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DIREITO ADMINISTRATIVO - Poderes - AULA 04

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NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
DEVERES E PODERES DA 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
 
 
 
1 Edvaldo Sampaio 
 
Neste capítulo, iremos estudar: 
 
05.1. Considerações Gerais. 
 
05.2. Deveres da Administração Pública 
Dever de Agir. 
Dever de Juridicidade. 
Dever de Probidade. 
Dever de Eficiência. 
Dever de Prestar Contas. 
 
05.3. Poderes da Administração Pública 
Poder Vinculado. 
Poder Discricionário. 
Poder Hierárquico. 
Poder Disciplinar. 
Poder Normativo e Regulamentar. 
Poder de Polícia. 
 
05.4. Uso e Abuso de Poder 
Excesso de Poder. 
Desvio de Poder. 
 
 
 
 
Ao Estado cumpre a realização de inúmeras tarefas, cujos 
encargos devem ser desempenhados, em conformidade com a 
ordem jurídica, com vistas a atender corretamente ao interesse 
público. 
 
Assim, a ordem jurídica, ao estabelecer os fundamentos de 
atuação da Administração Pública, fixa-lhe uma série de DEVERES, 
para o cumprimento dos quais os “Agentes Públicos” estão 
obrigados a agir, com desvelo e eficiência, na consecução dos 
interesses da comunidade. 
 
Para se desincumbir de suas OBRIGAÇÕES, a mesma ordem 
jurídica que impõe os deveres à Administração Pública, atribui-lhes 
PODERES necessários e suficientes para realizá-los. 
 
Desse modo, faz-se necessário o estudo em conjunto dos 
DEVERES e PODERES da Administração Pública, em razão destes 
fenômenos se apresentarem imbricados, como que os dois lados de 
uma mesma moeda. Isto porque, sem os DEVERES não há falar em 
PODERES, e os PODERES só existem e se justificam em razão dos 
DEVERES. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEVERES ADMINISTRATIVOS: 
➢ Relacionados com as obrigações legais da administração 
pública para fins de proteção e aplicação do princípio da 
indisponibilidade do interesse público; 
 
 
 
Princípio da Liberdade de Ação - art. 5º, II – da CF/88; 
“Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa 
senão em virtude de lei”. 
 
Assim, salvo disposição legal em contrário, os indivíduos gozam de 
plena liberdade de ação, na medida em que podem agir livremente, 
fazendo ou deixando de fazer alguma coisa. 
 
Sucede que, se para o “particular” prevalece a 
liberdade/faculdade de ação, para a “Administração Pública” 
existe um dever de ação, sempre que a ordem jurídica lhe impõe 
uma providência ou ela se mostre necessária em face das 
circunstâncias administrativas. 
 
Não pode, destarte, a Administração Pública deixar de praticar 
ato de sua competência, sob pena de responder por sua omissão na 
via administrativa ou judicial. 
 
É que, diante da omissão do gestor ou do silência da 
Administração Pública que se abstém do dever jurídico de agir, 
pode o cidadão-administrado manejar os remédios jurídicos 
disponíveis para obter o ato ou a providência omitida, ou para se 
ver indenizado do dano causado pela inação do Estado. 
 
 
 
É aquele que impõe a Administração Pública somente agir nos 
termos da ordem jurídica, de modo a compatibilizar as suas 
atividades com a Constituição, as leis e as normas administrativas. 
 
 
 
Decorre do princípio constitucional da moralidade administrativa. 
 
A Administração Pública deve agir com “probidade”, isto é, com 
ética, honestidade, lealdade, decoro e boa-fé. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
05. DEVERES E PODERES 
ADMINISTRATIVOS 
 
05.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
 
05.2. DEVERES 
DA ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA 
 
DEVER DE AGIR 
 
DEVER DE JURIDICIDADE 
 
DEVER DE PROBIDADE 
 
 
2 Edvaldo Sampaio 
A CF/88, além de haver consagrado a moralidade administrativa 
entre os princípios expressos da Administração Pública, previu que 
os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão 
dos direitos políticos, a perda da função pública, a 
indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na 
forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal 
cabível. 
 
 
Lei nº 8.429/92 – Lei de Improbidade Administrativa 
(art. 37, § 4º, CF/88). 
 
Dividindo-se em 03 (três) tipos: 
1. Os atos que importam enriquecimento ilícito – art. 9º. 
2. Os atos que causam prejuízo ao erário – art. 10. 
3. Os atos que atentam cntra os princípios da Administração 
Pública – art. 11. 
 
 
 
Decorrente da EC nº 19/98 – administração gerencial. 
 
Uma boa administração é aquela que logra satisfazer com 
eficiência, isto, com rapidez e plenitude, os interesses da 
coletividade. 
 
Como consequência do descumprimento do deve de eficiência, 
possibilitou a Carta Magna a perda do cargo do servidor público 
estável mediante procedimento de avaliação periódica de 
desempenho e passou a exigir, como condição para aquisição da 
própria estabilidade, a realização de avaliação especial de 
desempenho por comissão instituída para esse fim (art. 41). 
 
 
 
O dever de prestar contas da Administração Pública, direta e 
indireta é princípio constitucional sensível que, caso não 
observado, pode ensejar até a “intervenção” da União no Estado 
(art. 35, VII, “d”) e do Estado no Município (art. 35, II). 
 
Se a administração pública envolve a atividade de gestão dos bens 
e interesses da coletividade, mais do que natural se exigir daquele 
que gerencia esses bens e interesses alheios a prestação de contas 
de sua atuação. 
 
O dever de prestção de contas – alcança qualquer pessoa física 
ou jurídica, pública ou privada, incluindo as empresas públicas e as 
sociedades de economina mista, que utilize, arrecade, guarde 
gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos (art. 70, 
P.U. da CF/88). 
 
Esse dever é cumprindo quando o gestor público apresenta o 
encontro de contas (receitas e despesas) ao órgão legislativo 
competente, através do Tribunal de Contas respectivo. 
 
 
 
 
DEFINIÇÃO 
▪ O conjunto de prerrogativas de direito público que a ordem 
jurídica confere aos agentes administrativos para o fim de que 
o Estado alcance seus fins. 
 
TIPOS DE PODERES 
 
 
É o poder utilizado quando da prática de atos administrativos de 
natureza vinculada; É mínima ou inexistente a liberdade de 
atuação do gestor público na utilização desse poder. Ex: 
lançamento tributário (art.3º,CTN) 
 
 
 
▪ É poder exercido pelo agente público com margem de liberdade 
diante situação concreta. 
▪ O poder discricionário traduz-se essencialmente no mérito 
administrativo (motivo + objeto). 
▪ Analisa-se a conveniência e oportunidade da atuação do gestor. 
 
 
 
 
▪ É o poder que dispõe o Executivo para distribuir e escalonar as 
funções de seus órgãos, ordenar e rever a atuação de seus 
agentes, estabelecendo relação de subordinação entre 
servidores do seu quadro de pessoal. 
▪ É um poder interno e permanente (Hely Lopes Meirelles). 
▪ Exercido pelos chefes de repartição nas atribuições de 
comando, chefia e direção. 
▪ Não é aplicado aos particulares, ao contrário do poder 
disciplinar (pode sancionar particular e é temporário). 
▪ Não existe hierarquia entre administração direta e indireta, 
relação é de vinculação. 
▪ Autarquias, fundações e empresas públicas são autônomas; 
Supervisão Ministerial: administração direta perante 
administração indireta. 
▪ Delegação - Um órgão administrativo e seu titular poderão, 
se não houver impedimento legal, delegar parte da sua 
competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não 
lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for 
conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, 
social, econômica, jurídica ou territorial. 
▪ Avcação - Será permitida, em caráter excepcional e por 
motivos relevantes devidamente justificados, a avocação 
temporária de competência atribuída a órgão 
hierarquicamente inferior. 
 
DEVER DE EFICIÊNCIA 
 
DEVER DE PRESTAR CONTAS 
 
05.3. PODERES DA 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
PODER VINCULADO 
 
PODER DISCRICIONÁRIO 
 
PODER HIERÁRQUICO 
 
 
3 Edvaldo Sampaio 
 
▪ Possibilidade dos Chefes do Poder Executivo editarematos 
administrativos gerais e abstratos ou gerais e concretos, de 
conteúdo normativo, para dar fiel execução à lei. 
▪ É consequência do poder hierárquico. 
▪ Edição de Regimentos, instruções, resoluções e portarias. 
▪ Decreto autônomo ou independente. 
 
 
 
 
▪ Hely Lopes (Teoria Tradicional) - Discricionariedade somente 
no MOTIVO E OBJETO. Discricionariedade vai além de mérito 
administrativo (motivo+objeto). Competência, Finalidade e 
Forma são sempre vinculados. Competência é vinculado. 
Finalidade e forma podem ser discricionários. Há 
discricionariedade quanto à escolha do momento da prática do 
ato administrativo. 
 
▪ Celso Antônio Bandeira de Melo (Teoria Moderna) - “Uma 
providência desarrazoada, consoante dito, não pode ser havida 
como comportada pela Lei. Logo, é ilegal: é desbordante dos 
limites nela admitidos.” 
✓ Razoabilidade: adequação + necessidade; 
✓ Poder Judiciário anula o ato e analisa se houver regular 
exercício do poder discricionário ou abuso, fazendo 
controle de legalidade, não de mérito administrativo 
(revogação). 
 
 
 
 
▪ É o poder que possibilita a administração pública punir as 
infrações de quem possui vinculo jurídico específico com a 
administração pública: seus servidores e punir as infrações 
administrativas cometidas por particulares a ela ligados 
mediante algum vínculo jurídico específico (por exemplo, a 
punição pela administração de um particular que com ela tenha 
celebrado um contrato administrativo e descumpra as 
obrigações contratuais que assumiu). 
▪ Punição a servidor: poder disciplinar e poder hierárquico. 
▪ Punição ao administrado: só poder disciplinar. 
▪ Em regra é discricionário(na escolha da penalidade e não no 
dever de punir) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hely Lopes: 
É o poder que dispõe a administração pública para, na forma da 
lei,condicionar ou restringir o uso de bens, o exercício de direitos 
e a prática de atividades privadas, visando proteger os interesses 
gerais da coletividade. 
 
José dos Santos Carvalho Filho: 
É a prerrogativa de direito público que, calcada na lei, autoriza a 
administração pública a restringir o uso de gozo da liberdade e da 
propriedade em favor do interesse da coletividade. É uma 
atividade estatal restritiva dos interesses privados, limitando a 
liberdade e propriedade. É conhecido como poder de limitação 
administrativa. 
 
Conceito legal (Art.78,CTN) 
▪ Considera-se poder de policia atividade da administração pública 
que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, 
regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de 
interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, 
aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao 
exercício de atividades econômicas dependentes de concessão 
ou autorização do poder público, à tranquilidade pública ou ao 
respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. 
▪ Considera-se regular o exercício do poder de policia quando 
desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, 
com observância do processo legal e, tratando-se de atividade 
que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de 
poder. 
 
 
Características do Poder de Polícia: 
▪ atividade restritiva; 
▪ impõe limites à liberdade e propriedade; 
▪ natureza discricionária(geral); 
▪ caráter liberatório: se não tiver o ato administrativo com 
poder de polícia é vedada a realização da ação humana. Ex: 
licenças, autorizações, permissões, concessões. 
▪ e) são de natureza geral: essa é principal diferença da servidão 
administrativa, que atinge particularmente pessoa; 
▪ cria obrigações de não fazer, em regra; exceção: edificar 
muros em terrenos baldios; calçada; 
▪ não gera indenização; 
▪ é indelegável, vez que representa poder de império do Estado. 
STF: ADI 1717/DF, de 07.11.2002. Pode delegar atividades de 
apoio ao poder de polícia. Ex: empresa para instalar radares e 
fazer manutenção dos sinais de trânsito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PODER REGULAMENTAR 
 
CONTROLE DE LEGALIDADE 
 
PODER DISCIPLINAR 
 
PODER DE POLÍCIA 
 
 
4 Edvaldo Sampaio 
 
POLÍCIA ADMINISTRATIVA 
▪ É exercida pelos órgãos da administração e recai sobre bens e 
direitos. 
 
POLÍCIA JUDICIÁRIA 
▪ É privativa das corporações da policia civil e policia militar para 
fins de possibilitar uma futura condenação pelo Poder 
Judiciário e recai sobre pessoas. ◦ Guarda Municipal é para 
preservação do patrimônio público, não exercendo nem polícia 
administrativa nem judicial. Poder de Polícia e Servidão 
Administrativa. ◦ A servidão administrativa diz respeito à 
intervenção do Estado na propriedade privada, atingindo um 
bem particular específico e restringindo seu uso em beneficio 
do interesse público. ◦ Ex: tombamento; placa com nome rua 
no imóvel; 
 
 
ATRIBUTOS DO PODER DE POLÍCIA 
 
 
Discricionariedade 
Administração no exercício do poder de 
polícia analisa a conveniência e 
oportunidade. Finalidade é vinculado 
que é interesse público. 
 
 
Autoexecutoriedade 
Os atos administrativos referentes ao 
exercício do poder de polícia não 
dependem de ordem ou autorização 
judicial. Ocorre quando lei prevê e em 
situações urgentes. Ressalte-se que o 
particular tem amplo acesso à Justiça 
 
 
 
Exigibilidade 
Prerrogativa de impor obrigações ao 
administrado sem autorização judicial. 
Meios coercitivos indiretos. Exigir 
pagamento de multa para receber 
licenciamento de veículo. 
Executoriedade: possibilidade da 
administração realizar diretamente a 
execução forçada. Meios coercitivos 
diretos. 
Interdição de estabelecimento. 
 
Coercibilidade 
Poder da administração impor sua 
vontade, inclusive com uso da força, 
quando do exercício do poder de polícia. 
É consequência da autoexecutoriedade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nos Estados Democráticos de Direito o Poder da Administração 
Pública deve ser exercido em consonância com a ordem jurídica, 
respeitando os direitos dos cidadãos-administrados e sempre 
visando servir a coletividade. 
 
Assim, devem os Agentes Públicos, no exercício de suas 
competências, proceder conforme o direito e a moral, atuando nos 
limites de suas atribuições e objetivando sempre tender o 
interesse público. 
 
O uso do Poder pelo Gestor Público: 
➢ Nos termos da ordem jurídica, consiste no manejo regular, 
normal e correto de suas atribuições e prerrogativas legais. 
 
Todavia, quando o Gestor estrapola os limites de aus atribuições 
ou utiliza suas atribuições – para atender a fim diverso daquele 
previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência, o 
Uso do Poder se converte em Abuso do Poder, o que não é tolerado 
pelo Direito. 
 
Assim, não se confunde o Uso do Poder com o seu Abuso de Poder. 
 
Uso do Poder Abuso de Poder 
É sempre um agir em 
conformidade com a 
Constituição, as leis e as 
normas administrativas. 
É um atuar em descompasso 
com o Direito, violando as 
normas jurídicas e os direitos 
e garantias do cidadão. 
 
 
 
 
Há excesso de poder quando o Gestor Público atua fora dos limites 
de suas atribuições. 
 
Vale dizer, quando o Agente Público edita um ato ou realiza uma 
atividade sem competência legal para tanto. 
 
Ele viola a regra de competência, seja porque ele exerceu 
atribuições cometidas a outro agente, seja porque se apropriou de 
competência que não dispunha. 
 
O ato do Poder ou a atividade decorrente do Excesso de Poder, 
por qualificar-se abusivo, expõe-se a invalidação administrativa 
ou judicial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
05.4. USO e ABUSO de PODER 
 
POLÍCIA ADMINISTRATIVA e 
POLÍCIA JUDICIÁRIA 
 
EXCESSO DE PODER 
 
 
5 Edvaldo Sampaio 
 
Há Desvio de Poder ou de Finalidade quando o Agente exerce a 
sua competência para atingir fim diverso daquele previsto na lei. 
 
Nesta hipótese, o Gestor dispõede competência, mas atua em 
desconformidade com o fim pré-ordenado. 
 
É o que ocorre, por exemplo, quando um Prefeito, exercendo a sua 
competência: 
➢ decreta a desapropriação de um imóvel alegando utilidade 
pública, porém objetivando satisfazer interesse próprio ou de 
terceiro; ou 
➢ quando decreta a remoção de um servidor, não por necessidade 
de serviço, mas para puní-lo. 
 
O Desvio de Poder – em razão de se constituir em Abuso de 
Poder, também se sujeita a invalidação administrativa ou judicial. 
 
 
 
 
76. 2020 - SELECON - Prefeitura de Boa Vista - RR - Guarda 
Civil Municipal 
Frank é construtor e requer autorização para realizar obras em 
condomínio fechado no município XT. Iniciada a construção dos 
prédios, recebeu a visita dos fiscais de obras Petrônio e Epicuro 
que, de acordo com as normas do Direito Administrativo, exercem 
o denominado poder de polícia: 
a) metrificado 
b) edilício 
c) social 
d) vigilante 
 
 
77. 2019 - VUNESP - Prefeitura de Campinas - SP - Auditor 
Fiscal Tributário Municipal 
Em relação ao poder de polícia administrativo, assinale a 
alternativa correta. 
a) É ato administrativo discricionário, que pode ser anulado por 
razão de conveniência da Administração. 
b) Poderá ser delegado, mediante lei específica, a entes da 
Administração indireta. 
c) Decorre da relação de subordinação entre o administrado e 
seu superior hierárquico. 
d) O poder de polícia é tratado apenas no âmbito da legislação 
infraconstitucional. 
e) É aquele conferido de forma privativa aos Chefes dos Poderes 
Executivo, Legislativo e Judiciário. 
 
 
78. 2019 - Quadrix - CRA-PA - Técnico em Administração 
O poder disciplinar alcança não apenas agentes submetidos ao 
regime administrativo, mas também particulares a ele estranhos. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
 
 
79. 2019 - Quadrix - CRA-PA - Técnico em Administração 
O abuso de poder, na instância administrativa, gera necessárias 
repercussões criminais por meio da figura do abuso de autoridade. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
 
80. 2019 - CONSULPAM - Prefeitura de Quadra - SP - 
Secretário Escolar 
Acerca dos Poderes Administrativos assinale a alternativa 
CORRETA: 
a) O Poder Vinculado é o poder que a Administração tem de 
praticar atos administrativos com discricionariedade, usando 
da conveniência e oportunidade. 
b) O Poder Hierárquico é aquele através do qual a lei permite à 
Administração Pública aplicar penalidades às infrações 
funcionais de seus servidores e demais pessoas. 
c) O Poder Discricionário concede à Administração o poder de 
praticar atos administrativos, valorando a oportunidade e 
conveniência do ato discricionário, estabelecendo dentro dos 
limites legais, seu conteúdo. 
d) O Poder Regulamentar é a faculdade que dispõe a 
Administração de condicionar e restringir o uso e gozo de 
bens, atividades e direitos individuais em benefício da 
coletividade. 
 
 
81. 2019 - Quadrix - CRO-GO - Assistente Administrativo 
Os administradores públicos, em razão do dever de agir que se lhes 
impõe, têm a faculdade de exercer suas prerrogativas na forma 
definida pelo ordenamento jurídico. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
 
82. 2019 - Quadrix - CRO-GO - Assistente Administrativo 
Se, diante de certas situações, a lei possibilita que o administrador 
público defina algum aspecto do conteúdo ou do objeto do ato 
administrativo, há o exercício do poder discricionário. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
 
83. 2019 - Quadrix - CRO - AC - Assistente Administrativo 
 
 Muitos são os conceitos encontrados nos autores modernos 
de direito administrativo. Alguns levam em conta apenas as 
atividades administrativas em si mesmas; outros preferem dar 
relevo aos fins desejados pelo Estado. Em nosso entender, porém, 
o direito administrativo, com a evolução que o vem 
impulsionando contemporaneamente, há de focar‐se em dois 
tipos fundamentais de relações jurídicas: uma, de caráter 
interno, que existe entre as pessoas administrativas e entre os 
órgãos que as compõem; outra, de caráter externo, que se forma 
entre o Estado e a coletividade em geral. 
 
Tendo o texto acima apenas como referência inicial, julgue o item 
a respeito do direito administrativo. 
 
Para que o Estado alcance seus fins, é necessário que os agentes 
públicos possuam um conjunto de prerrogativas de direito público 
conferidas pela ordem jurídica, o que pode ser caracterizado como 
poder administrativo. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
 
DESVIO DE PODER 
 
 
6 Edvaldo Sampaio 
84. 2019 - Quadrix - CRO-GO - Fiscal Regional 
No que se refere aos poderes e deveres do administrador público, 
julgue o item. 
 
Se, diante de certas situações, a lei possibilita que o administrador 
público defina algum aspecto do conteúdo ou do objeto do ato 
administrativo, há o exercício do poder discricionário. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
 
85. 2018 - Quadrix - CRMV-AC - Fiscal 
No exercício do seu poder regulamentar, a Administração viabiliza 
a efetiva aplicação da lei, sendo vedada, consequentemente, por 
meio da regulamentação, a modificação do texto legal, sob pena de 
cometimento de abuso da função normativa. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
 
86.2019 -FCC -TRF - 3ª REGIÃO -Técnico Judiciário - 
Administrativa 
O poder hierárquico é um elemento importante na coordenação dos 
agentes incumbidos do exercício de determinadas funções 
estatais. Tal poder: 
a) está presente também na relação entre o governador de um 
estado e os prefeitos dos municípios situados em seu 
território. 
b) pressupõe a faculdade de avocar e delegar atribuições, seja 
qual for a matéria envolvida. 
c) impõe o dever de obediência, ainda que manifesta a ilegalidade 
da ordem recebida. 
d) permite a revisão de ofício dos atos dos subordinados, seja por 
razões de mérito, seja por razões de legalidade, ressalvados 
eventuais limites impostos pela lei. 
e) explica a relação de controle que existe entre um ente da 
Administração Indireta e o órgão da Administração Direta 
responsável pela sua supervisão. 
 
 
87. 2018 - Quadrix - CRMV-GO - Auxiliar Administrativo 
A Administração Pública confere licença ou autorização para 
prática de ato ou exercício de atividade sujeito ao poder de polícia 
do Estado por meio de: 
a) resolução. 
b) portaria. 
c) circular. 
d) decreto. 
e) alvará. 
 
 
88. 2018 - Quadrix - CRMV-GO - Auxiliar Administrativo 
A respeito dos poderes da Administração, julgue os itens 
subsequentes. 
 
I - O Poder Executivo edita normas complementares à lei, para sua 
fiel execução, no exercício do poder disciplinar. 
 
II - Cabe à Administração Pública apurar infrações e aplicar 
penalidades aos servidores e às demais pessoas sujeitas à 
disciplina administrativa, em razão do poder regulamentar. 
 
III - No exercício do poder de polícia, a autoridade que se afastar 
da finalidade pública incidirá em desvio de poder e acarretará a 
nulidade do ato. 
 
IV - O poder de polícia não deve ir além do necessário para a 
satisfação do interesse público que visa proteger, pois está sujeito 
ao princípio da proporcionalidade dos meios aos fins. 
 
Assinale a alternativa correta. 
a) Apenas o item IV está certo. 
b) Apenas os itens I e II estão certos. 
c) Apenas os itens III e IV estão certos. 
d) Apenas os itens I, II e III estão certos. 
e) Apenas os itens I, II e IV estão certos. 
 
 
89. 2019 - IBADE - JARU-PREVI - RO - Assistente 
Administrativo 
Sobre os deveres e poderes do administrador público, está 
correto afirmar que: 
a) o dever de eficiência é a exigência de que a atuação do 
administrador público esteja em consonância com os princípios 
da moralidade. 
b) o dever de probidade exige que o administrador público atue 
em benefício da coletividade e seus indivíduos. 
c) o poder vinculado é o poder que tem a administração pública 
para praticarcertos atos em que é mínima ou inexistente sua 
liberdade de atuação. 
d) o poder regular é aquele conferido aos Chefes dos Poderes 
Legislativos. 
e) o poder hierárquico caracteriza-se pela inexistência de grau 
de subordinação entre os diversos órgãos. 
 
 
90. 2019 - FCC - Câmara de Fortaleza - CE - Agente 
Administrativo 
A Constituição Federal atribui ao Chefe do Poder Executivo o 
poder de editar normas complementares à lei, “para sua fiel 
execução”. Trata-se do poder: 
a) regulamentar, que é exercido por meio da edição de decretos 
e regulamentos. 
b) disciplinar, que é exercido por meio da edição de resoluções. 
c) complementar, que é exercido por meio da edição de decretos. 
d) normativo autônomo, que é exercido por meio da edição de 
medidas provisórias. 
e) normativo impróprio, que é exercido por meio de leis 
delegadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 Edvaldo Sampaio 
 
76 B 80 C 84 V 88 C 
77 B 81 F 85 V 89 C 
78 F 82 V 86 D 90 A 
79 F 83 87 E - -- 
 
 
 
ANOTAÇÕES: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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