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Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Gestão da Produção Industrial (GPI)
Seminário Interdisciplinar 
Professora Tutora Externa: Emanuela Paula da Cruz Castro Queiroz
16/04 à 21/04
DINÂMICA LEGO
CRISTIANE LEONEL VIEIRA OKABE¹
2 – HISTÓRICO DA LEGO SERIOUS PLAY 
 	Ao contemplar o movimento histórico de determinada coisa, fato, eventualidade, assunto, objeto, trabalho etc, é necessário estabelecer uma série de conexões causais, uma vez que nada realmente aparece do nada. Isto posto, o método Lego Serious Play não simplesmente surgiu como um raio num céu limpo e aberto, pois tem razão de ser, existir e apresenta uma evolução histórico-diacrônico[footnoteRef:2] no que concerne a sua estrutura e sua forma, conquanto mais à frente, no desdobrar-se dos tópicos subsequentes, tratar-se-á de considerá-lo em termos mais sincrônicos[footnoteRef:3], dada a objetividade e atualidade com que este auspicioso método se faz presente nas mais variadas organizações servindo aos mais diferentes propósitos. Portanto, e reiterando, em outras palavras, o método LSP não surgiu tal como hoje se apresenta já bem consolidada, sobretudo em sua forma teórico-aplicada, tampouco este era e estava, ao longo do tempo, respectivamente infalível e incólume das intempéries existenciais que, pelo bem ou pelo mal, moldaram seu conteúdo e, por que não?!, lapidaram – e muito – sua forma de hoje. [2: Diacronia: Relativo ao estudo ou à compreensão de um fato ou de um conjunto de fatos em sua evolução no tempo.
] [3: Sincronia: Relativo ao estudo de um fato que se faz presente ao mesmo tempo cronológico não-imediato que a análise; neste caso, significa apenas considerar a dinâmica LEGO na atualidade, isto é, uma análise atual de um objeto atual em pleno funcionamento.] 
 	O método Lego Serious Play, fazendo um breve retrospecto, deriva da LEGO, uma empresa privada de origem dinamarquesa que apresentou ao mundo, desde 1934, um brinquedo singular que, através do encaixe de suas partes, em combinações múltiplas e variadas, orquestradas tão-somente pela imaginação, permite ao seu jogador extravasar manual e imageticamente a sua criatividade. A princípio, o brinquedo LEGO e o método Lego Serious Play não estavam intimamente conectados, pois uma série de circunstâncias foi fator decisivo para se chegar em tal exitosa justaposição; e, claro, nada melhor que uma crise econômica para aguçar a criatividade. A LEGO alcança seu auge na década de 1960, mas em torno de 1994, sob comando do proprietário (e também CEO) Kjeld Kirk Kristiansen, embora gozasse de sucesso e prosperidade por mais de dois decênios, a LEGO foi perdendo espaço no mercado infantil. Foi por volta da segunda metade da década de 90 que os videogames ganham força no mercado conquistando, devido, entre outras coisas, a rápida evolução interativa jogador-jogo do universo dos games eletrônicos, a criançada, o que, certamente, direcionou e obrigou a LEGO na busca de alternativas estratégicas efetivas que permitissem que sua marca e seu brinquedo não viessem a cair no esquecimento. 
Desta forma, o CEO Kjeld Kristiansen passa a dar mais atenção para as técnicas metodológicas que a sua empresa já se utilizava para traçar planos de desenvolvimento estratégicos, todavia, a princípio, não se obteve bons resultados nessas sessões experimentais de aplicação de uma incipiente ideia de expansão da associação dos blocos LEGO com a mente, através do manuseio tátil, de um colaborador, não mais como um fim (como o era para as crianças), mas como um meio de se alcançar objetivos determinados, ainda que mantendo o caráter divertido e lúdico do processo. O malogro dessas sessões é que embora a imaginação e a criatividade constituíssem a quintessência do LEGO, não havia nem imaginação nem criatividade na forma de desenvolvimento de suas estratégias, foi o que concluiu o CEO e seu grupo de líderes. Entretanto, em 1996, Bart Victor e Johan Ross – dois professores da Internacional Institute for Managment Development Business School de Lausanne, na Suíça, com a qual a LEGO estava ligada há um tempo – estavam considerando diferentes métodos e formas de se criar estratagemas negociais. Ambos tinham a mesma visão do CEO Kristiansen no que concerne a insatisfação com os métodos tradicionais de se pensar estrategicamente para definir diretrizes desenvolvimentistas em qualquer organização. Ademais, acreditavam que pessoas constituem fator sine qua non para o sucesso de qualquer organização, partindo do pressuposto que as pessoas querem e podem fazer o bem e, para além disso, viam a Estratégia como algo que se experimenta e vivencia presentemente, perto, da pessoa pensante. Isto posto, concluíram que estas máximas as quais acreditavam não estavam presentes nas sessões, isto é, as pessoas não conseguiam expressar o potencial total latente que há em cada ser e, mais do que isso, a estratégia não era algo que estava sendo plenamente experimentado e vivenciado por eles. 
A partir desta constatação, Kristiansen financia pesquisas nas quais os professores supracitados – que já possuíam experiência científico-acadêmica em pesquisas de Comportamento e liderança organizacional, sistemas adaptativos complexos etc – pudessem avançar no constructo de um modelo eficiente que poderia tornar viável o que viria a ser a Dinâmica Lego. Por dois anos, estes professores implementaram os constructos sobre pensamento estratégico através do uso dos tijolos LEGO em substituição dos modelos tradicionais de reuniões, discussões, brainstorm, quadros e slides. Os constructos tinham como premissa fundamental espalhar sob a mesa da sala de reuniões uma miríade de blocos LEGO e sugerisse aos colaboradores para que utilizassem como forma de expressão dos seus pensamentos criativos para fins estratégicos, que, dado a própria mecânica do processo lúdico, liberaria naturalmente a imaginação criativa, tal como ocorria com as crianças, e, ante a própria dinâmica, deflagrar-se-ia tipologias estratégicas ideais de cenários, identidade, princípios e diretrizes básicos para fins norteadores. De fato, esta essência ainda está presente na LSP até os dias de hoje, entretanto este método, em sua incipiência, ainda não rendia bons frutos, uma vez que não se constatava conexões diretas entre os blocos LEGO e a inovação do pensamento humano. O que acabou por suscitar sérias dúvidas quanto ao conceito de LEGO para orientação estratégica, ou seja, como uma dinâmica de grupo verdadeiramente eficaz. O conceito era bom, mas a sua aplicabilidade ainda não surtia efeito inteiramente positivo.
 Todavia, os executivos diretores da LEGO não desistiram facilmente da ideia, apesar dos pesares, e procuraram orientação técnica ao diretor de desenvolvimento e pesquisa da LEGO Education, Robert, para que ele pudesse avaliar a possibilidade de ser viável o constructo teórico da Lego Serious Play. Como Robert já trabalhava na perspectiva da LEGO Education, que era uma ala da LEGO responsável pela sua associação e a educação de crianças, não foi difícil construir um tipo de método eficiente, uma vez que se podia traçar perfis direcionais de como o LEGO atua e age sobre as crianças e como poderia agir sobre adultos de maneira igualmente efetiva. Em dois anos o método LSP já estava mais do que pronta para ser aplicada e a já na virada do milênio, por volta de 2001, a primeiríssima versão do LEGO SERIOUS PLAY já tinha um corpo robusto teórico e se apresentava solidamente como uma tecnicalidade manual e mental efetiva de constructos ideais estratégicos através do pensamento criativo, da comunicação e na resolução de problemáticas de grupo. Ademais, cabe considerar que, nesta época, o método já estava em funcionamento em diferentes tipos de dinâmicas de grupos em distintas organizações, muito embora, como todo empreendimento inicial, passou por diversas dificuldades de inserção no circuito mercadológico que, conquanto já fosse derivada de uma grande empresa de renome, já bem consolidada, uma coisa era associar um brinquedo às crianças, outra coisa bem diferente eraassociar de maneira séria um brinquedo a adultos, principalmente do mundo corporativo.
 De qualquer forma, podemos hoje ver que, mais do que ter dado certo, o método Lego Serious Play, atualmente, tornou-se uma necessidade alternativa de se pensar estrategicamente, e, muito embora seja uma dinâmica de grupo, seu valor é indiscutivelmente maior: basta considerar que grandes empresas como P&G, Unilever, Yahoo, Nokia utilizam-se deste profícuo método; também se utiliza o LSP em organizações como a NASA, em ONGs, em métodos de aprendizagem de cursos preparatórios e em escolas de pedagogias que seguem categorias de filosofias mais bem definidas no que diz respeito à didática entre a fixação e aprendizagem do “aprender com as mãos” etc. Enfim, o sucesso do Lego Serious Play é medido pelo tamanho de sua real eficiência, que, ao que de fato se propõe, muitos estão de acordo quanto ao seu êxito de aplicabilidade estrutural e funcional no quadro estratégico de grandes empresas de primeiro mundo.
3 – OS FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS DO MÉTODO LEGO SERIOUS PLAY 
 	A tecnicalidade teórico-metodológica da Lego Serious Play engendrou-se no processo e evolução de pesquisas científicas sérias nos âmbitos mercadológicos, negociais, organizacionais, psicologia do desenvolvimento e teoria da aprendizagem pela LEGO. Estas pesquisas foram realizadas, como mencionado anteriormente, em estreita ligação com a Internacional Institute for Managment Development (IMD), na Suíça, e o Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos. Ademais, cabe reiterar o que até então já fora explanado: segundo o artigo “The Science of Lego Serious Play”, a LSP é a marca que diz respeito ao processo desenvolvido, em consultoria, aplicado a organizações visando à expressão da criatividade e da inspiração, através do jogo, que contemplam de modo ativo e resoluto as preocupações sérias dos adultos no universo dos negócios. E como e por que a LEGO pode realmente ajudar na liberação desses recursos mentais-emocionais tão úteis ao ser humano, enquanto indivíduo, e ao trabalhador, enquanto colaborador integrado a um sistema ainda maior do que ele?! De fato, como vimos no histórico, não foi tarefa simples e fácil a conexão entre a teoria e a aplicabilidade eficaz da dinâmica LEGO, mas, felizmente, a LSP conseguiu ganhar um corpo massivo de teoria e aplicação que corrobora sobremaneira a eficácia de seu método: a ciência da Lego Serious Plays garante que o constructo em terceira dimensão (3D) de um objetivo representativo, metaforicamente considerado, do negócio, da problemática organizacional em questão, é uma maneira deveras produtiva de suscitar eficazmente a criativa imaginação de cada elemento humano no processo lúdico, que o capacitará, naturalmente, no desenvolvimento inovador de variados tipos de direcionamento estratégico, conjuminado aos ditames de estipulação de metas e propósitos os quais levaram à reunião, de maneira que se una a subjetividade do participante-colaborador e uma maior integração e identificação com a empresa da qual ele faz parte. Isso remete aos objetivos macros da dinâmica LEGO: A crença de que as pessoas podem e querem sempre fazer o que é útil e bom e, sobretudo, a vivência real e experimental da Mentalização Estratégica, de modo que o “pensar estrategicamente” perpassa por um processo de identificação da pessoa com que esta está fazendo, interagindo, convivendo; ou seja, a identificação, como fora dito, do colaborador com a organização per si. Outrossim, os objetivos essenciais do aspecto micro da Dinâmica LEGO serão citados resumida e descritivamente, em revista, à posteriori, como se verá mais a frente neste presente tópico.
	A metodologia Lego Serious Play, portanto, está baseada tanto nas ciências biológicas e psicológicas quanto nas ciências humanas, ou seja, a pesquisa da qual se extraiu sua base metodológica encontra-se calço teórico, principalmente, nos conhecimentos da neurociência e na ciência da aprendizagem sociologicamente orientada, a saber: o Construtivismo e o Construcionismo. Ademais, pode-se destacar que no que se refere ao aspecto mais prático do processo lúdico, o LSP também está sob prisma dos conceitos que engendram a utilização dos membros superiores e mãos no intento de desbloqueio de percepções latentes, conhecimentos ocultos que facultas novas conexões – entre o que está sendo feito na prática e o subjetivismo de seu jogador – que delas podem advir, as quais, a despeito de sua mistificação, se encontram na mente do indivíduo, esperando deflagração desde que as condições para suas manifestações se façam devidamente presentes. Cabe ressaltar, além disso, o conceito de Imaginação e o ato de Jogar Sério, e um dos pontos mais interessantes, a Teoria do Flow.
O Ato de Brincar, Jogar Sério – A Conexão entre Mãos e Mente
Figura 1 – Colaboradores “brincando” com os Blocos LEGO
Fonte: Google Imagens (Empresa desconhecida)
 	O fato de ser uma espécie de brincadeira, um jogo divertido e lúdico, não torna, por isso, o método Lego Serious Play algo pueril. A teoria sobre o que vem a ser um jogo e o ato de Jogar corrobora o fato de que Jogar é sempre um ato que objetiva um desígnio proposital. Conceitua-se, portanto, um Jogo, considerando a Dinâmica LEGO em específico, como um ato espontâneo e voluntário do jogador em empreender uma ação estruturada que, deliberadamente, contempla ativamente seu aspecto imagético, imaginário. Em outras palavras, isso quer dizer que esta atividade, embora tenha seus limites espaço-temporais, é estruturada, via de regra, por contratos convencionais tácitos entre os participantes-jogadores, livre de coações, somado ao desenho em elementos de fantasia e a criatividade imagética. 
 	Todavia o jogo em si não se passa da mesma forma para a criança quanto passa para um adulto, enquanto estão brincando. Os adultos, naturalmente, o executam conscienciosamente, isto é, eles têm consciência de seu senso de identificação e identidade e, obviamente, o fazem com um senso de propósito e objetivos de uma maneira mais ampla, complexa e objetiva que uma criança. Como fora dito anteriormente, os brinquedos LEGO para as crianças costumam ser um fim em si mesma, para os adultos, porém, funcionam como um meio para alcançar certas finalidades. 
São destacados quatro processos existenciais importantes que são produtos diretos dessa auspiciosa interação lúdica: A) O Vínculo Social; B) A Base Motivacional; C) O Desenvolvimento Cognitivo; e D) A Concorrência Construtiva.
O Vínculo Social: Este é um aspecto sumamente importante, haja vista que faculta maior senso de interação e parceria, conectividade, a maneira correta de se distribrir as funcionalidades por meio da expressão e, sobretudo, da cooperação. Ademais, este vínculo social viabiliza o desenvolvimento de uma mentalidade mais produtiva que, a rigor, facilita a maximização de várias habilidades humanas, a saber: o espírito de equipe, a inteligência líder, a humildade e o altruísmo etc. Adapta-se aqui um princípio importante sociológico: o de alteridade, que, em palavras simples, é a possibilidade de existência, e percepção dessa existência, à medida em que se estabelece uma diferenciação clara entre si mesmo e o outro, diferente de si. É, portanto, através do outro, do convívio dialético, pelo qual reconhece-se o próprio Eu. Esta ligação social, portanto, é uma maneira de identificar o próprio Eu, não como um átomo, isolado numa ilha, mas como um Eu integrado ao todo, que, embora possa ser dissolvido no coletivo, nunca e jamais perde seu senso de inequívoca individualidade.
 A Base Motivacional: Este é o aspecto que contempla as emoções indiossincráticas de cada um. O jogador, quando diante de uma problemática suscitada pelo facilitador, irá expor e representar, através de sua criatividade estimulada, toda a sua gama de emoções, inexoravelmente, isto é, deflagrar-se-á, em seu modo de brincar, o seu conhecimento afetivo: raiva, frustração, amor, medo, temor, tudo isso leva a cabo uma latente motivação que o levará, portanto,a moldes díspares do seu jogo, extravasando inconscientemente aquilo que estava até mesmo oculto para o próprio jogador. De fato, a catarse, segundo Aristóteles, é prerrogativa exclusivamente artística. Ao transportar um método artistítico para o um ambiente excessivamente racional, como é o mundo dos negócios, mais do que ser uma temeridade, é, de fato, uma necessidade contemporânea. Embora a tese neurocinetífica dos hemisférios cerebrais hoje em dia ser amplamente recusada, é fato que o ser humano tem capacidades intectivas e intuitivas que são de bases categóricas biológicas diferentes, e, com as circunstâncias e ambientação correta, ambas as capacidades podem ser igualmente estimuladas, e, certamente, os resultados podem ser surpreendentes.
 O Desenvolvimento Cognitivo: Através do contexto metafórico, uma vez que um problema não pode ser objetivamente representado pelos blocos LEGO, contribui-se enormemente para o processo de aprendizagem e entendimento. Isto quer dizer que, dado a própria natureza do propósito do LSP, o jogador acaba modelando aquilo que está dentro dele uma forma ímpar, através dos blocos LEGO, de modo que, sem ele, poderia ser muito díficil de se entender e compreender. De fato, esta é uma forma prática e muito eficiente de tornar cônscio o jogador de muitos dos seus sentimentos que, dentro da mente, ocultos, através de palavras são inefáveis, tornando-os claros e cristalinos, simbolicamente, através de uma imagem, desenho e forma com os blocos LEGO.
 A Concorrência Construtiva: O ato de jogar, neste caso específico, é uma maneira adequada de se desenvolver a inteligência competitiva, haja vista que é viabilizado ao jogador, através da competição construtiva (que não objetiva vencer, mas nos motivar a darmos o nosso melhor), a medir quantitava e qualitativamente, embora que de modo espontaneamente intuitivo, as próprias habilidades em cotejo com os outros colaboradores adversários. Esta é uma maneira de coesão social, apesar do paradoxo de competição, uma vez que suscita objetivos compartilhados. Max Weber já definira isso muito bem em seus tratados sociológicos onde ele explicita o objeto do estudo da sociologia, segundo suas concepções: A Ação Social.
	O Construcionismo de Seymour Papert e o Construtivismo de Jean Piaget
	Papert e Piaget são dois teóricos contemporâneos que ganharam repercussão e fama mundial por suas análises e prolíficos estudos sobre o comportamento e o mecanismo da aprendizagem em relação ao contingente infantil. Entretanto ambos, principalmente Seymour Papert, acreditavam que o produto de suas observações analíticas são igualmente aplicáveis ​​ao contingente adulto. 
 Figura 2 - Construcionismo Figura 3 – Construtivismo
 	 
 Seymour Papert Jean Piaget
Fonte: Google Imagens
Construtivismo de Piaget
 	A participação do Construtivismo de Piaget na dinâmica LEGO é eminentemente indireto, porque foi-se utilizada na ciência da LSP, sobretudo, os estudos de Papert, no entanto, como Papert era discípulo e foi assaz influenciado por seu mestre, Jean Piaget, foi inevitavelmente baseado na teoria do construtivismo que Papert desenvolveu sua teoria. Portanto, a esse curto subtópico cabe apenas uma breve descrição do que é o Construtivismo para depois adentrarmos no que é mais importante: o Construcionismo de Papert.
 	Jean Piaget foi famoso por seus estudos sobre as estapas do desenvolvimento cognitivo infantil. Basicamente sua teoria demonstra, através de um estudo de caso controlado, metodologicamente empírica, que as crianças não simplesmente absorvem passivamente um conhecimento gradativamente, mas que, segundo as suas observações, as crianças, para que que entendam o conhecimento, informação ou experiência que estão querendo lhes transmitir, constroem, na prática, estruturas de entendimentos com base na sua limita percepção de mundo de modo espontâneo, o que forma, para Piaget, o chamado “Conhecimento Estrutural”. Portanto, as crianças não são apenas como esponjas passivas que tudo absorvem caotizadamente, mas, sobretudo, constroem concomitante e ativamente o conhecimento transmitido. Em outras palavras, um grupo de crianças pode ser treinada coletivamente não na base de afirmações em termos de “isso é certo” e “isso é errado”, porque elas podem até ouvir, mas não absorverá, pois não acreditarão em uma só palavra, ainda que esteja coberto de razão; uma vez que, para as crianças, a capacidade lógico-cognitivo ainda não estão desenvolvidos em termos apriorísticos, de modo que é, através de uma experiência pessoal e coletiva, que elas, mais do que entenderão o conhecimento, mas construírão uma teoria do que esse conhecimento ou informação quer transmitir. Em suma, o ato de experenciar e experimentar a informação de forma sumamente ativa as conduzem em formulações básicas teóricas que as fazem compreender o processo informacional, ou fluxo de conhecimento, que está sendo exposto. 
 	Em resumo, as crianças, de fato, para Piaget, são construtoras de teorias e, a partir delas, elas reogarnizam o conhecimento segundo sua percepção de mundo, que tem muito mais a ver com o aspeco mental intuitivo e criativo do que o aspecto mental lógico e racional.
Construcionismo de Papert
	O matemático e educador americano Seymour Papert, já falecido, foi contemporâneo de Piaget na década de 1950 e 1960. Papert era um entusiasta do Construtivismo de Piaget, todavia, como todo estudioso, não estava satisfeito com o efeito limitante da abordagem do construtivismo e, a partir dessa insatisfação, quis expandir essa teoria para os âmbitos da educação e da aprendizagem. Em síntese, Papert, embora convicto de que as crianças eram, sim, construtoras de teoria e conhecimento, estava plenamente cônscio da dificuldade existente em se reconhecer isto, uma vez que toda a estrutura societária e educacional sustentava um arcabouço infraestrutural que inviabilizava, por sua esterilidade e passividade excessiva, a ambientação prática do processo pedagógico, tal como apontava a teoria construtivista de Piaget. 
 	O Construcionismo de Papert engloba o Construtivismo de Piaget somado a um conceito básico: o processo de construção do conhecimento só funciona bem quando as pessoas estão plenamente absortas num processo de construção de algum objeto que seja exógeno a ela mesma, isso pode ser um castelo de areia, um software de computador, um livro, uma máquina e, certamente, blocos de brinquedo – que tal o LEGO?!. Papert percebeu que quando as pessoas, crianças ou adultos, estavam verdadeiramente construindo algo externo a eles mesmos, estavam eles, sem perceber, criando teorias de conhecimento em sua mente, concomitantemente, e isso lhes permitiria um calço teórico, tão natural, que viabilizava as pessoas construírem, ciclicamente, coisas mais complexas partindo de constructos ideais autônomos precedentemente criados na mente, derivado da criação de algum produto, seja ele o que fosse. 
 	 O que mais impressionava a Papert era a intensa identificação e efetiva participação das crianças na atividade de construção: a originalidade idiossincrática e a criatividade dos produtos que poderiam fazer, enfim, o ambiente absolutamente colaborativo e, sobretudo, a constatação de que algo verdadeiramente útil, inteligente e produtivo estava sendo realizado no mais puro divertimento e no prazer do senso de experimentação.
	Sabendo do poder da computação e da futura dominação da tecnologia dos computadores no mundo como um todo, Papert, um grande educador e visionário, trabalha em um projeto para a criação de um software, uma linguagem de programação, que permitisse que as pessoas, as crianças principalmente, pudessem utilizar a matemática como recursos materiais para engendrar, criar e, sobretudo, construir simulações, jogos, imagens etc, no computador. 
 	 O mais interessante é que, a despeito de que a teoria do Construcionismo ser dirigida ao desenvolvimento cognitivo do contingente infanto-juvenil, aplica-se de maneiramuito eficiente também aos adultos, pois os princípios são os mesmos, e, dependendo das circunstâncias, a profilicidade do empreendimento pode render ainda mais benesses quando aplicado aos adultos do que para as crianças. De modo que a filosofia da Lego Serious Play, como se defende, segue e se baseia sobremaneira nas teorias de Papert e Piaget para a aplicação de seu método aos adultos no mundo dos negócios, para fins assaz práticos, mas não menos interessantes em termos de originalidade e criatividade, como já fora exposto e como ainda se exporá.
As Três Imaginações
 	Imaginação, genericamente considerada, é o ato de formar imagens na mente, é, portanto, um movimento mental ilustrativo e representativo que depende, grandemente, da memória visual que cada um abriga no cérebro e da capacidade de expressá-la inteligevelmente a si mesmo. Este é um consenso tácito do significado de Imaginação. No entanto, neste caso específico, enquanto fundamento da Lego Serious Play, a imaginação constitui três significados distintos e complementares, e, interagindo em conjunto, formam o que a LEGO supõe ser a Imaginação Estratégica Original. A saber, os três tipos de significado imagético são: A imaginação descritiva, a Imaginação Criativa e a Imaginação Desafiadora. 
Figura 4 – O ato arquetítipico da Imaginação: Imagem e Ação
Fonte: Google Imagens
Imaginação Descritiva: Em suma, trata-se da evocação de imagens que, objetivamente, descreve o exterior, o mundo, complexo. É um tipo de imaginação que consegue identificar padrões na natureza, isto é, seu pode ser limita a uma objetividade densa de descrição, do que está presente aos sensores físicos de cada ser humano. Ademais, a imaginação descritiva é aquela que, de uma forma ou de outra, está intimamente ligada à nossa racionalidade, ainda que inconscientemente, pois é através dela que podemos olhar o que está a frente de nós e avaliarmos, segundo critérios pessoais, qual a melhor atitude a se tomar ante ao que estamos imaginando. Habilidade indispensável aos pensadores estratégicos de qualquer organização.
Imaginação Criativa: Partindo, então, de que a Imaginação Descritiva é aquela que é capaz de descrever aquilo que vimos, experenciamos, ouvimos etc, de maneira padronizada e regularizada, a Imaginação Criativa a transcende em qualidade, pois é aquela que é capaz de perceber aquilo que não está presente, objetivamente, no que o próprio mundo está mostrando. É mais do que poder discricionário ou descritivo, é um poder que soma ou subtrai do mundo. Acrescenta de alguma forma elementos a mais naquilo que já existe. Esta é uma forma poderosa de imaginação que, indubitavelmente, um pensador estratégico tem que ter mais afinadamente, pois é este o tipo de imaginação que está diretamente ligada à inovação estratégica .
Imaginação Desafiadora: Esta é a imaginação destruidora, não no sentido negativo, mas é a capacidade de fazer uma limpeza imagética daquilo que consegue abstruir para partir de um “branco mental” arbitrário para algo inteiramente novo. Portanto é tido como ainda mais elevada do que a criativa. É um tipo de imaginação cética que ignora aquilo que lhe foi proposto, utilizando-se de emoções como ironia e sarcasmo, para ter impulso suficiente para zerar a mente e, a partir desse estado de “branco”, construir algo completamente novo.
 	A Imaginação estratégica, portanto, é produto da interação dessas três categorias de pensamento imagético, ou imaginação. Não é algo visível, obviamente, uma vez que o processo mental da imaginação é algo que só acontece dentro da mente das pessoas, falando objetivamente; no entanto é possível conhecê-los e carategorizá-los pelas repercussões que têm quando são representadas nas dinâmicas de grupo, tal como a Dinâmica LEGO.
Teoria do Flow
Figura 5 – Representação Gráfica da Teoria do FLOW
Fonte: Google Imagens: After Mihaly Csikszentmihalyi, The Flow (1990), p. 74
 A teoria do Flow, do fluxo, que foi concebida por Mihaly Csikszentmihalyi, psicólogo húngaro, diz respeito a um estágio da mente possível de ser alcançada: a mente focada e verdadeiramente produtiva. Esse estágio da mente, ou estado mental, defendido pelo psicólogo em questão, atinge-se quando se está integralmente imerso, com foco total, em uma atividade. Segundo o teórico Mihaly, é um tipo de estado de percepção sobre si na qual é possível até deixar de pensar em si por um momento, como se o eu desaparecesse como consequência direta deste estado de profunda submersão na atividade que se está realizado. É uma teoria interessante, embora questionável. No entanto, Milhaly advoga (defende) ser esse um estado natural da mente, quando se está em foco absoluto. Ele concluiu isto através de várias entrevistas que fez com diversas pessoas com diferentes características: diferenças profissionais, culturais etc; estas pessoas que ele entrevistou e estudou diziam que quando conseguiam entrar nesse estado de concentração e foco, elas sentiam êxtase e motivação mental nessa submersão (foco) e profundo envolvimento (integração total) com a atividade que estavam realizando, de modo que, segundo eles, não sentiam nem mesmo o tempo passar, de fato, e isso os dava, naturalmente, uma satisfação imensa. 
 	Entender a teoria do Flow é simplesmente um ato de tomar ciência real das verdadeiras capacidades dos colaboradores. A empresa deve conhecer seus perfis – os dos colaboradores – suas potencialidades e habilidades, suas facilidades, de modo que se pode criar, artificialmente, condições circunstanciais positivas para que seu trabalho possa vir à tona de maneira totalmente natural, no qual ele sentirá – ou mesmo deixará de sentir – quaisquer eventuais pressões, pois, estando ele naturalmente no seu terreno de atuação e conhecimento, percebe-se fora do tempo, de tão focado, e o seu fluxo e motivação aumenta-se enormemente e, doravante, todos saem ganhando: O colaborador mais feliz e satisfeito, sentindo-se mais útil e produtivo, acarretando também na forma como reproduz sua imagem a todos e à organização como um todo, pois, certamente, há de amealhar valores tangíveis e intangíveis cada vez mais crescentes se, claro, souberem aplicar adequadamente a teoria do Flow em seu ambiente de trabalho.
 	A teoria do fluxo se aplica a Lego Serious Play no princípio de absoluta identificação com o pensar estrategicamente. Há que se viver esse processo para, de fato, se produzir algo original, criativo e inovador. Por isso a teoria do Flow também está na base científica do Método LSP, da dinâmica LEGO.
4 – ATIVIDADES BÁSICAS DA DINÂMICA LEGO
O método LEGO SERIOUS PLAY é, como já fora dito, voltada preferencialmente para adultos. Pode parecer repetitivo e tautológico repetir isso, mas o presente trabalho busca, entre outras coisas, também tornar simples e uno aquilo que está deveras fragmentado no que concerne às informações, dado o caráter difuso da aplicabilidade do método LSP. O fato de ser uma brincadeira séria é o que mais chama a atenção e parece ser o fio condutor original da ideia desta Dinâmica, o que, com efeito, distingue o método LEGO de outras dinâmicas de grupo. 
O LSP constitui-se de um rol de recursos, um ferramental, próprios de sua metodologia, que permite a resolução de muitos problemas no que concerne o desenvolvimento do pensamento estratégico de uma organização e, mais objetivamente, a própria diretriz estratégica. Claro, não poderia ser diferente, a filosofia LEGO propõem uma integração dos colaboradores em nível horizontal, que, como corrobora também as teorias mais assertivas de recursos humanos, viabiliza a identificação e o nível de consciência, e mais humanismo, do colaborador com a empresa, tornando-o mais do que um funcionário robótico que exerce certas funções, mas também uma cabeça pensante que contribui para o futuro sucesso da organização. De fato, é uma forma de integrar, em nível de equipe, para discussões, tomadas de decisões e alcance de metas e objetivos: Enfim, uma forma de pensar na organização holisticamente e estruturalmente.
A DinâmicaLEGO é um poderoso método de reunião de equipe que, de uma forma muito especial, suscita individualmente o despertar intuitivo e criativo de cada elemento constituinte do grupo, de modo que suas ideias pessoais torne-se, paulatinamente, no decorrer do processo, também uma ideia coletiva, contribuindo com o pensar estrategicamente a nível de equipe, o que é de sobremodo positivo e produtivo. 
 	Este processo de facilitação de reunião, comunicação e resolução de problemas funciona assim: Os participantes ou jogadores são orientados a partir de algumas perguntas-chaves que vão se aprofundando e, com isso, também se aprofunda a equipe em questão que está a trabalhar nas construções LEGO. Estas construções são modelos próprios em três dimensões que servem como resposta às perguntas feitas pelo facilitador. Portanto, os modelos em 3D criados pelos jogadores servem de base para conversação em equipe no que concerne ao compartilhamento de visão, ideias, resolução de problemáticas que podem ir além das que foram suscitadas pelo facilitador, tomadas de decisão etc. De fato, o método é muito útil por tornar ainda mais dinâmico o processo interativo do grupo em questão. Não se pode esquecer que o método Lego Serious Play, apesar de inovador, é ainda uma dinâmica de grupo, que, entre outras coisas, busca potencializar e maximizar os recursos que estão disponíveis naturalmente em uma reunião de equipe, de cada elemento constituinte dela, mas também por potencializar aquilo que está oculto, no que diz respeito aos conhecimentos latentes, criativos etc. 
Figura 6 – Ciclo Interativo do Jogador adulto e os Blocos LEGO
Fonte: Imagem extraída do Site Play In Company
Além disso, é um método democrático, pois dá a chance de todos se expressarem. Serve, portanto, como linguagem compartilhada que independe de posição e cultura dos participantes. Nesse sentido, esta dinâmica onde um facilitador suscita um problema, pergunta ou mesmo conta alguma história para que os participantes possam construir seus modelinhos tridimensionais, evidencia-se muito mais eficazmente do que outros métodos, por exemplo, a realização de desenhos no quadro, em duas dimensões, o que, de certa forma, exige habilidades de desenho que, talvez, alguns participantes não as possuam, naturalmente. Portanto, este tipo de método acaba por ter um componente exclusivo, constrangedor, inibidor, castrador e, sobretudo, ser contrário a um ambiente de expressividade de potencialidades interiores que todos temos, que, costumeiramente, são enclausurados pelas circunstâncias nada auspiciosas para a livre expressão dessas qualidades. 
 Figura 7 – Como o Método Cria Valor
Fonte: Livro Construindo um Negócio Melhor com a Utilização do Método LEGO SERIOUS PLAY
A Dinâmica LEGO tem a vantagem de democratizar e nivelar, em nível de habilidade, os participantes, de modo que todos dispõem das mesmas peças e, possuindo as mesmas características e possibilidades de manuseio das peças, podem igualmente expressar suas ideias metaforicamente com as peças LEGO.
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5 – IMPACTO NO AMBIENTE CORPORATIVO 
 	O presente tópico irá se basear, como fora objetivado desde a primeira parte do trabalho, as aplicações e um estudo de caso baseado na coleta de informações em fontes secundárias: Sites, especificamente. 
Estudo de Caso[footnoteRef:4]: Desenvolvendo um modelo de negócios em uma Start-up da internet [4: Este estudo de caso fora retirado, embora não copiado, mas interpretado, do E-book “Construindo um Negócio Melhor com a Utilização do Método LEGO SERIOUS PLAY”, portanto está devidamente registrado a fonte e não constitui plágio utilizar-se dele como exemplo.] 
	O livro aponta, como contexto, que uma start-up da internet chamada Scurri tinha o capital necessário e toda a equipe montada. A empresa seguia a filosofia Start-Up Enxuta de Eric Ries e, ademais, utilizava o Lean Canvas de Ash Maurya para o foco do produto que ofereciam e, de maneira complementar, utilizava o esquema canvas do modelo de Alex Osterwalder de negócios para tomadas de decisões estratégicas.
	O problema deles era que o CEO da empresa, também fundador, pensava que para a empresa pudesse crescer mais rápido, a equipe toda precisaria depreender o perfil total dos modelos de negócios. 
	A Lego Serious Play entrou em cena e a equipe, que continham sete pessoas, se reuniu. O workshop foi baseado na filosofia cavans. O grupo contemplou atividades-chave, recursos, segmentos de clientes, parcerias, enfim, tudo que fora decidido, foi decidido baseando no Canvas.
	O resultado foi que a Scurri conseguiu redefinir o que o livro chamou de proposta de valor, conseguiu estabelecer novos perfis de clientes os quais eles passariam a focar a partir daquele dia. O livro aponta também que a Scurri foi capaz de expandir seus negócios para o Reino Unido, conseguiu amealhar mais capital, e em 2014 estava na entre as 10 maiores start-ups da Irlanda e, até hoje, segundo o livro, vem crescendo consideravelmente.
 Observação importante: Embora este estudo de caso pouco revela sobre os mecanismos de como o método LEGO atuou, uma vez que está deveras resumido, considera-se importante pontuá-lo aqui no presente trabalho por ser um dado empírico e sério de como a Dinâmica LEGO ajudou uma empresa com dificuldade. Nessa perspectiva, dá mais credibilidade ao presente relatório.
Aplicações
Segundo o site Play in Company, o método Lego Serious Plays pode ser aplicado nas seguintes categorias:
- Empreendedorismo e Start-ups: Modelos de negócios, estratégias, marcas, produtos e serviços etc. 
- Planejamento Estratégico: Visão 360 ou sistêmica e elaboração de cenários futuros, análise e cotejamento de riscos, prospecções, desígnios funcionais etc;
- Comunicação: Facilitação da expressão de pessoas que, geralmente, possui dificuldade de se expressar, viabilização de simplicidade no entendimento de problemas complexas, etc. 
- Marketing: Branding, brainstorm, estabelecimento de conceito central que será expressa através de uma ideia criativa.
- Criatividade e inovação: Como o próprio tópico sugere, potencializa a criatividade e torna a reunião propícia a ideias inovadoras, seja para desenvolvimento de produtos, aperfeiçoamento do que já se oferece, diretrizes estratégicas etc.
- Team Building: Alinhamento de equipes e distribuição de funcionalidades etc.
6 – RESULTADO e CONCLUSÃO
Por fim, o sexto tópico destina-se a um esboço resumido de caráter holístico de tudo o que fora apresentado no trabalho, isto é, intentar-se-á o corolário qualitativo da dinâmica LEGO, enquanto impacto no meio em que se a exerce, em perspectiva. ESTE TÓPICO 6 SERÁ DESENVOLVIDO NA TERCEIRA PARTE DO SEMINÁRIO INTERDISCIPLINAR.
REFERÊNCIAS
KRISTIANSEN, PER. RASMUSSEN, Robert. Construindo um Negócio Melhor com a Utilização do Método LEGO SERIOUS PLAY. DVS Editora. 2015.
SERIOUS PLAY, LEGO. The science of Lego Serious Play. 201x. Disponível em: <http://www.strategicplay.ca/upload/documents/the-science-of-lego-serious-play.pdf>. Acesso em: 16 abr. 2018. 
THE METHOD, LEVERAGE YOUR ORGANIZATION'S EXPERTISE, BACKGROUND, FACILITATOR. LEGO. Disponível em: <https://www.lego.com/en-us/seriousplay>. Acesso em: 16 abr. 2018.
Obs: O presente relatório constitui a segunda parte do trabalho a ser entregue no prazo 16/04 – 21/04.

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