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ONU lança iniciativa global contra desinformação sobre COVID-19

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alexandre magalhães 
 Cursos de Português alepereira.professor@gmail.com 
REDAÇÃO 
Texto 1 
ONU lança iniciativa global para 
combater a desinformação 
As Nações Unidas lançam nesta quinta-feira (21) a Verificado, uma iniciativa para combater o 
crescente flagelo de desinformação sobre a COVID-19 ao aumentar o volume e alcance de 
informação precisa e confiável. 
“Não podemos ceder nossos espaços virtuais a aqueles que publicam mentiras, medo e ódio”, 
afirmou o secretário-geral da ONU, António Guterres, que anunciou a iniciativa. 
Voluntários poderão se cadastrar para receber conteúdo confiável. 
 
Verificado é a iniciativa da ONU para combater desinformação durante a pandemia da COVID-19 
As Nações Unidas lançam nesta quinta-feira (21) a Verificado, uma iniciativa para 
combater o crescente flagelo de desinformação sobre a COVID-19 ao aumentar o 
volume e alcance de informação precisa e confiável. 
“Não podemos ceder nossos espaços virtuais a aqueles que publicam mentiras, 
medo e ódio”, afirmou o secretário-geral da ONU, António Guterres, que anunciou 
a iniciativa. 
“Desinformação é divulgada online, em aplicativos de mensagem e de pessoa 
para pessoa. Seus criadores usam produção e métodos de distribuição 
maliciosos. Para combater isto, cientistas e instituições como as Nações Unidas 
precisam alcançar pessoas com informação acurada, na qual possam confiar”. 
Verificado, liderada pelo Departamento de Comunicação Global (DCG) da ONU, 
oferecerá informação sobre três temas: ciência – para salvar vidas; solidariedade 
– para promover cooperação local e global; e soluções – para defender o apoio a 
https://www.shareverified.com/pt
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populações impactadas. Também promoverá pacotes de recuperação que 
abordem a crise climática e tratem das causas principais da pobreza, da 
desigualdade e da fome. 
A iniciativa está chamando pessoas do mundo todo a se inscrever e se tornarem 
“voluntários da informação” para compartilhar conteúdo confiável para manter 
famílias e comunidades seguras e conectadas. Descritos como primeiros 
contatos digitais, os voluntários receberão diariamente uma lista de conteúdo 
verificado, otimizado para compartilhamento com mensagem simples e 
convincente que ou enfrenta diretamente a desinformação ou preenche um vácuo 
de informação. 
O DGC irá fazer parceria com agências da ONU e equipes de país da ONU, 
influenciadores, sociedade civil, empresas e organizações de mídia para distribuir 
conteúdo confiável e acurado e trabalhar com plataformas de mídia social para 
erradicar afirmações de ódio e prejudiciais sobre a COVID-19. 
“Em muitos países a crescente desinformação em canais digitais está impedindo 
a resposta de saúde pública e provocando instabilidade. Há esforços inquietantes 
de explorar a crise para avançar nativismo ou atingir grupos minoritários, o que 
pode piorar na medida em que a pressão aumenta nas sociedades e 
instabilidades econômicas e sociais entram em cena”, afirmou a sub-secretária-
geral da ONU para Comunicação Global, Melissa Fleming. 
“A iniciativa Verificado também trabalhará para enfrentar a esta tendência com 
conteúdo de esperança que celebre atos locais de humanidade, as contribuições 
de refugiados e migrantes, e defenda a cooperação global”. 
A iniciativa é uma colaboração com a “Purpose”, uma das organizações líderes 
mundiais em mobilização social. tem o apoio da Fundação IKEA e Luminate. 
A oficial chefe de programas da Fundação IKEA disse: “A pandemia de COVID-19 é 
uma crise de saúde global sem precedentes. A Fundação IKEA tem orgulho de 
apoiar a Verificado, uma iniciativa que visa garantir que todos tenham acesso a 
ciência confiável e oriente aqueles que precisam manter suas famílias e entes 
queridos em segurança”. 
O diretor administrativo da Luminate, Nishant Lalwani, acrescentou: “A COVID-19 
proporcionou um grande lembrete de que acessar informação confiável e acurada 
pode ser a diferença entre medo e resiliência, divisão e unidade, e até entre a vida 
e a morte. Estamos orgulhosos em apoiar a Verified e seu trabalho para vencer a 
“infodemia” de coronavírus ao rapidamente disseminar informação confiável, 
baseada na ciência, para proteger pessoas e comunidades ao redor do mundo”. 
Voluntários podem se inscrever aqui: www.shareverified.com/pt 
Informações para a imprensa 
Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio) 
Kimberly Mann – mann@un.org 
https://www.shareverified.com/pt
https://iris.paho.org/bitstream/handle/10665.2/52054/Factsheet-Infodemic_por.pdf?sequence=1&isAllowed=y
https://iris.paho.org/bitstream/handle/10665.2/52054/Factsheet-Infodemic_por.pdf?sequence=1&isAllowed=y
https://www.shareverified.com/pt
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Texto 2 
Infodemia: 
fake news espalha e mata mais que a 
Covid-19 
7 em cada 10 brasileiros, ou 110 milhões de pessoas, acreditam em pelo menos 
uma notícia falsa sobre a pandemia. Seis em cada 10 internautas já recebeu uma 
fake news no WhatsApp. Nível de confiança em conselhos de políticos eleitos é 
baixo 
Redação11 de junho de 2020 
 
Quando o assunto é saúde, as fake news possuem consequências mais sérias, 
podendo colocar em risco a vida e bem estar da população, especialmente quando 
falamos sobre o uso de medicamentos sem prescrição médica. Com o início da 
pandemia, essas notícias falsas se espalharam tão rápido quanto a doença, 
preocupando profissionais da saúde e entidades. 
A Organização das Nações Unidas (ONU) considera as fake news sobre o novo 
coronavírus “mais mortais que qualquer outra desinformação”. O assunto se 
tornou tão sério e grave que em fevereiro a Organização Mundial da Saúde 
https://www.vidaeacao.com.br/author/redacao/
https://www.vidaeacao.com.br/author/redacao/
https://www.vidaeacao.com.br/wp-content/uploads/2019/12/fake-news-3.jpg
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(OMS) informou que não estava apenas combatendo o SARS CoV-2, o vírus que 
causa a Covid-19, mas também uma “infodemia“. 
O neologismo foi criado para definir “uma superabundância de informações – 
algumas corretas e outras não -, o que dificulta que as pessoas encontrem fontes 
sérias e orientações confiáveis quando precisam realmente”. É uma junção dos 
termos “informação” e “pandemia” para descrever o fenômeno da pandemia de 
informações excessivas referentes à Covid-19. 
A sobrecarga de informações provoca ansiedade. Se as pessoas obtiverem 
informações erradas de fontes não confiáveis, podemos ter problemas em retardar 
a propagação do vírus, alertam os especialistas. 
No Brasil, a situação não é diferente. De acordo com um estudo realizado 
pela Avaaz, cerca de 110 milhões de pessoas acreditam em pelo menos uma 
notícia falsa sobre a pandemia, no Brasil. Esse número alarmante corresponde a 
sete em cada dez internautas brasileiros que acreditaram em pelo menos uma 
notícia falsa sobre a Covid-19. 
Pesquisadores da Ensp (Escola Nacional de Saúde Pública), da Fiocruz 
(Fundação Oswaldo Cruz), levantaram denúncias de notícias falsas 
encaminhadas para o aplicativo “Eu Fiscalizo”. De março a abril, o crescimento 
foi de 65% e de abril a maio, 24,6%. Ou seja, após a chegada do coronavírus ao 
Brasil, as fake news relacionadas crescem junto com a doença. 
Bolsonaro: desconfiança sobe para 64% 
Um mapeamento feito pelo Instituto Reuters e pela Universidade de 
Oxford aponta que 70% das informações divulgadas sobre a Covid-19 tinham 
como fonte principal influenciadores digitais, incluindo políticos, celebridades e 
figuras públicas e redes sociais. Desse total, 20% das informações eram fake 
news. 
Enquanto a Europa começa a reabrir suas portas, a disseminação da Covid-19 
não mostra sinais de desaceleração na América Latina. Agora,um novo relatório 
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descobriu que, quando se trata de obter informação sobre a pandemia, grande 
parte da região confia mais em um membro da família do que no presidente ou 
políticos, no Chile e na Argentina a desconfiança se estende até ao Ministério da 
Saúde. 
O relatório, publicado pela Sherlock Communications em colaboração com a 
plataforma de pesquisa Toluna Insights, entrevistou mais de 3.000 pessoas em 
seis países da América Latina. O objetivo do estudo é entender melhor como as 
pessoas no Brasil, México, Argentina, Colômbia, Peru e Chile estão consumindo 
informações sobre o novo coronavírus e quais veículos de mídia eles consideram 
credíveis. 
Quando perguntados em quem confiam para obter conselhos sobre a pandemia 
atual, os entrevistados demonstraram maior confiança em profissionais médicos, 
cientistas e universidades. Dois terços dos entrevistados, no entanto, disseram ter 
pouca ou nenhuma confiança nos políticos, enquanto mais de 40% dos 
entrevistados expressaram desconfiança semelhante em seu presidente. No Brasil 
e no Chile, esse número aumentou para 64% em relação aos líderes Jair 
Bolsonaro e Sebastián Piñera. 
Embora os Ministérios da Saúde em geral tenham se saído melhor, 45% dos 
entrevistados no Chile e 19% dos argentinos disseram desconfiar dos conselhos 
do Ministério da Saúde. Entretanto, apenas 18% e 16% disseram ter pouca ou 
nenhuma confiança em um membro da família. No Brasil, um país que 
atualmente não tem um ministro da Saúde, depois de passar por dois nos últimos 
três meses, quase 80% dos brasileiros disseram confiar no ministério responsável 
pelo bem-estar. 
Quando se trata de obter informações sobre a pandemia na América Latina, o 
estudo mostra claramente que as pessoas estão mais dispostas a confiar em 
profissionais médicos e acadêmicos do que em seus líderes eleitos, políticos e, 
em alguns casos, ministérios da saúde. Apesar dessa falta de confiança no 
governo, 56% dos entrevistados disseram que foram os conselhos do governo 
https://www.sherlockcomms.com/health-report/
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que os convenceram a praticar o distanciamento social – embora os resultados 
também sugerem que mais de 10 milhões de brasileiros não o estão praticando. 
Com o novo coronavírus já infectando mais de um milhão de pessoas na região, o 
número de mortos ultrapassando 50.000, o pico previsto ainda um pouco 
distante, e mensagens mistas vindas dos diferentes governos, os cidadãos estão 
sendo forçados a questionar quais fontes são confiáveis para obter notícias e 
conselhos. 
E parece que, a internet vence. Mais de 80% dos entrevistados disseram confiar 
em notícias on-line e sites oficiais, enquanto os veículos de mídia tradicionais, 
como TV e rádio, são confiáveis para apenas 62%. 58% dos entrevistados 
confiam nos jornais, enquanto quase 50% dos entrevistados disseram confiar no 
que lêem em mídias sociais como Facebook, Instagram, WhatsApp e Twitter. 
A internet é a vencedora clara da mídia tradicional quando se trata de ser 
considerada uma fonte de notícias credível na América Latina”, disse Patrick 
O’Neill, Managing Partner da Sherlock Communications. “O que é preocupante, 
porém, é que um em cada dois entrevistados confia ou até confia plenamente no 
que lê nas mídias sociais. Na Colômbia, por exemplo, a pesquisa mostra 19% dos 
entrevistados ‘totalmente confiam’ no que lêem no Facebook. ” 
Outras principais conclusões 
 Cerca de 82% dos chilenos e 72% dos brasileiros não confiam nos 
políticos para dar conselhos confiáveis sobre a pandemia. 
 Os peruanos confiam mais em seu presidente (79%) do que em um 
membro da família (63%). 
 No Brasil, 18% dos brasileiros dizem ter pouca ou nenhuma confiança em 
sua família, 
 A Internet é considerada mais confiável nos seis países 
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Redes sociais são epicentro de contágio da 
infodemia 
Um estudo da Avaaz mostra que as redes sociais são o epicentro de contágio de 
uma verdadeira infodemia de coronavírus. No Brasil, o Whatsapp é líder em 
distribuição de fake news: 6 em cada 10 internautas receberam fake news sobre a 
pandemia pelo aplicativo de mensagens. O Facebook aparece em segundo lugar, 
5 em cada 10 internautas viram informações falsas sobre a doença na rede social. 
O número de pessoas que acreditaram nas fake news que receberam também é 
alarmante: 110 milhões ou 7 em cada 10 internautas brasileiros acreditaram em 
pelo menos uma notícia falsa sobre a Covid-19. 
Para Laura Moraes, coordenadora de campanhas da Avaaz, essa crença afeta as 
decisões que as pessoas tomam para se proteger. “Isso pode levar cada indivíduo 
a contagiar centenas de pessoas com o coronavírus, anulando os esforços de 
médicos e do poder público”, alerta. 
Os estudos mostram que: 
 9 em cada 10 internautas brasileiros viram pelo menos uma fake news 
sobre o coronavírus, o que equivale a 141 milhões de pessoas 
 8 em 10 viram 2 ou mais fake news sobre o coronavírus 
 6 em 10 viram 3 ou mais fake news sobre o coronavírus 
 6% viram todas as 7 fake news sobre o coronavírus (equivalente a 9 
milhões de pessoas) 
Resumo da investigação da Avaaz sobre notícias 
falsas 
A pesquisa da Avaaz mostra que a maioria dos internautas brasileiros realmente 
quer receber correções para as fake news: 80% disseram que gostariam de 
receber informações corrigidas por verificadores de fatos quando forem expostos 
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a fake news. Entre os que usam o Facebook como a principal fonte de 
informação sobre a pandemia, esse número chega a 83%. 
Apesar de esforços recentes anunciados pelas redes sociais para combater a 
desinformação sobre o coronavírus, a pesquisa mostra que 57% dos internautas 
brasileiros não viram nenhuma correção ou mensagem de alerta sobre conteúdo 
falso ou enganoso no Facebook. Apenas 34% dos entrevistados afirmaram ter 
visto tais correções. 
Os entrevistados pela pesquisa da Avaaz receberam nove afirmações sobre a 
Covid-19, sete delas eram afirmações já classificadas como falsas ou enganosas 
por checadores de fatos independentes. Essas afirmações foram construídas com 
base em fake news populares que os investigadores da Avaaz encontraram 
circulando nas redes sociais. 
Os resultados mostram que o alcance das informações falsas sobre o coronavírus 
no Brasil é enorme. Das sete afirmações falsas apresentadas aos entrevistados, as 
três mais acreditadas foram: 
O novo coronavírus foi criado em um laboratório secreto na China: 38% disse ser 
verdadeira ou provavelmente verdadeira. 
Tomar grandes doses de vitamina C pode retardar ou até impedir a infecção do 
novo coronavírus: 36% disse ser verdadeira ou provavelmente verdadeira. 
Especialistas em saúde recomendam beber água regularmente pois isso levará o 
novo coronavírus para seu estômago, onde a acidez irá matá-lo: 30% disseram 
ser verdadeira ou provavelmente verdadeira. 
Brasileiros são mais crédulos que italianos e 
americanos 
A pesquisa também foi conduzida nos Estados Unidos e na Itália, que estão entre 
as regiões mais atingidas pela pandemia da Covid-19. Na comparação entre os 
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três países, os usuários de internet brasileiros acreditam mais nas informações 
falsas que os italianos e norte-americanos: 
73% dos brasileiros entrevistados acreditaram em pelo menos uma fake news, 
seguidos por 65% dos norte-americanos e 59% dos italianos; 46% dos brasileiros 
entrevistados acreditam que amigos e familiares foram vítimas de fake news, 
seguidos por 41% dositalianos e 26% dos norte-americanos. 
As 7 afirmações falsas selecionadas 
1. O novo coronavírus foi criado em um laboratório secreto na China 
2. Tomar grandes doses de vitamina C pode retardar ou até impedir a 
infecção do novo coronavírus 
3. Em apenas um dia, centenas de crianças morreram vítimas do novo 
coronavírus na Itália 
4. Prender a respiração por 10 segundos todas as manhãs ajuda a identificar 
se você está infectado com o Covid-19 
5. Especialistas em saúde recomendam beber água regularmente pois isso 
levará o novo coronavírus para seu estômago, onde a acidez irá matá-lo 
6. O novo coronavírus é como qualquer gripe, tem os mesmos sintomas e 
uma taxa de mortalidade igual ou inferior à gripe comum 
7. A inalação de ar ou vapor quente pode matar o novo coronavirus 
As 2 afirmações verdadeiras selecionadas 
1. Distanciamento social é uma medida eficiente para prevenir a disseminação do 
novo coronavírus 
2. Lavar as mãos com sabão regularmente e meticulosamente mata o novo 
coronavírus 
O estudo completo pode ser encontrado no Hub de relatórios da Avaaz. O 
conjunto de dados do estudo pode ser conferido aqui e aqui. 
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Sobre o trabalho da Avaaz 
A Avaaz é um movimento global democrático, com mais de 50 milhões de 
membros em todo o mundo. Todos os recursos que financiam a organização são 
provenientes de pequenas doações individuais. Esse estudo faz parte de uma 
campanha contínua da Avaaz para proteger a sociedade dos perigos da 
desinformação e defender a liberdade de expressão nas redes sociais. 
O trabalho da Avaaz no combate à desinformação se baseia em uma profunda 
crença de que as notícias falsas que proliferam nas redes sociais representam uma 
grave ameaça à democracia, à saúde e ao bem-estar das nossas comunidades e à 
segurança das pessoas mais vulneráveis. 
A Avaaz divulga abertamente as suas pesquisas sobre a desinformação para que 
elas possam servir de alerta e educar as plataformas de redes sociais, os 
legisladores e o público em geral, além de ajudar a sociedade a avançar em 
soluções inteligentes para defender a integridade das nossas eleições e das nossas 
democracias. 
Os esforços e as investigações da Avaaz já: 
· Apoiaram a aprovação do Marco Civil da Internet em 2014, garantindo a 
neutralidade da rede para todos os cidadãos brasileiros; 
· Defenderam a educação para todos no Brasil – essencial para que as pessoas 
possam se informar e expressar com qualidade – em 2014; 
· Colaborou para garantir que meio bilhão de cidadãos europeus terão acesso a 
uma internet aberta e democrática garantida por lei; 
· Expuseram uma enorme rede de desinformação durante as eleições no Brasil 
em 2018; 
· Desmascaram redes brasileiras de distribuição da desinformação sobre vacinas 
para obtenção de lucro com venda de curas “alternativas” em 2019; 
· Desmascararam grandes redes de desinformação com mais de meio bilhão de 
visualizações antes das eleições da União Europeia, em 2019; 
· Revelaram que o YouTube estava transmitindo desinformação sobre o clima 
para milhões de usuários em janeiro deste ano; 
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· Lançaram um estudo mostrando que milhões de pessoas foram expostas à 
desinformação sobre o coronavírus, o que levou o Facebook a alertar usuários 
que interagiram com fake news sobre a COVID-19 no mês passado; 
· Revelaram que as notícias políticas falsas no Facebook na corrida eleitoral de 
2020 nos Estados Unidos já ultrapassam mais de 150 milhões de visualizações; 
Uma pesquisa apontou que 21 estados brasileiros estão propondo projetos de 
multa para quem divulgar essas informações erradas. Fora do Brasil, 
profissionais de saúde de 17 países assinaram carta contra as fake news. 
Para 94% dos jovens, grupos 
de whatsapp contribuem para fake news 
Em tempos de temor por conta da pandemia de coronavírus, a desinformação 
pode ser uma das piores inimigas da população. Não existe vacina com eficácia 
comprovada, o vírus não morre a 26°C, banho frio ou chá quente não combatem 
a Covid-19 e não há risco de se comprar produtos chineses “infectados” com 
o coronavírus. Ou seja, se você acreditou em alguma dessas histórias, você caiu 
em fake news. 
A rede social de opinião e debate QUINTO quis saber do seu público mais fiel, 
os jovens, o que pensam sobre fake news. É possível observar que a maioria dos 
usuários entre 12 a 24 anos consideram que os aplicativos de mensagem 
representam um grande perigo no que se refere à disseminação de conteúdo falso. 
Para nada menos que 94% dos jovens que votam no Quinto, os grupos 
de WhatsApp contribuem sim para a propagação de notícias falsas. A crença 
nesse perigo é maior entre as mulheres: 96%. Enquanto os homens totalizam 
91%. A preocupação é tão grande que o próprio WhatsApp lançou um site para 
combater as fake news que envolvem o novo coronavírus. 
Outro dado obtido é que 84% dos jovens ouvidos checam as notícias antes de 
repassar no app de mensagens. O resultado está pautado na opinião de mais de 
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1.500 pessoas e se mostra bastante homogêneo, já que há pouca variação entre os 
sexos e as faixas etárias (de 12 a 17 e de 18 a 24 anos). 
Com Assessorias 
Texto 3 
‘Infodemia’: 
profissionais de saúde de 17 países assinam 
carta contra fake news sobre coronavírus 
EFE/ Mariscal/Archivo 
Profissionais de saúde do Brasil e de outros 16 países assinam uma carta, 
endereçada a executivos responsáveis pelas principais redes sociais do mundo, 
pedindo atitudes mais severas contra a circulação de notícias falsas sobre a 
pandemia do novo coronavírus. O texto chega a mencionar que, além da Covid-19, 
“enfrentamos também uma infodemia global”. 
“Nosso trabalho é salvar vidas. Mas neste momento, além da pandemia, 
enfrentamos também uma infodemia global, com desinformações viralizando nas 
redes sociais e ameaçando vidas ao redor do mundo”, diz um trecho do 
documento, divulgado pela Avaaz. 
Ele ainda traz uma série de exemplos de desinformação sobre o coronavírus que 
circulou na internet, como um boato que afirmava que a Covid-19 foi desenvolvida 
“como uma arma biológica pela China” e outro que dizia que a “cocaína era uma 
cura”. 
Nesse sentido, propõe duas medidas para combater a disseminação das 
informações falsas. A primeira requer que a rede social corrija a publicação 
veiculada. “Para isso, devem alertar e notificar cada pessoa que viu ou interagiu 
com a desinformação sobre saúde em suas plataformas e compartilhar uma 
correção bem elaborada preparada por verificadores de fatos independentes”, 
pede. 
A segunda é para as plataformas “desintoxicarem” seu algoritmo. “Isso quer dizer 
que o alcance das mentiras nocivas, assim como dos grupos e páginas que as 
compartilham, serão reduzidos no feed de notícias dos usuários, ao invés de 
amplificados.” 
Desinformação veio antes do coronavírus 
A carta lembra que o compartilhamento de desinformação sobre saúde já vinha 
acontecendo antes do surgimento do coronavírus e era relacionado, por exemplo, 
ao câncer e aos transtornos do espectro autista. 
https://jovempan.com.br/tag/coronavirus
alexandre magalhães 
 Cursos de Português alepereira.professor@gmail.com 
“Trabalhamos em hospitais, clínicas e departamentos de saúde públicos no mundo 
inteiro e estamos bastante familiarizados com os impactos reais desta infodemia. 
Somos nós que cuidamos dos bebês hospitalizados por sarampo, uma doença 
completamente prevenível, que já havia sido eliminada em países como os EUA, 
mas que agora ressurge graças, principalmente, às fake news anti-vacinação”, 
exemplificam os profissionais. 
O documento é assinado por médicos, enfermeiros, cientistas, professores, 
epidemiologistase institutos que atuam na área da saúde. 
*Com Estadão Conteúdo 
 
Com base na leitura do texto, redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema: 
A evolução da infodemia e a necessidade de esforços de combate a fake news. Ao 
desenvolver o tema proposto, procure utilizar os conhecimentos adquiridos e as 
reflexões feitas ao longo de sua formação. Selecione, organize e relacione argumentos, 
fatos e opiniões para defender o seu ponto de vista, elaborando propostas para a solução 
do problema discutido em seu texto. Suas propostas devem demonstrar respeito aos 
direitos humanos. 
 
Com base no texto motivador apresentado e nos conhecimentos adquiridos ao longo de 
sua formação, produza uma carta argumentativa, respeitando a norma padrão da 
língua portuguesa, ao Presidente da República, assumindo seu papel de cidadão, 
discutindo a evolução da infodemia e os seus riscos para a manutenção da democracia. 
 
Com base no texto motivador apresentado e nos conhecimentos adquiridos ao longo de 
sua formação, produza um texto de opinião, em que você se posicione sobre o cenário 
da infodemia e seus desdobramentos para a cidadania, respeitando a norma padrão da 
Língua Portuguesa. 
 
A partir da leitura do texto motivador e com base nos conhecimentos construídos ao 
longo de sua formação, redija um editorial em que o veículo se posicione a respeito da 
crise da infodemia contemporânea. Respeite a norma padrão da Língua Portuguesa, 
apresentando argumentos que sustentem o posicionamento assumido.

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