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Segundo Reinado: Política e Economia

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HISTORIA
AULA 01
SEGUNDO REINADO
A respeito do Segundo Reinado, podem ser destacadas as seguintes informações:
	A coroação de D. Pedro II ocorreu por meio do Golpe da Maioridade, em 1840.
	Os dois partidos que controlavam a política brasileira eram o Partido Liberal e o Partido Conservador.
	O sistema político brasileiro ficou conhecido como “parlamentarismo às avessas”.
	Na economia, o café estabeleceu-se como nosso principal produto, e, entre 1840 e 1860, aconteceu um período de prosperidade conhecido como Era Mauá.
	A abolição da escravatura foi resultado de uma intensa mobilização popular e política aliada com a resistência realizada pelos escravos. Concretizou-se com a assinatura da Lei Áurea, em 13 de maio de 1888.
	A Guerra do Paraguai foi um divisor de águas na história do Segundo Reinado. Nesse conflito, o Brasil envolveu-se em uma luta contra o Paraguai entre 1864-1870.
	Os militares foram o grupo de maior envolvimento com a Proclamação da República no Brasil. A proclamação de fato foi realizada por José do Patrocínio em 15 de novembro de 1889.
Contexto histórico
O Segundo Reinado iniciou-se em 1840 por meio do Golpe da Maioridade. Por meio desse movimento, os políticos brasileiros, pela via dos liberais, anteciparam a maioridade de D. Pedro II para que ele pudesse assumir o trono. Isso aconteceu porque os liberais queriam recuperar o poder que estava nas mãos dos conservadores e porque acreditavam que a coroação do imperador colocaria fim em todos os conflitos que se passavam no país.
Assim foi iniciado o Segundo Reinado, período que se estendeu por 49 anos e que pode ser dividido da seguinte maneira:
	Consolidação (1840-1850): quando o imperador estava no poder e estabeleceu-o, a seu modo, sobre o país, colocando políticos e províncias rebeldes sob seu controle.
	Auge (1850-1865): quando o poder do imperador era amplo e sua posição estava consolidada.
	Declínio (1865-1889): quando surgem contestações contra a posição de D. Pedro II, e a economia do país não ia bem.
Política
No caso da política durante o Segundo Reinado, o primeiro destaque a ser feito se dá pela atuação dos partidos políticos existentes. Os dois partidos que atuaram na política brasileira nesse período formaram-se durante o Período Regencial e eram conhecidos como Partido Conservador e Partido Liberal.
A disputa pelo poder realizada por conservadores e liberais era intensa e tinha impactos negativos para a política brasileira, pois gerava muita instabilidade. A saída encontrada pelo imperador foi promover uma política de revezamento em que conservadores e liberais alternavam-se na liderança do gabinete ministerial. Isso reduziu um pouco os conflitos.
Ambos partidos tinham leves diferenças de posição ideológica e de classe em que se apoiavam. Conservadores eram partidários de uma grande centralização do poder nas mãos do imperador, enquanto os liberais defendiam uma maior autonomia local para as províncias. Nesse sentido, as historiadoras Lilia Schwarcz e Heloísa Starling falam que conservadores sustentavam-se na “aliança da burocracia com o grande comércio e a grande lavoura de exportação”, e os liberais, em “profissionais liberais urbanos unidos à agricultura de mercado interno”|1|.
Apesar disso, uma crítica muito forte à atuação dos dois partidos e que já era realizada na época é a de que as divergências entre os liberais e conservadores eram quase inexistentes. Também se dizia, à época, que não havia nada mais parecido com um conservador do que um liberal no poder.
A distribuição do poder durante o Segundo Reinado acontecia de forma que o imperador tivesse amplos poderes na política. O imperador representava pessoalmente o Poder Moderador e estava à frente do Executivo. No Executivo também constava o Conselho de Estado. No caso do Legislativo, destacam-se os cargos de senador e deputado.
Por fim, da política brasileira, um último e importante destaque a ser mencionado é o que ficou conhecido como parlamentarismo às avessas. O Brasil funcionava como uma monarquia parlamentarista na qual o imperador interferia na política sempre que fosse necessário para garantir seus interesses. Assim, se fosse eleito um primeiro-ministro que não lhe agradasse, ele o destituía, e se a Câmara tomasse medidas que não lhe agradassem, ela era dissolvida.
Economia
Em termos econômicos, o grande destaque vai para a economia cafeeira, que se consolidou durante o Segundo Reinado como o principal meio de produção da economia brasileira. As zonas produtoras de café do Brasil nesse período foram três: Vale do Paraíba (RJ/SP), Oeste Paulista (SP) e Zona da Mata (MG).
A produção do café aconteceu (primeiramente no Vale do Paraíba) utilizando-se, principalmente, de trabalhadores escravizados. Inclusive, à medida que o número de escravos foi sendo reduzido no país, as regiões produtores de café tornaram-se grandes compradoras de escravos. O Oeste Paulista utilizou, a princípio, a mão de obra escrava, mas, ao longo da década de 1880, essa foi substituída pelos imigrantes que passaram a chegar em grande volume no país.
Outro momento importante da economia brasileira, durante o Segundo Reinado, foi o de grande crescimento econômico marcado por algum desenvolvimento industrial: a Era Mauá. Tal prosperidade econômica aconteceu entre 1840-1860, e nela as receitas do Brasil aumentaram quatro vezes.
O crescimento econômico desse período é muito atribuído ao reflexo do fim do tráfico negreiro no país por meio da Lei Eusébio de Queirós, de 1850. Com essa lei, o tráfico negreiro foi proibido, e todos os recursos, que antes eram utilizados na aquisição de escravos, passaram a servir para outros investimentos. As exportações do país aumentaram, e o investimento em estradas de ferro, por exemplo, aumentou bastante.
Abolição da escravatura
Durante o Segundo Reinado, a abolição da escravatura foi um dos temas centrais e alvo de debates acalorados nos meios políticos. O ponto de partida para que a abolição fosse decretada no Brasil foi a Lei Eusébio de Queirós, decretada em 1850 e que estipulava a proibição do tráfico negreiro no país.
Com essa lei, a abolição era questão de tempo, uma vez que era o tráfico que mantinha o elevado número de escravos no Brasil. Iniciou-se aqui uma transição lenta e gradual, na qual o objetivo da elite econômica do país era postergar a abolição tanto quanto fosse possível. Durante esse período de transição, foram decretadas diversas leis, como a Lei de Terras, Lei do Ventre Livre e Lei dos Sexagenários.
A abolição da escravatura aconteceu em 13 de maio de 1888, quando a princesa Isabel assinou a Lei Áurea. O fim da escravidão foi resultado de uma intensa mobilização popular e da ação dos escravos rebelando-se contra essa instituição. Para saber mais sobre o assunto, sugerimos a leitura deste texto.
Guerra do Paraguai
Um acontecimento marcante na história do Segundo Reinado foi a Guerra do Paraguai, conflito travado entre 1864 e 1870. Nessa guerra, Brasil, Argentina e Uruguai, por meio da Tríplice Aliança, lutaram contra o Paraguai, governado nessa época por Francisco Solano López. O Brasil venceu esse conflito, mas suas consequências para a economia do país e para a monarquia foram ruins.
O conflito foi resultado do choque de interesses territoriais, econômicos e políticos entre as nações da Bacia Platina (Paraguai, Uruguai, Argentina e Brasil). O combate iniciou-se quando os paraguaios aprisionaram uma embarcação brasileira, no final de 1864, e encerrou-se em 1870, quando o ditador paraguaio foi morto na Batalha de Cerro Corá.
A respeito das causas que levaram ao início da Guerra do Paraguai, sugerimos a leitura deste texto. Para saber mais sobre os principais acontecimentos dessa guerra, sugerimos a leitura deste texto.
Fim da monarquia
O fim da monarquia no Brasil foi resultado do desgaste dessa forma de governo com os interesses da elite política e econômica do país. Sua queda ocorreu por meio de seu rompimento com três importantes grupos do país: a Igreja (fator menos relevante), o Exército e a elite escravocrata.O grupo que teve maior envolvimento com esse fim foi o Exército. Insatisfeito com a monarquia desde o fim da Guerra do Paraguai, os militares começaram a conspirar contra ela. Assim, em 15 de novembro de 1889, o marechal Deodoro da Fonseca, liderando tropas militares, destituiu o Gabinete Ministerial, e, no decorrer desse dia, José do Patrocínio proclamou a República no Brasil.
Exercício
1-O movimento abolicionista, que levou à libertação dos escravos pela Lei Áurea em 13 de maio de 1888, foi a primeira campanha de dimensões nacionais com participação popular. Nunca antes tantos brasileiros se haviam mobilizado de forma tão intensa por uma causa comum, nem mesmo durante a Guerra do Paraguai. Envolvendo todas as regiões e classes sociais, carregou multidões a comícios e manifestações públicas e mudou de forma dramática as relações políticas e sociais que até então vigoravam no país.
O movimento social citado teve como seu principal veículo de propagação o(a)
a) imprensa escrita
b) oficialato militar
c) corte palaciana
d) clero católico
e) câmara dos representantes
2- fale a cerca da politica no segundo imperio:
3- o que foi a guerra do paraguai?
4- como ocorreu a abolição da escravatura?
5-fale sobre a economia do segundo reinado:
HISTORIA
AULA 02
DO IMPERIO A REPUBLICA
A partir de 1870, a monarquia brasileira passou a ser questionada por diversos setores da sociedade brasileira. Esse fato, aliado a outros acontecimentos, foi desgastando essa forma de governo. Integrantes da elite, da camada média e da população mais pobre passaram a defender o fim da monarquia e a implantação da república.
As ideias republicanas ganharam força a partir do final do século XIX, porém, desde o século XVIII alguns movimentos rebeldes, como a Inconfidência Mineira, a Conjuração Baiana, a Revolução Pernambucana, a Confederação do Equador e a Guerra dos Farrapos, já haviam defendido a implantação da república no Brasil.
Por que um regime de governo que vinha sendo adotado há tanto tempo no Brasil já não servia mais?
Vários foram os motivos, mas o principal foi a restrição à participação popular nas decisões políticas.O dia 15 de novembro de 1889 marcou o fim do império e o início da república no Brasil. Houve uma transformação significativa.
Mudanças no Brasil
Em 7 de setembro de 1822, D. Pedro proclamou a independência do Brasil e, ao contrário de outros países do continente, adotou a monarquia como forma de governo. O período em que D. Pedro I governou (1822-1831) foi chamado de Primeiro Reinado.Em 1840 começou o Segundo Reinado, sendo D. Pedro II o imperador. Nesse período, o Brasil passou por diversas modificações internas, começando o reaquecimento da economia por meio do cultivo do café, que passou a ser o principal produto gerador de riqueza.A estrutura econômica brasileira continuava a mesma do Período Colonial, ou seja, o latifúndio predominava como propriedade rural, a mão de obra continuava sendo escrava negra, e mantinha-se a monocultura voltada para a exportação.
Causas do fim da monarquia
As pessoas, descontentes com o regime monárquico, fundaram associações que defendiam maior liberdade para as províncias, eleições diretas e o direito de votar para todos os homens maiores de 18 anos e alfabetizados. Também defendiam que os senadores e outros políticos tivessem mandato com tempo preestabelecido para não ocuparem os cargos a vida toda.
Alguns acontecimentos colaboraram para o enfraquecimento da monarquia no Brasil e sua substituição pela república:
	O exército percebeu sua força após a Guerra do Paraguai, no entanto, não tinha vigor político expressivo. As reivindicações dos militares por melhores salários e maior influência na política resultou em conflitos com a coroa.
	O fim da escravidão no Brasil foi entendido como forma de traição do Império contra os fazendeiros, uma vez que não houve indenização para as perdas de escravos.
	O imperador indispô-se com a igreja ao prender dois bispos que decidiram se posicionar contra a maçonaria. D. Pedro II era maçom.
Proclamação da república
Ideias republicanas circulavam desde o Período Colonial. Faltava apenas uma conjuntura histórica propícia para derrubar a monarquia.
A criação do Partido Republicano Paulista (PRP), em 1873, marcou a adesão de importantes representantes da cafeicultura paulista. O sucesso da proclamação da República deve-se também ao apoio das camadas econômicas notáveis da sociedade brasileira.O governo imperial procurou reverter o processo de desgaste da monarquia. A intenção era apresentar propostas de caráter liberal que inibissem os ânimos republicanos.As propostas não foram bem aceitas pelo Partido Conservador, maioria na Câmara dos deputados, e a crise imperial, que se agravara, além das questões da abolição da escravatura, militares e religiosas, chegou ao extremo.O Exército foi influenciado pelo pensamento positivista, uma escola filosófica instituída pelo francês Auguste Comte, que defendia uma ditadura republicana, um governo representativo, em que o ditador poderia afastar-se dos interesses da população pelo “bem da república”.
Um dos lemas positivistas, o amor por princípio, a ordem por base e o progresso por fim, está presente na bandeira nacional, marcando os ideais positivistas dos republicanos — especialmente dos militares. Estes lideraram o golpe contra a monarquia.
Apesar de se considerar amigo pessoal de D. Pedro II, a quem devia inúmeros favores, o marechal Deodoro assumiu a liderança do golpe e, no dia 15 de novembro de 1889, proclamou a República na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
ATIVIDADE
1-Leia o trecho abaixo:
“Caso tentassem desembarcar deveriam ser ''rechaçadas com armas na mão por todas as forças militares e 1ª e 2ª linhas e até pelo povo em massa''; incendiando-se os navios e pondo-se a pique as lanchas de desembarque; ''se tomassem pé em qualquer porto ou parte da costa'' caberia o recuso da ''crua guerra de postos e guerrilhas”, retirando-se as populações para o interior, com ''os mantimentos e boiadas'', até a vitória final contra o inimigo; e recomendava por fim o decreto a fortificação imediata dos pontos mais acessíveis ao desembarque. Guerra em defesa da ''Independência Política'', guerra contra o exército recolonizador.” (SOUSA, Octávio Tarquínio de. “A vida de Dom Pedro I”. In: História dos Fundadores do Império do Brasil [vol. II, Tomo 2º]. Brasília: Senado Federal: Conselho Editorial. p. 379).
O trecho acima é uma recomendação do grupo, junto a Dom Pedro I, para o caso de:
a) o exército napoleônico marchar sobre Portugal, que discutia a Independência do Brasil.
b) o exército português invadir a ex-colônia, tornada independente naquela altura.
c) o exército espanhol tentar restaurar a União Ibérica, anexando Portugal e Brasil.
d) o exército holandês voltar a procurar estabelecer colônias no Nordeste brasileiro.
e) o exército paraguaio de Solano Lopéz insistir em querer dominar os territórios do Sul brasileiro.
2-Relativamente ao Primeiro Reinado, considere as afirmações a seguir.
I - A dissolução da Constituinte, o estilo de governo autoritário e a repressão à Confederação do Equador aceleraram o desgaste político de Pedro I.
II - O temor de uma provável recolonização, caso fosse restabelecida a união com Portugal, aprofundou os atritos entre brasileiros e portugueses.
III - O aumento das exportações agrícolas, a estabilidade da moeda e a redução do endividamento externo foram os pontos favoráveis do governo de Pedro I.
IV - A cúpula do exército, descontente com a derrota militar na Guerra Cisplatina, aderiu à revolta, que culminou na Abdicação do Imperador. Então:
a) todas estão corretas.
b) todas são falsas.
c) apenas I e II estão corretas.
d) apenas I, II e IV estão corretas.
e) apenas III está correta.
HISTORIA
AULA 03
O GOVERNO MILITAR NO BRASIL
Ditadura Militar foi o período da história brasileira que se estendeu de 1964 a 1985. Esse regime foi instaurado no poder de nosso país por meio de um golpe organizado tanto pelos meios militares quanto peloscivis. Esse golpe visou à derrubada do presidente João Goulart e deu início a um período de 21 anos marcado pelo autoritarismo e pela repressão realizada pelo Estado. Encerrou-se em 1985, quando Tancredo Neves foi eleito presidente do Brasil.
Golpe de 1964
A Ditadura Militar, no Brasil, foi instaurada por meio de um golpe — organizado pelos militares, a partir de 31 de março de 1964, e concluído por meio do golpe parlamentar, que se deu em 2 de abril de 1964. Esse golpe, orquestrado não só por militares mas também pelo grande empresariado do Brasil, com o apoio dos Estados Unidos, visava à derrubada de João Goulart e do projeto trabalhista — um projeto político voltado para o desenvolvimentismo e para a promoção de bem-estar social.
João Goulart (Jango), vinculado ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), assumiu a presidência do Brasil em setembro de 1961 após um processo tenso que ficou conhecido como “campanha da legalidade”. A posse de Jango aconteceu porque o então presidente Jânio Quadros renunciou a presidência em agosto de 1961. Pela Constituição de 1946, o vice-presidente (na ocasião, o Jango) deveria assumir, mas militares e conservadores em geral não aceitavam a posse de Jango, o que resultou na citada campanha da legalidade, a qual garantiu a posse de Jango.
Após o risco de uma guerra civil, a solução encontrada foi permitir a posse de João Goulart em um regime parlamentarista, isto é, com poderes políticos reduzidos. A partir de janeiro de 1963, o sistema presidencialista retornou ao Brasil, e Jango deu início a sua agenda reformista. O projeto de reformas estruturais de seu governo ficou conhecido como Reformas de Base.
As Reformas de Base organizavam reformas profundas em áreas essenciais do Brasil, tais como as áreas de habitação, bancária, agrária, educacional etc. Dentro das Reformas de Base, a única que foi amplamente debatida e que gerou grande desgaste para o governo de Jango foi a reforma agrária, principalmente porque ela mexia com os interesses dos grandes proprietários de terra.
O debate pela reforma agrária foi crucial para o destino de Jango, uma vez que, a partir de setembro de 1963, os políticos do Partido Social Democrático (PSD) que faziam parte da base de governo começaram a se transferir para a oposição coordenada pela União Democrática Nacional (UDN). Mas não eram somente as Reformas de Base que se desgastavam. Uma lei de 1962, chamada Lei de Remessas de Lucro, também repercutiu fortemente e desagradava aos interesses americanos no Brasil, uma vez que proibia suas empresas de enviarem mais que 10% dos lucros obtidos para fora do país.
Sendo assim, já temos um breve quadro para entendermos a raiz do golpe. João Goulart era um político que tinha um forte relacionamento com sindicalistas, e isso lhe dava a fama de comunista. Além disso, seus projetos para o Brasil visavam a transformações radicais que tinham como objetivo combater as desigualdades para gerar mais desenvolvimento ao país.
Essas medidas de João Goulart desagradavam, primeiramente, ao grande empresariado, grupo que se beneficiava do estado do país e que via as reformas de Jango como prejudiciais aos seus interesses. Além disso, a política trabalhista de Jango, no auge da Guerra Fria, era entendida como parte da doutrina comunista, o que desagradava aos EUA (além da Lei de Remessas de Lucro). Por fim, em oposição ao trabalhismo no Brasil, a UDN buscava retomar o poder no Brasil de todas as formas.
Assim, esses grupos começaram a se articular visando à derrubada do presidente. A partir de financiamentos realizados pela CIA, surgiram duas instituições no país cujo objetivo era ampliar o desgaste do presidente e preparar o caminho para o golpe — o Instituto Brasileiro de Ação Democrática (Ibad) e o Instituto de Pesquisa e Estudos Sociais (Ipes).
A Ibad, por exemplo, realizou maciço investimento em candidatos conservadores para as eleições realizadas em 1962, e mais de 800 candidatos receberam financiamento dela. Já o Ipes era uma instituição de fachada que produzia materiais informativos a respeito do Brasil e da sociedade brasileira, mas que, secretamente, reunia o grande empresariado do país com os militares para organizar o golpe contra Jango e a democracia. O envolvimento americano, além do apoio financeiro, ocorreria também em auxílio militar, caso o golpe contra Jango não tivesse sucesso.
O caminho para o golpe consolidou-se por meio de uma decisão do presidente comunicada no comício da Central do Brasil. Nesse comício, o presidente afirmou que as Reformas de Base seriam realizadas de toda maneira, o que alarmou os grupos que conspiravam contra o presidente, que entenderam a ação dele como uma guinada definitiva à esquerda.
Em resposta à ação do presidente, foi organizado, para dias depois, a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, realizada em São Paulo e que reuniu milhares de pessoas. Nesse momento, ficava patente que existia uma parcela considerável da população adepta à pauta conservadora. O desgaste do governo Jango, aliado à conspiração golpista, levou a uma rebelião militar iniciada em 31 de março de 1964.
Essa rebelião foi iniciada na 4ª Região Militar, localizada em Juiz de Fora e comandada por Olímpio Mourão Filho. Nos dias seguintes, a rebelião cresceu e, como não houve reação do presidente, os parlamentares reuniram-se de forma extraordinária e consolidaram o golpe contra Jango, ao declararem vaga a presidência do Brasil, em 2 de abril de 1964.
Com o golpe civil-militar que derrubou João Goulart, Ranieri Mazzilli foi nomeado presidente provisório. No dia 9 de abril, foi emitido o Ato Institucional nº 1, dispositivo de lei que estabelecia o aparato de repressão da ditadura. Humberto Castello Branco foi escolhido, em eleição indireta, como o presidente da ditadura, que se estendeu por 21 anos.
Presidentes militares
Ao longo dos 21 anos da Ditadura Militar, o nosso país possuiu cinco presidentes, todos eleitos por meio de eleições indiretas, isto é, sem a participação da população. Os cinco presidentes militares foram:
	Humberto Castello Branco (1964-67)
	Artur Costa e Silva (1967-69)
	Emílio Gastarrazu Médici (1969-74)
	Ernesto Geisel (1974-79)
	João Figueiredo (1979-85)
ATIVIDADE
1-Exmo. Sr. Presidente Ernesto Geisel.
Considerando as instruções dadas por V. S. de que sejam negados os passaportes aos senhores Francisco Julião, Miguel Arraes, Leonel Brizola, Luis Prestes, Paulo Schilling, Gregório Bezerra, Márcio Moreira Alves e Paulo Freire.
Considerando que, desde que nasci, me identifico plenamente com a pele, a cor dos cabelos, a cultura, o sorriso, as aspirações, a história e o sangue destes oito senhores.
Considerando tudo isto, por imperativo de minha consciência, venho por meio desta devolver o passaporte que, negado a eles, me foi concedido pelos órgãos competentes de seu governo.
Carta do cartunista Henrique de Souza Filho, conhecido como Henfil. In.: HENFIL. Cartas da mãe. Rio de Janeiro: Codecri, 1981 (adaptado).
No referido contexto histórico, a manifestação do cartunista Henfil expressava uma crítica ao(à):
a) censura moral das produções culturais.
b) limite do processo de distensão política.
c) interferência militar de países estrangeiros.
d) representação social das agremiações partidárias.
e) impedimento de eleição das assembleias estaduais.
2-quais os principais presidentes militares?
3- como ocorreu o governo militar no brasil?
4- quais os pontos positivos e negativos desse governo?
HISTORIA
AULA 04
RESISTÊNCIA CONTRA A DITADURA
Em 1968, estudantes se uniram para combater o regime militar. A foto é da Passeata dos Cem Mil, considerada a mais importante manifestação da resistência. Nas décadas de 1960 e 1970, o movimento estudantil universitário brasileiro se transformou em um importante foco de mobilização social. Sua força adveio da capacidade de mobilizar expressivos contingentes de estudantes para participarem da vida política do país. O movimento estudantil dispunha de várias organizações representativas: os DCEs (Diretórios Centrais Estudantis), as UEEs(Uniões Estaduais dos Estudantes) e a UNE (União Nacional dos Estudantes), entre outras. Com suas reivindicações, protestos e manifestações, o movimento influenciou significativamente os rumos da política nacional. 
A expansão das universidades 
Para entender como o movimento estudantil universitário se tornou um importante ator político, é preciso considerar algumas mudanças que afetaram o sistema de ensino superior público do país. No fim da década de 1950, ele começou a crescer, com a criação de faculdades e universidades. Num país em desenvolvimento, o acesso ao ensino superior passou a ser condição para acelerar o processo de modernização, ao mesmo tempo em que abria caminhos para a mobilidade e ascensão social. 
A expansão do ensino superior resultou em um aumento progressivo da oferta de vagas, que foram preenchidas por jovens provenientes, sobretudo, dos estratos médios da sociedade. As matrículas cresceram a uma taxa média de 12,5 % ao ano. As estatísticas ilustram o tamanho do aumento: em 1945, a universidade brasileira contava com 27.253 estudantes; o  total saltou para 107.299, no ano de 1962; em 1968, o número dobrou novamente, chegando a 214 mil.
Atividades
1- qual a importância dos estudantes no ato politico?
2- você como estudante acha correto os atos estudantis interferindo na politica?
3- quais os pros e contra os atos dos estudantes durante o periodo da ditadura militar?
4- pesquise quais atos estudantis tiveram efeito na politica brasileira:
REVISÃO
1- fale a cerca da politica no segundo imperio:
2- o que foi a guerra do paraguai?
3- como ocorreu a abolição da escravatura?
4-Relativamente ao Primeiro Reinado, considere as afirmações a seguir.
I - A dissolução da Constituinte, o estilo de governo autoritário e a repressão à Confederação do Equador aceleraram o desgaste político de Pedro I.
II - O temor de uma provável recolonização, caso fosse restabelecida a união com Portugal, aprofundou os atritos entre brasileiros e portugueses.
III - O aumento das exportações agrícolas, a estabilidade da moeda e a redução do endividamento externo foram os pontos favoráveis do governo de Pedro I.
IV - A cúpula do exército, descontente com a derrota militar na Guerra Cisplatina, aderiu à revolta, que culminou na Abdicação do Imperador. Então:
a) todas estão corretas.
b) todas são falsas.
c) apenas I e II estão corretas.
d) apenas I, II e IV estão corretas.
e) apenas III está correta.
5-quais os principais presidentes militares?
6- como ocorreu o governo militar no brasil?
7- quais os pontos positivos e negativos desse governo?
CENTRO EDUCACIONAL NOSSA SENHORA DE NAZARÉ
DIRETORA: DJANIRA NUNES
ALUNO(A):___________________________________ SERIE: _________
3ª AVALIAÇÃO DE HISTORIA
1- Quais os pontos positivos e negativos dos estudantes interferirem nos atos politicos?
2- o que foi a guerra do paraguai?
3- como ocorreu a abolição da escravatura?
4-Relativamente ao Primeiro Reinado, considere as afirmações a seguir.
I - A dissolução da Constituinte, o estilo de governo autoritário e a repressão à Confederação do Equador aceleraram o desgaste político de Pedro I.
II - O temor de uma provável recolonização, caso fosse restabelecida a união com Portugal, aprofundou os atritos entre brasileiros e portugueses.
III - O aumento das exportações agrícolas, a estabilidade da moeda e a redução do endividamento externo foram os pontos favoráveis do governo de Pedro I.
IV - A cúpula do exército, descontente com a derrota militar na Guerra Cisplatina, aderiu à revolta, que culminou na Abdicação do Imperador. Então:
a) todas estão corretas.
b) todas são falsas.
c) apenas I e II estão corretas.
d) apenas I, II e IV estão corretas.
e) apenas III está correta.
5-quais os principais presidentes militares?

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