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A armazenagem no contexto logístico

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Armazenagem e 
Movimentação 
de Terminais
A Armazenagem no 
Contexto Logístico
Desenvolvimento do material
Júlio César de Souza Loureiro
1ª Edição
Copyright © 2020, Afya.
Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida, 
transmitida e gravada, por qualquer meio eletrônico, 
mecânico, por fotocópia e outros, sem a prévia 
autorização, por escrito, da Afya.
Sumário
A Armazenagem no Contexto Logístico
Para início de conversa... ..................................................................... 3
Objetivo ........................................................................................... 3
1. Características da Armazenagem (Funções de Armazenagem, 
Tipologia dos Armazéns e Terminais de Operações Logísticas) . 4
2. Necessidades de Espaço Físico (Razões para a Adoção de um 
Espaço Físico) ................................................................................... 8
3. Armazém Próprio x Armazém Terceirizado x Misto (Exemplos, 
Vantagens e Desvantagens de Cada Modelo) ............................... 9
3.1 Armazém Próprio ................................................................................... 10
3.2 Aluguel de Espaço de Terceiros ........................................................ 11
3.3 Estoque em Trânsito ............................................................................ 12
3.4 Operações Mistas .................................................................................. 13
Referências ........................................................................................... 14
Armazenagem e Movimentação de Terminais 2
Para início de conversa...
Sejam todos muito bem-vindos ao nosso primeiro capítulo. Aqui, 
iniciamos nossa caminhada na disciplina Armazenagem e Movimentação 
de Terminais e partimos conhecendo os principais tipos de armazéns 
existentes, como também os critérios que devem ser utilizados para a 
escolha da opção mais vantajosa para a organização, considerando o 
contexto organizacional e os seus objetivos. Em seguida, vocês terão 
contato com as principais características da armazenagem, suas funções, 
tipologia dos armazéns e terminais de operações logísticas. Além disso, 
exploraremos as razões que levam os gestores a necessitarem de um 
espaço físico para acomodar as suas operações logísticas.
Interpretaremos, aqui, os tipos de armazéns existentes e decisões que 
você poderá tomar um dia. Esse tipo de conhecimento permitirá à sua 
empresa optar por um armazém próprio, terceirizado ou misto. Veremos 
exemplos e examinaremos as vantagens e desvantagens apresentadas 
por cada um dos modelos propostos.
Objetivo
Interpretar os tipos de armazéns existentes e escolher a opção mais 
vantajosa para a organização.
Armazenagem e Movimentação de Terminais 3
1. Características da Armazenagem (Funções 
de Armazenagem, Tipologia dos Armazéns e 
Terminais de Operações Logísticas)
A logística passou a ser percebida como uma alternativa para o 
cumprimento eficiente dos objetivos de todas as organizações. É uma 
disciplina que cuida de todas as atividades que envolvem a movimentação 
e armazenagem, as quais, segundo a visão de Nogueira (2018), contribuem 
positivamente para o fluxo de produtos, iniciando com os primeiros elos 
das cadeias de suprimentos, com a obtenção de matérias-primas, e, em 
seguida, perpassando por todos os elos, até chegar ao consumidor final ou 
cliente. Envolve fluxos de informações capazes de colocar os produtos em 
movimento, objetivando o atingimento de níveis de serviço que atendam 
às expectativas dos consumidores por um custo razoável.
Atualmente, as grandes e médias empresas estão bem niveladas em relação 
ao aspecto tecnológico, pois existem soluções acessíveis para muitos 
segmentos, sendo a logística um dos principais elementos capazes de 
assegurar a sobrevivência e o crescimento dessas organizações no mercado. 
Uma logística eficiente pode representar o diferencial de uma empresa.
Figura 1: Ajudante de armazém efetuando a coleta do código de barras de um item durante 
a separação física com o auxílio de um coletor de dados móvel integrado a um sistema 
especialista chamado WMS (Warehouse Management System – Sistema de Gerenciamento do 
Armazém, em português). Fonte: Dreamstime.
Ainda segundo Nogueira (2018), apesar de as atividades de transporte, 
manutenção de estoques e processamento de pedidos, conhecidas 
também como atividades primárias, serem os principais elementos que 
contribuem para garantir a disponibilidade e a condição física de bens 
e serviços, existe uma série de atividades complementares que apoiam 
essas atividades primárias. São conhecidas como atividades de apoio e, 
dentre elas, encontra-se a armazenagem. 
Armazenagem e Movimentação de Terminais 4
As atividades de apoio são: 
 ▪ Armazenagem. 
 ▪ Manuseio de materiais. 
 ▪ Embalagem de proteção. 
 ▪ Obtenção. 
 ▪ Programação de produtos. 
 ▪ Manutenção de informação.
A armazenagem refere-se à administração do espaço necessário para 
manter estoques, solucionando problemas típicos da sua função, como:
1. Localização.
2. Dimensionamento de área. 
3. Arranjo físico.
4. Recuperação do estoque. 
5. Dimensionamento de docas ou baias de atracação.
6. Quantidade de docas ou baias de atracação.
7. Própria configuração e destinação do armazém.
Atualmente, ao optar pela montagem ou reestruturação de uma cadeia 
de abastecimento, em sua totalidade ou parcialmente, os gestores tomam 
decisões importantes, como a escolha do sistema de armazenagem mais 
indicado e do canal, ou canais, voltados para uma distribuição mais 
adequada, a fim de lançar um produto ao mercado da forma mais 
competitiva possível. 
Uma vez implementados tais canais de distribuição, a segunda questão 
está ligada à melhor forma de mantê-los em operação, garantindo, dessa 
forma, níveis satisfatórios de serviço aos consumidores para os quais 
o produto foi inicialmente projetado. Sabe-se que, na atualidade, os 
consumidores ou clientes estão cada vez mais exigentes.
Logo, devem ser tomadas medidas específicas para custear a construção 
e a conservação de estoques de produtos, que devem ser capazes de 
comportar prioritariamente os itens de maior consumo, uma vez que 
seria inviável financeiramente fazer isso para todos os produtos possíveis 
de serem armazenados. A estratégia ideal é manter a menor quantidade 
possível armazenada, conseguindo, assim, ocupar uma quantidade 
menor de espaço e minimizar o acionamento de recursos. Isso permite 
uma redução do valor imobilizado em estoque, passando a manter uma 
condição mais ágil de atendimento pelo canal de distribuição escolhido 
para esses produtos.
Um sistema de  armazenagem  envolve mais do que a simples 
armazenagem de materiais. Abrange muitos outros fatores, como 
disponibilização de espaço, estruturas de  armazenagem, sistemas 
de movimentação de materiais, pessoas, equipamentos, programas 
(softwares), equipamentos (hardwares), entre outros.
Armazenagem e Movimentação de Terminais 5
O sistema de distribuição a ele associado dependerá das características 
do negócio de cada empresa, da forma que foi planejado seu fluxo de 
processos logísticos, de sua cadeia de abastecimento e da forma que 
a empresa compete no mercado. E para que isso funcione de forma 
harmônica, é importante que o fluxo dos processos de armazenagem e 
distribuição estejam muito bem elaborado, a fim de proporcionar o 
atendimento das expectativas dos clientes, conforme mencionamos 
anteriormente.
Como pôde ser percebido, a armazenagem  é um dos tópicos mais 
relevantes relacionados à logística. Um sistema de  armazenagem, 
quando bem especificado, adequado e aplicado na empresa, pode 
solucionar e evitar diversos problemas que influenciam diretamente 
o processo produtivo e de distribuição dos produtos. Além disso, pode 
otimizar a utilização dos espaços e contribuir com a redução de custos 
dos produtos, tanto para abastecer as linhas de produção quanto para 
o consumidorfinal, proporcionando, consequentemente, o aumento da 
competitividade da empresa focal no mercado.
A principal função da armazenagem é administrar o espaço e o tempo. 
O espaço dependerá do tipo de produto a ser manuseado e armazenado, 
como estudaremos mais adiante. Cientes disso, os operadores podem 
usar o espaço disponível de forma efetiva, e algumas das ferramentas 
logísticas potencializam a flexibilização desse espaço, como será visto 
nas unidades 2 a 4 da disciplina.
Diante das alternativas disponíveis, um gestor poderá adotar (conforme 
a disponibilidade orçamentária, avaliação de custos e políticas da 
empresa em que atua) uma estrutura que mais se adéque à realização 
de suas atividades logísticas de armazenagem. Para uma empresa que 
necessite de espaço físico, considerando a natureza de suas operações e 
os tipos de produtos que precisa armazenar, para, em seguida, entregar 
aos seus clientes, ela poderá decidir entre criar um espaço físico próprio 
ou alugar um espaço terceirizado, contratando, também, as operações 
necessárias à sua execução.
O gestor ainda terá a opção de 
utilizar estruturas permanentes 
ou temporárias. As primeiras 
possuem uma característica de 
resistência e de construção 
mais robusta, servindo por 
longos espaços de tempo, 
enquanto as últimas 
emprestam um caráter 
de transitoriedade ao seu 
uso, podendo ser erguidas 
com materiais mais sutis e 
montadas e desmontadas 
em curtos espaços de tempo, 
Armazenagem e Movimentação de Terminais 6
como aquelas construídas para armazenar a produção de uma empresa 
de bebidas, a fim de agilizar as entregas de final de ano (atendimento de 
volume extra decorrente de demanda sazonal). 
Quanto ao tipo de armazém, os públicos (que podem ser contratados 
e utilizados por qualquer empresa apta, não necessariamente ligados 
e operados pelo poder público) oferecem um amplo leque de opções 
e serviços. 
Por outro lado, as empresas que optam por ter e manter armazéns próprios 
segmentam esses espaços de acordo com a natureza e vocação de suas 
operações. Isso envolve um alto grau de especialização na elaboração dos 
projetos de construção ou adaptação de uma estrutura existente às suas 
necessidades, incluindo a prescrição de equipamentos mais adequados 
ao projeto e à finalidade, o que, muitas vezes, limita a usabilidade dessa 
estratégia em função do risco de imobilização em equipamentos e 
edificação ou de reformas com adaptação de estruturas existentes.
Percebendo essa realidade, muitos armazéns públicos vêm se esforçando 
para corresponder às expectativas dos contratantes, oferecendo 
plataformas capazes de atender, sob um custo razoável, diversas opções 
de equipamentos, serviços e facilidades. Dessa forma, os armazéns 
públicos se notabilizam pela plasticidade de processos e equipamentos 
disponíveis, tornando-se capazes de atender aos mais variados tipos de 
produtos armazenados e de serviços demandados.
Ballou (2007) elenca os cinco tipos mais comuns de armazéns públicos:
 ▪ Armazéns de commodities: Destinados a abrigar os tipos mais 
comuns de mercadorias padronizadas, tais como madeira, algodão, 
café e cereais.
 ▪ Armazéns para granéis: Voltados para o manuseio e armazenagem 
de produtos granelizados, tais como produtos químicos líquidos, 
petróleo e seus derivados, xaropes e concentrados. Podem oferecer 
a combinação e o fracionamento de carga como parte do serviço que 
prestam.
 ▪ Armazéns frigorificados: Funcionam como grandes câmaras 
frigoríficas. São depósitos refrigerados, destinados à guarda de 
produtos perecíveis, como proteína animal, frutas, flores, laticínios, 
comida processada e congelada, além de produtos químicos e 
farmacêuticos.
 ▪ Armazéns para utilidades domésticas e mobiliário: Voltados para 
a armazenagem e manuseio de produtos de miudezas domésticas, 
ferramentas, acessórios, entre outros.
 ▪ Armazéns de mercadorias em geral: Idealizados para permitir o 
manuseio de inúmeros tipos de produtos, sem apresentar, no entanto, 
as facilidades ou equipamentos especializados existentes nos tipos 
anteriores.
Armazenagem e Movimentação de Terminais 7
Figura 2: Armazém terceirizado (público) para guarda de frutas. Observe o equipamento de 
refrigeração instalado na parte superior destinado à conservação dos vegetais. Fonte: Dreamstime.
2. Necessidades de Espaço Físico (Razões para 
a Adoção de um Espaço Físico)
Tão antiga como os registros na história humana sobre as atividades 
envolvendo o transporte de coisas ou pessoas, a armazenagem  de 
produtos é uma tarefa desenvolvida há séculos. A guarda de cereais, 
alimentos, animais vivos, entre outros, é comumente encontrada na 
literatura das antigas escrituras de vários povos.
Para Nogueira (2018), a armazenagem engloba a guarda, a manutenção 
e a movimentação da matéria-prima e de produtos acabados, com o 
intuito de manter a qualidade do produto, administrando o espaço e 
tempo. No período atual, sabe-se que tanto o Centro de Distribuição (CD) 
como o armazém são os meios mais eficientes para a consolidação das 
cadeias logísticas, possibilitando a manutenção de um fluxo constante 
para atender aos seus clientes.
Quando a questão é a luta pelo espaço físico, ele pode ser melhor 
utilizado quando administrado por um sistema localizador de estoque. 
Graças ao apoio da informática, programas especialistas e equipamentos 
de apoio tecnológico são capazes de realizar diversas funções de 
gerenciamento de estoques existentes em um armazém, porém, além 
dessas tecnologias, são necessárias pessoas treinadas e capacitadas 
para utilizá-las e melhorá-las. 
Um sistema integrado de localização, destinado ao oferecimento de 
maior visibilidade da operação e rastreamento das etapas dos processos, 
requer uma atuação eficiente dos colaboradores que trabalham no 
armazém. Desde a entrada do material no recebimento até a saída na 
expedição, todas as etapas precisam ser registradas, evitando, assim, 
divergências no ato de inventariar um determinado produto. A Figura 
3, a seguir, apresenta as principais atividades de um armazém (CD), na 
visão de Nogueira (2018).
Armazenagem e Movimentação de Terminais 8
Produtos ou
matéria-prima
Gestão de
Armazém
Recebimento
Movimentação
física
Estocagem
Picking
e packing
Montagem de
cargas e expedição
Embarque
físico
Locação de material
Controle de qualidade
Controle de embalagem
Inventário
Gestão de recursos
Figura 3: Gestão do armazém. Fonte: Adaptada de Nogueira (2018).
Um armazém, com seus processos otimizados e alinhados, proporciona 
para as empresas, a um custo razoável:
1. Uma máxima utilização do espaço (ocupação do espaço).
2. A efetiva utilização de recursos disponíveis (mão de obra e 
equipamentos).
3. O pronto acesso a todos os itens (seletividade).
4. Uma máxima proteção aos itens estocados.
5. Uma boa organização.
6. E o mais importante: o atendimento das necessidades dos clientes.
A armazenagem  pode ser simples ou complexa, o que irá depender 
das características intrínsecas aos materiais, tais como o seu grau de 
fragilidade, oxidação, radiação, volume, combustividade, explosividade, 
corrosão, peso, volatização, intoxicação, inflamabilidade e forma.
Após análise do tipo de material que será armazenado, os gestores 
poderão projetar as necessidades do armazém para promover uma boa 
gestão dos processos e produtos.
3. Armazém Próprio x Armazém Terceirizado x 
Misto (Exemplos, Vantagens e Desvantagens 
de Cada Modelo)
Como visto anteriormente, em função dos objetivos e disponibilidade 
de investimento de uma organização, ela pode dispor de estruturas 
próprias ou contratadas para a realização de suas operações, sejam elas 
desempenhadas em armazéns públicos ou terceirizados.
Armazenagem e Movimentação de Terminais 9
As organizações que precisem de espaço físico para estoques podem 
escolher entre possuir o depósito, alugar o espaço físico (para depois 
operar por conta própria ou por meio da contratação de empresas 
terceiras, responsáveis pela operação de armazenagem),alugar o 
depósito (contratar um depósito montado para ela própria operar ou 
também contratar os serviços ali existentes, como no caso dos armazéns 
públicos) ou estocar em trânsito. Como esperado, cada uma das quatro 
opções possui vantagens e desvantagens. A seguir serão relacionados os 
tipos de depósitos e suas características mais relevantes.
3.1 Armazém Próprio
O espaço físico próprio é utilizado pela maioria das indústrias e prestadoras 
de serviços, visto que essas organizações demandam um espaço físico 
para a realização da armazenagem de alguma forma, que pode ocorrer 
a partir da utilização de uma sala com poucos metros quadrados ou de 
um galpão com dezenas de milhares de metros quadrados. No entanto, 
independentemente do caso, as empresas investem capital na criação e 
disponibilidade para uso dessas facilidades (estruturas). 
A partir do investimento, espera-se conseguir os seguintes resultados:
 ▪ Custo da armazenagem inferior ao praticado por terceiros, 
especialmente quando existe uma elevada taxa de utilização da 
facilidade na maior parte do tempo.
 ▪ Maior grau de controle sobre as operações de armazenagem, o 
que permite rápidas modificações e ajustes para o atendimento de 
demandas pontuais, com níveis de serviço e respostas mais eficientes.
 ▪ Uso do terreno e da edificação para outros fins, caso haja necessidade, 
de modo que a área pode ser reutilizada para comportar atividades de 
manufatura ou administrativas, garagem de veículos, departamentos 
ou salas comerciais.
 ▪ Caso a empresa precise armazenar produtos químicos ou 
farmacêuticos específicos, essa poderá ser a melhor solução e, talvez, 
a única alternativa possível e viável.
Uma desvantagem é o fato de que o investimento em estruturas próprias 
demanda um minucioso estudo e levantamento da taxa de retorno do 
investimento, o que implica uma maior parcela de responsabilidade aos 
investidores, envolvendo encargos trabalhistas, contratação de pessoal 
próprio e, o mais relevante, riscos associados de perda do capital 
investido, caso a rentabilidade projetada não se materialize por aspectos 
alheios ao mapeamento realizado. Isso tudo faz com que, muitas 
vezes, a opção mais viável seja o aluguel do espaço, e não sua posse 
e manutenção.
Outro ponto desfavorável é a possibilidade de subutilização do espaço 
em períodos de baixa demanda.
Armazenagem e Movimentação de Terminais 10
Como exemplo desse tipo de operação, podemos citar o armazém próprio 
da empresa Casas Bahia, localizado no município de Duque de Caxias, 
estado do Rio de Janeiro, com 137.000 m2 de área total, utilizado para 
receber, armazenar, separar e despachar para diversas lojas e municípios 
os produtos comercializados pelas lojas físicas e virtual da empresa, 
oferecendo maior pontualidade e agilidade nas entregas. 
3.2 Aluguel de Espaço de Terceiros
As empresas podem evitar a adoção de depósitos próprios ao optarem 
pela contratação de espaços públicos. Atualmente, muitas empresas 
prestam esse tipo de serviço com custos competitivos e proporcionando 
uma série de opções e facilidades, conforme as exigências dos 
contratantes.
O aluguel de espaço pode se dar de várias formas, das mais simples às 
mais complexas. Isso cobre desde a locação do terreno ou de espaço 
ocioso em operações de outras organizações, para que a empresa 
contratante assuma a construção, adequação e operação, evoluindo para 
uma operação própria dentro de espaços alugados, até opções mais 
sofisticadas, como a contratação do espaço, estruturas, equipamentos, 
pessoal e operações, que passam a ser executadas remotamente 
por terceiros e acompanhadas pelos indicadores de desempenho 
estabelecidos nos contratos celebrados entre as partes.
As atividades podem ser operadas em espaços públicos, como visto 
anteriormente, de forma que diversas empresas contratantes permitem 
que suas mercadorias sejam armazenadas em espaços comuns, 
juntamente com outras das demais contratantes, separadas conforme a 
categoria, tipo e cuidados necessários.
Como operam para diversos contratantes, podem apresentar um preço 
tão competitivo quanto os armazéns próprios, sendo uma alternativa a 
ser avaliada.
Como já citado anteriormente, existem algumas categorias 
predominantes de espaços públicos, como os de commodities, granéis, 
frigorificados, utilidades e gerais.
Esses espaços devem apresentar serviços que atraiam seus potenciais 
clientes, com ações alinhadas às suas expectativas. Geralmente oferecem 
atividades de recebimento, armazenagem, despacho, consolidação, 
combinação e montagem de cargas, transferências e estocagem em trânsito.
Com o aumento do nível de serviço exigido, muitos passaram a oferecer 
outros serviços adaptados às especificidades dos clientes, tais como:
 ▪ Manuseio, armazenagem e distribuição por volumes.
 ▪ Ambiente com umidade e temperaturas controladas.
 ▪ Espaço para colocação de escritório, sala de reuniões e exposição 
de itens.
Armazenagem e Movimentação de Terminais 11
 ▪ Rastreamento de produtos.
 ▪ Integração de sistemas via EDI (Electronic Data Interchange, ou 
Intercâmbio Eletrônico de Dados, em português).
O termo B2B refere-se ao relacionamento entre duas empresas, 
correspondendo ao termo em inglês business-to-business.
As vantagens desse tipo de operação envolvem a melhoria do foco no 
negócio, obtenção de acesso à capacidade de nível mundial, redução dos 
riscos de investimentos finais caros na aquisição de ativos logísticos, 
compartilhamento de riscos, liberação de recursos próprios, que seriam 
utilizados nessa operação para outros fins, diminuição ou possibilidade 
de controlar de maneira mais eficiente os custos das operações, assim 
como melhoria na gestão de funções difíceis ou fora de controle. 
Como desvantagens, pode-se elencar a necessidade de vincular-se 
a contratos que podem ter uma duração longa. Em função do tipo de 
investimento exigido para a operação, a vantagem competitiva pode 
ser perdida, caso seja oferecida para outras empresas, incluindo as 
concorrentes. Outro ponto negativo é o de que a imagem da empresa 
fica associada ao serviço prestado pela empresa contratada, vinculando-
se ao que ela fizer de bom ou de ruim. Além disso, existe a possibilidade 
de perda da visibilidade dos custos e do nível de serviço real.
Um exemplo desse tipo de operação é o caso da empresária Tânia 
Gomes, a qual, percebendo a sua dificuldade e, também, a de outras 
consumidoras, que calçavam sapatos na numeração 33 ou 34, 
decidiu criar uma empresa que vende produtos pela rede mundial de 
computadores. Ela negociou com os fornecedores o envio dos produtos 
em caixas identificadas, os quais, após a realização da venda pela 
internet, são direcionados para um armazém terceirizado (público) 
responsável por realizar a separação, embalar e despachar o pedido 
pelos Correios. Tudo é acompanhado em tempo real, com rastreamento 
e utilização dos recursos de pessoal, estruturas de armazenagem e de 
movimentação do próprio armazém contratado.
3.3 Estoque em Trânsito 
O estoque em trânsito, citado inicialmente, representa a possibilidade 
de as empresas possuírem estoques embarcados em veículos durante 
o trajeto de suas entregas, partindo do emitente até chegar ao 
destinatário, podendo passar de um modal para outro, transitar entre 
estruturas físicas temporárias, como alfândegas, até atingir o destino 
final. Não deve ser confundido com as facilidades de estoque temporário 
oferecidas por algumas transportadoras. 
Trata-se de uma modalidade de armazenagem especial que demanda 
uma sincronização e coordenação precisa com o modal escolhido, pois 
diferentes opções de transporte envolvem diferentes custos para a sua 
realização e diferentes tempos de trânsito. O analista deverá observar os 
Armazenagem e Movimentação de Terminais 12
custos associados à escolha e selecionar o modal que reduza, ou até mesmo 
elimine, a necessidade de utilização da armazenagem convencional. Essa 
opção pode ser atrativa para empresas que atuam defortemente em 
períodos sazonais e que utilizam transportes por longas distâncias. 
3.4 Operações Mistas
As operações mistas representam uma alternativa na qual as empresas 
podem contratar o aluguel do espaço físico e colocar o seu próprio 
quadro de pessoal para rodar a operação, ou, no outro extremo, ter 
instalações próprias operadas por empresas especializadas em prestar 
serviços dentro das contratadas (logística in-house).
Figura 4: Operação de reabastecimento de endereço em um armazém público (terceirizado), 
sendo realizado por profissional da empresa contratada. Fonte: Dreamstime.
Como vantagens, tem-se a busca da ampliação das vantagens dos dois 
modelos e a mitigação dos riscos. Quanto às desvantagens, destacam-
se os problemas observados em operações puramente próprias ou 
totalmente terceirizadas na sua essência.
Um exemplo desse tipo de operação pôde ser observado na operação 
conduzida pela Gefco Logística do Brasil com um dos seus clientes, a Irwin 
Rubbermaid, localizada em São Paulo, em meados da primeira década 
dos anos 2000. As instalações físicas e equipamentos de separação e 
movimentação pertenciam à Irwin. Contudo, a efetivação e supervisão 
das operações de armazenagem, que compreendiam o recebimento, 
separação, conferência, expedição, recebimento e desova de contêineres, 
montagem de kits expositores, tratamento de devoluções, reembalagem, 
etiquetagem e inventário físico, ficavam a cargo da Gefco. A operação 
era acompanhada por indicadores de desempenho e pautadas pelo 
atendimento do nível de serviço e metas mensais de embarques.
Como pôde ser observado ao longo dessa Unidade de Aprendizagem, são 
muitos os fatores que influenciam e impactam as decisões relacionadas 
à utilização de uma estrutura totalmente própria ou totalmente 
terceirizada, considerando, ainda, os estágios intermediários entre essas 
configurações. O que realmente importa é compatibilizar os custos 
e esforços, que precisarão ser empreendidos, e ponderar os níveis de 
serviços que espera-se atingir no atendimento das necessidades dos 
clientes das empresas.
Armazenagem e Movimentação de Terminais 13
Viu-se que muitas organizações buscam especialização no atendimento 
de empresas interessadas em armazenagem, possibilitando um ganho 
de escala tão significativo a ponto de torná-las aptas a competir em 
custos, prestar serviços e oferecer atividades logísticas diferenciadas, 
atendendo a demandas cada vez mais variadas de serviços.
Referências
BALLOU, R. H. Logística Empresarial: transportes, administração de 
materiais e distribuição física. São Paulo: Atlas, 2007.
NOGUEIRA, A. S. Logística empresarial: um guia prático de operações 
logísticas. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2018.
Armazenagem e Movimentação de Terminais 14
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	Apresentação
	Objetivos Gerais
	A Armazenagem no
Contexto Logístico
	Para início de conversa...
	Objetivo
	1. Características da Armazenagem (Funções de Armazenagem, Tipologia dos Armazéns e Terminais de Operações Logísticas)
	2. Necessidades de Espaço Físico (Razões para a Adoção de um Espaço Físico)
	3. Armazém Próprio x Armazém Terceirizado x Misto (Exemplos, Vantagens e Desvantagens de Cada Modelo)
	3.1 Armazém Próprio
	3.2 Aluguel de Espaço de Terceiros
	3.3 Estoque em Trânsito 
	3.4 Operações Mistas
	Referências
	Projetando um Armazém
	Para início de conversa...
	Objetivo
	1. Localização do Armazém (Níveis de Decisão Envolvidos, Proximidade das Fontes de Matérias-Primas e Fornecedores, Proximidade dos Consumidores, Facilidades de Acesso)
	2. O Layout do Armazém (Objetivos, Utilização Cúbica, Estruturas Administrativas, Docas, Câmaras Frias, Frigoríficas e Outras de Apoio à Operação, Estudos de Layout)
	3. Decisões de Layout do Armazém
	Referências
	Recebimento de Materiais
	Para Início de Conversa
	Objetivo
	1. Antes do Recebimento Físico (Agendamento, Conciliação da DANFE x Pedido)
	2. Recebimento Físico (Recebimento de Devoluções, Conferência de Recebimento, Contagem Cega, Recebimento Automático e de Fornecedor Certificado, Situações que Demandam Recebimento Técnico e Quarentena para Aferição da Qualidade)
	3. Registro de não Conformidades (Relatório de Ocorrências); Devolução Total e Parcial; Lançamento nos Sistemas de Controle, Trâmite de Documentos e Incorporação ao Estoque Físico
	Referência
	Equipamentos voltados para a armazenagem
	 e a movimentação de produtos
	Para Início de Conversa
	Objetivo
	1. Principais estruturas de armazenagem (blocado, porta-paletes, estantes, mezaninos, drive-in, drive-through etc.)
	2. Principais equipamentos de movimentação (paleteiras, empilhadeiras, AGV, talhas, pórticos móveis, pontes rolantes, rebocadores, guindastes, carrinhos, transelevadores etc.)
	3. Esteiras, transportadores, carrosséis horizontal e vertical
	Referências
	Endereçamento e Cuidados
no Armazém
	Para início de conversa...
	Objetivo
	1. Endereçamento e Localização no Armazém (Projeto de Identificação de SKU, Identificação de Ruas, Espaços e Áreas Especiais, Endereço Fixo, Aleatório WMS)
	2. EPI, EPC e NR-35 para a Equipe Envolvida 
na Armazenagem
	3. Prevenção de Perdas na Armazenagem, Tecnologias de Monitoramento
	Referências
	Separação e Expedição
	Para início de conversa...
	Objetivos
	1. Técnicas de separação física (formas e soluções)
	2. Mecanismos de conferência, embalagem dos produtos separados, pesagem e identificação
	3. Emissão do DANFe, expedição de mercadorias com direcionamento para as transportadoras e destinação adequada de avarias e resíduos
	Referências
	Custos na Armazenagem
	Para início de conversa...
	Objetivo
	1. Principais custos associados à armazenagem e à movimentação de materiais e soluções para reduzi-los
	2. Conceito LDC laid-down cost (dos custos de entrega afetados pela localização dos armazéns)
	3. Trade-offs na armazenagem (compensação de custos, custo da sobra, da falta e das avarias)
	Referências
	O Futuro da Armazenagem
	Para Início de Conversa
	Objetivo
	1. Armazém do Futuro (Hub Multimarcas e Multiempresas)
	2. Armazém Verde e Autossustentável
	3. Desafios Logísticos para Manter e Elevar o Nível de Serviço ao Cliente com a Armazenagem
	Referências
	Considerações Finais
	A Armazenagem no
Contexto Logístico
	Para início de conversa...
	Objetivo
	1. Características da Armazenagem (Funções de Armazenagem, Tipologia dos Armazéns e Terminais de Operações Logísticas)
	2. Necessidades de Espaço Físico (Razões para a Adoção de um Espaço Físico)
	3. Armazém Próprio x Armazém Terceirizado x Misto (Exemplos, Vantagens e Desvantagens de Cada Modelo)
	3.1 Armazém Próprio
	3.2 Aluguel de Espaço de Terceiros
	3.3 Estoque em Trânsito 
	3.4 Operações Mistas
	Referências
	Projetando um Armazém
	Para início de conversa...
	Objetivo
	1. Localização do Armazém (Níveis de Decisão Envolvidos, Proximidade das Fontes de Matérias-Primas e Fornecedores, Proximidade dos Consumidores, Facilidades de Acesso)
	2. O Layout do Armazém (Objetivos, Utilização Cúbica, Estruturas Administrativas, Docas, Câmaras Frias, Frigoríficas e Outras de Apoio à Operação, Estudos de Layout)
	3. Decisões de Layout do Armazém
	Referências:
	Recebimento de Materiais
	Para Início de Conversa
	Objetivo
	1. Antes do Recebimento Físico (Agendamento, Conciliação da DANFE x Pedido)
	2. Recebimento Físico (Recebimento de Devoluções, Conferência de Recebimento, Contagem Cega, Recebimento Automático e de Fornecedor Certificado, Situações que Demandam Recebimento Técnico e Quarentena para Aferição da Qualidade)
	3. Registro de não Conformidades (Relatório de Ocorrências); Devolução Total e Parcial; Lançamento nos Sistemas de Controle, Trâmite de Documentos e Incorporação ao Estoque Físico
	Referência
	Equipamentos voltados para a armazenagem
	 e a movimentação de produtos
	Para Início de Conversa
	Objetivo
	1. Principais estruturas de armazenagem (blocado, porta-paletes, estantes, mezaninos, drive-in, drive-through etc.)
	2.Principais equipamentos de movimentação (paleteiras, empilhadeiras, AGV, talhas, pórticos móveis, pontes rolantes, rebocadores, guindastes, carrinhos, transelevadores etc.)
	3. Esteiras, transportadores, carrosséis horizontal e vertical
	Referências
	Endereçamento e Cuidados
no Armazém
	Para início de conversa...
	Objetivo
	1. Endereçamento e Localização no Armazém (Projeto de Identificação de SKU, Identificação de Ruas, Espaços e Áreas Especiais, Endereço Fixo, Aleatório WMS)
	2. EPI, EPC e NR-35 para a Equipe Envolvida 
na Armazenagem
	3. Prevenção de Perdas na Armazenagem, Tecnologias de Monitoramento
	Referências
	Separação e Expedição
	Para início de conversa...
	Objetivos
	1. Técnicas de separação física (formas e soluções)
	2. Mecanismos de conferência, embalagem dos produtos separados, pesagem e identificação
	3. Emissão do DANFe, expedição de mercadorias com direcionamento para as transportadoras e destinação adequada de avarias e resíduos
	Referências
	Custos na Armazenagem
	Para início de conversa...
	Objetivo
	1. Principais custos associados à armazenagem e à movimentação de materiais e soluções para reduzi-los
	2. Conceito LDC laid-down cost (dos custos de entrega afetados pela localização dos armazéns)
	3. Trade-offs na armazenagem (compensação de custos, custo da sobra, da falta e das avarias)
	Referências
	O Futuro da Armazenagem
	Para Início de Conversa
	Objetivo
	1. Armazém do Futuro (Hub Multimarcas e Multiempresas)
	2. Armazém Verde e Autossustentável
	3. Desafios Logísticos para Manter e Elevar o Nível de Serviço ao Cliente com a Armazenagem
	Referências
	Considerações Finais

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