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NÚCLEO DE TERAPIA INTEGRADA – JORDAN CAMPOS CURSO DE FORMAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO EM TERAPIA TRANSPESSOAL SISTÊMICA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO DISCENTES: ADENOR PRIMO JUNIOR SHEILA MARIA LIMA SANTOS A TERAPIA TRANSPESSOAL SISTÊMICA ATRAVÉS DO OLHAR DOS SETÊNIOS NO ATENDIMENTO TERAPÊUTICO. Salvador 2018 2 A TERAPIA TRANSPESSOAL SISTÊMICA ATRAVÉS DO OLHAR DOS SETÊNIOS NO ATENDIMENTO TERAPÊUTICO. Autores: Adenor Primo da Fonseca Junior1 Sheila Maria Lima Santos1 George Mariane Soares Santana2 Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Núcleo de Terapia Integrada Jordan Campos - Programa de Formação e Pós-Graduação - Faculdade Unibahia – Faculdades Integradas Ipitanga, como requisito parcial para obtenção do título de Terapeuta Transpessoal Sistêmico. Orientador: Prof. Doutor George Mariane Soares Santana. Salvador 2018 3 Ao nosso Mestre Jordan Campos, idealizador deste Curso de Formação e Pós-Graduação, nosso respeito e admiração. Ao Professor Orientador Dr. George Mariane Soares Santana, por ter nos apresentado a Antroposofia, através da Análise dos Setênios, sido o Toque de Midas deste trabalho, com sua sensibilidade, abertura e flexibilidade impecáveis, e, por sua positividade diante dos desafios acadêmicos. 4 A Terapia Transpessoal Sistêmica Através do Olhar dos Setênios no Atendimento Terapêutico. Adenor Primo Junior1 Sheila Maria Lima Santos1 George Mariane Soares Santana2 RESUMO: A Terapia Transpessoal é um sistema complexo que objetiva a regulação emocional através de uma abordagem sistêmica, transcendendo o indivíduo do corpo físico e tratando-o sob uma visão, mente corpo e espírito num processo multidimensional e atemporal. O objetivo deste estudo é demonstrar e fazer com que o paciente entenda que a vida é constituída de ciclos e que cada ciclo (composto de sete anos) possui transformações e características próprias, levando-o ao autoconhecimento, contribuindo para identificar seus padrões de vida, entender as raízes das suas escolhas, harmonizá-los e situá-los numa vida mais equilibrada e com mais significado a partir do cabedal de técnicas que a TTS propõe. A metodologia utilizada para tal estudo englobou pesquisa bibliográfica com abordagem qualitativa, através da consulta de livros, monografias, teses, artigos e documentos publicados para que assim possibilitassem uma maior compreensão sobre o tema. Observamos que as técnicas TTS podem exercer indelével contribuição nas redecisões da vida de seus assistidos, uma vez que, os setênios atuam como medida de possibilidades de eventos por ciclos da sua vida. Sabendo-se que o tema em questão foge ao estudo da Terapia Transpessoal Sistêmica e que após observada sua contribuição, resolvemos fazê-lo, por ser perceptível utilizar a Teoria dos Setênios como ferramenta na abordagem da TTS. Pois, a partir do estudo desta abordagem podemos identificar, em cada uma das fases cíclicas, acontecimentos significativos que podem marcar a vida da pessoa, sejam eles fisiológicos ou até mesmo patológicos, que impeçam a pessoa de tratamento para desenvolver a autoestima, autoaceitação, autoconfiança e proporcionar a mobilização do seu potencial de autocura, através das técnicas do TTS como Constelação, PNL, Iridologia, Floralterapia, Regressão dentre outras. Palavras-chaves: Antroposofia; Teoria dos Setênios; Terapia Transpessoal Sistêmica. 1 Especializando. Artigo apresentado como Trabalho de Conclusão de Curso da Especialização em Terapia Transpessoal Sistêmica, realizada pelo Núcleo de Terapia Integrada – Jordan Campos - Unibahia. E-mail:adenor@exitomarketing.com.br. 1 Especializanda. Artigo apresentado como Trabalho de Conclusão de Curso da Especialização em Terapia Transpessoal Sistêmica, realizada pelo Núcleo de Terapia Integrada – Jordan Campos - Unibahia. E-mail:sheilalima04@gmail.com. 2 Pós-doutor em Práticas Integrativas e Complementares em Saúde. Doutor em Patologia Humana. Docente na orientação do Trabalho de Conclusão de Curso da Especialização em Terapia Transpessoal Sistêmica, realizada pelo Núcleo de Terapia Integrada – Jordan Campos – Unibahia. E- mail: georgemariane@yahoo.com.br mailto:adenor@exitomarketing.com.br mailto:georgemariane@yahoo.com.br 5 1. Introdução: A Psicologia Transpessoal é a tendência mais moderna dentro da psicologia, coerente com os ideais holísticos, que teve origem na década de 60, no auge da contracultura e das experiências com estados alterados da consciência, desde os provocados pelo uso de substâncias alucinógenas até os que derivam de vivências místicas, próprias das tradições espirituais. Foi considerada por Abraham Maslow (1908-1970) como a quarta força da psicologia, sendo a primeira força a psicanálise, seguida da psicologia comportamental, e a terceira a psicologia humanista, abrangendo conteúdos de muitas escolas psicológicas, como as teorias de Jung, Maslow, Viktor Frankl, Ken Wilber e Stanislav Grof. Devo também dizer que considero a Psicologia Humanística, ou Terceira Força em Psicologia, apenas transitória, uma preparação para uma Quarta Força ainda “mais elevada”, transpessoal, transumana, centrada mais na ecologia universal do que nas necessidades interesses restritos ao ego, indo além da identidade, da individuação e congêneres… Necessitamos de algo “maior do que somos”, que seja respeitado por nós mesmos e a que nos entreguemos num novo sentido, naturalista, empírico, não-eclesiástico, talvez como Thoreau e Whitman, William James e John Dewey fizeram (Maslow, 1968, p.12) É uma abordagem que tem atraído cientistas de diferentes áreas tais como a física quântica e a clássica na busca da compreensão dos fenômenos que violam os princípios energéticos. Segundo o Psicoterapeuta Jordan Campos, esse novo estudo terapêutico unificou as melhores escolas filosóficas, psicológicas e científicas em uma metodologia de ação prática e profunda de ação no tripé corpo/ mente e espírito, que modifica na prática clínica e relacional a utilização dos dez setores macro de intervenção terapêutica, totalmente integrados e dinâmicos com base nas experiências e conflitos do ser humano, bem como, na sua localização, visando velocidade e eficiência máxima na busca da cura profunda das dores humanas denominada de Terapia Transpessoal Sistêmica (CAMPOS, 2017). A união entre os saberes modernos proveniente dos estudos sobre física quântica, influência da espiritualidade e da ecologia na saúde, bem como, outros temas que abrangem o paradigma da multidimensionalidade humana, com o legado de antigas tradições, se faz uma alternativa eficaz para um entendimento mais profundo e ampliado do homem, o qual despertou interesse em abordar o tema do 6 presente artigo: A Terapia Transpessoal Sistêmica Através do Olhar dos Setênios no Atendimento Terapêutico. O objetivo de estudar este assunto é para apresentar a preciosa contribuição da Antroposofia no tratamento de conflitos/enfermidades, sob o viés da Terapia Transpessoal Sistêmica – TTS, a qual utilizando-se do estudo dos Setênios, observando os pontos de tensão vivenciados pelo indivíduo na transição, ou não entre cada Setênios podem facilitar o processo de resolução de um conflito causador de um sintoma. Através deste acesso, o paciente passa a ter condições de vivenciar adequadamente suas experiências dentro de um contexto, utilizando o cabedal de técnicas que a TTS propõe, conduzindo à sua evolução, estimulando a emergência de um estado mental mais amplo, em outro nível, superior, para surgirem novas respostas no processo terapêutico. 2.Método: Este estudo foi desenvolvido através da abordagem deconteúdos utilizada para descrever e interpretar o conteúdo de toda classe de documentos, textos e informações. Através da pesquisa bibliográfica e da abordagem qualitativa foram consultados livros, monografias, teses, artigos, sites da internet, revistas, bem como, documentos publicados, para que assim possibilitassem uma maior compreensão sobre o tema, que tem como foco principal demonstrar que a visão dos Setênios pode ajudar aos pacientes que realizam a Terapia Transpessoal Sistêmica a encontrarem resultados mais rápidos para a resolução de seus problemas e assim conseguirem manter em equilíbrio os aspectos físicos e emocionais. A pesquisa bibliográfica possibilita, assim, um trabalho mais significativo e de qualidade, sem romper com os objetivos que são elaborados no início do processo, de modo que permite outro olhar mediante um determinado objeto, tendo a possibilidade de compreender de diferentes ângulos os pontos de vista de um grande número de estudiosos e pesquisadores do assunto, e conseqüentemente, fazendo com que possamos construir nosso próprio posicionamento diante do tema. A pesquisa deste artigo fundamentou-se na análise de conteúdo, utilizada para descrever e interpretar o conteúdo de toda classe de documentos e textos. Essa análise, conduzindo as descrições sistemáticas, qualitativas ou quantitativas, 7 ajuda a reinterpretar as mensagens e a atingir uma compreensão de seus significados num nível que vai além de uma leitura comum. Atualmente, pode ser definida como um conjunto de instrumentos metodológicos, em constante aperfeiçoamento, que se presta a analisar diferentes fontes de conteúdos (verbais ou não-verbais). Quanto à interpretação, a análise de conteúdo transita entre dois pólos: o rigor da objetividade e a fecundidade da subjetividade. É uma técnica refinada, que exige do pesquisador, disciplina, dedicação, paciência e tempo. Faz-se necessário também, certo grau de intuição, imaginação e criatividade, sobretudo na definição das categorias de análise. Jamais esquecendo, do rigor e da ética, que são fatores essenciais (FREITAS; CUNHA; MOSCAROLA, 1997). A vantagem de utilizar esta técnica é que o pesquisador pode utilizar de sua interpretação pessoal, com relação à percepção que tem dos dados. Não é possível uma leitura neutra. Toda leitura se constitui numa interpretação. Tendo em vista tamanha diversidade, mas ainda assim, aproximação terminológica, optou-se por tomar como norteador, deste estudo, as etapas da técnica propostas por Bardin (2011), uma vez que, é a obra mais atual de estudos sobre esta análise. Essas etapas são organizadas em três fases: 1) pré análise, que é a fase da organização dos documentos e materiais, com o objetivo de torná-lo operacional, 2) exploração do material, ou seja, a codificação e categorização do conteúdo. É uma etapa importante, porque vai possibilitar ou não a riqueza das interpretações e inferências e 3) tratamento dos resultados: inferência e interpretação, esta etapa é destinada ao tratamento dos resultados; ocorre nela a condensação e o destaque das informações para análise, culminando nas interpretações inferenciais; é o momento da intuição, da análise reflexiva e crítica (BARDIN, 2006). 3. Desenvolvimento: 3.1 Terapia Transpessoal Sistêmica - TTS Para iniciarmos sobre a Psicologia Transpessoal faz-se necessário começar com um pouco de história. Reconhece-se atualmente na psicologia quatro grandes correntes, ou forças. A primeira que aborda o Behaviorismo. A segunda chamada de Psicanálise, fundada por Sigmund Freud e a terceira força que é a Psicologia Humanista. 8 A Psicologia Transpessoal surgiu então com a proposta de ser a quarta força da Psicologia. De modo diferente das três forças que a antecederam, a Psicologia Transpessoal não aparece com contestação das correntes já vigentes, mas como uma evolução natural da terceira força, a Psicologia Humanista. De fato, é de dentro do movimento humanista que surgem alguns dos fundadores do movimento transpessoal. Dentre eles, destacam-se Abraham Maslow (1908-1970) e Antony Sutich (1907-1976). Em seu livro Introdução à Psicologia do Ser, na edição de 1968, Maslow aponta para o surgimento da quarta força: Psicologia Trans-Humanística, primeiro nome dado a nova abordagem em 1967. O termo transpessoal só passa a ganhar força em 1969 e torna-se conhecida em 1972, com a fundação da Associação de Psicologia Transpessoal (Association for Transpersonal Psychology). Possui uma abordagem humanista direcionada aos aspectos espirituais da vida humana, utilizando diversos métodos e teorias psicológicas para se aprofundar na questão espiritual. Foi desenvolvida na década de 60, pelo psicólogo americano Abraham Maslow, tendo contado com a contribuição de nomes importantes, como Antony Sutich, James Fadiman, Stanislav Grof e Viktor Frankl. Maslow (1968) acreditava que vivenciar o aspecto transcendente era importante e crucial em nossas vidas. Pensar de forma holística, transcendendo dualidades como certo, errado, bem ou mal, passado, presente e futuro é fundamental. Maslow declarava que sem o transcendente ficaríamos doentes, violentos e niilistas, vazios de esperança e apáticos Também foi idealizada por Roberto Assagioli psiquiatra e criador da psicossíntese em 1911 e, Carl Jung, ao transcender a psicanálise de Sigmund Freud, e tem sido identificada como a quarta força da psicologia, apresentando ideias de vontade e intencionalidade, bem como espiritualidade. Transpessoal caracteriza-se por ser uma experiência que segundo Walsh e Vaughan (1997) pode definir-se como aquela e em que o senso de identidade ou do eu ultrapassa (trans + passar = ir além) o individual e o pessoal a fim de abarcar aspectos da humanidade, da vida, da psique e do cosmo. Vai além do pessoal, e isso reflete bem o seu objetivo principal, que é explorar o crescimento humano e ajudar as pessoas a descobrirem a essência profunda que existe além das dimensões do ego, correspondendo a um senso de identidade mais amplo. Elas podem envolver percepções do meio ambiente, onde tudo está, de uma forma sutil, mas muito presente, ligado, de forma não linear a tudo. É o nível do inconsciente coletivo e dos fenômenos que lhe estão associados, tal como descritos por Jung e seguidores. http://www.jrmcoaching.com.br/blog/o-que-e-motivacao-segundo-maslow/ 9 A psicologia transpessoal é uma ciência holística que estuda o ser humano em sua totalidade, abrangendo outros enfoques científicos, tais como: Medicina, Antropologia, Sociologia, Física, Química, Biologia e Metafísica. Tem como objeto de estudo os estados de consciência que transcendem a pessoa e o conceito de ego. Busca transcender os aspectos pessoais do ser, elevando-o a uma condição totalmente espiritual. Reconhece o fato de que estamos em constante crescimento. Essa perspectiva auxilia-nos a restituir sentido e valor à vida, e ajuda-nos a determinar o que somos e o que desejamos. Também pode contribuir para a percepção de nossas responsabilidades pessoais e para com o mundo como um todo. Pode acrescentar um sentido de personalidade dinâmico ao momento presente e a sensação de sentido à nossa existência e ao nosso futuro. (CORRÊA e ABATE, 2007, p. 20). Quando falamos em pensamento sistêmico nos referimos a uma nova visão de mundo, dando ênfase no interesse pelas relações. Se o objetivo da Psicologia como ciência é estudar o comportamento humano, é de grande valia que possamos contextualizá-lo dentro de sistema das relações, exemplo: todos nós como seres humanos estamos inseridos numa grande rede relacional. Quando o indivíduo nasce, ele faz parte de um contexto que é sua família, que educa, influencia, fornece crenças, valores, etc., em seguida vai fazer parte de outra rede de relações que é a escola, sofre influência de grupos de amigos, grupos de lazer,grupos religiosos, ampliando assim uma rede de relações. Todos esses grupos relacionados anteriormente contribuíram de alguma forma para estruturar a personalidade de um indivíduo. Como uma pessoa funciona dentro de uma estrutura social em termos comportamental vai depender intimamente da influência dessas redes de relações onde o indivíduo está inserido. A terapia sistêmica faz com que as pessoas olhem para o mundo de uma maneira diferente, criando um pensamento sistêmico, onde o todo é o mais importante. De acordo com os estudos realizados foi descoberto que é na física quântica que reside à visão de pensamento sistêmico provocando inúmeras polêmicas entre físicos e filósofos pela sua semelhança com a filosofia do oriente, como o budismo, o hinduísmo, o taoismo, etc. A teoria quântica revela assim um estado de interconexão essencial do universo. Ela mostra que não podemos decompor o mundo em suas menores unidades de existir independentemente. À medida que penetramos mais e mais dentro da matéria, descobrimos que ela é feita de partículas, mas essas partículas não são no sentido de Demócrito e de Newton. Elas, simplesmente, são idealizações úteis de um ponto de vista prático, mas desprovidas de significado fundamental. (CAPRA, 1989, p. 108). 10 Pensar sistematicamente é pensar em todas as coisas conectadas, na interdependência dos fatores. Quando entendemos que todos fazemos parte de uma teia, de uma rede de conexões, entendemos que dependemos de tudo o que temos a nossa volta para sermos quem somos. O pensamento sistêmico nos faz entender que o todo é considerado maior que a soma de suas partes e que uma mudança qualquer em uma das partes, afeta o sistema como um todo. Diante do exposto, surge uma nova terminologia criada pelo terapeuta Transpessoal Sistêmico Jordan van der Zeijden Campos, que é o “organizador” da nova abordagem – Terapia Transpessoal Sistêmica (TTS) que consiste em uma abordagem terapêutica sintetizada de várias correntes filosóficas e psicológicas, abordando as influências em seis setores macros de intervenção terapêutica e integrados sob uma ótica dinâmica nas experiências e conflitos do ser, visando uma eficiência máxima na busca da cura profunda das dores humanas, integrando o tripé corpo, mente e espírito (CAMPOS, 2017, p. 1). Jordan (2017) postula, que uma das características importantes e relevantes no pensamento sistêmico transpessoal é encontrar o objeto de conflito no contexto atemporal e multidimensional expresso no que chamamos de presente do tempo e entendê-lo dentro de um sistema. E que os seis setores macros de estudo para o desenvolvimento e abordagem prática da TTS, são denominados como experiências e conflitos da vida pós-parto; a experiência e conflitos da vida intrauterina; a experiência e conflitos dos nossos antepassados parentais (vidas passadas biológicas); a experiência e conflitos da realidade de existência infinita, multidimensional e atemporal; a experiência e conflitos invasores energéticos; e a experiência e conflitos de religação com o divino. O Ser Humano passa a ser examinado e evocado ao autoconhecimento profundo através da localização de experiências e conflitos existentes nestas seis zonas macro. Entretanto, é importante frisar que a Terapia Transpessoal Sistêmica não é religião, nem parapsicologia, apesar de se interessar e investigar, quando necessário, estes aspectos e contextos da experiência humana. O que caracteriza um terapeuta transpessoal não é o seu conteúdo, mas o contexto. O conteúdo é determinado pela relação terapêutica em si, entre paciente e terapeuta, como bem o estabeleceu (ROGERS, 1983). 11 Um terapeuta transpessoal lida com os problemas que emergem durante o processo terapêutico, incluindo acontecimentos mundanos, fatos biográficos e problemas existenciais. O que realmente define a orientação transpessoal é um modelo da psique humana que reconhece a importância das dimensões espirituais e o potencial para a evolução da consciência. O terapeuta transpessoal deve ser consciente do espectro total e deve sempre acompanhar o paciente a novos campos de experiências, quando há oportunidade, não importando qual o nível que o processo terapêutico esteja focalizando. 3.2 Antroposofia - A Teoria dos Setênios A Teoria dos Setênios funciona como uma ferramenta adjuvante de localização do conflito, para que a abordagem da Terapia Transpessoal Sistêmica através do Tratamento Terapêutico se maximize. Para explicarmos como se organiza este processo é necessário que ao menos façamos uma revisão sobre o desenvolvimento da Antroposofia. A Antroposofia é um método de conhecimento do ser humano, da natureza e do cosmo, tendo como idealizador o austríaco Rudolf Steiner que nasceu em Donji Kraljevec (atual Croácia) no ano de 1861 e faleceu na Suíça em 1925. Sua primeira formação foi em ciências exatas e, depois, doutorou-se em filosofia e letras (STEINER; WEGMAN, 2007). Estabelece uma espécie de pedagogia do viver, abrangendo neste conceito, setores da vida humana como a saúde, a educação, a agronomia, entre tantos outros. Esta ciência parte da compreensão de que o ser humano possa entender não a si próprio, mas a todo universo. A palavra é de origem grega (anthropos: homem; sofia: sabedoria) que quer dizer, “conhecimento do ser humano”. Ela busca conhecer e responder aos questionamentos mais profundos do homem, sem negar o biológico e a lógica científica (ABMA, 2011; SETZER, 2009). Na visão de Steiner, a realidade é essencialmente espiritual: ele queria ajudar as pessoas a superar o mundo material e entender o mundo espiritual através do eu espiritual, de nível superior. Engloba o ser atuante, o tempo todo presente, que lida com sua dimensão material e espiritual. 12 Matwijszyn (2003) afirma que além de ser uma ciência cuja metodologia busca compreender a abordagem do espírito, da natureza e do mundo sensorial, ela aplica um método definido de pesquisa experimental que dirige sua visão ao mundo de fatos suprassensíveis. Dentro desse pensamento filosófico encontra-se uma forma cíclica de ver a vida chamada de Teoria dos Setênios. Esta teoria elaborada a partir da observação dos ritmos da natureza, da natureza no sentido da vida, na qual todos nós estamos incluídos. Baseia-se em dividir a vida em fases de sete em sete anos. Os Setênios demonstram como se pode entender os ciclos de vida de uma maneira prática e sábia. O número sete é muito importante na maioria das culturas. Vale lembrar que na Bíblia Deus criou o mundo em sete dias; a semana possui sete dias; temos sete planetas relacionados ao homem (Sol, Lua, Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter, Saturno), que são também os sete deuses olímpicos; e são sete metais (ouro, prata, mercúrio, cobre, ferro, estanho e chumbo); que são sete os chácras são sete os raios dos mestres ascencionados, e, assim por diante. Neste desenvolvimento, o Eu humano fortalece uma história individual e única: a sua biografia. Compreender o processo de saúde e de doença significa compreender o momento biográfico, suas crises e seus frutos (MORAES, 2005). Rudolf Steiner ensina que a vida humana é caracterizada por ciclos de sete anos, marcados pela predominância de determinada configuração anímico-espiritual. Podemos observar uma grande fase que vai dos 0 aos 21 anos, outra que vai dos 21 aos 42 anos e uma terceira que vai dos 42 aos 63 anos. A figura abaixo faz uma demonstração desse desenvolvimento. Claro que, a Teoria dos Setênios pode também ser entendida como uma metáfora sistêmica, já que sabemos que as pessoas mudam de um século para o outro; que o desenvolvimento está mais acelerado, o organismo mais adaptado, mas, pode-se ter uma percepção do ser humano e suas fases. Assim, os Setênios não são exatamente sete anos no tempo cronológico, mas a cada ciclo de 07 anos, divididosde tempos em tempos, ou seja, em ciclos de 21 anos. 13 Figura 01. Fonte: OTerceiroato.com. Quadro ilustrativo da sequência dos Setênios de acordo com a Teoria da Antroposofia. Segundo Vale (2011, p. 76), até os 21 anos ocorre o amadurecimento do corpo físico; dos 21 aos 42 anos amadurecemos nossa alma ou psique (em três etapas: alma da sensação, alma da razão ou da índole e alma da consciência) e dos 42 aos 63 anos, vivenciamos o amadurecimento espiritual. A partir dos 63 anos, viver para a Antroposofia é uma “dádiva de Deus” e a pessoa não recebe mais muita influência do meio que o cerca. Para Burkhard (2000) a vida é um período mais livre e de colheita. Os Setênios são descritos em fases que compreendem períodos da vida conforme apresentaremos a seguir: O primeiro Setênio, de 0 a 7 anos é a fase da gestação, nascimento, nutrição e crescimento. É caracterizado pela individualização somática em que as proteínas herdadas dos pais são eliminadas (BURKHARD, 2000). A primeira infância é uma fase de individuação, de construção do corpo, já separado do corpo da mãe, e essa, da mente e personalidade da criança. A hereditariedade está bem marcada nas células do corpo. É um período de profundas transformações relacionadas com o desenvolvimento neuropsicomotor e com todo o corpo físico. Burkhard (2000) refere que o recém-nascido torna-se criança com pensar lógico, vontade própria e muita agilidade, mas apresenta uma intensa atividade corporal. Entrega-se ao mundo com confiança ilimitada, ingênua em que bem e mal se confundem, porque ainda não sabe discernir o certo do errado. O primeiro Setênio deve oportunizar o 14 movimento livre, a corrida, as brincadeiras devem permitir que a criança teste e conheça seu corpo, seus limites e suas percepções de mundo. Por isso o espaço físico é muito importante, bem como o espaço do pensar e o do viver espiritual. A troca dos dentes marca o fim dessa fase. Segundo Setênio, de 7 a 14 anos sentido de si, autoridade do outro. Inicia- se a individualização do corpo etérico. Burkhard (2000) diz que é nesta fase que ocorre a fixação de normas e hábitos e uma estruturação maior em seu sistema rítmico. A criança sai do seio da família em direção a uma vida nova, escolar, rompendo seus laços maternos, sentindo-se sozinha. Deve-se mostrar para ela que “o mundo é belo”, ampliando seu senso de criatividade. Para a autora, o pensamento da criança é um pensar com sentimento. É nesta fase que o mundo externo “chega” a cada um e, cada um, a partir de dentro, pode se manifestar e expandir para o mundo. É nesse ponto que a autoridade dos pais e professores assume um papel importante, pois eles são mediadores do mundo no qual a criança se insere. Esquematizando de forma gráfica esse movimento, são forças entrando e forças saindo. A característica deste Setênio é a troca. No terceiro Setênio, de 14 a 21 anos puberdade/ adolescência e crise de identidade são marcantes neste Setênio. Acontece a maturação sexual, o desenvolvimento da personalidade e do pensar. O jovem luta pela verdade, pela sua individualidade e pela sua afirmação no mundo, o que causa, muitas vezes, o seu confronto com seus pais. É um querer excessivo, que algumas vezes pode tender ao isolamento. É importante que o jovem acredite que “o mundo é verdadeiro” (MORAES, 2005; BALDI, 2003; BURKHARD, 2000). O quarto Setênio, de 21 aos 28 anos O „EU” – A Independência e a Crise do Talento. O mundo tem uma conotação mais profunda, marcado pela procura da identidade. Vive uma busca de fusão com o outro, de encontro e de emoções. Esta busca perpassa pela sua formação profissional, pelo seu campo afetivo, à procura do (a) companheiro (a) e da liberdade individual desvinculando-se dos laços afetivos dos pais. Nesse ciclo, os valores, aprendizados e lições de vida passam a fazer mais sentido. As energias estão mais pacificadas. O lugar no mundo é o principal objetivo. A colocação profissional assume um papel muito importante (MORAES, 2005). No quinto Setênio, de 28 aos 35 anos, é a fase da organização e das crises existenciais. Quem nunca ouviu falar na “crise dos 30”? Ela não é um mero 15 mito, ela existe e tem explicação. Começa com essas crises na vida, o abalo da identidade, a cobrança do sucesso que talvez ainda não tenha atingido, a certeza de não poder tudo, de onde vem a frustração e tristeza. Nesta fase vem à crise dos talentos: Será que estou no caminho? Qual o caminho a escolher? Também há questões sobre intelecto e índole próprios. Como: Consegui me expressar? Eu me sinto oprimido ou oprimi alguém? Encontrei meu local de atuação? Ocorreu alguma modificação importante em minha vida nessa fase? É uma fase para estar em organização, também vão ter crises, mas, é por meio dessas crises que serão construídos novos pensamentos, novos valores. No sexto Setênio, de 35 aos 42 anos, crise de autenticidade. Ocorre o despertar da alma da consciência. O Eu entra em confronto com o corpo físico que começa a desgastar-se. É uma época de encontro com a vida, de despertar de novos valores descartando os velhos. É fase de avaliar o que deve ou não continuar (BURKHARD, 2000). No sétimo Setênio, de 42 aos 49 anos, é a fase do altruísmo. O amadurecimento traz consigo a fusão do corpo astral e do espiritual, o que torna o ser humano mais complexo, desenvolvendo em si sua individualidade. É um ciclo que tem um ar de recomeço, de ressurreição, de alívio, até a crise dos trinta perde a força e parece não ter tido resultados tão graves como se pensava. É, porém, o momento de buscar, desesperadamente, por algo novo, para que a vida adquira sentido. É a chamada idade do(a) lobo(a) que a pessoa procura viver uma juventude que não existe mais, o que pode causar-lhe uma grande crise existencial, separações conjugais, mudanças de emprego, etc. (MORAES, 2005; BALDI, 2003). O oitavo Setênio, de 49 aos 56 anos é considerado a fase da sabedoria, a fase de ouvir o mundo. É quando a pessoa já aprendeu muito com a vida e pode passar sua vivência aos outros, pela coletividade. Ela conhece todo o caminho da sua biografia, é alguém experiente que pode compartilhar suas vivências com os mais jovens. Ela tem agora uma “vitalidade espiritual”, denominada por Steiner, que traz para si uma espiritualização, ou seja, um bem estar consigo mesmo e com o mundo (MORAES, 2005; BURKHARD, 2000). O nono Setênio, de 56 aos 63 anos, é a fase da abnegação e sabedoria. O Eu está mais elaborado, mas o corpo físico encontra-se em declínio, resultando num outro membro espiritual. O ser tem mais serenidade e calma interior e procura viver utilizando-se de coisas que lhe darão prazer. A partir dos 63 anos em diante a 16 espiritualização pode tornar-se maior à custa de sua degradação física (BURKHARD, 2000; MORAES, 2005). A Antroposofia acredita que o 56º ano de vida traz uma brusca mudança. Ela está na forma como às pessoas se relacionam consigo e com o mundo. Como os ciclos se correspondem, esse se liga ao primeiro Setênio, aquele que vai do nascimento até os sete anos de vida. A audição, a visão, o paladar das pessoas dessa fase se iguala e o mundo fica estranho. Décimo Setênio – Em Diante – Sabedoria – Dos 63 aos 70 anos: Segundo Burkhard (2000) pessoa tenta recuperar as forças do primeiro Setênio. Admira os pequenos milagres do dia a dia e irradia alegria. Dos 70 aos 77, têm novas imagens do mundo, liberdade interior, vivências suprassensíveis do cosmo e venera o belo; dos 77 aos 84, confronta-se com o mundo inconsciente e tem coragem para enfrentar a morte. Todas as abordagens aqui apresentadas e que mostram as metamorfoses que ocorrem durante o desenvolvimento humano, constituem-se em uma trama de relações e diálogos interdependentes. Mas há também que se considerar que as fases da vida humana ocorrem em ciclos de seteanos, como sintetizado por Rudolf Steiner, configurando-se no desenvolvimento físico, anímico e espiritual do Homem o que é importante para o estudo da Terapia Transpessoal Sistêmica. Por um lado, há o Eu de cada indivíduo, resultando em um destino individual e único; por outro, em cada biografia, são observadas leis gerais, cujo conhecimento pode colaborar na condução de processos facilitadores do desenvolvimento, em especial nos momentos de crise. Essa visão permite criar uma rede de considerações e significados para os fenômenos observados no presente, que resgatam questões vinculadas ao passado, objetivando-se a construção de um futuro harmônico, diante dos desafios vivenciados na vida humana, em suas demandas por constantes transformações. Como pôde-se observar, a vida é feita de forma cíclica. A energia vital circula pelas diversas fases da vida de cada um. A mente tem diferentes estágios de aprendizado e a espiritualidade pode estar mais ou menos aberta também conforme cada estágio. A intenção nesse artigo é de que o terapeuta possa, de posse desse conhecimento sobre as fases dos Setênios, apresentar e ajudar o seu paciente a aproveitar com sabedoria cada fase. 17 Figura 02. Fonte: www.adigo.com.br. Quadro ilustrativo da síntese do Trabalho de pesquisa biográfica desenvolvido por Gudrun Burkhard, uma das pioneiras em Antroposofia no Brasil. 4. Resultados: Foram realizadas leituras minuciosas de algumas bibliografias existentes, com o intuito de analisar como poderia aliar o estudo dos Setênios no trabalho do terapeuta transpessoal sistêmico. Dentro desse pensamento filosófico há a ideia de ver a vida de forma cíclica, a partir da observação dos ritmos da natureza, divididos em fases de sete anos. O número 7, que é por natureza, um número místico dotado de muito poder em quase todas as culturas conhecidas, e dessa forma, os ciclos da natureza também respeitam uma subdivisão possível de múltiplos de 7. Pôde-se observar, que nos três primeiros ciclos, que compreendem dos 0 a 21 anos, chamados “Setênios do corpo” é quando se amadurece o corpo físico e também acontece a formação da personalidade. 18 Os três ciclos seguintes, dos 21 aos 42 anos, são conhecidos como “Setênios da alma”. É a fase em que, superadas as experiências básicas da vida, a pessoa se insere na sociedade e faz as escolhas. Só a partir dos 42 anos, nos últimos Setênios, há usufruto da vida com maturidade, profundidade e espiritualidade. Entendemos que o estudo da Antropologia (ciclos do corpo, alma e espiritualidade) faz uma ponte com as três leis da Terapia Transpessoal Sistêmica (físico, emocional e espiritual) e ao estudá-lo percebemos que, se alinharmos esta teoria junto à abordagem transpessoal e investigarmos os conflitos biológicos inscritos durante a vida e as “doenças” orgânicas por eles gerados, como elo alinhador das funções normais do organismo integral, trataremos o ser humano de maneira mais ampla do que os métodos convencionais, buscando a origem dos sintomas e intervindo com eficácia sobre as enfermidades, estimulando a autocorreção e evolução deste organismo. A introdução do estudo da Antropologia/Setênios à Terapia Transpessoal Sistêmica no decorrer da sessão terapêutica possibilita a emergência de conteúdos internos do cliente, que irão facilitar o processo de resolução de um conflito causador de um sintoma. Através deste acesso, o paciente passa a ter condições de vivenciar adequadamente suas experiências dentro de um contexto que o conduza à sua evolução, despertando-o no tempo presente, aqui e agora. Esta abordagem só se tornou possível, pois a Psicologia Transpessoal Sistêmica integra os conhecimentos e técnicas de outras abordagens/teorias, e cria uma metodologia própria através de exercícios e práticas para a expansão da consciência, trabalhando os aspectos positivos do Ser Humano, trazendo Luz (Consciência) para suas sombras (características consideradas negativas muitas vezes ignoradas), propiciando assim um desenvolvimento harmônico e integral. Ao conhecer e compreender todas as fases pelas quais passamos, teremos tranquilidade para aceitar nossos pontos negativos e trabalhar para melhorarmos. Neste enfoque, rever a história de vida através do estudo dos Setênios tem contribuído terapeuticamente muito com o despertar do indivíduo oferecendo o olhar para o caminho interno de seu desenvolvimento e o reencontro com este norte e a compreensão de si. 19 5. Considerações Finais: 5.1 De que Forma a Aplicação da Abordagem Antroposófica Pode Contribuir Para o Atendimento na Terapia Transpessoal Sistêmica A TTS traz indelével contribuição para resolução de conflitos; e ter a Antroposofia como norteador temporal, através da Teoria dos Setênios, para localização do conflito se disponta como uma possibilidade sincrônica de excelência. A importância de levantar um estudo sobre esta abordagem na Terapia Transpessoal Sistêmica é que a análise das leis biográficas é importante, tanto do ponto de vista biológico, quanto psicológico. Pois, a partir do estudo dos Setênios podemos identificar, em cada uma das fases cíclicas, acontecimentos significativos que podem marcar a vida da pessoa, sejam eles fisiológicos ou até mesmo patológicos. Estabelecer uma localização de conflito e instituir um arsenal de possibilidade de condução terapêutica na modelagem TTS. A citar Constelação para conflitos intrafamiliares estabelecidos no sexto Setênio e a PNL para retomada de padrão ideal para cada Setênio. Promovendo um olhar terapêutico ampliado e que possa direcioná-los ao estado de alerta, a ser vigilante com eles mesmos. E que deste modo possam decidir sobre suas ações, respondendo aos estímulos diários, mantendo uma vida saudável, mesmo em constante mudança. Ainda assim, é relevante destacar, que como cada um tem sua percepção de mundo e enfrenta as dificuldades a seu modo (além de terem os mais diferentes níveis de intuição, sensibilidade, empatia, etc.), pode ocorrer de algumas mudanças que estão situadas em setênios futuros, serem experienciadas, por exemplo, antes de seu tempo, ou então depois do previsto pela teoria. Até porque, cada ser amadurece de um modo único, exercita sua afetividade à sua maneira e, por essa razão, pode haver essa transição de experiências de um setênio a outro, todavia, costuma ser raro. Com esse conhecimento, o Terapeuta Transpessoal Sistêmico vai maximizar sua ação, propondo medidas TTS mais adequadas para cada Setênio, restabelecendo um padrão mais adequado para convivência relacional e retirada de um estado inadequado, a fim de que, o mesmo compreenda as mudanças da vida e do seu próprio corpo para poder tirar proveito de todas as fases, conhecendo a si 20 mesmo e o outro, adquirindo mais expertise no cuidado com as pessoas e consigo mesmo. O homem não consegue ser livre quando é aprisionado em seus instintos ou apenas se submete a normas morais ou códigos estabelecidos pela sociedade. Por isso, é preciso assegurar a estimulação e vivência ativa das percepções, elemento importante para as escolhas e decisões. O homem livre age a partir de impulsos próprios, adquiridos por meio de seu desenvolvimento perceptivo, em uma instância autoconsciente cada vez mais apurada ou afinada com o dom de sua existência. Sendo assim a TTS propõe uma possibilidade ímpar de resolução de conflitos de maneira breve, porém com uma profundidade e sabendo que, determinados acontecimentos podem ocorrer em tempos específicos à luz da Antroposofia apenas soma na possibilidade de estabelecer desenho terapêutico mais adequado para ressignificações tão almejadas pelos nossos pacientes. Referências ABMA. ASSOCIAÇÃO DE MEDICINA ANTROPOSÓFICA. Medicina Antroposófica. Disponível em: http://www.abmanacional.com.br/. Acesso em: 01 out. 2018. BALDI, V.M.A Enfermagem e a Antroposofia: uma possibilidade de diálogo. 2003. Tese (Doutorado em Enfermagem) -Pós-graduação em Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2003. BARDIN, L. (2006). Análise de conteúdo (L. de A. Rego & A. Pinheiro, Trads.). Lisboa: Edições 70. BURKHARD, G. Tomar a vida nas próprias mãos. Como trabalhar a própria biografia: o conhecimento das leis gerais do desenvolvimento humano. São Paulo: Antroposófica, 2000. CAMPOS, Jordan. 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