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Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais IPUC - Instituto Politécnico Disciplina: 7078.1.00 : ESTRUTURAS DE MADEIRA • CONSIDERAÇÕES • TRAÇÃO SIMPLES • FLEXÃO SIMPLES 5. CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO 5.1. ASPECTOS GERAIS DOS CRITÉRIOS Peças Principais Isoladas : Smin = 50 cm² Espessura Mínima = 5 cm Exemplo: Vigas e Barras Longitudinais em Treliças Peças Secundárias : Smin = 18 cm² Espessura Mínima = 2,5 cm A. Dimensões Mínimas das Peças de Madeira 3 Peças Principais Múltiplas : Smin = 35 cm² para cada peça Espessura Mínima = 2,5 cm para cada peça Peças Secundárias Múltiplas : Smin = 18 cm² para cada peça Espessura Mínima = 1,8 cm para cada peça 4 5 6 B. Esbeltez Máxima das Peças de Madeira Elementos Estruturais Comprimidos: Lmáx <= 40 X a menor dimensão da seção transversal Elementos Estruturais Tracionados: Lmáx <= 50 X a menor dimensão da seção transversal Para seções retangulares: 7 C. Peças com Seção Transversal Circular Com Seção Circular Constante Consideradas como seção quadrada (de área equivalente) Com Seção Circular Variável Área equivalente d1d2 deq L / 3 2L / 3 𝑑𝑒𝑞= 𝑑2 + 𝑑1 − 𝑑2 3 𝑑𝑒𝑞 ≤ 1,5 𝑑2 8 D. Tração Normal às Fibras Deve ser evitada a ocorrência desta solicitação E. Resistência a Tensões Normais Inclinadas em Relação às Fibras A NBR 7190 permite ignorar a influência da inclinação até ângulo igual a 6° Se ângulo for superior: θ = ângulo da força em relação às fibras da madeira • Verificação do Estado Limite Último ( ELU ) de Resistência a Tração Paralela às Fibras: 5.2. PEÇAS TRACIONADAS AXIALMENTE dt útil td f A N d ,0 VALOR DE CÁLCULO DA TENSÃO ATUANTE DE TRAÇÃO VALOR DE CÁLCULO DO ESFORÇO DE TRAÇÃO ÁREA DA SEÇÃO TRANSVERSAL DA PEÇA (DESCONTANDO OS EVENTUAIS FUROS OU ENTALHES) VALOR DE CÁLCULO DA RESISTÊNCIA À TRAÇÃO PARALELA ÀS FIBRAS OBS: quando a redução da área resistente for superior a 10% da peça íntegra 10 EXEMPLO Verificação da seção útil linha de tesoura A linha de uma tesoura está submetida ao esforço solicitante de cálculo Nsd = 50 kN, considerando uma situação duradoura de projeto, verifique se a seção 7,5 cm x 10 cm atende a este esforço (Figura), considerando: conífera classe C-30; carregamento de longa duração; classe 4 de umidade; peças de 2ª categoria; parafusos de diâmetro 12,5 mm com tensão de escoamento fy = 250 MPa. 11 RESOLUÇÃO dt útil td f A N d ,0 12 PARA MADEIRAS DE 2ª CATEGORIA E CARREGAMENTOS DE LONGA DURAÇÃO Kmod 1 Kmod 2 RESISTÊNCIAS DE CÁLCULO Kmod 3 Os coeficientes de ponderação nos ESTADOS LIMITES ÚLTIMOS 15 16 OK ! VERIFICADO OCORRÊNCIAS: • Vigas de Piso • Vigas de Pontes • Alguns Componentes de Estruturas de Cobertura • Peças de Formas e Cimbramento 5.3. PEÇAS SOLICITADAS POR FLEXÃO SIMPLES - VIGAS SOLICITAÇÃO : M MOMENTO FLETOR V ESFORÇO CORTANTE • Verificação do Estado Limite Último ( ELU ) de Resistência às Tensões Normais de Resistência às Tensões Tangenciais a Instabilidade Lateral • Verificação Limite de Utilização ( ELS ) às Flechas às Vibrações Excessivas Para peças fletidas deve-se considerar como VÃO TEÓRICO ( L ): O MENOR dentre os seguintes valores: L • Distância entre eixos dos apoios; • Distância entre as bordas internas dos apoios acrescida da altura da seção transversal da peça no meio do vão (não considerar acréscimo superior a 10 cm) H EXEMPLO 5.3.1. ESTADO LIMITE ÚLTIMO : TENSÕES NORMAIS Deve-se satisfazer SIMULTANEAMENTE as seguintes condições: dc c cd f W M d ,0 dt t td f W M d ,0 VALOR DE CÁLCULO DA MÁXIMA TENSÃO ATUANTE DE COMPRESSÃO VALOR DE CÁLCULO DA MÁXIMA TENSÃO ATUANTE DE TRAÇÃO VALOR DE CÁLCULO DO MOMENTO FLETOR ATUANTE MÓDULO DE RESISTÊNCIA DA SEÇÃO TRANSVERSAL, REFERENTE A BORDA COMPRIMIDA MÓDULO DE RESISTÊNCIA DA SEÇÃO TRANSVERSAL, REFERENTE A BORDA TRACIONADA VALOR DE CÁLCULO DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO PARALELA ÀS FIBRAS VALOR DE CÁLCULO DA RESISTÊNCIA À TRAÇÃO PARALELA ÀS FIBRAS RELEMBRANDO: c c y I W t t y I W 𝑦𝑐 : coordenada da fibra comprimida mais afastada da L. N. 𝑦𝑡 : coordenada da fibra tracionada mais afastada da L. N. 5.3.2. ESTADO LIMITE ÚLTIMO : TENSÕES TANGENCIAIS MOMENTO ESTÁTICO DA PARTE DA SEÇÃO TRANSVERSAL (EM RELAÇÃO AO CENTRO DE GRAVIDADE) SITUADA ABAIXO (OU ACIMA) DA POSIÇÃO NA QUAL SE DETERMINA A TENSÃO DE CISALHAMENTO dvvd f Ib SV d ,0 VALOR DE CÁLCULO DA MÁXIMA TENSÃO ATUANTE DE CISALHAMENTO VALOR DE CÁLCULO DO ESFORÇO CORTANTE ATUANTE LARGURA UTIL DA SEÇÃO TRANSVERSAL, NA POSIÇÃO CONSIDERADA VALOR DE CÁLCULO DA RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO PARALELO ÀS FIBRAS MOMENTO DE INÉRCIA DA SEÇÃO TRANSVERSAL ( 1 ) PARA SEÇÕES RETANGULARES com largura b e altura h, a equação anterior pode ser expressa por: dvvd f hb V d ,0 2 3 ( 2 ) Quando forem aplicadas CARGAS CONCENTRADAS próximas aos apoios ocorre o efeito FAVORÁVEL da compressão normal às fibras, que aumenta a resistência da madeira ao cisalhamento. h a VV ddred 2 , a : distância entre o ponto de aplicação da carga concentrada e o eixo do apoio Se as equações 1 ou 2 não forem satisfeitas pode–se lançar mão da redução dos esforços cortantes atuantes, até à distância de duas vezes a altura da viga, como a seguir: 11 2 3 h h hb V d d EM VIGAS ENTALHADAS existe variação brusca de seção, então ocorre concentração de tensões de cisalhamento. É necessário majorar a equação 1 ( 3 ) Deve ser RESPEITADA a condição: h1 > 0,75 h Para Seções Retangulares : Caso h1 0,75 h RECOMENDA-SE 1 – Utilização de parafusos verticais dimensionados à tração axial para a totalidade do esforço cortante, ou 2 – Emprego de seções variáveis com mísulas com comprimento MAIOR que três vezes a altura do entalhe a ≥ 3 . ( h - h1 ) Para as duas recomendações: h1 ≥ 0,5 h 5.3.3. ESTADO LIMITE ÚLTIMO : INSTABILIDADE LATERAL A NBR 7190 DISPENSA ESTA VERIFICAÇÃO QUANDO FOREM SATISFEITAS AS SEGUINTES CONDIÇÕES: A : OS APOIOS NAS EXTREMIDADES DA PEÇA IMPEDEM A ROTAÇÃO DE SUAS SEÇÕES EM TORNO DO EIXO LONGITUDINAL DA PEÇA; B: EXISTEM ELEMENTOS DE TRAVAMENTO AO LONGO DO COMPRIMENTO ( L ) DA VIGA, AFASTADOS ENTRE SI A UMA DISTÂNCIA MENOR OU IGUAL A L1, QUE TAMBÉM IMPEDEM A ROTAÇÃO DESTAS SEÇÕES TRANSVERSAIS EM TORNO DO EIXO LOGITUDINAL DA PEÇA 𝐿1 𝑏 ≤ 𝐸𝑐0,𝑒𝑓 𝛽𝑀 𝑓𝑐0,𝑑 𝛽𝑀 = 1 0,26 𝜋 . 𝛽𝐸 𝛾𝑓 . ℎ 𝑏 1,5 ℎ 𝑏 − 0,63 0,5 COEFICIENTE M EM FUNÇÃO DA RELAÇÃO h/b h/b 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 M 6,0 8,8 12,3 15,9 19,5 23,1 26,7 30,3 34,0 37,6 41,2 44,8 48,5 52,1 55,8 59,4 63,0 66,7 70,3 74,0 Para as vigas de seção transversal retangular, de largura b e altura h medida no plano de atuação do carregamento 𝛽𝐸 = 4 𝛾𝑓 = 1,35 28 SE 𝐿1 𝑏 > 𝐸𝑐0,𝑒𝑓 𝛽𝑀 𝑓𝑐0,𝑑 𝑓𝑐𝑑 = 𝐸𝑐0,𝑒𝑓 𝛽𝑀 𝐿1 𝑏 também se dispensa a verificação da segurança em relação ao estado limite último de instabilidade lateral, desde que sejam satisfeitas as exigências de com dc c cd f W M d ,0 FLECHAS MÁXIMAS: Utilizar as expressões usuais da Resistência dos Materiais Disponibilizado no SGA arquivo : Formulário Para estruturas Correntes Fd kQj n j jkGid FFF , 2 2, As flechas máximas devem atender aos limites para o plano de flexão conforme NBR 7190 5.3.4. ESTADO LIMITE DE UTILIZAÇÃO : FLECHAS VIGA BI APOIADA VIGA EM BALANÇO 𝛿𝑙𝑖𝑚 = 𝐿 200 𝛿𝑙𝑖𝑚 = 𝐿 100 Fd L 𝛿𝑚á𝑥 ≤ 𝛿𝑙𝑖𝑚 COMBINAÇÃO DE AÇÕES item 5.8 pág 13 NBR 7190 Tabela 2 pág 9 NBR 7190 EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO 1 - DIMENSIONAR UMA VIGA, COM MADEIRA DE CLASSE C-60, PRIMEIRA CATEGORIA, CLASSE DE UMIDADE 2. CONSIDERAR COMO CARREGAMENTO MAIS CRÍTICO O COMPOSTO PELA AÇÃO PERMANENTE (0,5 kN / m) E PELA AÇÃO VARIÁVEL (1 kN ) RELATIVA À PREVISÃO DE UM HOMEM FAZENDO MANUTENÇÃO. 0,5 kN/m 1 kN 3,75 m b h RESOLUÇÃO A – Pré Dimensionamento da seção transversalB – Solicitação : Carregamento Atuante B.1 – Esforços Atuantes Característicos B.2 – Esforços Solicitantes de Cálculo C – Resistência da Madeira D – Verificações : D.1 ESTADO LIMITE ÚLTIMO (ELU) • TENSÃO NORMAL • TENSÃO DE CISALHAMENTO • INSTABILIDADE LATERAL D.2 ESTADO LIMITE DE UTILIZAÇÃO ( ELS) • FLECHA MÁXIMA PRÉ DIMENSIONAMENTO BITOLAS COMERCIAIS (cm) : dd XS VERIFICAÇÃO ESFORÇOS SOLICITANTES CARACTERÍSTICOS Carga Concentrada : NO MEIO DO VÃO AB Carga Concentrada : PRÓXIMA DO APOIO A ou B SITUAÇÃO MAIS DESFAVORÁVEL PARA ESFORÇO CORTANTE 𝑽𝑨 = 𝑭 ou 𝑽𝑩 = 𝑭 37 kQj n j jkQQkGiGid FFFF , 2 0,1, .. Ação permanente Ação variável principal Ação variável secundária ESFORÇOS SOLICITANTES DE CÁLCULO 38 COEFICIENTES DE PONDERAÇÃO 39 RESISTÊNCIAS CARACTERÍSTICAS Kmod 1 Kmod 2 RESISTÊNCIAS DE CÁLCULO NBR 7190 : Kmod 3 Os coeficientes de ponderação nos ESTADOS LIMITES ÚLTIMOS dc c cd f W M d ,0 ESTADO LIMITE ÚLTIMO (ELU) VERIFICAÇÃO DAS TENSÕES NORMAIS dt t td f W M d ,0 VERIFICAÇÃO DA TENSÕES DE CISALHAMENTO dvvd f hb V d ,0 2 3 c c y I W t t y I W 𝐿1 𝑏 ≤ 𝐸𝑐0,𝑒𝑓 𝛽𝑀 𝑓𝑐0,𝑑 𝛽𝑀 = 1 0,26 𝜋 . 𝛽𝐸 𝛾𝑓 . ℎ 𝑏 1,5 ℎ 𝑏 − 0,63 0,5 COEFICIENTE M EM FUNÇÃO DA RELAÇÃO h/b h/b 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 M 6,0 8,8 12,3 15,9 19,5 23,1 26,7 30,3 34,0 37,6 41,2 44,8 48,5 52,1 55,8 59,4 63,0 66,7 70,3 74,0 VERIFICAÇÃO ESTABILIDADE LATERAL DA VIGA 𝛽𝐸 = 4 𝛾𝑓 = 1,35 ESTADO LIMITE DE UTILIZAÇÃO (ELS) VERIFICAÇÃO DAS FLECHAS MÁXIMAS 𝛿𝑚á𝑥 ≤ 𝛿𝑙𝑖𝑚 VIGA BI APOIADA 𝛿𝑙𝑖𝑚 = 𝐿 200
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