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Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Sistemas de transporte e movimentação de materiais Tipos e características dos transportadores industriais Seleção de transportadores industriais Projeto de transportadores industriais Orientação gerais para o projeto de transportadores industriais Dimensionamento de transportadores industriais Normas técnicas aplicadas em projetos de transportadores industriais Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Projeto de transportadores industriais (Moura, 2012) Orientação gerais para o projeto de transportadores industriais Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Projeto de transportadores industriais Critérios de sucesso para um bom projeto Orientação gerais para o projeto de transportadores industriais Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Projeto de transportadores industriais Orientação gerais para o projeto de transportadores industriais 1. Usar o caminho mais direto possível. 2. Andar em linha reta. 3. Não subir e nem descer. 4. Utilizar rampas com gradiente adequado. 5. Auxiliar no esforço extra em subidas e descidas. 6. Não transportar. 7. Diminuir a distância entre postos de trabalho. 8. Diluir o custo de transporte em sub montagens onde já houve agregação. 9. Entregar materiais diretamente no local de trabalho. 10. Entregar materiais na quantidade exata. 11. Entregar materiais contra demanda. 12. Dispor materiais em supermercado, para retirada pela própria equipe. 13. Visitar e preparar a área de recepção de material. 14. Dispor materiais na sequencia de sua utilização. 15. Não empilhar materiais diferentes ou obstruir o acesso de uns pelos outros. 16. Garantir controle visual da quantidade e qualidade dos materiais. 17. Garantir amplo espaço de circulação em volta dos locais de armazenagem. 18. Garantir espaço para o cruzamento de fluxos de ida e retorno. 19. Planejar o uso de carga de retorno (não voltar vazio). 20. Não cruzar fluxos de transporte. 21. Armazenar na altura da operação. 22. Alimentar por gravidade. Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Projeto de transportadores industriais Orientação gerais para o projeto de transportadores industriais 23. Proteger o material a ser transportado 24. Evitar derramamento, deslocamento e mistura durante o transporte. 25. Travar, amarrar, cintar e contrafiar materiais que podem se movimentar durante o transporte. 26. Manter e transportar materiais nas embalagens originais. 27. Só transportar quando estiver pronto. 28. Criar estoques visíveis quanto ao seu ponto de pedido 29. Gerenciar o transporte segundo a Curva de Momentuns de transporte. 30. Minimizar distâncias de armazenagem segundo a importância dos materiais na Curva ABC. 31. Desenhar o processo produtivo incluindo estoques, ponto de comando da produção, lead time, takt time, tempos em processo, fornecedores e clientes através de um Mapa do Fluxo de Valor. 32. Adequar o sistema de transporte ao takt de produção através do Diagrama Homem Máquina. 33 .Balancear produção e máquinas considerando capacidade nominal e capacidade efetiva dos equipamentos de transporte. 34. Cuidar com o chicoteamento de cabos e estais. 35. Usar equipamentos que não requeiram esforço para seu equilíbrio. Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Projeto de transportadores industriais Símbolos empregados em fluxogramas, para operações e equipamentos. (Moura, 2012) Orientação gerais para o projeto de transportadores industriais Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Sistemas de transporte e movimentação de materiais Tipos e características dos transportadores industriais Seleção de transportadores industriais Projeto de transportadores industriais Orientação gerais para o projeto de transportadores industriais Dimensionamento de transportadores industriais Normas técnicas aplicadas em projetos de transportadores industriais Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Projeto de transportadores industriais Dimensionamento de transportadores industriais O projeto e a fabricação das máquinas de elevação requerem a aplicação de normas específicas, que determinam as condições a serem obedecidas na concepção do equipamento. Desta forma, a especificação das características da máquina é muito importante para que a aplicação requerida seja atendida de forma consistente. Além disto, encontra-se disponível uma grande variedade de catálogo e instruções dos próprios fabricantes de transportadores industriais, que orientam os engenheiros na seleção dos sistemas adequados para sua necessidade de aplicação. Exemplos: Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Índice Capacidade do transportador. Seleção do espaçamento entre roletes. Potência de acionamento. Seleção do tipo da correia. Projeto de transportadores industriais: Esteiras transportadoras Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Projeto de transportadores industriais: Esteiras transportadoras Capacidade do transportador O diagrama abaixo representa a lógica utilizada na determinação da capacidade do transportador, porém, para facilitar o dimensionamento do transportador o procedimento de cálculo será descrito pelo slide que segue. Capacidade mássica (Q) Área Seção transversal (A) Peso especifico (gama)Capacidade volumétrica (C) Velocidade (v) X Fator redutor de inclinação (K)X X Largura da correia (B) Número de rolos Inclinação dos roletes (β) Ângulo de acomodação (α) Material transportado Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Capacidade mássica (Q) Configuração do sistema para capacidade volumétrica (1m/s) Peso especifico (gama)Capacidade volumétrica (C) Ajuste da velocidade (v) X Fator redutor de capacidade (inclinação )(K) X X Projeto de transportadores industriais: Esteiras transportadoras Capacidade do transportador Lógica utilizada na determinação da capacidade do transportador, conforme instruções de cálculo do Manual Faço. Largura da correia (B) Número de rolos Inclinação dos roletes (β) Ângulo de acomodação (α) Material transportado Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Projeto de transportadores industriais: Esteiras transportadoras Capacidade do transportador Memorial de cálculo. Dados de entrada: - Capacidade (ton/h); - Material a ser transportado (peso especifico e granulometria); - Inclinação da esteira (λ) e distância a ser transportada (metros) Exemplo: •Soja; •43 ton/h (com variação admissível de 10%); •15 inclinação; •Granulométrica (ø9 mm); • Distância transportada 70m; Obs: Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Projeto de transportadores industriais: Esteiras transportadoras Capacidade do transportador: Capacidade volumétrica A Capacidade desejada em m³/h será necessária para configuração inicial do sistema. Normalmente o dado de entrada de capacidade é expresso em ton/h. Se este for o caso, converta a capacidade para m³/h dividindo pelo peso especifico (ton/m³). Os dados de peso especifico podem ser encontrados na tabla ao lado. Para propriedades referentes a outros materiais procure em material complementar* No caso do exemplo proposto a capacidade mássica de 43 ton/h considerando soja como material transportado (0,65 ton/m³) teremos a capacidade volumétrica de 66m³/h. *Manual de transportadores de correiasFAÇO Material Peso específico (t/m3 ) Soja (semente) 0,5 – 0,8 Milho 0,9 Trigo (semente) 0,3 – 0,4 Carvão 0,3 – 0,4 Ferro (minério) 1,6 – 3,2 Areia Seca 1,4 – 1,8 Areia (de macho de fundição) 1 Arroz (com casca) 0,6 Arroz (descascado) 0,7 – 0,8 Cal 1,0 Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Projeto de transportadores industriais: Esteiras transportadoras Capacidade do transportador: Ângulo de acomodação Ângulo de acomodação (α) : é uma característica do material em movimento na correia sendo, aproximadamente, de 10 a 15 menor que o seu ângulo de repouso. O ângulo de acomodação ocorre devido a tendência de nivelamento do material causada pela trepidação da correia nos roletes. Este dado será necessário para a configuração inicial do sistema. (α) = Ângulo de repouso – 13 Ângulo de repouso Obs: 13 é a média aproximada entre 10 e 15 (conforme manual FAÇO) Material Ângulo de repouso Inclinação Máx. (λ) Recomendada Soja (semente) 30 - 44 - Milho 30 - 44 - Trigo (semente) 20 - 29 - Carvão 35 20 - 25 Ferro (minério) 35 18 - 20 Areia Seca 35 16 - 18 Areia (de macho de fundição) 41 26 Arroz (com casca) 30 - 44 - Arroz (descascado) 19 8 Cal 60 - No caso do exemplo proposto, considera-se como ângulo de repouso da soja, a média entre 30 e 44 graus (37), desta forma (α) = Ângulo de repouso – 13=37-13= 24 Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Projeto de transportadores industriais: Esteiras transportadoras Capacidade do transportador: Configuração do sistema para capacidade volumétrica. Adaptado de Manual de transportadores de correia FAÇO Com base na capacidade volumétrica (m³/h) localizada no centro da tabela e no ângulo de acomodação deve-se especificar a configuração inicial do sistema (largura da correia, quantidade e ângulo dos rolos). Ou seja, os valores localizados nas extremidades da tabela (Configurações do sistema) são determinados a partir dos valores centrais da tabela (m³/h). OBS: Esta capacidade é referente a uma velocidade de 1 m/s e deverá ser ajustada a sua velocidade final. Para o exemplo proposto a recomendação seria um correia de 24’’ e somente um rolo (β=0). ATENÇÃO: Podem existir mais de uma possibilidade para sua necessidade, logo, busque a configuração mais simples e com menor custo potencial. m³/h Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Projeto de transportadores industriais: Esteiras transportadoras Capacidade do transportador: Verificação da largura da correia. A partir desta configuração preliminar (slide anterior), deverão ocorrer diversas verificações, tais como largura da correia, ângulo de acomodação e fator redutor de capacidade (inclinação λ), etc. Nesta verificação, você deve certificar-se de que a granulometria do material transportado seja compatível com a correia. Se não estiver de acordo retorne e procure outra largura de correia no item de configuração do sistema. Obs: Caso houver necessidade, interpolar os dados. Relembrando: (α) = 24 Largura correia = 24” Soja: 100 pedaços, diâmetro 10mm Interpolando para (α) = 24, teríamos pedaços máximos de 101mm, logo estamos ok, pois para soja (diâmetro 10mm) estamos abaixo do limite de 101mm. Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Projeto de transportadores industriais: Esteiras transportadoras Capacidade do transportador: Verificação velocidades recomendadas (m/s) A verificação da velocidade pode exigir um redimensionamento da largura. Retomando o exemplo proposto, teremos uma velocidade recomendada de 3 m/s, com base em: Largura da correia 24’’, Soja (cereais e materiais não abrasivos) ATENÇÃO: Você pode ter a oportunidade de reduzir as dimensões do transportador ( e o custo) se a velocidade recomendada for superior a 1m/s, pois a tabela da configuração inicial do sistema toma por base 1 m/s. A otimização entre velocidade de largura da correia permitirá uma otimização do sistema e é um processo iterativo. Porém antes desta otimização deve-se checar o fator redutor de inclinação. Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Projeto de transportadores industriais: Esteiras transportadoras Capacidade do transportador: Velocidade recomendada e fator redutor de inclinação A verificação da velocidade e do fator de inclinação (K) podem exigir um redimensionamento da largura Para o exemplo proposto teremos: Velocidade recomendada = 3 m/s A inclinação de 15 => K=0,9 Ou seja, teremos um fator de ajuste igual a: K* VRecomendada / V1m/s Fator de ajuste =0,9*3/1 = 2,7 [adimensional] Para encontrar a configuração equivalente do sistema que entregue 66 m³/h deve-se retornar ao slide de configuração aplicando este fator de ajuste à capacidade inicialmente determinada: Cequiv = 66/2,7 = 24,4 m³/h Recomenda-se determinar uma nova largura de correia. ATENÇÃO: O fator de ajuste serve para corrigir as dimensões do sistema para garantir a capacidade desejada. Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Projeto de transportadores industriais: Esteiras transportadoras Capacidade do transportador: Velocidade recomendada e fator redutor de inclinação (Exemplo) No exemplo proposto: Cequiv = 66/2,7 = 24,4m³/h Neste caso, termos uma oportunidade de redução significativa, de migrar para uma largura de 16”. Resumo: Com uma largura de 16’’ teremos a vazão original mantida. O ajuste foi de 24’’ para 16’’ da largura da correia. Porém como existe iteração entre velocidade e largura da correia deve-se fazer uma nova checagem para esta nova largura de correia (16’’). Ou seja, as dimensões do sistema com 26m³/h entregarão 66m³/h, devido ao aumento da velocidade e redução de vazão devido a inclinação. Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Projeto de transportadores industriais: Esteiras transportadoras Capacidade do transportador: Check relação velocidade x largura da correia. Como suspeitávamos a velocidade mudou. Para uma correia de 16’’ a velocidade máxima admitida é de 2,5 m/s e não 3 m/s como originalmente calculado. Deve-se repetir a etapa de verificação da velocidade e do fator de inclinação (K). Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Projeto de transportadores industriais: Esteiras transportadoras Capacidade do transportador: Velocidade recomendada e fator redutor de inclinação A verificação da velocidade e do fator de inclinação (K) podem exigir um redimensionamento da largura Para o exemplo proposto teremos: Velocidade recomendada = 2,5 m/s A inclinação de 15 => K=0,9 Ou seja, teremos um fator de ajuste igual a: K* VRecomendada / V1m/s Fator de ajuste =0,9*2,5/1 = 2,25 [adimensional] Para encontrar a configuração equivalente do sistema que entregue 66 m³/h deve-se retornar ao slide de configuração aplicando este fator de ajuste à capacidade inicialmente determinada: Cequiv = 66/2,25 = 29,3 m³/h Recomenda-se determinar uma nova largura de correia. ATENÇÃO: O fator de ajuste serve para corrigir as dimensões do sistema para garantir a capacidade desejada. Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Projeto de transportadores industriais: Esteiras transportadoras Capacidade do transportador: Velocidade recomendada e fator redutor de inclinação (Exemplo) No exemplo proposto: Cajust = 66 / 2,25 = 29,3m³/h O valor mais próximo de 26m³/h e atende a capacidade desejada, pois esta dentro da variação admissível de 10%. Conclusão: Com uma largura de 16’’ e velocidade de 2,5m/s teremos a vazão original mantida, C = 66 m³/h. Como a velocidade já foi verificada para largura da correia, não existe nova interação, estando o cálculoda capacidade concluído. Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Q = 66 m³/h *0,65 ton/m³ = 43 ton/h Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Índice Capacidade do transportador. Seleção do espaçamento entre roletes. Potência de acionamento. Seleção do tipo da correia. Projeto de transportadores industriais: Esteiras transportadoras Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Projeto de transportadores industriais: Esteiras transportadoras Seleção do espaçamento entre roletes Deve-se determinar tanto o espaçamento entre os roletes de carga (a) quanto entre os roletes de retorno (b). No exemplo proposto : Roletes de carga, com a largura da correia de 16’’ e peso especifico de 0,65 ton/m³ recomenda-se o espaçamento de carga de 1,5 m. Roletes de retono, em todos os casos utiliza-se o espaçamento padrão de 3 m. Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Índice Capacidade do transportador. Seleção do espaçamento entre roletes. Potência de acionamento. Seleção do tipo da correia. Projeto de transportadores industriais: Esteiras transportadoras Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Projeto de transportadores industriais: Esteiras transportadoras Potência de acionamento O acionamento da correia é feito por um único tambor (acionamento simples) ou por dois tambores (acionamento duplo). Normalmente usa-se o acionamento simples que é constituído por um motor elétrico que, através de um redutor, movimenta o tambor de acionamento. Existem dois métodos para cálculo de potência: - O primeiro método, mais simplificado, aplica-se a transportadores de até 100 metros de comprimento. Nele calcula-se primeiro a potência necessária para o transporte, através de tabelas e gráficos e, a partir desta, as tensões n correia. - O segundo método, mais sofisticado, onde, através de fórmulas, calcula-se inicialmente as tensões em cada lance da correia e após isto, calcula-se a potência do acionamento. É um processo mais demorado porém mais rigoroso. Potência -> Tensões Tensões -> Potência Usaremos o método mais simplificado, devido a sua simplicidade e larga aplicação! Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Projeto de transportadores industriais: Esteiras transportadoras Potência de acionamento A potência de um transportador é composta de quatro grandes parcelas: • A necessária para vencer as forças de inércia dos roletes, tambores e correia, isto é, para movimenta o transportador vazio. •A necessária para o deslocamento horizontal do material. •A necessária para o deslocamento vertical do material, existente nos transportadores em aclive ou declive. •A necessária para vencer o atrito de acessórios, tais como raspadores, limpadores, guias laterais; para acelerar o material, etc. Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Projeto de transportadores industriais: Esteiras transportadoras Potência de acionamento Sendo V o fator de velocidade. V = VRecomendada / V1m/s E Q é o fator vazão. Q = Q Recomendada / Q100 ton/h Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Projeto de transportadores industriais: Esteiras transportadoras Potência de acionamento: Potência em vazio (Nv) Potência Nv (HP) para acionar o transportador vazio a 1 m/s No exemplo proposto com um comprimento a ser transportado de 70 metros e 16’’ de largura da correia nos resulta em uma potência: Nv=1,10 HP. Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Projeto de transportadores industriais: Esteiras transportadoras Potência de acionamento: Potência de deslocamento horizontal (N1) Potência para deslocar 100 ton/h de material em um comprimento L (m), na horizontal. Neste caso, usa-se como distância a distância transportada. As correções de potência para a altura de elevação são descritas no slide seguinte. Desta forma, para o comprimento transportado de 70metros tem-se a potência de: N1 = 1,50 HP. Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Projeto de transportadores industriais: Esteiras transportadoras Potência de acionamento: Potência de deslocamento vertical (Nh) Potencia para elevar ou descer 100 ton/h de material a uma altura H (m). Para uma distância transportada de 70 metros e com um ângulo de 15 tem-se uma altura de 18,1metros. Interpolando o valor tem-se um potência de: Nh = 6,7 HP Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Projeto de transportadores industriais: Esteiras transportadoras Potência de acionamento: Potência para vencer o atrito das guias (Ng) As guias laterais são necessárias quando existe a chance do material transbordar pela correia. Isto normalmente ocorre em condições onde existe vibrações e/ou associadas a baixo ângulos de acomodação. Potência para vencer o atrito das guias laterais a 1 m/s. No exemplo proposto esta potência será desprezada, pois ao utilizar a configuração mais simples de correia não existe guias laterais . Ng = 0. Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Projeto de transportadores industriais: Esteiras transportadoras Potência de acionamento Sendo V o fator de velocidade. V = VRecomendada / V1m/s E Q é o fator vazão. Q = Q Recomendada / Q100 ton/h Para o exemplo proposto. V = VRecomendada / V1m/s = 2,5/1=2,5 Q = Q Recomendada / Q100 ton/h= 43/100 = 0,43 As potências parciais previamente calculadas: Nv = 1,10 HP Ng = 0 N1 = 1,5 HP Nh = 6,7 HP Portanto: Ne = 2,5 ( 1,10 + 0 ) + 0,43 ( 1,5 + 6,7 ) = Ne = 6,27 HP Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Índice Capacidade do transportador. Seleção do espaçamento entre roletes. Potência de acionamento. Seleção do tipo da correia. Projeto de transportadores industriais: Esteiras transportadoras Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Projeto de transportadores industriais: Esteiras transportadoras Seleção do tipo da correia Dos fatores acima todos os parâmetros serão dados de entrada do projeto, a exceção do item 5 o qual será calculado a seguir. Com base nestes sete parâmetros é possível especificar a correia consultando manuais disponíveis por diversos fabricantes. (Ex: Goodyear, Mercúrio). Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Projeto de transportadores industriais: Esteiras transportadoras Seleção do tipo da correia Para a determinação da tensão máxima da correia utilizaremos a tensão máxima no tambor de acionamento: T1 = ( 1 + k ) Te Para o exemplo proposto, considerando um arco de contato simples, tambor de aço e esticador por gravidade tem-se k = 0,84. Para o exemplo proposto, com uma Ne de 5,84 HP e uma V de 2,5 m/s, tem –se Te = 175,2 kgf. T1 = ( 1 + k ) Te T1 = 322,37 kgf Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Projeto de transportadores industriais: Esteiras transportadoras Exercício: Utilizando os procedimentos e manuais de especificação dos transportadores, dimensione uma esteira transportadora nos quesitos: (a) capacidade real do transportador (b) seleção do espaçamento entre roletes (c) potência de acionamento (d) seleção do tipo da correia para as condições abaixo: Dados: Produto transportado: Milho; 60 ton/h (com variação admissível de 10%); 20 inclinação; Granulométrica (ø12 mm); Comprimento a ser transportado 50m; Professor:Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Índice Capacidade do elevador Seleção do tipo de elevador Potência de acionamento Projeto de transportadores industriais: Elevadores de caneca Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Projeto de transportadores industriais: Elevadores de caneca Capacidade do transportador O diagrama abaixo representa a lógica utilizada na determinação da capacidade do transportador, conforme instruções de cálculo do Manual Faço. Capacidade mássica (Q) Volume da caneca (m³) Peso especifico (gama)Capacidade volumétrica (C) Passo das caneca (m) X X Velocidade (m/s) X Seção transversal (série) Material 1: Escoamento fácil não abrasivos. 2: Materiais finos, secos, sem pontas. 3: Materiais pesados, alta granulometria. 4: Frágeis, fluidos ou pulverizáveis Elevador centrifugo de corrente Elevador centrifugo de correia Elevador continuo de corrente Elevador continuo de correia Granulometria Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Projeto de transportadores industriais: Elevadores de canecas Capacidade do transportador Memorial de cálculo. Dados de entrada: - Material a ser transportado (peso especifico, granulometria, abrasividade); - Capacidade (ton/h); - Altura de levantamento (m) Exemplo: • Milho (Peso especifico milho 0,9 ton/m³, 5mm, não abrasivo) • 35 ton/h (com variação admissível de 10%); • Altura a ser transportado 8 m; • Eficiência do conjunto motor e redutor: η = 0,9 Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Projeto de transportadores industriais: Elevadores de canecas Capacidade do transportador: Determinação da série do elevador Para determinar a capacidade do transportador você precisará da sua demanda em ton/h e o peso especifico do material a ser transportado. Com estes dois dados e analisando a tabela abaixo você determinará a série* do elevador que descreve a seção transversal do mesmo. No exemplo proposto, com demanda de 35ton/h e peso especifico do milho de 0,9 ton/m³ devemos selecionar a série E-4000*. *Manual de transportadores de correias FAÇO Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Projeto de transportadores industriais: Elevadores de canecas Capacidade do transportador: Verificação da série em função da granulometria É necessário verificar se a série do elevador está adequada a granulometria do material. No exemplo proposto considerando que o material transportado é milho a condição de granulometria não será um empecilho. Desta forma mantém-se a escolha da série E-4000*. *Manual de transportadores de correias FAÇO Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Projeto de transportadores industriais: Elevadores de canecas Capacidade do transportador: Aspectos dimensionais do elevador A partir da série do transportador determinaremos a dimensão do elevador, largura da correia, o passo das canecas e a velocidade das canecas. No exemplo proposto selecionamos a série E-4000*: *Manual de transportadores de correias FAÇO Dimensões do elevador: 450 x 1220 mm. Largura da correia: 14” Passo das canecas: 460 mm Velocidade das canecas: 1,3 m/s Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Projeto de transportadores industriais: Elevadores de canecas Capacidade do transportador: Volume das canecas A partir da série do transportador determinaremos o volume das canecas. No exemplo proposto selecionamos a série E-4000*: *Manual de transportadores de correias FAÇO Volume da caneca: 3,4 dm³ (75% corte X-X) Dimensões: A= 190 mm B= 300 mm C = 180 mm R = 45 mm Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Projeto de transportadores industriais: Elevadores de canecas Capacidade do transportador: Vazão mássica Verificação da capacidade do elevador: *Manual de transportadores de correias FAÇO Para o exemplo proposto: C = 0,46 m γ = 0,9 t/m³ v = 1,3 m/s qc = 0,0034 m³ Q = 31,13t/h que está ligeiramente abaixo da capacidade demandada. Teremos que refazer os cálculos. (Ton/h) Visando atender a capacidade de 35t/h recomenda-se aumentar a velocidade do transportador para 1,5 m/s. Portanto a nova vazão com v = 1,5 m/s Q = 35,92 t/h Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Índice Capacidade do elevador Seleção do tipo de elevador Potência de acionamento Projeto de transportadores industriais: Elevadores de canecas Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Projeto de transportadores industriais: Elevadores de canecas Seleção do tipo de elevador: Centrífugos e contínuos Os elevadores centrífugos são projetados para escavar o material. Normalmente são utilizados para materiais secos, finos, de escoamento fácil e não abrasivos. Uma vantagem do elevador centrifugo sobre o contínuo é que seu ponto de alimentação é consideravelmente mais baixo o que diminui o tamanho do conjunto. Outra possível variação do tipo de elevadores refere-se ao uso de correias ou correntes, por exemplo materiais pontiagudos ou com lascas requerem o uso de correntes. A orientação para a seleção do tipo de elevador é descrita com detalhes no slide seguinte, e basicamente, a seleção é realizada em função do material transportado. *Manual de transportadores de correias FAÇO O tipo de material determina o tipo de elevador é o uso de correias ou correntes. Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Projeto de transportadores industriais: Elevadores de canecas Seleção do tipo de elevador: Em função do tipo de material Informações adicionais para seleção do tipo de transportador em função do tipo de material. *Manual de transportadores de correias FAÇO No exemplo proposto (material milho) deve-se selecionar o elevador centrifugo de correia. Material Tipo de elevador Soja (semente) Centrífuga de correia Milho Centrífugo de correia Trigo (semente) Centrífugo de correia Carvão Vegetal Contínuo de correia Ferro (minério) Centrífugo de corrente / Contínuo de corrente Areia Seca Centrífugo de correia Areia (de macho de fundição) Centrífugo de correia Arroz (com casca) Centrífugo de correia Cal Contínuo de correia Café (grão verde) Centrífugo de correia / Contínuo de correia Material Tipo de elevador Calcário (pedra britada) Contínuo de correia Cimento Portland Centrífugo de correia / Contínuo de correia Coque Centrífugo de correia Feijão Centrífugo de correia / Contínuo de correia Grão de Milho Centrífugo de correia Sal Seco Centrífugo de correia / Contínuo de correia Alumínio (minério) Centrífugo de corrente / Contínuo de corrente Açucar Bruto Centrífugo de correia Centeio Centrífugo de correia Fubá Centrífugo de correia Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Projeto de transportadores industriais: Elevadores de canecas Capacidade do transportador: Informações adicionais Informações adicionais para seleção do tipo de transportador em função do tipo de material. *Manual de transportadores de correias FAÇO 1 - Tipo centrífugo de corrente É normalmente utilizado para materiais de escoamento fácil, não abrasivo, que podem ser escavados ao pé do elevador. A roda dentada de acionamento não permite deslizamento e garante o alinhamento da corrente e das canecas. O deslocamento das canecas é feito em velocidades elevadas, para garantir a descarga do material, por ação da fora centrifuga, ao passarem pela roda dentada da cabeceira. As canecas são fixas a uma corrente central, ou a duas correntes laterais, conforme o modelo. 2 -Tipo centrífugo de correia É normalmente utilizado par materiais finos, secos e materiais de escoamento fácil que não tenham lascas ou pontas que possam danificar a correia. Uma vantagem do elevador centrífugo sobre o contínuo é que seu ponto de alimentação é consideravelmente mais baixo, o que diminui o tamanho do conjunto do pé e o custo do equipamento. 3 - Tipo contínuo de corrente É usado para materiais mais pesados e de maior granulometria do que os transportados por elevadores centrífugos. Suas canecas não são projetadas para escavar o material e são normalmente carregadas por uma calha, o que exige a elevação do seu ponto de alimentação. A descarga do material é feita por gravidade, e , por isto, o conjunto da cabeceira é maior que o dos elevadores centrífugos. As canecas são fixas lateralmente a um par de correntes. 4 - Tipo contínuo de correia É ideal para transportar materiais frágeis, pulverizáveis ou fluidos, tais como cal, cimento ou produtos químicos secos. As canecas são pouco espaçadas entre sim e velocidades elevadas são impraticáveis. Não são projetadas para escavar o material e são carregadas através de uma calha, o que exige a elevação do seu ponto de alimentação. O conjunto de cabeceira é maior que o dos elevadores centrífugos. Como nos elevadores contínuos de corrente, as canecas operam como calhas para descarga do material. Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Projeto de transportadores industriais: Elevadores de canecas Seleção do tipo de elevador: Centrífugos e contínuos Verificação entre os parâmetros velocidade e o tipo de transportador: dependendo do tipo de elevador selecionado poderemos ter limitações na sua velocidade, por exemplo os elevadores contínuos devem operar em velocidades mais baixas, como ilustra a tabela abaixo. *Manual de transportadores de correias FAÇO No exemplo proposto a recomendação é a utilização de elevadores centrífugos com uma velocidade calculada de 1,5 m/s e comparando com as velocidades recomendadas acima estamos dentro dos parâmetros recomendados, sem necessidade de recalculo. Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Índice Capacidade do elevador Seleção do tipo de elevador Potência de acionamento Projeto de transportadores industriais: Elevadores de canecas Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Para determinar a potência de acionamento utiliza-se a equação abaixo: Projeto de transportadores industriais: Elevadores de canecas Potência de acionamento Para o exemplo proposto : V = 1,5 m/s Consultar os manuais de fabricantes de conjuntos motor + redutor Neste exemplo considera-se η = 0,9 Procedimento de calculo a seguir D2 = 450 mm, encontrado na tabela com as dimensões da série do elevador, neste caso E-4000 Procedimento de calculo a seguir Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Determinação da distância entre centros (L): Sendo: H: Altura de elevação do material; M e Q: Dimensões do elevador em função de sua série conforme a tabela abaixo; Projeto de transportadores industriais: Elevadores de canecas Potência de acionamento Para o exemplo proposto teremos: H = 8 metros. M e Q para série E-4000 = 700 mm e 500 mm respectivamente. L = 8 + 0,7 + 0,5 + 0,275 = 9,475 m Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Para determinar a potência de acionamento utiliza-se a equação abaixo: Projeto de transportadores industriais: Elevadores de canecas Potência de acionamento Material Peso específico (t/m3 ) Soja (semente) 0,5 – 0,8 Milho 0,9 Trigo (semente) 0,3 – 0,4 Carvão 0,3 – 0,4 Ferro (minério) 1,6 – 3,2 Areia Seca 1,4 – 1,8 Areia (de macho de fundição) 1 Arroz (com casca) 0,6 Arroz (descascado) 0,7 – 0,8 Cal 1,0 Para o exemplo proposto: γ = 0,9 t/m³ (milho) qc = 3,4 dm³ = 0,0034 m³ C = 460 mm Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Agrupando todos os cálculos prévios e utilizando a equação abaixo, finalmente poderemos determinar a potência do transportador. Projeto de transportadores industriais: Elevadores de canecas Potência de acionamento V = 1,5 m/s P = 6,65 kgf/m L = 9,475 m D2 = 450 mm η = 0,9 Com este dado busca-se comercialmente motores próximos a esta potência. Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Projeto de transportadores industriais: Elevadores de canecas Exercício: Utilizando os procedimentos de cálculo vistos em aula, dimensione uma elevador de canecas nos quesitos: (a) determinação da capacidade real do elevador (b) seleção do tipo de elevador (c) potência de acionamento para as condições abaixo: Dados: Milho (Peso especifico milho 0,9 ton/m³, 5mm, não abrasivo) 50 ton/h (com variação admissível de 10%); Altura a ser transportado 10m; Eficiência do conjunto motor e redutor: η = 0,95 Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Índice Dimensionamento do carro de elevação. Dimensionamento do carro de translação. Estrutura. Projeto de transportadores industriais: Pontes rolantes Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Projeto de transportadores industriais: Pontes rolantes Capacidade do transportador O diagrama abaixo representa a lógica utilizada no dimensionamento de pontes rolantes, conforme orientações da NBR 8400. Projeto Coeficiente de carga (Q) Dimensionamento do cabo Carga (C) Velocidade elevação Tipo de cabo Grupo de mecanismo Classe de funcionamento Estado de solicitação Elevação Potência de elevação Perdas Translação Diâmetro da roda Potência de translação Carga (C) Peso Carro Peso moitão Velocidade translação Coeficiente rolamento Perdas Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Projeto de transportadores industriais: Ponte rolante Capacidade do transportador Dados de entrada: •Carga útil. •Vão da ponte •Altura de elevação. •Condição de operação: -Estado de solicitação: tempo de operação estimando para a ponte rolante. -Classe de funcionamento: É determinado em virtude da frequência na qual a capacidade nominal do equipamento é utilizada. Exemplo: • Carga a ser elevada: 15ton (15.000kgf ou 150kN) • Vão da ponte: 10 m •Altura de elevação: 18 m • Cabo não rotativo.* • Condições de operação: -O tempo de utilização é igualmente divido entre as cargas mínimas médias e máximas. -Em média 3 horas diária de operação. Premissas: • Carro de translação com 4 rodas, rendimento de 0,99, trilhos de aço ABNT 1045 (σr= 62,5 daN/mm² ); • Sistema de levantamento com 4 cabos, peso de 3ton e rendimento de 0,99; • Velocidade de elevação média (5m/min); • Velocidade de translação de aprox 20m/min para atender ao processo produtivo. Obs: 1kgf 10N 1daN = 10N Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Projeto de transportadores industriais: Pontes rolantes Dimensionamento do carro de elevação Dimensionamento do cabo Onde: Q = coeficiente de carga Onde: -Tc o esforço máximo de tração em kgf -C é a carga a ser elevada em kgf -nc o numero de cabos utilizados para realizar a tração. -ηc o rendimento das polias. -dc o diâmetro do cabo. -Pmoitão = 630kgf Onde Q é determinado em função do grupo de mecanismo e do tipo de cabo cc moitão C nN PC T Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Projeto de transportadores industriais: Pontes rolantes Dimensionamento do carro de elevação Coeficiente de carga (Q) É determinado em função do grupo de mecanismo e tipo de cabo. Com relação ao tipo de cabo: No exemplo proposto utiliza-secabos não rotativos, utilizado para situações onde apenas um cabo ou vários cabos, porem muito próximos, realizam a elevação da carga. A obtenção dos grupos de mecanismos será detalhada nos próximos slides. Fonte: NBR 8400 Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Projeto de transportadores industriais: Pontes rolantes Dimensionamento do carro de elevação Coeficiente de carga (Q): Grupos de mecanismos Determinação do grupo de mecanismos: É determinado em virtude do tempo de operação estimando para a ponte rolante e da frequência na qual a capacidade nominal do equipamento é utilizada. Fonte: NBR 8400 Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Para o exemplo proposto teremos o estado de solicitação igual a 2. Projeto de transportadores industriais: Pontes rolantes Dimensionamento do carro de elevação Coeficiente de carga (Q): Grupos de mecanismos / Estados de solicitação Fonte: NBR 8400 Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Projeto de transportadores industriais: Pontes rolantes Dimensionamento do carro de elevação Coeficiente de carga (Q): Grupos de mecanismos/ Classe de funcionamento Nível de utilização do equipamento expresso em número convencional de ciclos de levantamento. Para o exemplo proposto teremos a classe de utilização igual a V2. Fonte: NBR 8400 Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Projeto de transportadores industriais: Pontes rolantes Coeficiente de carga (Q): Grupo de mecanismo Para o exemplo proposto e utilizando os valores previamente calculados de estado de solicitação e classe de funcionamento, teremos o grupo de mecanismo igual a 2m. Fonte: NBR 8400 Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Projeto de transportadores industriais: Pontes rolantes Dimensionamento do carro de elevação Coeficiente de carga (Q) Para o exemplo proposto e com os valores previamente calculados, teremos Q = 0,335. Fonte: NBR 8400 Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Projeto de transportadores industriais: Pontes rolantes Dimensionamento do carro de elevação Dimensionamento do cabo Substituindo os valores previamente calculados nas equações abaixo determinaremos o diâmetro do cabo. * Deve-se selecionar o cabo comercialmente disponível com diâmetro não inferior ao calculado. Onde: -C = 15.000kgf -Pmoitão = 630 kgf -Nc = 4 -ηc = 0,99 Fonte: NBR 8400 Obs: 1kgf 10N 1daN = 10N kgf nN PC T cc moitão C 947.3 99,04 630000.15 TcQd C O coeficiente Q = 0,335 3947335,0 TcQd C mmd C 05,21 Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Projeto de transportadores industriais: Pontes rolantes Dimensionamento do carro de elevação Potência de elevação Onde: Nelev = Potência de elevação (CV) C = Carga a ser elevada (kgf) Pmoitão= Peso do moitão (kgf) VElev = Velocidade de elevação (m/min) ηElev = Rendimento do sistema de elevação Obs: Os fatores 60 e 75 na fórmula são utilizados para conversão de min=>segundos e de Watt para CV, respectivamente. Velocidade de elevação recomendadas em função da demanda de produção requerida ao equipamento. No exemplo proposto sugere-se 5m/min Baixa Média Alta 1- 3 m/min 4- 6 m/min 7- 10 m/min Fonte: NBR 8400 Elev ElevMoitão Elev n VPC N 7560 1CV 0,75W Elev Elevmoitão Elev n VPC N 7560 CVN Elev 54,17 99,07560 5630000.15 * Deve-se selecionar um motor comercialmente disponível com potência não inferior ao calculado. Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Índice Dimensionamento do carro de elevação. Dimensionamento do carro de translação. Estrutura. Projeto de transportadores industriais: Pontes rolantes Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais 21 lim CCP Db P roda médio Projeto de transportadores industriais: Pontes rolantes Dimensionamento do carro de translação Diâmetro da roda – Comparando as pressões limites 21lim . CCPb P D médio roda Fonte: NBR 8400 n PPC P moitãocarro máx 3 2 mínmáx médio PP P n PP P moitãocarro mín C = Carga a ser elevada = 15.000kgf Pcarro = 2,5 Psistema levantamento (kgf) Pmoitão = 630kgf n = Número de rodas do carro = 4 Pressão limite do material em daN/mm2. Utilizando um Aço ABNT 1045 com σr= 62,5 daN/mm² e entrando na tabela, temos que: Plim= 0,56 daN/mm² Largura do trilho de deslocamento em mm. Utilizando o trilho padrão CSN TR 32 ASCE 6540 temos que b = 45 mm. Obs: 1kgf 10N 1daN = 10N Coeficiente aplicado à pressão limite em uma roda, sendo função do grupo a que pertence o mecanismo (estado de solicitação e classe de funcionamento) já determinado (2m), teremos: C2 = 1 Coeficiente aplicado à pressão limite em uma roda, sendo função da rotação da mesma. Ver próximo Slide Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Projeto de transportadores industriais: Pontes rolantes Dimensionamento do carro de translação Diâmetro da roda Fonte: NBR 8400 n PPC P moitãocarro máx 3 2 mínmáx médio PP P n PP P moitãocarro mín C = Carga a ser elevada = 15.000kgf Pcarro = 2,5 PSist Elev (kgf) Pmoitão = 630kgf n = Número de rodas do carro = 4 kgfP máx 630.22 4 630000.7000.15 Componentes do sistema de levantamento Pmancais Peixodopinhão Ppinhão Peixodotambor Pcoroa Pfreio Ptambor Pmotor Pacoplamentos Predutor Assumir sistema de levantamento de 3.000kgf. Logo: Pcarro = 2,5 x 3.000kgf Pcarro = 7.000kgf kgfP mín 907.1 4 630000.7 kgf PP P mínmáx médio 792.11 3 2 Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Projeto de transportadores industriais: Pontes rolantes Dimensionamento do carro de translação Diâmetro da roda Fonte: NBR 8400 156,045 792.11 1 C D roda 22lim . CCPb P D médio roda Assumindo uma velocidade de translação de 20m/min conforme especificação de operação, devemos verificar a combinação entre Droda e o coeficiente C1, para determinar o Droda. Temos várias condições nas quais a equação é satisfeita. Portanto seleciona-se o menor valor para atender a critérios de custo. Droda = 200mm C1: Coeficiente aplicado à pressão limite em uma roda, sendo função da rotação da mesma. Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Projeto de transportadores industriais: Pontes rolantes Dimensionamento do carro de translação Potência do carro de translação É similar ao procedimento utilizado para a determinação da potência de elevação, porém, deve-se incluir também o peso da ponte rolante, utilizar a velocidade de translação da mesma e o coeficiente de rolamento Wt. Fonte: NBR 8400 Onde: Nelev = Potência de elevação (CV) C = Carga a ser elevada (kgf) PCarro= Peso do carro de translação (kgf) = 2,5 PSist Elev (kgf) PMoitão= Peso do moitão (kgf) VTrans = Velocidade de translação (m/min) Wt = Resistência ao rolamento das rodas do carro ηTrans = Rendimento do sistema de translação Trans tTransMoitãoCarro Trans n WVPPC N 7560 1CV 0,75W * Deve-se selecionar um motor comercialmente disponível com potência não inferior ao calculado. CVN Trans 07,1 99,07560 105,1020630000.7000.15 3 Professor: Valdeon SozoEngenharia Mecânica - Disciplina: Transporte e Movimentação de Materiais Sistemas de transporte e movimentação de materiais Tipos e características dos transportadores industriais Seleção de transportadores industriais Projeto de transportadores industriais Orientação gerais para o projeto de transportadores industriais Dimensionamento de transportadores industriais Normas técnicas aplicadas em projetos de transportadores industriais
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