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1
CENTRAL CPA (Central de Programa Armazenado) 
 
Na década de 1960, com a eletrônica digital se estabelecendo firmemente e com a queda dos custos 
dos semicondutores, surgiu a Central eletrônica de Programa Armazenado – CPA. 
Nesse tipo de central a programação é fixada pelo fabricante e não é alterada pela empresa 
de telecomunicações. Por isto essa central é denominada de CPA – Central de programa 
Armazenado. 
Mas, as primeiras CPA’s não eram inteiramente eletrônicas. Órgãos de comutação 
(correspondentes aos circuitos de cordão), não comutavam eletronicamente. Ainda eram usados 
órgãos eletromecânicos, como seletores de barra cruzada, seletores a relés especiais (Reed relés) ou 
seletores de pontos de cruzamento (cross point) a diodos. 
A chamada, quando completada, seguia um caminho físico e exclusivo entre a entrada e a 
saída. Estes caminhos eram, portanto, “espacialmente” separados, como nas centrais 
eletromecânicas. Por isso, estas CPA’s tomaram o nome de CPA-E, isto é, CPA-Espacial. 
Elas tiveram vida curta, pois, logo foram substituídas pela CPA-T, isto é, CPA-Temporal. 
Estas incorporam o conceito do TDM, da transmissão. 
Nestas centrais, as chamadas não percorrem um caminho físico e exclusivo, entre a entrada e 
a saída. 
Uma chamada analógica entrante, é digitalizada na “placa do assinante” (equivalente ao 
equipamento de assinante) em um sinal PCM de 64 kbps. Esta chamada é concentrada com outras, 
formando um TDM de 30 canais. Então, temos grupos de TDM’s – 30 circulando pela central. Um 
microprocessador (pequeno computador interno) de controle sabe em quais quadros dos TDM’s está 
cada chamada. Se a chamada for para um assinante da mesma central, em um ponto 
predeterminado, o microprocessador comanda a extração dos bits desta chamada, os quais são 
endereçados para a placa do assinante B (saída). Nesta placa, o sinal é transformado em analógico e 
segue para o telefone chamado. Quando os telefones forem digitais, a transformação 
analógico/digital (A/D) não será mais precisa. 
Se a chamada for para outra central, ela integrará um TDM de 30 canais – 2Mbps, que sai 
pelo juntor de saída da CPA. 
As CPA’s se interligam via troncos TDM de 2 Mbps, ou troncos E1. 
Desta forma, o “caminho físico” da chamada, dentro de uma central, foi substituído por um 
“caminho lógico”. Como o sinal de voz está digitalizado e dentro de um TDM, as chamadas estão 
separadas por tempo e não por espaço, internamente à central. Por isto, este tipo de CPA tomou o 
nome de CPA-T. Se a CPA-T estiver ligada a uma central eletromecânica analógica, seu tronco de 
saída ainda trafega os 2 Mbps mencionados. Quando este sinal TDM atinge a central analógica, esta 
está equipada com um equipamento TDM, que desmonta o sinal entrante nos 30 canais PCM de 
origem os transforma em sinais analógicos apara a sua operação. 
A CPA apresenta outra característica de suma importância. Quando ela vai ser inserida na 
rede, já vem com seu “programa armazenado”, que diz respeito às suas funções internas de 
comutação. Mas, a central deve ser adaptada ao tipo de rede da qual fará parte. Quantas rotas e em 
qual direção? Quantos e quais assinantes? Quais tipos de sinalização para assinantes (decádica ou 
MF) e para as outras centrais? Estas adaptações à rede são feitas por comandos em um terminal 
microcomputador da central. Não há intervenção na central propriamente dita. Se, ao longo do 
tempo, for necessário um novo roteamento, ou mudança de número de usuário, estes comandos são 
dados via o terminal micro. 
Como essa central só trabalha com sinal binário (bits 1 e 0), a programação é feita por 
software, utilizando-se o terminal de microcomputador para se programar e “falar” com a central. 
Com a versatilidade da eletrônica digital e a facilidade de instruções por software, a CPA-T pode 
oferecer serviços que não são possíveis nas eletromecânicas. Alguns deles são: 
 
� Siga-me: o assinante informa à central para qual telefone chamar, se receber uma chamada 
no seu telefone (serviço follow-me). 
 2
� Discagem abreviada: o assinante A determina para a central números simples, de até dois 
algarismos, para outros assinantes Bs, que costuma chamar. Quando A levanta o monofone, 
a central o identifica e obedece suas instruções. 
� Chamada em espera: se A estiver em conversação e alguém o chama, a central emite um 
sinal indicando outra chamada. A pode atender a outra chamada, retendo o desligando a 
primeira. 
� Identificação: se A chama B, B pode saber o número de A. Isto possibilita identificar quem 
está passando um trote. 
� Consulta: A pode manter B na linha e efetuar uma segunda chamada. 
� Transferência: As chamadas podem ser transferidas quando não atendidas ou quando o 
telefone está ocupado. 
� Conferência: permite a chamada e a conversação entre A e mais dois usuários. 
� Consulta transferida: A pode promover a conversação entre dois telefones diferentes 
(números diferentes) a partir de seu telefone. 
� Não perturbe: Uma gravação informa que A não pode atender. 
� Agenda eletrônica: Lembra A de seus compromissos. 
� Número duplo: O telefone de A passa a ter dois números. 
 
Outras facilidades podem ser oferecidas. Consulte sua operadora local e não esqueça de 
perguntar o preço do serviço. 
 
Anormalidades que podem ocorrer durante a realização de uma chamada 
 
a) A – tira o fone do gancho e não recebe sinalização (tom de discar). 
Significa congestionamento na central. Não há marcador ou registrador livres para enviar o 
tom de discar. Equivale à telefonista ocupada com outras chamadas. 
No fim de algum tempo pode receber o tom de ocupado, significando que não há órgãos de 
comutação disponíveis. Equivale a telefonista atender e dizer “um momento” ou dizer 
“circuitos ocupados” e sair da linha. 
 
b) A – tira o fone do gancho e recebe imediatamente o tom de ocupado. 
Congestionamento na central do assinante ª Idem item anterior. 
 
c) A – recebe tom de discar. Disca ou tecla e, no meio do número recebe tom de ocupado. 
Consegue marcador e registrador, mas não há circuitos de comutação disponíveis. 
Se B for de outra central, pode não haver juntor de saída vago na central de origem. Neste 
caso, trata-se de congestionamento no entroncamento entre estas centrais, também 
conhecido como congestionamento de rota. 
Assim, o congestionamento pode ocorrer nos órgãos de controle comum, nos órgãos de 
comutação ou nos juntores, isto é, no entroncamento. 
Quando A não tem sucesso na sua chamada, geralmente fica insistindo, ocupando órgãos da 
estação e piorando o congestionamento. 
Por outro lado, uma manutenção deficiente da central agrava estes problemas, 
principalmente, quando ela já está sobrecarregada de assinantes ou de tráfego. É bastante 
freqüente o procedimento errado de desativar e não consertar imediatamente órgãos de 
conexão ou juntores, com defeitos, até que atinjam um número suficiente para o técnico, que 
justifique o trabalho de manutenção. 
Quando isto acontece em central sobrecarregada, o congestionamento é inevitável. O 
equivalente numa central manual seria o caso em que plugs dos cordões da mesa 
apresentassem defeitos e a telefonista os pusesse de lado, até que houvesse um número 
suficiente que justificasse a manutenção. 
 
 3
d) A – completa a ligação. Durante a conversação a ligação “cai”, isto é, volta um sinal de 
ocupado ou o tom de discar. 
Significa defeito nos órgãos de comutação que não retêm as conexões já efetuadas nos 
seletores. Equivale ao plug cair do jack. 
 
e) A – completa a discagem e volta o tom de discar. 
Geralmente, é defeito no registrador. 
 
f) A – durante a conversação, escuta outra pessoa falando. 
Na maioria das vezes, isto acontece quando B é de outra central. Pode haver fuga de sinal 
entre os pares do cabo tronco e um par induz seu sinal elétrico em outro. Pode, também, ser 
devido a um erro de montagem do cabo, quando um fio de um par é ligado ao fio de outro 
par. Nesse caso, a linha cruzada é perfeita e permanente. Se Adesliga e tenta de novo, pode 
pegar um outro junto de saída, com um par sem defeitos e não há mais linha cruzada. 
Quando B é da mesma central, este fenômeno acontece quando os pares de todos os 
assinantes da mesma região vão se juntando, formando um grosso cabo de assinantes que 
vai para a central. 
Este é um defeito, que se torna mais incidente por ocasião de fortes chuvas que inundam os 
cabos subterrâneos. A unidade nos cabos facilita a passagem do sinal de uns para outros 
pares. 
Ligações mal feitas no emaranhado de fios, na entrada da central (DG), também provoca 
este defeito. 
 
g) A – disca certo e a ligação sai errada. 
O registrador alcançado, registra um número errado por estar defeituoso. É defeito na 
central. Numa nova tentativa, pode-se pegar outro registrador e completar a chamada. 
O defeito pode também estar no telefone de A . Quando se aciona o disco telefônico e ele 
volta livremente, impulsionado por uma mola espiral interna, o disco faz abrir e fechar a 
linha, interrompendo cadenciadamente a corrente de linha. 
Formam-se assim, pulsos na linha, na quantidade igual ao número discado. Em particular, o 
número produz 10 pulsos na linha. Estes pulsos podem ser escutados no monofone. O 
registrador da central interpreta o número de pulsos, se vierem em cadência certa e com suas 
durações certas e padronizadas. Se a mola do disco estiver desregulada, os pulsos serão 
rápidos ou lentos demais e a central os interpreta erroneamente. Quando A deseja andar 
mais rápido e força a volta do disco, altera a duração e a freqüência dos pulsos, provocando 
erros. 
 
h) A – está em conversação com B, mas um ou outro escuta mal. 
O defeito pode estar na cápsula transmissora de um ou na receptora de outro. 
Se ambos escutam mal, provavelmente o meio de transmissão está atenuando demais o sinal 
de voz. Pode ser fuga de sinal nos circuitos de comutação, por sujeira ou mal contato ou nos 
cabos, tanto de assinante como de entroncamento. Pode ocorrer também atenuações 
exageradas tanto nos juntores como nos equipamentos de linha. 
Se A é mal escutado ou escuta mal todos os seus B’s chamados, o defeito pode ser no seu 
telefone ou na sua linha ou seu equipamento de assinantes. 
 
i) A – recebe o tom de controle de chamada de B e B nunca recebe. 
Quando o monofone de B está no gancho, uma chave interna abre (interrompe) sua linha de 
assinante. Se a campainha de B não toca, mas A escuta o tom de chamada de B, a linha de B 
está interrompida, por um defeito, como se o seu monofone estivesse no gancho. A 
campainha de B pode também não tocar, se a central não lhe mandar corrente de toque. 
 
 4
j) A – recebe sempre sinal de B ocupado. 
Quando o monofone de B está fora do gancho, a chave interna fecha a sua linha de 
assinante. 
Situação idêntica ocorre quando a linha de B está fechada por um circuito, que é um defeito. 
 
k) A – escuta muito ruído durante a conversação. 
Geralmente, é um mal contato nas emendas da linha do assinante. Deve ser pesquisado 
primeiro o telefone depois a cabeação desde o telefone até a central. 
 
l) A – desliga e fica com seu telefone retido e não pode fazer novas ligações. 
Em centrais mais antigas, enquanto B não desligar, a cadeia de órgãos de comutação não 
desarma e A permanece conectado. Isto era um prato feito para quem queria aborrecer ª 
Bastava que atendesse à chamada e B não mais desligasse, retendo ª Em centrais mais 
modernas, isto não acontece. Se B continuar ligado e A desligar, após certo tempo B recebe 
tom de ocupado. 
 
m) A – consegue discar e o telefone fica mudo. 
Defeito em uma das centrais por onde passa a chamada. Geralmente, o defeito é num dos 
órgãos comuns: marcador ou registrador da segunda central (se forem só duas). Pode 
também haver retenção em órgãos comuns na primeira. 
 
Das milhares e milhares de peças que compõem as centrais, as redes de cabos e os telefones, 
fica difícil enumerar as muitas anormalidades que podem acontecer para o assinante. As acima 
listadas são as mais comuns detectadas pelos usuários e, além das causas apontadas, podem haver 
outras. 
Mas, por que uma central fica congestionada, se ela é, inicialmente, bem dimensionada 
quanto ao número de assinantes e ao tráfego que atenderá? Vejamos um motivo muito comum. 
Uma central quando é projetada, é dimensionada para atender os assinantes, com um certo 
grau de perda de chamadas na Hora de Maior Movimento (HMM). Se fosse dimensionada para o 
máximo de tráfego, seus equipamentos ficariam ociosos a maior parte do tempo. 
Este grau de perda é 1%, isto é, para cem chamadas na HMM, uma não é completada. Este 
dimensionamento é para um tráfego estimado, isto é, supondo que assinantes residenciais e 
comerciais se comportem dentro de um padrão fixado estatisticamente. Se uma central é 
dimensionada para 10.000 assinantes, geralmente, é carregada com 8.000 ou 9.000 assinantes, pois, 
se o tráfego não seguir o padrão, ainda não haverá congestionamento. Os terminais excedentes são 
reservados para mudanças de residência para a área da central, instalações prioritárias (polícia, 
bombeiro, hospitais), para terminais de testes da própria central, etc. 
Acontece que os investimentos para ampliação das centrais quase nunca seguem a demanda. 
Passa a haver uma demanda reprimida. Aos poucos, estes terminais excedentes vão sendo liberados 
ao público, tendendo a diminuir até os terminais de testes. Desta forma, o grau de perdas aumenta e 
sem os testes apropriados, a manutenção cai de padrão e piora mais ainda a perda de chamadas, até 
que se estabelece o congestionamento nas horas de maior demanda de tráfego. 
De madrugada, se houver caracterização de congestionamento, há defeitos graves na central 
ou no seu entroncamento com outras centrais. 
Pela ordem, se atinge o congestionamento sistemático quando: 
 
� há manutenção inadequada devido à gerência ou falta de equipamentos e materiais 
� há má distribuição de terminais, comerciais e residenciais 
� há esgotamento dos terminais de “folga” 
� há falta de investimentos na ampliação da central e seus cabos troncos. 
 
 5
PABX 
 
Não só assinantes comerciais ou residências e outras centrais públicas que são interligadas a uma 
central local. A ela pode também estar ligada uma central telefônica privada, denominada CPCT – 
Central Privada de Comutação Telefônica. Estas centrais podem ser de dois tipos, mais conhecidos 
pelas suas siglas em inglês: 
 
PBX – Private Branch Exchange: central de comutação privada, manual. 
PABX – Private Automatic Branch Exchange: central privada de comutação automática. 
 
Empresas que possuem um razoável número de telefones, cuja maioria do tráfego é interno, 
necessitariam interligar estes telefones numa central publica, despendendo várias linhas de 
assinantes e ocupando esta central com seu tráfego particular. 
Haverá um ponto de equilíbrio econômico que justificará ter a empresa sua própria central. 
A central privada terá troncos de saída e entrada ligados a juntores na central pública. 
Se for um PBX, a central é uma mesa telefônica com telefonista. Esta efetua as ligações 
internas e externas, nos mesmos moldes já vistos, porém, utilizando mesa de botões, que são 
pressionados, ao invés dos cordões. Neste aspecto, as chamadas externas locais e interurbanas ou 
internacionais, que são pagas, podem ser controladas pela telefonista. 
Por outro lado, condomínios se utilizam de PBX para concentrar o tráfego em poucos 
troncos externos, como um fator de economia. 
Os troncos são também conhecidos como linhas externas e os telefones são os ramais da 
central. 
Se a central for um PABX, as ligações entre ramais são automáticas e as ligações externas 
podem ser automáticas ou manuais. No caso de automáticas, disca-se um número padrão (zero ou 
nove – o zero é padrão no Brasil) e obtém-se um tronco para o qual disca-se o número externo 
desejado. No PABX há dois tons de discar – um interno e, quando se obtém um tronco, ouve-se o 
tom de discar da centrallocal. O PABX, conforme o fabricante, pode oferecer vários serviços 
internos e sinalizações diferentes das padronizadas pelo serviço público. 
É comum já se ter centrais privadas digitais, que integram serviços de voz, dados e fax em 
suas comutações. 
Quando a CPCT apresenta grande tráfego externo é necessário um bom balanceamento entre 
seus troncos de entrada e saída. Ao longo do tempo, o tráfego de uma empresa pode ter seu perfil 
alterado, por exemplo, com o aumento de chamadas entrantes. Chegará a um ponto em que a CPCT 
apresentará o tom de ocupado, para um grande número de chamadas entrantes. 
Mas, cada chamada entrante passou pela central local, pois a CPCT é um assinante desta 
central. Com isto, a central local aumenta seu tráfego rumo ao congestionamento. 
Para evitar este problema, o proprietário da CPCT deve investir em mais troncos de entrada. 
A esta altura, quanto mais troncos de entrada ou saída da CPCT, mais juntores estão sendo 
ocupados na central e estes juntores equivalem a linhas de assinantes. Se a cada tronco do PABX 
for atribuído um número de assinantes, fica muito incômodo se discar muitos números, até que um 
complete a ligação. 
Foi, então, desenvolvido um equipamento que, para cada chamada para a CPCT, examina 
sequencialmente os juntores de saída da central, para esta CPCT, até que encontre um vago e o 
ocupe, completando a chamada. 
Assim, na central local, a CPCT só tem um número (número chave), porém, com várias 
possibilidades de completamento da chamada. Este serviço é denominado “busca automática”. 
Muitas vezes, o proprietário da CPCT não sabe que está provocando um congestionamento na sua 
central local, pois, suas chamadas saintes se completam normalmente. Cabe à operadora telefônica, 
através de medições de tráfego, identificar a causa e avisar o proprietário da CPCT para que tome 
providências de ampliação. Quando estas providências não são tomadas, resta à operadora trocar 
alguns dos troncos saintes por troncos entrantes, relativos à CPCT. Desta forma, mais chamadas de 
 6
origem externas são completadas, diminuindo o congestionamento na central local. Por outro lado, 
haverá mais dificuldades na parte de chamada originadas na CPCT, transferindo o 
congestionamento para os ramais desta central. Naturalmente, esta atitude é drástica e devem ser 
esgotados todos os recursos junto ao proprietário da CPCT, porém, o serviço público deve ser 
prioritário. 
O telefone comercial também foi apropriado a diversas funções. Nos modelos conhecidos 
por “key system”, foi incorporada uma função de PBX, outra de chamada direta – conhecida como 
chefe/secretária, além de linhas externas. Estas funções são exercidas por botoneiras e disco ou 
tecla. 
Na função de PBX, por exemplo, uma secretária atende, chama o chefe pela chamada direta 
e o comuta para a chamada entrante. Uma chamada sainte pode ser conseguida via botão de linha 
direta ou por botão de ramal, via PABX. 
Há muitos modelos de CPCT, com funções diferentes, para os telefones comerciais. Alguns 
possuem visor de cristal liquido, que expõe o número discado; possuem memória onde vários 
números freqüentemente chamados são armazenados e disparados ao se discar ou teclar um 
número-código; podem fazer rechamadas, etc. Outras funções vão sendo incorporadas ao telefone, 
como calculadora, fax, modem para dados, e outras. Desta forma, o telefone começa a se 
descaracterizar e passa a ser um terminal multifunção, ligado à rede telefônica. 
Com toda esta profusão de serviços e, alguns deles digitais, como transmissão de dados e 
fax, a importância da CPCT cresce, no disciplinamento de ligações. Inclusive, as atuais CPCT’s já 
são digitais, integrando os serviços em feixes de transmissão digital internos e externos, ao 
interligarem-se, por exemplo, a uma CPA. 
 
A partir, dos PABX’s analógicos já se podiam disciplinar as chamadas em: 
 
o ramais restritos: aqueles que somente se intercomunicam com outros ramais. 
o ramais semi-restritos: que, adicionalmente, podem receber chamadas externas. 
o ramais irrestritos: que além destas, podem fazer chamadas externas. 
 
Existem, também, os ramais privilegiados para chamadas interurbanas ou internacionais. 
Todas estas vantagens e outras mais, foram incorporadas às CPCT’s digitais. 
 
REDE TELFÔNICA URBANA 
 
Para interligar os assinantes às centrais telefônicas e estas entre si, o processo utilizado foi o de 
pares de fios de cobre, que se agrupam em cabos telefônicos. Os números de pares são 
padronizados. Em alguns casos são utilizados fios de alumínio, que pesam menos por unidade de 
comprimento, quando utilizados em postes. 
 Vamos adotar a classificação abaixo, para servir de roteiro à explicação que se segue: 
 
 Interna 
Rede Vertical 
 Urbana ⇒⇒⇒⇒ Aérea 
 ⇒⇒⇒⇒ Horizontal ⇒⇒⇒⇒ 
 Subterrânea 
Telefônica Externa ⇒⇒⇒⇒ Interurbana 
 
 
 Internacional 
 
 
 7
Cada uma dessas redes utiliza o meio de transmissão mais conveniente, como os 
apresentados anteriormente. 
A cabeação no interior dos centros telefônicos, interligando equipamentos, se denomina rede 
interna. 
O conjunto de cabos troncos, cabo de pares e par de fios para o assinante, constitui a rede 
externa urbana. A rede externa vertical é a instalada no interior de prédios, segundo regras bem 
definidas, e de responsabilidade da construtora do edifício. A rede externa horizontal é de 
responsabilidade da concessionária dos serviços de telecomunicações e exige cuidados especiais 
quanto à instalação e materiais envolvidos. A rede externa interurbana e rede externa 
internacional utilizam os meios de transmissão apresentados anteriormente, próprios para longas 
distâncias. 
A mais concentrada delas é de rede externa urbana horizontal, pois é aquela que é 
capilarizada ao nível de assinante, apresentando os pontos de coleta e entrega de informações. 
Esta rede é muito complexa e exige um planejamento e disciplina de instalação e 
manutenção muito rígidas. Cada par de fios é registrado, pois sofre emendas com outros pares de 
outros cabos e se estas emendas não forem muito bem controladas, estabelece-se o caos nas 
ligações. 
O par de fios do assinante, que vai desde a central telefônica até seu telefone, não pode 
apresentar atenuação acima da especificada, caso contrário a sinalização automática pode não ser 
interpretada pela central. Esta atenuação, como vimos, depende da resistência total dos fios, que não 
deve ultrapassar da ordem de 1.800 ohms. Esta resistência depende do comprimento do fio e do seu 
diâmetro. Quanto maior o comprimento (que aumenta a resistência) maior deve ser o diâmetro (que 
diminui a resistência). Assim, os assinantes mais distantes devem ter fios mais grossos. 
Outro aspecto da atenuação é a fuga do sinal elétrico ao longo dos fios. Esta fuga é devido 
ao efeito de “capacidade” entre os fios, que atenua freqüências mais elevadas ou à baixa isolação 
entre os fios, geralmente provocada por umidade. 
 
Efeito da Capacidade 
Até meados da década de 1920, o meio de transmissão de longa distância era, quase que 
exclusivamente, o par de fios metálicos. Na verdade, estes fios começaram a ser utilizados nos 
primórdios da telegrafia e perduram até hoje, em pequenas localidades. Por que um par de fios? 
Vamos relembrar: geralmente, os equipamentos elétricos têm dois pinos – um para entrar a corrente 
elétrica e outro para ela sair, após circular por dentro do equipamento. Assim, um pólo do gerador 
se liga a um pino e o outro pólo ao outro pino. Desta forma, fecha-se o circuito elétrico para a 
circulação da corrente, sendo necessários os dois fios. Observe que as tomadas das residências são 
para dois fios, assim como os equipamentos domésticos. 
Quando pares de fios foram estendidos, por postes, entre duas cidades, verificou-se que o diâmetro 
dos fios, o espaçamento entre eles e o material de que eram feitos influía fortemente no desempenho 
da transmissão. Esta influência se traduzia, principalmente,nas distorções que o sinal sofria pela 
limitação da faixa de passagem do meio. Surgiu um outro problema. O sinal elétrico transmitido se 
refletia na ponta da recepção e voltava, perturbando mais ainda o sinal de ida. Foi necessário se 
desenvolverem técnicas para o circuito de saída do transmissor e o de entrada, no receptor, de modo 
que eles pudessem introduzir e receber o sinal no meio de transmissão, de maneira suave. Um 
exemplo paralelo são as ondas do mar, que se quebram num rochedo e voltam ou são absorvidas, 
suavemente, pela areia da praia, que se apresenta um pouco inclinada. 
Um outro problema era o de que as linhas longas captavam energia elétrica dos raios das 
tempestades, que produziam um ruído impulsivo, perturbando o sinal transmitido e até destruindo 
os bits do sinal telegráfico, ou produzindo os “clics” audíveis na telefonia. O par de fios foi 
denominado “linha de transmissão”, que passou a ser estudada com o máximo de detalhes. 
Com o advento da telefonia, a maior demanda foi para a telefonia urbana. Neste caso, para menores 
distâncias, os fios poderiam ser bem mais finos. Mas, os fios telefônicos ainda eram pendurados em 
postes de fios, o que já estava se tornando incômodo. Então os fabricantes começaram a montar 
 8
vários pares num só feixe, que tomou o nome de “cabo de pares”. Como neste cabo os fios ficavam 
em contato uns com os outros, precisavam ser isolados entre si. 
Maquinas especiais foram desenvolvidas para enrolar, nos fios, uma capa de papel especial, muito 
fino, resistente e isolante. Dos cabos de pares, de trechos em trechos, eram derivados os pares que 
iam para as casas dos usuários. 
Pela proximidade dos pares de fios nesses cabos, surgiu o problema da indução elétrica entre eles o 
que provocava a passagem do sinal de um para outro. Este é o fenômeno da diafonia (linha 
cruzada). Para diminuir este efeito, os pares passaram a ser torcidos, de modo que a indução se 
cancelasse. 
 
Para diminuir o efeito da capacidade, nos cabos troncos são inseridas bobinas de Pupin, 
como vimos anteriormente, na equalização do par de fios. Estas bobinas são montadas em caixas 
metálicas, com terminais de entrada e saída. O cabo tronco é interrompido e seus pares de fios são 
ligados aos terminais de entrada e os terminais de saída são ligados aos pares correspondentes da 
continuação do cabo tronco. Há cabos de 1.800 pares ou mais e basta um erro de montagem para 
fazer com que todas as comunicações, que passam pelo cabo, se transformem num pandemônio de 
linhas cruzadas. Desta montagem resulta o cabo pupinizado. Geralmente, as linhas de assinantes 
não são pupinizadas. 
Vejamos como se estabelece uma hierarquia na rede externa. 
De uma residência, tipo casa, sai um par de fios do telefone do assinante, geralmente de 
forma aérea, e é ligado a um cabo aéreo, pendurado nos postes de rua. Este cabo aéreo é formado 
pelos pares dos assinantes de toda a rua. Em algum ponto este cabo aéreo mergulha para uma “caixa 
subterrânea” que tem dimensões de vários metros cúbicos. 
A esta caixa chegam outros cabos, de ruas próximas, e seus pares são ligados aos pares de 
cabos mais grossos, concentrando as linhas de assinantes. Se os telefones são originados num prédio 
com muitas residências ou escritórios, a rede vertical termina numa caixa do próprio prédio e daí já 
parte um cabo, geralmente subterrâneo, que também se dirige para uma caixa subterrânea da 
operadora. A rede aérea é pendurada em postes. A rede subterrânea é conduzida por dutos 
colocados em valas, geralmente sob calçadas para evitar o peso do trafego de veículos. Este dutos 
são feitos de cimento amianto, barro recozido ou PVC (plástico = cloreto de polivinil) e são 
dispostos em duas ou três camadas de três a quatro dutos cada. Na instalação, os cabos são 
transportados em grandes bobinas, em caminhões apropriados, e introduzidos numa extremidade do 
duto. Pela outra extremidade entra um cabo de aço, que puxará o cabo de pares telefônico com o 
auxilio de um guincho. As emendas dos cabos são feitas nas caixas subterrâneas. O ponto das 
emendas é envolvido por uma luva de chumbo, hermeticamente fechada por solda. Nesta luva há 
uma válvula por onde se injeta ar seco ou gás inerte. 
Este gás é mantido dentro do cabo à pressão maior que a atmosférica, para evitar a entrada 
de umidade ao longo de sua extensão, por qualquer pequena fissura. O gás é alimentado por bujões 
de alta capacidade e são trocados quando a pressão atinge um mínimo especificado. Existem 
sensores de pressão, que indicam um ponto de vazamento ao longo do cabo. Os cabos passam por 
caixas pequenas e se dirigem para caixas maiores, conhecidas como “main holes”, até que chegam 
ao “túnel de cabos” da central. Para centros telefônicos situados em zonas densamente povoadas, 
este túnel de cabos pode limitar a capacidade das centrais. Os cabos penetram no prédio do centro 
telefônico e são ligados a grandes armações metálicas, chamadas “distribuidor geral – DG”. 
O DG é formado por longas prateleiras onde, de um lado estão fixados pequenos blocos de 
madeira, montados verticalmente e com terminais metálicos, nos quais serão fixados os pares 
provenientes dos cabos. Do outro lado do DG, são montados idênticos blocos, agora 
horizontalmente, onde são fixados os pares de fios provenientes dos equipamentos terminais de 
assinantes. Para ligar a linha de um assinante, que entra no DG pelo lado vertical, ao seu terminal na 
central, do lado horizontal, é utilizado um par de fios denominado “fio jump” (que liga um por um 
“pulo”). Por que esta complicação? Porque, se o assinante mudar para outro endereço na zona da 
central, ele muda de par, mas não muda de terminal, mantendo o mesmo número na central. 
Então, seu fio jump muda apenas de um bloco vertical para outro e não se mexe 
A figura abaixo mostra a hierarquia da rede utilizada atualmente e denominada 
pois em cada ponto de concentração ela pode ser remanejada.
Rede externa horizontal tipo flexível
 
CT = Centro Telefônico 
A = Armário (ponto de repartição)
C = Caixa (ponto de distribuição)
 
Veremos que a rede, a partir dos assinantes, vai se concentrando em cabos mais grossos, mas 
o par do assinante percorre os cabos próprios até seu terminal na ce
interliga o assinante ao terminal, mesmo passando por vários cabos, é a denominada linha de 
assinante. 
Na instalação dessas redes, normalmente cerca de 30% dos pares são reservados para 
mudanças de endereços e aluguel de “linha p
A LP é um par, que um assinante aluga, para se comunicar com outro diretamente, por 
exemplo, para interligar um computador a um terminal distante ou para interligar duas impressoras. 
Todos os pares da rede convergem para suas respectivas cent
pertencem a área de uma mesma central, os pares de fios que os servem como LP, são interligados 
no DG da central, pelo fio jump. Se estão em centrais distintas, a ligação entre seus pares é feita por 
um tronco entre estas centrais. Em ambos os casos, é o fio jump que resolve o problema.
Portanto, toda LP passa por, pelo menos, um DG de centro telefônico e não é um par de fios, 
de um usuário direto ao outro, como se poderia imagina
Estas ligações são muito utilizadas em 
do locutor é instalado no estádio. Através de LP, o sinal de voz segue até a emissora de rádio. 
Sempre há outra LP, para retorno de áudio ou instruções ao locutor.
Pelas ruas, próximas aos dutos 
Esses dutos passam, também, próximos a postos de gasolina, onde pode haver vazamento 
subterrâneo de combustível. 
Quando um técnico penetra numa dessas caixas, pode se intoxicar por gases pernicio
pelo simples acender do maçarico, para abrir uma emenda, pode explodir a caixa devido a gases 
Então, seu fio jump muda apenas de um bloco vertical para outro e não se mexe 
A figura abaixo mostra a hierarquia da rede utilizada atualmente e denominada 
pois em cada ponto de concentração ela pode ser remanejada. 
 
Rede externa horizontal tipo flexívelA = Armário (ponto de repartição) 
C = Caixa (ponto de distribuição) 
 
Veremos que a rede, a partir dos assinantes, vai se concentrando em cabos mais grossos, mas 
o par do assinante percorre os cabos próprios até seu terminal na central. Portanto, o par que 
interliga o assinante ao terminal, mesmo passando por vários cabos, é a denominada linha de 
Na instalação dessas redes, normalmente cerca de 30% dos pares são reservados para 
mudanças de endereços e aluguel de “linha privada (LP)”. 
A LP é um par, que um assinante aluga, para se comunicar com outro diretamente, por 
exemplo, para interligar um computador a um terminal distante ou para interligar duas impressoras. 
Todos os pares da rede convergem para suas respectivas centrais. Quando os dois usuários 
pertencem a área de uma mesma central, os pares de fios que os servem como LP, são interligados 
no DG da central, pelo fio jump. Se estão em centrais distintas, a ligação entre seus pares é feita por 
rais. Em ambos os casos, é o fio jump que resolve o problema.
Portanto, toda LP passa por, pelo menos, um DG de centro telefônico e não é um par de fios, 
de um usuário direto ao outro, como se poderia imaginar. 
Estas ligações são muito utilizadas em eventos esportivos, como o futebol. O equipamento 
do locutor é instalado no estádio. Através de LP, o sinal de voz segue até a emissora de rádio. 
Sempre há outra LP, para retorno de áudio ou instruções ao locutor. 
Pelas ruas, próximas aos dutos telefônicos, correm tubulações de gás, água, águas pluviais. 
dutos passam, também, próximos a postos de gasolina, onde pode haver vazamento 
Quando um técnico penetra numa dessas caixas, pode se intoxicar por gases pernicio
pelo simples acender do maçarico, para abrir uma emenda, pode explodir a caixa devido a gases 
Então, seu fio jump muda apenas de um bloco vertical para outro e não se mexe na central. 
A figura abaixo mostra a hierarquia da rede utilizada atualmente e denominada rede flexível, 
Veremos que a rede, a partir dos assinantes, vai se concentrando em cabos mais grossos, mas 
ntral. Portanto, o par que 
interliga o assinante ao terminal, mesmo passando por vários cabos, é a denominada linha de 
Na instalação dessas redes, normalmente cerca de 30% dos pares são reservados para 
A LP é um par, que um assinante aluga, para se comunicar com outro diretamente, por 
exemplo, para interligar um computador a um terminal distante ou para interligar duas impressoras. 
rais. Quando os dois usuários 
pertencem a área de uma mesma central, os pares de fios que os servem como LP, são interligados 
no DG da central, pelo fio jump. Se estão em centrais distintas, a ligação entre seus pares é feita por 
rais. Em ambos os casos, é o fio jump que resolve o problema. 
Portanto, toda LP passa por, pelo menos, um DG de centro telefônico e não é um par de fios, 
eventos esportivos, como o futebol. O equipamento 
do locutor é instalado no estádio. Através de LP, o sinal de voz segue até a emissora de rádio. 
telefônicos, correm tubulações de gás, água, águas pluviais. 
dutos passam, também, próximos a postos de gasolina, onde pode haver vazamento 
Quando um técnico penetra numa dessas caixas, pode se intoxicar por gases perniciosos ou, 
pelo simples acender do maçarico, para abrir uma emenda, pode explodir a caixa devido a gases 
 10
explosivos. Para evitar estes acidentes, ao abrir uma caixa, o técnico deve logo introduzir um senso 
de gases, que deve pertencer ao seu equipamento de manutenção. 
Outros acidentes, danosos ao equipamento, podem ocorrer, quando condutores de 
eletricidade urbana apresentam fugas de energia para os cabos telefônicos. Se a rede é aérea, existe 
o perigo de raios atmosféricos incidirem nela. Para que não haja danos na central, fusíveis 
apropriados são instalados nos terminais da linha de assinante, no bloco vertical do DG. Mas, do 
lado do telefone não há proteção. Existe ainda um contato, em série com esta linha, que é 
interrompido toda vez que o assinante não paga a conta, o que é uma proteção contra danos ao 
faturamento da operadora. 
A rede externa é o item que mais pesa no orçamento da telefonia urbana. Em termos de 
investimento, é cerca de 60% a 70% do total e depende da geografia da cidade. 
Fatores de dificuldades geográficas são lagos, rios, montanhas, proximidade do mar. Por 
exemplo, no Rio de Janeiro, além das chuvas que inundam os centros pelos túneis de cabos e 
inundam os dutos telefônicos, existem ainda os morros e montanhas que fazem aumentar o 
comprimento dos cabos, mesmo utilizando os túneis existentes. Mais ainda, a pressão hidrostática 
das marés, que aumentam a umidade e salinidade do solo diminuem sensivelmente a vida útil dos 
cabos, demandando uma manutenção intensa da rede. 
Como um resumo da rede externa urbana, podemos citar: 
 
� A rede externa inicia no lado vertical do DG e termina no aparelho telefônico. 
� A rede interna inicia no lado horizontal do DG, incluindo o fio jump e termina nos 
equipamentos de linha de assinante, na central de comutação. 
� Os pares dos cabos troncos que interligam as centrais telefônicas terminam nos lados 
verticais dos respectivos DG’s. Os correspondentes lados horizontais, atingidos por 
fios jump, são ligados aos correspondentes juntores de entrada ou de saída ou aos 
mistos da CPA. 
� Da mesma forma acontece com os pares, que formam os cabos, que vão para as 
centrais interurbanas ou internacionais. 
 
Desta forma, a rede externa é constituída de: 
 
� Infra-estrutura: postes, dutos, caixas 
� Cabos de assinantes: DG ao usuário 
� Cabos troncos: DG a DG de estações 
 
Caso não tivesse sido utilizada a Central Telefônica seriam necessários a seguinte quantidade de 
cabos para interligar todos os assinantes entre si: 
 
( )
2
1−
=
n
nNC 
 
Onde: 
 
NC = número de cabos 
n = quantidade de assinantes da rede 
 11
PLANOS ESTRUTURAIS DE TELEFONIA 
 
Ao final de 1890, quando o serviço telefônico começava a tomar corpo, com o crescente número de 
centrais e a rede externa aérea se tornando muito complexa, logo se sentiu que o sistema não 
poderia crescer apenas de forma natural e aleatória. 
Era necessário que houvesse um planejamento para as redes e uma padronização para os 
equipamentos, caso contrário seria o caos. Nos EUA, pela própria cultura de seu povo, a iniciativa 
privada é sempre pressionada a apresentar soluções. Esta pressão levava, e ainda leva, empresários 
e fabricantes a uma disputa desenfreada pelo mercado, de modo que soluções técnicas nem 
chegavam a se consolidar, que outras melhores surgiam. Na hora de se interligarem centrais ou 
equipamentos surgiam problemas – os níveis energéticos dos sinais eram incompatíveis; as 
sinalizações de um equipamento não eram aceitas por outro; as atenuações dos sinais eram 
diferentes e estes não acionavam adequadamente o equipamento destino. Até mecanicamente havia 
incompatibilidade –um cabo não podia se conectar a um equipamento ou a outro cabo, pois os 
conectores não se encaixavam. Urgia que se fizesse uma padronização de componentes e de 
sistemas, porém, sem cercear a inventividade necessária ao progresso. 
Muito se aprendeu com os prejuízos das iniciativas atabalhoadas, pouco estudadas e sem um 
consenso geral – mesmo assim, as redes continuavam a se expandir. Os mesmos problemas 
enfrentavam os países europeus. Comissões técnicas foram criadas nos EUA e na Europa, para 
disciplinar a implantação e operação das Telecomunicações. Até hoje, testemunhamos que as 
soluções podem ser conflitantes e muito baseadas no orgulho nacional. Como por exemplo, vimos 
para os sistemas PCM: o T1 dos americanos e o E1 dos europeus. 
Os equipamentos de fac-símile são incompatíveis, a ponto de ser necessário introduzir, na 
rede americana, equipamentos tradutores de um padrão para outro. A telefonia móvel é outro 
exemplo. Na hora de integrar as redes, surgem problemas. A mesma coisa acontece com 
computadores em redes – para haver compatibilização há que se padronizar os sinaisde 
comunicação. 
Por isto, na telefonia, que é o maior sistema de comunicação, foi necessário criar uma série 
de regras, internacionalmente reconhecidas e aprovadas, que se consubstanciam em Planos 
Estruturais. Este planos são: 
 
� Plano de Numeração 
� Plano de Encaminhamento 
� Plano de Sinalização 
� Plano de Transmissão 
� Plano de Tarifação 
 
Todas as Administrações de Telecomunicações seguem, razoavelmente, estes planos, não só quanto 
à fabricação dos equipamentos, como também na estruturação das redes telefônicas e nos critérios 
tarifários. Estes planos não são por demais detalhados, a fim de permitir uma certa flexibilização na 
solução de problemas particulares das Administrações como, também, para permitir o progresso. 
Estes planos são revistos periodicamente e quando for necessário, como no caso de uma nova 
invenção. Vejamos do que trata cada um deles. 
 
� Plano de Numeração 
Quando, numa pequena localidade, os assinantes começaram a se agrupar em uma 
mesa telefônica, a telefonista conhecia cada um deles pelo nome. 
Com cem assinantes já o processo não funcionava. Então, cada qual recebeu um 
número. Mas que número? Quantos algarismos?. 
Se fossem cem assinantes, seriam necessários dois algarismos: 00 a 99. Se fossem 
dez mil assinantes, seriam precisos quatro algarismos: 0000 a 9999. Além disso, 
poderiam haver várias centrais, que deveriam ser distinguidas. A principio eram 
 12
conhecidas pelo nome do bairro em que estavam instaladas. Porém, mais de uma no 
mesmo bairro já causava confusão. Assim, as centrais também receberam um 
número, como prefixo, conforme exemplificado a seguir. A principio as centrais 
eram distintas por um algarismo. Com o crescimento delas, hoje são distintas por três 
algarismos, o que possibilita até mil centrais para uma cidade. Como vantagem, 
assinantes de diferentes centrais podem ter o mesmo número, pois serão distinguidos 
pelo prefixo da central. O Plano de Numeração serve também para designar serviços 
especiais, com discagem abreviada, como Polícia, Bombeiros e também para os 
serviços da Concessionária, como informações, chamadas interurbanas, consulta a 
lista telefônica, consertos, etc. 
Foi, então, padronizado que uma central teria um número de 3 dígitos e o assinante 
teria um número de 4 dígitos. Assim, o número de 7 dígitos (central + assinante) 
constitui o “numero de assinante”. Nada impede que dois assinantes, em cidades 
distintas, possuam o mesmo número de assinante. 
Resolveu-se, assim, a numeração dos assinantes locais. E para as chamadas 
interurbanas? Nesse caso, o Brasil está dividido em “Áreas de Numeração”. 
Normalmente, os menores dígitos são para as áreas mais chamadas, como abaixo: 
 
Área 1: São Paulo 
Área 2: Rio de Janeiro e Espírito Santo 
Área 3: Minas Gerais 
Área 4: Paraná e Santa Catarina 
Área 5: Rio Grande do Sul 
Área 6: Goiás e Mato Grosso 
Área 7: Bahia e Sergipe 
Área 8: Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Maranhão 
Área 9: Pará, Amazonas, Acre, Amapá, Roraima e Rondônia. 
 
Por sua vez, cada área é subdividida em sub-áreas e, cada qual, recebe também um 
dígito de identificação. Assim, no número 19, o número 1 indica a área do estado de 
São Paulo e o número 9 indica a sub-área de Campinas. 
Desta forma, para se atingir um assinante em qualquer dessas sub-áreas deve-se 
acrescentar ao número do assinante, o seu Código Nacional (CN). Logo: Número 
Nacional = Código Nacional + Número do Assinante. 
No Brasil, foi definido que o número nacional tem nove algarismos. Como o número 
de assinante tem 7 algarismos e a Área tem 1, deve-se adicionar mais um digito para 
compor o número nacional. 
Vejamos um exemplo: 
 
 Número nacional 
Rio de Janeiro ( 2 1 ) 2 2 1 - 5 X Y 6 
 
 Assinante local 
 
 Central 
 
 Número de assinante 
 
 Cidade do Rio de Janeiro 
 
 Área 2 
 
 13
Se um assinante de São Paulo discar para o Rio de Janeiro, iniciando pelo digito 2, 
sua central local o interpretará como chamando outro central local 2XY. É 
necessário, então, informar à central local que se trata de uma chamada interurbana. 
Para isto se utiliza o Prefixo Nacional que é o número 0: (021) 221-5XY6. 
À semelhança dos americanos, denominamos o (021) de “código de área”. 
Atualmente, após a privatização, foi denominado de CSP (código de seleção da 
prestadora). 
Quando o assinante de São Paulo disca (ou tecla) 0, sua central local reconhece este 
digito e o encaminha para a trânsito-IUN. Quando esta recebe os dois dígitos 
seguintes (21), ocupa um juntor de saída para a rota Rio e se conecta com a trânsito-
IUN do Rio. As trânsitos trocam informações dos dígitos no processo MFC. Quando 
a trânsito-IUN do Rio reconhece os dígitos 221, interliga-se com esta central local, 
via T-U, Ta ou diretamente. Quando a central local recebe o restante dos dígitos, 
interliga-se com o assinante de destino. 
Internacionalmente, foi padronizado que, alguns números de discagem abreviada e 
isentos de tarifação, fossem reservados para serviços especiais, por exemplo: 
 
100 - Auxilio da telefonista 
101 – Pedido de chamada interurbana 
102 – Informação de número de assinante 
103 – Reclamações sobre defeitos 
105 – PABX da Concessionária 
190 – Polícia 
192 – Pronto Socorro 
etc. 
 
As centrais locais têm seus indicativos iniciando com o dígito 2, para não haver 
confusão com os números acima. 
Na verdade, alguns desses números já foram modificados e nem sempre funcionam. 
No caso internacional, os países formam “Áreas Internacionais”, que recebem um 
número de identificação. Assim, o país toma o código internacional e, para se atingir 
a trânsito internacional, disca-se o Prefixo Internacional 00. O número internacional 
foi padronizado em 11 algarismos. Vejamos os códigos para alguns países: 
 
EUA, Canadá, México................... 1 
Rússia............................................. 7 
Brasil............................................... 55 
Argentina......................................... 54 
Bolívia.............................................. 591 
Paraguai............................................ 595 
 
Desta forma, um usuário fora do Brasil, para falar com um assinante no Rio de 
Janeiro, deve discar: 
 
 Número internacional 
00 55 2 1 2 2 1 - 5 X Y 6 
 
 Número nacional 
 
 Código internacional do Brasil 
 
 Prefixo internacional 
 14
O prefixo 00 é reconhecido pela central local, que endereça o assinante à Central 
Trânsito-INT. 
Em certos casos, em outros países, pode haver outros dígitos para o prefixo 
internacional. A lista telefônica, geralmente, traz instruções de como fazer chamadas 
DDD nacionais e internacionais, com os códigos correspondentes. 
Sob o ponto de vista do assinante, o Plano de Numeração identifica o assinante B 
desejado, se ele está na mesma cidade (numeração da estação), se está em outra 
cidade (código DDD) ou se está em outro país (código DDI). Porém, sob o ponto de 
vista técnico da telefonia, este Plano indica qual o tipo de tráfego que o assinante vai 
gerar. 
O assinante pode gerar um tráfego local, interurbano (estadual ou nacional) ou 
internacional e o número discado indica, exatamente, qual deles vai ocorrer. 
Pela análise deste números, as centrais locais encaminham as chamadas para as 
centrais responsáveis pelo tipo de tráfego que deve cursar. E como fazem isto Este 
encaminhamento é previamente projetado. As chamadas interurbanas (011;....) vão 
ocupar certos juntores de saída que ligam a central a uma T ou Ta, que tem saída 
para a T-IUN. E assim prossegue a chamada. Este caminho, previamente fixado em 
projeto, segue as recomendações do Plano de Encaminhamento. 
 
� Plano de Encaminhamento 
Quando um assinante disca um número de outro assinante local, sua central analisa 
este número e sabe para onde é a chamada. Mas ela não estabelece esta chamada por 
qualquer caminhodesocupado, contanto que chegue no assinante B. Se B for da 
mesma central, ela estabelece um enlace interno. Se B for da mesma central, ela 
estabelece um enlace interno. Se B for de outra central, ela tomará um juntor de saída 
para a rota previamente determinada, para atingir esta outra central. Esta rota pode 
ser direta, via tandem ou via trânsito local. As chamadas locais só podem ocupar este 
níveis hierárquicos de centrais. Ao se fazer uma chamada, discando-se o prefixo 
interurbano, sua central o encaminhará, conforme o prefixo, para uma determinada 
trânsito estadual ou trânsito nacional, que tenha rotas para ela. 
Ao se tentar fazer uma chamada local, discando-se o prefixo interurbano, a central 
local, analisando o número, retorna o tom de ocupado, e nem ocupa rota para 
hierarquia maior. O mesmo acontece para uma chamada internacional. A prefixação 
do encaminhamento das chamadas pelas rotas, denomina-se Plano de 
Encaminhamento. Esta disciplina para as chamadas, permite que se possa controlar 
o tráfego nas rotas, se determinar o grau de interesse entre regiões, formando um 
acervo de informações para futuras expansões do serviço. 
Então, a segmentação e o despacho dos vários tipos de tráfegos, se faz pela 
hierarquia das centrais, a indicação do tipo de tráfego é feita pelo Plano de 
Numeração e o curso do tráfego, pelos juntores e rotas, se faz em obediência ao 
Plano de Encaminhamento. 
NOTA: As “desobediências realísticas” à hierarquia das centrais, repercutem no 
Plano de Encaminhamento, fazendo-o se afastar de uma estrutura lógica e coerente. 
 
� Plano de Sinalização 
Quando acompanhamos o completamento de uma chamada, em uma estação local 
automática, vimos as sinalizações envolvidas. À guisa de resumo, elas são: 
 
• Sinalização acústica: da central para o assinante: tom de discar, tom de ocupado, 
tom de controle de chamada. São sinais em 425 Hz, de modo contínuo ou 
interrompido. 
 
 15
• Sinalização de linha: do telefone para a central e vice-versa. 
Do telefone: pulsos decádicos, por interrupção da corrente contínua de linha ou, 
freqüências combinadas no sistema multifrequencial. 
Da central: corrente de toque 25 Hz CA. 
 
• Sinalização interna: conhecida por sinalização de registrador. É a sinalização 
rápida entre órgãos de controle, para o comando dos marcadores e órgãos de 
comutação. 
 
A sinalização de linha também se estabelece entre centrais e, como já se 
disse, por vezes a percebemos por tons harmoniosos e rápidos que nos chegam ao 
monofone. Quando a sinalização é entre centrais interurbanas, deve ser transmitida 
pelo meio que as interliga. Já vimos que o canal multiplex, não passa de um FPF e 
um ampliador. Este FPF deveria acomodar a faixa de voz, de 0 a 4 Khz. Acontece 
que induções da rede elétrica e mesmo vazamento dessa energia, dentro dos 
equipamentos de telecomunicações, produzem um zumbido de 60 Hz (freqüência da 
rede elétrica) no sinal telefônico. 
Para evitar este zumbido, o FPF elimina as baixas freqüências até 300 Hz, o 
que não prejudica muito a voz. Por outro lado, este filtro corta também o sinal de voz 
em 3.400 Hz, eliminando suas freqüências mais altas, tornando-a um pouco menos 
aguda. 
O prejuízo na fidelidade é desprezível, mas abre espaço para a sinalização 
deste canal. Assim, o sinal de voz , de 0-4 Khz ficou reduzido a 300 Hz – 3400 Hz. 
Agora, entre 3.400 Hz e 4.000 Hz pode se colocar uma portadora, que transporta a 
sinalização correspondente à ocupação deste canal. 
Esta portadora foi padronizada em 3.825 Hz e estabeleceu a “sinalização fora 
da faixa”. Esta portadora é modulada pelos sinais da sinalização de linha. 
Atualmente, para se aumentar a velocidade da sinalização, separa-se um canal 
exclusivo, para determinado número de troncos de uma rota, o qual transmite todas 
as sinalizações destes troncos. Este processo denomina-se “sinalização por canal 
comum”. 
 
� Plano de Transmissão 
 
Para que uma comunicação tenha sucesso é necessário que todos os órgãos de todos 
os equipamentos do lado do destinatário recebam um sinal claro para que sejam 
ativados adequadamente. O ponto crucial é a entrada do receptor. Vimos que o canal 
de transmissão impõe ao sinal atenuação, distorção e ruído e a deterioração da 
relação sinal-ruído (S/N) ao longo deste canal de transmissão é um fato. 
O Plano de Transmissão especifica a potência do sinal e a S/R mínima que pode 
existir, por trechos da rota, até o telefone do destinatário. Este também é especificado 
para ter uma sensibilidade mínima de recepção. Para auxiliar o projeto das redes, os 
pares de fios dos cabos telefônicos são padronizados, não só quanto ao número de 
pares por cabo, como também o seu diâmetro, isolação, etc. Com isto, o par de fios é 
padronizado eletricamente e um dos indicadores mais importantes é a atenuação por 
km. Com estes dados, pode-se saber a extensão máxima de um certo cabo. Além 
disto, existe padronização para a S/R da entrada de um MUX à saída do outro 
destino. O mesmo acontece para o sinal de rádio. Então, o Plano de Transmissão trata 
do quanto de atenuação, distorção e S/R pode o sinal sofrer quando trafega por uma 
rota urbana, interurbana ou internacional. 
 
 16
� Plano de Tarifação 
 
Tarifa telefônica é o preço que o assinante paga por participar do sistema telefônico. 
Esta participação deve ser entendida como ter e usar um telefone. Mesmo que o 
assinante não use o telefone, ele paga um preço básico por imobilizar uma linha de 
assinante, incluindo seu terminal de assinante na central. 
Um país tem a liberdade de adotar o critério que lhe aprouver para a tarifação. 
Porém, este critério deve ser coerente para todas as áreas, sem privilegiar assinantes. 
Se várias empresas explorarem o serviço telefônico, algum órgão de integração, 
geralmente ligado ao Governo, traça a política tarifária para todos. No caso da 
tarifação internacional, já não há esta liberdade. São fechados acordos internacionais, 
que fixam a cobrança e os critérios de repartição de receita, incluindo os países que 
só fazem trânsito para uma chamada. A fixação dos critérios tarifários depenem de 
estudos complexos e baseados no perfeito conhecimento das redes e dos serviços 
ofertados. 
A tarifa, paga pelo assinante, deve cobrir os custos totais do serviço oferecido e 
apresentar um lucro adequado. No Brasil, por lei, o lucro não deve exceder a 12% da 
receita. Se exceder, a tarifa deve ser baixada. Este lucro servirá para cobrir novos 
investimentos, distribuição aos acionistas e formação de reservas. 
Os custos totais compreendem os custos de investimento (equipamentos, redes, 
edifícios, etc.), custos financeiros, custos operacionais (pessoal, material, serviços de 
terceiros). 
Sob o ponto de vista da Concessionária, este custos podem ser classificados como: 
 
• Custos independentes de tráfego: são aqueles que podem ser proporcionais ao 
número de usuários, mas que não dependem do tráfego gerado por eles. São os 
referentes aos aparelhos telefônicos, redes de distribuição, terminal de assinante 
na central, contador de chamadas, custos de instalação e administração, catalogo 
telefônico, etc. 
 
• Custos dependentes do tráfego: são aqueles que dependem diretamente do uso do 
telefone. São os custos de comutação local, comutação IU, comutação INT e 
transmissão. 
 
Sob o ponto de vista do usuário, estes custos são cobrados, na forma de tarifa que 
podem ser classificadas também como os itens abaixo: 
 
• Tarifas independentes do tráfego: referem-se a parcela de instalação do telefone, 
de assinatura mensal, lista telefônica, extensões, fios especiais, telefone colorido, 
linha e terminal de assinante. 
A tarifa básica, que inclui 90 impulsos de utilização, também denominada de taxa 
de assinatura mensal, vem expressa na conta telefônica. 
 
• Tarifas dependentes do tráfego: referem-se à real utilização pelo assinante, 
cobrindo os custos de comutação local, comutação IU, comutação INT e 
transmissão. 
 
As tarifas são sempre cobradasao assinante chamador, a menos que o chamado 
aceite “chamada a cobrar”. Já vimos que o tempo de conversação, período entre o 
atendimento pelo assinante B e a desconexão da ligação, é que é tarifado. 
 Recorde que os métodos de tarifação são: 
 Multimedição: pela contagem de impulsos ocorridos no período de 30 dias. 
 17
 Bilhetagem automática: pelo uso do bilhetador automático. 
 
Na tarifação interurbana estes aparelhos funcionam levando em consideração a 
distância geodésica e a duração da chamada. 
 
COMUTAÇÃO DIGITAL 
 
ÓRGÃOS DE UMA CENTRAL DE COMUTAÇÃO DIGITAL 
 
A arquitetura de uma central telefônica pode ser subdividida em dois grandes sistemas: 
 
� O sistema de comutação (ou conexão) 
� O sistema de controle 
 
O sistema de comutação é responsável pelas funções de interligar as linhas de assinantes 
entre si e com os circuitos troncos e ⁄ou circuitos de sinalização. 
O sistema de controle é responsável por controlar o sistema de comutação, ou seja, analisar e 
processar as solicitações de chamada a fim de encaminha-las corretamente através da malha 
comutadora. 
As centrais CPA são aquelas em que todo o controle dos estágios de comutação é feito 
através da execução de programas armazenados nas memórias da central. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sistemas básicos de uma central de comutação 
 
As primeiras centrais telefônicas automáticas foram desenvolvidas com tecnologia 
eletromecânica. Nestas, tanto os sistemas de conexão como de controle eram formados por 
bastidores eletromecânicos. Como exemplos temos as técnicas Passo a Passo, Crossbar e Crospoint. 
Posteriormente, com o advento do computador, surgiram as centrais CPA analógicas, em 
que o sistema de controle utiliza programas armazenados, mas os estágios de comutação trabalham 
somente com sinais analógicos. 
Na verdade, as primeiras centrais eram do tipo CPA-A, ou seja, apenas o controle e gerência 
da central eram digitais, a matriz de comutação, por onde os sinais de voz trafegam e são 
conectados durante uma ligação, permanecia analógica. 
Sistema de Controle 
Sistema de Conexão 
 18
 
 
Central CPA-A - controle e gerência digitalizado e matriz de comutação analógica. A voz 
não é digitalizada e percorre todo o caminho da ligação na forma analógica. 
 
Foram necessários alguns anos de aprimoramento e desenvolvimento até que novas centrais 
telefônicas do tipo CPA-T, capazes de realizar comutação digital temporal, passassem ser 
introduzidas no sistema. Neste novo ambiente, todos os processos são digitais, incluindo os sinais 
de voz. Juntamente com os avanços para transmissão digital destes sinais, as redes de 
telecomunicações seguiram sua jornada rumo a digitalização. 
 
 
 
Central CPA-T - controle e gerência digitalizado e matriz de comutação processa a voz 
digitalizada. 
 
A voz humana é, por natureza, um sinal analógico. Para que este sinal possa trafegar em 
uma rede digital, necessita ser convertido. Para convertê-lo num sinal digital, foi adotado a técnica 
denominada PCM ( Pulse Code Modulation ) - Modulação por Código de Pulso. Esta técnica 
baseia-se no princípio de amostragem do sinal analógico, seguido da quantização (ajuste e 
definição do valor) e representação na forma binária do sinal amostrado. Evidentemente, quanto 
maior o número de amostras, maior será a fidelidade na recuperação do sinal original no seu 
destino. Para o sistema de telefonia foi adotada a taxa de 8.000 amostras por segundo (8 kHz), ou 
seja, quando falamos ao telefone, nossa voz é medida (amostrada) 8.000 vezes por segundo. O 
valor obtido, em cada uma das medições, é convertido em um número binário, sendo então, 
transmitido digitalmente a uma velocidade de 64.000 bits/s. 
 
Processo de digitalização do sinal de voz. 
 
Embora o ouvido humano sadio seja capaz de perceber sons no intervalo de frequência que 
vai de 20 Hz até 20 kHz, e a voz humana seja capaz de emitir sons 
vai de 80 Hz até 12 kHz, estudos comprovaram que transmitindo as freqüências dos sinais de voz 
na faixa de 300 Hz a 3.400 Hz (
reconhecimento das palavras pelo interlocutor (nos Estados Unidos foi adotado o intervalo de 200 
Hz a 3200 Hz). É nesta região que se concentra a maior energia do sinal. Com base neste estudo, 
os canais de transmissão de telefonia foram projetados para operar com esta largura de banda, 
deixando também um "intervalo de guarda" entre um canal e outro. A largura total da banda do 
canal de telefonia foi então padronizada em 4.000 Hz. 
O teorema de Nykist demons
duas vezes a frequência máxima do sinal amostrado, para que seja possível recuperá
vimos acima, a frequência máxima do canal de telefonia foi padronizada em 4.000 Hz, o que 
resulta numa freqüência de amostragem de 8.000 Hz (2 x 4.000 Hz). Cada amostra, após medida e 
ajustada (quantizada) e convertida em um número binário de 8 bits. O resultado deste processo é 
um fluxo de 64.000 bits/s (8.000 amostras por segundo x 8 bits). Este padrão é 
nos sistemas de telefonia fixa. Novas técnicas de digitalização e compactação de sinais de voz 
foram desenvolvidas, principalmente em razão do advento da telefonia celular e transmissão de 
voz sobre IP (VoIP), que buscam maior otimização
 
Energia do sinal de voz concentrada na
frequências mais baixas 
Processo de digitalização do sinal de voz. 
Embora o ouvido humano sadio seja capaz de perceber sons no intervalo de frequência que 
vai de 20 Hz até 20 kHz, e a voz humana seja capaz de emitir sons no intervalo de frequência que 
vai de 80 Hz até 12 kHz, estudos comprovaram que transmitindo as freqüências dos sinais de voz 
na faixa de 300 Hz a 3.400 Hz (G.132 e G.151 da ITU-T) seria possível um perfeito 
reconhecimento das palavras pelo interlocutor (nos Estados Unidos foi adotado o intervalo de 200 
Hz a 3200 Hz). É nesta região que se concentra a maior energia do sinal. Com base neste estudo, 
transmissão de telefonia foram projetados para operar com esta largura de banda, 
deixando também um "intervalo de guarda" entre um canal e outro. A largura total da banda do 
canal de telefonia foi então padronizada em 4.000 Hz. 
O teorema de Nykist demonstra que a frequência de amostragem deve ser igual ou maior a 
duas vezes a frequência máxima do sinal amostrado, para que seja possível recuperá
vimos acima, a frequência máxima do canal de telefonia foi padronizada em 4.000 Hz, o que 
freqüência de amostragem de 8.000 Hz (2 x 4.000 Hz). Cada amostra, após medida e 
ajustada (quantizada) e convertida em um número binário de 8 bits. O resultado deste processo é 
um fluxo de 64.000 bits/s (8.000 amostras por segundo x 8 bits). Este padrão é utilizado até hoje 
nos sistemas de telefonia fixa. Novas técnicas de digitalização e compactação de sinais de voz 
foram desenvolvidas, principalmente em razão do advento da telefonia celular e transmissão de 
voz sobre IP (VoIP), que buscam maior otimização dos meios utilizados. 
Energia do sinal de voz concentrada na Energia do sinal de voz concentrada na 
frequências 
 
 
Embora o ouvido humano sadio seja capaz de perceber sons no intervalo de frequência que 
no intervalo de frequência que 
vai de 80 Hz até 12 kHz, estudos comprovaram que transmitindo as freqüências dos sinais de voz 
T) seria possível um perfeito 
reconhecimento das palavras pelo interlocutor (nos Estados Unidos foi adotado o intervalo de 200 
Hz a 3200 Hz). É nesta região que se concentra a maior energia do sinal. Com base neste estudo, 
transmissão de telefonia foram projetados para operar com esta largura de banda, 
deixando também um "intervalo de guarda" entre um canal e outro. A largura total da banda do 
tra que a frequência de amostragem deve ser igual ou maior a 
duas vezes a frequência máxima do sinal amostrado, para que seja possível recuperá-lo. Como 
vimos acima, a frequência máxima do canal de telefonia foi padronizada em 4.000 Hz, o que 
freqüência de amostragem de 8.000 Hz (2 x 4.000 Hz). Cada amostra, após medida e 
ajustada (quantizada) e convertida em um número bináriode 8 bits. O resultado deste processo é 
utilizado até hoje 
nos sistemas de telefonia fixa. Novas técnicas de digitalização e compactação de sinais de voz 
foram desenvolvidas, principalmente em razão do advento da telefonia celular e transmissão de 
 
Energia do sinal de voz concentrada na 
 20
Outra questão precisava ser resolvida para viabilizar o transporte das informações 
digitalizadas de um ponto a outro da rede. Por razões práticas e econômicas, vários canais de voz 
precisariam ser agrupados e transmitidos, utilizando um único par de transmissores e um único 
meio de transmissão. Nos sistemas analógicos, este agrupamento é realizado através de técnicas de 
Multiplexação por Divisão de Freqüência - FDM ( Frequency-division Multiplex ), onde diversos 
canais são agrupados em um mesmo meio para serem transmitidos, separados em faixas de 
freqüências distintas. Na figura a seguir podemos observar a separação em frequência de 12 canais 
para formar o que chamamos de grupo primário. Neste mesmo padrão, 5 grupos primários podem 
ser reagrupados para formar um grupo secundário com 60 canais (5 x 12). Por último, 16 grupos 
secundários podem ser reagrupados para formar um supergrupo com 960 canais (60 x 16). 
 
 
Formação de grupo primário FDM - São reunidos em um único meio 12 canais analógicos 
de voz, separados por faixas de frequências distintas. 
 
 
Formação de grupo secundário FDM - São reunidos em um único meio 5 grupos primários, 
totalizando 60 canais de voz separados por faixas de frequências distintas. 
 
 21
 
Formação de supergrupo FDM - São reunidos em um único meio 16 grupos secundários, 
totalizando 60 canais de voz separados por faixas de frequências distintas. 
 
Para os sistemas digitais, foi adotada a técnica de Multiplexação por Divisão de Tempo - 
TDM ( Time-division Multiplex ). Esta técnica reserva para cada canal espaços de tempo pré-
definidos ( time slots ) para serem transmitidos. No Brasil, que adotou o mesmo padrão europeu 
para multiplexação de sinais digitais, são reunidos grupos de 32 canais dos quais, em geral, 30 
transportam voz e 2 transportam sinais de sinalização e sincronismo. 
A taxa de bits necessária para transportar estes 32 canais será então 2Mbits/s (8.000 amostras 
por segundo x 8 bits x 32 canais = 2.048.000 bits/s). Nas figuras a seguir podemos observar a 
formação do grupo de primeira ordem TDM utilizado no Brasil e os demais níveis hierárquicos 
PDH - Hierarquia Digital Plesiócrona de concentração, desenvolvidos para permitir o agrupamento 
de maiores quantidades de canais. 
 
 
Velocidade de transmissão: 2Mbits/s 
Canal de voz: 64 kbits/s 
Amostras por canal de voz: 8000 
Canais de voz: 1 a 15 e 17 a 31 
Canais 0 e 16: Sincronismo e 
Sinalização 
Formação de um sistema de primeira ordem TDM - Na composição acima, também conhecida 
como MCP-30, 30 canais de voz são digitalizados e agrupados em um único meio, separados em 
intervalos de tempo de aproximadamente 3,9 m s (time slots). 
 22
 
 
Processo de multiplexação TDM em seus vários níveis hierárquicos de agrupamento PDH - 
Hierarquia Digital Plesiócrona. 
 
CODIFICAÇÃO DE LINHA 
 
Existem diversas técnicas de codificação do sinal digital, mas todas elas procuram gerar o 
sinal codificado com muitas transições com o objetivo de facilitar a recuperação do sincronismo no 
modem receptor. Estas técnicas procuram, ainda, concentrar o espectro de transmissão do sinal 
codificado dentro de uma faixa de freqüência com a componente DC (corrente contínua) pequena. 
Os sinais digitais transmitidos entre elementos de um mesmo circuito são normalmente 
tratados na forma NRZ (não retorna zero) ou RZ (retorna zero) conforme ilustra a figura FIG AUX 
1. 
Quando o objetivo é no entanto externar os sinais transmitindo-os de um equipamento para o 
outro, algumas considerações devem ser feitas: 
 
� Componente DC presente nos sinais digitais; 
� Sincronismo entre relógios TX e RX. 
 
A componente DC, inconveniente aos circuitos acopladores, pode ser evitada de forma 
simples pela adoção de sinais AMI (inversão alternada da marca) que consiste em inverter a 
polaridade dos bits de conteúdo lógico 1. Desde modo ao longo de uma seqüência de transmissão a 
resultante DC deste sinal será nula. 
Outro fator determinante na transmissão de sinais digitais é a necessidade de manutenção de 
sincronismo entre as cadencias de transmissão dos pulsos e instantes de interpretação na recepção. 
Estas cadencias são definidas por circuitos de relógio (clock). A ausência deste sincronismo 
provocará perda de informação pelo salto de bit ou leitura duplicada no momento da interpretação 
do seu conteúdo conforme podemos observar na figura FIG AUX 2. 
Para garantir o sincronismo de freqüência e fase entre os relógios de transmissão e recepção 
é necessário que estes relógios tenham pelo menos a mesma referencia. O arranjo da figura FIG 
AUX 3 poderá atender esta necessidade, porém, existem inconvenientes de ordem prática que 
dificultam sua adoção. Uma solução simples e eficiente consiste na recuperação da cadencia de 
relógio extraído do próprio sinal de informação recebido garantindo, portanto, perfeito sincronismo 
entre os relógios de transmissão e recepção. Apesar de irregular, o sinal digital de informação 
contém componentes espectrais de freqüências iguais e harmônicas à cadencia do relógio de 
transmissão. A extração da freqüência do relógio de transmissão pode ser feita pela filtragem desta 
 23
componente utlilizando-a como referencia para determinação do relógio de recepção como mostra a 
figura FIG AUX 4. 
 
 
Figura Aux 1 
 
 
 
Figura Aux 2 
 
 
Figura Aux 3 
 
 24
 
Figura Aux 4 
 
Existe, porém, uma condição para viabilidade do arranjo de recuperação do relógio do sinal 
recebido. Uma seqüência demasiadamente longa de bits zeros reduziria significativamente o nível 
das componentes espectrais do relógio de transmissão fazendo perder a referência para o relógio de 
recepção. Para superar este problema foram propostos códigos alternativos ao AMI e dentre estes o 
código de alta densidade bipolar - HDB (high density bipolar) se tornou preferencialmente 
utilizado. 
Este código prevê a introdução de falsos bits 1 de forma a limitar o número de zeros dentro 
de uma seqüência. Vários ensaios demonstraram uma seqüência máxima de três zeros consecutivos 
como limite ótimo para facilitar o processo de recuperação de relógio do sinal de informação. Desde 
modo o código de alta densidade bipolar ficou conhecido como código HDB-3. 
O código HDB-3 é obtido a partir de uma evolução do código AMI e se diferencia pelas 
seguintes regras adicionais: 
 
� Numa seqüência de quatro zeros consecutivos o último zero será substituído por um pulso V 
(violação da regra AMI) de mesma polaridade do pulso anterior. 
� Os pulsos de violação também alternarão polaridade entre si de forma a prevenir surgimento de 
componente DC. 
� Para assegurar a simultaneidade das duas regras anteriores poderão ser adicionados pulsos MF 
(marca falsa) no primeiro zero da seqüência em que haja pulso de violação V. 
� Na decodificação HDB-3 a informação pode ser separada dos pulsos V e MF pela observação: 
• Os pulsos com polaridade idêntica a do anterior serão desprezados pois tratam-se de pulsos 
de violação; 
• Os pulsos anteriores a violação de apenas 2 zeros consecutivos também serão desprezados, 
pois, tratam-se de pulsos marca falsa; 
• Pulsos de informação sempre terão polaridade inversa a do pulso anterior e sempre estarão 
anteriormente afastados da violação por uma seqüência de 3 zeros consecutivos. 
 
A figura FIG AUX 5 mostra o exemplo de conversão de uma sequência de sinal com código AMI 
em código HDB-3 . 
 
 25
 
Figura Aux 5 
 
Outra vantagem do código HDB-3 seria a facilidade de detecção de erros de transmissão 
pela observação da obediência das regras de codificação estabelecidas. 
 
CENTRAIS CPA 
 
Atualmente, temos as centrais CPA digitais onde os sinaisque passam através dos 
comutadores já estão na forma digital, sendo as comutações baseadas na técnica PCM-TDM. As 
interconexões neste tipo de central de comutação ocorrem através da redisposição das palavras de 
códigos de 8 bits e diferentes sinais telefônicos em função da ligação desejada. Sinais PCM 
multiplexados por divisão de tempo permitem a utilização múltipla de linhas e elementos de 
comutação. As centrais digitais possibilitam ainda uma maior integração entre serviços de voz e 
dados. 
As centrais CPA possuem as seguintes vantagens: 
 
� Instalação: o tempo de instalação é menor, já que ela é testada na própria fabrica 
antes de ser instalada na concessionária. Não existe necessidade de programação por 
fiação como nas centrais eletromecânicas, pois, as programações são todas realizadas 
por software e comandos em terminais. 
� Tamanho: as centrais CPA são menores que as anteriores, isto reduz a necessidade de 
investimentos em infra-estrutura (prédios) por parte da operadora de telefonia. Com a 
evolução tecnológica as centrais CPA estão cada vez menores, para uma mesma 
capacidade de terminais. 
� Modularidade: as centrais CPA são montadas em bastidores, como se fossem 
gavetas, simplificando as ampliações e alterações de hardware. 
� Flexibilidade: pode-se mudar as funções da central muito facilmente. Por exemplo, 
uma central poderá atender um estagio remoto de assinantes, bastando instalar o 
hardware e software necessários. 
� Operação e Manutenção: o acesso ao sistema de controle da central via terminal de 
operação facilita os trabalhos dos operadores. 
� Velocidade de Processamento de Chamadas: o processamento de chamadas sendo 
controlado por sistemas computadorizados é bem mais rápido que o processamento 
eletromecânico. 
� Consumo de energia: as centrais CPA consomem menos energia que as centrais 
eletromecânicas. 
 
 26
Abaixo, temos o diagrama em blocos do hardware de uma central CPA digital. É importante 
salientar que os nomes e as siglas de cada bloco variam para cada fabricante especifico. 
 
 
Diagrama em blocos do hardware de uma central CPA digital 
 
EA – Estágio de Assinantes 
ET – Estágio de Troncos 
MC – Matriz de Comutação 
CCCS – Controle da Sinalização por Canal Comum 
PC – Processador Central 
PR – Processador Regional 
OM – Operação e Manutenção 
 
Estágio de Assinantes (EA) 
 
Neste estágio são realizadas as funções de interface conhecidas pela expressão BORSCHT: 
 
BBBBattery: alimentação CC para a linha 
OOOOvervoltage protection: proteção contra sobre-tensão 
RRRRinging: corrente de chamada para sinalização da campainha do telefone 
SSSSignal detection: detecção de sinal para supervisão 
CCCCodec: conversão (analógico-digital ou digital-analógico) 
HHHHybrid: circuito de híbrida, para conversão de 2 para 4 fios 
TTTTesting: acesso para teste da linha 
 
O EA tem ainda as funções de: 
 
� Envio da sinalização acústica (tons) para o assinante 
� Multiplexação (com ou sem concentração) de sinais de voz em fluxos TDM-PCM para 
conexão com a matriz de comutação. 
 
 27
A conversão 2 para 4 fios é realizada através do circuito de híbrida: 
 
Diagrama do circuito de híbrida 
 
Se ZL = Zb, todo o sinal de recepção (Rx) passará para a linha sem retornar à transmissão 
(Tx). Quando ZL ≠ Zb na (na central), uma parte do sinal de Rx retorna para Tx, o que pode gerar o 
efeito de eco. No caso da híbrida do aparelho telefônico, quando ZL ≠ Zb ocorre o efeito local. 
 
Estágio de Troncos (ET) 
 
Tem a tarefa de supervisionar os estados dos troncos (juntores) que fazem a conexão de voz 
(ou dados) com outras centrais. É responsável pela troca de sinalizações de linha e de registro 
através da sinalização por canal associado (CAS) ou pela troca de sinalização por canal comum 
(CCS). Neste estagio podem ser usados juntores analógicos ou digitais. Os juntores digitais operam 
com taxas de 2 Mbps (30 canais). É composto também por emissores e receptores de código MFC 
(Multifrequencial Compelido). No caso de troncos internacionais pode ser configurado com 
cancelamento de eco. 
 28
 
Esquema da interconexão de centrais 
 
Outras funções do ET: 
 
� detecção de erros nas linhas tronco 
� aquisição de dados de tráfego 
� comutação de chamadas de teste 
 
Matriz de Comutação (MC) 
 
A MC é responsável pelas conexões dos assinantes entre si e com os troncos. Cada circuito 
ou órgão da central faz conexão com a matriz através de enlaces PCM. Em centrais de grande porte 
a matriz é sempre duplicada. A matriz pode utilizar três técnicas de comutação: 
 
� Comutação temporal 
� Comutação espacial 
� Comutação temporal-espacial 
 
Em sistemas comutadores de grande porte, a arquitetura interna da MC é formada por vários 
módulos de comutação intermediários. Essa arquitetura tem como vantagens: 
 
� Flexibilidade de configuração da matriz 
� Uma maior confiabilidade do comutador 
 
 
 29
 
Arquitetura de MC modular 
 
Estágio de Controle da Sinalização por Canal Comum (CCCS) 
 
Este estágio controla os circuitos destinados exclusivamente para o envio do protocolo de 
sinalização SS#7. Realiza as funções de níveis 2 e 3 do modelo OSI. 
 
Funções de nível 2: montagem dos pacotes da camada de enlace, detecção de erros. 
Funções de nível 3: montagem dos pacotes da camada de rede, roteamento de pacotes. 
 
Estágio Processador Central (PC) 
 
É composto basicamente pela CPU, memória de dados e memória de programas. Executa 
funções de controle com alto grau de complexidade, tais como: encaminhamento de chamadas, 
diagnósticos de falhas. Neste estágio existem ainda: 
 
� Um buffer de mensagens, para a coordenação da transferência interna de informações entre 
o CC e os outros órgãos da central. 
� Um gerador de clock, para a sincronização da central. 
 
Por razões de segurança, nas centrais publicas, o processador central é duplicado. 
Existem basicamente duas formas de operação dos processadores: 
 
a) Paralelismo síncrono: os dois processadores operam sincronizados e recebem as mesmas 
informações. Um deles permanece ativo e o outro como reserva. São monitorados por um 
módulo de gerenciamento que, ao detectar falha no processador ativo, seleciona o 
processador reserva para assumir o controle da central. 
 
b) Repartição de carga: cada processador é responsável por 50% da carga de processamento 
da central. Mesmo operando chamadas distintas, cada um deles precisa receber informações 
do outro processador para evitar colisões. 
 
A maioria dos sistemas de comutação utiliza o paralelismo síncrono como modo de operação. 
Isto ocorre, principalmente, devido a maior segurança contra falhas de hardware. 
 
 30
Quadro comparativo: 
 
 
Paralelismo síncrono Repartição de carga 
Detecção de falhas de hardware mais rápida e 
confiável. 
Melhor tolerância à sobrecarga. 
Capacidade de processamento inalterada quando 
um processador está fora de serviço. 
Capacidade de processamento diminui quando 
um processador está fora de serviço. 
Transferência de informações entre os 
processadores é mais simples. 
Transferência de informações entre os 
processadores é mais complicada. 
Falhas de software afetam os dois 
processadores. 
Falhas de software afetam apenas um dos 
processadores. 
 
Estagio do Processador Regional (PR) 
 
As primeiras centrais CPA utilizavam processamento centralizado. Isto trazia sérias 
conseqüências no perfil de custo do equipamento e resultava também em processadores mais 
complexos. 
O perfil de custo mostrava-se desvantajoso comercialmente, pois, o processador deveria ser 
selecionado para a capacidade final da central. Isto resultava em um alto investimento por terminal 
ativado, naquelas centrais com uma pequena quantidade de assinantes, quando da sua implantação. 
Como alternativa surge o processamento em dois níveis: um nível central (CC) para tratar de tarefas 
complexas e um nível regional (PR) que realiza tarefas específicas de cada estágio de comutação 
(EA, ET, MC, CCCS). 
O PR é

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