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Morfologia Portuguesa/ Aula 2: Morfologia e a Dupla Articulação da Linguagem

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Morfologia Portuguesa
Aula 2: Morfologia e a Dupla Articulação da Linguagem
Apresentação
Nessa aula, você vai vê que conceituar palavra não é tão simples quanto reconhecê-la. Veri�car os critérios que
facilitam a identi�cação das palavras e relacionou as ideias de palavra e vocábulo. Como articular palavras é dividi-
las em partes para entendê-las melhor, além de identi�car o conceito de dupla articulação da linguagem e da
função de cada uma das articulações para a compreensão da estrutura vocabular.
Objetivos
Identi�car a relação entre os conceitos de palavra e vocábulo;
Reconhecer a relação da dupla articulação da linguagem que favorece as combinações de articulação de
forma e som de uma língua.
Quantas formas existem de dizer alguma coisa a alguém?
De quantas palavras precisamos para nos comunicar? 
Como viveríamos nos dias de hoje se as palavras não existissem?
A�nal, o que é palavra?
A existência de palavras é assumida como realidade pela maioria das pessoas. No entanto, embora sejam fáceis
de reconhecer, não é tão simples de�nir o que é uma palavra. Na Linguística, como em outra ciência qualquer,
precisamos identi�car critérios para de�nirmos as unidades básicas de estudo.
 Fonte: shutterstook Por Indre Pau
Os critérios abordados como possíveis para o trato sobre PALAVRA são:
Critério de signi�cado (semântico): Este critério não deve ser observado isoladamente, como
a�rma Mattoso Câmara, pois o sentido depende da forma, ou seja, a palavra é um somatório de
forma e sentido, como mostra o exemplo na tirinha acima, em que a palavra xadrez assume dois
sentidos – uma para cada personagem –, independente dos componentes que a formam. Além
disso, muitos processos de formação não mudam a classe das palavras, como mostra o exemplo
a seguir, em que a palavra coisa é, nas três frases, um substantivo, mesmo no grau diminutivo.
“Ó coisinha tão bonitinha do pai...”, em que coisinha signi�ca pessoa.
Ele briga por qualquer coisinha..., em que coisinha signi�ca motivo.
Não tive tempo de almoçar. Fui à lanchonete e comi uma coisinha! Em que coisinha signi�ca
comida.
Critério de som (fonológico):
É praticamente impossível elaborar um conceito de palavra sob este critério, pois a forma de falar do brasileiro
in�uencia bastante na distinção dos sons formadores de cada enunciado, como mostra o exemplo abaixo que explora a
ambiguidade:
Critério da funcionalidade (sintático):
Parece funcionar em qualquer língua do mundo, pois as palavras recebem
nomenclaturas que as diferenciam dentro dos enunciados. Porém, este é um
critério que abrange somente uma de�nição: a de ordem da organização e
funcionamento da língua, desconsiderando-se os seus elementos formadores
como, no exemplo a seguir, na palavra votais, que é classi�cada como um
verbo e que é assim reconhecida, independente neste critério, da maneira
como a palavra aqui é formada:  Fonte: //www.acharge.com.br/index.htm, em
16/10/2010.
 Fonte: shutterstook Por Castleski
Critério formal (mór�co) - É o critério que se baseia na caracterização da estrutura do vocábulo, aqui se veri�cando a
aceitação ou não da combinação das formas, conforme mostrado abaixo nas palavras destacadas:
Dez doleiros giraram U$ 2,4 bi em 42 contas nos EUA .1 2 3
 Fonte: shutterstook Por Sukhonosova
Anastasia
Para reforçar a opção por esses critérios, convém lembrar que a língua é organizada a partir de um sistema de
elementos e de relações simultâneas.
Esse sistema é formado de sistemas menores conhecidos por níveis:
a) nível fonológico (de som);
b) nível morfossintático (de forma e funcionalidade);
c) nível semântico (signi�cado).
http://estacio.webaula.com.br/cursos/morf02/aula2.html
http://estacio.webaula.com.br/cursos/morf02/aula2.html
http://estacio.webaula.com.br/cursos/morf02/aula2.html
Palavra e vocabulário, há diferença?
Segundo Kehdi, 2007, a palavra
seria um conjunto marcado por
um só acento tônico: mármore,
café, trânsito. Entretanto, a
expressão com o chinelo, por
exemplo, também constitui
marcação com um acento
tônico, na medida em que
chinelo possui acentuação na
sílaba do meio (ne) e os termos
com e o são átonos, e isso não
faz da expressão em questão
uma palavra.
Os vocábulos seriam também
a constituição de fonemas e
sílabas mesmo que
desprovidos de sentido ou de
tonicidade, como os elementos
com e o citados no exemplo
acima. E palavra seria mais
adequado do ponto de vista
semântico, como: chinelo,
sapato etc. Mas ambas, para
os linguistas, são equivalentes.
Para Azeredo (2008), PALAVRA
é a menor unidade signi�cativa
autônoma constituída de um
ou mais elementos dispostos
em uma ordem estável.
Saiba mais
Para complementar seu entendimento, faça a leitura do material no site.
 Fonte: shutterstook Por fizkes
Pelo que lemos, pergunta-se:
Como podemos perceber as palavras fazendo sentido?
Como entendemos o que as pessoas querem nos dizer?
Através da articulação, ou seja, da possibilidade de
análise, da divisão em partes.
Melhor explicando, da DUPLA ARTICULAÇÃO DA
LINGUAGEM.
javascript:void(0);
Na estrutura linguística, os elementos (palavras/vocábulos) que a
compõem são passíveis de  divisão, de segmentação. Esta
possibilidade nos conduz a re�etir sobre as combinações
necessárias para que estes elementos produzam sentido e
possam ser utilizados em construções maiores, como no discurso,
por exemplo. Dessa forma, passemos à informação que segue.
A linguagem é um sistema de sinais auditivo-orais, articulados, de emprego
numa comunidade. Articular signi�ca agrupar unidades menores numa outra
maior, todas caracterizadas por uma parcela signi�cativa, ou distintiva.
Vejamos a palavra gatinhas. À primeira vista, trata-se de uma unidade, mas
se analisarmos descobriremos quatro elementos distintivos cuja soma é que
nos dá o conjunto maior:
gato (1) + inho (2) + (a) 3 + s (4)
1 — o animal
2 — o tamanho
3 — o sexo
4 — a quantidade
Para o linguista francês André Martinet, que primeiro utilizou a expressão “dupla articulação da linguagem”, as
combinações legítimas na língua obedecem à seguinte formatação:
DUPLA ARTICULAÇÃO DA LINGUAGEM:
1ª articulação: unidades signi�cativas –
forma, chamadas morfemas ou
monemas que tem a função de
SIGNIFICAR.
Ex.: gat – dá origem a palavra
inh – demonstra o diminutivo
a – demonstra o feminino
s – demonstra o plural

2ª articulação: unidades fonológicas –
som, unidades distintivas, chamadas
fonemas, que tem a função de
DISTINGUIR.
Ex.: g + a + t + i + n (nasal) + a
diferente de latinha ou patinha
(sons distintivos).
Sons de cada letra – fonema.
1
Estas articulações são simultâneas;
2
São pertinentes à linguagem humana, distinguindo-se de
quaisquer outras produções vocais não linguísticas;
3
A articulação é o método mais utilizado para entendermos
como se constitui ou se estrutura uma língua.
Saiba mais
Para esclarecer, acesse o site.
Notas
doleiros 1
Criação recente de jornais que alia a palavra dólar mais o su�xo – eiro, que signi�ca indivíduo que exerce alguma
atividade em relação ao objeto que serve de base para formação da palavra base, no caso dólar.
bi 2
Que é uma redução para bilhões.
EUA 3
javascript:void(0);
Sigla que remete ao Estados Unidos da América
Referências
AZEREDO, J. C. Gramática Houaiss da Língua Portuguesa. Publifolha Houaiss, SP, 2008.
BASILIO, Margarida. Teoria lexical. 7. ed. São Paulo: Ática, 2000.CAMARA Jr. J.M. Estrutura da Língua Portuguesa.
Petrópolis, RJ: Vozes, 1982.
CARONE, Flávia. de Barros. Morfossintaxe. 9. ed. São Paulo: Ática, 2000.KEHDI, Valter. Formação de palavras em
português. 4.ed. São Paulo: Ática, 2007.
RIBEIRO, M.P. Gramática Aplicada da Língua Portuguesa: uma comunicação interativa., RJ: Metáfora, 2005.ROSA, Maria
Carlota. Introdução à morfologia. 3. ed. São Paulo: Contexto, 2003.
VILELA, Mario; KOCH, Ingedore Villaça. Gramática da língua portuguesa. Coimbra: Almedina, 2001.
Próxima aula
A estrutura da língua portuguesa e identi�cará as partes que constituem as palavras;
O processo que dá origem a estruturação da nossalíngua.
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