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NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO DEVERES E PODERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 1 Edvaldo Sampaio Neste capítulo, iremos estudar: 05.1. Considerações Gerais. 05.2. Deveres da Administração Pública Dever de Agir. Dever de Juridicidade. Dever de Probidade. Dever de Eficiência. Dever de Prestar Contas. 05.3. Poderes da Administração Pública Poder Vinculado. Poder Discricionário. Poder Hierárquico. Poder Disciplinar. Poder Normativo e Regulamentar. Poder de Polícia. 05.4. Uso e Abuso de Poder Excesso de Poder. Desvio de Poder. Ao Estado cumpre a realização de inúmeras tarefas, cujos encargos devem ser desempenhados, em conformidade com a ordem jurídica, com vistas a atender corretamente ao interesse público. Assim, a ordem jurídica, ao estabelecer os fundamentos de atuação da Administração Pública, fixa-lhe uma série de DEVERES, para o cumprimento dos quais os “Agentes Públicos” estão obrigados a agir, com desvelo e eficiência, na consecução dos interesses da comunidade. Para se desincumbir de suas OBRIGAÇÕES, a mesma ordem jurídica que impõe os deveres à Administração Pública, atribui-lhes PODERES necessários e suficientes para realizá-los. Desse modo, faz-se necessário o estudo em conjunto dos DEVERES e PODERES da Administração Pública, em razão destes fenômenos se apresentarem imbricados, como que os dois lados de uma mesma moeda. Isto porque, sem os DEVERES não há falar em PODERES, e os PODERES só existem e se justificam em razão dos DEVERES. DEVERES ADMINISTRATIVOS: ➢ Relacionados com as obrigações legais da administração pública para fins de proteção e aplicação do princípio da indisponibilidade do interesse público; Princípio da Liberdade de Ação - art. 5º, II – da CF/88; “Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”. Assim, salvo disposição legal em contrário, os indivíduos gozam de plena liberdade de ação, na medida em que podem agir livremente, fazendo ou deixando de fazer alguma coisa. Sucede que, se para o “particular” prevalece a liberdade/faculdade de ação, para a “Administração Pública” existe um dever de ação, sempre que a ordem jurídica lhe impõe uma providência ou ela se mostre necessária em face das circunstâncias administrativas. Não pode, destarte, a Administração Pública deixar de praticar ato de sua competência, sob pena de responder por sua omissão na via administrativa ou judicial. É que, diante da omissão do gestor ou do silência da Administração Pública que se abstém do dever jurídico de agir, pode o cidadão-administrado manejar os remédios jurídicos disponíveis para obter o ato ou a providência omitida, ou para se ver indenizado do dano causado pela inação do Estado. É aquele que impõe a Administração Pública somente agir nos termos da ordem jurídica, de modo a compatibilizar as suas atividades com a Constituição, as leis e as normas administrativas. Decorre do princípio constitucional da moralidade administrativa. A Administração Pública deve agir com “probidade”, isto é, com ética, honestidade, lealdade, decoro e boa-fé. 05. DEVERES E PODERES ADMINISTRATIVOS 05.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS 05.2. DEVERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DEVER DE AGIR DEVER DE JURIDICIDADE DEVER DE PROBIDADE 2 Edvaldo Sampaio A CF/88, além de haver consagrado a moralidade administrativa entre os princípios expressos da Administração Pública, previu que os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. Lei nº 8.429/92 – Lei de Improbidade Administrativa (art. 37, § 4º, CF/88). Dividindo-se em 03 (três) tipos: 1. Os atos que importam enriquecimento ilícito – art. 9º. 2. Os atos que causam prejuízo ao erário – art. 10. 3. Os atos que atentam cntra os princípios da Administração Pública – art. 11. Decorrente da EC nº 19/98 – administração gerencial. Uma boa administração é aquela que logra satisfazer com eficiência, isto, com rapidez e plenitude, os interesses da coletividade. Como consequência do descumprimento do deve de eficiência, possibilitou a Carta Magna a perda do cargo do servidor público estável mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho e passou a exigir, como condição para aquisição da própria estabilidade, a realização de avaliação especial de desempenho por comissão instituída para esse fim (art. 41). O dever de prestar contas da Administração Pública, direta e indireta é princípio constitucional sensível que, caso não observado, pode ensejar até a “intervenção” da União no Estado (art. 35, VII, “d”) e do Estado no Município (art. 35, II). Se a administração pública envolve a atividade de gestão dos bens e interesses da coletividade, mais do que natural se exigir daquele que gerencia esses bens e interesses alheios a prestação de contas de sua atuação. O dever de prestção de contas – alcança qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, incluindo as empresas públicas e as sociedades de economina mista, que utilize, arrecade, guarde gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos (art. 70, P.U. da CF/88). Esse dever é cumprindo quando o gestor público apresenta o encontro de contas (receitas e despesas) ao órgão legislativo competente, através do Tribunal de Contas respectivo. DEFINIÇÃO ▪ O conjunto de prerrogativas de direito público que a ordem jurídica confere aos agentes administrativos para o fim de que o Estado alcance seus fins. TIPOS DE PODERES É o poder utilizado quando da prática de atos administrativos de natureza vinculada; É mínima ou inexistente a liberdade de atuação do gestor público na utilização desse poder. Ex: lançamento tributário (art.3º,CTN) ▪ É poder exercido pelo agente público com margem de liberdade diante situação concreta. ▪ O poder discricionário traduz-se essencialmente no mérito administrativo (motivo + objeto). ▪ Analisa-se a conveniência e oportunidade da atuação do gestor. ▪ É o poder que dispõe o Executivo para distribuir e escalonar as funções de seus órgãos, ordenar e rever a atuação de seus agentes, estabelecendo relação de subordinação entre servidores do seu quadro de pessoal. ▪ É um poder interno e permanente (Hely Lopes Meirelles). ▪ Exercido pelos chefes de repartição nas atribuições de comando, chefia e direção. ▪ Não é aplicado aos particulares, ao contrário do poder disciplinar (pode sancionar particular e é temporário). ▪ Não existe hierarquia entre administração direta e indireta, relação é de vinculação. ▪ Autarquias, fundações e empresas públicas são autônomas; Supervisão Ministerial: administração direta perante administração indireta. ▪ Delegação - Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial. ▪ Avcação - Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior. DEVER DE EFICIÊNCIA DEVER DE PRESTAR CONTAS 05.3. PODERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PODER VINCULADO PODER DISCRICIONÁRIO PODER HIERÁRQUICO 3 Edvaldo Sampaio ▪ Possibilidade dos Chefes do Poder Executivo editarematos administrativos gerais e abstratos ou gerais e concretos, de conteúdo normativo, para dar fiel execução à lei. ▪ É consequência do poder hierárquico. ▪ Edição de Regimentos, instruções, resoluções e portarias. ▪ Decreto autônomo ou independente. ▪ Hely Lopes (Teoria Tradicional) - Discricionariedade somente no MOTIVO E OBJETO. Discricionariedade vai além de mérito administrativo (motivo+objeto). Competência, Finalidade e Forma são sempre vinculados. Competência é vinculado. Finalidade e forma podem ser discricionários. Há discricionariedade quanto à escolha do momento da prática do ato administrativo. ▪ Celso Antônio Bandeira de Melo (Teoria Moderna) - “Uma providência desarrazoada, consoante dito, não pode ser havida como comportada pela Lei. Logo, é ilegal: é desbordante dos limites nela admitidos.” ✓ Razoabilidade: adequação + necessidade; ✓ Poder Judiciário anula o ato e analisa se houver regular exercício do poder discricionário ou abuso, fazendo controle de legalidade, não de mérito administrativo (revogação). ▪ É o poder que possibilita a administração pública punir as infrações de quem possui vinculo jurídico específico com a administração pública: seus servidores e punir as infrações administrativas cometidas por particulares a ela ligados mediante algum vínculo jurídico específico (por exemplo, a punição pela administração de um particular que com ela tenha celebrado um contrato administrativo e descumpra as obrigações contratuais que assumiu). ▪ Punição a servidor: poder disciplinar e poder hierárquico. ▪ Punição ao administrado: só poder disciplinar. ▪ Em regra é discricionário(na escolha da penalidade e não no dever de punir) Hely Lopes: É o poder que dispõe a administração pública para, na forma da lei,condicionar ou restringir o uso de bens, o exercício de direitos e a prática de atividades privadas, visando proteger os interesses gerais da coletividade. José dos Santos Carvalho Filho: É a prerrogativa de direito público que, calcada na lei, autoriza a administração pública a restringir o uso de gozo da liberdade e da propriedade em favor do interesse da coletividade. É uma atividade estatal restritiva dos interesses privados, limitando a liberdade e propriedade. É conhecido como poder de limitação administrativa. Conceito legal (Art.78,CTN) ▪ Considera-se poder de policia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do poder público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. ▪ Considera-se regular o exercício do poder de policia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder. Características do Poder de Polícia: ▪ atividade restritiva; ▪ impõe limites à liberdade e propriedade; ▪ natureza discricionária(geral); ▪ caráter liberatório: se não tiver o ato administrativo com poder de polícia é vedada a realização da ação humana. Ex: licenças, autorizações, permissões, concessões. ▪ e) são de natureza geral: essa é principal diferença da servidão administrativa, que atinge particularmente pessoa; ▪ cria obrigações de não fazer, em regra; exceção: edificar muros em terrenos baldios; calçada; ▪ não gera indenização; ▪ é indelegável, vez que representa poder de império do Estado. STF: ADI 1717/DF, de 07.11.2002. Pode delegar atividades de apoio ao poder de polícia. Ex: empresa para instalar radares e fazer manutenção dos sinais de trânsito. PODER REGULAMENTAR CONTROLE DE LEGALIDADE PODER DISCIPLINAR PODER DE POLÍCIA 4 Edvaldo Sampaio POLÍCIA ADMINISTRATIVA ▪ É exercida pelos órgãos da administração e recai sobre bens e direitos. POLÍCIA JUDICIÁRIA ▪ É privativa das corporações da policia civil e policia militar para fins de possibilitar uma futura condenação pelo Poder Judiciário e recai sobre pessoas. ◦ Guarda Municipal é para preservação do patrimônio público, não exercendo nem polícia administrativa nem judicial. Poder de Polícia e Servidão Administrativa. ◦ A servidão administrativa diz respeito à intervenção do Estado na propriedade privada, atingindo um bem particular específico e restringindo seu uso em beneficio do interesse público. ◦ Ex: tombamento; placa com nome rua no imóvel; ATRIBUTOS DO PODER DE POLÍCIA Discricionariedade Administração no exercício do poder de polícia analisa a conveniência e oportunidade. Finalidade é vinculado que é interesse público. Autoexecutoriedade Os atos administrativos referentes ao exercício do poder de polícia não dependem de ordem ou autorização judicial. Ocorre quando lei prevê e em situações urgentes. Ressalte-se que o particular tem amplo acesso à Justiça Exigibilidade Prerrogativa de impor obrigações ao administrado sem autorização judicial. Meios coercitivos indiretos. Exigir pagamento de multa para receber licenciamento de veículo. Executoriedade: possibilidade da administração realizar diretamente a execução forçada. Meios coercitivos diretos. Interdição de estabelecimento. Coercibilidade Poder da administração impor sua vontade, inclusive com uso da força, quando do exercício do poder de polícia. É consequência da autoexecutoriedade. Nos Estados Democráticos de Direito o Poder da Administração Pública deve ser exercido em consonância com a ordem jurídica, respeitando os direitos dos cidadãos-administrados e sempre visando servir a coletividade. Assim, devem os Agentes Públicos, no exercício de suas competências, proceder conforme o direito e a moral, atuando nos limites de suas atribuições e objetivando sempre tender o interesse público. O uso do Poder pelo Gestor Público: ➢ Nos termos da ordem jurídica, consiste no manejo regular, normal e correto de suas atribuições e prerrogativas legais. Todavia, quando o Gestor estrapola os limites de aus atribuições ou utiliza suas atribuições – para atender a fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência, o Uso do Poder se converte em Abuso do Poder, o que não é tolerado pelo Direito. Assim, não se confunde o Uso do Poder com o seu Abuso de Poder. Uso do Poder Abuso de Poder É sempre um agir em conformidade com a Constituição, as leis e as normas administrativas. É um atuar em descompasso com o Direito, violando as normas jurídicas e os direitos e garantias do cidadão. Há excesso de poder quando o Gestor Público atua fora dos limites de suas atribuições. Vale dizer, quando o Agente Público edita um ato ou realiza uma atividade sem competência legal para tanto. Ele viola a regra de competência, seja porque ele exerceu atribuições cometidas a outro agente, seja porque se apropriou de competência que não dispunha. O ato do Poder ou a atividade decorrente do Excesso de Poder, por qualificar-se abusivo, expõe-se a invalidação administrativa ou judicial. 05.4. USO e ABUSO de PODER POLÍCIA ADMINISTRATIVA e POLÍCIA JUDICIÁRIA EXCESSO DE PODER 5 Edvaldo Sampaio Há Desvio de Poder ou de Finalidade quando o Agente exerce a sua competência para atingir fim diverso daquele previsto na lei. Nesta hipótese, o Gestor dispõede competência, mas atua em desconformidade com o fim pré-ordenado. É o que ocorre, por exemplo, quando um Prefeito, exercendo a sua competência: ➢ decreta a desapropriação de um imóvel alegando utilidade pública, porém objetivando satisfazer interesse próprio ou de terceiro; ou ➢ quando decreta a remoção de um servidor, não por necessidade de serviço, mas para puní-lo. O Desvio de Poder – em razão de se constituir em Abuso de Poder, também se sujeita a invalidação administrativa ou judicial. 76. 2020 - SELECON - Prefeitura de Boa Vista - RR - Guarda Civil Municipal Frank é construtor e requer autorização para realizar obras em condomínio fechado no município XT. Iniciada a construção dos prédios, recebeu a visita dos fiscais de obras Petrônio e Epicuro que, de acordo com as normas do Direito Administrativo, exercem o denominado poder de polícia: a) metrificado b) edilício c) social d) vigilante 77. 2019 - VUNESP - Prefeitura de Campinas - SP - Auditor Fiscal Tributário Municipal Em relação ao poder de polícia administrativo, assinale a alternativa correta. a) É ato administrativo discricionário, que pode ser anulado por razão de conveniência da Administração. b) Poderá ser delegado, mediante lei específica, a entes da Administração indireta. c) Decorre da relação de subordinação entre o administrado e seu superior hierárquico. d) O poder de polícia é tratado apenas no âmbito da legislação infraconstitucional. e) É aquele conferido de forma privativa aos Chefes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. 78. 2019 - Quadrix - CRA-PA - Técnico em Administração O poder disciplinar alcança não apenas agentes submetidos ao regime administrativo, mas também particulares a ele estranhos. ( ) Certo ( ) Errado 79. 2019 - Quadrix - CRA-PA - Técnico em Administração O abuso de poder, na instância administrativa, gera necessárias repercussões criminais por meio da figura do abuso de autoridade. ( ) Certo ( ) Errado 80. 2019 - CONSULPAM - Prefeitura de Quadra - SP - Secretário Escolar Acerca dos Poderes Administrativos assinale a alternativa CORRETA: a) O Poder Vinculado é o poder que a Administração tem de praticar atos administrativos com discricionariedade, usando da conveniência e oportunidade. b) O Poder Hierárquico é aquele através do qual a lei permite à Administração Pública aplicar penalidades às infrações funcionais de seus servidores e demais pessoas. c) O Poder Discricionário concede à Administração o poder de praticar atos administrativos, valorando a oportunidade e conveniência do ato discricionário, estabelecendo dentro dos limites legais, seu conteúdo. d) O Poder Regulamentar é a faculdade que dispõe a Administração de condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais em benefício da coletividade. 81. 2019 - Quadrix - CRO-GO - Assistente Administrativo Os administradores públicos, em razão do dever de agir que se lhes impõe, têm a faculdade de exercer suas prerrogativas na forma definida pelo ordenamento jurídico. ( ) Certo ( ) Errado 82. 2019 - Quadrix - CRO-GO - Assistente Administrativo Se, diante de certas situações, a lei possibilita que o administrador público defina algum aspecto do conteúdo ou do objeto do ato administrativo, há o exercício do poder discricionário. ( ) Certo ( ) Errado 83. 2019 - Quadrix - CRO - AC - Assistente Administrativo Muitos são os conceitos encontrados nos autores modernos de direito administrativo. Alguns levam em conta apenas as atividades administrativas em si mesmas; outros preferem dar relevo aos fins desejados pelo Estado. Em nosso entender, porém, o direito administrativo, com a evolução que o vem impulsionando contemporaneamente, há de focar‐se em dois tipos fundamentais de relações jurídicas: uma, de caráter interno, que existe entre as pessoas administrativas e entre os órgãos que as compõem; outra, de caráter externo, que se forma entre o Estado e a coletividade em geral. Tendo o texto acima apenas como referência inicial, julgue o item a respeito do direito administrativo. Para que o Estado alcance seus fins, é necessário que os agentes públicos possuam um conjunto de prerrogativas de direito público conferidas pela ordem jurídica, o que pode ser caracterizado como poder administrativo. ( ) Certo ( ) Errado DESVIO DE PODER 6 Edvaldo Sampaio 84. 2019 - Quadrix - CRO-GO - Fiscal Regional No que se refere aos poderes e deveres do administrador público, julgue o item. Se, diante de certas situações, a lei possibilita que o administrador público defina algum aspecto do conteúdo ou do objeto do ato administrativo, há o exercício do poder discricionário. ( ) Certo ( ) Errado 85. 2018 - Quadrix - CRMV-AC - Fiscal No exercício do seu poder regulamentar, a Administração viabiliza a efetiva aplicação da lei, sendo vedada, consequentemente, por meio da regulamentação, a modificação do texto legal, sob pena de cometimento de abuso da função normativa. ( ) Certo ( ) Errado 86.2019 -FCC -TRF - 3ª REGIÃO -Técnico Judiciário - Administrativa O poder hierárquico é um elemento importante na coordenação dos agentes incumbidos do exercício de determinadas funções estatais. Tal poder: a) está presente também na relação entre o governador de um estado e os prefeitos dos municípios situados em seu território. b) pressupõe a faculdade de avocar e delegar atribuições, seja qual for a matéria envolvida. c) impõe o dever de obediência, ainda que manifesta a ilegalidade da ordem recebida. d) permite a revisão de ofício dos atos dos subordinados, seja por razões de mérito, seja por razões de legalidade, ressalvados eventuais limites impostos pela lei. e) explica a relação de controle que existe entre um ente da Administração Indireta e o órgão da Administração Direta responsável pela sua supervisão. 87. 2018 - Quadrix - CRMV-GO - Auxiliar Administrativo A Administração Pública confere licença ou autorização para prática de ato ou exercício de atividade sujeito ao poder de polícia do Estado por meio de: a) resolução. b) portaria. c) circular. d) decreto. e) alvará. 88. 2018 - Quadrix - CRMV-GO - Auxiliar Administrativo A respeito dos poderes da Administração, julgue os itens subsequentes. I - O Poder Executivo edita normas complementares à lei, para sua fiel execução, no exercício do poder disciplinar. II - Cabe à Administração Pública apurar infrações e aplicar penalidades aos servidores e às demais pessoas sujeitas à disciplina administrativa, em razão do poder regulamentar. III - No exercício do poder de polícia, a autoridade que se afastar da finalidade pública incidirá em desvio de poder e acarretará a nulidade do ato. IV - O poder de polícia não deve ir além do necessário para a satisfação do interesse público que visa proteger, pois está sujeito ao princípio da proporcionalidade dos meios aos fins. Assinale a alternativa correta. a) Apenas o item IV está certo. b) Apenas os itens I e II estão certos. c) Apenas os itens III e IV estão certos. d) Apenas os itens I, II e III estão certos. e) Apenas os itens I, II e IV estão certos. 89. 2019 - IBADE - JARU-PREVI - RO - Assistente Administrativo Sobre os deveres e poderes do administrador público, está correto afirmar que: a) o dever de eficiência é a exigência de que a atuação do administrador público esteja em consonância com os princípios da moralidade. b) o dever de probidade exige que o administrador público atue em benefício da coletividade e seus indivíduos. c) o poder vinculado é o poder que tem a administração pública para praticarcertos atos em que é mínima ou inexistente sua liberdade de atuação. d) o poder regular é aquele conferido aos Chefes dos Poderes Legislativos. e) o poder hierárquico caracteriza-se pela inexistência de grau de subordinação entre os diversos órgãos. 90. 2019 - FCC - Câmara de Fortaleza - CE - Agente Administrativo A Constituição Federal atribui ao Chefe do Poder Executivo o poder de editar normas complementares à lei, “para sua fiel execução”. Trata-se do poder: a) regulamentar, que é exercido por meio da edição de decretos e regulamentos. b) disciplinar, que é exercido por meio da edição de resoluções. c) complementar, que é exercido por meio da edição de decretos. d) normativo autônomo, que é exercido por meio da edição de medidas provisórias. e) normativo impróprio, que é exercido por meio de leis delegadas. 7 Edvaldo Sampaio 76 B 80 C 84 V 88 C 77 B 81 F 85 V 89 C 78 F 82 V 86 D 90 A 79 F 83 87 E - -- ANOTAÇÕES: PODERES
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