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Características dos Anfíbios

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IBE - Instituto Brasileiro de Estudos Premier
 Disciplina: Ciências Naturais
 Professora: Priscila Alves
 Aluno(a): 7° ano
Anfíbios
Características gerais dos anfíbios
Os anfíbios foram os primeiros vertebrados a viver em terra firme. A idade estimada do mais antigo fóssil conhecido desses animais é de cerca de 365 milhões de anos. Eles se espalharam nos ambientes terrestres e chegaram a possuir representantes gigantescos, com ate quatro metros de comprimento e poderosas mandíbulas.
Atualmente, a grande maioria dos anfíbios é representada por animais de porte relativamente pequeno, como sapos, rãs, pererecas salamandras e cobras-cegas. São dotados de dois pares de membros locomotores; porém, há exceções: as cobras-cegas, ou cecílias, não tem pernas funcionais.
A pele dos anfíbios 
Os anfíbios têm a pele úmida, geralmente sem escamas e pobres em queratina, uma proteína impermeabilizante. A baixa quantidade de queratina na pele torna-a relativamente permeável. Assim, os anfíbios têm pouca defesa contra a desidratação, por isso vivem em geral restritos a ambientes úmidos e sombreados. Esses animais podem absorver água do ambiente por meio da pele.
A temperatura do corpo
Os anfíbios são animais ectotérmicos, ou seja, não controlam a temperatura do corpo e utilizam o calor do ambiente. Possuem condição de escolher, dentro de um limite a temperatura do seu corpo, dependendo do ambiente em que se encontra, ex.: jacaré, varia a temperatura estando em diferentes ambientes como dentro d’água ou na sombra ou tomando sol.
Respiração e circulação do sangue
Em seu desenvolvimento, os anfíbios apresentam uma fase de larva que, após sofrer metamorfose, transforma-se na forma adulta.
Na fase larval, os anfíbios respiram por brânquias; quando se tornam adultos, respiram por meio dos pulmões e da pele.
Os pulmões desses animais são pouco desenvolvidos, o que é compensado pela respiração por meio da pele (cutânea). A presença de muitos vasos sanguíneos na pele, além de esta ser permeável, favorece a aquisição de gás oxigênio por meio desse órgão.
O coração dos anfíbios possui três cavidades: dois átrios e um ventrículo. No ventrículo, o sangue não oxigenado (venoso) mistura-se ao sangue oxigenado.
Alimentação e digestão
Os anfíbios são carnívoros. Podem alimentar-se de insetos, minhocas e outros vertebrados, ou até mesmo de pequenos vertebrados, como camundongos.
Seu sistema digestório se inicia com uma boca geralmente larga. No maxilar superior podem existir pequenos dentes que ajudam a agarrar a presa.
A língua, em geral, está fixada na parte da frente da boca e pode ser rapidamente pojetada para fora, capturando, por exemplo, insetos que estejam voando ou caminhando nas proximidades.
Depois da boca, vem a faringe, que se comunica com um esôfago curto e largo. Seguem-se o estômago, o intestino delgado e , finalmente, o intestino grosso, que termina na cloaca.
Os sentidos
Apresentam vários órgãos dos sentidos. Vamos considerar um sapo para descrever esses órgãos:
- olhos: são protegidos por pálpebras móveis e possuem glândulas produtoras de substâncias que os lubrificam, evitando o seu ressecamento. Essa é uma característica importante para uma vida em ambiente terrestre. Nos olhos, existe também a membrana nictitante, que contribui para sua proteção.
- orelhas: o sapo não tem orelha externa; de cada lado da cabeça, próximo aos olhos, há uma membrana chamada tímpano, que transmite os sons para o interior da orelha interna.
- pele: apresenta terminações nervosas que recebem estímulos. Esse sentido pode ser comparado ao nosso tato. 
Classificação dos anfíbios
Existem atualmente cerca de 4.200 espécies de anfíbios no mundo. O Brasil tem a maior riqueza desses vertebrados, com 517 espécies conhecidas.
De acordo com a presença de cauda e de patas, os anfíbios foram divididos em três ordens: anauro, urodelos e ápodes.
- Anauros
O termo anauros vem do grego a, que significa ‘sem’; e oura, que significa ‘cauda’. São os sapos, as rãs e as pererecas, animais desprovidos de cauda no estágio adulto. A grande maioria das espécies de anfíbios atuais pertence a essa ordem.
Os anauros vivem em lugares úmidos e na água. O corpo divide-se em cabeça, tronco e membros. Os membros posteriores são maiores que os anteriores e estão adaptados ao salto.
Os sapos têm pernas relativamente mais curtas que as rãs e geralmente não possuem dentes. As rãs tem o corpo mais estreito que o dos sapos, pernas longas bem adaptadas ao salto e possuem dentes. As pererecas possuem ventosas nas pontas dos dedos, o que lhes permite escalar árvores.
- Urodelos
O termo rodelo vem do grego oura, que significa ‘cauda’; e delos, ‘visivel’. São as salamandras e os tritões, animais que possuem cauda na fase adulta.
Os urodelos vivem em terra firme, mas procuram lagos e rios por exemplo, na época da reprodução. Os filhotes permanecem na água durante as primeiras fases de desenvolvimento. O corpo apresenta cabeça, pescoço, tronco, cauda comprimida e quatro membros mais ou menos do mesmo tamanho. São relativamente raros no Brasil.
- Ápodes
A palavra ápodes vem do grego a, que significa ‘sem’; e podos, que significa ‘pé’. São as cecílias, ou cobras-cegas. Não tem pernas e seu corpo é comprido e cilíndrico. Algumas espécies têm escamas.
As cobras-cegas vivem geralmente enterradas ou em ambientes aquáticos, alimentando-se de pequenos invertebrados.
A reprodução dos anfíbios
Usaremos as rãs como modelo para descrever a reprodução dos anfíbios:
O macho “abraça” a fêmea, subindo em suas costas. Quando a fêmea deposita seus óvulos na água- ás vezes milhares deles- o macho simultaneamente descarrega espermatozoides sobre eles. A fecundação dos óvulos é, portanto, externa, e os ovos não desenvolvem casca.
Na água, os ovos correm o risco de ser devorados por animais diversos, como insetos, vermes e peixes. Os que sobrevivem podem se desenvolver e, cerca de uma semana depois, cada um deles origina uma larva denominada girino. Essa larva alimenta-se principalmente de algas e de micro-organismos presentes na água. 
Assim como os ovos, os girinos também correm o risco de ser devorados por animais diversos, como certos peixes. Eles têm cabeça larga, cauda comprida e respiram por meio de brânquias. Inicialmente desenvolvem as pernas posteriores e, depois de algum tempo, as pernas anteriores. Á medida que o girino vai se transformando e alcançando a forma adulta, sua cauda vai diminuindo até desaparecer por completo.
No estágio adulto, o animal procura a terra firme e então passa a respirar por meio dos pulmões e da pele. O tempo total para o desenvolvimento varia de acordo com a espécie de anfíbio, desde alguns dias até dois meses ou mais.
Nas salamandras, a fecundação é interna: o macho elimina espermatozoides, a fêmea recolhe-os com a coacla e a fecundação dos óvulos ocorre no interior do corpo da fêmea.
A fecundação na maioria das espécies de cobra-cega também é interna. Durante a cópula, o macho introduz os espermatozoides no corpo da fêmea, onde os óvulos são então fecundados.
Armas de ataque e defesa dos anfíbios: a língua (captura de alimento), o veneno (glândulas paratóides) e a camuflagem (adaptação).
Exercícios
1. A presença de língua musculosa, ágil, viscosa e capaz de se projetar para a frente tem alguma importância para animais como sapos e rãs? Explique.
2. Diferentemente dos peixes, os olhos dos anfíbios tem pálpebras. Além disso, possuem glândulas produtoras de liquido lubrificante. Essas características têm alguma relação com a ida em ambientes terrestres? Justifique sua resposta.
3. Os anfíbios foram os primeiros vertebrados a conquistar a terra firme. Mas, em geral, eles vivem restritos a ambientes úmidos e sombreados. 
Entre as características dos anfíbiosque limitam sua expansão para ambientes secos, podemos citar:
· A produção de um resíduo do metabolismo chamado ureia, que precisa ser eliminado do organismo por meio da urina, exigindo considerável quantidade de água. A urina desses animais é portanto, relativamente pouco concentrada;
· A fecundação externa e os ovos produzidos não tem casca. Nesse caso, num ambiente externo seco, os gametas ficariam desprotegidos contra desidratação.
Que outra característica dos anfíbios dificulta a sobrevivência desses animais em ambientes secos?
4. Considere as seguintes características gerais dos anfíbios: ovíparos, fecundação externa (principalmente em anauros), desenvolvimento indireto com larvas denominadas girinos, ectotérmicos, três cavidades no coração.
a) Qual ou quais dessas características ocorre(m) também nos peixes ósseos?
b) Qual ou quais delas ocorre(m) nos anfíbios, mas não nos peixes?
5. Anauros, urodelas e ápodes são ordens de anfíbios. Qual significado desses nomes? Cite um exemplo de animal de cada grupo.

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