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São alterações relativas ao volume, à proliferação e a diferenciação celulares. Adaptações são alterações celulares reversíveis em: - Tamanho. - Número. - Fenótipo. - Atividade metabólica. - Função. A CÉLULA E SEU MICROAMBIENTE As células estão sujeitas à: - Desafios. - Estímulos que são favoráveis e desfavoráveis. A sobrevivência das células e tecidos depende da habilidade de: - Interagir entre si. - Com outros tipos celulares. - Com os componentes da matriz extracelular. - Com os microorganismos. - Agentes físicos (radiação), biológicos, fatores de crescimento, citocinas, hormônios, dentre outros. AGRESSÃO E RESPOSTA CELULAR Tipo de agressão O que é? Resposta Agressão Aguda É súbita e cessa rapidamente. Impõe mudanças imediatas no metabolismo ou na estrutura celular. Gera uma lesão reversível e restabelecimento da condição original. Agressão Crônica Inicia e persiste por períodos longos permitindo que as células se adequem às novas condições. Depende da intensidade e do tempo de exposição ao estímulo agressor. As alterações celulares podem indicar a etiopatogenia e sua evolução pode levar à restauração original ou a lesões precursoras de neoplasias. TIPOS DE ADAPTAÇÃO CELULAR: - Baseadas em alterações metabólicas (necrose, apoptose). - Baseadas em alterações de crescimento celular (atrofia (hipotrofia) e hipertrofia). - Baseadas em alterações da proliferação e diferenciação celular (hiperplasia, metaplasia e displasia). - Alterações morfológicas e funcionais (que permitem a manutenção da vida). ALTERAÇÕES DE CRESCIMENTO CELULAR Atrofia (hipotrofia) e hipertrofia Sua patogenia revela alteração na demanda funcional ou da disponibilidade de nutrientes e outros estímulos tróficos para as suas células e tecidos. Adaptação a uma situação de diminuição de estímulos e condições de sobrevivência (atrofia/hipotrofia) ou abundância deles (hipertrofia). ATROFIA/HIPOTROFIA É a diminuição do tamanho e/ou número das células após ter atingido desenvolvimento normal. Essa redução no tamanho das células ocorre devido à redução da síntese proteica e aumento da degradação das proteínas celulares. Quando um certo número de células está envolvido, o órgão pode diminuir de tamanho. Diminuição de estímulos e de condições de sobrevivência, ou seja, ocorre a diminuição/ausência de estímulo nervoso, de irrigação sanguínea, de sinalização hormonal. Suprimento nutritivo deficiente. Ex.: atrofia hepática resultante da diminuição do suprimento sanguíneo da veia porta. Atrofia – Causas - Carga de trabalho diminuída Como atrofia de fibras musculares em indivíduos sedentários. - Desuso Como em membros imobilizados. - Denervação Como em uma atrofia muscular em pós- cirúrgico. - Pressão Atrofia (o nódulo pressiona a região), degeneração e necrose ocorrem ao lado de tumores. Ocorre uma diminuição suprimento sanguíneo. - Perda da estimulação endócrina Com atrofia da adrenal por uso prolongado de corticoide. - Senilidade. INVOLUÇÃO X ATROFIA Involução é a diminuição do tamanho do órgão resultado de um processo fisiológico. Ex.: involução uterina, involução das mamas (na gestação, por exemplo, onde ocorre um aumento da espessura uterina e um aumento da glândula mamária, no fim da gestação, ocorre uma involução dos mesmos). HIPERTROFIA Refere-se ao aumento no tamanho das células, resultando em um aumento no tamanho do órgão. Ocorre um aumento da síntese de componentes estruturais. Células com capacidade limitada de divisão respondem à demanda através de hipertrofia, especialmente células musculares estriadas. Hipertrofia – Classificação quanto a causa: - Compensatória Compensa a falta de órgão par (rim, membro). - Funcional Aumento da massa muscular (como em animais para corrida e passeio). - Fisiológica Como útero na gestação (que aumenta de tamanho para o desenvolvimento do bebê). Hipertrofia – Causas: - Aumento de fatores de crescimento. - Estresse mecânico (miofibrilas musculares). - Ação hormonal (útero, por meio de hormônios como estrógeno, que faz a ativação de genes de proliferação muscular lisa). Esse rim está atrófico/hipotrófico. Após o outro rim entrar em atrofia primeiro, este segundo rim (órgão par) ficou hipertrófico para compensar a diminuição da função do outro. ALTERAÇÕES DA PROLIFERAÇÃO E DIFERENCIAÇÃO CELULAR HIPERPLASIA É o aumento no número de células de um órgão ou tecido. Difícil de diferenciar macroscopicamente de hipertrofia. Aumento difuso ou nodular (focal) de um órgão. • Difuso: hiperplasia prostática benigna, bócio. • Nodular: baço, fígado e pâncreas de cães idosos. Deve ser diferenciada de neoplasia (já que, macroscopicamente podem ser semelhantes). Hiperplasia prostática benigna: A hiperplasia prostática benigna em cães (HPB) é uma doença que afeta, principalmente animais a partir de 5 anos que não sejam castrados. Basicamente, trata-se de uma divisão anormal nas células que resulta no aumento do tamanho do órgão. No entanto, ao contrário do que acontece nos humanos, dificilmente evolui para um tumor maligno. Apesar disso, pode trazer sérias consequências para o bem-estar dos animais. Caso não seja identificada em seus estágios iniciais. Por ser uma patologia frequentemente encontrada em consultórios e clínicas veterinárias, é um assunto de extrema importância. E conhecer as suas características é essencial para um rápido e correto diagnóstico. Os cães acometidos pela hiperplasia da próstata apresentam alguns sinais clínicos que chamam a atenção dos tutores tais como: - Dificuldade para urinar e defecar; - Dificuldade de se sustentar sobre os membros posteriores; - Sinais de infecção urinária; - Em estágios mais avançados pode apresentar infecções em múltiplos órgãos devido ao acúmulo de líquido interno. É importante destacar que a infecção urinária pode acontecer devido à maior retenção de urina dentro da bexiga. Pois, com o aumento da próstata, a saída de líquido pela uretra fica comprometida. Desse modo, acaba criando um ambiente propício para o surgimento de bactérias. Algo semelhante acontece no reto, reduzindo a quantidade de fezes eliminada pelo animal. Outra anormalidade que acompanha a hiperplasia prostática benigna em cães é a hérnia perineal, decorrentes da flacidez da musculatura entre o ânus e a base do escroto. Esse problema surge, pois, com o aumento da pressão dentro do abdômen, levo animal a fazer mais força para urinar e defecar, muito além do normal. Em cães utilizados para a reprodução, pode haver uma redução do potencial fecundante. Com isso, reduz a sua capacidade reprodutiva. Bócio: Bócio é o aumento não inflamatório e não neoplásico da glândula tireoide em animais adultos e recém-nascidos. Uma das principais causas envolvidas é a deficiência nutricional de iodo (em recém-nascidos esta deficiência de iodo parte da dieta materna). Hiperplasia – Causas - Hormônios. - Fatores de crescimento e aumento de seus receptores. - Citocinas. - Fatores de transcrição. - Ativação de células-tronco. HIPERPLASIA OU HIPERTROFIA? Depende da capacidade de as células no parênquima de formar novas unidades funcionais. (Varia de acordo com o tipo celular: células lábeis, estáveis ou permanentes). • Células lábeis: Se tornam hiperplásicas facilmente. • Células permanentes (Neurônios e cardiomiócitos): Pouca capacidade de regeneração ou de se tornarem hiperplásicas. • Células estáveis: Intermediária entre as anteriores. METAPLASIA Alteração reversível na qual um tipo de células (epitelial ou mesenquimal) é substituído por um outro tipo de célula de mesma origem. Reprogramação das célulasde reserva tronco teciduais. Pode representar uma substituição ou adaptação de células que são sensíveis ao estresse por tipos celulares mais capazes de sobreviver ao ambiente adverso. Se as influências que predispõe a metaplasia persistirem, podem induzir transformação maligna no epitélio metaplásico. Metaplasia epitelial - Ocorre nos epitélios. Ex.: epitélio brônquico se transforma em epitélio pavimentoso (injúria pela inalação de fumaça, em animais conviventes com fumantes, por exemplo). Chamada de metaplasia pavimentosa ou escamosa. Metaplasia mesenquimal - Diminuição da tensão de oxigênio, resultanto em um tecido fibroso que pode se transformar em cartilagem ou osso. Chamada de Metaplasia óssea (substituição de tecido fibroso por tecido ósseo) ou Metaplasia cartilaginosa (substituição de tecido fibroso por tecido cartilaginoso). DISPLASIA Termo utilizado para descrever uma proliferação desordenada, mas não- neoplásica, má-formação: - Alterações estruturais e funcionais das células; - Consiste na perda de uniformidade das células individuais e da sua orientação arquitetônica; - Podem preceder lesões neoplásicas (lesões pré-neoplásicas); - Exibem pleomorfismo considerável e frequentemente possuem núcleos hipercromáticos (normalmente aumentados); - Aumento no número de mitoses; • Mitoses são mais frequentes do que o normal e ocorrem em localizações anormais do epitélio. • No epitélio escamoso estratificado displásico, as mitoses ocorrem também fora da camada basal, ocorrendo até na superfície. Metaplasia óssea em cartilagem traqueal - substituição da cartilagem hialina dos anéis de suporte da traqueia por tecido ósseo esponjoso, inclusive com medula óssea funcionante. - Encontrada, principalmente, no epitélio. Figura 1 - Pele normal. Figura 2 - Aumento mitótico (ocorre fora da lâmina basal). OUTROS CONCEITOS DE ALTERAÇÕES DE DESENVOLVIMENTO HIPOPLASIA Desenvolvimento incompleto do órgão. Não atingiu seu tamanho normal. Ex.: Hipoplasia cerebelar. APLASIA A aplasia é uma disfunção das células e dos tecidos, que leva à interrupção do seu desenvolvimento. Aplasias medulares que atingem a medula óssea: ausência tecido hematopoiético de determinada linhagem. Pancitopenia aplásica (É uma doença das células-tronco hematopoiéticas que resulta na perda dos precursores dos eritrócitos, hipoplasia ou aplasia da médula óssea e citopenia de duas ou mais linhagens celulares (eritrócitos, leucócitos e/ou plaquetas) - ou se todas as linhagens estão ausentes. Os sinais e sintomas são provenientes da anemia, da trombocitopenia (petéquias, sangramento) ou da leucopenia (infecções)). Na Aplasia existe um vestígio do órgão. Aplasia segmentar: quando atinge apenas uma parte do órgão. AGENESIA Ausência completa do órgão. O órgão não existe Ex.: anoftalmia (Ausência de um ou ambos os olhos). TERMO SIGNIFICADO Atrofia Diminuição do tamanho tecidual e celular. Hipertrofia Aumento no tamanho de tecidos ou órgãos pelo aumento no tamanho das células. Hiperplasia Aumento no tamanho de tecidos ou órgãos pelo aumento na quantidade das células. Aplasia segmentar do corpo do útero (indicado pela seta) com hidrometra nos segmentos craniais. Metaplasia Alteração a um tipo tecidual diferente, menos diferenciado. Displasia Proliferação desordenada, mas não neoplásica, das células. Aplasia Ausência de um tecido ou órgão, mas há vestígios deste. Hipoplasia Desenvolvimento incompleto de um tecido ou órgão. Agenesia Ausência completa do órgão. Neoplasia Novo crescimento.
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