Buscar

aula 2 Desenho Técnico

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DESENHO TÉCNICO MECÂNICO 
AULA 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Marcelo Staff 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Nesta aula abordaremos as projeções ortogonais e vistas em perspectiva 
isométrica. Estas são muito importantes para a leitura e interpretação de 
desenho técnico na construção de peças de equipamentos mecânicos. Além dos 
aspectos teóricos, também abordaremos diversos problemas práticos para que 
possamos entender melhor de que modo os conteúdos estudados podem ser 
aplicados. 
CONTEXTUALIZANDO 
Precisamos desenvolver determinado produto que deverá ser fabricado 
em outros países. O que fazer para manter a mesma qualidade e funcionalidade 
desse produto, sendo este sempre semelhante à sua criação? Para essa 
solução, devemos ter os desenhos dos objetos que devem obedecer às normas 
internacionais de sistema de projeção ortogonais. Nesse sistema, temos que 
representar a peça em vista de 2D. 
É importante que o desenho técnico esteja representado na vista frontal, 
na vista superior e na vista lateral. Isso faz com que, quem for fabricar, entenda 
o que está sendo pedido em todo o projeto. 
Vamos, então, conhecer as Normas ABNT que representam as vistas dos 
objetos que fazem parte do Desenho Técnico Mecânico. 
“A disciplina de Desenho Técnico, mesmo fazendo parte das matérias do 
básico das engenharias, é uma ferramenta imprescindível para formação 
profissional dos engenheiros que utilizam o desenho para criar, transmitir, 
interpretar e analisar informações” (Moraes, 2001). 
TEMA 1 – PROJEÇÃO ORTOGONAL: PRIMEIRO DIEDRO 
1.1 Definição de projeção ortogonal 
A projeção ortográfica, na prática, pode ser feita de duas formas, conforme 
a NBR 10209-2 – Desenho técnico – Norma geral. No primeiro diedro, imagine-
se vendo a peça por meio da vista lateral de um dos lados do cone. Em seguida, 
ao se tombar o cone, é possível ver a vista frontal, conforme a Figura 1. 
cand
Highlight
cand
Highlight
cand
Highlight
 
 
3 
Figura 1 – Primeiro diedro 
 
Nos desenhos, a representação de qualquer peça será feita por sua 
projeção sobre um plano. A Figura 2 mostra o desenho das vistas da peça. 
Figura 2 – Projeção do primeiro diedro 
 
No primeiro diedro, o objeto estará tombado. Na Figura 3, podemos 
verificar três vistas ortográficas de uma mesma peça que garantem sua 
representação. São denominadas vista frontal (VF), vista superior (VS) e vista 
lateral esquerda (VLE). O sistema de projeção no primeiro diedro é conhecido 
como Método Alemão ou Método Europeu. É adotado pela norma alemã 
DeutschesInstitutfürNormung (DIN) e também pela Associação Brasileira de 
Normas Técnicas (ABNT). 
cand
Highlight
cand
Highlight
cand
Highlight
cand
Highlight
 
 
4 
Figura 3 – Projeção do primeiro diedro 
 
Figura 4 – Como olhar a peça para desenhar no primeiro diedro 
 
O observador está olhando para peças nas três vistas ortogonais. A vista 
frontal apresenta mais detalhes da peça. Temos a vista superior, quando o 
observador olha na parte de cima da peça. Outra vista importante é a vista lateral 
esquerda, que mostra a peça vista de lado, conforme a Figura 5. 
Figura 5 – Projeção ortogonal 
 
cand
Highlight
cand
Highlight
cand
Highlight
cand
Highlight
cand
Highlight
 
 
5 
TEMA 2 – PROJEÇÃO ORTOGONAL: TERCEIRO DIEDRO 
No terceiro diedro, imagine-se vendo a peça por meio de um dos lados do 
cubo. O desenho da vista será arrastado. No terceiro diedro, o plano de projeção 
está situado entre o observador e o objeto. O sistema de projeção no terceiro 
diedro (Figura 6) é conhecido como Método Americano, e é adotada pela norma 
norte-americana American National Standards Institute (ANSI). 
Figura 6 – Projeção de um objeto no teceiro diedro 
 
 
Na projeção do terceiro diedro, a vista frontal continua sendo a principal. 
Figura 7 – Representação do terceiro diedro 
 
Observe a Figura 8. Nota-se que a vista lateral direita está representada 
como a vista traseira do carro, e a vista lateral esquerda como a frente do carro. 
A vista superior está representada como a vista do teto do carro, sendo 
importante ver onde fica localizada essa vista. 
cand
Highlight
cand
Highlight
cand
Highlight
cand
Highlight
cand
Highlight
cand
Highlight
cand
Highlight
 
 
6 
Figura 8 – Vista em terceiro diedro 
 
Crédito: Magnon Oliveira. 
Para saber se o desenho está fazendo a devida representação no terceiro 
diedro, é necessário identificar na legenda, conforme Figura 9. 
Observe, na Figura 9, a comparação das peças desenhadas no primeiro 
e terceiro diedro, sendo somente a posição em que as peças são desenhadas. 
Figura 9 – Desenho em primeiro e terceiro diedro 
 
A vista de frente deve ser a principal ou que indique a posição de 
montagem no desenho de conjunto, e escolhe a vista para ser frontal, aquela em 
que aparece menos linhas tracejadas. 
TEMA 3 – COMO DESENHAR AS VISTAS ORTOGONAIS 
A peça da Figura 10 é desenhada em três vistas ortogonais do primeiro 
diedro. É importante definir as vistas frontal, superior e lateral. 
cand
Highlight
cand
Highlight
cand
Highlight
cand
Highlight
cand
Highlight
 
 
7 
Figura 10 – Bloco 
 
Nota-se que as vistas estão alinhadas para fazer os batimentos das linhas 
entre a vista frontal, a vista superior e a vista lateral direita. Na Figura 11, são 
estabelecidas linha em baixo de linha. É necessário manter o espaçamento igual 
entre as vistas frontal com superior e vista frontal com a vista lateral esquerda. 
Figura 11 – Distribuição das vistas 
 
A peça representada na Figura 12 possui uma face inclinada, vela como 
fica o rebatimento das vistas. As peças, agora, estarão sendo representadas 
apenas no primeiro diedro. 
Figura 12 – Peças com superfície inclinada 
 
 
cand
Highlight
cand
Highlight
cand
Highlight
cand
Highlight
cand
Highlight
cand
Highlight
 
 
8 
As vistas sempre têm que estar nessas posições para poder rebater as 
linhas, sendo linha embaixo de linha, conforme Figura 13. 
Figura 13 – Peças com plano inclinado 
 
Representação do eixo em duas vistas ortogonais, conforme Figura 14. 
Sempre que a peça for cilíndrica e não apresentar detalhes, como rasgos e furos, 
podemos desenhar somente duas vistas. 
Figura 14 – Peças cilíndricas 
 
TEMA 4 – USO DAS LINHAS TRACEJADAS E LINHAS DE CENTRO 
As linhas tracejadas são usadas quando o detalhe de uma não está 
visível, conforme pode ser visto nas Figuras 15 e 16. 
 
cand
Highlight
cand
Highlight
cand
Highlight
cand
Highlight
cand
Highlight
cand
Highlight
cand
Highlight
 
 
9 
Figura 15 – Linhas tracejadas 
 
Figura 16 – Superfície invisível 
 
Nos desenhos em que aparecem furos, utilizamos as linhas tracejadas e 
a linha de centro, composta de traços e pontos. As linhas de centro são usadas 
para indicar os eixos. Quando a vista for frontal de um furo, usa-se a linha de 
centro, cruzando uma com a outra. Os desenhos da Figura 17 mostram 
aplicações das linhas de centro. 
cand
Highlight
cand
Highlight
cand
Highlight
cand
Highlight
 
 
10 
Figura 17 – Linhas de centro 
 
Nota-se que peças com rasgos simétricos são representados com linhas 
de centro, conforme Figura 18. 
Figura 18 – Peças com linhas de centro 
 
TEMA 5 – DESENHO DE PERSPECTIVA ISOMÉTRICA 
Devido à dificuldade de visualização do desenho técnico, podemos fazer 
a peça em 3D, ou seja, em uma perspectiva isométrica. 
Para fazer os desenhos de perspectiva ortogonal, desenha-se a origem e 
depois as linhas de base a 30°, conforme Figura 19. 
Figura 19 – Origem da perspectiva 
 
cand
Highlight
cand
Highlight
cand
Highlight
cand
Highlight
cand
Highlight
cand
Highlight
cand
Highlight
cand
Highlight
 
 
11 
Faz-se um paralelepípedo que contenha as maiores dimensões da peça, 
sendo a altura, a largura e o comprimento conforme a Figura 20. 
Figura 20 – Dimensão do paralelepípedo 
 
Analisando as vistas da figura, a vista 1 é a vistafrontal e, a vista 2, a 
lateral esquerda. 
Figura 21 – Estágio 1 
 
No estágio, podemos tirar o pedaço do paralelepípedo mostrado na Figura 
22. 
Figura 22 – Bloco 
 
Olhando para a vista lateral esquerda (vista 2), foi retirado mais um 
pedaço do paralelepípedo, conforme mostra a Figura 23. 
cand
Highlight
cand
Highlight
cand
Highlight
cand
Highlight
 
 
12 
Figura 23 – Vista de perspectiva 
 
 
A seguir, estão as últimas fases das vistas dadas com a forma espacial já 
obtida. Pode-se concluir pelo corte final, mostrado na Figura 24, e, pela peça 
final, conforme Figura 25. 
Figura 24 – Bloco 
 
Figura 25 – Bloco final 
 
Nos desenhos de perspectiva isométrica, não aparecem linhas tracejadas. 
5.1 Peças cilíndricas 
Veja todas as posições da perspectiva de peças cilíndricas. O círculo pode 
ser inscrito em um quadrado, conforme mostra a Figura 26. 
cand
Highlight
cand
Highlight
cand
Highlight
cand
Highlight
cand
Highlight
cand
Highlight
 
 
13 
Figura 26 – Perspectiva cilíndrica 
 
Na Figura 27, está disposto o círculo na vista superior, indicando a posição 
que deve ser colocado o compasso para fazer o raio da peça. 
Figura 27 – Vista superior 
 
Na Figura 28, no passo 1, utiliza-se o esquadro de 60° para traçar uma 
linha fina partindo do vértice superior. 
Figura 28 – Círculo na vista superior 
 
Nos passos 3 e 4, vira-se o esquadro e traça-se a linha partindo do vértice, 
fazendo os cruzamentos da linha para centralizar o compasso, conforme a Figura 
29. 
cand
Highlight
cand
Highlight
cand
Highlight
cand
Highlight
cand
Highlight
cand
Highlight
cand
Highlight
 
 
14 
Figura 29 – Centro do círculo 
 
Nos passos 5 e 6, coloca-se a ponta seca do compasso e faz-se a 
abertura do raio para, então, traçar o arco. Nos passos 7 e 8, traça-se o arco 
correspondente, conforme a Figura 30. 
Figura 30 – Sequência do traçado 
 
Adota-se o mesmo procedimento com o esquadro de 60° para traçar as 
linhas de centro, para fazer a elipse nas vistas lateral esquerda e lateral direita, 
conforme as Figuras 31 e 32. 
Figura 31 – Face da peça 
 
Figura 32 – Face da peça 
 
cand
Highlight
cand
Highlight
 
 
15 
Em peças cilíndricas, temos que traçar as linhas auxiliares formando um 
paralelepípedo, conforme a Figura 33. 
Figura 33 – Eixo 
 
A seguir, temos várias posições do cilindro. Os passos da Figura 34 
mostram a sequência de elaboração do desenho da elipse que representa o 
círculo em perspectiva. 
Figura 34 – Cilindro 
 
 
A Figura 35 mostra um exemplo de como fazer raios nas peças, de modo 
que as linhas concordem com as linhas do contorno. 
 
 
16 
Figura 35 – Usando setores de circunferências isométricas para desenhar 
concordâncias 
 
 
Observe, a seguir, alguns exemplos de peças desenhadas em 
perspectiva. A Figura 36 mostra os passos. 
Figura 36 – Desenho completo da perspectiva 
 
FINALIZANDO 
Nesta aula aprendemos a representar graficamente os desenhos dos 
objetos em vistas planas de 2D. Para que o desenho tenha uma linguagem 
universal, é importante fazer as vistas e seu rebatimentos conforme os diedros. 
O Brasil e a maioria dos países usam o sistema de desenhar no primeiro diedro. 
Os países de origem inglesa usam o terceiro diedro. 
 
 
17 
Sempre que a peça tiver furos e rasgos, indicar com linhas de centro, ou 
seja, traço e ponto passando pelo centro dos furos, assim fica mais fácil a 
visualização. 
Para um melhor entendimento da peça a ser desenhada, podemos fazer 
a perspectiva isométrica. 
Nota-se que todos os desenhos devem estar conforme esses 
procedimentos para que haja uma interação entre os quatros cantos do mundo. 
 
 
cand
Highlight
 
 
18 
REFERÊNCIAS 
CRUZ, M. D. Desenho técnico. São Paulo: Érica, 2014. 
_____. Desenho técnico mecânico: conceitos, leitura e interpretação. São 
Paulo: Érica, 2010. 
CRUZ, M. D.; MORIOKA, C. A. Desenho técnico: medidas e representação 
gráfica. São Paulo: Érica, 2014. 
LEAKE, J. M.; BORGERSON, J. L. Manual de desenho técnico para 
engenharia: desenho, modelagem e visualização. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 
2017. 
RIBEIRO, A. C.; PERES, M. P.; IZIDORO, N. Desenho técnico e AutoCad. São 
Paulo: Pearson, 2013. 
SILVA, A. S. Desenho técnico. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014. 
SILVA, A.; RIBEIRO, C. T.; DIAS, J. SOUSA, L. Desenho técnico moderno. 4. 
ed. Rio de janeiro: LTC, 2014. 
ZATTAR, I. C. Introdução ao desenho técnico. Curitiba: InterSaberes, 2016.

Outros materiais