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População - Teorias Demográficas - Paraíba Educa

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MATEMÁTICA
Prof.
Robson Pontes
GEOGRAFIA
População: Teorias Demográficas
GEOGRAFIA
Festa para o número 7 bilhões
Países de todo o mundo comemoram ontem (31.10.11), com cerimônias, a marca simbólica do bebê número 7 bilhões na população mundial, como confirmado pela Organização das Nações Unidas (ONU). Em pelo menos quatro países do mundo, Filipinas, Índia, Turquia e Rússia, foram escolhidos recém-nascidos “simbólicos” para lembrar essa marca da humanidade. Nas Filipinas, nasceu Danica May Camacho em meio a festas e fotografia.
O médico Eric Tayag, médico do Departamento de Saúde das Filipinas, disse que o nascimento deveria servir como um alerta. “Nós deveríamos nos preocupar de verdade com questões como se existirão alimentos, água limpa, moradia digna, educação e uma vida decente para cada criança”, alertou. “Se a resposta for não, seria melhor que as pessoas buscassem uma maneira de reduzir essa explosão populacional”, acrescentou.
Jornal do Commercio. Pernambuco, 1º nov. 2011. Internacional – p -12.
Crescimento Populacional e 
Teorias Demográficas
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Crescimento Populacional e 
Teorias Demográficas
No decorrer da história da humanidade, de modo geral, o ritmo de crescimento populacional foi lento. A natalidade elevada era acompanhada pela mortalidade quase na mesma proporção. A fome, as epidemias e as catástrofes naturais chegavam a dizimar povos inteiros.
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO
O acelerado crescimento demográfico mundial é relativamente recente. Inicialmente, o fenômeno restringiu-se à Europa, em decorrência da Revolução Industrial e das transformações provocadas no modo de vida e na distribuição espacial da população. Houve mudanças nos hábitos sociais e alimentares e nas relações de trabalho, além do intenso processo de migração do campo para a cidade.
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Crescimento Populacional e 
Teorias Demográficas
A reflexão sobre as transformações na dinâmica populacional a partir da Revolução Industrial deu origem a diferentes teorias que estudam as causas do crescimento demográfico, a capacidade dos recursos naturais para suportar o crescimento e os impactos diversos na sociedade humana; e a importantes debates sobre o tema.
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TEORIA MALTHUSIANA
Em 1798, Thomas Robert Malthus (1766-1834) escreveu o Ensaio sobre o princípio da população, em que expôs o que se convencionou chamar de teoria malthusiana.
Ele associava o crescimento da população a um processo multiplicador de uma progressão geométrica (2, 4, 8, 16, 32...), enquanto a produção de alimentos cresceria por adição, ou em progressão aritmética (2, 4, 6, 8, 10...). Assim, a população cresceria num ritmo maior do que a capacidade de produção de alimentos, o que resultaria, ao longo do tempo, na falta de recursos suficientes para suprir as necessidades alimentares da humanidade.
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TEORIA MALTHUSIANA
Para evitar a tragédia por ele prevista, Malthus defendia o que chamou de “controle moral”, cujo fim último era limitar o crescimento populacional. Em razão de sua formação religiosa, ele descartava a utilização de métodos contraceptivos.
No entanto, defendia uma série de normas, que incluíam a abstinência sexual e o adiamento dos casamentos, que só deveriam ser permitidos mediante capacidade comprovada para sustentar a provável prole.
É evidente que essas normas atingiam apenas a população mais carente. Para Malthus, era preciso forçar a população mais pobre a diminuir o número de filhos.
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CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO NO SÉCULO XX
A partir da década de 1950, os países em desenvolvimento passaram a registrar elevadas taxas de crescimento populacional, fenômeno que ficou conhecido como explosão demográfica (figura). Alguns desses países chegaram a dobrar a sua população em menos de três décadas e foram os que mais contribuíram para o crescimento da população mundial no século XX.
Atualmente, eles concentram mais de 80% da população do planeta, e esse índice tende a aumentar.
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TEORIA NEOMALTHUSIANA 
É uma teoria que começa a se desenvolver nas primeiras décadas do século 20, baseada no pensamento de Malthus, razão pela qual passou a ser denominada de neomalthusiana. 
O neomalthusianismo somente se firmou entre os estudiosos da demografia após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), em função da explosão demográfica ocorrida nos países subdesenvolvidos. 
Esse fenômeno foi provocado pela disseminação, nos países subdesenvolvidos, das melhorias ligadas ao desenvolvimento da medicina, o que diminuiu a mortalidade sem, no entanto, que a natalidade declinasse. 
Os neomalthusianos analisam essa aceleração populacional segundo uma ótica alarmista e catastrófica, argumentando que, se esse crescimento não for impedido, os recursos naturais da Terra se esgotarão em pouco tempo. 
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TEORIA NEOMALTHUSIANA 
Para conter o avanço populacional, esses teóricos utilizam várias propostas, principalmente a da adoção de políticas visando o controle de natalidade, que se popularizaram com a denominação de Planejamento Familiar. 
Algumas medidas adotadas por entidades mundiais (ONU, FMI, Banco Mundial, UNICEF, entre outros) nos países subdesenvolvidos, ajustadas a cada população, são exemplos de políticas de controle de natalidade: esterilização em massa de populações pobres (como foi feito na Índia e na Colômbia); distribuição gratuita de anticoncepcionais; assistência médica. para uso de dispositivos intrauterinos (DIUs); divulgação de um modelo de família bem-sucedida, com no máximo dois filhos, em programas de televisão, na publicidade e no cinema.
 
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TEORIA REFORMISTA
Os principais críticos da teoria neomalthusiana foram os reformistas. Segundo estes, o grande crescimento demográfico coincidiu exatamente com a grande expansão econômica ocorrida em parte do mundo em desenvolvimento, entre 1950 e 1980, que provocou o declínio da mortalidade. Nesse sentido, o crescimento foi resultante do progresso, e não da pobreza. 
Além disso, os países que experimentaram essa fase de crescimento econômico apresentaram posteriormente taxas de fecundidade em declínio, como foi o caso do Brasil.
Os reformistas afirmam, portanto, que a elevada taxa de natalidade não é causa, mas consequência do menor desenvolvimento. Famílias que vivem em condições miseráveis e que possuem baixa escolarização não teriam condições de realizar o planejamento familiar
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TEORIA REFORMISTA
Desse modo, defendem a realização de amplas reformas socioeconômicas voltadas para a elevação do padrão de vida da população mais pobre.
Afirmavam, ainda, que os argumentos dos neomalthusianos foram desfeitos pela dinâmica demográfica real, que demonstrou historicamente que as alterações nos padrões de crescimento populacional são resultantes da distribuição mais equitativa e do maior acesso à cultura e à educação.

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