Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA 1 Edvaldo O DIREITO ADMINISTRATIVO ▪ É um conjunto de normas jurídicas. ▪ Notadamente de normas-princípios. ▪ Que regem os “sujeitos” da Administração Pública e as “Funções Administrativas” que estes desempenham. ▪ Possui um “Regime Jurídico Próprio”, indispensável à sua autonomia científica, enquanto ramo do Direito informado por princípios que lhe são peculiares. ▪ Esse regime é designado usualmente como “Regime Jurídico- Administrativo”. O REGIME JURÍDICOADMIISTRATIVO ▪ É o regime jurídico ao qual se encontra submetida a Administração Pública Direta e Indireta. ▪ Compreende um conjunto de princípios constitucionais que governam toda a atuação dos agentes públicos no desempenho de das funções administrativas, conformando integralmente a Administração Pública. Regime Jurídico Regime Jurídico Administrativo Administração Pública É um regime essencialmente de “Direito Público”, constituido de princípios e regras constitucionais. É mais amplo na medida em que compreende tanto o “regime de direito público (o regime jurídico- administrativo)” como o “regime de direito privado”, ao qual a Administração Pública também pode se submeter. O Caput do art. 37 faz referência a 05 (cinco) princípios constitucionais da Administração, quando assevera que a “administração direta e indireta” de qualquer dos Poderes da U/E/DF/M obedecerá aos princípios da; 1. Legalidade. 2. Impessoalidade. 3. Moralidade. 4. Publicidade. 5. Eficiência. Conhecido como: L I M P E O regime jurídico-administrativo – foi construído a partir de 02 (dois) grandes princípios jurídicos que governam todo o Direito Administrativo: 1. O princípio da Supremacia do Interesse Público sobre o Privado. 2. O princípio da Indisponibilidade do Interesse Público. Segundo “Celso Antonio Bandeira de Melo”, todo o Direito Administrativo está assentado sobre estes 02 (dois) princípios magnos. 03.1. Introdução. 03.2. Concentração e Desconcentração 03.3. Administração Direta. 03.4. Centralização e Descentralização. 03.5. Administração Indireta. 03.6. Entes de Cooperação. 03.6.1. Entidades Paraestatais – Sistema “S”. 03.6.2. Terceiro Setor – Organizações Sociais. Dentro do Título III, que trata sobre a organização do Estado, vêm disposta no Capítulo VII as normas gerais sobre a Administração Pública. Neste capítulo VII, iremos estudar: Seção I Disposições Gerais Art. 37 e 38 Seção II Dos Servidores Públicos Art. 39 a 42 Seção III Dos Servidores Públicos dos Militares dos Estados, DF e dos Territórios Art. 42 Seção IV Das Regiões Art. 43 CONCEITO ➢ Corresponde à face do Estado (o Estado-Administração) que atua no desempenho da função administrativa, objetivando atender concretamente os interesses coletivos. ➢ É o termo que designa o complexo de pessoas, relações e atos necessários ao atendimento dos interesses e necessidades coletivos. Ela pode ser concebida num duplo sentido: Sentido Subjetivo, Formal ou Orgânico Sentido Objetivo, Material ou Funcional A Administração Pública compreende um conjunto de entidades jurídicas (de direito público ou de direito privado), de órgãos públicos e de agentes públicos, que formam o aparelhamento orgânico e compõem a estrutura formal da Administração. A Administração Pública corresponde a um conjunto de funções ou atividades de caráter essencialmente administrativo, consistentes em realizar concreta, direta e imediatamente os fins constitucionalmente atribuídos ao Estado. Por esse sentido, leva-se em conta o sujeito da Administração. Nesse sentido, toma-se em consideração a função administrativa. 02. REGIME JURÍDICO-ADMINISTRATIVO 03. ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DA UNIÃO 03.1. NATUREZA E FINS 2 Edvaldo Assim, conjugando os 02 (dois) sentidos (subjetivo e objetivo), pode-se definir a Administração Pública: ▪ Um conjunto de pessoas jurídicas, ▪ De órgãos públicos e de agentes públicos, ▪ Que estão, por lei, incumbidos do dever-poder de exercer a função administrativa, ▪ Consistente em realizar concreta, direta e imediatamente os fins constitucionalmente atribuídos ao Estado. ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: Em conformidade com o art. 37, caput, a Administração Pública de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, organiza-se a partir de uma “Administração Direta e uma Administração Indireta”. ➢ Essa organização está relacionada às formas de realização da “Função Administrativa”. No âmbito federal, o tema é disciplinado pelo Decreto-Lei nº 200/67 que “dispõe sobre a organização da Administração Pública Federal e estabelece diretrizes para a Reforma Administrativa”. Nesse sentido, pode-se afirmar que a organização administrativa de todas as Entidades Políticas compreende uma: ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA COMPOSIÇÃO E ESTRUTURA Administração Pública Federal DIRETA INDIRETA Centralizada Descentralizada Órgãos Entidades Centros de competência SEM personalidade jurídica. Centros de competência COM personalidade jurídica. CONCENTRAÇÃO DESCONCENTRAÇÃO É a técnica de cumprimento de competências administrativas por meio de órgãos públicos despersonalizados e sem divisões internas. As atribuições são repetidas entre órgãos públicos pertencentes a uma única pessoa jurídica, mantendo a vinculação hierárquica. Exemplos: ▪ Ministérios da União. ▪ Secretarias Estaduais ou Municipais. ▪ Delegacias de Polícia. DIFERENÇA ENTRE CONCENTRAÇÃO E DESCONCENTRAÇÃO É baseada na noção de órgão público. ÓRGÃO PÚBLICO ▪ É um núcleo de competências estatais “sem personalidade jurídica” própria. ▪ Unidade de atuação integrante da estrutura da Administração Direta e da estrutura da Administração Indireta (art. 1º, § 2º, I, da Lei nº 9.784/99). ▪ Pertencem a pessoas jurídicas, mas não são pessoas jurídicas. ▪ São divisões internas, partes de uma pessoa governamental, daí receberem também o nome de “repartições públicas”. ▪ Não tendo personalidade própria, os órgãos não podem ser acionados judicialmente para responder por prejuízos causados por seus agentes. ▪ Cabe à pessoa jurídica a que o órgão pertence ser acionada judicialmente para reparação de danos. Assim, por exemplo, se prejuízo for causado pelo Ministério da Justiça, sendo órgão despersonalizado, a ação judicial deve ser intentada contra a União Federal, que é a pessoa jurídica que o Ministério da Justiça pertence. DESCONCENTRAÇÃO ▪ Divisão do trabalho para órgãos visando a eficiência (relação de subordinação). ▪ Controle hierárquico. ▪ Cria órgãos. ▪ É a técnica administrativa que promove a distribuição interna de competência no âmbito de determinada pessoa jurídica, outorgando atribuições a todos os órgãos que a compõem, com a finalidade de racionalizar seu desempenho. ▪ Em outras palavras, é uma maneira de dividir as competências e delegar atividades aos diferentes níveis da hierarquia administrativa no próprio órgão ou entidade da Administração Pública. ▪ É utilizada tanto na Administração Direta quanto na Administração Indireta. 03.2. CONCENTRAÇÃO E DESCONCENTRAÇÃO 3 Edvaldo Atenção! Entretanto, inegável constatação de que atualmente certos órgãospúblicos brasileiros possuem “capacidade processual geral e irrestrita”, podendo atuar livremente em grande variedade de ações judiciais, como é o caso do “Ministério Público” e da “Defensoria Pública”. TEORIA DO ÓRGÃO PÚBLICO A doutria sempre procurou como a atuação do agente público é atribuída ao Estado. A evolução do tema encontrou respaldo na formulação de 04 (quatro) teorias diferentes: 1. Teoria da Identidade. 2. Teoria da Representação. 3. Teoria do Mandato. 4. Teoria da Imputação Volitiva. TEORIA DA IMPUTAÇÃO VOLITIVA ➢ É aceita pela unanimidade dos doutrinadores modernos. ➢ Esta teoria sustenta que o agente público atua em nome do Estado, titularizando um órgão público (conjunto de competências), de modo que a atuação ou o comportamento do agente no exercício da função pública é juridicamente atribuída(o) – imputada(o) – ao Estado. O idealizador da “moderna teoria do órgão” público baseada na noção de “imputação volitiva” foi o alemão Otto Friedrich von Gierke (1841 – 1921). ▪ Gierke comparou o Estado ao corpo humano. ▪ Cada repartição estatal funciona como uma parte do corpo, como um dos órgãos humanos, daí a origem do nome “órgão” público. ▪ A personalidade, no corpo, assim como no Estado, é um atributo do todo, não das partes. ▪ Por isso, os órgãos públicos não são pessoas, mas partes integrantes da pessoa estatal. PREVISÃO CONSTITUCIONAL DA TEORIA DA IMPUTAÇÃO VOLITIVA Art. 37, §6º. As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de “serviços públicos” responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de “regresso” contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. DESDOBRAMENTO DA TEORIA DA IMPUTAÇÃO VOLITIVA Esta teoria tem o poder de apontar a solução para diversos problemas de Direito Administrativo. Vejamos alguns exemplos: 1. Impede a propositura de “ação de indenização” diretamente contra a pessoa física do agente se o dano foi causado no exercício da função pública. 2. Impossibilita a responsabilização civil do Estado – se o dano foi causado pelo agente público fora do exercício da função pública. ▪ Exemplo – policial de folga que atira no vizinho. 3. Autoriza a utilização das prerrogativas do cargo somente nas condutas realizadas pelo agente durante o exercício da função pública. Desse modo, o agente, fora do horário do expediente, no trânsito, em casa, está temporariamente desacompanhado das prerrogativas especiais decorrentes da sua função pública, sob pena de cometer “excesso de poder” ou “desvio de finalidade”. ESPÉCIES DE ÓRGÃOS PÚBLICOS Hely Lopes Meirelles classifica os diversos tipos de “órgãos públicos” a partir de 03 (três) critérios diferentes: Quanto à posição HIERÁRQUICA INDEPENDENTES ou Primários Aqueles originários da CF e representativos da cúpula dos Poderes Estatais, não sujeitos a qualquersubordinação hierárquica ou funcional. Exemplos – Casas Legislativas, Chefias do Executivo, Tribunais do Poder Judiciário, Ministério Público e Tribunais de Contas. AUTÔNOMOS Estão situados imediatamente abaixo dos órgãos independentes, gozando de ampla autonomia – administrativa, financeira e técnica. Dotados de competências de – planejamento, supervisão e controle - sobre outros órgãos. Exemplos – Ministérios, Secretarias e Advocacia-Geral da União. SUPERIORES Possuem competências diretivas e decisórias, mas se encontram subordinadas a uma chefia superior. Exemplos – Gabinetes, Secretarias, etc. SUBALTERNOS São os órgãos comuns dotados de atribuições predominantemente executória. Exemplos – Repartições Comuns. 4 Edvaldo Quanto à ESTRUTURA SIMPLES ou Unitário Constituídos somente por um centro de competências. Exemplo – Presidência da República. COMPOSTO Constituídos por diversos órgãos menores. Exemplo – Ministérios Quanto à ATUAÇÃO FUNCIONAL SINGULARES ou Unipessoais Compostos por um único agente. Exemplo – Prefeitura. COLEGIADOS Ou Pluripessoais Constituídos por vários membros. Exemplo – Secretarias. É o conjunto formado pela somatória de todos os órgãos públicos integrantes da estrutura de cada entidade federativa. Assim, pertencem à Administração Direta: ▪ União, Estados, Distrito Federal, Municípios. ▪ Territórios. ▪ Ministérios e Secretarias. ▪ Prefeituras. ▪ Delegacias ▪ Casas Legislativas. ▪ Tribunais de Contas. ▪ Tribunais. ▪ Ministério Público. ▪ Defensorias. CENTRALIZAÇÃO ▪ Atividades estratégicas. ▪ É a técnica de cumprimento de competências administrativas “por uma única pessoa jurídica” governamental. ▪ É o que ocorre, por exemplo, com as atribuições exercidas diretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. ▪ É quando o Estado executa suas atividades diretamente por meio dos ÓRGÃOS e AGENTES integrantes da administração direta. DESCENTRALIZAÇÃO ▪ As competências administrativas são distribuídas a “Pessoas Jurídicas Autônomas”, criadas pelo Estado para tal finalidade ▪ Exemplos: Autarquias, Fundações, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista. ▪ Executam. ▪ Divisão do trabalho para entidades visando a eficiência. ▪ Relação de vinculação/controle finalístico. ▪ Cria entidades. A noção fundamental que distingue “centralização” e “descentralização” é a de ENTIDADE. MODALIDADES DA DESCENTRALIZAÇÃO OUTORGA Também denominada descentralização por colaboração. DELEGAÇÃO Também denominada descentralização por colaboração. DESCENTRALIZAÇÃO TERRITORIAL OU GEOGRÁFICA Não há relação de subordinação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, mas atuação coordenada, nos textos postos pela Constituição. Nos Poderes Judiciário e Legislativo NÃO há Administração Indireta. É composta pelos órgãos integrantes da Presidência da República, pelos Ministérios e órgãos de assessoramento. Não gozam de autonomia política, mas de autonomia administrativa. ENTIDADE ▪ É sinônimo de pessoa jurídica, ou seja, de ente detentor de personalidade jurídica, com capacidade para, em nome próprio, adquirir direitos e contrair obrigações. ▪ Em termos mais amplos, uma entidade, porque possuidora de personalidade jurídica, atua em seu próprio nome, produzindo atos que afetam diretamente sua esfera jurídica. ENTIDADES POLÍTICAS ENTIDADES ADMINISTRATIVAS ▪ São pessoas jurídicas de direito público que têm suas atribuições outorgadas diretamente pela Constituição, bem como autonomia para desempenha-las, nos limites do Texto Maior. ▪ São instituídas para atuar em uma área específica, em uma atividade determinada. A isso denominamos capacidade administrativa específica. 03.3. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA OU CENTRALIZADA 03.4. CENTRALIZAÇÃO ou DESCENTRALIZAÇÃO 5 Edvaldo Haure seus poderes do texto Constitucional, gozam de capacidade genérica: titularizam diversas competências, sendo detentoras de 04 (quatro) espécies de capacidade: 01. Auto-organização. 02. Autogoverno. 03. Autolegislação. 04. Auto-administração. REGIME JURÍDICO-ADMINISTRATIVO E OS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA ADMINISTRAÇÃO O regime-jurídico administrativo é o regime jurídico ao qual se encontra submetida a Administração Pública Direta e Indireta. Compreende um conjunto de princípios constitucionais que governam toda a atuação dos agentes públicos no desempenho das funções administrativas, conformando toda a Administração Pública. Não podemos confundir: O Regime Jurídico Administrativo O Regime JurídicoDa Administração É um regime essencialmente de direito público. Constituído de princípios e regras constitucionais. É mais amplo na medida em que compreende tanto o regime de direito público como o regime de direito de direito privado. O regime jurídico-administrativo, no caput do art. 37, faz referência expressa a 05 (cinco) princípios constitucionais da Administração, quando assevera que a administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. O regime jurídico-administrativo foi construído a partir de 02 (dois) grandes princípios jurídicos: 1. Supremacia do Interesse Público sobre o Privado. 2. Indisponibilidade do Interesse Público. ➢ Tais princípioso gozam de “imediata aplicabilidade’, não dependendo de “lei formal” para produzirem os seus feitos e vincularem a Administração. PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - LIMPE Legalidade Como decorrência direta do princípio da indisponibilidade, a atividade administrativa carece de lei que autorize sua atuação. Impessoalidade A atividade administrativa deve ser exercida para atender ao interesse coletivo e não a interesses pessoais. Moralidade Impõe o dever de a administração pública atuar em conformiedade com um conjunto de valores éticos que fixam um padrão de conduta que absorve a lealdade, honestidade, a boa-fé etc. Publicidade A atividade adiministrativa deve ser transparente para que a coletividade possa tomar conhecimento dos comportamentos administrativos. Eficiência Impõe o dever de a administração realizar as suas funções com rapidez e perfeição, otimizando os custos e maximizando os benefícios. Neste tópico, iremos estudar: 1. Autarquias. 2. Fundaçõe Públicas. 3. Agências Reguladoras. 4. Agências Executivas. 5. Associações Públicas. 6. Empresas Estatais 6.1. Empresas Públicas. 6.2. Sociedade de Economia Mista. 7. Fundações Governamentais de Direito Privado. 8. Empresas Subsidiárias. 9. Fundação de Apoio. ENTIDADES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA, DEVIDO PROCESSO LEGAL DE CRIAÇÃO. A Administração Pública Indireta ou Descentralizada é composto por “pessoas jurídicas autônomas” com natureza “direito público” ou de “direito privado”. A natureza jurídica de “direito público” ou de “direito privado” determina diversas características jurídicas especais, definindo qual o regime jurídio aplicável. PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO ➢ São CRIADAS por lei (art. 37, XIX, da CF/88), o que significa dizer que o surgimento da personalidade jurídica ocorre com a publicação da lei instituidora, sem necessidade de registro em cartório (devido processo legal público de criação). 03.5. ADMINISTRAÇÃO INDIRETA 6 Edvaldo PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO ➢ São AUTORIZADAS por lei (art. 37, XIX, da CF/88), ou seja, é publicada uma lei permitindo a criação, depois o Executivo expede um DECRETO regulamentando a criação e, por fim, a personalidade nasce com o registro dos atos constitutivos em cartório (devido processo legal privado de criação, atendendo ao disposto no art. 45 do Código Civil). PESSOAS JURÍDICAS Direito PÚBLICO Direito PRIVADO CRIADAS AUTORIZADAS PESSOAS JURÍDICAS - Personalidade Direito PÚBLICO Direito PRIVADO Autarquias Empresas Públicas Fundações Públicas Sociedade de Economia Mista Agências Reguladoras Fundações Associações Públicas - DEFINIÇÃO Conforme o art. 5º, inciso I, do Decreto-lei nº 200/67, define-se a autarquia como: ➢ O serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada. Exemplos de Autarquias: ✓ INSS. ✓ BACEN. ✓ IBAMA. ✓ Todas as Universidades Públicas: USP, UFPE, etc. Sendo assim, as AUTARQUIAS apresentam as seguintes CARACTERÍSTICAS: 1. São Pessoas Jurídicas de Direito Público. 2. São criadas e extintas por lei específica. ✓ É CRIADA pela pessoa jurídica estatal (U/E/DF ou M). ✓ Em razão do “Princípio da Paridade de Formas”, a autarquia só pode ser extinta por lei específica. ✓ Sendo inaplicável o Regime Extintivo Falimentar. 3. Dotadas de autonomia: Gerencial, Orçamentária e Patrimonial. ✓ Autonomia – é a capacidade de autogoverno. ✓ Não estão subordinadas hierarquicamente – mas limitado (VINCULADA) a uma tutela administrativa. Cuida-se de um Controle Finalístico – Supervisão ou Tutela Ministerial. Controle Finalístico – é uma forma de verificar a execução do serviço para o qual a autarquia foi criada. 4. Nunca exercem – Atividades Econômicas. ✓ Somente podem desempenhar atividades da Administração Pública. ▪ Prestar - Serviços Públicos. ▪ Exercer – o Poder Público. ▪ Promover – o Fomento 5. São imunes a Impostos. ✓ Por força do art. 150, §2º, da CF/88, autarquias não pagam nenhum imposto. ✓ Mas são devidos – taxas, contribuições de melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições especiais. 6. Seus Bens são Públicos (art. 98 do Código Civil). ✓ Os bens pertencentes às autarquias são revestidos dos atributos da impenhorabilidade, inalienabilidade e imprescritibilidade. 7. Praticam Atos Administrativos ✓ Os atos praticados pelos agentes públicos pertencentes às autarquias classificam-se como atos administrativos sendo dotados de: ▪ Presunção de Legitimidade. ▪ Exigibilidade. ▪ Imperatividade. ▪ Autoexecutoriedade. 8. Celebram Contratos Administrativos ✓ Como decorrência da natureza de pessoas públicas, os contratos celebrados pelas autarquias qualificam-se como contratos administrativos, ou seja, constituem avenças submetidas ao regime privilegiado da Lei nº 8.666/93 cujas regras estabelecem uma superioridade contratual da Administração Pública sobre os particulares contratados. 9. O Regime Normal de Vinculação é Estatutário ✓ Em regra, os servidores das autarquias são servidores públicos estatutários, titulares de cargos efetivos, providos mediante concurso público, e sujeitos ao mesmo regime jurídico dos servidores públicos vinculados à administração pública direta de entidade estatal. ✓ Existe a possibilidade das autarquias submeterem os seus servidores ao regime de emprego público, sujeito à CLT, desde que em funções subalternas. 1. AUTARQUIAS 7 Edvaldo 10. Possuem as Prerrogativas Especiais da Fazenda Pública. ✓ As autarquias possuem todos os privilégios processuais característicos da atuação da Fazenda Pública em juízo, como prazos em: Dobro Para Recorrer. Quádruplo Para Contestar Contestar No regime do NCPC, os prazos da Fazenda são em dobro para recorrer, contestar e responder recurso. ✓ Desnecessidade de adiantar custas processuais e de anexar a procuração do representante legal, dever de intimação pessoal, execução de suas dívidas pelo sistema precatório, etc. 11. Responsabilidade Subjetiva e Direta Objetivamente Diretamente As autarquias respondem objetivamente, isto é, sem a necessidade de comprovação de culpa ou dolo, pelos prejuízos causados por seus agente e particulares. É a própria entidade que deve ser acionada judicialmente para reparar os danos patrimoniais que causar. Atenção! ➢ A Administração Direta só pode ser acionada em caráter subsidiário. ➢ Quando a autarquia não possuir condições patrimoniais e orçamentárias de indenizar a integralidade do valor da condenação.12. Outras Características ✓ Sofrem controle dos Tribunais de Contas. ✓ Têm o dever de observar as regras de Contabilidade Pública. ✓ Estão sujeitas à vedação de acumulação de cargos e funções públicas. ✓ Devem realizar licitação para a contratação de bens e serviços. ✓ Seus dirigentes ocupam cargos em comissão de livre provimento e exoneração. A PRESCRIÇÃO DAS AÇÕES CONTRA A AUTARQUIA ➢ Prescreve em 05 (cinco) anos – todo e qualquer direito ou ação movida contra a Fazenda Pública – inclusive as Autarquias – seja ela federal, estaudal ou municipal, inclusive indenização por reparação civil. ESPÉCIES DE AUTARQUIA Administrativas ou De Serviços São as autarquias comuns dotadas do regime jurídico ordinário dessa espeécie de pessoa pública. Exemplo: INSS, Ibama. Especiais Caracterizam-se pela existência de determinadas peculiaridades normativas que as diferenciam das autarquias comuns, como uma mais acentuada autonomia. Divide-se em: 1. Autarquia especial stricto sensu – como o BACEN, a Sudene. 2. Agências Reguladoras – autarquias especiais dotadas de uma qualificada autonomia garantida pela presença de dirigentes com mandatos fixos e estabilidade no exercício das funções – ANATEL, ANVISA, etc. Corporativas Também chamadas de corporações profissionais ou autarquias profissionais, são entidades com atuação de interesse público encarregadas de exercer controle e fiscalização sobre determinadas categorias profissionais. Exemplos: Conselhos de Classe – CRM, CRO. A OAB – Ordem dos Advogados do Brasil – perdeu o status de autarquia no STF. ➢ Uma entidade sui generis. ➢ Não é uma entidade da Administração indireta, mas um serviço público independente. ➢ Não está sujeita a controle da Administração, nem a qualquer das suas partes está vinculada. Fundacionais São criadas mediante a afetação de determinado patrimônio público e certa finalidade. São conhecidas como Fundações Públicas. ▪ Procon, Funase, Funai. Territoriais São departamentos geográficos administrativos diretamente pela União. Na CF/88 tais autarquias recebem o nome de Territórios Federais (art. 33 da CF/88) Associativas ou Contrs.atuais São as associações públicas criadas após a celebração de consórcio entre entidades federativas (art. 6º da Lei nº 11.107/2005). As associações públicas integram a Administração Indireta de todas as entidades consorciadas com natureza de autarquias transfederativas. 8 Edvaldo DEFINIÇÃO ➢ São pessoas jurídicas de Direito Público interno, integrante da Administração Pública Indireta, criada pelo Estado, após autorizado por Lei Específica. ➢ Para prestação de certos serviços públicos típicos, consistente num patrimônio público personaliado e regido por normas de direito público, afetado à consecução de um determinado fim público. ✓ Exemplos: IBGE, Funai, Funase, etc. As Fundações Públicas são espécies de autarquias – fundacionais - revestindo-se das mesmas características jurídicas aplicáveis às entidades autarquicas. Podem exercer todas as atividades típicas da Administração Pública, como: prestar serviços públicos e exercer Poder de Polícia. CONSTITUIÇÃO FEDERAL Art. 37, XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo a lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação. As fundações, por serem tão-somente autorizadas em lei específica, carecem de prática de ato material de criação, posteriormente expedido pelo Chefe do Executivo que a quiser instituir (elaboração do estatuto e registro em cartório de títulos e documentos). Isso porque, a lei não cria a fundação, apenas autoriza a sua criação. A EXTINÇÃO DA FUNDAÇÃO ➢ Igualmente exige autorização de lei específica, em razão do respeito do paralelismo de foroma. CARACTERÍSTICAS 1. Atividade de Interesse Público. 2. Não há fins lucrativos. 3. É autorizada a sua instituição – EC nº 19/98. 4. Personalidade Jurídica de Direito Público. 5. Patrimônio Próprio. 6. Imunidade de Impostos. 7. Contratos precedidos de licitação. 8. Orçamento formalmente idêntico ao das estatais. 9. Pessoal sujeito ao regime jurídico da entidade matriz. 10. Para efeitos criminais, mandados de segurança e ação popular, os servidores das fundações são considerados funcionários públicos. DA SUA CRIAÇÃO ➢ Teve uma direta relação com o processo de privatização e a Reforma do Estado iniciados no Brasil na metade dos anos de 1990. ➢ Basicamente, as agências foram introduzidas no direito brasileiro para fiscalizar e controlar a atuação de investidores privados que passaram a exercer as tarefas desempenhadas, antes da privatização, pelo próprio Estado. DAS EMENDAS CONSITUCIONAIS As Emendas Constitucionais nº 08/95 e 09/95 são consideradas o marco histórico introdutor das Agências Reguladoras brasileiras. EC nº 08/95 EC nº 09/95 Que determinou o fim da exclusividade estatal na prestação dos serviços de telecomunicações. Que determinou a quebra do monopólio estatal das atividades de pesquisa, lavra, refino, importação, exportação e transporte de petróleo, gás natural e hidrocarbonetos. ANATEL ANP DO MODELO ADOTADO ➢ O modelo de Agências adotado no Brasil teve forte inspiração em instituições similares existentes em outros países, tais como as Agências dos Estados Unidos, as autoridades administrativas independentes na França e as da Inlaterra. NATUREZA JURÍDICA As Agências Reguladoras são autarquias com regime especial, possuindo todas as características jurídicas das autarquias comuns mas delas se diferenciando pela presença de 02 (duas) peculiaridades em seu regime jurídico: 1. Dirigentes Estáveis. 2. Mandatos Fixos. 3. Quarenta. 1. Dirigentes Estáveis Os dirigentes são protegidos contra o desligamento imotivado (art. 9º da Lei nº 9.986/2000). A perda do cargo de direção de uma Agência Reguladora só pode ocorrer: 1. Com o encerramento do mandato. 2. Por renúncia. 3. Por sentença judicial transitada em julgdo. 2. FUNDAÇÕES PÚBLICAS 3. AGÊNCIAS REGULADORAS 9 Edvaldo 2. Mandatos Fixos Diferentemente do que ocorre com as demais autarquias, nas Agências Reguladoras os dirigentes permanecem na função por prazo determinado sendo desligados automaticamente após o encerramento do mandato. A duração dos mandatos varia entre as diversas Agências Reguladoras, que pode ser de 03, 04 ou 05 anos. 3. Quarenta Quarenta é o período de 4 meses, contado da exoneração ou do término do mandato, durante o qual o ex-dirigente fica impedido para o exercício de atividade ou de prestar qualquer serviço no setor regulado pela respectiva agência, sob pena de incorrer na prática do crime de advocacia administrativa. Durante o período de quarentena, o ex-dirigente ficará vinculado à agência, fazendo jus à remuneração compensatória equivalente à do cargo de direção que exerceu e os benefícios a ele inerentes. DIRETORIAS COLEGIADAS As Diretorias Colegiadas são compostas por 05, 04 ou 03 diretores, conforme a entidade, nomeado pelo Presidente da República com aprovação do Senado Federal, caracterizando-se tal forma de investidura como um ato administrativo complexo na medida em que sua prática pressupõe a convergência de 02 (duas) vontades distintas. Os membros das Diretorias Colegiadas serão brasileiros, de reputação ilibada, formação universitária e elevado conceito no campo de especialidade dos cargos para os quais serão nomeados. CLASSIFICAÇÃODAS AGÊNCIAS REGULADORAS A grande quantidade de Agências Reguladoras no Brasil tem obrigado os estudiosos a elaborar várias classificações agrupando as entidades de acordo com diverso critérios: Quanto à ORIGEM Federais Estaduais Distritais Municipais Quanto à ATIVIDADE PREPONDERANTE Agência de Serviço Agências de Polícia Agências de Fomento Agências de Uso de Bens Pùblicos Anatel, Anac Anvisa. ANS Ancine ANA Quanto à PREVISÃO CONSTITUCIONAL Com referência Constitucional Anatel (art. 21, XI, CF/88) DEFINIÇÃO ➢ Previstas no art. 37, §8º, da CF/88, com redação dada pela EC nº 19/98. ➢ É um título atribuído pelo Governo Federal a Autarquia, Fundações Públicas e Órgãos que celebrem Contrato de Gestão para ampliação de as autonomia mediante a fixação de metas de desempenho. ➢ Não são uma nova espécie de pessoa jurídica da Administração Pública, mas uma qualificação obtida por entidades e órgãos públicas. Importante instrumento da Administração Gerencial, o instituto da Agência Executiva foi uma tentantiva de aumentar a eficiência na gestão do interesse público. Um raro exemplo de Agência Executiva é o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – Inmetro – uma autarquia federal que obteve a referida qualificação. As Autarquias e a Fundações integrantes da Administração Pública Federal poderão, observados as diretrizes do Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, ser qualificada como Agências Executivas (art. 1º, do Decreto nº 2.487/98) . A lei prescreve que a qualificação como Agência Executiva será feita em Ato (Decreto) do Presidente da República ou Portaria expedida por Ministro de Estado. A Emenda Constitucional nº 19/98 acrescentou o § 8º no art. 37, da CF/88, determinando que a autonomia gerencial poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre: 1. O prazo de duração de contrato. 2. Os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes. 3. A remuneração do pessoal. Muito Importante! Nos termos do art. 24, P.U., da Lei nº 8.666/93, as Agências Executivas têm o dobro do limite para contratação direta por dispensa de licitação. Assim, obras e serviços de engenharia de até R$ 30.000,00 e demais objetos de até R$ 16.000,00 podem ser contratados pelas Agências Esxecutivas sem licitação. 4. AGÊNCIAS EXECUTIVAS 10 Edvaldo O art. 241 da CF/88 prescreve que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão por meio de LEI os CONSÓRCIOS PÚBLICOS e os CONVÊNIOS DE COOPERAÇÃO entre os entes federados, autorizando a Gestão Associada de serviços públicos, bem como a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos. Regulamentando a citada norma constitucional, a Lei nº 11.107/2005 disciplinou o instituto do Consórcio Público. CONSÓRCIO PÚBLICO ✓ É o negócio jurídico plurilateral de direito público que tem por objeto medidas de mútua cooperação entre entidades federativas, resultando na criação de uma Pessoa Jurídica Autônoma com natureza de direito privado ou de direito público. As entidades consorciadas podem optar entre 02 (duas) naturezas distintas para a sociedade de propósito específico criada após a celebração do contrato. Consórcio com natureza de direito privado sem fins lucrativos Associação Pública NÃO integram a Administração Pública. Integram a Administração Pública Indireta. Regras da legislação Civil Seguem a Legislação Administrativa ENTIDADES TRANSFEDERATIVAS ✓ São as associações públicas pertencentes à Administração Pública Indireta de todas as pessoas federativas consorciadas. É certo que as Associações Públicas são Pessoas Jurídicas de Direito Público Interno pertencentes à Administração Pública Indireta. Nesse sentido, prescreve o art. 41, IV, do Código Civil: ▪ “São pessoas jurídicas de direito público interno: (...) – as autarquias, inclusive as associações”. As Associações Públicas possuem privilégios, também extensivos aos consórcios com natureza de direito privado, tais como: 1. Poder de promover desapropriações e de instituir servidões. 1. Possibilidade de serem contratadas pela Administração Direta ou Indireta, como dispensa de licitação. 2. O dobro do limite para contratação direta por dispensa de licitação em razão do valor – art. 24, I e II – Lei nº 8.666/93. DEFINIÇÃO ✓ São Pessoas Jurídicas de Direito Privado pertencentes à Administração Pública Indireta, a saber: ✓ Empresas Públicas. ✓ Sociedade de Economia Mista. Em que pese a personalidade de Direito Privado, as Empresas estatais têm em comum as seguintes características: 1. Sofrem controle pelos Tribunais de Contas, Poder Legislativo e Judiciário. 2. Dever de contratar mediante prévia licitação. Entretanto, as empresas públicas e sociedades de economia mista exploradoras de atividade econômica não precisam licitar para a contratação de bens e serviços relacionados diretamente com suas atividades finalísticas, sob pena de inviabilizar a competição com as empresas privadas do mesmo setor. 3. Obrigatoriedade de realização de concurso público. 4. Proibição de acumulação de cargos, empregos ou funções públicas. 5. Contratação de pessoal pelo regime celetista de emprego público, com exceção dos dirigentes, sujeitos ao regime comissionado (cargos de confiança). 6. Remuneração dos empregados não sujeita ao teto constitucional, exceto se receberem recursos públicos para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral. 7. Jurisprudência do STF considerando inconstitucional a exigência de aprovação prévia, no âmbito do Poder Legislativo, como requisito para nomeação de seus dirigentes pelo Chefe do Executivo. 8. Impossibilidade de falência (art. 2º, I, da Lei nº 11.101/2005). 5. ASSOCIAÇÕES PÚBLICAS 6. EMPRESAS ESTATAIS 11 Edvaldo DEFINIÇÃO ✓ São Pessoas Jurídicas de Direito Privado, criadas por autorização legislativa, com totalidade de capital público e regime organizacional livre. ✓ Exemplos: CEF, ECT, BNDES, etc. O conceito legislativo – art. 5º, II, do Decreto-lei 200/67 ➢ São entidades dotadas de personalidade jurídica de Direito Privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo da União, criadas por lei para exploração de atividade econômica que o Governo seja levado a exercer por força de contingência, ou de conveniência administrativa, podendo revestir-se de quaisquer das formas admitidas em direito. CARACTERÍSTICAS 1. Criação autorizada por lei específica. ➢ A instituição por meio de lei específica envolve 03 (três) fases: a) Promulgação de lei autorizadora. b) Expedição de decreto regulamentando a lei. c) Registro do atos constitutivos em Cartório e na Junta Comercial. ➢ A personalidade jurídica das empresas públias não surge com a simples promulgação do diploma legislativo, mas com o registro de sua constituição no cartório competente. 2. Todo capital é público. ➢ Nas empresas públicas não existe dinheiro privado integrando o capital social. 3. Forma Organizacional Livre ➢ O art. 5º do Decreto-Lei nº 200/67 determina que a estrutura organizacional das empresas públicas pode adotar qualquer forma admitida pelo Direito Empresarial, tais como: ▪ Sociedade Anônima. ▪ Limitada. ▪ Comandita por Ações. 4. Suas demandas são de competência daJustiça Federal ➢ Nos termos do art. 109 da CF/88, cabe à Justiça Federal julgar as causas de interesse da União, entidade autarquica ou empresa pública federal. ➢ No caso das empresas públicas distritais, estaduais ou municipais, em regra, as demandas são julgadas em varas especializadas da Fazenda Pública na Justiça Comum Estadual. DEFINIÇÃO ➢ São Pessoas Jurídicas de Direito Privado, criados mediante autorização legislativa, com maioria de capital público e organizadas obrigatoriamente como Sociedades Anônimas. ✓ Exemplos: Petrobras, Banco do Brasil, Eletobras, etc. O conceito legislativo – art. 5º, III, do Decreto-lei 200/67 ➢ A entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma de Sociedade Anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União ou à entidade da Administração Indireta. CARACTERÍSTICAS Bastante semelhantes às Empresas Públias , as Sociedades de Economia Mista possuem as seguinte características relevantes: 1. Criação Autorizada por Lei ➢ A personalidade jurídica surge com o registro dos atos constitutivos em cartório, assim como ocorre com as empresas públicas, não sendo criadas diretamente pela Lei. 2. A maioria do capital é PÚBLICO ➢ Na composição do capital votante, pelo menos 50% + 1 das ações com direito de voto devem pertencer ao Estado. 3. Forma de Sociedade Anônima ➢ Por expressa determinação legal, as sociedades de economia devem ter obrigatoriamente a estrutura de S.A. 4. Demandas são julgadas na Justiça Comum Estadual ➢ Ainda que federais, as Sociedades de Economia Mista demandam e são demandadas perante a Justiça Estadual (art. 109 da CF/88). 1. Prestadoras de Serviço Público. ➢ São imunes a impostos. ➢ Os bens são públicos. ➢ Respondem objetivamente (sem comprovação de culpa). ➢ O Estado é responsável subsidiário pela quitação da condenação indenizatória. ➢ Estão sujeitas à impetração de mandado de segurança. ➢ Sofrem uma influência maior dos princípios e normas do Direito Administrativo. ➢ Obrigadas a licitar. ➢ Exemplo: Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT. 6.1. EMPRESAS PÚBLICAS 6.2. SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA 6.3. OUTRAS CARACTERÍSTICAS EMPRESAS PÚBLICAS SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA 12 Edvaldo 2. Exploradoras de Atividade Econômica ➢ Não têm imunidade tributária. ➢ Seus bens são privados. ➢ Respondem subjetivamente (com comprovação de culpa) pelos prejuízos causados. ➢ O Estado não é responsável por garantir o pagamento da indenização. ➢ Não se sujeitam à impetração de mandado de segurança contra atos relacionados à sua atividade-fim. ➢ Sofrem menor influência do Direito Administrativo. ➢ Obrigadas a licitar, exceto para bens e serviços relacionados com suas atividades finalísticas. ➢ Exemplo: Banco do Brasil e Petrobras. Bastante polêmica cerca o debate sobre a possibilidade de o Estado criar fundações com personalidade jurídica de direito privado. O conceito legislativo – art. 5º, IV, do Decreto-lei 200/67 ➢ A entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimõnio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes. O art. 37, XIX, da Constituição Federal ➢ A fundação de que fala este artigo não é a fundação pública, espécie do gênero autarquia. ➢ O dispositivo, pelo contrário, alinha a referida fundação ao lado das empresas públicas e sociedade de economia mista, isto é, entre as pessoas jurídicas de direito privado, cuja criação cale à lei específica somente autorizar. ➢ As fundações governamentais são conceituadas como pessoas jurídicas de direito privado, criadas via autorização legislativa, por meio de escritura pública, tendo estatuto próprio, e instituídas mediante a afetação de um acervo de bens a determinada finalidade pública. ➢ Este próprio artigo faz referência à necessidade de promulgação de Lei Complementar para definir as áreas de sua atuação. ➢ Exemplo: Fundação Padre Anchieta. Fundações Públicas Fundações Governamentais Pessoas Jurídicas de Direito PÚBLICO. Pessoas Jurídicas de Direito PRIVADO. Pertencentes à Administração Pública Indireta. Pertencentes à Administração Pública Interna. Criadas por Lei Específica. Criação por Autorização legislativa. A personalidade jurídica surge com a simples publicação da lei. A personalidade jurídica surge com o registro dos atos constitutivos em cartório, após publicação de lei autorizando e do decreto regulamentando a instituição. São extintas por lei específica. São extintas com a baixa em cartório. Espécie do gênero autarquia. Categoria autônoma. Titularizam serviços públicos. Não podem titularizar serviços públicos. São aquelas controladas por Empresas Públicas ou Sociedades de Economia Mista. Nos termos do art. 37, XX, da CF/88, depende de autorização legislativa a criação de subsidiárias controladas por entidades da Administração Pública indireta. As subsidiárias, em princípio, NÃO integram a Administração Pública, exceto se preencherem todas as condições exigidas para instituição de Empresas Públicas ou Sociedades de Economia Mista. As fundações de apoio são Pessoas Jurídicas de Direito Privado, instituídas sob a forma de Fundações Privadas para auxiliar instituições federais de ensino superior de pesquisa cientifica e tecnológica. Sua atuação da apoio a projetos de pesquisa, ensino, extensão e desenvolvimento institucional, científico e tecnológico (art. 1º, da Lei nº 8.958/94). As Fundações de Apoio submetem-se à fiscalização do Ministério Público, contratam em regime trabalhista e dependem de prévio registro e credenciamento no Ministério da Educação e do Desporto e no Ministério da Ciência e Tecnologia, renováveis bienalmente. Podem ser contratadas por dispensa de licitação pelas instituições federais de ensino superior e de pesquisa científica e tecnológica (art. 24, XIII, da Lei nº 8.666/93). 7. FUNDAÇÕES GOVERNAMENTAIS DE DIREITO PRIVADO 8. EMPRESAS SUBSIDIÁRIAS 9. FUNDAÇÃO DE APOIO 13 Edvaldo Entes de cooperação são Pessoas Jurídicas de Direito Privado que colaboram com o Estado exercendo atividades NÃO lucrativas e de interesse social. A doutrina divide os Entes de Cooperação em 02 (duas) categorias: 1. Entidades Paraestatais. 2. Terceiro Setor. O nome Paraestatais significa literalmente – entidades que atuam ao lado do Estado (do grego pára, lado). A ideia central do conceito remete a pessoas privadas colaboradoras da Administração Pública. Não existe, entretanto, um conceito legislativo de entidades paraestatais, circunstâncias que desperta uma controvérsia doutrinária a respeito de quais pessoas fazem parte da categoria das paraestatais. Definição: ➢ Pessoas colaboradoras que não se preordenam a fins lucrativos, como os Serviços Sociais (Celso Antônio Bandeira de Mello). OS SERVIÇOS SOCIAIS AUTÕNOMOS ➢ São Pessoas Jurídicas de Direito Privado. ➢ Criadas mediante Autorização Legislativa. ➢ Que compõem o denominado sistema “S”. ➢ O nome sistema “S”, deriva do fato de tais entidades estarem ligadas à estrutura sindical e terem sempre sua denominação iniciando com a letra “S” de serviço. Exemplos: SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. SESI Serviço Social da Indústria. SENAC Serviço Nacional deAprendizagem Comercial. SESC Serviço Social do Comércio. SENAT Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte. SEST Serviço Social do Transporte. SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. SENAR Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. CARACTERÍSTICAS Os Serviços Sociais autônomos possuem as seguintes características: 1. São Pessoas Jurídicas de Direito Privado. 2. São criadas mediante Autorização Legislativa. 3. Não tem fins lucrativos. 4. Executam serviços de utilidade públicas, mas não serviços públicos. 5. Produzem benefícios para grupos ou categorias profissionais. 6. Não pertencem ao Estado. 7. São custeadas por contribuições compulsórias pagas pelos sindicalizados (art. 240, CF/88), constituindo verdadeiros exemplos de parafiscalidade tributária (art. 7º do CTN). 8. Os valores remanescentes dos recursos arrecadados constituem superávit, e não lucro, devendo ser revertido nas finalidades essenciais da entidade. 9. Estão sujeitos a controle estatal, inclusive por meio dos Tribunais de Contas. 10. Não precisam contratar pessoal mediante concurso público. 11. Estão obrigados a realizar licitação (art. 1º, parágrafo único, da Lei nº8.666/93). 12. São imunes a impostos incidentes sobre patrimônio, renda e serviços (art. 150, VI, C, da CF/88). Deve-se registrar, no entanto, a existência de entendimento do Tribunal de Contas da União no sentido de que o procedimento licitatório adotado pelos serviços sociais visa garantir transparência na contratação de fornecedores, podendo os regimentos internos de cada entidade definir ritos simplificados próprios, desde que não contrariem as regras gerais previstas na Lei n°8.666/93. O nome “Terceiro Setor” designa atividades que não são nem: Primeiro Setor O Estado (Governamentais) – Setor Público. Segundo Setor Empresariais e Econômicas (as Empresas) - Mercado. Terceiro Setor Composto por Entidades Privadas da sociedade civil que exercem atividades de interesse público sem finalidade lucrativa – as Entidades de Cooperação. 03.6. ENTES DE COOPERAÇÃO 1. ENTIDADES PARAESTATAIS 2. TERCEIRO SETOR 14 Edvaldo No âmbito Federal, 02 (duas) qualificações podem ser atribuídas para entidades do terceiro setor: 1. Organizações Sociais – OSs 2. Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscips). DEFINIÇÃO ➢ Criada pela Lei nº 9.637/98. ➢ Exercem atividades de interesse público anteriormente desempenhadas peo Estado. ➢ Contrato de Gestão. ➢ A outorga é discricionária. ➢ A qualificação depende de aprovação do Ministério do Estado ligado à área de atuação da entidade. ➢ Podem ser contratadas por dispensa de licitação. ➢ Devem realizar licitação para contratações resultantes da aplicação de recursos e bens repassados diretamente pela União. ➢ Estão proibidas de receber a qualificação de Oscips. ➢ Organização Social é uma qualificação especial outorgada pelo Governo Federal a entidade de iniciativa privada. ➢ Sem fins lucrativos. ➢ Cuja outorga autoriza a fruição de vantagens peculiares, como: ✓ isenções fiscais, ✓ destinação de recursos orçamentários, ✓ repasse de bens públicos, ✓ bem como empréstimos temporário de servidores governamentais. As áreas de atuação das organizações sociais são: ➢ Ensino. ➢ Pesquisa Científica. ➢ Desenvolvimento Tecnológico. ➢ Proteção e Preservação do Meio Ambiente. ➢ Cultura. ➢ Saúde. Desempenhando, portanto, atividades de interesse público, mas que não se caracterizam como serviços públicos stricto senso, razão pela qual é incorreto afirmar que as organizações sociais são CONCESSIONÁRIAS ou PERMISSIONÁRIAS. DEFINIÇÃO ➢ As Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público – Oscips – são Pessoas Jurídicas de Direito Privado. ➢ Sem fins lucrativos. ➢ Instituídas por iniciativa dos particulares. ➢ Para desempenhar serviços não exclusivos do Estado. ➢ Com fiscalização pelo Poder Público. ➢ Formalizando a parceria com a Administração Pública por meio de “Termo de Parceria”. Da OUTORGA ➢ Do Título de Oscip – é disciplinada pela Lei nº 9.790/99, regulamentada pelo Decreto nº 3.100/99, e permite a concessão de benefícios especiais, como a destinação de Recursos Públicos. ANOTAÇÕES: 1. ORGANIZAÇÕES SOCIAIS - OS 2. ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO - OSCIPS 15 Edvaldo 14. 2019 - FCC - DPE-AM - Assistente Técnico de Defensoria - Assistente Técnico Administrativo No Brasil, a Administração federal compreende a Administração direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios, e a Administração indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídica própria: autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas. Em relação à Administração indireta e suas categorias de entidades, é estabelecido que: a) as fundações públicas são criadas para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa e patrimônio próprio. b) as autarquias são criadas para executar atividades atípicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, a gestão administrativa centralizada e a gestão financeira publicizada. c) nas fundações públicas o patrimônio é gerido exclusivamente pelo Poder Executivo e o funcionamento custeado exclusivamente por recursos da União. d) nas sociedades de economia mista o controle acionário pertence exclusivamente ao poder privado e estas não podem explorar atividades de caráter econômico ou prestação de serviços. e) tanto as sociedades de economia mista quanto as autarquias são entidades sem personalidade jurídica e não podem explorar atividades econômicas ou ter receitas próprias. 15. 2019 - FCC - DPE-AM - Assistente Técnico de Defensoria - Assistente Técnico Administrativo Em se tratando da organização político-administrativa dos Municípios, Estados e União, a descentralização corresponde à a) promulgação de uma lei que dá a responsabilidade de execução de um serviço a uma nova entidade criada, integrante da Administração pública direta. b) criação de novas pessoas jurídicas de direito público ou privado por parte dos entes da Federação para transferência de parte das atribuições do ente criador para o novo ente criado, não havendo subordinação entre elas. c) criação de órgãos desprovidos de personalidade jurídica, realizada pela Administração pública direta, a fim de descentralizar competências, fortalecendo a eficiência. d) outorga de serviço público a entidades do Terceiro Setor, mantendo-se, entretanto, subordinação ao ente federado responsável por sua prestação. e) técnica de repartição ou distribuição de competências administrativas no âmbito de uma mesma pessoa jurídica. 16. 2019 - FCC - DPE-AM - Assistente Técnico de Defensoria - Assistente Técnico Administrativo Dentre as entidades da Administração indireta, há uma espécie que obrigatoriamente deve assumir a forma de sociedade anônima. Trata-se da: a) autarquia. b) empresa pública. c) fundação governamental. d) agência reguladora. e) sociedade de economia mista. 17. 2019 - FCC - DPE-AM - Assistente Técnico de Defensoria - Assistente Técnico Administrativo Um cidadão hipossuficiente comparece à Defensoria Pública, buscando assistência judiciária para anular um auto de infração lavrado por agentedo Departamento Estadual de Trânsito − DETRAN/AM, autarquia estadual do Amazonas, que lhe teria aplicado uma sanção por infração de trânsito, sendo certo que referido cidadão não possui veículo automotor. Diante dessa situação, deve-se ajuizar ação anulatória da referida autuação em face do: a) Estado do Amazonas, uma vez que as autarquias não possuem personalidade jurídica própria. b) dirigente do DETRAN/AM, uma vez que são os dirigentes que respondem pelos atos das autarquias. c) Governo do Estado do Amazonas, cabendo-lhe a responsabilidade pela atuação dos agentes estaduais. d) DETRAN/AM, pois as autarquias possuem personalidade jurídica própria, cabendo-lhes a responsabilidade pelos atos de seus agentes. e) agente que lavrou o auto de infração, pois é o causador direto da nulidade apontada. 18. 2019 - IF-BA - IF Baiano - Assistente Em Administração No que se refere à organização administrativa do Estado, assinale a afirmativa incorreta. a) Compreende-se como Administração Pública Direta ou Centralizada aquela constituída a partir de um conjunto de órgãos públicos despersonalizados, através dos quais o Estado desempenha diretamente a atividade administrativa. b) Somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação. c) Compreende-se como Administração Pública Indireta ou Descentralizada aquela constituída a partir de um conjunto de entidades dotadas de personalidade jurídica própria, algumas de direito público, outras de direito privado, responsáveis pelo exercício, em caráter especializado e descentralizado, de certa e determinada atividade administrativa. d) As empresas públicas e as sociedades de economia mista fazem parte da Administração Pública Direta. e) As autarquias são pessoas jurídicas de direito público, criadas por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública. 16 Edvaldo 19. 2018 - IBADE - Câmara de Cacoal - RO - Técnico em informática Quanto ao tema Administração Pública direta e indireta e as técnicas de desconcentração e descentralização, assinale a alternativa correta. a) Na desconcentração administrativa, a Administração Pública transfere a atividade administrativa para outra pessoa, integrante ou não do aparelho estatal. b) A outorga, espécie de descentralização administrativa, é instrumentalizada por contrato ou ato administrativo, em que o poder concedente outorga ao concessionário a execução de serviço público. c) São entidades da Administração indireta as autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações públicas, e as organizações sócias. d) As sociedades de economia mista e empresas públicas, pessoas jurídicas de direito privado que integram a Administração indireta, são criadas por autorização legal, sob a forma de sociedade anônima, com o fim exclusivo de prestarem serviços públicos, e com regime de pessoa lidêntico às demais pessoas jurídicas privadas. e) As autarquias, entidades que integram a Administração indireta, são instituídas por lei,tendo como objeto o exercício de atividade típicade Estado, e com regime de pessoal estatutário. 20. 2019 - VUNESP - Prefeitura de Campinas - SP - Auditor Fiscal Tributário Municipal As empresas públicas e sociedade de economia mista: a) embora integrantes da Administração direta, tais empresas seguem o regime jurídico próprio das empresas privadas. b) são pessoas jurídicas de direito público integrantes da Administração direta e seus empregados são contratados pelo Regime Geral de Previdência Social. c) são entidades da Administração indireta, instituídas pelo poder público, mediante personificação de um patrimônio, para o desempenho de atividades sociais. d) são pessoas jurídicas de direito público integrantes da Administração indireta que possuem capital público e privado. e) são pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da Administração indireta, sujeitas ao princípio constitucional da prévia nomeação por concurso público para o provimento do seu quadro de pessoal. 21. 2019 - VUNESP - Prefeitura de Campinas - SP - Auditor Fiscal Tributário Municipal Em matéria de organização administrativa brasileira, a descentralização administrativa: a) consiste na distribuição de competências e responsabilidades dentro de uma mesma pessoa, mantendo-se a hierarquia. b) se dá por meio da transferência de competência, apenas, para as pessoas da Administração indireta, que possuam personalidade jurídica própria. c) é espécie inadmissível no ordenamento jurídico pátrio. d) se dá mediante o deslocamento de competência para uma nova pessoa, sem a subordinação hierárquica, embora haja o controle e a fiscalização do Poder Público. e) consiste na distribuição de competências e responsabilidade dentro de uma mesma pessoa, deixando de existir a subordinação. 22. 2019 - FADESP - UEPA - Agente Administrativo No contexto do serviço público brasileiro, empresas públicas são instituições que: a) pertencem à estrutura organizacional da administração direta. b) atuam em áreas em que o Governo tem interesse para explorar como atividade econômica. c) atuam de forma imediata e subsidiária para realizar um conjunto de serviços privados em nome do Estado. d) possuem personalidade jurídica de direito público, pois se submetem integralmente às características dos órgãos da administração direta. 23. 2019 - FADESP - UEPA - Agente Administrativo O poder público, por meio de leis, cria instituições destinadas a executar serviços públicos especializados. É o que se denomina administração indireta, que é composta pelas seguintes instituições: a) autarquias, fundações e institutos públicos, sem autonomia administrativa e financeira. b) empresas públicas e privadas que prestam serviços aos cidadãos, por sua conta e risco. c) empresas e fundações públicas e privadas, sem autonomia administrativa e financeira. d) autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista. 24. 2019 - FADESP - UEPA - Agente Administrativo O Estado divide a função pública ou serviços públicos em áreas específicas e cria instituições especializadas para nelas atuar. A chamada administração direta é constituída pela: a) presidência da república e ministérios. b) presidência e vice-presidência da república. c) apenas pelos ministérios e seus órgãos subsidiários. d) empresas públicas e suas subsidiárias. 25. 2019 - IADES - CRN - 3ª Região (SP e MS) - Operador de Call Center Assinale a alternativa que apresenta apenas autarquias da administração pública indireta. a) Banco Central, universidades federais e Conselhos de Fiscalização de Profissão. b) Universidades federais, Banco do Brasil e Conselhos de Fiscalização de Profissão. c) Banco Central, Conselhos de Fiscalização de Profissão e Petrobras. d) Petrobras, universidades federais e Banco do Brasil. e) Banco Central, universidades federais e Petrobras. 17 Edvaldo 26. 2019 - IADES - CRN - 3ª Região (SP e MS) - Operador de Call Center Entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam, na respectiva maioria, à União ou a entidade da administração indireta. A definição apresentada refere-se a: a) agência reguladora. b) empresa pública. c) sociedade de economia mista. d) fundação pública. e) autarquia. 27. 2019 - IDECAN - UNIVASF - Assistente em Administração A Administração Pública consisteem um conjunto de agências e de servidores profissionais, mantidos com recursos públicos e encarregados da decisão e implementação das normas necessárias ao bem-estar social e das ações necessárias à gestão do que é público. A Administração Pública federal é composta pelos três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. Ao Executivo recai a Administração Direta e Indireta. Compõe a Administração Direta: a) Autarquias. b) Fundações públicas. c) Empresas públicas. d) Sociedades de economia mista. e) Ministérios Regulares e Extraordinários. 28. 2018 - FUNDEP (Gestão de Concursos) - INB - Técnico em Logística As empresas públicas e as sociedades de economia mista devem publicar e manter atualizado o regulamento interno de licitações e contratos. São itens que devem compor esse regulamento, EXCETO: a) Glossário de expressões técnicas. b) Recursos financeiros disponíveis. c) Minutas-padrão de editais e contratos. d) Cadastro de fornecedores. 29. 2019 - FUNDEP (Gestão de Concursos) - ARISB - MG - ARISB - MG - Assistente Administrativo Analise a afirmativa a seguir. Pessoa jurídica formada exclusivamente por entes da federação, na forma de lei federal, para estabelecer relações de cooperação federativa, inclusive a realização de objetivos de interesse comum, constituída como associação pública, com personalidade jurídica de direito interno e natureza autárquica. Essa afirmativa destaca o(a): a) contrato social. b) consórcio público. c) programa de serviço sanitário. d) gestão associada de serviços públicos. 30. 2019 - FUNDEP (Gestão de Concursos) - ARISB - MG - Assistente Administrativo Considere que três municípios de um estado decidiram constituir um consórcio público, na forma de associação pública e nos termos da lei que dispõe sobre a contratação de consórcios públicos. Analise as seguintes afirmativas sobre essa hipótese. I. O consórcio será constituído por contrato, cuja celebração dependerá da prévia subscrição do protocolo de intenções. II. Esse estado deve obrigatoriamente integrar o consórcio. III. O consórcio adquirirá personalidade jurídica mediante o atendimento dos requisitos da legislação civil. Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s): a) I, apenas. b) I e II, apenas c) II e III, apenas. d) I, II e III. 31. 2019 - Quadrix - CRO-GO - Assistente Administrativo A respeito da Administração Federal, de sua administração direta e indireta, de sua estruturação, de suas características e da descrição de seus órgãos e entidades públicos, julgue o item. Os consórcios públicos podem ser constituídos com personalidade jurídica de direito público ou de direito privado. ( ) Certo ( ) Errado 32. 2019 - Quadrix - CRO-GO - Assistente Administrativo A respeito da Administração Federal, de sua administração direta e indireta, de sua estruturação, de suas características e da descrição de seus órgãos e entidades públicos, julgue o item. As sociedades de economia mista distinguem‐se das empresas públicas quanto à forma de organização, que deve ser como sociedade anônima, e quanto à organização do capital, que admite a participação de terceiros, desde que o acionista majoritário seja o ente federativo que a controle. ( ) Certo ( ) Errado 33. 2019 - Quadrix - CRO-GO - Assistente Administrativo Julgue o item, relativo a autarquias. As autarquias profissionais são incumbidas de inscrever certos profissionais e fiscalizar sua atividade. ( ) Certo ( ) Errado 34. 2019 - Quadrix - CRO-GO - Assistente Administrativo Julgue o item, relativo a autarquias. As autarquias assistenciais são aquelas destinadas a auxiliar regiões menos desenvolvidas ou categorias específicas de pessoas, com o intuito de reduzir as desigualdades. ( ) Certo ( ) Errado 18 Edvaldo 35. 2019 - Quadrix - CRO-GO - Assistente Administrativo Julgue o item, relativo a autarquias. As autarquias podem desempenhar atividades típicas e atípicas da Administração. ( ) Certo ( ) Errado 36. 2019 - Quadrix - CRO-GO - Assistente Administrativo Julgue o item, relativo a autarquias. A autonomia conferida às autarquias possui concepção política no sentido de garantir autoadministração e organização própria, com indicação de seus próprios membros. ( ) Certo ( ) Errado 37. 2019 - Quadrix - CRO - AC - Assistente Administrativo No que diz respeito à centralização, à descentralização, à concentração, à desconcentração, à organização administrativa da União e à administração direta e indireta, julgue o item. As empresas públicas e as sociedades de economia mista poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos ao setor privado. ( ) Certo ( ) Errado 38. 2019 - Quadrix - CRO - AC - Assistente Administrativo No que diz respeito à centralização, à descentralização, à concentração, à desconcentração, à organização administrativa da União e à administração direta e indireta, julgue o item. São características da descentralização territorial a delimitação geográfica e a capacidade administrativa genérica. ( ) Certo ( ) Errado 39. 2019 - Quadrix - CRO-GO - Fiscal Regional A respeito da Administração Federal, de sua administração direta e indireta, de sua estruturação, de suas características e da descrição de seus órgãos e entidades públicos, julgue o item. As empresas públicas podem assumir qualquer forma de organização empresarial, inclusive a de sociedade anônima. ( ) Certo ( ) Errado 40. 2019 - Quadrix - CRO-GO - Fiscal Regional A respeito da Administração Federal, de sua administração direta e indireta, de sua estruturação, de suas características e da descrição de seus órgãos e entidades públicos, julgue o item. Os consórcios públicos podem ser constituídos com personalidade jurídica de direito público ou de direito privado. ( ) Certo ( ) Errado 41. 2019 - Quadrix - CRO-GO - Fiscal Regional A respeito da Administração Federal, de sua administração direta e indireta, de sua estruturação, de suas características e da descrição de seus órgãos e entidades públicos, julgue o item. As autarquias, as fundações, as empresas públicas e as sociedades de economia mista fazem parte da administração pública indireta. ( ) Certo ( ) Errado 42. 2019 - Quadrix - CRO-GO - Fiscal Regional A respeito da Administração Federal, de sua administração direta e indireta, de sua estruturação, de suas características e da descrição de seus órgãos e entidades públicos, julgue o item. A descentralização administrativa trata da distribuição interna de competências dentro de uma pessoa jurídica. ( ) Certo ( ) Errado 43. 2019 - Quadrix - CRO-GO - Fiscal Regional A respeito da Administração Federal, de sua administração direta e indireta, de sua estruturação, de suas características e da descrição de seus órgãos e entidades públicos, julgue o item. As sociedades de economia mista distinguem‐se das empresas públicas quanto à forma de organização, que deve ser como sociedade anônima, e quanto à organização do capital, que admite a participação de terceiros, desde que o acionista majoritário seja o ente federativo que a controle. ( ) Certo ( ) Errado 44. 2019 - Quadrix - CRO-GO - Fiscal Regional Julgue o item, relativo a autarquias. A autonomia conferida às autarquias possui concepção política no sentido de garantir autoadministração e organização própria, com indicação de seus próprios membros. ( ) Certo ( ) Errado 45. 2018 - Quadrix - CRMV-GO - Auxiliar Administrativo Quando o Poder Público (União, estados e municípios) cria uma pessoa jurídica de direito público ou privado e a ela atribui atitularidade e a execução de determinado serviço público, trata‐ se de: a) descentralização por serviços. b) descentralização por colaboração. c) descentralização política. d) descentralização territorial. e) desconcentração. 19 Edvaldo 14 A 22 B 30 A 38 V 15 B 23 D 31 V 39 V 16 E 24 A 32 V 40 V 17 D 25 A 33 V 41 F 18 D 26 C 34 V 42 F 19 E 27 E 35 F 43 V 20 E 28 B 36 F 44 F 21 D 29 B 37 F 45 A ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DA UNIÃO
Compartilhar