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Processos Energéticos Processos Energéticos Processos Energéticos • Carga horária 60 horas • Objectivos 1. Compreender os principais processos de transformação de energia (primárias) em eletricidade; 2. Compreender e caraterizar as principais fontes de eletricidade de Angola; 3. Avaliar cenários energéticos de médio e longo prazo em Angola. • Conteúdo 1. Instalações ou Centrais hidroeléctricas; 2. Instalações termoeléctricas; 3. Instalações atómicas; 4. Instalações não tradicionais Centrais hidroeléctricas • Conceito; • Principais Componentes da Central Hidroelétrica; • Tipos de Centrais Hidroeléctricas; • Classificação de Centrais Hidroeléctricas; • Turbinas Hidráulicas oTipos de turbinas oEscolha de uma turbina • Vantagens e Desvantagens; • Centrais Hidroeléctricas Nacionais Centrais hidroeléctricas • Energia: não se cria nem se perde, porém transorma-se de um tipo para outro. 4 Principais Componentes da Central Hidroelétrica • Uma central hidroelectrica é composta essencialmente pelas seguintes componentes: oBarragem; oTomada de água; oReservatório; oChaminé de equilíbrio oComportas oConduto forçado oCanal de fuga oTurbina; oGerador. 5 Principais Componentes da Central Hidroelétrica • Barragem tem a função de: o Represar a água para captação e desvio; o Elevar o nível da água para aproveitamento eléctrico; o Represar a água para regularização do caudal e amortecimento de ondas de enchentes. • Tomada de água: Permite retirar água do reservatório para o conduto forçado; • Reservatório ou represa: é formado pelo represamento das águas do rio por meio da barragem. • Chaminé de equilíbrio ou câmara de descarga: destinam a a limitar as sobrepressões e depressões resultantes das variações bruscas do caudal quando se fecham as válvulas que conduzem a água às turbinas (golpes de ariete), reduzindo assim a pressão da conduta. 6 Principais Componentes da Central Hidroelétrica • Comporta: serve para controlar o nível de água do reservatório (quando chove muito) evitando transbordamento. • Conduto forçado: via por onde se escoa água do reservatório até a casa de força onde se encontra a turbina. • Canal de fuga ou restitução: depois da água passar pela casa de força a água é devolvida ao rio através dos canais de fuga. • Turbina: transforma em energia mecânica a energia cinética das massas de água. • Gerador: transforma a energia mecânica em energia eléctrica. • Casa de força: locais de instalação das turbinas hidráulicas e geradores. 7 Principais Componentes da Central Hidroelétrica 8 Tipos de Centrais Hidroeléctricas • Central a fio de água oUtiliza somente o caudal natural de água. Algumas dessas centrais possuem um pequeno reservatório para represar água durante as horas que não são de pico para utiliza-las nas horas de pico do mesmo dia. • Central com reservatório ou albufeira oTem um reservatório de tamanho suficiente para acumular água na época das cheias para uso na época de estiagem. • Central reversível oBombeiam água de um represamento no canal de fuga para o reservatório a montante para posterior utilização durante as horas de menor demanda. 9 Classificação de Centrais Hidroeléctricas • Quanto a potência: o Micro P ≤ 100 kW o Mini 100 < P ≤ 1.000 kW o Pequenas 1.000 < P ≤ 30.000 kW o Médias 10.000 < P ≤ 100.000 kW o Grandes P ≥ 100.000 kW • Quanto a queda o Baixíssima H< 10 m o Baixa 10 < H<5o m o Média 50 < H< 250 m o Alta H< 250 m 10 Classificação de Centrais Hidroeléctricas • Quanto a queda oBaixíssima H< 10 m oBaixa 10 < H<50 m oMédia 50 < H< 250 m oAlta H< 250 m • Quando ao caudal. oGrande Q> 100 𝑚3/s oMédio 10 ≤Q≤ 100 𝑚3/s oPequeno Q < 100 𝑚3/s 11 Turbinas Hidráulicas • São formadas por pás montadas em torno de um eixo. A pressão das águas gira as pás e provoca um movimento circular, accionando o gerador. • Existem essencialmente três tipos principais de turbina usados para geração de energia eléctrica: • Pelton: Ideias centrais com quedas altas de 250m à 2500m e pequenos caudais entre 0.2 e 10 𝑚3 e baixo número de rotações. A instalação é normalmente feita com eixo horizontal. 12 Turbinas Hidráulicas 13 Turbinas Hidráulicas • Turbinas Kaplan ou Hélice são utilizadas para baixas quedas de água, inferiores 50m e para caudais até 350 𝑚3/s • São por vezes montadas com eixo horizontal e denominam-se nesse caso grupo Bolbo. Estas turbinas são utilizadas para quedas muito baixas de alguns metros apenas. 14 Turbinas Hidráulicas • As turbinas Francis podem ser de eixo vertical ou horizontal e são normalmente usadas para quedas e caudais intermédios entre 10 a 250m e para caudais entre 10 a 50 𝑚3/s. Possuem um rendimento mais elevado que as turbinas Pelton, maiores velocidades, menores dimensões. 15 Escolha de uma turbina • A comparação entre as turbinas do mesmo tipo é feita através das suas velocidades específicas. • Define-se velocidade específica de uma turbina como a velocidade à qual deverá girar uma turbina. • 𝑛𝑠 = 𝑛. 𝑃 ℎ. 4 ℎ • 𝑛𝑠 - velocidade especiíca [rpm] • n - velocidae real da turbina [rpm] • P - potência da turbina [cv] • H - altura da queda de água [m] 16 Escolha de uma turbina Velocidade específica Altura da queda Tipo de turbina Até 35 ≥100 Pelton 1 injector 26 a 50 ≥100 Pelton 2 injectores 51 a 72 de 400 a 100 Pelton 4 injectores 55 A 120 de 400 a 100 rancis lenta 120 a 200 de 100 a 50 Rancis média 200 a 450 de 50 a 15 Rancis rápida 270 a 500 de 50 a 15 Kaplan lenta 500 a 800 de 15 a 5 Kaplan média 800 a 1100 ≤ 5 Kaplan rápida 17 Escolha de uma turbina • A tabela acima estabelece correspondência entre a velocidade específica de uma turbina, a altura da queda e tipo de turbina a utilizar com o melhor rendimento, que permite fazer uma escolha racional desta. • A tabela porém não é 100 porcento rigorosa, havendo casos em que a velocidade especíica não corresponde exactamente a queda dada. Há por isso uma certa maleabilidade na escolha, em casos desses. 18 Escolha de uma turbina • Uma turbina da central hidroeléctrica tem uma potência nominal de 95000 CV, sob queda útil de 29.4m. A velocidade nominal da turbina é de 115,4 rpm e o caudal absorvido a plena carga de 250 m3/s. • Calcule a velocidade especíica • 𝑛𝑠 = 115,4.× 95000 29,4×.4 29,4 ≅ 519 𝑟𝑝𝑚 • Da tabela anterior podemos concluir que a turbina mais económica é a Kaplan 19 Potência Gerada • A potência gerada por uma central hidroeléctrica é expressa por: • P= 9.8.ηtotQ.H Sendo: oP- Potência eléctrica nos terminais do gerador oQ – Caudal m3/s oH – Altura da queda oη𝑡𝑜𝑡= ηg. ηt oηtot - Rendimento do conjunto gerador e turbina oηg - Rendimento do gerador oηt - rendimento da turbina 20 Energia Produzida • A potência gerada por uma central hidroeléctrica é expressa por: • E= 9.8.ηtotQ.H.FC.8760 100 [ MWh] Sendo: oE- energia gerada em um ano; oFC – Factor de capacidade; oQ – caudal oH – Altura da queda o 8760 valor correspondente ao número de horas em um ano. 21 Exercícios Uma Central Hidroeléctrica possui os seguintes dados técnicos: oQ= 120m3/s, H= 120m, com factor de capacidade de 0.55, rendimento do gerador 0.985 e rendimento da turbina de 0.93. Calcular a potência e energia gerada durante um ano. oResolução: P= 9,81× 0,93 × 0,985 × 120 × 120 = 129404,9 kW= 129,4 MW E=129404,9× 0,55 × 8760 = 623472,7 𝑀𝑊ℎ 22 Gerador • Transforma a energia mecânica que lhe transferida pelo eixo da turbina em energia eléctrica. • Os geradores podem ser síncronos e assincronos. • Nos geradores síncromos a frequência das tensões geradas está directamente realacionada (em sincronismo) à velocidade de rotação do rotor. São os mais usados na geração de energia eléctrica porque a frequência das correntes permanece fixa independentemente da carga que alimenta, essa característica faz com que ela seja o mais usado na geração de energia eléctrica. • Nos geradores assíncronos a frequência derotação do rotor está sempre a cima da frequência de sincronismo. 23 Vantagens e Desvantagens • Vantagens oEnergia limpa; oEnergia renovável (sem custos com combustível). oAlto rendimento; oLongo periodo de exploração. • Desvantagens; oDependente das condições hidrológicas; oElevados custos de construção. 24 Centrais Hidroeléctricas Nacionais • A produção hídrica em Angola apresenta a maior percentagem de produção energética, com cerca 3.330,12 MW o representa cerca de 63 % da produção energética nacional. • Distribuidas por regiões, os Aproveitamentos hidroeléctricos situados na bacia do meio Kwanza são os maiores do país. • Região Norte • Principais centros de produção: o Central hidroeléctrica de Laúca – 2071MW; o Central hidroeléctrica de Cambambe; o Central hidroeléctrica de Capanda; o Central hidroeléctrica de Caculo-Cabaça o Central Hidroeléctrica do Luquixe, 2.1 MW (4 X 3,75 MW); o Central Hidroeléctrica das Mabubas, 18 MW (4 X 3,75 MW); 25 Centrais Hidroeléctricas Nacionais • Região Leste • Principais centros de produção: o Central Hidroeléctrica do Luachimo, 32 MW; • Região Centro • Principais centros de produção: o Central Hidroeléctrica do Biopio, 15 MW (4x3.5 MW); o Central Hidroeléctrica do Lomaum, 35 MW (2 X 10 MW + 1x15 MW); • Região Sul • Principais centros de produção: o Central hidroeléctrica da Matala 40,8 MW (3 X 13,6)MW; o Central Hidroeléctrica de Ruacaná, 341 MW (4 X 3,75 MW); 26 Conduto Forçado • Uma unidade geradora é constituida por uma turbina e um gerador. Várias unidades geradoras podem ser alimentadas por um único conduto que se origina em uma única tomada de água que, ao se aproximar da casa de força, divide-se em ramificações de acordo ao número de unidades geradoras, ou então cada unidade geradora pode ser alimntada por seu próprio conduto saindo da tomada de água. • O arranjo que dispõe de um conduto orçado por unidade geradora favorece as condições de operação da usina, pois um eventual problema em qualquer um dos condutos afecta somente a máquina conectada a ele, enquanto um problema em um conduto que serve várias máquinas afecta todas elas 27 Conduto Forçado 28 Conduto Forçado • Grandes vazões exigem grandes diâmetros de condutos. Quanto maior o diâmetro de um conduto forçado, maior precisará de a espessura da parede para suportar os esforços resultantes da passagem da água que serão exercidos sobre ela, e que variam directamente com o seu diâmetro. • Quando se considera somente o preço do conduto, um único conduto servindo várias máquinas é certamente mais barato do que um conduto para cada unidade. Entretanto, é necessário verificar as perdas dfe energfia que ocorrem nos condutos, pois a princípio um conduto maior possui menos perdas do que vários menores. Mas é sempre necessário elaborar um estudo económico para definir correctamente a melhor solução a ser adoptada 29 Fórmulas • Cálculo dos condutos 𝑅𝐻 = 𝑆 𝑃 • S – Área húmida de secção transversal [m2]; • P – perímetro molhado [m] • 𝑅𝐻 - Raio hidráulico • 𝐷𝐻 = 4 𝑆 𝑃 • Para conduto orçado com secção circular valem as seguintes órmulas: 𝑅𝐻 = 𝑆 𝑃 = 𝜋𝐷2/4 𝜋𝐷 = 𝐷 4 𝐷𝐻 = 𝐷 30 Fórmulas • Cálculo dos condutos 𝑒 = 0.1𝐻 × 𝑑 2 × 𝜎 • e –espessura da parede do conduto; • H – queda de projecto da central, que deve ser somada com a sobrepressão decorrente do golpre de ariete (por exemplo, normalmente essa sobrepressão é de 40% [m] • 𝑑 -diâmetro externo do conduto [mm] • 𝜎 – tensão de trabalho à tracção [kgf/𝑐𝑚2] 𝑉 = 4𝑄 𝜋𝐷2 , velocidade da água dentro do conduto 31 Exercício-1 • Considerando um conduto de 5m de diâmetro com água chegando a uma altura de 3,5 m no ponto mais fundo. Calcule o diâmetro e o raio hidráulico. 32 Exercício-2 • Para um conduto de 6m diâmetro contendo água na profundidade de 2,4m no ponto mais fundo, determine o diâmetro hidráulico e o raio hidráulico 33 Exercício-3 • Para uma central hidroeléctrica com 4 unidades geradoras, na qual está previsto utilizar um único conduto forçado com vazão de 249,3m3/s, diâmetro de 7,3 m e queda de projecto H=120m, determine: a) A velocidade da água dentro do conduto. b) Para a solução de 4 condutos, considerando a velocidade da água igual à da solução com um único conduto, o diâmetro desses condutos. c) A relação dos dois diâmetros nas duas soluções apresentadas. 34 Exercício-4 • Para uma CH com queda de 120m e sobrepressão decorrente do golpe de ariete de 40% está previsto um condutfo forçado de aço A-36 com diâmetro de 3200mm, com limite de escoamento de 2500kg/cm2. calcular a espessura do conduto. 35 Centrais Termoeléctricas • Conceito; • Classificação das centrais termoeléctricas; • Classificação de Centrais Hidroeléctricas; oCentrais termoeléctricas de combustão Interna oCentrais termoeléctricas de combustão Interna 36 Centrais Termoeléctricas • Conceito; • O princípio de funcionamento das centrais termoeléctricas baseia-se na conversão de energia térmica em energia mecânica e esta em eléctrica. • A produção de energia térmica pode ser dar pela transformação da energia química dos combustíveis através do processo da combustão ou da energia nuclear dos combustíveis radioactivos, com a fissão nuclear. • As centrais cuja a geração é baseada na combustão são conhecidas como centrais termoeléctricas. As centrais termoeléctricas baseadas na fissão nuclear são chamadas de centrais nucleares. • A fissão nuclear é o processo de divisão do núcleo de um elemento químico pesado em dois outros elementos mais leves e de massa aproximada. 37 Classificação das centrais Termoeléctricas • As centrais termoeléctricas são classificadas de acordo com o método de combustão: • Centrais termoeléctricas de combustão interna: a combustão se dá sobre a mistura de ar e combustível, dessa maneira, o fluído de trabalho será o conjunto de produtos da combustão. • A combustão interna é o processo usado principalmente nas turbinas a gás e nas máquinas térmicas a pistão (motores diesel) 38 Classificação das centrais Termoeléctricas • Centrais termoeléctricas de combustão externa: o combustível não entra em contacto com o fluído de trabalho. • Processo é usado principalmente nas centrais térmicas a vapor, onde o combustível aquece o fluído de trabalho (em geral água) em uma caldeira até gerar o vapor, que ao se expandir em uma turbina, produzirá trabalho mecânico. • As centrais nucleares, embora não utilizem combustão, e sim fissão nuclear, adequam-se a essa classificação, um vez que o processo de fissão não entra em contacto directo com o fluído de trabalho. 39 Centrais termoeléctricas de combustão interna • Fazem parte das centrais termoeléctricas de combustão interna as centrais termoeléctricas a gás e as centrais a motor diesel. • Centrais Termoeléctricas a gás ou convencionais utilizam como principais combustível, os combustível fósseis com principal incidência o gás natural. • O gás natural é hoje o terceiro combustível na matriz energética mundial e pode com excepção ao querosene de aviação substituir qualquer tipo de combustível sólido, líquido ou gasoso. 40 Centrais Termoeléctricas a gás Principais elementos • As centrais termoeléctrica a vapor são compostas dos seguintes elementos: oCamara de combustão; oCompressor; oTurbina; oGerador. 41 Princípio de produção de energia nas centrais a gás • Ar comprimido é misturado com o gás natural a alta pressão na câmara de combustão; • A combustão resulta em gases de altas temperaturas e pressão que são encaminhados para turbina a gás, ; • O gás quente e a alta pressão faz girar as pás da turbina, convertendo a energia térmica em energia mecânica, • A turbina por sua vez faz rotar o rotor do gerador gerando electricidade. 42 Princípio de produção de energia nas centrais a gás • O princípio de funcionamento das centrais gás obedece o ciclo de Brayton, onde o fluido de trabalho permanece no estado gasoso ao longo de todo ciclo. 43 Princípiode produção de energia nas centrais a gás Compressor Turbina Trocador de calor Trocador de calorWc Q Q Wt 1 2 3 4 44 Princípio de produção de energia nas centrais a gás • 1-2: • 𝑃2 𝑃1 = ( 𝑉1 𝑉2 )𝑘 ; 𝑊𝑐= 𝐶𝑝 𝑇2 − 𝑇1 • 2-3 • 𝑄𝑞 = 𝐶𝑝 𝑇3 − 𝑇2 ; 𝑇3 𝑇2 = 𝑉3 𝑉2 • 3-4 • 𝑃3 𝑃4 = ( 𝑉4 𝑉3 )𝑘; 𝑊𝑇= 𝐶𝑝 𝑇3 − 𝑇4 • 4-1 • 𝑄f = 𝐶𝑝 𝑇4 − 𝑇1 ; 𝑇4 𝑇1 = 𝑉4 𝑉1 45 Princípio de produção de energia nas centrais a gás • Eficiência ou rendimento • 𝜂 = 1 − 𝑄𝑙 𝑄𝑖 ; 𝜂 = 1 − 𝑇4−𝑇1 𝑇3−𝑇2 ou ainda 𝜂 = 1 − 𝑇1 𝑇2 =1- 1 ( 𝑃2 𝑃1 )(𝑘−1)/𝑘 • 𝑄𝑙 - calor libertado • 𝑄𝑖- calor inserido • Onde 𝑇1 𝑇2 = ( 𝑃2 𝑃1 )(𝑘 − 1)/𝑘 46 Centrais Termoeléctricas a motor diesel • As centrais a motor diesel são muito utilizadas em potências de 40 MW. • Apresentam limitações relacionadas a potência, ruído e vibração, além de problemas como dificuldade na aquisição de peças de reposição e seu transporte e elevados custos com o combustível 47 Centrais Termoeléctricas a motor diesel • Os grupos diesel ou centrais a motor diesel são compostos fundamentalmente de: oMotor de combustão interna tipo diesel; oAlternador ou gerador; o Sistema de lubrificação; oQuadro eléctrico de comando 48 Centrais Termoeléctricas a motor diesel • A geração a motor diesel é baseado no ciclo de diesel também conhecido por motor de ignição por compressão. • O motores diesel são motores a 4 tempos nomeadamente: Admissão, compressão, combustão e escape 49 Centrais Termoeléctricas a motor diesel • Compressão: 1-2 • 𝑇2 𝑇1 = ( 𝑉1 𝑉2 )𝑘−1; 𝑃2 𝑃1 = ( 𝑉1 𝑉2 )𝑘 • Combustão Isobárica: 2-3 • 𝑞2−3 = 𝐶𝑝 𝑇3 − 𝑇2 ; 𝑇3 𝑇2 = 𝑉3 𝑉2 • Exppansão Isoentropica: 3-4 • 𝑇3 𝑇4 = ( 𝑉4 𝑉3 )𝑘−1; 𝑃3 𝑃4 = ( 𝑉4 𝑉3 )𝑘 50 Centrais Termoeléctricas a motor diesel Rejeição Isocórica:4-1 • 𝑞4−1 = 𝐶𝑣 𝑇4 − 𝑇1 ; 𝑇3 𝑇2 = 𝑉3 𝑉2 • Rendimento • 𝜂 = 1 − 𝑄𝑓 𝑄𝑞 • 𝑄𝑓 = 𝑄4−1 − 𝐶𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑒𝑙𝑖𝑚𝑖𝑛𝑎𝑑𝑜 • 𝑄𝑞 = 𝑄2−3 − 𝐶𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑖𝑛𝑠𝑒𝑟𝑖𝑑𝑜 • 𝜂 = 1 − 𝑇4−𝑇1 𝐾(𝑇3−𝑇2) 51 Centrais termoeléctricas de combustão externa • Fazem parte das centrais termoeléctricas de combustão externa as centrais termoeléctricas a vapor e as nucleares. • Centrais Termoeléctricas a vapor ou convencionais utilizam como principais combustível, os combustíveis fósseis com principal incidência no carvão mineral. • O carvão mineral ocupa a segunda posição na matriz energética mundial, devido o seu baixo custo, que varia de região a região, em função principalmente do peso que o transporte tem no seu custo final. 52 Centrais Termoeléctricas a vapor Principais elementos • As centrais termoeléctrica a vapor são compostas dos seguintes elementos: oCaldeira; oTurbina; oCondensador; oDepósito do condensador; oBomba de alimentação; oReaquecedor; oGerador. 53 Princípio de produção de energia nas centrais a vapor • O carvão mineral é queimado na câmara de combustão; • O calor gerado pela combustão aquece o fluído de trabalho contido na caldeira; • Após aquecido a água, produz vapor a altas temperaturas e pressão, que é canalizado para a turbina a vapor; • O vapor quente dá movimento às pás da turbina, transformando a energia térmica em energia mecânica, girando o eixo da turbina; • O veio da turbina por sua vez faz rotar o rotor do gerador gerando deste modo electricidade. 54 Princípio de produção de energia nas centrais a vapor • Após o vapor movimentar a turbina, a sua temperatura e pressão baixam; • Sendo necessário reaproveitar o vapor para o contínuo movimento da turbina, é posteriormente condensado, no condensador por extracção do calor voltando ao estado líquido (água); • A água resultante deste processo é novamente pressurizada e depois transferida à caldeira onde é reaquecida e o vapor é novamente canalizado à turbina fechando assim o ciclo de produção. 55 Princípio de produção de energia nas centrais a vapor O ciclo fundamental aplicável às termoeléctricas a vapor é o ciclo de Carnot e o ciclo de base para as aplicações práticas nesse tipo de geração é o ciclo de Rankine. 56 Princípio de produção de energia nas centrais a vapor • ℎ4 − ℎ3 = 3 4 𝑣𝑑𝑝 → ℎ4 − ℎ3 = 𝑣3 𝑃4 − 𝑃3 ; 𝑣3=cte • 𝑄𝑐𝑎𝑙 = 𝑚 ℎ1 − ℎ4 ; 𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑛𝑎 𝑐𝑎𝑙𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎 • 𝑊𝑡𝑢𝑟𝑏 = 𝑚 ℎ1 − ℎ2 ; Trabalho realizado pela turbina • 𝑄𝑐𝑜𝑛𝑑 = 𝑚 ℎ3 − ℎ2 ; 𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑛𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑒𝑛𝑠𝑎𝑑𝑜𝑟 • 𝑄𝑏𝑜𝑚𝑏 = ℎ4 − ℎ3 = 𝑚 𝑣3 𝑃4 − 𝑃3 ; Trabalho realizado pela bomba • 𝜂 = 𝑊𝑙𝑖𝑞 𝑄𝑐𝑎𝑙 • 𝑊𝑙𝑖𝑞 = 𝑊𝑡𝑢𝑟𝑏 −𝑊𝑏𝑜𝑚𝑏 57 Ciclo combinado A geração de energia por ciclo combinado consiste de um processo que gera energia conjugando o ciclo de Brayton (turbina a gás) com o ciclo de Rankine (turbina a vapor). Primeiro o ar é comprimido através do compressor de alta pressão, passando depois para a câmara de combustão para se misturar com o gás; Os gases quentes e a alta pressão que resultam da combustam accionam a turbina a gás que está acoplada a um gerador; Os gases de escape são reaproveitados para alimentar a caldeira de recuperação que é utilizada para produzir vapor de água, para posteriormente ser injectado numa turbina a vapor que está acoplada a um segundo gerador; Deste modo é possível obter um rendimento global efectivo na ordem dos 57%. 58 Ciclo combinado 59 Centrais Nucleares ou Atómicas • As centrais nucleares possuem como principal combustião os isópostos de urânio e plutónio. • O calor para aquecimento da água não é produzido por combustão como ocorre nas centrais a vapor, mas sim pela energia gerada do processo de fissão ou cisão nuclear. 60
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