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1 CENTRAL CPA (Central de Programa Armazenado) Na década de 1960, com a eletrônica digital se estabelecendo firmemente e com a queda dos custos dos semicondutores, surgiu a Central eletrônica de Programa Armazenado – CPA. Nesse tipo de central a programação é fixada pelo fabricante e não é alterada pela empresa de telecomunicações. Por isto essa central é denominada de CPA – Central de programa Armazenado. Mas, as primeiras CPA’s não eram inteiramente eletrônicas. Órgãos de comutação (correspondentes aos circuitos de cordão), não comutavam eletronicamente. Ainda eram usados órgãos eletromecânicos, como seletores de barra cruzada, seletores a relés especiais (Reed relés) ou seletores de pontos de cruzamento (cross point) a diodos. A chamada, quando completada, seguia um caminho físico e exclusivo entre a entrada e a saída. Estes caminhos eram, portanto, “espacialmente” separados, como nas centrais eletromecânicas. Por isso, estas CPA’s tomaram o nome de CPA-E, isto é, CPA-Espacial. Elas tiveram vida curta, pois, logo foram substituídas pela CPA-T, isto é, CPA-Temporal. Estas incorporam o conceito do TDM, da transmissão. Nestas centrais, as chamadas não percorrem um caminho físico e exclusivo, entre a entrada e a saída. Uma chamada analógica entrante, é digitalizada na “placa do assinante” (equivalente ao equipamento de assinante) em um sinal PCM de 64 kbps. Esta chamada é concentrada com outras, formando um TDM de 30 canais. Então, temos grupos de TDM’s – 30 circulando pela central. Um microprocessador (pequeno computador interno) de controle sabe em quais quadros dos TDM’s está cada chamada. Se a chamada for para um assinante da mesma central, em um ponto predeterminado, o microprocessador comanda a extração dos bits desta chamada, os quais são endereçados para a placa do assinante B (saída). Nesta placa, o sinal é transformado em analógico e segue para o telefone chamado. Quando os telefones forem digitais, a transformação analógico/digital (A/D) não será mais precisa. Se a chamada for para outra central, ela integrará um TDM de 30 canais – 2Mbps, que sai pelo juntor de saída da CPA. As CPA’s se interligam via troncos TDM de 2 Mbps, ou troncos E1. Desta forma, o “caminho físico” da chamada, dentro de uma central, foi substituído por um “caminho lógico”. Como o sinal de voz está digitalizado e dentro de um TDM, as chamadas estão separadas por tempo e não por espaço, internamente à central. Por isto, este tipo de CPA tomou o nome de CPA-T. Se a CPA-T estiver ligada a uma central eletromecânica analógica, seu tronco de saída ainda trafega os 2 Mbps mencionados. Quando este sinal TDM atinge a central analógica, esta está equipada com um equipamento TDM, que desmonta o sinal entrante nos 30 canais PCM de origem os transforma em sinais analógicos apara a sua operação. A CPA apresenta outra característica de suma importância. Quando ela vai ser inserida na rede, já vem com seu “programa armazenado”, que diz respeito às suas funções internas de comutação. Mas, a central deve ser adaptada ao tipo de rede da qual fará parte. Quantas rotas e em qual direção? Quantos e quais assinantes? Quais tipos de sinalização para assinantes (decádica ou MF) e para as outras centrais? Estas adaptações à rede são feitas por comandos em um terminal microcomputador da central. Não há intervenção na central propriamente dita. Se, ao longo do tempo, for necessário um novo roteamento, ou mudança de número de usuário, estes comandos são dados via o terminal micro. Como essa central só trabalha com sinal binário (bits 1 e 0), a programação é feita por software, utilizando-se o terminal de microcomputador para se programar e “falar” com a central. Com a versatilidade da eletrônica digital e a facilidade de instruções por software, a CPA-T pode oferecer serviços que não são possíveis nas eletromecânicas. Alguns deles são: � Siga-me: o assinante informa à central para qual telefone chamar, se receber uma chamada no seu telefone (serviço follow-me). 2 � Discagem abreviada: o assinante A determina para a central números simples, de até dois algarismos, para outros assinantes Bs, que costuma chamar. Quando A levanta o monofone, a central o identifica e obedece suas instruções. � Chamada em espera: se A estiver em conversação e alguém o chama, a central emite um sinal indicando outra chamada. A pode atender a outra chamada, retendo o desligando a primeira. � Identificação: se A chama B, B pode saber o número de A. Isto possibilita identificar quem está passando um trote. � Consulta: A pode manter B na linha e efetuar uma segunda chamada. � Transferência: As chamadas podem ser transferidas quando não atendidas ou quando o telefone está ocupado. � Conferência: permite a chamada e a conversação entre A e mais dois usuários. � Consulta transferida: A pode promover a conversação entre dois telefones diferentes (números diferentes) a partir de seu telefone. � Não perturbe: Uma gravação informa que A não pode atender. � Agenda eletrônica: Lembra A de seus compromissos. � Número duplo: O telefone de A passa a ter dois números. Outras facilidades podem ser oferecidas. Consulte sua operadora local e não esqueça de perguntar o preço do serviço. Anormalidades que podem ocorrer durante a realização de uma chamada a) A – tira o fone do gancho e não recebe sinalização (tom de discar). Significa congestionamento na central. Não há marcador ou registrador livres para enviar o tom de discar. Equivale à telefonista ocupada com outras chamadas. No fim de algum tempo pode receber o tom de ocupado, significando que não há órgãos de comutação disponíveis. Equivale a telefonista atender e dizer “um momento” ou dizer “circuitos ocupados” e sair da linha. b) A – tira o fone do gancho e recebe imediatamente o tom de ocupado. Congestionamento na central do assinante ª Idem item anterior. c) A – recebe tom de discar. Disca ou tecla e, no meio do número recebe tom de ocupado. Consegue marcador e registrador, mas não há circuitos de comutação disponíveis. Se B for de outra central, pode não haver juntor de saída vago na central de origem. Neste caso, trata-se de congestionamento no entroncamento entre estas centrais, também conhecido como congestionamento de rota. Assim, o congestionamento pode ocorrer nos órgãos de controle comum, nos órgãos de comutação ou nos juntores, isto é, no entroncamento. Quando A não tem sucesso na sua chamada, geralmente fica insistindo, ocupando órgãos da estação e piorando o congestionamento. Por outro lado, uma manutenção deficiente da central agrava estes problemas, principalmente, quando ela já está sobrecarregada de assinantes ou de tráfego. É bastante freqüente o procedimento errado de desativar e não consertar imediatamente órgãos de conexão ou juntores, com defeitos, até que atinjam um número suficiente para o técnico, que justifique o trabalho de manutenção. Quando isto acontece em central sobrecarregada, o congestionamento é inevitável. O equivalente numa central manual seria o caso em que plugs dos cordões da mesa apresentassem defeitos e a telefonista os pusesse de lado, até que houvesse um número suficiente que justificasse a manutenção. 3 d) A – completa a ligação. Durante a conversação a ligação “cai”, isto é, volta um sinal de ocupado ou o tom de discar. Significa defeito nos órgãos de comutação que não retêm as conexões já efetuadas nos seletores. Equivale ao plug cair do jack. e) A – completa a discagem e volta o tom de discar. Geralmente, é defeito no registrador. f) A – durante a conversação, escuta outra pessoa falando. Na maioria das vezes, isto acontece quando B é de outra central. Pode haver fuga de sinal entre os pares do cabo tronco e um par induz seu sinal elétrico em outro. Pode, também, ser devido a um erro de montagem do cabo, quando um fio de um par é ligado ao fio de outro par. Nesse caso, a linha cruzada é perfeita e permanente. Se Adesliga e tenta de novo, pode pegar um outro junto de saída, com um par sem defeitos e não há mais linha cruzada. Quando B é da mesma central, este fenômeno acontece quando os pares de todos os assinantes da mesma região vão se juntando, formando um grosso cabo de assinantes que vai para a central. Este é um defeito, que se torna mais incidente por ocasião de fortes chuvas que inundam os cabos subterrâneos. A unidade nos cabos facilita a passagem do sinal de uns para outros pares. Ligações mal feitas no emaranhado de fios, na entrada da central (DG), também provoca este defeito. g) A – disca certo e a ligação sai errada. O registrador alcançado, registra um número errado por estar defeituoso. É defeito na central. Numa nova tentativa, pode-se pegar outro registrador e completar a chamada. O defeito pode também estar no telefone de A . Quando se aciona o disco telefônico e ele volta livremente, impulsionado por uma mola espiral interna, o disco faz abrir e fechar a linha, interrompendo cadenciadamente a corrente de linha. Formam-se assim, pulsos na linha, na quantidade igual ao número discado. Em particular, o número produz 10 pulsos na linha. Estes pulsos podem ser escutados no monofone. O registrador da central interpreta o número de pulsos, se vierem em cadência certa e com suas durações certas e padronizadas. Se a mola do disco estiver desregulada, os pulsos serão rápidos ou lentos demais e a central os interpreta erroneamente. Quando A deseja andar mais rápido e força a volta do disco, altera a duração e a freqüência dos pulsos, provocando erros. h) A – está em conversação com B, mas um ou outro escuta mal. O defeito pode estar na cápsula transmissora de um ou na receptora de outro. Se ambos escutam mal, provavelmente o meio de transmissão está atenuando demais o sinal de voz. Pode ser fuga de sinal nos circuitos de comutação, por sujeira ou mal contato ou nos cabos, tanto de assinante como de entroncamento. Pode ocorrer também atenuações exageradas tanto nos juntores como nos equipamentos de linha. Se A é mal escutado ou escuta mal todos os seus B’s chamados, o defeito pode ser no seu telefone ou na sua linha ou seu equipamento de assinantes. i) A – recebe o tom de controle de chamada de B e B nunca recebe. Quando o monofone de B está no gancho, uma chave interna abre (interrompe) sua linha de assinante. Se a campainha de B não toca, mas A escuta o tom de chamada de B, a linha de B está interrompida, por um defeito, como se o seu monofone estivesse no gancho. A campainha de B pode também não tocar, se a central não lhe mandar corrente de toque. 4 j) A – recebe sempre sinal de B ocupado. Quando o monofone de B está fora do gancho, a chave interna fecha a sua linha de assinante. Situação idêntica ocorre quando a linha de B está fechada por um circuito, que é um defeito. k) A – escuta muito ruído durante a conversação. Geralmente, é um mal contato nas emendas da linha do assinante. Deve ser pesquisado primeiro o telefone depois a cabeação desde o telefone até a central. l) A – desliga e fica com seu telefone retido e não pode fazer novas ligações. Em centrais mais antigas, enquanto B não desligar, a cadeia de órgãos de comutação não desarma e A permanece conectado. Isto era um prato feito para quem queria aborrecer ª Bastava que atendesse à chamada e B não mais desligasse, retendo ª Em centrais mais modernas, isto não acontece. Se B continuar ligado e A desligar, após certo tempo B recebe tom de ocupado. m) A – consegue discar e o telefone fica mudo. Defeito em uma das centrais por onde passa a chamada. Geralmente, o defeito é num dos órgãos comuns: marcador ou registrador da segunda central (se forem só duas). Pode também haver retenção em órgãos comuns na primeira. Das milhares e milhares de peças que compõem as centrais, as redes de cabos e os telefones, fica difícil enumerar as muitas anormalidades que podem acontecer para o assinante. As acima listadas são as mais comuns detectadas pelos usuários e, além das causas apontadas, podem haver outras. Mas, por que uma central fica congestionada, se ela é, inicialmente, bem dimensionada quanto ao número de assinantes e ao tráfego que atenderá? Vejamos um motivo muito comum. Uma central quando é projetada, é dimensionada para atender os assinantes, com um certo grau de perda de chamadas na Hora de Maior Movimento (HMM). Se fosse dimensionada para o máximo de tráfego, seus equipamentos ficariam ociosos a maior parte do tempo. Este grau de perda é 1%, isto é, para cem chamadas na HMM, uma não é completada. Este dimensionamento é para um tráfego estimado, isto é, supondo que assinantes residenciais e comerciais se comportem dentro de um padrão fixado estatisticamente. Se uma central é dimensionada para 10.000 assinantes, geralmente, é carregada com 8.000 ou 9.000 assinantes, pois, se o tráfego não seguir o padrão, ainda não haverá congestionamento. Os terminais excedentes são reservados para mudanças de residência para a área da central, instalações prioritárias (polícia, bombeiro, hospitais), para terminais de testes da própria central, etc. Acontece que os investimentos para ampliação das centrais quase nunca seguem a demanda. Passa a haver uma demanda reprimida. Aos poucos, estes terminais excedentes vão sendo liberados ao público, tendendo a diminuir até os terminais de testes. Desta forma, o grau de perdas aumenta e sem os testes apropriados, a manutenção cai de padrão e piora mais ainda a perda de chamadas, até que se estabelece o congestionamento nas horas de maior demanda de tráfego. De madrugada, se houver caracterização de congestionamento, há defeitos graves na central ou no seu entroncamento com outras centrais. Pela ordem, se atinge o congestionamento sistemático quando: � há manutenção inadequada devido à gerência ou falta de equipamentos e materiais � há má distribuição de terminais, comerciais e residenciais � há esgotamento dos terminais de “folga” � há falta de investimentos na ampliação da central e seus cabos troncos. 5 PABX Não só assinantes comerciais ou residências e outras centrais públicas que são interligadas a uma central local. A ela pode também estar ligada uma central telefônica privada, denominada CPCT – Central Privada de Comutação Telefônica. Estas centrais podem ser de dois tipos, mais conhecidos pelas suas siglas em inglês: PBX – Private Branch Exchange: central de comutação privada, manual. PABX – Private Automatic Branch Exchange: central privada de comutação automática. Empresas que possuem um razoável número de telefones, cuja maioria do tráfego é interno, necessitariam interligar estes telefones numa central publica, despendendo várias linhas de assinantes e ocupando esta central com seu tráfego particular. Haverá um ponto de equilíbrio econômico que justificará ter a empresa sua própria central. A central privada terá troncos de saída e entrada ligados a juntores na central pública. Se for um PBX, a central é uma mesa telefônica com telefonista. Esta efetua as ligações internas e externas, nos mesmos moldes já vistos, porém, utilizando mesa de botões, que são pressionados, ao invés dos cordões. Neste aspecto, as chamadas externas locais e interurbanas ou internacionais, que são pagas, podem ser controladas pela telefonista. Por outro lado, condomínios se utilizam de PBX para concentrar o tráfego em poucos troncos externos, como um fator de economia. Os troncos são também conhecidos como linhas externas e os telefones são os ramais da central. Se a central for um PABX, as ligações entre ramais são automáticas e as ligações externas podem ser automáticas ou manuais. No caso de automáticas, disca-se um número padrão (zero ou nove – o zero é padrão no Brasil) e obtém-se um tronco para o qual disca-se o número externo desejado. No PABX há dois tons de discar – um interno e, quando se obtém um tronco, ouve-se o tom de discar da centrallocal. O PABX, conforme o fabricante, pode oferecer vários serviços internos e sinalizações diferentes das padronizadas pelo serviço público. É comum já se ter centrais privadas digitais, que integram serviços de voz, dados e fax em suas comutações. Quando a CPCT apresenta grande tráfego externo é necessário um bom balanceamento entre seus troncos de entrada e saída. Ao longo do tempo, o tráfego de uma empresa pode ter seu perfil alterado, por exemplo, com o aumento de chamadas entrantes. Chegará a um ponto em que a CPCT apresentará o tom de ocupado, para um grande número de chamadas entrantes. Mas, cada chamada entrante passou pela central local, pois a CPCT é um assinante desta central. Com isto, a central local aumenta seu tráfego rumo ao congestionamento. Para evitar este problema, o proprietário da CPCT deve investir em mais troncos de entrada. A esta altura, quanto mais troncos de entrada ou saída da CPCT, mais juntores estão sendo ocupados na central e estes juntores equivalem a linhas de assinantes. Se a cada tronco do PABX for atribuído um número de assinantes, fica muito incômodo se discar muitos números, até que um complete a ligação. Foi, então, desenvolvido um equipamento que, para cada chamada para a CPCT, examina sequencialmente os juntores de saída da central, para esta CPCT, até que encontre um vago e o ocupe, completando a chamada. Assim, na central local, a CPCT só tem um número (número chave), porém, com várias possibilidades de completamento da chamada. Este serviço é denominado “busca automática”. Muitas vezes, o proprietário da CPCT não sabe que está provocando um congestionamento na sua central local, pois, suas chamadas saintes se completam normalmente. Cabe à operadora telefônica, através de medições de tráfego, identificar a causa e avisar o proprietário da CPCT para que tome providências de ampliação. Quando estas providências não são tomadas, resta à operadora trocar alguns dos troncos saintes por troncos entrantes, relativos à CPCT. Desta forma, mais chamadas de 6 origem externas são completadas, diminuindo o congestionamento na central local. Por outro lado, haverá mais dificuldades na parte de chamada originadas na CPCT, transferindo o congestionamento para os ramais desta central. Naturalmente, esta atitude é drástica e devem ser esgotados todos os recursos junto ao proprietário da CPCT, porém, o serviço público deve ser prioritário. O telefone comercial também foi apropriado a diversas funções. Nos modelos conhecidos por “key system”, foi incorporada uma função de PBX, outra de chamada direta – conhecida como chefe/secretária, além de linhas externas. Estas funções são exercidas por botoneiras e disco ou tecla. Na função de PBX, por exemplo, uma secretária atende, chama o chefe pela chamada direta e o comuta para a chamada entrante. Uma chamada sainte pode ser conseguida via botão de linha direta ou por botão de ramal, via PABX. Há muitos modelos de CPCT, com funções diferentes, para os telefones comerciais. Alguns possuem visor de cristal liquido, que expõe o número discado; possuem memória onde vários números freqüentemente chamados são armazenados e disparados ao se discar ou teclar um número-código; podem fazer rechamadas, etc. Outras funções vão sendo incorporadas ao telefone, como calculadora, fax, modem para dados, e outras. Desta forma, o telefone começa a se descaracterizar e passa a ser um terminal multifunção, ligado à rede telefônica. Com toda esta profusão de serviços e, alguns deles digitais, como transmissão de dados e fax, a importância da CPCT cresce, no disciplinamento de ligações. Inclusive, as atuais CPCT’s já são digitais, integrando os serviços em feixes de transmissão digital internos e externos, ao interligarem-se, por exemplo, a uma CPA. A partir, dos PABX’s analógicos já se podiam disciplinar as chamadas em: o ramais restritos: aqueles que somente se intercomunicam com outros ramais. o ramais semi-restritos: que, adicionalmente, podem receber chamadas externas. o ramais irrestritos: que além destas, podem fazer chamadas externas. Existem, também, os ramais privilegiados para chamadas interurbanas ou internacionais. Todas estas vantagens e outras mais, foram incorporadas às CPCT’s digitais. REDE TELFÔNICA URBANA Para interligar os assinantes às centrais telefônicas e estas entre si, o processo utilizado foi o de pares de fios de cobre, que se agrupam em cabos telefônicos. Os números de pares são padronizados. Em alguns casos são utilizados fios de alumínio, que pesam menos por unidade de comprimento, quando utilizados em postes. Vamos adotar a classificação abaixo, para servir de roteiro à explicação que se segue: Interna Rede Vertical Urbana ⇒⇒⇒⇒ Aérea ⇒⇒⇒⇒ Horizontal ⇒⇒⇒⇒ Subterrânea Telefônica Externa ⇒⇒⇒⇒ Interurbana Internacional 7 Cada uma dessas redes utiliza o meio de transmissão mais conveniente, como os apresentados anteriormente. A cabeação no interior dos centros telefônicos, interligando equipamentos, se denomina rede interna. O conjunto de cabos troncos, cabo de pares e par de fios para o assinante, constitui a rede externa urbana. A rede externa vertical é a instalada no interior de prédios, segundo regras bem definidas, e de responsabilidade da construtora do edifício. A rede externa horizontal é de responsabilidade da concessionária dos serviços de telecomunicações e exige cuidados especiais quanto à instalação e materiais envolvidos. A rede externa interurbana e rede externa internacional utilizam os meios de transmissão apresentados anteriormente, próprios para longas distâncias. A mais concentrada delas é de rede externa urbana horizontal, pois é aquela que é capilarizada ao nível de assinante, apresentando os pontos de coleta e entrega de informações. Esta rede é muito complexa e exige um planejamento e disciplina de instalação e manutenção muito rígidas. Cada par de fios é registrado, pois sofre emendas com outros pares de outros cabos e se estas emendas não forem muito bem controladas, estabelece-se o caos nas ligações. O par de fios do assinante, que vai desde a central telefônica até seu telefone, não pode apresentar atenuação acima da especificada, caso contrário a sinalização automática pode não ser interpretada pela central. Esta atenuação, como vimos, depende da resistência total dos fios, que não deve ultrapassar da ordem de 1.800 ohms. Esta resistência depende do comprimento do fio e do seu diâmetro. Quanto maior o comprimento (que aumenta a resistência) maior deve ser o diâmetro (que diminui a resistência). Assim, os assinantes mais distantes devem ter fios mais grossos. Outro aspecto da atenuação é a fuga do sinal elétrico ao longo dos fios. Esta fuga é devido ao efeito de “capacidade” entre os fios, que atenua freqüências mais elevadas ou à baixa isolação entre os fios, geralmente provocada por umidade. Efeito da Capacidade Até meados da década de 1920, o meio de transmissão de longa distância era, quase que exclusivamente, o par de fios metálicos. Na verdade, estes fios começaram a ser utilizados nos primórdios da telegrafia e perduram até hoje, em pequenas localidades. Por que um par de fios? Vamos relembrar: geralmente, os equipamentos elétricos têm dois pinos – um para entrar a corrente elétrica e outro para ela sair, após circular por dentro do equipamento. Assim, um pólo do gerador se liga a um pino e o outro pólo ao outro pino. Desta forma, fecha-se o circuito elétrico para a circulação da corrente, sendo necessários os dois fios. Observe que as tomadas das residências são para dois fios, assim como os equipamentos domésticos. Quando pares de fios foram estendidos, por postes, entre duas cidades, verificou-se que o diâmetro dos fios, o espaçamento entre eles e o material de que eram feitos influía fortemente no desempenho da transmissão. Esta influência se traduzia, principalmente,nas distorções que o sinal sofria pela limitação da faixa de passagem do meio. Surgiu um outro problema. O sinal elétrico transmitido se refletia na ponta da recepção e voltava, perturbando mais ainda o sinal de ida. Foi necessário se desenvolverem técnicas para o circuito de saída do transmissor e o de entrada, no receptor, de modo que eles pudessem introduzir e receber o sinal no meio de transmissão, de maneira suave. Um exemplo paralelo são as ondas do mar, que se quebram num rochedo e voltam ou são absorvidas, suavemente, pela areia da praia, que se apresenta um pouco inclinada. Um outro problema era o de que as linhas longas captavam energia elétrica dos raios das tempestades, que produziam um ruído impulsivo, perturbando o sinal transmitido e até destruindo os bits do sinal telegráfico, ou produzindo os “clics” audíveis na telefonia. O par de fios foi denominado “linha de transmissão”, que passou a ser estudada com o máximo de detalhes. Com o advento da telefonia, a maior demanda foi para a telefonia urbana. Neste caso, para menores distâncias, os fios poderiam ser bem mais finos. Mas, os fios telefônicos ainda eram pendurados em postes de fios, o que já estava se tornando incômodo. Então os fabricantes começaram a montar 8 vários pares num só feixe, que tomou o nome de “cabo de pares”. Como neste cabo os fios ficavam em contato uns com os outros, precisavam ser isolados entre si. Maquinas especiais foram desenvolvidas para enrolar, nos fios, uma capa de papel especial, muito fino, resistente e isolante. Dos cabos de pares, de trechos em trechos, eram derivados os pares que iam para as casas dos usuários. Pela proximidade dos pares de fios nesses cabos, surgiu o problema da indução elétrica entre eles o que provocava a passagem do sinal de um para outro. Este é o fenômeno da diafonia (linha cruzada). Para diminuir este efeito, os pares passaram a ser torcidos, de modo que a indução se cancelasse. Para diminuir o efeito da capacidade, nos cabos troncos são inseridas bobinas de Pupin, como vimos anteriormente, na equalização do par de fios. Estas bobinas são montadas em caixas metálicas, com terminais de entrada e saída. O cabo tronco é interrompido e seus pares de fios são ligados aos terminais de entrada e os terminais de saída são ligados aos pares correspondentes da continuação do cabo tronco. Há cabos de 1.800 pares ou mais e basta um erro de montagem para fazer com que todas as comunicações, que passam pelo cabo, se transformem num pandemônio de linhas cruzadas. Desta montagem resulta o cabo pupinizado. Geralmente, as linhas de assinantes não são pupinizadas. Vejamos como se estabelece uma hierarquia na rede externa. De uma residência, tipo casa, sai um par de fios do telefone do assinante, geralmente de forma aérea, e é ligado a um cabo aéreo, pendurado nos postes de rua. Este cabo aéreo é formado pelos pares dos assinantes de toda a rua. Em algum ponto este cabo aéreo mergulha para uma “caixa subterrânea” que tem dimensões de vários metros cúbicos. A esta caixa chegam outros cabos, de ruas próximas, e seus pares são ligados aos pares de cabos mais grossos, concentrando as linhas de assinantes. Se os telefones são originados num prédio com muitas residências ou escritórios, a rede vertical termina numa caixa do próprio prédio e daí já parte um cabo, geralmente subterrâneo, que também se dirige para uma caixa subterrânea da operadora. A rede aérea é pendurada em postes. A rede subterrânea é conduzida por dutos colocados em valas, geralmente sob calçadas para evitar o peso do trafego de veículos. Este dutos são feitos de cimento amianto, barro recozido ou PVC (plástico = cloreto de polivinil) e são dispostos em duas ou três camadas de três a quatro dutos cada. Na instalação, os cabos são transportados em grandes bobinas, em caminhões apropriados, e introduzidos numa extremidade do duto. Pela outra extremidade entra um cabo de aço, que puxará o cabo de pares telefônico com o auxilio de um guincho. As emendas dos cabos são feitas nas caixas subterrâneas. O ponto das emendas é envolvido por uma luva de chumbo, hermeticamente fechada por solda. Nesta luva há uma válvula por onde se injeta ar seco ou gás inerte. Este gás é mantido dentro do cabo à pressão maior que a atmosférica, para evitar a entrada de umidade ao longo de sua extensão, por qualquer pequena fissura. O gás é alimentado por bujões de alta capacidade e são trocados quando a pressão atinge um mínimo especificado. Existem sensores de pressão, que indicam um ponto de vazamento ao longo do cabo. Os cabos passam por caixas pequenas e se dirigem para caixas maiores, conhecidas como “main holes”, até que chegam ao “túnel de cabos” da central. Para centros telefônicos situados em zonas densamente povoadas, este túnel de cabos pode limitar a capacidade das centrais. Os cabos penetram no prédio do centro telefônico e são ligados a grandes armações metálicas, chamadas “distribuidor geral – DG”. O DG é formado por longas prateleiras onde, de um lado estão fixados pequenos blocos de madeira, montados verticalmente e com terminais metálicos, nos quais serão fixados os pares provenientes dos cabos. Do outro lado do DG, são montados idênticos blocos, agora horizontalmente, onde são fixados os pares de fios provenientes dos equipamentos terminais de assinantes. Para ligar a linha de um assinante, que entra no DG pelo lado vertical, ao seu terminal na central, do lado horizontal, é utilizado um par de fios denominado “fio jump” (que liga um por um “pulo”). Por que esta complicação? Porque, se o assinante mudar para outro endereço na zona da central, ele muda de par, mas não muda de terminal, mantendo o mesmo número na central. Então, seu fio jump muda apenas de um bloco vertical para outro e não se mexe A figura abaixo mostra a hierarquia da rede utilizada atualmente e denominada pois em cada ponto de concentração ela pode ser remanejada. Rede externa horizontal tipo flexível CT = Centro Telefônico A = Armário (ponto de repartição) C = Caixa (ponto de distribuição) Veremos que a rede, a partir dos assinantes, vai se concentrando em cabos mais grossos, mas o par do assinante percorre os cabos próprios até seu terminal na ce interliga o assinante ao terminal, mesmo passando por vários cabos, é a denominada linha de assinante. Na instalação dessas redes, normalmente cerca de 30% dos pares são reservados para mudanças de endereços e aluguel de “linha p A LP é um par, que um assinante aluga, para se comunicar com outro diretamente, por exemplo, para interligar um computador a um terminal distante ou para interligar duas impressoras. Todos os pares da rede convergem para suas respectivas cent pertencem a área de uma mesma central, os pares de fios que os servem como LP, são interligados no DG da central, pelo fio jump. Se estão em centrais distintas, a ligação entre seus pares é feita por um tronco entre estas centrais. Em ambos os casos, é o fio jump que resolve o problema. Portanto, toda LP passa por, pelo menos, um DG de centro telefônico e não é um par de fios, de um usuário direto ao outro, como se poderia imagina Estas ligações são muito utilizadas em do locutor é instalado no estádio. Através de LP, o sinal de voz segue até a emissora de rádio. Sempre há outra LP, para retorno de áudio ou instruções ao locutor. Pelas ruas, próximas aos dutos Esses dutos passam, também, próximos a postos de gasolina, onde pode haver vazamento subterrâneo de combustível. Quando um técnico penetra numa dessas caixas, pode se intoxicar por gases pernicio pelo simples acender do maçarico, para abrir uma emenda, pode explodir a caixa devido a gases Então, seu fio jump muda apenas de um bloco vertical para outro e não se mexe A figura abaixo mostra a hierarquia da rede utilizada atualmente e denominada pois em cada ponto de concentração ela pode ser remanejada. Rede externa horizontal tipo flexívelA = Armário (ponto de repartição) C = Caixa (ponto de distribuição) Veremos que a rede, a partir dos assinantes, vai se concentrando em cabos mais grossos, mas o par do assinante percorre os cabos próprios até seu terminal na central. Portanto, o par que interliga o assinante ao terminal, mesmo passando por vários cabos, é a denominada linha de Na instalação dessas redes, normalmente cerca de 30% dos pares são reservados para mudanças de endereços e aluguel de “linha privada (LP)”. A LP é um par, que um assinante aluga, para se comunicar com outro diretamente, por exemplo, para interligar um computador a um terminal distante ou para interligar duas impressoras. Todos os pares da rede convergem para suas respectivas centrais. Quando os dois usuários pertencem a área de uma mesma central, os pares de fios que os servem como LP, são interligados no DG da central, pelo fio jump. Se estão em centrais distintas, a ligação entre seus pares é feita por rais. Em ambos os casos, é o fio jump que resolve o problema. Portanto, toda LP passa por, pelo menos, um DG de centro telefônico e não é um par de fios, de um usuário direto ao outro, como se poderia imaginar. Estas ligações são muito utilizadas em eventos esportivos, como o futebol. O equipamento do locutor é instalado no estádio. Através de LP, o sinal de voz segue até a emissora de rádio. Sempre há outra LP, para retorno de áudio ou instruções ao locutor. Pelas ruas, próximas aos dutos telefônicos, correm tubulações de gás, água, águas pluviais. dutos passam, também, próximos a postos de gasolina, onde pode haver vazamento Quando um técnico penetra numa dessas caixas, pode se intoxicar por gases pernicio pelo simples acender do maçarico, para abrir uma emenda, pode explodir a caixa devido a gases Então, seu fio jump muda apenas de um bloco vertical para outro e não se mexe na central. A figura abaixo mostra a hierarquia da rede utilizada atualmente e denominada rede flexível, Veremos que a rede, a partir dos assinantes, vai se concentrando em cabos mais grossos, mas ntral. Portanto, o par que interliga o assinante ao terminal, mesmo passando por vários cabos, é a denominada linha de Na instalação dessas redes, normalmente cerca de 30% dos pares são reservados para A LP é um par, que um assinante aluga, para se comunicar com outro diretamente, por exemplo, para interligar um computador a um terminal distante ou para interligar duas impressoras. rais. Quando os dois usuários pertencem a área de uma mesma central, os pares de fios que os servem como LP, são interligados no DG da central, pelo fio jump. Se estão em centrais distintas, a ligação entre seus pares é feita por rais. Em ambos os casos, é o fio jump que resolve o problema. Portanto, toda LP passa por, pelo menos, um DG de centro telefônico e não é um par de fios, eventos esportivos, como o futebol. O equipamento do locutor é instalado no estádio. Através de LP, o sinal de voz segue até a emissora de rádio. telefônicos, correm tubulações de gás, água, águas pluviais. dutos passam, também, próximos a postos de gasolina, onde pode haver vazamento Quando um técnico penetra numa dessas caixas, pode se intoxicar por gases perniciosos ou, pelo simples acender do maçarico, para abrir uma emenda, pode explodir a caixa devido a gases 10 explosivos. Para evitar estes acidentes, ao abrir uma caixa, o técnico deve logo introduzir um senso de gases, que deve pertencer ao seu equipamento de manutenção. Outros acidentes, danosos ao equipamento, podem ocorrer, quando condutores de eletricidade urbana apresentam fugas de energia para os cabos telefônicos. Se a rede é aérea, existe o perigo de raios atmosféricos incidirem nela. Para que não haja danos na central, fusíveis apropriados são instalados nos terminais da linha de assinante, no bloco vertical do DG. Mas, do lado do telefone não há proteção. Existe ainda um contato, em série com esta linha, que é interrompido toda vez que o assinante não paga a conta, o que é uma proteção contra danos ao faturamento da operadora. A rede externa é o item que mais pesa no orçamento da telefonia urbana. Em termos de investimento, é cerca de 60% a 70% do total e depende da geografia da cidade. Fatores de dificuldades geográficas são lagos, rios, montanhas, proximidade do mar. Por exemplo, no Rio de Janeiro, além das chuvas que inundam os centros pelos túneis de cabos e inundam os dutos telefônicos, existem ainda os morros e montanhas que fazem aumentar o comprimento dos cabos, mesmo utilizando os túneis existentes. Mais ainda, a pressão hidrostática das marés, que aumentam a umidade e salinidade do solo diminuem sensivelmente a vida útil dos cabos, demandando uma manutenção intensa da rede. Como um resumo da rede externa urbana, podemos citar: � A rede externa inicia no lado vertical do DG e termina no aparelho telefônico. � A rede interna inicia no lado horizontal do DG, incluindo o fio jump e termina nos equipamentos de linha de assinante, na central de comutação. � Os pares dos cabos troncos que interligam as centrais telefônicas terminam nos lados verticais dos respectivos DG’s. Os correspondentes lados horizontais, atingidos por fios jump, são ligados aos correspondentes juntores de entrada ou de saída ou aos mistos da CPA. � Da mesma forma acontece com os pares, que formam os cabos, que vão para as centrais interurbanas ou internacionais. Desta forma, a rede externa é constituída de: � Infra-estrutura: postes, dutos, caixas � Cabos de assinantes: DG ao usuário � Cabos troncos: DG a DG de estações Caso não tivesse sido utilizada a Central Telefônica seriam necessários a seguinte quantidade de cabos para interligar todos os assinantes entre si: ( ) 2 1− = n nNC Onde: NC = número de cabos n = quantidade de assinantes da rede 11 PLANOS ESTRUTURAIS DE TELEFONIA Ao final de 1890, quando o serviço telefônico começava a tomar corpo, com o crescente número de centrais e a rede externa aérea se tornando muito complexa, logo se sentiu que o sistema não poderia crescer apenas de forma natural e aleatória. Era necessário que houvesse um planejamento para as redes e uma padronização para os equipamentos, caso contrário seria o caos. Nos EUA, pela própria cultura de seu povo, a iniciativa privada é sempre pressionada a apresentar soluções. Esta pressão levava, e ainda leva, empresários e fabricantes a uma disputa desenfreada pelo mercado, de modo que soluções técnicas nem chegavam a se consolidar, que outras melhores surgiam. Na hora de se interligarem centrais ou equipamentos surgiam problemas – os níveis energéticos dos sinais eram incompatíveis; as sinalizações de um equipamento não eram aceitas por outro; as atenuações dos sinais eram diferentes e estes não acionavam adequadamente o equipamento destino. Até mecanicamente havia incompatibilidade –um cabo não podia se conectar a um equipamento ou a outro cabo, pois os conectores não se encaixavam. Urgia que se fizesse uma padronização de componentes e de sistemas, porém, sem cercear a inventividade necessária ao progresso. Muito se aprendeu com os prejuízos das iniciativas atabalhoadas, pouco estudadas e sem um consenso geral – mesmo assim, as redes continuavam a se expandir. Os mesmos problemas enfrentavam os países europeus. Comissões técnicas foram criadas nos EUA e na Europa, para disciplinar a implantação e operação das Telecomunicações. Até hoje, testemunhamos que as soluções podem ser conflitantes e muito baseadas no orgulho nacional. Como por exemplo, vimos para os sistemas PCM: o T1 dos americanos e o E1 dos europeus. Os equipamentos de fac-símile são incompatíveis, a ponto de ser necessário introduzir, na rede americana, equipamentos tradutores de um padrão para outro. A telefonia móvel é outro exemplo. Na hora de integrar as redes, surgem problemas. A mesma coisa acontece com computadores em redes – para haver compatibilização há que se padronizar os sinaisde comunicação. Por isto, na telefonia, que é o maior sistema de comunicação, foi necessário criar uma série de regras, internacionalmente reconhecidas e aprovadas, que se consubstanciam em Planos Estruturais. Este planos são: � Plano de Numeração � Plano de Encaminhamento � Plano de Sinalização � Plano de Transmissão � Plano de Tarifação Todas as Administrações de Telecomunicações seguem, razoavelmente, estes planos, não só quanto à fabricação dos equipamentos, como também na estruturação das redes telefônicas e nos critérios tarifários. Estes planos não são por demais detalhados, a fim de permitir uma certa flexibilização na solução de problemas particulares das Administrações como, também, para permitir o progresso. Estes planos são revistos periodicamente e quando for necessário, como no caso de uma nova invenção. Vejamos do que trata cada um deles. � Plano de Numeração Quando, numa pequena localidade, os assinantes começaram a se agrupar em uma mesa telefônica, a telefonista conhecia cada um deles pelo nome. Com cem assinantes já o processo não funcionava. Então, cada qual recebeu um número. Mas que número? Quantos algarismos?. Se fossem cem assinantes, seriam necessários dois algarismos: 00 a 99. Se fossem dez mil assinantes, seriam precisos quatro algarismos: 0000 a 9999. Além disso, poderiam haver várias centrais, que deveriam ser distinguidas. A principio eram 12 conhecidas pelo nome do bairro em que estavam instaladas. Porém, mais de uma no mesmo bairro já causava confusão. Assim, as centrais também receberam um número, como prefixo, conforme exemplificado a seguir. A principio as centrais eram distintas por um algarismo. Com o crescimento delas, hoje são distintas por três algarismos, o que possibilita até mil centrais para uma cidade. Como vantagem, assinantes de diferentes centrais podem ter o mesmo número, pois serão distinguidos pelo prefixo da central. O Plano de Numeração serve também para designar serviços especiais, com discagem abreviada, como Polícia, Bombeiros e também para os serviços da Concessionária, como informações, chamadas interurbanas, consulta a lista telefônica, consertos, etc. Foi, então, padronizado que uma central teria um número de 3 dígitos e o assinante teria um número de 4 dígitos. Assim, o número de 7 dígitos (central + assinante) constitui o “numero de assinante”. Nada impede que dois assinantes, em cidades distintas, possuam o mesmo número de assinante. Resolveu-se, assim, a numeração dos assinantes locais. E para as chamadas interurbanas? Nesse caso, o Brasil está dividido em “Áreas de Numeração”. Normalmente, os menores dígitos são para as áreas mais chamadas, como abaixo: Área 1: São Paulo Área 2: Rio de Janeiro e Espírito Santo Área 3: Minas Gerais Área 4: Paraná e Santa Catarina Área 5: Rio Grande do Sul Área 6: Goiás e Mato Grosso Área 7: Bahia e Sergipe Área 8: Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Maranhão Área 9: Pará, Amazonas, Acre, Amapá, Roraima e Rondônia. Por sua vez, cada área é subdividida em sub-áreas e, cada qual, recebe também um dígito de identificação. Assim, no número 19, o número 1 indica a área do estado de São Paulo e o número 9 indica a sub-área de Campinas. Desta forma, para se atingir um assinante em qualquer dessas sub-áreas deve-se acrescentar ao número do assinante, o seu Código Nacional (CN). Logo: Número Nacional = Código Nacional + Número do Assinante. No Brasil, foi definido que o número nacional tem nove algarismos. Como o número de assinante tem 7 algarismos e a Área tem 1, deve-se adicionar mais um digito para compor o número nacional. Vejamos um exemplo: Número nacional Rio de Janeiro ( 2 1 ) 2 2 1 - 5 X Y 6 Assinante local Central Número de assinante Cidade do Rio de Janeiro Área 2 13 Se um assinante de São Paulo discar para o Rio de Janeiro, iniciando pelo digito 2, sua central local o interpretará como chamando outro central local 2XY. É necessário, então, informar à central local que se trata de uma chamada interurbana. Para isto se utiliza o Prefixo Nacional que é o número 0: (021) 221-5XY6. À semelhança dos americanos, denominamos o (021) de “código de área”. Atualmente, após a privatização, foi denominado de CSP (código de seleção da prestadora). Quando o assinante de São Paulo disca (ou tecla) 0, sua central local reconhece este digito e o encaminha para a trânsito-IUN. Quando esta recebe os dois dígitos seguintes (21), ocupa um juntor de saída para a rota Rio e se conecta com a trânsito- IUN do Rio. As trânsitos trocam informações dos dígitos no processo MFC. Quando a trânsito-IUN do Rio reconhece os dígitos 221, interliga-se com esta central local, via T-U, Ta ou diretamente. Quando a central local recebe o restante dos dígitos, interliga-se com o assinante de destino. Internacionalmente, foi padronizado que, alguns números de discagem abreviada e isentos de tarifação, fossem reservados para serviços especiais, por exemplo: 100 - Auxilio da telefonista 101 – Pedido de chamada interurbana 102 – Informação de número de assinante 103 – Reclamações sobre defeitos 105 – PABX da Concessionária 190 – Polícia 192 – Pronto Socorro etc. As centrais locais têm seus indicativos iniciando com o dígito 2, para não haver confusão com os números acima. Na verdade, alguns desses números já foram modificados e nem sempre funcionam. No caso internacional, os países formam “Áreas Internacionais”, que recebem um número de identificação. Assim, o país toma o código internacional e, para se atingir a trânsito internacional, disca-se o Prefixo Internacional 00. O número internacional foi padronizado em 11 algarismos. Vejamos os códigos para alguns países: EUA, Canadá, México................... 1 Rússia............................................. 7 Brasil............................................... 55 Argentina......................................... 54 Bolívia.............................................. 591 Paraguai............................................ 595 Desta forma, um usuário fora do Brasil, para falar com um assinante no Rio de Janeiro, deve discar: Número internacional 00 55 2 1 2 2 1 - 5 X Y 6 Número nacional Código internacional do Brasil Prefixo internacional 14 O prefixo 00 é reconhecido pela central local, que endereça o assinante à Central Trânsito-INT. Em certos casos, em outros países, pode haver outros dígitos para o prefixo internacional. A lista telefônica, geralmente, traz instruções de como fazer chamadas DDD nacionais e internacionais, com os códigos correspondentes. Sob o ponto de vista do assinante, o Plano de Numeração identifica o assinante B desejado, se ele está na mesma cidade (numeração da estação), se está em outra cidade (código DDD) ou se está em outro país (código DDI). Porém, sob o ponto de vista técnico da telefonia, este Plano indica qual o tipo de tráfego que o assinante vai gerar. O assinante pode gerar um tráfego local, interurbano (estadual ou nacional) ou internacional e o número discado indica, exatamente, qual deles vai ocorrer. Pela análise deste números, as centrais locais encaminham as chamadas para as centrais responsáveis pelo tipo de tráfego que deve cursar. E como fazem isto Este encaminhamento é previamente projetado. As chamadas interurbanas (011;....) vão ocupar certos juntores de saída que ligam a central a uma T ou Ta, que tem saída para a T-IUN. E assim prossegue a chamada. Este caminho, previamente fixado em projeto, segue as recomendações do Plano de Encaminhamento. � Plano de Encaminhamento Quando um assinante disca um número de outro assinante local, sua central analisa este número e sabe para onde é a chamada. Mas ela não estabelece esta chamada por qualquer caminhodesocupado, contanto que chegue no assinante B. Se B for da mesma central, ela estabelece um enlace interno. Se B for da mesma central, ela estabelece um enlace interno. Se B for de outra central, ela tomará um juntor de saída para a rota previamente determinada, para atingir esta outra central. Esta rota pode ser direta, via tandem ou via trânsito local. As chamadas locais só podem ocupar este níveis hierárquicos de centrais. Ao se fazer uma chamada, discando-se o prefixo interurbano, sua central o encaminhará, conforme o prefixo, para uma determinada trânsito estadual ou trânsito nacional, que tenha rotas para ela. Ao se tentar fazer uma chamada local, discando-se o prefixo interurbano, a central local, analisando o número, retorna o tom de ocupado, e nem ocupa rota para hierarquia maior. O mesmo acontece para uma chamada internacional. A prefixação do encaminhamento das chamadas pelas rotas, denomina-se Plano de Encaminhamento. Esta disciplina para as chamadas, permite que se possa controlar o tráfego nas rotas, se determinar o grau de interesse entre regiões, formando um acervo de informações para futuras expansões do serviço. Então, a segmentação e o despacho dos vários tipos de tráfegos, se faz pela hierarquia das centrais, a indicação do tipo de tráfego é feita pelo Plano de Numeração e o curso do tráfego, pelos juntores e rotas, se faz em obediência ao Plano de Encaminhamento. NOTA: As “desobediências realísticas” à hierarquia das centrais, repercutem no Plano de Encaminhamento, fazendo-o se afastar de uma estrutura lógica e coerente. � Plano de Sinalização Quando acompanhamos o completamento de uma chamada, em uma estação local automática, vimos as sinalizações envolvidas. À guisa de resumo, elas são: • Sinalização acústica: da central para o assinante: tom de discar, tom de ocupado, tom de controle de chamada. São sinais em 425 Hz, de modo contínuo ou interrompido. 15 • Sinalização de linha: do telefone para a central e vice-versa. Do telefone: pulsos decádicos, por interrupção da corrente contínua de linha ou, freqüências combinadas no sistema multifrequencial. Da central: corrente de toque 25 Hz CA. • Sinalização interna: conhecida por sinalização de registrador. É a sinalização rápida entre órgãos de controle, para o comando dos marcadores e órgãos de comutação. A sinalização de linha também se estabelece entre centrais e, como já se disse, por vezes a percebemos por tons harmoniosos e rápidos que nos chegam ao monofone. Quando a sinalização é entre centrais interurbanas, deve ser transmitida pelo meio que as interliga. Já vimos que o canal multiplex, não passa de um FPF e um ampliador. Este FPF deveria acomodar a faixa de voz, de 0 a 4 Khz. Acontece que induções da rede elétrica e mesmo vazamento dessa energia, dentro dos equipamentos de telecomunicações, produzem um zumbido de 60 Hz (freqüência da rede elétrica) no sinal telefônico. Para evitar este zumbido, o FPF elimina as baixas freqüências até 300 Hz, o que não prejudica muito a voz. Por outro lado, este filtro corta também o sinal de voz em 3.400 Hz, eliminando suas freqüências mais altas, tornando-a um pouco menos aguda. O prejuízo na fidelidade é desprezível, mas abre espaço para a sinalização deste canal. Assim, o sinal de voz , de 0-4 Khz ficou reduzido a 300 Hz – 3400 Hz. Agora, entre 3.400 Hz e 4.000 Hz pode se colocar uma portadora, que transporta a sinalização correspondente à ocupação deste canal. Esta portadora foi padronizada em 3.825 Hz e estabeleceu a “sinalização fora da faixa”. Esta portadora é modulada pelos sinais da sinalização de linha. Atualmente, para se aumentar a velocidade da sinalização, separa-se um canal exclusivo, para determinado número de troncos de uma rota, o qual transmite todas as sinalizações destes troncos. Este processo denomina-se “sinalização por canal comum”. � Plano de Transmissão Para que uma comunicação tenha sucesso é necessário que todos os órgãos de todos os equipamentos do lado do destinatário recebam um sinal claro para que sejam ativados adequadamente. O ponto crucial é a entrada do receptor. Vimos que o canal de transmissão impõe ao sinal atenuação, distorção e ruído e a deterioração da relação sinal-ruído (S/N) ao longo deste canal de transmissão é um fato. O Plano de Transmissão especifica a potência do sinal e a S/R mínima que pode existir, por trechos da rota, até o telefone do destinatário. Este também é especificado para ter uma sensibilidade mínima de recepção. Para auxiliar o projeto das redes, os pares de fios dos cabos telefônicos são padronizados, não só quanto ao número de pares por cabo, como também o seu diâmetro, isolação, etc. Com isto, o par de fios é padronizado eletricamente e um dos indicadores mais importantes é a atenuação por km. Com estes dados, pode-se saber a extensão máxima de um certo cabo. Além disto, existe padronização para a S/R da entrada de um MUX à saída do outro destino. O mesmo acontece para o sinal de rádio. Então, o Plano de Transmissão trata do quanto de atenuação, distorção e S/R pode o sinal sofrer quando trafega por uma rota urbana, interurbana ou internacional. 16 � Plano de Tarifação Tarifa telefônica é o preço que o assinante paga por participar do sistema telefônico. Esta participação deve ser entendida como ter e usar um telefone. Mesmo que o assinante não use o telefone, ele paga um preço básico por imobilizar uma linha de assinante, incluindo seu terminal de assinante na central. Um país tem a liberdade de adotar o critério que lhe aprouver para a tarifação. Porém, este critério deve ser coerente para todas as áreas, sem privilegiar assinantes. Se várias empresas explorarem o serviço telefônico, algum órgão de integração, geralmente ligado ao Governo, traça a política tarifária para todos. No caso da tarifação internacional, já não há esta liberdade. São fechados acordos internacionais, que fixam a cobrança e os critérios de repartição de receita, incluindo os países que só fazem trânsito para uma chamada. A fixação dos critérios tarifários depenem de estudos complexos e baseados no perfeito conhecimento das redes e dos serviços ofertados. A tarifa, paga pelo assinante, deve cobrir os custos totais do serviço oferecido e apresentar um lucro adequado. No Brasil, por lei, o lucro não deve exceder a 12% da receita. Se exceder, a tarifa deve ser baixada. Este lucro servirá para cobrir novos investimentos, distribuição aos acionistas e formação de reservas. Os custos totais compreendem os custos de investimento (equipamentos, redes, edifícios, etc.), custos financeiros, custos operacionais (pessoal, material, serviços de terceiros). Sob o ponto de vista da Concessionária, este custos podem ser classificados como: • Custos independentes de tráfego: são aqueles que podem ser proporcionais ao número de usuários, mas que não dependem do tráfego gerado por eles. São os referentes aos aparelhos telefônicos, redes de distribuição, terminal de assinante na central, contador de chamadas, custos de instalação e administração, catalogo telefônico, etc. • Custos dependentes do tráfego: são aqueles que dependem diretamente do uso do telefone. São os custos de comutação local, comutação IU, comutação INT e transmissão. Sob o ponto de vista do usuário, estes custos são cobrados, na forma de tarifa que podem ser classificadas também como os itens abaixo: • Tarifas independentes do tráfego: referem-se a parcela de instalação do telefone, de assinatura mensal, lista telefônica, extensões, fios especiais, telefone colorido, linha e terminal de assinante. A tarifa básica, que inclui 90 impulsos de utilização, também denominada de taxa de assinatura mensal, vem expressa na conta telefônica. • Tarifas dependentes do tráfego: referem-se à real utilização pelo assinante, cobrindo os custos de comutação local, comutação IU, comutação INT e transmissão. As tarifas são sempre cobradasao assinante chamador, a menos que o chamado aceite “chamada a cobrar”. Já vimos que o tempo de conversação, período entre o atendimento pelo assinante B e a desconexão da ligação, é que é tarifado. Recorde que os métodos de tarifação são: Multimedição: pela contagem de impulsos ocorridos no período de 30 dias. 17 Bilhetagem automática: pelo uso do bilhetador automático. Na tarifação interurbana estes aparelhos funcionam levando em consideração a distância geodésica e a duração da chamada. COMUTAÇÃO DIGITAL ÓRGÃOS DE UMA CENTRAL DE COMUTAÇÃO DIGITAL A arquitetura de uma central telefônica pode ser subdividida em dois grandes sistemas: � O sistema de comutação (ou conexão) � O sistema de controle O sistema de comutação é responsável pelas funções de interligar as linhas de assinantes entre si e com os circuitos troncos e ⁄ou circuitos de sinalização. O sistema de controle é responsável por controlar o sistema de comutação, ou seja, analisar e processar as solicitações de chamada a fim de encaminha-las corretamente através da malha comutadora. As centrais CPA são aquelas em que todo o controle dos estágios de comutação é feito através da execução de programas armazenados nas memórias da central. Sistemas básicos de uma central de comutação As primeiras centrais telefônicas automáticas foram desenvolvidas com tecnologia eletromecânica. Nestas, tanto os sistemas de conexão como de controle eram formados por bastidores eletromecânicos. Como exemplos temos as técnicas Passo a Passo, Crossbar e Crospoint. Posteriormente, com o advento do computador, surgiram as centrais CPA analógicas, em que o sistema de controle utiliza programas armazenados, mas os estágios de comutação trabalham somente com sinais analógicos. Na verdade, as primeiras centrais eram do tipo CPA-A, ou seja, apenas o controle e gerência da central eram digitais, a matriz de comutação, por onde os sinais de voz trafegam e são conectados durante uma ligação, permanecia analógica. Sistema de Controle Sistema de Conexão 18 Central CPA-A - controle e gerência digitalizado e matriz de comutação analógica. A voz não é digitalizada e percorre todo o caminho da ligação na forma analógica. Foram necessários alguns anos de aprimoramento e desenvolvimento até que novas centrais telefônicas do tipo CPA-T, capazes de realizar comutação digital temporal, passassem ser introduzidas no sistema. Neste novo ambiente, todos os processos são digitais, incluindo os sinais de voz. Juntamente com os avanços para transmissão digital destes sinais, as redes de telecomunicações seguiram sua jornada rumo a digitalização. Central CPA-T - controle e gerência digitalizado e matriz de comutação processa a voz digitalizada. A voz humana é, por natureza, um sinal analógico. Para que este sinal possa trafegar em uma rede digital, necessita ser convertido. Para convertê-lo num sinal digital, foi adotado a técnica denominada PCM ( Pulse Code Modulation ) - Modulação por Código de Pulso. Esta técnica baseia-se no princípio de amostragem do sinal analógico, seguido da quantização (ajuste e definição do valor) e representação na forma binária do sinal amostrado. Evidentemente, quanto maior o número de amostras, maior será a fidelidade na recuperação do sinal original no seu destino. Para o sistema de telefonia foi adotada a taxa de 8.000 amostras por segundo (8 kHz), ou seja, quando falamos ao telefone, nossa voz é medida (amostrada) 8.000 vezes por segundo. O valor obtido, em cada uma das medições, é convertido em um número binário, sendo então, transmitido digitalmente a uma velocidade de 64.000 bits/s. Processo de digitalização do sinal de voz. Embora o ouvido humano sadio seja capaz de perceber sons no intervalo de frequência que vai de 20 Hz até 20 kHz, e a voz humana seja capaz de emitir sons vai de 80 Hz até 12 kHz, estudos comprovaram que transmitindo as freqüências dos sinais de voz na faixa de 300 Hz a 3.400 Hz ( reconhecimento das palavras pelo interlocutor (nos Estados Unidos foi adotado o intervalo de 200 Hz a 3200 Hz). É nesta região que se concentra a maior energia do sinal. Com base neste estudo, os canais de transmissão de telefonia foram projetados para operar com esta largura de banda, deixando também um "intervalo de guarda" entre um canal e outro. A largura total da banda do canal de telefonia foi então padronizada em 4.000 Hz. O teorema de Nykist demons duas vezes a frequência máxima do sinal amostrado, para que seja possível recuperá vimos acima, a frequência máxima do canal de telefonia foi padronizada em 4.000 Hz, o que resulta numa freqüência de amostragem de 8.000 Hz (2 x 4.000 Hz). Cada amostra, após medida e ajustada (quantizada) e convertida em um número binário de 8 bits. O resultado deste processo é um fluxo de 64.000 bits/s (8.000 amostras por segundo x 8 bits). Este padrão é nos sistemas de telefonia fixa. Novas técnicas de digitalização e compactação de sinais de voz foram desenvolvidas, principalmente em razão do advento da telefonia celular e transmissão de voz sobre IP (VoIP), que buscam maior otimização Energia do sinal de voz concentrada na frequências mais baixas Processo de digitalização do sinal de voz. Embora o ouvido humano sadio seja capaz de perceber sons no intervalo de frequência que vai de 20 Hz até 20 kHz, e a voz humana seja capaz de emitir sons no intervalo de frequência que vai de 80 Hz até 12 kHz, estudos comprovaram que transmitindo as freqüências dos sinais de voz na faixa de 300 Hz a 3.400 Hz (G.132 e G.151 da ITU-T) seria possível um perfeito reconhecimento das palavras pelo interlocutor (nos Estados Unidos foi adotado o intervalo de 200 Hz a 3200 Hz). É nesta região que se concentra a maior energia do sinal. Com base neste estudo, transmissão de telefonia foram projetados para operar com esta largura de banda, deixando também um "intervalo de guarda" entre um canal e outro. A largura total da banda do canal de telefonia foi então padronizada em 4.000 Hz. O teorema de Nykist demonstra que a frequência de amostragem deve ser igual ou maior a duas vezes a frequência máxima do sinal amostrado, para que seja possível recuperá vimos acima, a frequência máxima do canal de telefonia foi padronizada em 4.000 Hz, o que freqüência de amostragem de 8.000 Hz (2 x 4.000 Hz). Cada amostra, após medida e ajustada (quantizada) e convertida em um número binário de 8 bits. O resultado deste processo é um fluxo de 64.000 bits/s (8.000 amostras por segundo x 8 bits). Este padrão é utilizado até hoje nos sistemas de telefonia fixa. Novas técnicas de digitalização e compactação de sinais de voz foram desenvolvidas, principalmente em razão do advento da telefonia celular e transmissão de voz sobre IP (VoIP), que buscam maior otimização dos meios utilizados. Energia do sinal de voz concentrada na Energia do sinal de voz concentrada na frequências Embora o ouvido humano sadio seja capaz de perceber sons no intervalo de frequência que no intervalo de frequência que vai de 80 Hz até 12 kHz, estudos comprovaram que transmitindo as freqüências dos sinais de voz T) seria possível um perfeito reconhecimento das palavras pelo interlocutor (nos Estados Unidos foi adotado o intervalo de 200 Hz a 3200 Hz). É nesta região que se concentra a maior energia do sinal. Com base neste estudo, transmissão de telefonia foram projetados para operar com esta largura de banda, deixando também um "intervalo de guarda" entre um canal e outro. A largura total da banda do tra que a frequência de amostragem deve ser igual ou maior a duas vezes a frequência máxima do sinal amostrado, para que seja possível recuperá-lo. Como vimos acima, a frequência máxima do canal de telefonia foi padronizada em 4.000 Hz, o que freqüência de amostragem de 8.000 Hz (2 x 4.000 Hz). Cada amostra, após medida e ajustada (quantizada) e convertida em um número bináriode 8 bits. O resultado deste processo é utilizado até hoje nos sistemas de telefonia fixa. Novas técnicas de digitalização e compactação de sinais de voz foram desenvolvidas, principalmente em razão do advento da telefonia celular e transmissão de Energia do sinal de voz concentrada na 20 Outra questão precisava ser resolvida para viabilizar o transporte das informações digitalizadas de um ponto a outro da rede. Por razões práticas e econômicas, vários canais de voz precisariam ser agrupados e transmitidos, utilizando um único par de transmissores e um único meio de transmissão. Nos sistemas analógicos, este agrupamento é realizado através de técnicas de Multiplexação por Divisão de Freqüência - FDM ( Frequency-division Multiplex ), onde diversos canais são agrupados em um mesmo meio para serem transmitidos, separados em faixas de freqüências distintas. Na figura a seguir podemos observar a separação em frequência de 12 canais para formar o que chamamos de grupo primário. Neste mesmo padrão, 5 grupos primários podem ser reagrupados para formar um grupo secundário com 60 canais (5 x 12). Por último, 16 grupos secundários podem ser reagrupados para formar um supergrupo com 960 canais (60 x 16). Formação de grupo primário FDM - São reunidos em um único meio 12 canais analógicos de voz, separados por faixas de frequências distintas. Formação de grupo secundário FDM - São reunidos em um único meio 5 grupos primários, totalizando 60 canais de voz separados por faixas de frequências distintas. 21 Formação de supergrupo FDM - São reunidos em um único meio 16 grupos secundários, totalizando 60 canais de voz separados por faixas de frequências distintas. Para os sistemas digitais, foi adotada a técnica de Multiplexação por Divisão de Tempo - TDM ( Time-division Multiplex ). Esta técnica reserva para cada canal espaços de tempo pré- definidos ( time slots ) para serem transmitidos. No Brasil, que adotou o mesmo padrão europeu para multiplexação de sinais digitais, são reunidos grupos de 32 canais dos quais, em geral, 30 transportam voz e 2 transportam sinais de sinalização e sincronismo. A taxa de bits necessária para transportar estes 32 canais será então 2Mbits/s (8.000 amostras por segundo x 8 bits x 32 canais = 2.048.000 bits/s). Nas figuras a seguir podemos observar a formação do grupo de primeira ordem TDM utilizado no Brasil e os demais níveis hierárquicos PDH - Hierarquia Digital Plesiócrona de concentração, desenvolvidos para permitir o agrupamento de maiores quantidades de canais. Velocidade de transmissão: 2Mbits/s Canal de voz: 64 kbits/s Amostras por canal de voz: 8000 Canais de voz: 1 a 15 e 17 a 31 Canais 0 e 16: Sincronismo e Sinalização Formação de um sistema de primeira ordem TDM - Na composição acima, também conhecida como MCP-30, 30 canais de voz são digitalizados e agrupados em um único meio, separados em intervalos de tempo de aproximadamente 3,9 m s (time slots). 22 Processo de multiplexação TDM em seus vários níveis hierárquicos de agrupamento PDH - Hierarquia Digital Plesiócrona. CODIFICAÇÃO DE LINHA Existem diversas técnicas de codificação do sinal digital, mas todas elas procuram gerar o sinal codificado com muitas transições com o objetivo de facilitar a recuperação do sincronismo no modem receptor. Estas técnicas procuram, ainda, concentrar o espectro de transmissão do sinal codificado dentro de uma faixa de freqüência com a componente DC (corrente contínua) pequena. Os sinais digitais transmitidos entre elementos de um mesmo circuito são normalmente tratados na forma NRZ (não retorna zero) ou RZ (retorna zero) conforme ilustra a figura FIG AUX 1. Quando o objetivo é no entanto externar os sinais transmitindo-os de um equipamento para o outro, algumas considerações devem ser feitas: � Componente DC presente nos sinais digitais; � Sincronismo entre relógios TX e RX. A componente DC, inconveniente aos circuitos acopladores, pode ser evitada de forma simples pela adoção de sinais AMI (inversão alternada da marca) que consiste em inverter a polaridade dos bits de conteúdo lógico 1. Desde modo ao longo de uma seqüência de transmissão a resultante DC deste sinal será nula. Outro fator determinante na transmissão de sinais digitais é a necessidade de manutenção de sincronismo entre as cadencias de transmissão dos pulsos e instantes de interpretação na recepção. Estas cadencias são definidas por circuitos de relógio (clock). A ausência deste sincronismo provocará perda de informação pelo salto de bit ou leitura duplicada no momento da interpretação do seu conteúdo conforme podemos observar na figura FIG AUX 2. Para garantir o sincronismo de freqüência e fase entre os relógios de transmissão e recepção é necessário que estes relógios tenham pelo menos a mesma referencia. O arranjo da figura FIG AUX 3 poderá atender esta necessidade, porém, existem inconvenientes de ordem prática que dificultam sua adoção. Uma solução simples e eficiente consiste na recuperação da cadencia de relógio extraído do próprio sinal de informação recebido garantindo, portanto, perfeito sincronismo entre os relógios de transmissão e recepção. Apesar de irregular, o sinal digital de informação contém componentes espectrais de freqüências iguais e harmônicas à cadencia do relógio de transmissão. A extração da freqüência do relógio de transmissão pode ser feita pela filtragem desta 23 componente utlilizando-a como referencia para determinação do relógio de recepção como mostra a figura FIG AUX 4. Figura Aux 1 Figura Aux 2 Figura Aux 3 24 Figura Aux 4 Existe, porém, uma condição para viabilidade do arranjo de recuperação do relógio do sinal recebido. Uma seqüência demasiadamente longa de bits zeros reduziria significativamente o nível das componentes espectrais do relógio de transmissão fazendo perder a referência para o relógio de recepção. Para superar este problema foram propostos códigos alternativos ao AMI e dentre estes o código de alta densidade bipolar - HDB (high density bipolar) se tornou preferencialmente utilizado. Este código prevê a introdução de falsos bits 1 de forma a limitar o número de zeros dentro de uma seqüência. Vários ensaios demonstraram uma seqüência máxima de três zeros consecutivos como limite ótimo para facilitar o processo de recuperação de relógio do sinal de informação. Desde modo o código de alta densidade bipolar ficou conhecido como código HDB-3. O código HDB-3 é obtido a partir de uma evolução do código AMI e se diferencia pelas seguintes regras adicionais: � Numa seqüência de quatro zeros consecutivos o último zero será substituído por um pulso V (violação da regra AMI) de mesma polaridade do pulso anterior. � Os pulsos de violação também alternarão polaridade entre si de forma a prevenir surgimento de componente DC. � Para assegurar a simultaneidade das duas regras anteriores poderão ser adicionados pulsos MF (marca falsa) no primeiro zero da seqüência em que haja pulso de violação V. � Na decodificação HDB-3 a informação pode ser separada dos pulsos V e MF pela observação: • Os pulsos com polaridade idêntica a do anterior serão desprezados pois tratam-se de pulsos de violação; • Os pulsos anteriores a violação de apenas 2 zeros consecutivos também serão desprezados, pois, tratam-se de pulsos marca falsa; • Pulsos de informação sempre terão polaridade inversa a do pulso anterior e sempre estarão anteriormente afastados da violação por uma seqüência de 3 zeros consecutivos. A figura FIG AUX 5 mostra o exemplo de conversão de uma sequência de sinal com código AMI em código HDB-3 . 25 Figura Aux 5 Outra vantagem do código HDB-3 seria a facilidade de detecção de erros de transmissão pela observação da obediência das regras de codificação estabelecidas. CENTRAIS CPA Atualmente, temos as centrais CPA digitais onde os sinaisque passam através dos comutadores já estão na forma digital, sendo as comutações baseadas na técnica PCM-TDM. As interconexões neste tipo de central de comutação ocorrem através da redisposição das palavras de códigos de 8 bits e diferentes sinais telefônicos em função da ligação desejada. Sinais PCM multiplexados por divisão de tempo permitem a utilização múltipla de linhas e elementos de comutação. As centrais digitais possibilitam ainda uma maior integração entre serviços de voz e dados. As centrais CPA possuem as seguintes vantagens: � Instalação: o tempo de instalação é menor, já que ela é testada na própria fabrica antes de ser instalada na concessionária. Não existe necessidade de programação por fiação como nas centrais eletromecânicas, pois, as programações são todas realizadas por software e comandos em terminais. � Tamanho: as centrais CPA são menores que as anteriores, isto reduz a necessidade de investimentos em infra-estrutura (prédios) por parte da operadora de telefonia. Com a evolução tecnológica as centrais CPA estão cada vez menores, para uma mesma capacidade de terminais. � Modularidade: as centrais CPA são montadas em bastidores, como se fossem gavetas, simplificando as ampliações e alterações de hardware. � Flexibilidade: pode-se mudar as funções da central muito facilmente. Por exemplo, uma central poderá atender um estagio remoto de assinantes, bastando instalar o hardware e software necessários. � Operação e Manutenção: o acesso ao sistema de controle da central via terminal de operação facilita os trabalhos dos operadores. � Velocidade de Processamento de Chamadas: o processamento de chamadas sendo controlado por sistemas computadorizados é bem mais rápido que o processamento eletromecânico. � Consumo de energia: as centrais CPA consomem menos energia que as centrais eletromecânicas. 26 Abaixo, temos o diagrama em blocos do hardware de uma central CPA digital. É importante salientar que os nomes e as siglas de cada bloco variam para cada fabricante especifico. Diagrama em blocos do hardware de uma central CPA digital EA – Estágio de Assinantes ET – Estágio de Troncos MC – Matriz de Comutação CCCS – Controle da Sinalização por Canal Comum PC – Processador Central PR – Processador Regional OM – Operação e Manutenção Estágio de Assinantes (EA) Neste estágio são realizadas as funções de interface conhecidas pela expressão BORSCHT: BBBBattery: alimentação CC para a linha OOOOvervoltage protection: proteção contra sobre-tensão RRRRinging: corrente de chamada para sinalização da campainha do telefone SSSSignal detection: detecção de sinal para supervisão CCCCodec: conversão (analógico-digital ou digital-analógico) HHHHybrid: circuito de híbrida, para conversão de 2 para 4 fios TTTTesting: acesso para teste da linha O EA tem ainda as funções de: � Envio da sinalização acústica (tons) para o assinante � Multiplexação (com ou sem concentração) de sinais de voz em fluxos TDM-PCM para conexão com a matriz de comutação. 27 A conversão 2 para 4 fios é realizada através do circuito de híbrida: Diagrama do circuito de híbrida Se ZL = Zb, todo o sinal de recepção (Rx) passará para a linha sem retornar à transmissão (Tx). Quando ZL ≠ Zb na (na central), uma parte do sinal de Rx retorna para Tx, o que pode gerar o efeito de eco. No caso da híbrida do aparelho telefônico, quando ZL ≠ Zb ocorre o efeito local. Estágio de Troncos (ET) Tem a tarefa de supervisionar os estados dos troncos (juntores) que fazem a conexão de voz (ou dados) com outras centrais. É responsável pela troca de sinalizações de linha e de registro através da sinalização por canal associado (CAS) ou pela troca de sinalização por canal comum (CCS). Neste estagio podem ser usados juntores analógicos ou digitais. Os juntores digitais operam com taxas de 2 Mbps (30 canais). É composto também por emissores e receptores de código MFC (Multifrequencial Compelido). No caso de troncos internacionais pode ser configurado com cancelamento de eco. 28 Esquema da interconexão de centrais Outras funções do ET: � detecção de erros nas linhas tronco � aquisição de dados de tráfego � comutação de chamadas de teste Matriz de Comutação (MC) A MC é responsável pelas conexões dos assinantes entre si e com os troncos. Cada circuito ou órgão da central faz conexão com a matriz através de enlaces PCM. Em centrais de grande porte a matriz é sempre duplicada. A matriz pode utilizar três técnicas de comutação: � Comutação temporal � Comutação espacial � Comutação temporal-espacial Em sistemas comutadores de grande porte, a arquitetura interna da MC é formada por vários módulos de comutação intermediários. Essa arquitetura tem como vantagens: � Flexibilidade de configuração da matriz � Uma maior confiabilidade do comutador 29 Arquitetura de MC modular Estágio de Controle da Sinalização por Canal Comum (CCCS) Este estágio controla os circuitos destinados exclusivamente para o envio do protocolo de sinalização SS#7. Realiza as funções de níveis 2 e 3 do modelo OSI. Funções de nível 2: montagem dos pacotes da camada de enlace, detecção de erros. Funções de nível 3: montagem dos pacotes da camada de rede, roteamento de pacotes. Estágio Processador Central (PC) É composto basicamente pela CPU, memória de dados e memória de programas. Executa funções de controle com alto grau de complexidade, tais como: encaminhamento de chamadas, diagnósticos de falhas. Neste estágio existem ainda: � Um buffer de mensagens, para a coordenação da transferência interna de informações entre o CC e os outros órgãos da central. � Um gerador de clock, para a sincronização da central. Por razões de segurança, nas centrais publicas, o processador central é duplicado. Existem basicamente duas formas de operação dos processadores: a) Paralelismo síncrono: os dois processadores operam sincronizados e recebem as mesmas informações. Um deles permanece ativo e o outro como reserva. São monitorados por um módulo de gerenciamento que, ao detectar falha no processador ativo, seleciona o processador reserva para assumir o controle da central. b) Repartição de carga: cada processador é responsável por 50% da carga de processamento da central. Mesmo operando chamadas distintas, cada um deles precisa receber informações do outro processador para evitar colisões. A maioria dos sistemas de comutação utiliza o paralelismo síncrono como modo de operação. Isto ocorre, principalmente, devido a maior segurança contra falhas de hardware. 30 Quadro comparativo: Paralelismo síncrono Repartição de carga Detecção de falhas de hardware mais rápida e confiável. Melhor tolerância à sobrecarga. Capacidade de processamento inalterada quando um processador está fora de serviço. Capacidade de processamento diminui quando um processador está fora de serviço. Transferência de informações entre os processadores é mais simples. Transferência de informações entre os processadores é mais complicada. Falhas de software afetam os dois processadores. Falhas de software afetam apenas um dos processadores. Estagio do Processador Regional (PR) As primeiras centrais CPA utilizavam processamento centralizado. Isto trazia sérias conseqüências no perfil de custo do equipamento e resultava também em processadores mais complexos. O perfil de custo mostrava-se desvantajoso comercialmente, pois, o processador deveria ser selecionado para a capacidade final da central. Isto resultava em um alto investimento por terminal ativado, naquelas centrais com uma pequena quantidade de assinantes, quando da sua implantação. Como alternativa surge o processamento em dois níveis: um nível central (CC) para tratar de tarefas complexas e um nível regional (PR) que realiza tarefas específicas de cada estágio de comutação (EA, ET, MC, CCCS). O PR é
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