brasil e com a INFRAERO, de acordo com os julgados relacionados:
EMENTA: Casa da Moeda do Brasil (CMB) – empresa governamental delegatária de serviços 
públicos – emissão de papel moeda, cunhagem de moeda metálica, fabricação de fichas 
telefônicas e impressão deselos postais – regime constitucional de monopólio (CF, art. 21, 
VII) – outorga de delegação à CMB, mediante lei, que não descaracteriza a estatalidade do 
serviço público, notadamente quando constitucionalmente monopolizado pela pessoa política 
(a União Federal, no caso) que é dele titular – a delegação da execução de serviço público, 
mediante outorga legal, não implica alteração do regime jurídico de direito público, inclusive 
 
30 www.acasadoconcurseiro.com.br
o de direito tributário, que incide sobre referida atividade – consequente extensão, a essa 
empresa pública, em matéria de impostos, da proteção constitucional fundada na garantia 
da imunidade tributária recíproca (CF, art. 150, VI, “a”) – o alto significado político-jurídico 
dessa prerrogativa constitucional, que traduz uma das projeções concretizadoras do princípio 
da federação – imunidade tributária da Casa da Moeda do Brasil, em face do ISS, quanto às 
atividades executadas no desempenho do encargo que, a ela outorgado mediante delegação, 
foi deferido, constitucionalmente, à União Federal – doutrina (REGINA HELENA COSTA, “inter 
alios”) – precedentes – recurso de agravo improvido.
(RE 610517 AGR, relator(a): min. Celso de mello, segunda turma, julgado em 03/06/2014, 
acórdão eletrônico dje – 120 divulg 20 – 06 – 2014 public 23 – 06 – 2014)
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. EMPRESA 
BRASILEIRA DE INFRA-ESTRUTURA AEROPORTUÁRIA – INFRAERO. EMPRESA PÚBLICA. 
IMUNIDADE RECÍPROCA. ARTIGO 150, VI, “A”, DA CB/88.
1. A Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária – INFRAERO, empresa pública 
prestadora de serviço público, está abrangida pela imunidade tributária prevista no artigo 150, 
VI, “a”, da Constituição.
2. Não incide ISS sobre a atividade desempenhada pela INFRAERO na execução de serviços de 
infra-estrutura aeroportuária, atividade que lhe foi atribuída pela União [artigo 21, XII, “c”, da 
CB/88]. Agravo regimental a que se nega provimento.
(RE 524615 AgR, Relator(a): Min. EROS GRAU, Segunda Turma, julgado em 09/09/2008, DJe – 
187 DIVULG 02 – 10 – 2008 PUBLIC 03 – 10 – 2008 EMENT VOL – 02335 – 07 PP – 01451 RTJ VOL 
– 00207 – 02 PP – 00826)
Evoluindo nesse quesito, a Corte se deparou em 2013 com questão relacionada ao exercício 
de atividade pelos Correios em concorrência com a iniciativa privada, anteriormente não 
apreciada.
Relembre-se que o motivo principal para a imunidade tributária recíproca abarcar a empresa 
pública era justamente a prestação de um serviço tipicamente público, obrigatório e exclusivo 
do Estado, ou seja, o serviço postal.
Ao avaliar os argumentos trazidos, a Corte entendeu que as atividades em concorrência com a 
iniciativa privada proporcionavam uma espécie de “subsídio cruzado” a financiar as atividades 
exclusivamente públicas de serviço postal e imunizou de forma integral as atividades da 
empresa pública:
Recurso extraordinário com repercussão geral. 2. Imunidade recíproca. Empresa Brasileira de 
Correios e Telégrafos. 3. Distinção, para fins de tratamento normativo, entre empresas públicas 
prestadoras de serviço público e empresas públicas exploradoras de atividade. Precedentes. 
4. Exercício simultâneo de atividades em regime de exclusividade e em concorrência com a 
iniciativa privada. Irrelevância. Existência de peculiaridades no serviço postal. Incidência da 
imunidade prevista no art. 150, VI, “a”, da Constituição Federal. 5. Recurso extraordinário 
conhecido e provido.
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Tributário – Prof. Diego Degrazia
31www.acasadoconcurseiro.com.br
(RE 601392, Relator(a): Min. JOAQUIM BARBOSA, Relator(a) p/ Acórdão: Min. GILMAR 
MENDES, Tribunal Pleno, julgado em 28/02/2013, ACÓRDÃO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO 
GERAL – MÉRITO DJe – 105 DIVULG 04 – 06 – 2013 PUBLIC 05 – 06 – 2013)
Não bastasse a avaliação extensiva dada aos correios, seguindo na mesma linha de raciocínio, 
o STF tem estendido o beneplácito da imunidade tributária recíproca também a algumas 
sociedades de economia mista, em especial àquelas que se revelam como “instrumentalidades 
estatais”, ou seja, instrumentos de atuação do estado em área exclusiva de serviços públicos; 
sem fins lucrativos e com a composição do capital social majoritariamente público.
Em 2011 reconheceu a condição à CODESP e traçou ali os paradigmas necessários ao 
deferimento do benefício a casos similares:
EMENTA: TRIBUTÁRIO. IMUNIDADE RECÍPROCA. SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA 
CONTROLADA POR ENTE FEDERADO. CONDIÇÕES PARA APLICABILIDADE DA PROTEÇÃO 
CONSTITUCIONAL. ADMINISTRAÇÃO PORTUÁRIA. COMPANHIA DOCAS DO ESTADO 
DE SÃO PAULO (CODESP). INSTRUMENTALIDADE ESTATAL. ARTS. 21, XII, f, 22, X, e 150, 
VI, a DA CONSTITUIÇÃO. DECRETO FEDERAL 85.309/1980. 1. IMUNIDADE RECÍPROCA. 
CARACTERIZAÇÃO. Segundo teste proposto pelo ministro-relator, a aplicabilidade da imunidade 
tributária recíproca (art. 150, VI, a da Constituição) deve passar por três estágios, sem prejuízo 
do atendimento de outras normas constitucionais e legais: 1.1. A imunidade tributária recíproca 
se aplica à propriedade, bens e serviços utilizados na satisfação dos objetivos institucionais 
imanentes do ente federado, cuja tributação poderia colocar em risco a respectiva autonomia 
política. Em conseqüência, é incorreto ler a cláusula de imunização de modo a reduzi-la a 
mero instrumento destinado a dar ao ente federado condições de contratar em circunstâncias 
mais vantajosas, independentemente do contexto. 1.2. Atividades de exploração econômica, 
destinadas primordialmente a aumentar o patrimônio do Estado ou de particulares, devem ser 
submetidas à tributação, por apresentarem-se como manifestações de riqueza e deixarem a 
salvo a autonomia política. 1.3. A desoneração não deve ter como efeito colateral relevante 
a quebra dos princípios da livre-concorrência e do exercício de atividade profissional ou 
econômica lícita. Em princípio, o sucesso ou a desventura empresarial devem pautar-se por 
virtudes e vícios próprios do mercado e da administração, sem que a intervenção do Estado 
seja favor preponderante. 2. SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. EXPLORAÇÃO DE SERVIÇOS DE 
ADMINISTRAÇÃO PORTUÁRIA. CONTROLE ACIONÁRIO MAJORITÁRIO DA UNIÃO. AUSÊNCIA DE 
INTUITO LUCRATIVO. FALTA DE RISCO AO EQUILÍBRIO CONCORRENCIAL E À LIVRE-INICIATIVA. 
Segundo se depreende dos autos, a Codesp é instrumentalidade estatal, pois: 2.1. Em uma 
série de precedentes, esta Corte reconheceu que a exploração dos portos marítimos, fluviais e 
lacustres caracteriza-se como serviço público. 2.2. O controle acionário da Codesp pertence em 
sua quase totalidade à União (99,97%). Falta da indicação de que a atividade da pessoa jurídica 
satisfaça primordialmente interesse de acúmulo patrimonial público ou privado. 2.3. Não há 
indicação de risco de quebra do equilíbrio concorrencial ou de livre-iniciativa, eis que ausente 
comprovação de que a Codesp concorra com outras entidades no campo de sua atuação. 3. 
Ressalva do ministro-relator, no sentido de que “cabe à autoridade fiscal indicar com precisão 
se a destinação concreta dada ao imóvel atende ao interesse público primário ou à geração de 
receita de interesse particular ou privado”. Recurso conhecido parcialmente e ao qual se dá 
parcial provimento.
(RE 253472, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. JOAQUIM BARBOSA, 
Tribunal Pleno, julgado em 25/08/2010, DJe – 020 DIVULG 31 – 01 – 2011 PUBLIC 01 – 02 – 
2011 EMENT VOL – 02454 – 04 PP – 00803 RTJ VOL – 00219 – 01 PP – 00558)
 
32 www.acasadoconcurseiro.com.br
Assim, podemos destacar do respectivo julgado as seguintes premissas para a aplicação 
da imunidade também às sociedades de economia mista, quando caracterizadas como 
instrumentalidades estatais:
1.1. A imunidade tributária recíproca se aplica à propriedade, bens e serviços utilizados na 
satisfação dos objetivos institucionais imanentes do ente federado, cuja tributação poderia 
colocar em risco a respectiva autonomia política.
1.2. Atividadesde exploração econômica, destinadas primordialmente a aumentar o patrimônio 
do Estado ou de particulares, devem ser submetidas à tributação, por apresentarem-se como 
manifestações de riqueza e deixarem a salvo a autonomia política.
1.3. A desoneração não deve ter como efeito colateral relevante a quebra dos princípios da 
livre-concorrência e do exercício de atividade profissional ou econômica lícita.
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. IMUNIDADE 
TRIBUTÁRIA RECÍPROCA. SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. SERVIÇO PÚBLICO DE ÁGUA E 
ESGOTO.
APLICABILIDADE. 1. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal entende que a sociedade de 
economia mista prestadora de serviço público de água e esgoto é abrangida pela imunidade 
tributária recíproca, nos termos da alínea “a” do inciso VI do art. 150 da Constituição Federal. 
Precedentes. 2. Agravo regimental desprovido. (RE 631309 AgR, Relator(a): Min. AYRES BRITTO, 
Segunda Turma, julgado em 27/03/2012, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe – 081 DIVULG 25 – 04 – 
2012 PUBLIC 26 – 04 – 2012)
EMENTA: CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL. 
IMUNIDADE TRIBUTÁRIA RECÍPROCA. SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. SERVIÇOS DE SAÚDE. 
1. A saúde é direito fundamental de todos e dever do Estado (arts. 6º e 196 da Constituição 
Federal). Dever que é cumprido por meio de ações e serviços que, em face de sua prestação pelo 
Estado mesmo, se definem como de natureza pública (art. 197 da Lei das leis). 2 . A prestação 
de ações e serviços de saúde por sociedades de economia mista corresponde à própria atuação 
do Estado, desde que a empresa estatal não tenha por finalidade a obtenção de lucro. 3. As 
sociedades de economia mista prestadoras de ações e serviços de saúde, cujo capital social 
seja majoritariamente estatal, gozam da imunidade tributária prevista na alínea “a” do inciso 
VI do art. 150 da Constituição Federal. 3. Recurso extraordinário a que se dá provimento, com 
repercussão geral.
(RE 580264, Relator(a): Min. JOAQUIM BARBOSA, Relator(a) p/ Acórdão: Min. AYRES BRITTO, 
Tribunal Pleno, julgado em 16/12/2010, REPERCUSSÃO GERAL – MÉRITO DJe – 192 DIVULG 05 – 
10 – 2011 PUBLIC 06 – 10 – 2011 EMENT VOL – 02602 – 01 PP – 00078)
EMENTA: CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA RECÍPROCA (ART. 150, 
VI, A DA CONSTITUIÇÃO). IMÓVEL UTILIZADO PARA SEDIAR CONDUTOS DE TRANSPORTE DE 
PETRÓLEO, COMBUSTÍVEIS OU DERIVADOS. OPERAÇÃO PELA PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. – 
PETROBRÁS. MONOPÓLIO DA UNIÃO. INAPLICABILIDADE DA SALVAGUARDA CONSTITUCIONAL.
1. Recurso extraordinário interposto de acórdão que considerou tributável propriedade imóvel 
utilizada pela Petrobrás para a instalação e operação de condutos de transporte de seus 
produtos. Alegada imunidade tributária recíproca, na medida em que a empresa – agravante 
desempenha atividade sujeita a monopólio. 2. É irrelevante para definição da aplicabilidade 
da imunidade tributária recíproca a circunstância de a atividade desempenhada estar ou não 
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Tributário – Prof. Diego Degrazia
33www.acasadoconcurseiro.com.br
sujeita a monopólio estatal. O alcance da salvaguarda constitucional pressupõe o exame (i) da 
caracterização econômica da atividade (lucrativa ou não), (ii) do risco à concorrência e à livre-
iniciativa e (iii) de riscos ao pacto federativo pela pressão política ou econômica. 3. A imunidade 
tributária recíproca não se aplica à Petrobrás, pois: 3.1. Trata-se de sociedade de economia 
mista destinada à exploração econômica em benefício de seus acionistas, pessoas de direito 
público e privado, e a salvaguarda não se presta a proteger aumento patrimonial dissociado 
de interesse público primário; 3.2. A Petrobrás visa a distribuição de lucros, e, portanto, 
tem capacidade contributiva para participar do apoio econômico aos entes federados; 3.3. 
A tributação de atividade econômica lucrativa não implica risco ao pacto federativo. Agravo 
regimental conhecido, mas ao qual se nega provimento.
(RE 285716 AgR, Relator(a): Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, julgado em 02/03/2010, 
DJe – 055 DIVULG 25 – 03 – 2010 PUBLIC 26 – 03 – 2010 EMENT VOL – 02395 – 04 PP – 00892)
Para finalizar o ponto, ainda convém ressaltar que importante decisão do STF quanto à 
imunidade recíproca, a qual versa sobre sua aplicação à OAB:
EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. 
IMUNIDADE RECÍPROCA. ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL. SECCIONAL. APLICAÇÕES 
FINANCEIRAS. INVESTIMENTOS. IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES FINANCEIRAS – IOF. 
ABRANGÊNCIA. DEVER DE FISCALIZAÇÃO. AUSÊNCIA DE PREJUÍZO.
PLENA VINCULAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. 1. A imunidade tributária 
gozada pela Ordem dos Advogados do Brasil é da espécie recíproca (art. 150, VI, a da 
Constituição), na medida em que a OAB desempenha atividade própria de Estado (defesa 
da Constituição, da ordem jurídica do Estado democrático de direito, dos direitos humanos, 
da justiça social, bem como a seleção e controle disciplinar dos advogados). 2. A imunidade 
tributária recíproca alcança apenas as finalidades essenciais da entidade protegida. O 
reconhecimento da imunidade tributária às operações financeiras não impede a autoridade 
fiscal de examinar a correção do procedimento adotado pela entidade imune. Constatado 
desvio de finalidade, a autoridade fiscal tem o poder-dever de constituir o crédito tributário 
e de tomar as demais medidas legais cabíveis. Natureza plenamente vinculada do lançamento 
tributário, que não admite excesso de carga. Agravo regimental ao qual se nega provimento.
(RE 259976 AgR, Relator(a): Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, julgado em 23/03/2010, 
DJe – 076 DIVULG 29 – 04 – 2010 PUBLIC 30 – 04 – 2010 EMENT VOL – 02399 – 07 PP – 01409
De toda forma, não confunda a imunidade conferida a OAB como autarquia de regime especial, 
com base no art. 150, VI, a, à sua Caixa de Assistência dos Advogados.
Por não se revelar instrumentalidade estatal, mas sim de entidade destinada a prover benefícios 
pecuniários e assistenciais a seus associados a Caixa, ne visão do STF, não goza de imunidade.
EMENTA: CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. IMUNIDADE RECÍPROCA. ART. 150, VI, A DA 
CONSTITUIÇÃO. CAIXA DE ASSISTÊNCIA DOS ADVOGADOS. INAPLICABILIDADE. 1. A Caixa de 
Assistência dos Advogados, instituída nos termos dos arts. 45, IV e 62 da Lei 8.906/1994, não 
desempenha as atividades inerentes à Ordem dos Advogados do Brasil (defesa da Constituição, 
da ordem jurídica do Estado democrático de direito, dos direitos humanos, da justiça social 
Também não lhe compete privativamente promover a representação, a defesa, a seleção e 
a disciplina dos advogados em toda a República Federativa do Brasil). Trata-se de entidade 
destinada a prover benefícios pecuniários e assistenciais a seus associados. 2. Por não se revelar 
 
34 www.acasadoconcurseiro.com.br
instrumentalidade estatal, a Caixa de Assistência dos Advogados não é protegida pela imunidade 
tributária recíproca (art. 150, VI, a da Constituição). 3. A circunstância de a Caixa de Assistência 
integrar a estrutura maior da OAB não implica na extensão da imunidade, dada a dissociação 
entre as atividades inerentes à atuação da OAB e as atividades providas em benefício individual 
dos associados. Recurso extraordinário conhecido e ao qual se dá provimento.
(RE 233843, Relator(a): Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, julgado em 01/12/2009, DJe 
– 237 DIVULG 17 – 12 – 2009 PUBLIC 18 – 12 – 2009 EMENT VOL – 02387 – 06 PP – 01011 RT v. 
99, n. 893, 2010, p. 162 – 164 LEXSTF v. 32, n. 373, 2010, p. 161 – 165)
Arrendamento e cessão de uso de bem público.
Repercussão Geral – Temas 385 e 437
Art. 34. Contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular do seu domínio útil, ou o seu 
possuidor a qualquer ptulo.
TRIBUTÁRIO. IPTU. NULIDADE DO ACÓRDÃO. COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA CONSTITUCIONAL DO 
MUNICÍPIO. MATÉRIAS DE CUNHO CONSTITUCIONAL QUE REFOGE AO ÂMBITO DE APRECIAÇÃO 
DESTA CORTE. CONTRIBUINTE. POSSUIDORPOR RELAÇÃO DE DIREITO PESSOAL. ART. 34 DO 
CTN.
1. A apontada nulidade do aresto recorrido, por ausência de fundamentação e cerceamento 
de defesa, refoge ao âmbito de apreciação desta Corte. O mesmo se pode dizer no concernente 
às alegações acerca da competência tributária constitucional do Município. O recurso especial 
limita-se ao exame de normas infraconstitucionais.
2. Ausência de prequestionamento do disposto no verbete sumular 239/STF. Incidência das 
Súmulas 282 e 356/ STF 3. O IPTU é imposto que tem como contribuinte o proprietário, o titular 
do domínio útil ou o possuidor por direito real, que exerce a posse com animus domini.
4. O cessionário do direito de uso é possuidor por relação de direito pessoal e, como tal, não é 
contribuinte do IPTU do imóvel que ocupa.
5. Inaplicabilidade da Súmula 239 do STF.
6. Recurso especial conhecido em parte e improvido.
(REsp 696.888/RJ, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA TURMA, julgado em 22/03/2005, DJ 
16/05/2005, p. 325)
IMUNIDADE – SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA ARRENDATÁRIA DE BEM DA UNIÃO – IPTU. 
Não se beneficia da imunidade tributária recíproca prevista no artigo 150, inciso VI, alínea “a”, 
da Constituição Federal a sociedade de economia mista ocupante de bem público.
(RE 594015, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em 06/04/2017, 
ACÓRDÃO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL – MÉRITO DJe – 188 DIVULG 24 – 08 – 2017 
PUBLIC 25 – 08 – 2017)
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Tributário – Prof. Diego Degrazia
35www.acasadoconcurseiro.com.br
Tese
A imunidade recíproca, prevista no art. 150, VI, a, da Constituição não se estende a empresa 
privada arrendatária de imóvel público, quando seja ela exploradora de atividade econômica 
com fins lucrativos.
Nessa hipótese é constitucional a cobrança do IPTU pelo Município.
IPTU – BEM PÚBLICO – CESSÃO – PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO. Incide o imposto 
Predial e Territorial Urbano considerado bem público cedido a pessoa jurídica de direito 
privado, sendo esta a devedora.
(RE 601720, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, Relator(a) p/ Acórdão: Min. MARCO AURÉLIO, 
Tribunal Pleno, julgado em 19/04/2017, PROCESSO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL – 
MÉRITO DJe – 200 DIVULG 04 – 09 – 2017 PUBLIC 05 – 09 – 2017)
Tese
Incide o IPTU, considerado imóvel de pessoa jurídica de direito público cedido a pessoa jurídica 
de direito privado, devedora do tributo.
Imunidade dos templos de qualquer culto (imunidade religiosa)
Mesmo sendo laico, o estado brasileiro assegura, como direito fundamental inserto art. 5º, VI, 
o livre exercício dos cultos religiosos e a proteção aos locais de cultos e suas liturgias.
Assim, por opção política, o disposto no art. 150, VI, b, veda à União, aos Estados, ao DF e aos 
Municípios a instituição de impostos sobre templos de qualquer culto.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
...
VI – instituir impostos sobre:
...
b) templos de qualquer culto;
Como se vê, tal imunidade além de genérica é eminentemente subjetiva, política, 
incondicionada e relacionada aos templos de qualquer culto.
De acordo com o magistério de Francisco Leite Duarte, “a tributação do patrimônio, da renda e 
dos serviços relacionados às entidades religiosas se constituiria numa política fiscal incompatível 
com o direito e garantia individual que é a liberdade do exercício de cultos religiosos, razão 
porque a imunidade estabelecida para os templos de qualquer culto, estabelecida no art. 
150, VI, b, não se resume somente aos prédios destinados ao culto e liturgias (templo), mas 
também a todos os impostos incidentes sobre o patrimônio, a renda e serviços relacionados 
 
36 www.acasadoconcurseiro.com.br
com as finalidades essenciais daquelas entidades, sendo, igualmente uma imunidade 
subjetiva.”
Duarte, Francisco Leite. Direito Tributário: teoria e prática – 2. Ed. São Paulo: Editora Revista 
dos Tribunais, 2015.
Como dito acima, da redação do art. 150, § 4º da Constituição Federal, retira-se que a 
imunidade compreende apenas o patrimônio, a renda e os serviços relacionados com as 
atividades essenciais dos templos de qualquer culto.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
...
§ 4º As vedações expressas no inciso VI, alíneas “b” e “c”, compreendem somente o patrimônio, 
a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas 
mencionadas.
Entretanto, isso não impede a imunidade das rendas obtidas de imóveis alugados, desde que 
direcionadas ao financiamento de suas atividades essenciais.
EMENTA: Recurso extraordinário. 2. Imunidade tributária de templos de qualquer culto. 
Vedação de instituição de impostos sobre o patrimônio, renda e serviços relacionados com as 
finalidades essenciais das entidades. Artigo 150, VI, “b” e § 4º, da Constituição. 3. Instituição 
religiosa. IPTU sobre imóveis de sua propriedade que se encontram alugados. 4. A imunidade 
prevista no art. 150, VI, “b”, CF, deve abranger não somente os prédios destinados ao culto, 
mas, também, o patrimônio, a renda e os serviços “relacionados com as finalidades essenciais 
das entidades nelas mencionadas”. 5. O § 4º do dispositivo constitucional serve de vetor 
interpretativo das alíneas “b” e “c” do inciso VI do art. 150 da Constituição Federal. Equiparação 
entre as hipóteses das alíneas referidas. 6. Recurso extraordinário provido
(RE 325822, Relator(a): Min. ILMAR GALVÃO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. GILMAR MENDES, 
Tribunal Pleno, julgado em 18/12/2002, DJ 14 – 05 – 2004 PP – 00033 EMENT VOL – 02151 – 02 
PP – 00246)
Também nessa alínea do inciso VI do artigo 150, o STF acabou adotando uma posição extensiva, 
ao entender que a imunidade ali prevista abrangeria os cemitérios que se organizam como 
extensões das entidades religiosas, desde que se dediquem exclusivamente às atividades 
funerárias ou religiosas e não tenham fim lucrativo.
Por óbvio, se tais entidades objetivarem finalidade lucrativa, afastada estará a benesse.
EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA. IPTU. 
ARTIGO 150, VI, “B”, CB/88. CEMITÉRIO. EXTENSÃO DE ENTIDADE DE CUNHO RELIGIOSO. 1. Os 
cemitérios que consubstanciam extensões de entidades de cunho religioso estão abrangidos 
pela garantia contemplada no artigo 150 da Constituição do Brasil. Impossibilidade da 
incidência de IPTU em relação a eles. 2. A imunidade aos tributos de que gozam os templos de 
qualquer culto é projetada a partir da interpretação da totalidade que o texto da Constituição 
é, sobretudo do disposto nos artigos 5º, VI, 19, I e 150, VI, “b”. 3. As áreas da incidência e da 
imunidade tributária são antípodas. Recurso extraordinário provido.
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Tributário – Prof. Diego Degrazia
37www.acasadoconcurseiro.com.br
(RE 578562, Relator(a): Min. EROS GRAU, Tribunal Pleno, julgado em 21/05/2008, DJe – 172 
DIVULG 11 – 09 – 2008 PUBLIC 12 – 09 – 2008 EMENT VOL – 02332 – 05 PP – 01070 RTJ VOL – 
00206 – 02 PP – 00906 LEXSTF v. 30, n. 358, 2008, p. 334 – 340)
Há, ainda, caso onde o STF entendeu que se a entidade não professa qualquer religião os 
simples encontros para tratar de assuntos específicos, como é o caso da maçonaria, não atrai a 
proteção da imunidade.
Ementa: CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA. ART. 150, 
VI, C, DA CARTA FEDERAL. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO – PROBATÓRIO. 
SÚMULA 279 DO STF. ART. 150, VI, B, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. ABRANGÊNCIA DO 
TERMO “TEMPLOS DE QUALQUER CULTO”. MAÇONARIA. NÃO CONFIGURAÇÃO. RECURSO 
EXTRAORDINÁRIO CONHECIDO EM PARTE E, NO QUE CONHECIDO, DESPROVIDO. I – O 
reconhecimento da imunidade tributária prevista no art. 150, VI, c, da Constituição Federal exige 
o cumprimento dos requisitos estabelecidos em lei. II – Assim, para se chegar-se à conclusão se 
o recorrenteatende aos requisitos da lei para fazer jus à imunidade prevista neste dispositivo, 
necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos. Incide, na 
espécie, o teor da Súmula 279 do STF. Precedentes. III – A imunidade tributária conferida pelo 
art. 150, VI, b, é restrita aos templos de qualquer culto religioso, não se aplicando à maçonaria, 
em cujas lojas não se professa qualquer religião. IV – Recurso extraordinário parcialmente 
conhecido, e desprovido na parte conhecida.
(RE 562351, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Primeira Turma, julgado em 04/09/2012, 
ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe – 245 DIVULG 13 – 12 – 2012 PUBLIC 14 – 12 – 2012)
Imunidade dos partidos políticos, sindicatos de trabalhadores, entidades de 
educação e assistência sem fins lucrativos
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
...
VI – instituir impostos sobre:
...
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades 
sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins 
lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
Como se vê, tal imunidade além de genérica é eminentemente subjetiva, política, condicionada 
e relacionada aos partidos políticos, suas fundações, às entidades sindicais dos trabalhadores e 
às instituições de educação e assistência social sem fins lucrativos.
De acordo com o disposto no art. 150, § 4º, compreende apenas o patrimônio, a renda e os 
serviços quando relacionados com as atividades essenciais das entidades.
 
38 www.acasadoconcurseiro.com.br
Na visão da jurisprudência, tal disposição não afeta a imunidade das entidades desde que, 
como mencionado, os recursos obtidos pelas entidades sejam destinados a suas finalidades 
essenciais.
É o caso do aluguel de imóvel a particular, inclusive cristalizado em súmula vinculante em 2015, 
e aquele obtido com a exploração de serviço de estacionamento em imóvel de ente abrangido 
pela imunidade.
SÚMULA VINCULANTE 52
Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer 
das entidades referidas pelo art. 150, VI, “c”, da Constituição Federal, desde que o valor dos 
aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram constituídas.
EMENTA: IMUNIDADE TRIBUTÁRIA. ART. 150, VI, C, DA CONSTITUIÇÃO. INSTITUIÇÃO DE 
ASSISTÊNCIA SOCIAL. EXIGÊNCIA DE IMPOSTO SOBRE SERVIÇO CALCULADO SOBRE O 
PREÇO COBRADO EM ESTACIONAMENTO DE VEÍCULOS NO PÁTIO INTERNO DA ENTIDADE. 
Ilegitimidade. Eventual renda obtida pela instituição de assistência social mediante cobrança de 
estacionamento de veículos em área interna da entidade, destinada ao custeio das atividades 
desta, está abrangida pela imunidade prevista no dispositivo sob destaque. Precedente da 
Corte: RE 116.188 – 4. Recurso conhecido e provido.
(RE 144900, Relator(a): Min. ILMAR GALVÃO, Primeira Turma, julgado em 22/04/1997, DJ 26 – 
09 – 1997 PP – 47494 EMENT VOL – 01884 – 02PP – 00412)
Não bastasse isso, o STF possui entendimento no qual exonera a incidência inclusive de 
impostos indiretos, se a entidade imune é o contribuinte de direito do tributo.
O Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao apreciar o RE 210.251 – EDv/SP, fixou entendimento 
segundo o qual as entidades de assistência social são imunes em relação ao ICMS incidente 
sobre a comercialização de bens por elas produzidos, nos termos do art. 150, VI, “c” da 
Constituição. Embargos de divergência conhecidos, mas improvidos.
(RE 186175 ED – EDv, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Tribunal Pleno, julgado em 23/08/2006, 
DJ 17 – 11 – 2006 PP – 00048 EMENT VOL – 02256 – 04 PP – 00642 RT v. 96, n. 857, 2007, p. 185 
– 187 LEXSTF v. 29, n. 337, 2007, p. 227 – 232 RDDT n. 137, 2007, p. 166 – 168)
Imunidade Condicionada
Em que pese toda a excepcionalidade das situações anteriormente estudadas, o principal ponto 
de controvérsia do dispositivo está na necessidade de regulamentação, por lei, de requisitos 
para sua obtenção.
É que, por ser imunidade condicionada, requer para sua fruição plena integração 
infraconstitucional por meio de lei.
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Tributário – Prof. Diego Degrazia
39www.acasadoconcurseiro.com.br
Como se sabe, a visão do Supremo, no que diz com a reserva de lei complementar, passa 
necessariamente pela previsão no texto constitucional de tal espécie normativa, caso que, 
como se observa, não ocorre na parte final do dispositivo ora estudado.
Menciona-se no art. 150, VI, c os requisitos da lei.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
...
VI – instituir impostos sobre:
...
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades 
sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins 
lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
Por outro lado, quando a Constituição fala em regulamentação de imunidades – como espécie 
de limitação ao poder de tributar – exige, expressamente, a norma complementar, ao talante 
do disposto em seu art. 146, II:
Art. 146. Cabe à lei complementar:
...
II – regular as limitações constitucionais ao poder de tributar;
Tendo isso por base, muito se discutiu se as entidades beneficentes deveriam observar 
requisitos de lei ordinária ou complementar para fins de obtenção da imunidade.
IMUNIDADE – DISCIPLINA – LEI COMPLEMENTAR. Ante a Constituição Federal, que a todos 
indistintamente submete, a regência de imunidade faz-se mediante lei complementar.
(RE 566622, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em 23/02/2017, 
PROCESSO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL – MÉRITO DJe – 186 DIVULG 22 – 08 – 2017 
PUBLIC 23 – 08 – 2017)
Tema
32 – Reserva de lei complementar para instituir requisitos à concessão de imunidade tributária 
às entidades beneficentes de assistência social.
Tese
Os requisitos para o gozo de imunidade hão de estar previstos em lei complementar.
Superada a questão, resta saber qual é a lei complementar aplicável ao tema da materialidade.
 
40 www.acasadoconcurseiro.com.br
Com efeito, na inexistência de norma complementar específica, adotaram-se as regulações 
do Código Tributário Nacional, que, como se sabe, recepcionado foi pela ordem de 1998 com 
estatura de lei complementar.
“Importa, ademais, reafirmar que a imunidade tributária deferida às entidades de assistência 
social sem fins lucrativos somente compreende o patrimônio, a renda e os serviços relacionados 
com as suas finalidade essenciais (CF, artigo 150, VI, “c”). Mesmo assim, o reconhecimento 
desse direito está condicionado à observância dos preceitos contidos no incisos I a III do artigo 
14 do Código Tributário Nacional. Resulta desse modo que o favor constitucional não é absoluto 
e o seu deferimento, mesmo em face dos objetivos institucionais da entidade, previstos em 
seus atos constitutivos (CTN, artigo 14, § 2º), poderá ser suspenso quando não cumpridas as 
disposições legais (CTN, artigo 14, § 1º).” (excerto do voto condutor do Min. Mauricio Correa, 
por ocasião do julgamento, pelo Plenário do STF, do RE 202.700 – DF, em 08/11/2001)
Art. 14. O disposto na alínea c do inciso IV do artigo 9º é subordinado à observância dos seguintes 
requisitos pelas entidades nele referidas:
I – não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer capítulo;
II – aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos 
institucionais;
III – manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades 
capazes de assegurar sua exatidão.
§ 1º Na falta de cumprimento do disposto neste artigo, ou no § 1º do artigo 9º, a autoridade 
competente pode suspender a aplicação do benefício.
Por derradeiro, convém enfrentar ainda a situação das entidades fechadas de previdênciacomplementar.
Com efeito, a imunidade conferida às instituições de assistência social, sem fins lucrativos, não 
alcança todas as entidades privadas de previdência social.
Para que o ponto fique claro, é curial entender a distinção entre Seguridade Social e Previdência 
Social.
A Seguridade Social é termo mais amplo que abarca não só a previdência social, mas também a 
assistência social e a saúde.
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes 
Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à 
assistência social.
Com se vê, o artigo 150, VI, c da Constituição apenas menciona, para fins de imunidade, as 
entidades de assistência social. Note que são conceitos distintos.
Até por isso, o STF entende que, regra geral, as entidades de previdência social não estão 
abrangidas pela imunidade ali explicitada, mantendo posição delimitada anteriormente à 
promulgação da Constituição de 1988:
 – Entidade de previdência privada. Sendo mantida por expressiva contribuição dos empregados, 
ao lado da satisfeita pelos patrocinadores, não lhe assiste o direito ao reconhecimento 
da imunidade tributária, prevista no art. 19, III, “c”, da Constituição de 1967, visto não se 
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Tributário – Prof. Diego Degrazia
41www.acasadoconcurseiro.com.br
caracterizar, então, como instituição de assistência social. Recurso extraordinário de que, por 
maioria, não se conhece.
(RE 136332, Relator(a): Min. OCTAVIO GALLOTTI, Primeira Turma, julgado em 24/11/1992, DJ 
25 – 06 – 1993 PP – 12641 EMENT VOL – 01709 – 03 PP – 00493 RTJ VOL – 00150 – 02 PP – 
00597)
Reavaliando a disciplina com base na Lei Maior vigente, o Supremo manteve o entendimento 
anterior mas com uma exceção: igualou as entidades fechadas de previdência complementar 
privada às entidades de assistência social quando cobertos alguns requisitos que as 
equiparariam, qual sejam,
1) finalidade não lucrativa;
2) sem qualquer contribuição do empregado.
Note o seguinte julgado a seguir:
IMUNIDADE – ENTIDADE FECHADA DE PREVIDÊNCIA PRIVADA. Na dicção da ilustrada maioria, 
entendimento em relação ao qual guardo reservas, o fato de mostrar-se onerosa a participação 
dos beneficiários do plano de previdência privada afasta a imunidade prevista na alínea “c” do 
inciso VI do artigo 150 da Constituição Federal. Incide o dispositivo constitucional, quando os 
beneficiários não contribuem e a mantenedora arca com todos os ônus. Consenso unânime do 
Plenário, sem o voto do ministro Nelson Jobim, sobre a impossibilidade, no caso, da incidência 
de impostos, ante a configuração da assistência social
(RE 259756, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em 28/11/2001, DJ 29 
– 08 – 2003 PP – 00021 EMENT VOL – 02121 – 17 PP – 03493)
Imunidade dos livros jornais e periódicos (imunidade cultural)
Imunidade estabelecida no art. 150, VI, d, define que é vedado à União, aos Estados, ao DF e 
aos Municípios instituir impostos sobre livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua 
impressão.
Como se vê, tal imunidade além de genérica é eminentemente objetiva, política, incondicionada 
e relacionada aos livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão.
A base valorativa de tal imunidade política é a proteção da livre manifestação do pensamento e 
da expressão da atividade intelectual, artística e científica; da livre comunicação e do acesso à 
informação, todos direitos fundamentais elencados no art. 5º da Constituição Federal.
Por estar classificada como imunidade objetiva, não se cobra o imposto em face de operações 
realizadas com seus objetos, como em uma saída de livros por exemplo. Aí não irá incidir o 
ICMS.
Ademais, como está o objeto abrangido pela imunidade, não pode o intérprete restringir a sua 
aplicação em face de qualquer valoração de seu conteúdo.
 
42 www.acasadoconcurseiro.com.br
Limitações	
  ao	
  poder	
  de	
  Tributar	
  Ademais,	
  como	
  está	
  o	
  objeto	
  abrangido	
  pela	
  imunidade,	
  não	
  pode	
  o	
  intérprete	
  
restringir	
  a	
  sua	
  aplicação	
  em	
  face	
  de	
  qualquer	
  valoração	
  de	
  seu	
  conteúdo.	
  
	
  
ICMS	
  
IPI	
  
II	
  
D	
  D	
   Diego 
Degrazia 
RE 221.239/SP
CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. IMUNIDADE. ART. 150, VI, “D” DA CF/88. “ÁLBUM DE 
FIGURINHAS”. ADMISSIBILIDADE.
1. A imunidade tributária sobre livros, jor-
nais, periódicos e o papel destinado à sua im-
pressão tem por escopo evitar embaraços ao 
exercício da liberdade de expressão intelectu-
al, artística, científica e de comunicação, bem 
como facilitar o acesso da população à cultu-
ra, à informação e à educação.
2. O Constituinte, ao instituir esta benesse, 
não fez ressalvas quanto ao valor artístico ou 
didático, à relevância das informações divul-
gadas ou à qualidade cultural de uma publica-
ção.
3. Não cabe ao aplicador da norma constitu-
cional em tela afastar este beneficio fiscal ins-
tituído para proteger direito tão importante 
ao exercício da democracia, por força de um 
juízo subjetivo acerca da qualidade cultural 
ou do valor pedagógico de uma publicação 
destinada ao público infanto-juvenil. 4. Re-
curso extraordinário conhecido e provido.
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Tributário – Prof. Diego Degrazia
43www.acasadoconcurseiro.com.br
IMUNIDADE – LISTAS TELEFÔNICAS – ANÚNCIO E PUBLICIDADE. 
O fato de as edições das listas telefônicas 
veicularem anúncios e publicidade não 
afasta o benefício constitucional da imuni-
dade. A inserção visa a permitir a divulga-
ção das informações necessárias ao servi-
ço público a custo zero para os assinantes, 
consubstanciando acessório que segue a 
sorte do principal.
Precedentes: Recurso Extraordinário 
nº 101.441/ RS, Pleno, Relator Ministro 
Sydney Sanches, RTJ nº 126, página 216 à 
257, Recurso Extraordinário nº 118.228/SP, 
Primeira Turma, Relator Ministro Moreira 
Alves, RTJ nº 131, página 1.328 à 1.335, e 
Recurso Extraordinário nº 134.071 – 1/SP, 
Primeira Turma, Relator Ministro Ilmar Gal-
vão, Diário da Justiça de 30 de outubro de 
1992.
RE 183403 / SP – SÃO PAULO IMUNIDADE – IMPOSTOS – 
LIVROS, JORNAIS, PERIÓDICOS E PAPEL DESTINADO À 
IMPRESSÃO – APOSTILAS.
O preceito da alínea “d” do inciso VI do artigo 150 da Carta da 
República alcança as chamadas apostilas, veículo de transmissão de 
cultura simplificado.
RE 213094 / ES – ESPÍRITO SANTO
EMENTA: TRIBUTÁRIO. ENCARTES DE PROPAGANDA 
DISTRIBUÍDOS COM JORNAIS E PERIÓDICOS. ISS. ART. 
150, VI, d, DA CONSTITUIÇÃO.
Veículo publicitário que, em face de sua natureza pro-
pagandística, de exclusiva índole comercial, não pode 
ser considerado como destinado à cultura e à educa-
ção, razão pela qual não está abrangido pela imunida-
de de impostos prevista no dispositivo constitucional 
sob referência, a qual, ademais, não se estenderia, de 
qualquer forma, às empresas por eles responsáveis, 
no que concerne à renda bruta auferida pelo serviço 
prestado e ao lucro líquido obtido. Recurso não conhe-
cido.
 
44 www.acasadoconcurseiro.com.br
Decorre também da redação constitucional a imunidade ao papel destinado a impressão dos 
livros, jornais e periódicos.
Neste quesito, o STF não tem vazado julgamentos tão extensivos.
Aqui a regra é a limitação da benesse apenas ao papel e aos materiais a ele relacionados, como 
os filmes e papéis fotográficos necessários à impressão de jornais e periódicos.
O ponto de partida dessa interpretação é a expressa menção apenas ao papel no dispositivo 
constitucional.
De qualquer forma, ainda assim, o STF vem entendendo que há certa abrangência no que diz 
com os insumos assimiláveis ao papel, com exceção da “tinta para jornal”
Note a redação da súmula 657:
Súmula 657
A IMUNIDADE PREVISTA NO ART. 150, VI, “D”, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL ABRANGE OS FILMES 
E PAPÉIS FOTOGRÁFICOS NECESSÁRIOS À PUBLICAÇÃO DE JORNAIS E PERIÓDICOS.
Para finalizar o tema, convém ainda mencionar que em decisão

Continue navegando