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Livro Eletrônico
Aula 09
Passo Estratégico Direito Administrativo e Regime Jurídico Único p/
INSS (Técnico)
Tulio Lages
 
 
 
 
 
 
 
 
GABARITO: Certo.
Pelo princípio do impulso oficial, o processo administrativo poderá ter inicio de
oficio, nos termos do art. 2º, parágrafo único, XII, da lei 9.784/1999:
Art. 2º. (...)
Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre
outros, os critérios de:
XII - impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo da
atuação dos interessados;
2.(Cespe/2015/FUB/TÉCNICO) Com base no que dispõem as Leis n.º
8.112/1990 e n.º 9.784/1999, julgue o item que se segue.
No âmbito do processo administrativo, o não atendimento, por parte do interessado,
de intimação regularmente oficializada pelo órgão competente, não impede o
prosseguimento do processo administrativo. Todavia, não será mais garantido o
direito da ampla defesa ao interessado.
GABARITO: Errado.
Vejamos o teor do art. 27, parágrafo único, da Lei 9.784/1999:
Art. 27. O desatendimento da intimação não importa o reconhecimento da
verdade dos fatos, nem a renúncia a direito pelo administrado.
Parágrafo único. No prosseguimento do processo, será garantido direito de
ampla defesa ao interessado.
Veja, portanto, que a revelia no processo administrativo não importa
reconhecimento da verdade dos fatos e nem a renúncia de direitos, tampouco a
perda do direito a ampla defesa do interessado no prosseguimento do processo.
3.(Cespe/2015/FUB/TÉCNICO) Julgue o item que se segue, com base nas
disposições das Leis n.º 8.429/1992 e n.º 9.784/1992 e do Decreto n.º 1.171/1994.
Com base no princípio do interesse público, a administração pode dar continuidade a
processo administrativo, mesmo que o objeto seja um direito disponível a que o
interessado tenha renunciado.
GABARITO: Certo.
Isso é o que reza o art. 51, § 2º da Lei 9784/1999 reforça este entendimento:
Art. 51. O interessado poderá, mediante manifestação escrita, desistir total
ou parcialmente do pedido formulado ou, ainda, renunciar a direitos
disponíveis.
§ 1o Havendo vários interessados, a desistência ou renúncia atinge somente
quem a tenha formulado.
§ 2o A desistência ou renúncia do interessado, conforme o caso, não
prejudica o prosseguimento do processo, se a Administração considerar
que o interesse público assim o exige.
4.(Cespe/2015/TCU/TÉCNICO FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO) Julgue o
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item, relativo aos atos administrativos.
É proibido delegar a edição de atos de caráter normativo.
GABARITO: Certo.
Exatamente, nos termos do art. 13, I, da Lei 9.784/1999:
Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:
I - a edição de atos de caráter normativo;
5.(Cespe/2015/TCU/TÉCNICO FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO) Julgue o item,
relativo aos atos administrativos.
Ao delegar a prática de determinado ato administrativo, a autoridade delegante
transfere a titularidade para sua prática.
GABARITO: Errado.
A delegação da prática de ato administrativo não transfere a titularidade do mesmo
ao delegado, tendo prazo certo de duração e sendo, inclusive, revogável a qualquer
tempo pela autoridade delegante conforme art. 14 da lei 9784/1999:
Art. 14. O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no
meio oficial.
§ 1o O ato de delegação especificará as matérias e poderes transferidos, os
limites da atuação do delegado, a duração e os objetivos da delegação e o
recurso cabível, podendo conter ressalva de exercício da atribuição
delegada.
§ 2o O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade
delegante.
6.(Cespe/2015/TCU/TÉCNICO FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO) Julgue o
item, relativo aos atos administrativos.
Eventuais recursos contra decisão emanada em processo administrativo devem ser
dirigidos à autoridade que a tiver proferido, que tem poder para realizar juízo de
retratação e reconsiderar a decisão.
GABARITO: Certo.
Basta observar o teor do art. 56, § 1o, da lei 9784/1999:
Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de
legalidade e de mérito.
§ 1o O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se
não a reconsiderar no prazo de cinco dias, o encaminhará à autoridade
superior.
7.(Cespe/2014/SUFRAMA/AGENTE ADMINISTRATIVO) Considerando que
uma empresa tenha solicitado à SUFRAMA a concessão de benefícios fiscais
previstos em lei para as empresas da ZFM que observassem o processo produtivo
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básico previsto em regulamento, julgue o item abaixo.
O princípio da inércia impede que a autoridade responsável pelo julgamento do
pedido realize, por conta própria, diligência não solicitada pela empresa, ainda que
necessária para a comprovação do direito.
GABARITO: Errado.
O princípio da inércia vigora no âmbito judicial. Já no âmbito administrativo, vigor o
princípio do impulso oficial, conforme art. 2º, parágrafo único, XII, da lei
9784/1999:
Art. 2º. (...)
Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre
outros, os critérios de:
XII - impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo da
atuação dos interessados;
8.(Cespe/2014/SUFRAMA/AGENTE ADMINISTRATIVO) Considerando que
uma empresa tenha solicitado à SUFRAMA a concessão de benefícios fiscais
previstos em lei para as empresas da ZFM que observassem o processo produtivo
básico previsto em regulamento, julgue o item abaixo.
O eventual indeferimento do referido pedido, assim como os demais atos que
neguem direitos à empresa, deverá ser necessariamente motivado.
GABARITO: Certo.
Os atos administrativos que neguem direitos deverão necessariamente ser
motivados nos termos do art. 50, I, da lei 9784/1999:
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos
fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
9.(Cespe/2014/SUFRAMA/AGENTE ADMINISTRATIVO) Considerando que
uma empresa tenha solicitado à SUFRAMA a concessão de benefícios fiscais
previstos em lei para as empresas da ZFM que observassem o processo produtivo
básico previsto em regulamento, julgue o item abaixo.
Em caso de indeferimento do pedido da empresa, caberá recurso administrativo,
que será dirigido à autoridade que proferiu a decisão. Se não a reconsiderar no
prazo de cinco dias, a autoridade o encaminhará à autoridade superior.
GABARITO: Certo.
A assertiva está correta nos termos do art. art. 56, § 1o, da lei 9784/1999:
Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de
legalidade e de mérito.
§ 1o O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se
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não a reconsiderar no prazo de cinco dias, o encaminhará à autoridade
superior.
10.(Cespe/2014/ICMBIO/TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Com base na Lei n.º
8.112/1990 e na Lei n.º 9.784/1999, julgue o item subsecutivo.
Considere que o ICMBio tenha instaurado processo administrativo que necessite da
realização de atos em município que não tenha órgão hierarquicamente subordinado
ao instituto. Nessa situação, se houver, naquela localidade, outro órgão
administrativo apto a executar os atos necessários à instrução do processo, é
possível que parte da competência do instituto lhe seja delegada.
GABARITO: Certo.
A delegação pode ser feita ainda que o órgão delegado não seja hierarquicamente
subordinado a autoridade delegante, desde que seja conveniente por razões de
índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial, nos termos do art. 12 da
lei 9784/1999:
Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver
impedimentolegal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou
titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados,
quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica,
social, econômica, jurídica ou territorial.
11.(Cespe/2014/CADE/AGENTE ADMINISTRATIVO) Com relação ao direito
administrativo, julgue o item seguinte.
Considere que, em auditoria para a verificação da regularidade da concessão de
determinado direito, tenha sido constatado que alguns administrados foram
injustamente excluídos. Nessa hipótese, em se tratando de interesses individuais, o
processo administrativo para a extensão de tal direito só poderá ser iniciado após
provocação da parte interessada.
GABARITO: Errado.
O princípio da inércia vigora no âmbito judicial e não no âmbito administrativo,
neste a administração pode agir de ofício visando o interesse público. O art. 2º,
parágrafo único, XII, da lei 9784/1999:
Art. 2º. (...)
Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre
outros, os critérios de:
XII - impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo da
atuação dos interessados;
Portanto, a administração poderá dar início ao processo administrativo para a
extensão do direito aos administrados excluídos.
12.(Cespe/2014/ANATEL/TÉCNICO ADMINISTRATIVO) No que se refere ao
processo administrativo, julgue o próximo item.
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É legitimado como interessado o terceiro que não tenha dado ensejo à instauração
de processo administrativo, mas que possua direito suscetível de ser afetado pelo
seu julgamento.
GABARITO: Certo.
A assertiva está correta nos termos do art. 9º, II, da lei 9784/1999:
Art. 9o São legitimados como interessados no processo administrativo:
II - aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses
que possam ser afetados pela decisão a ser adotada;
13.(Cespe/2014/ANATEL/TÉCNICO ADMINISTRATIVO) No que se refere ao
processo administrativo, julgue o próximo item.
O processo administrativo, a exemplo do processo judicial, observa, na prática de
cada um de seus atos, o princípio da inércia, de modo que seu desenvolvimento
depende de constante provocação pelos interessados.
GABARITO: Errado.
O princípio da inércia vigora no âmbito judicial e não no âmbito administrativo -
neste a administração pode agir de ofício, visando o interesse público, segundo o
art. 2º, parágrafo único, XII, da lei 9784/1999:
Art. 2º. (...)
Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre
outros, os critérios de:
XII - impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo da
atuação dos interessados;
14.(Cespe/2016/TCE-PA/AUXILIAR TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO) A
respeito dos conceitos doutrinários relativos ao controle da administração pública,
julgue o item a seguir.
Agente público que se recusar a prestar a declaração de bens dentro do prazo
determinado em lei deverá ser punido com a pena de demissão a bem do serviço
público.
GABARITO: Certo.
É isso mesmo, conforme art. 13, § 3º, da lei 8429/92:
Art. 13. A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à
apresentação de declaração dos bens e valores que compõem o seu
patrimônio privado, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal
competente.
(...)
§ 3º Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem
prejuízo de outras sanções cabíveis, o agente público que se recusar a
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prestar declaração dos bens, dentro do prazo determinado, ou que a
prestar falsa.
15.(Cespe/2016/ANVISA/TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Carlos, formado em
medicina, foi contratado temporariamente pela União para atuar na rede de saúde
do Rio de Janeiro, de modo a apoiar eventual crescimento da demanda em
decorrência dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Durante o expediente, ao atender um
paciente que fazia uma consulta de rotina, não emergencial, Carlos, sem
conhecimento técnico nem capacitação prévia, resolveu operar, sozinho, um
aparelho de ressonância magnética, danificando-o e gerando um prejuízo de mais
de um milhão de reais ao hospital. A comissão de ética, ao analisar a conduta de
Carlos, concluiu que ela seria passível de punição com a penalidade de censura, mas
deixou de aplicá-la por se tratar de servidor temporário.
Com referência a essa situação hipotética, julgue o seguinte item.
A conduta praticada por Carlos não constituiu ato de improbidade administrativa,
por não ter havido dolo.
GABARITO: Errado.
Os atos de improbidade administrativa que causam lesão ao erário são punidos
quando praticados em caso de dolo e também no caso de culpa, como no caso da
questão, vejamos o art. 10 da lei 8.429/92:
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao
erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda
patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens
ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:
16.(Cespe/2015/DEPEN/AGENTE PENITENCIÁRIO FEDERAL) Com base no
Decreto n.º 1.171/1994, na Lei n.º 8.112/1990 e na Lei n.º 8.429/1992, julgue o
item.
Para que possa tomar posse em cargo público e exercer as funções a ele referentes,
o agente público deve declarar seu patrimônio privado.
GABARITO: Certo.
É isso mesmo, conforme art. 13 da lei 8429/1992:
Art. 13. A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à
apresentação de declaração dos bens e valores que compõem o seu
patrimônio privado, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal
competente.
17.(Cespe/2015/FUB/OPERADOR DE CAMERA DE CINEMA E TV) No que diz
respeito aos atos de improbidade administrativa, julgue o item a seguir.
A iniciativa para a instauração de processo que vise apurar ato de improbidade
administrativa cometido em órgão público somente poderá advir de servidor público
vinculado a esse órgão ou de iniciativa do Ministério Público.
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GABARITO: Errado.
Nos termos dos arts. 14 e 22 da lei 8429/1992 a iniciativa para instauração de
processo que vise apurar ato de improbidade administrativa pode se dar também
por representação de qualquer pessoa, vejamos:
Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa
competente para que seja instaurada investigação destinada a apurar a
prática de ato de improbidade.
Art. 22. Para apurar qualquer ilícito previsto nesta lei, o Ministério Público,
de ofício, a requerimento de autoridade administrativa ou mediante
representação formulada de acordo com o disposto no art. 14, poderá
requisitar a instauração de inquérito policial ou procedimento
administrativo.
18.(Cespe/2015/TELEBRAS/TÉCNICO EM GESTÃO DE TELECOMUNICAÇÕES)
A respeito de ética no serviço público, julgue o item subsequente.
Se uma servidora pública que praticou ato de interesse de terceiro receber, como
presente, uma joia enviada por esse terceiro interessado, não há improbidade
administrativa, uma vez que, embora reprovável de acordo com o Código de Ética, o
recebimento do presente não causou prejuízo ao erário.
GABARITO: Errado.
O recebimento da joia pela servidora pública realmente não causa prejuízo ao
erário, porém, configura ato de improbidade administrativa que importa em
enriquecimento ilícito, nos termos do art. 9º, I, da lei 8429/1992:
Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando
enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial
indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou
atividade nas entidades mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamente:
I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel,ou
qualquer outra vantagem econômica, direta ou indireta, a título de
comissão, percentagem, gratificação ou presente de quem tenha interesse,
direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão
decorrente das atribuições do agente público;
19.(Cespe/2015/FUB/TÉCNICO) De acordo com as disposições da Lei n.º
8.429/1992 e do Estatuto da UnB, julgue o item.
O servidor público que praticar ato de improbidade administrativa que implique em
enriquecimento ilícito estará sujeito à perda de bens ou valores acrescidos ao seu
patrimônio. Em caso de óbito do agente público autor da improbidade, esse ônus
não será extensível aos seus sucessores.
GABARITO: Errado.
No caso de óbito do agente que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer
ilicitamente, seu sucessor estará sujeito às cominações da lei de improbidade
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administrativa até o limite do valor da herança, nos termos do art. 8º da lei
8.429/92:
Art. 8° O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se
enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do
valor da herança.
20.(Cespe/2015/TELEBRAS/TÉCNICO EM GESTÃO DE TELECOMUNICAÇÕES)
A respeito de ética no serviço público, julgue o item subsequente.
A Lei de Improbidade Administrativa aplica-se ao agente público servidor
concursado ou ocupante de cargo comissionado, mas não rege a conduta do agente
público não servidor.
GABARITO: Errado.
O rol de agentes que podem sofrer as sanções da lei de improbidade administrativa
é bem extenso e o agente público não servidor também é abarcado neste rol,
previsto no art. 2º da lei 8429/92:
Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que
exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição,
nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura
ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas
no artigo anterior.
21.(Cespe/2015/FUB/ASSISTENTE) Julgue o item subsecutivo, com base nas
disposições da Lei n.º 8.429/1992.
O pagamento de despesa sem prévio empenho caracteriza ato de improbidade
administrativa, da mesma forma que o pagamento de despesa antes da sua
liquidação.
GABARITO: Certo.
As hipóteses trazidas pela assertiva caracterizam atos de improbidade
administrativa que causam prejuízos ao erário, conforme art. 10, incisos VI, IX e XI
da LIA:
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao
erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda
patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens
ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:
(...)
VI - realizar operação financeira sem observância das normas legais e
regulamentares ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea;
(...)
IX - ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou
regulamento;
(...)
XI - liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes
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ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular;
22.(Cespe/2015/FUB/TÉCNICO) Julgue o item que se segue, com base nas
disposições das Leis n.º 8.429/1992 e n.º 9.784/1992 e do Decreto n.º 1.171/1994.
A doação de bens pertencentes à UnB, sem a observância das formalidades
aplicáveis, será caracterizada como ato de improbidade administrativa, exceto se
esses bens forem destinados a entes despersonalizados, com fins educativos ou
assistenciais.
GABARITO: Errado
Nos termos do art. 10, III, da lei 8.429/92, as doações de bens sem observância
das formalidades adequadas constituem ato de improbidade administrativa mesmo
que feita a entes despersonalizados com fins educativos ou assistenciais, vejamos:
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao
erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda
patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens
ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:
(...)
III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente despersonalizado,
ainda que de fins educativos ou assistências, bens, rendas, verbas ou
valores do patrimônio de qualquer das entidades mencionadas no art. 1º
desta lei, sem observância das formalidades legais e regulamentares
aplicáveis à espécie;
23.(Cespe/2015/FUB/OPERADOR DE CAMERA E TV) No que diz respeito aos
atos de improbidade administrativa, julgue o item a seguir.
O dever de imparcialidade, quando violado por servidor público, configura prejuízo
ao interesse público, passível de punição como ato de improbidade administrativa.
GABARITO: Certo.
A violação do dever de parcialidade do servidor público constitui ato de improbidade
administrativa que atenta conta os princípios da administração, nos termos do art.
11 da LIA:
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os
princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os
deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às
instituições, e notadamente:
24.(Cespe/2015/FUB/OPERADOR DE CAMERA DE CINEMA E TV) No que diz
respeito aos atos de improbidade administrativa, julgue o item a seguir.
O servidor indiciado, uma vez julgado e punido na esfera penal, também poderá
sofrer as cominações da lei de improbidade administrativa.
GABARITO: Certo.
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As esferas penal, cível e administrativa são independentes e o servidor poderá
sofrer sanções em ambas.
No caso trazido, o servidor, mesmo que punido na esfera penal, poderá sofrer as
cominações da lei de improbidade administrativa. Nesse sentido, o art. 12 da LIA
afirma:
Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas
previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de
improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas
isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato:
25.(Cespe/2014/ANTAQ/TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Com relação ao que
dispõe a Lei n.º 8.429/1992, julgue o próximo item.
O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público está sujeito às
cominações dessa lei até o limite do valor da herança.
GABARITO: Certo.
É isso mesmo, nos termos do art. 8 da LIA:
Art. 8° O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se
enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do
valor da herança.
26.(Cespe/2014/SUFRAMA/AGENTE ADMINISTRATIVO) Com base na Lei n.º
8.429/1992, que trata de improbidade administrativa, julgue o próximo item.
Considere que determinado servidor público tenha utilizado bens pertencentes à
autarquia em que trabalha em benefício de sociedade empresária da qual seja sócio
cotista, sem que tenha ocorrido qualquer dano a esses bens utilizados, que foram,
posteriormente, devolvidos. Nesse caso, apesar de não ter havido dilapidação do
patrimônio público, é correto afirmar que a conduta do servidor afrontou princípios
da administração pública que ensejam a proposição de ação de improbidade
administrativa.
GABARITO: Certo.
Apesar de o ato do agente não ter causado prejuízos ao erário ou seu
enriquecimento ilícito, violou os princípios da administração pública, nos termos do
art. 11, da lei 8429/92:
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os
princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os
deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às
instituições, e notadamente:
27.(Cespe/2014/ICMBIO/TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Com relação à ética
no serviço público, julgueo item subsequente.
Considere que um servidor doe para uma biblioteca comunitária uma série de livros
da repartição pública na qual ele trabalha. Nesse caso, mesmo sem observar as
formalidades legais, o servidor não incorre em improbidade administrativa uma vez
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que os livros destinam-se a fins educativos e assistenciais.
GABARITO: Errado.
Nos termos do art. 10, III, da lei 8429/92, as doações de bens sem observância das
formalidades adequadas constituem ato de improbidade administrativa, mesmo que
feita a entes despersonalizados com fins educativos ou assistenciais:
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao
erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda
patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens
ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:
(...)
III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente despersonalizado,
ainda que de fins educativos ou assistências, bens, rendas, verbas ou
valores do patrimônio de qualquer das entidades mencionadas no art. 1º
desta lei, sem observância das formalidades legais e regulamentares
aplicáveis à espécie;
ORIENTAÇÕES DE ESTUDO (CHECKLIST) E PONTOS A DESTACAR 
Processo Administrativo Federal
(Lei 9.784/1999)
1) Conceito de processo administrativo.
2) Diferença entre processo e procedimento.
Ler a Lei 9.784/1999 integralmente, com atenção aos pontos a seguir.
3) Abrangência da Lei 9.784/1999 (art. 1º, caput e § 1º).
4) Princípios (art. 2º, caput): expressos (legalidade, finalidade, motivação,
razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório,
segurança jurídica, interesse público e eficiência) e implícitos (oficialidade,
informalismo, instrumentalidade das formas, verdade material e gratuidade).
Saber o conceito de todos os princípios. Observar que:
4.1) o informalismo (art. 22) não significa ausência de forma, mas sim que,
como regra, o processo administrativo não está sujeito a formas rígidas,
devendo adotar formas simples e suficientes para atingir seus objetivos.
4.2) cada inciso do art. 2º está relacionado a um (ou mais) desses princípios:
I (legalidade), II (finalidade, impessoalidade), III (finalidade,
impessoalidade), IV (moralidade), V (publicidade), VI (razoabilidade,
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proporcionalidade), VII (motivação), VIII (segurança jurídica), IX
(informalismo, segurança jurídica), X (contraditório e ampla defesa), XI
(gratuidade), XII (oficialidade), XIII (finalidade, segurança jurídica).
5) Direitos e deveres dos administrados (arts. 3º e 4º). Observar que:
5.1) o art. 3º, II, assegura ao administrado ter ciência da tramitação apenas
dos processos administrativos em que tenha condição de interessado.
5.2) o art. 3º, III, assegura ao administrado formular alegações e apresentar
documentos ANTES (e não depois) da decisão.
5.3) conforme art. 3º, IV, o administrado não precisa de advogado, como
regra, para praticar os atos processuais em seu nome, mas nos casos
em que a lei exige a representação por advogado, a inobservância de tal
regra implica a nulidade do ato ou processo. Por outro lado, mesmo nos
casos em que tal representação seja facultativa, o administrado pode
também, se assim o quiser, buscar a assistência de um advogado.
Precedente importante:
“A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar
não ofende a Constituição”1.
6) Início do processo (arts. 5º a 8º) – observar que
6.1) o início do processo pode dar-se não somente a pedido do interessado,
mas também de ofício (art. 5º).
6.2) o requerimento inicial do interessado deve ser formulado por escrito,
como regra, mas poderão ser previstos casos que será admitida a
solicitação oral (art. 6º, caput).
6.3) é vedada a recusa imotivada de documentos (art. 6º, parágrafo único).
Se por acaso restar constatada alguma falha na documentação a ser
protocolada pelo interessado, o servidor deve orientá-lo quanto ao
suprimento de tal falha (CUIDADO! O servidor não vai diretamente
suprir a falha, mas sim ORIENTAR o interessado quanto ao suprimento
do vício).
6.4) o processo administrativo deverá ser iniciado perante a autoridade de
menor grau hierárquico para decidir, a não ser que haja competência
legal específica (art. 17).
7) Interessados (arts. 9º e 10) – observar que:
7.1) mesmo aqueles que não iniciaram o processo podem nele ser
legitimados como interessados, caso tenham direitos ou interesses que
possam ser afetados pela decisão a ser adotada (art. 9º, II).
7.2) não somente pessoas físicas podem ser legitimadas como interessadas
no processo físico, mas também pessoas jurídicas.
 
1 STF – Súmula Vinculante 5.
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7.3) como regra, os menores de 18 anos são considerados incapazes para
fins de processo administrativo, a não ser que haja ato normativo
próprio prevendo de modo diverso (art. 10).
8) Competência (arts. 11 a 17) – observar que:
8.1) a competência é irrenunciável, o que não impede sua delegação e
avocação (art. 11).
8.2) a delegação pode ser feita em razão de circunstâncias de ordem técnica,
social, econômica, jurídica ou territorial (art. 12, caput).
8.3) não é possível a delegação total de competência, apenas parcial (art. 12,
caput).
8.4) a delegação de competência é possível mesmo a órgãos não
hierarquicamente subordinados (art. 12, caput), sendo revogável a
qualquer tempo pela autoridade delegante (art. 14, § 2º).
8.5) há casos em que não se faz possível a delegação (art. 13) – MUITO
IMPORTANTE, MEMORIZAR ESSES CASOS!
8.6) a avocação é medida excepcional, temporária, e somente possível
quando o órgão competente é hierarquicamente inferior (art. 15).
9) Impedimento e suspeição (arts. 18 a 21) – observar que:
9.1) o impedimento incide em situações objetivas (art. 18) e deve
obrigatoriamente ser declarado pelo próprio servidor (art. 19), enquanto
que a suspeição incide em situações subjetivas, podendo
(facultativamente) ser arguida pelo próprio servidor ou por outros
interessados (art. 20).
10) Forma, tempo, lugar e comunicação dos atos (arts. 22 a 28) – observar que:
10.1) os atos devem ser produzidos por escrito (art. 22, § 1º), já o
requerimento inicial do interessado pode ser oral em determinados
casos, embora como regra também deva ser formulado por escrito (art.
6º, caput).
10.2) o próprio órgão administrativo pode realizar a autenticação de
documentos exigidos em cópia (art. 22, § 3º).
10.3) como regra, o prazo para a prática dos atos no processo (tanto por parte
do órgão ou autoridade, quanto pelos administrados) é de cinco dias, a
não ser que haja disposição específica prevendo outro prazo (art. 24,
caput). Além disso, por motivo de força maior, é possível que outro
prazo seja fixado (art. 24, caput). Mediante comprovada justificação, o
prazo para a prática dos atos no processo pode ser dilatado até o dobro
(art. 24, parágrafo único).
10.4) é obrigatória a intimação do interessado para que a ele seja dada ciência
de decisão no processo (art. 26, caput).
10.5) que mesmo se o intimado não comparecer, o processo poderá ser
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continuado (art. 26, § 1º, V). Mesmo assim, o desatendimento da
intimação não implica a presunção de culpa do administrado, tampouco
significa confissão ou renúncia a direitos (art. 27).
10.6) que a intimação pode ser realizada por qualquer meio que asseguraa
certeza do interessado, embora a própria Lei já enumere alguns meios a
serem utilizados pela Administração (ciência no processo, via postal com
aviso de recebimento, telegrama) – art. 26, § 3º.
10.7) quando os interessados no processo são indeterminados, desconhecidos
ou com domicílio indefinido, a intimação deve ser realizada por meio de
publicação oficial (art. 26, § 4º).
10.8) se a intimação for realizada sem observância das prescrições legais, será
considerada nula, mas se o administrado comparecer, a falta de
intimação ou sua irregularidade é suprida (art. 26, § 5º). Trata-se de
caso de aplicação do princípio da instrumentalidade das formas.
10.9) não necessariamente todos os atos do processo devem ser objeto de
intimação (art. 28).
11) Instrução e decisão (arts. 29 a 49) – observar que:
11.1) o objetivo da instrução é averiguar e comprovar os dados necessários à
tomada de decisão (art. 29, caput).
11.2) as provas obtidas por meios ilícitos são inadmissíveis no processo (art.
30). Tal previsão encontra-se em sintonia com o previsto no art. 5º, LVI,
da CF.
11.3) é possível a abertura de período de consulta pública, no caso a matéria
do processo envolver assunto de interesse geral (art. 31).
11.4) é possível a realização de audiência pública antes da tomada de decisão,
diante da relevância da questão, para debates sobre a matéria do
processo (art. 32).
11.5) o ônus da prova é do interessado (art. 36), salvo quando ele declarar
que fatos e dados estão registrados em documentos existentes na
própria Administração (art. 37).
11.6) na fase instrutória, ANTES (não depois!) da decisão, o interessado
poderá juntar documentos e pareceres, requerer diligências e perícias e
aduzir alegações referentes à matéria objeto do processo (art. 38,
caput), sendo que todos os elementos probatórios juntados deverão ser
considerados na motivação do relatório e da decisão (art. 38, § 1º).
Entretanto, as provas propostas ilícitas, impertinentes, desnecessárias
ou protelatórias poderão ser recusadas por decisão fundamentada (art.
38, § 2º).
11.7) como já foi dito, mesmo se o intimado não comparecer, o processo
poderá ser continuado (art. 26, § 1º, V). Nesse sentido, quando for
necessária a prestação de informações ou a apresentação de provas
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pelos interessados ou terceiros, o órgão competente poderá, caso
entenda que a matéria tratada seja relevante, suprir a omissão e proferir
a decisão, no caso de aqueles, embora intimados, tenham permanecido
inertes (art. 39, caput e parágrafo único). Por outro lado, quando dados,
atuações ou documentos solicitados ao interessado forem necessários à
apreciação de pedido formulado, o não atendimento no prazo fixado pela
Administração para a respectiva apresentação implicará arquivamento
do processo – neste caso, a Lei considera que a Administração não teve
como suprir de ofício a omissão ou entendeu que a matéria não era
relevante a ponto de justificar tal procedimento (art. 40).
11.8) pode ser necessário ouvir órgão consultivo, mediante emissão de
parecer (art. 42). Se for parecer obrigatório e vinculante, o processo não
prossegue até que o parecer seja emitido, mesmo com atraso (art. 42, §
1º). Se for parecer obrigatório e não vinculante, o processo pode
prosseguir caso haja omissão na emissão daquele (art. 42, § 2º). Nos
dois casos, haverá responsabilização de quem deu causa ao atraso ou
omissão.
11.9) o prazo para que o interessado se manifeste após encerrada a instrução
é de dez dias, a não ser que haja outro prazo legalmente fixado (art.
44).
11.10) é possível que a Administração, em decorrência de seu poder de
cautela, adote providências sem a prévia manifestação do
interessado, quando houver risco iminente (art. 45).
11.11) nos termos da Lei, somente os interessados (ou seja, não é qualquer
pessoa) têm direito à vista do processo e a obter certidões ou cópias
reprográficas dos dados e documentos que o integram (art. 46).
Mesmo assim, tal direito não alcança os dados e documentos de
terceiros protegidos por sigilo ou pelo direito à privacidade, à honra e
à imagem.
11.12) não necessariamente o órgão de instrução será competente para
emitir a decisão final. Quando for esse o caso, o órgão de instrução
deverá elaborar relatório contendo, dentre outros conteúdos, a
proposta de decisão e encaminhará o processo à autoridade
competente (art. 47).
11.13) a Administração não pode se omitir em decidir: pelo contrário, deve
fazê-lo de forma explícita (art. 48), no prazo de 30 dias após a
conclusão da instrução, salvo prorrogação por igual período
expressamente motivada (art. 49).
12) Motivação (art. 50) – memorizar o rol contido no inciso I a VIII (MUITO
IMPORTANTE!)
13) Desistência e extinção do processo (arts. 51 e 52) – observar que:
13.1) a desistência do pedido pode ser total ou parcial (art. 51, caput).
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13.2) somente direitos disponíveis podem ser renunciados (art. 51, caput).
13.3) mesmo se houver renúncia do interessado, o processo pode continuar
prosseguindo, se a Administração considerar que há interesse público
(art. 51, § 2º).
13.4) a extinção do processo ocorre quando exaurida sua finalidade ou o
objeto da decisão se tornar impossível, inútil ou prejudicado por fato
superveniente (art. 52).
14) Anulação, revogação e convalidação (arts. 53 a 55) – observar que:
14.1) a anulação ocorre por razões de legalidade, enquanto que a revogação,
por motivo de conveniência ou oportunidade, devendo ser respeitados os
direitos adquiridos (art. 53).
14.2) se for comprovada má-fé, o prazo decadencial de cinco anos previsto no
art. 54, caput, não é aplicável.
14.3) deverá ser contado do primeiro pagamento o prazo decadencial previsto
no art. 54, caput, em se tratando de efeitos patrimoniais contínuos (art.
54, § 1º).
14.4) a convalidação é discricionária por parte da Administração, somente
aplicável em decisão em que se evidencie não acarretar lesão ao
interesse público nem prejuízo a terceiros, desde que o ato apresente
defeitos sanáveis (ar. 55).
15) Recurso administrativo e revisão (arts. 56 a 65) – observar que:
15.1) o recurso é cabível tanto em face de legalidade quanto de mérito
(art.56, caput).
15.2) o recurso é dirigido à própria autoridade que proferiu a decisão (art. 56,
§ 1º). Se tal autoridade não reconsiderar, à autoridade superior deve
encaminhar o recurso, que tramitará no máximo por três instâncias
administrativas, salvo disposição legal diversa (art. 57).
15.3) se o recorrente alegar que a decisão administrativa contraria enunciado
da súmula vinculante, a autoridade prolatora da decisão, se não a
reconsiderar, explicitar, antes de encaminhar o recurso à autoridade
superior, as razões da aplicabilidade ou inaplicabilidade da súmula,
conforme o caso (art. 56, § 3º). Além disso, também o órgão
competente para decidir o recurso deverá explicitar as razões da
aplicabilidade ou inaplicabilidade da súmula, conforme o caso (art. 64-
A). Caso o recorrente impetre reclamação no STF (CF, art. 103-A, § 3º),
com fundamento em violação de enunciado da súmula vinculante, e o
STF a acolha, dar-se-á ciência à autoridade prolatora e ao órgão
competente para o julgamento do recurso, que deverão adequar as
futuras decisões administrativas em casos semelhantes, sob pena de
responsabilização pessoal nas esferas cível, administrativa e penal (art.
64-B).
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15.4) a interposição de recurso administrativo independe de caução, salvo
exigência legal (art. 56, § 2º). Precedente importante:
“É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiroou bem para admissibilidade de recurso administrativo”2.
15.5) não somente aqueles que figurem formalmente como parte no processo
possuem legitimidade para interpor o recurso – perceba que a
legitimidade varia em função dos direitos e interesses envolvidos no
processo (art. 58).
15.6) o prazo para a interposição de recurso é de dez dias, salvo disposição
legal específica (art. 59, caput). Tal prazo é contado a partir da ciência
ou divulgação oficial da decisão recorrida.
15.7) o recurso não possui efeito suspensivo, salvo disposição legal em
contrário (art. 61). Entretanto, a autoridade recorrida ou a
imediatamente superior poderá dar efeito suspensivo ao recurso, no
caso de haver justo receito ou prejuízo de difícil ou incerta reparação
decorrente da execução (art. 61, parágrafo único). Esse efeito
suspensivo pode ser proveniente de pedido do recorrente ou até mesmo
de ofício por parte daquelas autoridades.
15.8) há situações que impedem o conhecimento do recurso (art. 63).
15.9) a decisão do recurso poderá confirmar, modificar, anular ou revogar,
total ou parcialmente, a decisão recorrida (art. 64), inclusive de maneira
a prejudicar a situação inicial do recorrente (art. 64, parágrafo único).
Neste caso, em que a decisão puder causar prejuízo ao recorrente, este
deverá ser cientificado para que formule suas alegações antes da
decisão.
15.10) a revisão ocorre somente em processos administrativos de que
resultem sanções (art. 65), podendo ser realizada de ofício ou a
pedido, mas desde que haja o surgimento de fatos novos ou
circunstâncias relevantes que podem justificar a inadequação da
sanção aplicada.
15.11) ao contrário do que ocorre na decisão dos recursos, em que é possível
o agravamento da situação do recorrente, na revisão não é possível o
agravamento da sanção originalmente aplicada (art. 65, parágrafo
único).
16) Processos administrativos com prioridade de tramitação (art. 69-A) –
memorizar o rol contido nos incisos I a IV. Observar que é necessário que haja
requerimento da pessoa interessada para obter a prioridade na tramitação do
processo – ou seja, como regra, tal prioridade não é concedida de ofício pela
Administração (art. 69-A, § 1º).
 
2 STF – Súmula Vinculante 21.
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Lei de Improbidade Administrativa
(Lei 8.429/1992)
Ler a Lei de Improbidade Administrativa – LIA na íntegra, observando os pontos a
seguir, aos quais deve ser dada ênfase em seu estudo:
1) A LIA abrange toda a Administração Pública (direta e indireta), de todos os
Poderes, em todas as esferas de governo (art. 1º, caput).
As sanções são aplicáveis a agentes públicos, mesmo que não sejam
servidores públicos (art. 1, caput e art. 2º), bem como a terceiros que se
enquadrem nas situações previstas no art. 3º.
Assim, podem ser sujeitos ativos dos atos de improbidade:
a) Agente público, ainda que transitoriamente ou sem remuneração (incluindo
os agentes políticos, exceto o Presidente da República3).
b) Terceiro (pessoa que não se enquadra no conceito de agente público
previsto no art. 2º) que induza ou concorra para a prática de ato de
improbidade – mesmo assim, nesse caso, deve haver necessariamente
participação de agente público, já que somente em conjunto com este é
possível a prática de ato de improbidade administrativa.
Não se sujeitam à LIA os empregados e dirigentes de concessionários e
permissionários de serviços públicos4 (a não ser que figurem como terceiros
que induzam ou concorram para a prática de ato de improbidade).
Por outro lado, são sujeitos passivos dos atos de improbidade administrativa
(art. 1º, caput e parágrafo único):
a) Administração direta e indireta, de todos os Poderes, em todas as esferas
de governo.
b) Empresa incorporada ao patrimônio público.
c) Entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra
com mais de 50% do patrimônio ou da receita anual.
d) Entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra
com menos 50% do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes
casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição
dos cofres públicos.
e) Entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício,
de órgão público.
2) Atos de improbidade administrativa que importam enriquecimento ilícito (art.
 
3 STF – Pet 3240.
4 Carvalho Filho, 2017, p. 1152.
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9º) – observar que tais atos englobam qualquer tipo de vantagem patrimonial
indevida, direta ou indireta, em razão da condição de agente público, mesmo
que não ocorra prejuízo ao erário, que importe o enriquecimento do próprio
agente público ou, conforme incisos I e VII, até mesmo de outrem.
3) Atos de improbidade administrativa que causam lesão ao erário (art. 10º) –
observar que tais atos englobam qualquer ação ou omissão, dolosa ou
culposa, que cause prejuízo ao erário (é necessário que haja comprovação do
dano ao erário5, ou seja, prejuízo patrimonial efetivo, não apenas presumido),
mesmo que o agente público não aufira vantagens econômicas pessoais.
4) Atos de improbidade administrativa decorrentes de concessão ou aplicação
indevida de benefício financeiro ou tributário (art. 10-A) – observar que, neste
caso (ao contrário de todos os demais), a lista de condutas é taxativa.
Conforme art. 7º, § 1º da LC 157/2016, tal hipótese de ato de improbidade
está em vigor desde 30/12/2016, mas somente produzirá efeitos a partir de
30/12/2017.
5) Atos de improbidade administrativa que atentam contra os princípios da
Administração Pública (art. 11) – observar que tais atos englobam qualquer
ação ou omissão que viole qualquer princípio da Administração Pública (não
somente os deveres expressos no caput de honestidade, imparcialidade,
legalidade etc.).
6) A LIA traz, para os atos de improbidade previstos nos arts. 9º, 10 e 11, um rol
EXEMPLIFICATIVO de condutas, enquanto que no previsto no art. 10-A, um rol
TAXATIVO de condutas.
7) O ato de improbidade é um ilícito civil, mas as sanções dele decorrentes (art.
12) são de natureza administrativa (perda da função pública, proibição de
contratar com o Poder Público e proibição de receber benefícios fiscais ou
creditícios), civil (perda dos bens e valores acrescidos ilicitamente ao
patrimônio, ressarcimento ao erário e multa civil) e política (suspensão dos
direitos políticos). A LIA não institui sanções penais para aquele que comete
ato de improbidade administrativa!
Além disso, as penalidades previstas na LIA independem de outras sanções
penais, civis e administrativas previstas em legislação específica, bem como
das situações previstas no art. 21.
Por outro lado, exige-se dolo do agente para os atos previstos nos arts. 9º
(enriquecimento ilícito), 10-A (concessão ou aplicação indevida de benefício
tributário ou financeiro) e 11 (violação dos princípios da Administração
Pública), e dolo ou culpa para os do art. 10 (prejuízo ao erário)6.
Com base nos dispositivos acima, note que um ato de improbidade pode ser:
ato administrativo, conduta ou até omissão.
Fica sujeito às cominações da LIA, até o limite do valor da herança, o sucessor
 
5 STJ – Resp 1151884/SC.
6 STJ – AgRg no AREsp 20.747/SP.
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daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente
(art. 8º).
Observar que todas as penalidades podem ser aplicadas isolada ou
cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato (art. 12).
8) A declaração de bens deve ser apresentadapelo agente público para posse e
exercício (art. 13, caput), devendo ser atualizada anualmente e na data em
que o agente público deixar o exercício do mandato, cargo, emprego ou
função (art. 13, § 2º), podendo o referido agente ser punido com a pena de
demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo de outras sanções cabíveis,
caso se recuse a prestar a declaração de bens no prazo determinado, ou se a
prestar falsa (art. 13, § 3º).
9) As sanções da LIA são processadas, julgadas e aplicadas pelo Poder Judiciário
(art. 17), após o fato ter sido apurado via processo administrativo (inclusive,
esse processo administrativo pode ser iniciado a partir de representação
formulada por qualquer pessoa – art. 14, caput) e o Ministério Público ou a
pessoa jurídica interessada houver proposto, perante aquele Poder, a ação
principal, que seguirá o rito ordinário (art. 17, caput), sendo vedada a
transação, acordo ou conciliação (art. 17, § 1º). Precedente importante:
“Inexiste foro por prerrogativa de função nas ações de improbidade
administrativa”.
É possível, ainda durante a fase de apuração administrativa, a adoção de
medidas cautelares, como a decretação do sequestro de bens (art. 16, caput),
a investigação, o exame e o bloqueio de bens, contas bancárias e aplicações
financeiras mantidas no exterior (art. 16, § 2º). Tais medidas devem ser
requeridas ao juízo competente (é o Poder Judiciário que decide pela adoção
de tais medidas) pelo Ministério Público ou pela procuradoria do órgão em que
esteja tramitando o processo administrativo de apuração, em função de
representação da comissão responsável pelo procedimento administrativo, no
caso de haver fundados indícios de responsabilidade (art. 16, caput).
Outra medida cautelar é possível: o afastamento do agente público do cargo,
emprego ou função, sem prejuízo da remuneração (art. 20, parágrafo único).
Tal medida pode ser determinada não somente pelo Poder Judiciário, mas pela
própria autoridade administrativa.
No fim do processo judicial, ao fixar as eventuais penas, o juiz deverá levar
em conta a extensão do dano causado, bem como o proveito patrimonial do
agente (art. 12).
As penas de perda função pública e de suspensão dos direitos políticos exigem
o trânsito em julgado da sentença condenatória (art. 20, caput).
10) Os prazos de prescrição previstos no art. 23 não se aplicam à penalidade de
ressarcimento ao erário, que é imprescritível, conforme CF, art. 37, § 5º,
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parte final.
Destacamos que a tese firmada pelo STF, no sentido de “é prescritível a ação
de reparação de danos à Fazenda Pública decorrente de ilícito civil”7, não
alcança atos de improbidade administrativa.
11) A única sanção penal estabelecida pela LIA é prevista no art. 19, mas não se
trata de penalização por conta de ato de improbidade administrativa, mas por
representação falsa contra agente público ou terceiro beneficiário por ato de
improbidade - nesse caso, o representante não comete ato de improbidade
administrativa, mas somente o crime previsto no art. 19, caput.
 
QUESTIONÁRIO DE REVISÃO 
***Questionário - somente perguntas***
Processo Administrativo Federal
(Lei 9.784/1999)
1) Qual a abrangência e aplicação da Lei 9.784/1999?
2) O que preceitua o princípio da oficialidade (ou do impulso oficial)?
3) O que preceitua o princípio do informalismo (ou do formalismo
moderado)?
4) O que preceitua o princípio da instrumentalidade das formas?
5) O que preceitua o princípio da verdade material?
6) O que preceitua o princípio da gratuidade?
7) O art. 2º, IV, da Lei 9.784/1999 estabelece o seguinte critério a ser
observado no processo administrativo federal: “atuação segundo padrões
éticos de probidade, decoro e boa-fé”. À qual princípio esse critério está
alinhado precipuamente?
8) O art. 2º, VI, da Lei 9.784/1999 estabelece o seguinte critério a ser
observado no processo administrativo federal: “adequação entre meios e
fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida
superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse
público”. À qual princípio esse critério está alinhado precipuamente?
9) O art. 2º, VIII, da Lei 9.784/1999 estabelece o seguinte critério a ser
 
7 STF – RE 669.069.
Tulio Lages
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observado no processo administrativo federal: “observância das
formalidades essenciais à garantia dos direitos dos administrados”. À
qual princípio esse critério está alinhado precipuamente?
10) O art. 2º, XI, da Lei 9.784/1999 estabelece o seguinte critério a ser
observado no processo administrativo federal: “proibição de cobrança de
despesas processuais, ressalvadas as previstas em lei”. À qual princípio
esse critério está alinhado precipuamente?
11) A Lei 9.784/1999 estabelece direitos e deveres dos administrados de
forma taxativa ou exemplificativa?
12) “Formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais
serão objeto de consideração pelo órgão competente” é um direito ou
dever do administrado?
13) “Prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o
esclarecimento dos fatos” é um direito ou dever do administrado?
14) A assistência advocatícia é obrigatória ou facultativa no processo
administrativo federal? E nos processos administrativos disciplinares?
15) Como se dá o início do processo administrativo?
16) Jorge desejava juntar a determinado processo administrativo em que
figurava como interessado documento que o ajudaria a obter sua
pretensão, que ainda não havia sido decidida. Entretanto, o servidor da
repartição administrativa impediu a protocolização de tal documento,
indicando, simplesmente, que não era possível o recebimento de novos
documentos. Com base unicamente em tais informações, responda: Jorge
poderia juntar o documento? A conduta do servidor foi correta?
17) Paulo e Amélia desejam ter reconhecido determinado direito perante
determinado órgão administrativo. Considerando que os direitos a serem
objeto de reconhecimento são idênticos, de modo que seus pedidos
administrativos possuem conteúdo e fundamentos idênticos, responda:
tais pedidos devem ser objeto de requerimentos separados ou podem ser
formulados em requerimento único?
18) Quem poderá ser legitimado como interessado no processo
administrativo?
19) Que atos ou matérias não podem ser objeto de delegação?
20) O órgão X, ao qual compete a prestação de serviços públicos
concernentes ao tema A, em razão de circunstância social, entende que,
para que esses serviços sejam executados de maneira mais eficiente,
uma parcela de suas competências deveria ser realizada pelo órgão Y,
que a ele não se encontra subordinado. Por outro lado, o órgão Y entende
que parte de suas competências seria melhor desempenhada pelo órgão
X.
Com base unicamente no exposto, responda: é possível que o órgão X
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delegue parcela de suas competências ao órgão Y? Seria possível a
avocação de competências do órgão Y por parte do órgão X?
21) Quais servidores ou autoridades são impedidas de atuar em processo
administrativo?
22) Na suspeição, há presunção absoluta ou relativa de parcialidade?
23) Que pessoas possuem prioridade na tramitação do processo
administrativo? A tramitação prioritária ocorre de ofício?
24) Isadora foi intimada para ciência de decisão em processo administrativo
em que figura como interessada, pela via postal, sem aviso de
recebimento, mas não chegou a receber o ofício de intimação, uma vez
que estava passando temporada em Cancun, comemorando sua
aprovação em um concurso público. Entretanto,assim que chegou de
viagem, foi à repartição pública obter informações sobre o andamento do
referido processo, ocasião em que acabou tomando ciência da decisão
sobre a qual fora intimada.
Com base unicamente em tais informações, responda: a intimação pela
via postal, sem aviso de recebimento, foi regular? É necessário realizar
nova intimação?
25) Segundo a Lei 9.784/1999, quais atos administrativos deverão ser
necessariamente motivados?
26) Nos termos da Lei 9.784/1999, a anulação deve respeitar os direitos
adquiridos? E a revogação?
27) Qual o prazo decadencial do direito da Administração de anular os atos
administrativos de que decorram efeitos desfavoráveis para os
destinatários?
28) Determinado órgão público federal reconheceu, em 10/10/2005, à
Rafael, servidor público federal, o direito de percepção de adicional por
tempo de serviço, que passou a lhe ser pago mensalmente, todo dia 20, a
partir de novembro do mesmo ano.
Ao reapreciar tal ato, em 21/11/2010, o referido órgão constatou que
houve equívoco (vício insanável) no reconhecimento do direito, embora
não tenha sido constatada má-fé, e terminou anulando o ato, nesse
mesmo dia.
Diante do exposto, levando em consideração o previsto na Lei
9.784/1999, responda: a Administração poderia ter anulado o ato,
considerado o tempo transcorrido?
29) A convalidação é obrigatória, nos termos da Lei 9.784/1999?
30) Quais as condições para que seja possível a convalidação?
31) Qual o número máximo de instâncias administrativas que pode tramitar o
recurso administrativo?
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32) Quais são os legitimados para interpor recurso administrativo?
33) Quais situações em que não deverá ser conhecido o recurso?
34) A decisão do recurso administrativo poderá modificar a decisão
recorrida, de modo a agravar a situação do recorrente?
35) É possível sempre a revisão do processo administrativo? Essa revisão
ocorre de ofício ou a pedido? Qual prazo para que ela seja possível. A
decisão decorrente de tal revisão poderá agravar a sanção aplicada?
Lei de Improbidade Administrativa
(Lei 8.429/1992)
1) Qual a abrangência da Lei 8.429/1992?
2) É possível que o ato de improbidade administrativa seja praticado, de
forma isolada, por pessoa não reputada agente público pela LIA?
3) Considere que Pedro, um agente público conforme definido pela LIA,
tenha auferido vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de
seu cargo público. Com base unicamente nessas informações, responda:
é possível dizer que Pedro cometeu ato de improbidade administrativa
que importando enriquecimento ilícito, mesmo considerando que sua
conduta não se amolda exatamente às previstas nos incisos I a XII do
art. 9º da LIA?
4) É possível que um agente público pratique conduta caracterizada como
ato de improbidade administrativa e seja punido com detenção?
5) É possível que a comissão administrativa de apuração do ato de
improbidade administrativa decrete o sequestro dos bens do agente
público que tenha enriquecido ilicitamente, em caso de haver fundados
indícios de responsabilidade?
6) É possível que a autoridade administrativa determine o afastamento do
agente público do exercício do cargo, quando assim se fizer necessário à
instrução processual?
7) No caso de determinada ação de improbidade ter sido impetrada pela
pessoa jurídica interessada, é necessária a participação do Ministério
Público, mesmo que não seja parte?
8) Qual medida deve ser adotada pelo juiz ao reconhecer a inadequação da
ação de improbidade? Em que momento essa medida pode ser adotada?
9) Em determinada ação de improbidade administrativa proposta pela
Ministério Público, o parquet propôs ao réu que se este ressarcisse o
erário antes do proferimento da sentença, desistiria da ação. Esse acordo
seria possível, considerando exclusivamente as previsões da LIA?
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10) André efetuou representação por ato de improbidade administrativa
contra Pedro, sabendo que este era inocente. Considerando que
nenhuma das pessoas mencionadas são consideradas agentes públicos
pela LIA, responda:
a) André cometeu ato de improbidade administrativa previsto na LIA?
b) André cometeu crime previsto na LIA?
***Questionário: perguntas com respostas***
Processo Administrativo Federal
(Lei 9.784/1999)
1) Qual a abrangência e aplicação da Lei 9.784/1999?
A Lei 9.784/1999 é aplicável à Administração Federal direta e indireta (Poder
Executivo), bem como nos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, Ministério
Público e Tribunal de Contas, quando exercem função administrativa – tudo isso
nos termos do art. 1º, § 1º da Lei 9.784/1999:
Art. 1º Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo administrativo
no âmbito da Administração Federal direta e indireta, visando, em especial,
à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins
da Administração.
§ 1º Os preceitos desta Lei também se aplicam aos órgãos dos Poderes
Legislativo e Judiciário da União, quando no desempenho de função
administrativa.
Além disso, é aplicável aos processos administrativos federais que não são
regulados por lei específica – ou seja, sua aplicação é subsidiária na esfera
federal.
De acordo com o entendimento do STJ, a Lei 9.784/1999 pode ser aplicada no
âmbito dos Estados, DF e Municípios, desde que não possuam lei específica
regulando os respectivos processos administrativos8 - pode ter aplicação
subsidiária na esfera estadual, distrital e municipal.
2) O que preceitua o princípio da oficialidade (ou do impulso oficial)?
Preceitua que o processo administrativo pode ser instaurado, impulsionado e
revisado pela própria Administração, independentemente da provocação do
administrado.
3) O que preceitua o princípio do informalismo (ou do formalismo
moderado)?
Preceitua que, embora seja formal, o processo administrativo deve adotar
formas simples, não devendo sujeitar-se a formas rígidas, mas apenas as
 
8 STJ – Resp 1.092.202/DF.
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suficientes para proporcionar segurança jurídica e garantir o direito de defesa
quando necessário.
4) O que preceitua o princípio da instrumentalidade das formas?
Preceitua que o processo deve ser visto como mero instrumento para atingir um
fim, podendo serem consideradas sanadas eventuais inobservâncias às formas
prescritas em lei, se a finalidade nela prevista for alcançada em última instância.
5) O que preceitua o princípio da verdade material?
Preceitua que a Administração não deve se ater às informações trazidas pelos
interessados aos autos do processo, mas procurar conhecer como o fato
discutido efetivamente aconteceu no mundo real, inclusive produzindo provas de
ofício ou recebendo elementos apresentados pelo administrado em qualquer fase
do processo.
6) O que preceitua o princípio da gratuidade?
Preceitua que, como regra, deve ser proibida a cobrança de despesas
processuais (ressalvadas as previstas em lei).
7) O art. 2º, IV, da Lei 9.784/1999 estabelece o seguinte critério a ser
observado no processo administrativo federal: “atuação segundo
padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé”. À qual princípio esse
critério está alinhado precipuamente?
Princípio da moralidade.
8) O art. 2º, VI, da Lei 9.784/1999 estabelece o seguinte critério a ser
observado no processo administrativo federal: “adequação entre meios
e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em
medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do
interesse público”. À qual princípio esse critério está alinhado
precipuamente?
Princípios da razoabilidadee proporcionalidade.
9) O art. 2º, VIII, da Lei 9.784/1999 estabelece o seguinte critério a ser
observado no processo administrativo federal: “observância das
formalidades essenciais à garantia dos direitos dos administrados”. À
qual princípio esse critério está alinhado precipuamente?
Princípio da segurança jurídica.
10) O art. 2º, XI, da Lei 9.784/1999 estabelece o seguinte critério a ser
observado no processo administrativo federal: “proibição de cobrança
de despesas processuais, ressalvadas as previstas em lei”. À qual
princípio esse critério está alinhado precipuamente?
Princípio da gratuidade.
11) A Lei 9.784/1999 estabelece direitos e deveres dos administrados de
forma taxativa ou exemplificativa?
De forma exemplificativa, uma vez que o caput dos arts. 3º e 4º falam em “sem
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prejuízo de outros”:
Art. 3º O administrado tem os seguintes direitos perante a Administração,
sem prejuízo de outros que lhe sejam assegurados:
(...)
Art. 4º São deveres do administrado perante a Administração, sem prejuízo
de outros previstos em ato normativo:
12) “Formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os
quais serão objeto de consideração pelo órgão competente” é um direito
ou dever do administrado?
É um direito do administrado, previsto no art. 3º, III, da Lei 9.784/1999.
13) “Prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o
esclarecimento dos fatos” é um direito ou dever do administrado?
É um dever do administrado, previsto no art. 4º, IV, da Lei 9.784/1999.
14) A assistência advocatícia é obrigatória ou facultativa no processo
administrativo federal? E nos processos administrativos disciplinares?
Como regra, é facultativa tanto nos processos administrativos em geral, por
força do art. 3º, IV, da Lei 9.784/1999, quanto nos processos administrativos
disciplinares, conforme súmula vinculante 5.
Art. 3º O administrado tem os seguintes direitos perante a Administração,
sem prejuízo de outros que lhe sejam assegurados:
(...)
IV - fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando
obrigatória a representação, por força de lei.
Súmula Vinculante 5
“A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo
disciplinar não ofende a Constituição”.
Entretanto, a assistência por advogado pode vir a ser obrigatória em certos
casos, quando assim determinar a lei, conforme o mesmo art. 3º, IV, da Lei
9.784/1999.
15) Como se dá o início do processo administrativo?
De ofício ou a pedido do interessado, conforme art. 5º da Lei 9.784/1999.
16) Jorge desejava juntar a determinado processo administrativo em que
figurava como interessado documento que o ajudaria a obter sua
pretensão, que ainda não havia sido decidida. Entretanto, o servidor da
repartição administrativa impediu a protocolização de tal documento,
indicando, simplesmente, que não era possível o recebimento de novos
documentos. Com base unicamente em tais informações, responda:
Jorge poderia juntar o documento? A conduta do servidor foi correta?
Como a situação ocorreu antes da decisão do processo, Jorge poderia juntar seu
documento, uma vez que é seu direito “formular alegações e apresentar
documentos antes da decisão, os quais serão objeto de consideração pelo órgão
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competente”, nos termos do art. 3º, III, da Lei 9.784/1999.
Por outro lado, como não motivou a recusa ao recebimento do documento, a
conduta do servidor foi incorreta, uma vez que “é vedada à Administração a
recusa imotivada de recebimento de documentos, devendo o servidor orientar o
interessado quanto ao suprimento de eventuais falhas”, nos termos do art. 6º,
parágrafo único, da Lei 9.784/1999.
17) Paulo e Amélia desejam ter reconhecido determinado direito perante
determinado órgão administrativo. Considerando que os direitos a
serem objeto de reconhecimento são idênticos, de modo que seus
pedidos administrativos possuem conteúdo e fundamentos idênticos,
responda: tais pedidos devem ser objeto de requerimentos separados
ou podem ser formulados em requerimento único?
Poder ser formulados em requerimento único, a não ser que haja preceito legal
em contrário, conforme art. 8º da Lei 9.784/1999:
Art. 8º Quando os pedidos de uma pluralidade de interessados tiverem
conteúdo e fundamentos idênticos, poderão ser formulados em um único
requerimento, salvo preceito legal em contrário.
18) Quem poderá ser legitimado como interessado no processo
administrativo?
De acordo com o art. 9º da Lei 9.784/1999 – rol MUITO IMPORTANTE:
Art. 9º São legitimados como interessados no processo administrativo:
I - pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como titulares de direitos ou
interesses individuais ou no exercício do direito de representação;
II - aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses
que possam ser afetados pela decisão a ser adotada;
III - as organizações e associações representativas, no tocante a direitos e
interesses coletivos;
IV - as pessoas ou as associações legalmente constituídas quanto a direitos
ou interesses difusos.
19) Que atos ou matérias não podem ser objeto de delegação?
De acordo com o art. 13 da Lei 9.784/1999 – rol MUITO IMPORTANTE:
Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:
I - a edição de atos de caráter normativo;
II - a decisão de recursos administrativos;
III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.
20) O órgão X, ao qual compete a prestação de serviços públicos
concernentes ao tema A, em razão de circunstância social, entende que,
para que esses serviços sejam executados de maneira mais eficiente,
uma parcela de suas competências deveria ser realizada pelo órgão Y,
que a ele não se encontra subordinado. Por outro lado, o órgão Y
entende que parte de suas competências seria melhor desempenhada
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pelo órgão X.
Com base unicamente no exposto, responda: é possível que o órgão X
delegue parcela de suas competências ao órgão Y? Seria possível a
avocação de competências do órgão Y por parte do órgão X?
É possível sim, se não houver impedimento legal, que o órgão X delegue parcela
de suas competências ao órgão Y, mesmo que não haja relação de hierarquia
entre os órgãos, cumprindo destacar que circunstância de índole social pode
justificar a delegação – tudo isso conforme art. 12, caput, da Lei 9.784/1999:
Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver
impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou
titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados,
quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica,
social, econômica, jurídica ou territorial.
Por outro lado, não é possível a avocação de competência do órgão Y por parte
do órgão X, porquanto a avocação só é possível quando há relação de hierarquia
entre os órgãos envolvidos, conforme art. 15 da mesma Lei:
Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes
devidamente justificados, a avocação temporária de competência atribuída a
órgão hierarquicamente inferior.
21) Quais servidores ou autoridades são impedidas de atuar em processo
administrativo?
De acordo com o art. 18 da Lei 9.784/1999 – ROL MUITO IMPORTANTE:
Art. 18. É impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou
autoridade que:
I - tenha interesse direto ou indireto na matéria;
II - tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou
representante, ou se tais situações ocorrem quanto ao cônjuge,
companheiro ou parente e afins até o terceiro grau;
III - esteja litigando judicial ou administrativamentecom o interessado ou
respectivo cônjuge ou companheiro.
22) Na suspeição, há presunção absoluta ou relativa de parcialidade?
A suspeição deve ser arguida no caso de autoridade ou servidor que tenha
amizade íntima ou inimizade notória com algum dos interessados ou com os
respectivos cônjuges, companheiros, parentes e afins até o terceiro grau (art.
20 da Lei 9.784/1999), podendo tal alegação, caso tenha sido indeferida, ser
objeto de recurso, sem efeito suspensivo (art. 21 da mesma Lei)
Assim, em razão da subjetividade em se constatar suas causas (afinal, o que
seria uma amizade “íntima” ou inimizade “notória”?), na suspeição há presunção
relativa de parcialidade.
23) Que pessoas possuem prioridade na tramitação do processo
administrativo? A tramitação prioritária ocorre de ofício?
Terão prioridade as pessoas indicadas no art. 69-A da Lei 9.784/1999:
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Art. 69-A. Terão prioridade na tramitação, em qualquer órgão ou instância,
os procedimentos administrativos em que figure como parte ou interessado:
I - pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos;
II - pessoa portadora de deficiência, física ou mental;
III – (VETADO)
IV - pessoa portadora de tuberculose ativa, esclerose múltipla, neoplasia
maligna, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia
grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia
grave, hepatopatia grave, estados avançados da doença de Paget (osteíte
deformante), contaminação por radiação, síndrome de imunodeficiência
adquirida, ou outra doença grave, com base em conclusão da medicina
especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída após o início do
processo.
Para que haja a tramitação prioritária, a pessoa interessada na obtenção do
benefício deve requerê-lo à autoridade administrativa competente, nos termos
do § 1º do mesmo artigo:
§ 1º A pessoa interessada na obtenção do benefício, juntando prova de sua
condição, deverá requerê-lo à autoridade administrativa competente, que
determinará as providências a serem cumpridas.
24) Isadora foi intimada para ciência de decisão em processo administrativo
em que figura como interessada, pela via postal, sem aviso de
recebimento, mas não chegou a receber o ofício de intimação, uma vez
que estava passando temporada em Cancun, comemorando sua
aprovação em um concurso público. Entretanto, assim que chegou de
viagem, foi à repartição pública obter informações sobre o andamento
do referido processo, ocasião em que acabou tomando ciência da
decisão sobre a qual fora intimada.
Com base unicamente em tais informações, responda: a intimação pela
via postal, sem aviso de recebimento, foi regular? É necessário realizar
nova intimação?
A intimação via postal, sem aviso de recebimento, foi irregular, porque a lei
exige o aviso de recebimento – art. 26, § 3º, da Lei 9.784/1999:
§ 3º A intimação pode ser efetuada por ciência no processo, por via postal
com aviso de recebimento, por telegrama ou outro meio que assegure a
certeza da ciência do interessado.
Entretanto, não se faz necessário realizar nova intimação, já que o
comparecimento de Isadora supre a irregularidade da intimação, nos termos do
§ 5º do mesmo artigo:
§ 5º As intimações serão nulas quando feitas sem observância das
prescrições legais, mas o comparecimento do administrado supre sua falta
ou irregularidade.
25) Segundo a Lei 9.784/1999, quais atos administrativos deverão ser
necessariamente motivados?
De acordo com o art. 50 da Lei 9.784/1999 – ROL MUITO IMPORTANTE:
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Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos
fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;
III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;
V - decidam recursos administrativos;
VI - decorram de reexame de ofício;
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem
de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais;
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato
administrativo.
26) Nos termos da Lei 9.784/1999, a anulação deve respeitar os direitos
adquiridos? E a revogação?
De acordo com o art. 53 da Lei 9.784/1999, somente a revogação deve
respeitar os direitos adquiridos, embora a jurisprudência venha reconhecendo,
na anulação, a necessidade de proteger os efeitos produzidos em relação aos
terceiros de boa-fé:
Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de
vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
27) Qual o prazo decadencial do direito da Administração de anular os atos
administrativos de que decorram efeitos desfavoráveis para os
destinatários?
Não há! O prazo decadencial de 5 anos previsto no caput do art. 54 da Lei
9.784/1999 é aplicável somente aos atos administrativos de que decorram
efeitos FAVORÁVEIS aos administrados:
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que
decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos,
contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.
28) Determinado órgão público federal reconheceu, em 10/10/2005, à
Rafael, servidor público federal, o direito de percepção de adicional por
tempo de serviço, que passou a lhe ser pago mensalmente, todo dia 20,
a partir de novembro do mesmo ano.
Ao reapreciar tal ato, em 21/11/2010, o referido órgão constatou que
houve equívoco (vício insanável) no reconhecimento do direito, embora
não tenha sido constatada má-fé, e terminou anulando o ato, nesse
mesmo dia.
Diante do exposto, levando em consideração o previsto na Lei
9.784/1999, responda: a Administração poderia ter anulado o ato,
considerado o tempo transcorrido?
No caso, como não houve constatação de má-fé, e há efeitos patrimoniais
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contínuos, a Administração possui o prazo de cinco anos, a contar da percepção
do primeiro pagamento, para anular o ato, conforme art. 54, caput e § 1º:
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que
decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos,
contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.
§ 1o No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência
contar-se-á da percepção do primeiro pagamento.
O primeiro pagamento ocorreu em 20/11/2005, logo, o prazo decadencial de
cinco anos vence em 20/11/2010, já que os prazos em anos são contados de
data a data, nos termos do art. 66, caput e § 3º:
Art. 66. Os prazos começam a correr a partir da data da cientificação oficial,
excluindo-se da contagem o dia do começo e incluindo-se o do vencimento.
(...)
§ 3º Os prazos fixados em meses ou anos contam-se de data a data. Se no
mês do vencimento não houver o dia equivalente àquele do início do prazo,
tem-se como termo o último dia do mês.
Assim, o ato não poderia ter sido anulado, porque em 21/11/2010 já havia
decaído o direito de autotutela da Administração.
29) A convalidação é obrigatória, nos termos da Lei 9.784/1999?
Não, é uma faculdade da Administração – o art. 55 da Lei 9.784 fala em
“poderão ser convalidados”:
Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse
público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos
sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração.
30) Quais as condições para que seja possível

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