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NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO ESTADO, GOVERNO e ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 1 Edvaldo Consta que Napoleão estudava detidamente as biografias dos generais contra quem iria guerrear. Dessa maneira, tentava antecipar suas estratégias e suas movimentações no terreno. ➢ O que você precisa fazer é exatamente a mesma coisa !!! A PROVA – pode ser vista como uma batalha e você tem que conhecer as estratégias, os estilos e as manhas do General inimigo que, neste caso, é a BANCA EXAMINADORA (é quem elabora a prova). 1. O que pode cair? 2. O que caiu nas provas anteriores? A segunda pergunta responde, em boa parte, à primeira. ➢ Estamos aqui para lhe ajudar mostrando o que provas já aplicadas pediram, portanto, focalizando o estudo. E, também, familiarizando-o com as rotinas da prova. PROVAS DE MÚLTIPLA ESCOLHA Primeiro Ataque as questões que você sabe e pode responder rapidamente. Segundo Responda àquelas que podem ser mais trabalhosas, mas que você acha que pode responder. Terceiro Sobram as mais difíceis !! ?? ➢ Fazer simulados pode ser considerado uma prática essencial para quem leva a sério a prova. Há pelo menos 02 (dois) benefícios claros: Primeiro Segundo Simulam condições da prova, apresentando questões reais e até as emoções. Isso permite ver onde erramos, se erramos por que não sabíamos a resposta ou se foi por distração. Há o aprendizado da gestão do tempo. Somente fazendo simulados podemos realmente ver quanto tempo podemos destinar para cada pergunta. E, também, como o tempo ganho nas questões fáceis pode ser economizado para as difíceis. ATENÇÃO!!! ✓ Entre as provas de múltiplas escolhas, há aquelas que uma resposta errada perde pontos, não apenas deixa de ganhar. ✓ Nessas provas, se não souber, não responda por palpite ou jogando na sorte. ➢ Deixa em branco. Use todo o tempo disponível para brigar com as questões. Não saia da sala antes do tempo limite. Uma última revisão costuma mostrar erros tolos de nossa parte. Ao corrigi-los, ganha-se mais um ponto. Outro fato importante!!! ➢ É que as provas profissionalmente formuladas incluem perguntas muito difíceis, para que ninguém acerte tudo. ➢ O porquê disso é técnico e não é preciso entender. ➢ O importante é que ninguém deve se torturar quando encontra perguntas que não sabe responder. ➢ Não se preocupe! ➢ É ínfimo o número de candidatos que saberão a resposta. Introdução adaptada do Livro: “Você Sabe Estudar?” Autor: Claudio de Moura Castro. Oi, meu querido aluno(a), 1. Se sua vida está difícil, faça sacrifício para mudá-la. 2. Não fique navegando entre 500 PDFs/vedioaulas achados na internet. Escolha o rumo e mantenha o curso. 3. Não existe concorrência, pois o que importa é a sua preparação, e não faça um concurso onde não pode assumir. 4. Vá as aulas, aulas extras, simulados nos sábados ou domingos. 5. Aprenda a levantar, porque você vai cair. Não passar é a regra, ficar reprovado sim. 6. Não faça de suas dificuldades motivo para desistir. Use-as para persistir. ➢ Você vai vencer!!! ➢ Você consegue!!! ➢ Acredite nos seus sonhos!!! ➢ Estudar para concursos é mudança de vida!!! A ARTE DE FAZER PROVAS 2 Edvaldo Tópico Apostila Simulado 01 Estado, Governo e Administração Pública – Conceitos, Elementos. 01.1. Conceitos 01.2 Administração Pública 01.3. Sujeitos e as Atividades Administrtivas 01.4 Atividade Administrativa ou Função 01.5. Elementos do Estado 01.6. Poderes do Estado 01.7. Organização do Estado 01.8 Natureza e Fins Tópico Apostila Simulado 02 Regime Jurídico- Administrativo Tópico Apostila Simulado 03 Organização Administrativa 03.1. Introdução 03.2. Concentração e Desconcentração 03.3. Administração Direta 03.4. Centralização e Descentralização 03.5. Administração Indireta 03.6. Entes de Cooperação 03.6.1 Entidades Paraestatais Sistema “S” 03.6.2 Terceiro Setor Organizações Sociais Tópico Apostila Simulado 04 Princípios Supra, Explícitos e Implícitos Tópico Apostila Simulado 05 Poderes administrativos Poder Hierárquico, Poder Disciplinar, Poder Regulamentar, Poder de Polícia, Uso e Abuso do Poder Tópico Apostila Simulado 06 Ato Administrativo Conceito; Requisitos e Atributos; Classificação e Espécies; Anulação, Revogação e Convalidação; Decadência Administrativa. Tópico Apostila Simulado 07 Processo Administrativo (Lei nº 9.784/1999 Tópico Apostila Simulado 08 Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/1992) Tópico Apostila Simulado 09 Responsabilidade Civil do Estado 09.1 Evolução Histórica 09.2 Responsabilidade Civil do Estado no Direito Brasileiro 09.3 Requisitos para a demonstração da responsabilidade do Estado 09.4 Causas Excludentes e Atenuantes da Responsabilidade do Estado 09.5 Reparação do Dano 09.6 Direito de Regresso Tópico Apostila Simulado 10 Serviços Públicos 10.1 Conceito 10.2 Elementos Constitutivos 10.3 Formas de Prestação e Meios de Execução 10.4 Delegação: Concessão Permissão e Autorização Classificação Princípios Tópico Apostila Simulado 11 Bens Públicos (Lei nº 10.406/2002) NOÇÕES DE DIREITOS ADMINISTRATIVO 3 Edvaldo Tópico Apostila Simulado 12 Controle da Administração Pública 12.1 Controle exercido pela Administralção Pública 12.2 Controle Judicial 12.3 Controle Legislativo Tópico Apostila Simulado 13 Licitações (Lei nº 8.666/1993) 14 Pregão (Lei nº 10.520/2002). 15 Sistema de Registro de Preços (Decreto nº 7.892/2013) 16 Regime Diferenciado de Contratações Públicas (Lei nº 12.462/2011) ANOTAÇÕES: DEFINIÇÃO ➢ Direito Administrativo é o - ramo do DIREITO PÚBLICO - que tem por objeto órgãos, agentes e pessoas jurídicas administrativas que integram a Administração Pública, a atividade jurídica não contenciosa que exerce e os bens de que utiliza para a consecução de seus fins, de natureza pública São vários os critérios que servem para conceituação do que seja Direito administrativo. A doutrina classifica o Direito Administrativo de acordo com cada critério: CRITÉRIO DEFINIÇÃO Legalista Conjunto de leis administrativas que regulam a administração Pública. Do Poder Executivo Conjunto de regras que disciplinam os atos do poder Executivo. Das Relações Jurídicas Conjunto de regras que disciplinam o relacionamento da Administração Pública com os administrados. Do Serviço Público Disciplina jurídica que regula a instituição, a organização , o funcionamento e a prestação dos serviços públicos. Teleológico ou Finalístico Sistema de princípios que regulam a atividade do Estado para o cumprimento de seus fins. Negativista Ramo do Direito que regula toda a atividade estatal que não seja legislativa e jurisdicional. FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO ➢ Fonte do Direito nada mais é do que a origem do Direito, suas raízes históricas, de onde se cria (fonte material) e como se aplica (fonte formal), ou seja, o processo de produção das normas. ➢ São fontes do direito: as leis, costumes, jurisprudência, doutrina, analogia, princípio geral do direito e equidade O Direito Administrativo, como “Disciplina Jurídica” dessaatividade, é relativamente recente, tendo origem no final do século XVIII e início do século XIX. Esse ramo do direito notabiliza-se por cuidar de questões relacionadas à Administração Pública e sua Relações Jurídicas. Dessa forma, quando nos deparamos com uma questão relativa a direitos e deveres do servidor público, licitações questões e contratos administrativos, ou mesmo a pedágio ou serviço de telefonia, estamos diante de questões tratadas pelo Direito Administrativo. DIREITO ADMINISTRATIVO 4 Edvaldo Nos primeiros escritos sobre a origem do Estado, encontram-se os de Platão, de Aristóteles e de Cícero. Para PLATÃO - Filósofo Grego ▪ Escreveu um tratado sobre o Estado – A Repúblca. ▪ O Estado nasce das necessidades humanas que levam os homens a se reunirem num só local para suprí-las, recorrendo à ajuda desse local para determinado fim e do Estado para outro. ARISTÓTELES e CÍCERO, ao contrário de Platão, acreditavam que não seriam as necessidades materiais o motivo da vida em sociedade, mas, sim, uma disposição natural dos homens para a vida associativa. NICOLAU MAQUIAVEL – no século XVI ▪ Escreve “ O Princípe”, publicado em 1532, seja muitas vezes creditado com a primeira utilização do termo no sentido de se referir a um governo soberano territorial moderno, ainda não é neste período que os filósofos ingleses Thomas Hobbes e John Locke e do filósofo francês Jean Bodin que o conceito na sua acepção corrente está totalmente desenvolvido. Para THOMAS HOBBES – Geração do Estado ▪ O Estado nasce de um acordo entre os indivíduos, um contrato hipoteticamente estabelecido, que viabiliza a transição do “Estado de Natureza” para o “Estado de Sociedade”, garantindo as condições de segurança e o direito de propriedade, essenciais à vida em sociedade. Para JOHN LOOCKE – Sociedade Política ▪ Por outro lado, defendia que o “Estado de Natureza” se caracterizava por uma completa liberdade e igualdade entre os homens. O problema era que, sendo todos iguais e livres, os homens tenderiam a interpretar e aplicar a lei natural conforme as suas conveniências. Assim, caberia ao Estado, apenas regulamentar a relação da vida social. Charles Louis de Secondat, mais conhecido como Charles de Montesquieu por ter sido BARÃO DE MONTESQUIEU ▪ Num trabalho de seis anos (1740 a 1746), escreveu sua principal obra, publicada em 1748: “Do Espírito das Leis ou Das Relações que as Leis Devem ter com a Constituição de Cada Governo, Costumes, Clima, Religião, Comércio etc.”, obra esta que foi mesmo comparada a “A Política”, de Aristóteles e é considerada sua principal obra, na qual estabelece uma série de considerações a respeito da natureza das leis, de seus princípios e de suas funções, defendendo sempre a existência de leis naturais, mesmo na vida social, as quais devem ser complementadas por leis civis. Nessa obra, fundamental, introduz o conceito de lei. JEAN JACQUES ROUSSEAU – Pacto Social ▪ Filósofo suíço, defendia que o Estado era resultante da vontade geral – soma da vontade manifestada pela maioria dos indivíduos. Pregava a igualdade jurídica entre os homens. O povo organizado como nação seria superior ao rei, cujo governo, instituído para promover o bem comum, só seria suportável enquanto justa. Resumindo – ORIGEM DA PALAVRA - ESTADO ▪ A denominação de Estado tem sua origem do latim “status” = estar firme, significando situação permanente de convivência e ligada à sociedade política. ▪ Aparece pela primeira vez na obra “O Príncipe”, escrito por Nicolau Maquiavel em 1513. 01.1. Conceitos. 01.2. Administração Pública. 01.3. Sujeitos e as Atividades Administrativas. 01.4. Atividade Administrativa ou Função. 01.5. Elementos do Estado. 01.6. Poderes do Estado. 01.7. Organização do Estado. 01.8. Natureza e Fins. A palavra “Estado” foi utilizada pela primeira vez na obra: “O Princípe” de Nicolau Maquiavel, em 1.513. É a sociedade humana juridicamente organizado, dentro de um território, com um governo, para realização de determinado fim. O Estado é uma instituição organizada: Política, Social e Juridicamente. Dotado De personalidade própria – Direito Público. Submetido Às normas estipuladas pela CF/88. Dirigido Por um governo que possui uma soberania reconhecida: internamente e externamente. Um “Estado Soberano” possui – como regra geral: Um Governo Soberano Que é o elemento condutor. Um Povo Nacionais Que representa o componente humano. Um Território Espaço Físico Onde está situado o Estado. Da Responsabilidade ➢ Pela “Organização” e pelo “Controle Social” – uma vez que detém o monopólio legítimo do uso da força – Poder de Polícia. Finalidade ➢ O bem comum, ou seja, o bem-estar geral do seu povo. ORIGEM E FORMAÇÃO DO ESTADO 01. ESTADO, GOVERNO E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 5 Edvaldo Supraprincípios 1. Supremacia do Interesse Públco sobre o Privado. 2. Indisponibilidade do Interesse Público. Da Atuação ➢ Poderá atuar no Direito Públco e no Privado. ➢ No entanto, sempre ostenta a qualidade de Pessoa Jurídica de Direito Público. Atenção!!! ▪ A “Teoria da Dupla Personalidade do Estado” – encontra-se totalmente descentralizada. Acerca do conceito, ele varia segundo o ângulo que é considerado. Vejamos: ESTADO Do ponto de vista Definição Sociológico É corporação territorial dotada de um poder de mando originário (Jellinek). Político É comunidade de homens, fixada sobre um território, com potestade superior de ação, de mando e de coerção (Malberg). Constitucional É uma pessoa jurídica territorial soberana (Biscaretti). Código Civil É pessoa jurídica de Direito Público Interno (CC art. 41,I). O dominío dos conceitos de “Estado”, “Governo”, “Poder Executivo”, “Administração Pública”, “administração pública” (com minúscula) e “poder executivo” (com minúsculo) é indispensável para compreensão de diversos temas do Direito Administrativo. Os termos “Estado” e “Governo” são frequentemente confundidos apesar de serem distintos, ou seja, não significarem a mesma coisa. ESTADO GOVERNO É a organização político- administrativo-jurídico do grupo social que ocupa um território fixo, possui um povo e está submetido a uma soberania. É o representante do Estado nas suas relações com a sociedade. Ele não é o Estado, mas apenas o seu elemento condutor. É um povo situado em determinado território e sujeito a um Governo. Terceiro elemento do Estado – é uma delegação da soberania nacional. GOVERNO ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA É a atividade política e discricionária na condução do Estado. Constitui-se no instrumento de que dispõe o Estado para pôr em prática as políticas de governo. É a expressão política de comando, de iniciativa, de fixação de objetivos do Estado e de manutenção da ordem jurídica vigente. É o conjunto de órgãos a serviço do Estado e, objetivamente, é a expressão do Estado agindo in concreto para a satisfação se seus fins sociais. SENTIDO GOVERNO Formal Conjunto de poderes e órgãos constitucionais. Material Complexo de funções estatais básicas. Operacional Condução política dos negócios públicos. SENTIDO ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Formal Conjunto de órgãos instituidos para a consecução dos objetivos do governo. Material Conjunto das funções necessárias aos serviços públicos em geral. Operacional Desempenho perene e sistemático, legal e técnico, dos serviços próprios do Estado ou por ele assumidos em benefício da coletividade. Numa definição bem singela, a Administração Pública corresponde à face do Estado (Estado-Administração) que atua no desempenho da função administrativa, objetivando atender concretamenteos interesses coletivos. Sentido Subjetivo, Formal ou Orgãnico Sentido Objetivo, Material ou Funcional A Administração Pública compreende um conjunto de entidades jurídicas (de direito público e de direito privado), de órgãos públicos e de agentes públicos, que formam o aparelhamento orgânico e compõe a estrutura formal da Administração. A Administração Pública corresponde um conjunto de funções ou atividades de caráter essencialmente administrativo, consistentes em realizar concreta, direta e imediatamente os fins constitucionalmente atribuídos ao Estado. Por esse sentido, leva-se em conta o sujeito da Administração. Nesse sentido, torna-se em consideração a função administrativa; Administração Pública (em letra maiúscula) ▪ Conjunto de órgãos e entidades (agentes estatais) no exercício da função administrativa, independentemente se são pertencentes ao Poder Executivo, ao Legislativo, ao Judiciário, ou a qualquer outro organismo estatal (como Ministério Público e Defensoria Pública). ✓ Por exemplo: quando o STF constitui comissão de licitação para contratar determinado prestador de serviços. Exercem a função administrativa. administração pública (em letra minúscula) ▪ Ou poder executivo – são expressões que designam a atividade consistente na defesa concreta do interesse público. ✓ Por exemplo; concessionários e permissionários de serviço público exercem administração pública, mas não fazem parte da Administração Pública. 01.1. CONCEITOS 01.2. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 6 Edvaldo Compreendemos os sujeitos e as atividades administrativas exercidas pelos 03 (três) Poderes. Poder EXECUTIVO Função TÍPICA Função ATÍPICA Prática de atos de: ▪ CHEFIA de: ✓ Estado – representando o Estado nas relações internacionais. ✓ Governo – nas relações internas e atos de administração Natureza LEGISLATIVA: O Presidente da Republica, por exemplo, adota Medida Provisória, com força de lei (ar. 62, da CF/88). Natureza JURISDICIONAL: O Executivo julga, apreciando defesas e recursos administrativos – PAF e PAD. Poder LEGISLATIVO Função TÍPICA Função ATÍPICA ▪ Legislar. ▪ Fiscalização contábil, financeira, orçamentária e patrimonial do Executivo. Natureza EXECUTIVA: Ao dispor sua organização, provendo cargo, concedendo férias, licenças a servidores etc. Natureza JURISDICIONAL: O Senado julga, nos crimes de responsabilidades, art. 52, I e II, c/c parágrafo único, da CF/88, o(s) : ▪ Presidente da Republica. ▪ Ministros do STF. ▪ Conselheiros do CNJ e CNMP. ▪ AGU e PGR. Poder JUDICIÁRIO Função TÍPICA Função ATÍPICA Julgar (função jurisdicional), dizendo o direito no caso concreto e dirimindo os conflitos que lhe são levados, quando da aplicação da lei. Natureza LEGISLATIVA: regimento interno de seus tribunais (art. 96, I, "a"). Natureza EXECUTIVA: administra, ao conceder licenças e férias aos magistrados e serventuários (art. 96, I, "f") Funções TÍPICAS Funções ATÍPICAS Corresponde àquelas que os Poderes exercem com predominância, mas não com exclusividade. Correspondem às funções típicas dos outros Poderes, exercidas como atividade auxiliar das funções principais de cada Poder. ➢ Não se resume a prestação de “serviços públicos”. Temos ainda: ▪ O exercício do poder de Polícia Administrativa. ▪ A atividade de Fomento (investimento). ▪ A atividade de Intervenção. FUNÇÃO POLÍTICA (GOVERNO) E ADMINISTRATIVA Sabe-se que, no “Sistema Presidencial de Governo”, o chefe do Poder Executivo concentra as funções: FUNÇÕES POLÍTICA (GOVERNO) ▪ São aquelas que se relacionam com a superior gestão da vida política do Estado indispensáveis à sua própria existência. ✓ São exemplos – a iniciativa de leis pelo Chefe do Executivo, a sanção, o veto, a decretação da intervenção federal, do Estado de Defesa e do Estado de Sítio, a celebração de tratados internacionais, etc. FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS ▪ Cumpre ao Estado provê imediatamente as necessidades coletivas, que não podem ser satisfeitas pelo próprio administrado. O Estado ▪ É constituído de 03 (três) elementos originários e indissociáveis. ▪ É um povo situado em determinado território e sujeito a um governo. Nesse conceito despontam 03 (três) elementos: ▪ Povo. ▪ Território. ▪ Governo Soberano. POVO ▪ É o componente humano do Estado, ▪ Ainda que formado por diversas raças, com interesses, ideias e aspirações diferentes. ▪ É a dimensão pessoal do Estado, o conjunto de indivíduos unidos para a formação da vontade geral do Estado. 01.3. SUJEITOS E AS ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS 01.4. ATIVIDADE ADMINISTRATIVA OU FUNÇÃO 01.5. ELEMENTOS DO ESTADO 7 Edvaldo TERRITÓRIO ▪ É a base geográfica, física do Estado. ▪ Sem território não pode haver Estado. ▪ Tratados e Convenções Internacionais têm fixado em 03 (três) milhas a largura das águas territoriais, mas nem todo os Estados a aceitam, por motivo de segurança das costas, fiscalização do comércio etc. Art. 20, §2º, da CF/88: A faixa de fronteira de até 150 Km de largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental para defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas por lei. O território do Estado pode ser de 02 (duas) espécies: ▪ Político ✓ É o que se exerce a soberania do Estado em todas a plenitude. ✓ É a base mais importante da vida do Estado. ▪ Comercial ✓ Aquele em que o Estado exerce apenas algumas faculdades limitadas. GOVERNO SOBERANO ▪ A doutrina clássica da soberania é de origem francesa e, segundo ela, o caráter distintivo do Estado é ser soberano. ▪ É a cúpula diretiva do Estado. ▪ O elemento condutor do Estado, que detém e exerce o poder absoluto de autodeterminação e auto-organização emanado do Povo. A soberania do Estado é considerada geralmente sob 02 (dois) aspectos: Soberania Interna Soberania Externa Chefe de Governo Chefe de Estado Que dizer que o “Poder do Estado”, nas leis e ordens que edita para todos os indivíduos que habitam seu território e as sociedades formadas por esses indivíduos, predomina sem contraste, não pode ser limitado por nenhum outro poder. Significa que, nas relações recíprocas, entre os Estados, não há subordinação nem dependência, e sim igualdade. O art. 4º da CF/88, traz os princípios que regem as nossas relações internacionais. Fique atento!! Não há nem pode haver Estado independente sem Soberania, isto é, sem esse poder absoluto, indivisível e incontrastável de organizar-se e de conduzir-se segundo a vontade livre de seu Povo e de fazer cumprir as suas decisões inclusive pela força, se necessário. A vontade estatal apresenta-se e se manifesta através dos denominados Poderes de Estado. Inspirado na obra de Locke, Montesquieu escreveu o clássico tratado de Montesquieu, da obra os “Espíritos da Lei (1.748)”, até hoje adotada nos Estados de Direito, são o Legislativo, o Executivo e o Judiciário, independentes e harmônicos entre si e com suas funções reciprocamente indelegáveis. CLÁUSULA PÉTREA ➢ Da Emenda Constitucional, art. 60, §4º, CF: Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: III – a separação de poderes. Esses poderes são imanentes e estruturais do Estado (diversamente dos poderes administrativos, que são incidentais e instrumentais da Administração), a cada um deles correspondendo uma função que lhe é atribuída com precipuidade (típica). São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo,o Executivo e o Judiciário (art. 2º, CF/88). PODERES FUNÇÃO TÍPICA Legislativo Arts. 44 ao 75 É a elaboração da lei. ▪ Função Normativa. Executivo Arts. 76 ao 91 É a conversão da lei em ato individual e concreto. ▪ Função Administrativa. Judiciário Arts. 92 ao 135 É a aplicação coativa da lei aos litigantes. ▪ Função Judicial. ➢ Nesse prisma, a separação dos poderes não impede o controle de atos do Legislativo e do Executivo pelo Poder Judiciário. ➢ Apesar de os poderes serem independente entre si, há um “Sistema de Freios e Contrapesos” para evitar abuso e o arbítrio por qualquer dos Poderes. 01.6. PODERES DO ESTADO 8 Edvaldo A organização da República Federativa do Brasil está presente na Constituição Federal de 1988. Todo Estado precisa de uma correta organização para que sejam cumpridos os seus objetivos dentro da administração pública. A divisão político-administrativa foi uma das formas encontradas para facilitar a organização do Estado Brasileiro. Divisão Político-administrativa Brasileira ▪ A divisão político-administrativa brasileira é apresentada na Constituição Federal, no art.18. ▪ Ela surgiu no período colonial, quando o Brasil dividia-se em capitanias hereditárias e posteriormente foram surgindo outras configurações que proporcionaram maior controle administrativo do país. DA FORMAÇÃO DO BRASIL ▪ O Brasil é uma “República Federativa” formada pela União de 26 Estados (membros), divididos em 5.570 Municípios, além do Distrito Federal (cuja capital e Brasília). AUTONOMIA DOS ENTES FEDERATIVOS ▪ Cada ente federativo possui sua autonomia financeira, política e administrativa, em que cada Estado deve respeitar a Constituição Federal e seus princípios constitucionais, além de ter sua Constituição própria; e também, cada município (através de sua lei orgânica), poderá ter sua própria legislação. Essa organização é formada pelos três poderes: Poder Legislativo, Poder Executivo e o Poder Judiciário, adotando a teoria da tripartição dos poderes. A administração pública federal é feita em três níveis, cada qual com sua função geral e específica: Nível Federal A União realiza a administração pública, ela é um representante do governo federal, composta por um conjunto de pessoas jurídicas de direito público. Nível Estadual Os Estados e o Distrito Federal realizam a administração pública. Nível Municipal Os Poderes Legislativo e Executivo realizam a administração pública nos municípios. A ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA ▪ Compreende a União, os Estados, o Distrito federal e os municípios, todos autõnomos, nos termos da CF/88 (art. 18). Forma de Estado Federação Capital Federal Brasília Forma de Governo República Sistema de Governo Presidencialista Regime de Governo Democrático A NATUREZA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ▪ É a de um encargo de defesa, conservação e aprimoramento de bens, serviços e interesse da coletividade, impondo-se ao administrador público a obrigação de cumprir fielmente os preceitos do Direito e da Moral administrativa que regem a sua atuação. ▪ Na administração pública, o administrador obedece a ordens e instruções que estão concretizados nas leis, decretos, regulamentos e atos normativos e outros especiais. A FINALIDADE DO GOVERNO ▪ Consistem em exercer um conjunto de funções do Estado, incluindo a jurisdição e a legislação, além de arrecadar e aplicar (tributos), aproveitar recursos humanos e materiais disponíveis, executar obras e serviços de interesse comum da coletividade, manter a segurança, a educação e o bme-estar social, entre outras. OS FINS DO ESTADO ▪ Resumem-se num único objetivo – o bem comum da coletividade ou dos administrados. ANOTAÇÕES: 01.7. ORGANIZAÇÃO DO ESTADO 01.8. NATUREZA E FINS 9 Edvaldo 01. 2019 - Quadrix - CRO-GO - Assistente Administrativo No que se refere ao Estado e a seus Poderes, julgue o item. O Estado é composto de Poderes, segmentos estruturais em que se divide o poder geral e abstrato decorrente de sua soberania. ( ) Certo ( ) Errado 02. 2019 - Quadrix - CRO-GO - Assistente Administrativo No que se refere ao Estado e a seus Poderes, julgue o item. As funções típicas dos Poderes do Estado não poderão ser convertidas em funções atípicas. ( ) Certo ( ) Errado 03. 2019 - Quadrix - CRO-GO - Assistente Administrativo No que se refere ao Estado e a seus Poderes, julgue o item. A noção de Estado de direito baseia‐se na regra de que, ao mesmo tempo em que o Estado cria o direito, deve sujeitar‐se a ele. ( ) Certo ( ) Errado 04. 2019 - UFRB - Assistente em Administração O Direito Administrativo mantém estreita afinidade e íntimas relações com o Direito Constitucional, porque ambos cuidam da mesma entidade, que é o Estado. Assinale a alternativa que apresenta um aspecto do Direito Administrativo em que há divergência com o Direito Constitucional. a) O cuidado da organização interna dos órgãos da Administração, seu pessoal e o funcionamento de seus serviços. b) Os lineamentos gerais do Estado, instituição dos órgãos essenciais, definição dos direitos e garantias individuais. c) A anatomia do Estado, cuidando de suas formas, de sua estrutura, de sua substância, no aspecto estático. d) O interesse pela estrutura estatal e pela instituição política do governo. 05. 2019 - IBADE - JARU-PREVI - RO - Assistente Administrativo Com relação à função administrativa do Estado pode-se afirmar que: a) dentre todas as funções, é a menos ampla. b) é desempenhada apenas pelo poder judiciário. c) é o órgão que gere os interesses estatais. d) pertence ao poder executivo. e) pertence ao poder legislativo. 06. 2019 - IBADE - JARU-PREVI - RO - Assistente Administrativo Com base nos três poderes do estado e nas suas funções, afirma- se que ao: a) legislativo: cabe a ele criar leis em cada uma das três esferas e fiscalizar e controlar os atos do poder executivo. b) executivo: estabelece normas que regem a sociedade. c) judiciário: responsável pela regulação da administração dos interesses públicos. d) legislativo: poder exercido pelos secretários do Estado. e) executivo: sua principal tarefa é a de controle de constitucionalidade. 07. 2019 - CESPE - TJ-AM - Assistente Judiciário A respeito da organização administrativa da administração pública, julgue o item que se segue. A relação entre a administração pública e seus administrados é caracterizada pela verticalidade. ( ) Certo ( ) Errado 08. 2019 - CESPE - TJ-AM - Assistente Judiciário A respeito da organização administrativa da administração pública, julgue o item que se segue. Atividades privadas de interesse público e de fomento incluem-se entre as atividades precípuas da administração pública. ( ) Certo ( ) Errado 09. 2019 - Quadrix - CONRERP 2ª Região - Assistente Administrativo Quanto à Administração Pública, julgue o item. À Administração Pública é facultado fazer tudo o que a lei não proíbe. ( ) Certo ( ) Errado 10. 2018 - Dédalus Concursos - Lemeprev - SP - Agente Administrativo O estudo do objeto do Direito Administrativo busca identificar os atos ou situações regulamentadas pelas normas, sendo que, no Brasil, o objeto possui grande amplitude. Conforme Di Pietro, é o chamado Direito Administrativo descritivo em que o objeto do direito administrativo compreende, exceto: a) As relações internas entre órgãos e entidades administrativas. b) As prestações de serviços públicos mediantecontrato de concessão. c) As relações entre a administração e os administrados. d) As atividades judicantes contenciosa da Administração. 10 Edvaldo 11. 2018 - PROMUN - Funcabes - Escriturário São considerados elementos básicos do Estado: a) Soberania, povo e território. b) Democracia, povo e território. c) Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. d) Estados, Municípios e Distrito Federal. 12. 2018 - UERR - SETRABES - Agente Sócio-Geriátrico O Estado, consoante o Direito Administrativo, possui três elementos originários e indissociáveis: a) povo, território e governo soberano. b) povo, nação e governabilidade. c) povo, território e governabilidade. d) Governo soberano, independência e nação. e) povo, soberania e governo independente. 13. 2018 - CESPE - STM - Técnico Judiciário - Área Administrativa Acerca do direito administrativo, dos atos administrativos e dos agentes públicos, julgue o item a seguir. Entre os objetos do direito administrativo, ramo do direito público, está a atividade jurídica não contenciosa. ( ) Certo ( ) Errado ANOTAÇÕES: 01 V 04 A 07 V 10 D 02 F 05 D 08 V 11 A 03 V 06 A 09 F 12 A - - - - - - 13 V ESTADO, GOVERNO E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA GABARITO
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