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Projeto Fanfarra na Escola

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1. INTRODUÇÃO
Presente em todos os lugares, seja em forma de ritmos ou melodias, tocando no rádio do carro, em casa, no ônibus ou celular, a música é reconhecida nos mais variados suportes em que se faz presente.
A música pode ser explorada no processo de ensino-aprendizagem e contribuir na formação integral dos indivíduos por meio de diferentes práticas pedagógicas no ambiente escolar, como no ensino de música propriamente dito, como parte do currículo e de formas adicionais não obrigatórias, como no caso do Projeto de Fanfarra.
Dessa forma, as bandas e fanfarras tem sido abordadas em pesquisas na área da Educação Musical como um importante espaço de formação musical. As bandas de música, entendida como um conjunto instrumental, estão presentes na sociedade há muito tempo.
Diversas pesquisas apontam como as bandas e fanfarras atuam na formação dos cidadãos. Elas exercem importantes funções nas comunidades onde atuam. 
Dessa forma, será unida a música e o uso inteligente do lixo reciclado favorecendo uma práxis entre desenvolvimento sustentável/cidadania ambiental com a música como forma lúdica e educacional. Neste sentido, o presente projeto busca atuar como elemento catalisador, estimulando os jovens a aprender música e ao mesmo tempo desenvolver sua consciência ambiental. 
Além disso, trata-se também de compreender se este projeto, que nasce da união da musicalização e sustentabilidade pode gerar, de alguma maneira, mudanças nas relações sociais através da produção de instrumentos e aprendizado musical, fortalecendo seu potencial cidadão.
Enquanto educadora com formação musical, em minha trajetória de vida participei de uma Corporação Musical durante minha infância e adolescência, e essa experiência foi significativa para a criação do meu senso de responsabilidade, pois lá prendíamos a respeitar as regras, a construir nossa opinião, repensar nossas atitudes e assim adquirir uma visão mais ampla do mundo.
Assim, pensando em nosso núcleo escolar e a possibilidade de uma nova iniciativa dentro da grade curricular, é de grande relevância proporcionar aos alunos novas possibilidades musicais e artísticas, visto que isso contribuirá para a sua formação cultural. Dessa forma, o projeto Fanfarra Sustentável na Escola, permitirá que os alunos tenham um contato diferente com a música e suas possibilidades.
2. JUSTIFICATIVA
A escola exerce uma grande influência sobre os alunos, contribuindo grandemente para a formação de seus valores. Uma vez que esses alunos ficam na escola por um período maior, é importante que os mesmos tenham a possibilidade de experimentar diversas atividades, pois a escola e o que ela proporciona influência diretamente nos alunos e em suas atitudes como pessoa. Dessa forma, proporcionaremos aos alunos uma atividade diferente do que já estão acostumados e vivenciam diariamente, para assim despertar ainda mais o prazer em estar dentro do ambiente escolar.
Assim, com base na Lei 11.769/08 que dispõe sobre a obrigatoriedade do ensino de música na Educação Básica, elaborou-se o Projeto “Fanfarra Sustentável na Escola”, buscando melhorar o comportamento, a autoestima, a disciplina e o respeito entre os alunos.
3. REFERENCIAL TEÓRICO
3.1. A MÚSICA E A FANFARRA NO AMBIENTE ESCOLAR
 	A música tem se configurado de inúmeras forma no espaço escolar. Conhecer e compreender a diversidade musical faz parte de um processo de autoconhecimento que gera uma reflexão crítica sobre o processo de construção do gosto musical, tanto individual quanto coletivo. De acordo com Penna (2005) existe uma necessidade de diálogo entre as diferentes práticas culturais, artísticas e musicais que contribuem para o crescimento de todos, ou seja, para a expansão (em alcance e qualidade) da experiência artística e cultural dos indivíduos.
Vivemos numa época conturbada, em que a crise entre valores permanentes e novos valores emergentes da nossa sociedade em transição coloca em risco o ético e o estático. Quando o aprendizado da música é associado à participação num conjunto instrumental, como é o caso da fanfarra, os benefícios se ampliam também sob o ponto de vista social. 
No ensino de música a motivação é fundamental, é uma aprendizado alegre, como defende Gainza (1988) ao falar que se educar na música é crescer plenamente e com alegria. 
O objetivo primeiro da educação musical é facilitar o acesso à multiplicidade de manifestações musicais da nossa cultura, bem como possibilitar a compreensão de manifestações musicais de culturas mais distantes. Além disso, o trabalho com música envolve construção de identidades culturais de nossas crianças, adolescentes e jovens e o desenvolvimento de habilidades interpessoais (HENTSCHKE; DEL BEN, 2009, p. 181).
As oficinas pedagógicas encaixam-se na exposição de Godoy (2009) sobre o pensamento de Kraemer (2000), em que a prática musical é realizada em espaços escolares e não-escolares, mostrando a prática da música foras das aulas, nos ensaios da Fanfarra e do estudo de casa.
Essa participação, oportuniza à pessoa a convivência, a noção de responsabilidade dentro do grupo, o espirito de companheirismo e a solidariedade, a noção de equipe e a conscientização de que os fins só se tornam reais quando colaboram para a sua consecução.
Pode parecer que as Bandas estejam perdendo posto para outros estilos musicais ou até deixando de despertar o interesse de alunos, mas ao contrário do que muitos pensam, ela sobrevive e continua atraindo jovens para o seu meio, como expõe Silva (2011)
A competição com a internet, instrumentos eletrônicos e as inúmeras opções de atividades da vida moderna poderiam ter detectado o fim das tradicionais bandas de música. Manter as bandas vivas preserva a tradição, permite que inúmeras pessoas sejam musicalizadas, contribui para a cultura musical e para o desenvolvimento social do nosso povos, sendo que é essencial para esta sobrevivência a constante criação de novos músicos (SILVA, 2011, p. 128).
Como já foi salientado anteriormente, a “disputa” das Bandas com a internet só tende a aumentar mas é muito importante manter as Bandas ativas, pois como o próprio autor coloca, “preservar uma tradição”, possibilitando a educação musical e o desenvolvimento social da comunidade na qual ela está inserida, mas para mantê-las vivas, é necessário que haja bons músicos e professores para reergue-las e mantê-las em pleno funcionamento.
Assim, faz-se relevante compreender o que é a Fanfarra e a sua formação, visto que é o objeto de estudo deste projeto.
A Fanfarra é, na atualidade, um conjunto composto de músicos executantes de instrumentos de sopro, apenas de metal e de percussão. Em outras palavras é uma banda de metais (BRUM, 1988, p. 108).
A Fanfarra apresenta-se em desfiles festivos, concertos e eventos em geral. Na formação da Fanfarra para desfiles, os instrumentos de sopro/metal vem logo à frente, seguido pelos demais instrumentos percussivos. Em apresentações sentadas, como em um concerto, a formação permanente praticamente a mesma, apenas tomando um formato popularmente conhecido como “meia-lua”, em que os instrumentos de sopro formam um semicírculo, seguidos da mesma maneira pelos instrumentos de percussão, como caixas, pratos e bumbos.
Uma fanfarra pode e deve ser considerada o início de tudo para a formação de um jovem musico, ela é o berço para a educação musical e social do indivíduo. De formação simples e de fácil organização, emite um grande efeito sonoro, de características não encontradas em outros grupos (SOUZA JR, 2013, p. 2).
Pela sua formação simples e pelo retorno rápido do aprendizado, as Fanfarras são muito importantes para o início do aprendizado musical, além de estarem inseridas no ambiente escolar e repercutirem na comunidade. Assim, pode-se observar a importância do trabalho das Fanfarras, tanto para o professor/regente, que tem importante papel na iniciação musical, como para o aluno/músico, que tem esta oportunidade e se dedica para mostrar melhores resultados a cada dia.
Dessa forma, encontramos na pesquisa de Campos (2008) encontramosum depoimento no qual se pode ver a contribuição da Fanfarra reflete-se até a idade adulta.
A banda de música é, para a minha vida, um grupo de referência; uma experiência da qual até hoje retiro ensinamentos e lições de vida. Nela convive boa tarde da minha adolescência e juventude. Passava, constantemente, mais tempo na sede da banda do que no convívio de minha casa. A banda era a outra família, uma segunda família. Ali aprendi a respeitar regras; a compartilhar problemas e soluções; a construir novas aspirações, opiniões e atitudes, ou seja, adquirir oura visão de mundo (LIMA, 2005, p. 12 apud CAMPOS, 2008, p. 107).
O contato com a música desde cedo possibilita aprendizados para a vida, como se vê no depoimento do autor. É algo que fica na memória e presente nas ações sociais. O ensino de música contribui no convívio social, na disciplina, no compromisso com as responsabilidades, e isso tudo se transforma em orgulho e aprendizado.
3.2. MUSICALIZAÇÃO E SUSTENTABILIDADE
 Presente em todos os lugares, a música é um meio de transformação social, ainda que seja feita ao nível mais básico possível. Hummes (2004) aponta algumas concepções sobre as funções da música na sociedade e por que é importante o aprendizado de um instrumento musical. Segundo esses estudos, o ensino de música favorece qualquer ser humano em variados aspectos: desde biológico, pelo desenvolvimento emocional e motor/neurológico até o desenvolvimento de aptidões artísticas e sociais. Tocar um instrumento musical é benéfico para qualquer indivíduo, seja criança ou adulto, desenvolvendo os aspectos psicomotores e podendo conduzir à mudanças estruturais e funcionais em termos educacionais e sociais, melhorando aspectos cognitivos dos indivíduos como a memória, o raciocínio, além do desenvolvimento das habilidades de aprendizagem, importantes no processo de alfabetização.
O projeto com a construção de instrumentos reciclados, o maior benefício que se encontra é poder criar com o que se tem, e a partir disso a capacidade de recriar a si mesmo, além do desenvolvimento pessoal e de poder conhecer-se e aos outros. E foi algo que logo alçou popularidade, porque além de gerar muita curiosidade das pessoas, tornou-se algo especial e próximo das pessoas, de veem o que conseguiam fazer com os recursos que tinham.
Além disso, a pratica sustentável do uso de instrumentos reciclados estimula também a conscientização e educação ambiental entre os membros da comunidade escolar. Uma vez que o desenvolvimento sustentável, é o desenvolvimento socioeconômico aliado à preservação do meio ambiente. Nos últimos anos, o desenvolvimento sustentável tornou-se um tema amplamente discutido devido ao permanente impasse vivido pelas populações do planeta causado pelo uso exaustivo de recursos naturais e seu consequente escassamento. Assim, passou a ser imprescritível educar as gerações futuras tomando em condição a variável ambiental. A educação detém a chave para a produtividade e para o crescimento sustentável.
A educação para o desenvolvimento sustentável significa educação de qualidade tendo o potencial de prover aptidões, competências e conhecimentos necessários a indivíduos dos mais variados graus de instrução, sobretudo crianças e jovens, a fim de adquirir práticas e valores imprescindíveis à cidadania e ao desenvolvimento sustentável em sociedades multiculturais e multiétnicas. 
Uma comunidade, portanto, teria então a possibilidade de criar uma nova realidade, recriá-la, fazendo uso de recursos não antes utilizados ou reutilizando-os de uma nova maneira, decidindo conjuntamente, ampliando e fortalecendo seu poder de cidadão.
Segundo Jacobi (2003, p. 7) a cidadania nos remete tanto à identidade como ao pertencimento a uma coletividade
A educação ambiental como formação e exercício de cidadania refere-se a uma nova forma de encarar a relação do homem com a natureza, baseada numa nova ética, que pressupõe outros valores maiores e uma forma diferente de ver o mundo e os homens. A educação ambiental deve ser vista como um processo de permanente aprendizagem que valoriza as diversas formas de conhecimento e forma cidadãos conscientes com consciência local e planetária (JACOBI, 2003, p. 7).
 
O ambiente de uma Banda de Fanfarra é frequentemente comparado a um local, no qual coletividade, disciplina, liderança e responsabilidade são estimuladas. Nesse contexto, é um local onde as diferenças são apaziguadas, reforça-se a autoconfiança e o reconhecimento pessoal, possibilitando um aprendizado sadio e reconhecimento dessas competências tanto pela coletividade local como pela sociedade em geral, onde está comunidade escolar está inserida.
No caso de um projeto que envolve o aprendizado musical através de uma Banda de Fanfarra numa comunidade rural, a educação ambiental passaria, inevitavelmente, pela conscientização da importância da reciclagem para a comunidade. Através da educação ambiental e musical, a reciclagem seria valorizada, visto ser responsável pela produção dos instrumentos pelos quais a música poder ser aprendida, executada e apresentada.
Segundo Santos (2000), o mundo atual é um mundo do “globalitarismo”, das perversidades, no qual os valores reinantes são o lucro, o sucesso a todo e qualquer custo, a competição, o individualismo, a comparação; um mundo plutocrático que se divide entre vencedores e perdedores.
Neste sentido, um projeto escolar tendo por eixos a musicalização e a sustentabilidade possivelmente viria ao encontro dessa ideia de mundo globalizado mais justo, como também a noção de que cultura pode servir como terreno fértil para a formação ética e cidadã, em que a ação cultural é também política, na qual se pode exercer a cidadania, democracia e a participação na esfera pública.
3.3. CORPORAÇÃO MUSICAL UNIÃO CHARQUEADENSE (COMUC)
Da mesma forma que é significativo conhecer a importância do ensino de música e a importância da Fanfarra dentro do ambiente escolar, faz-se relevante conhecer a história da Corporação que me inspirou a tornar possível e real o Projeto Fanfarra na escola, o qual é objeto de estudo presente neste trabalho.
3.3.1. SUA HISTÓRIA
A Corporação é uma associação filantrópica, sem fins lucrativos, que visa, além de formar músicos, proporcionar momentos de lazer e desenvolver hábitos de disciplina, responsabilidade, respeito e amizade.
A história da Corporação teve início em 1980 na “EEPSG Prof. Benedito Dutra Teixeira”, como titular do cargo de Educação Artística, a professora Benedicta Morato Gomes. Nessas aulas se dava a iniciação musical dos alunos, utilizando-se de flauta doce. Alunos interessados pela música, passaram à frequentar ensaios aos sábados.
Na mesma escola existia uma fanfarra. O professor responsável pela fanfarra, sofreu um acidente, tendo que sair da direção. Para que tanto esforço não se perdesse totalmente, os alunos da percussão (componentes da fanfarra) se uniram aos da flauta doce. Instrumentos de sopro foram emprestados na comunidade e forma-se uma pequena Banda, a qual se apresentou pela primeira vez em 07/10/1985. Continuou seus ensaios e se apresentou na vizinha cidade de São Pedro, no dia 20/02/1986.
Desde então, o movimento foi aumentando e durante esses anos a Banda se apresentou em desfiles, procissões, festas religiosas, comemorações escolares, campeonatos. Não só em Charqueada, mas em toda a região.
É importante ressaltar que hoje alguns integrantes da Banda fazem a iniciação musical de crianças, na qual muitas delas acabam se juntando ao movimento musical. Outros se unem formando pequenos conjuntos, apresentando-se em casamentos, coquetéis, aniversários, bailes. Existe ainda os que escolhem a música como profissão e hoje atuam também em outras instituições.
Hoje contamos com muitos integrantes e dado esse número e nível de adiantamento, foram subdivididos em três grupos: Banda Sênior, Banda Infanto-Juvenil e Grupo de Flauta Doce.
No ano de 2001 a corporação se inscreveu no 13º Campeonato de Bandas e Fanfarras do Estado de São Paulo, duas categorias, obtendo a seguinte classificação:2º lugar na categoria infanto-juvenil e 4º lugar na categoria sênior. Já no ano de 2002 a Corporação participou novamente do 14º Campeonato de Bandas e Fanfarras do Estado de São Paulo e obteve a seguinte classificação: 1º lugar na categoria infanto-juvenil e 2º lugar na categoria sênior. 
Em setembro de 2003 a Corporação participou do 42º Festival Zequinha de Abreu e obtém o 2º lugar entre as bandas de concerto. 
Enquanto isso em 2007, recebeu da Câmara Municipal de Charqueada a “Moção de Congratulação”. Participou ainda no ano de 2007 do programa “Ação”, pela Rede Globo de Televisão.
Já em agosto de 2008 a Corporação tem seu Projeto “Vamos para a Banda” aprovado pelo PAC (Programa de Ação Culturas) da Secretaria do Estado. 
Em 07 de junho de 2009 se apresentou no II Coreto Paulista. Voltando a se apresentar no ano seguinte, participando agora do III Coreto Paulista, como Banda Residente em Tatuí, sob a regência do maestro holandês Will Sander, proporcionando ainda que seus músicos passassem uma semana tendo aulas com renomados músicos. Além disso em 2010 ainda participou de um encontro de Bandas em Sabará (MG).
Assim em 2011 tem seu 2º projeto “Vamos para a Banda” aprovado agora pelo ProAC. Ainda em 2011 se apresentou em Brasília (DF) em duas ocasiões, a primeira foi uma apresentação na Escola de Música e a segunda apresentação foi na Fundação dos Rotarianos (Sede do Cerrado).
No ano de 2012 realizou 31 apresentações, destacando-se entre elas: O concerto no Clube de Campo da Pró Vida, em Araçoiaba da Serras; participou do encontro de bandas em Itu, homenageando o centenário da Corporação Musical União dos artistas; concerto no Festival de Inverno de Boituva; e concerto na sede da Pró Vida, em São Paulo.
Atualmente, a COMUC, empenha-se em cumprir sua função, que é ensinar música a todas as crianças e jovens do município e da região.
3.3.2. OS MAESTROS
3.3.2.1. BENEDICTA MORATO GOMES
Benedicta Morato Gomes (Dona Bene) fundou a Corporação Musical União Charqueadense em 07 de outubro de 1985 e, durante esses anos é a presidenta e regente da mesma. No Conservatório Dramático e Cultural “Dr. Carlos de Campos”, em Tatuí, foi aluna de Dario Soleto, em Regência Instrumental, concluindo o curso em 2000. Na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, de Tatuí, obtém licenciatura em Educação Artística pela, no ano de 1978. No Conservatório Dramático e Musical de Piracicaba, concluiu o curso de Acordeom, aos 16 anos, em 1964.
Entre as muitas apresentações em sua carreira como maestrina e à frente da COMUC, destacam-se as apresentações a seguir: 
· Oficinas técnicas para maestros que foram oferecidas pelo Pró-bandas, no ano de 1997, em Tatuí;
· 29º Festival de Inverno de Campos de Jordão (núcleo Tatuí), atuando em regência de banda, com Dario Soleto, em 1998;
· 30º Festival de Inverno de Campos de Jordão (núcleo Tatuí), em métodos coletivos para sopros, com Joel Barbosa, em 1999;
· No ano de 2000, participou do 31º Festival de Inverno, tendo aulas de regência ministradas por Virginia A. Allen. Ainda neste ano foi estudar na Fifty – Fourth Annual Midwest Clinic, em Chicago;
· Fez parte da 1ª Conferencia Regional Sul-Americana de Compositores, Arranjadores e Regentes de Banda Sinfônica, realizada em Tatuí, no ano de 2002;
· Participou por três anos (2008, 2009,2010) consecutivos do Coreto Paulista, organizado pela Secretaria do Estado de São Paulo, realizados em Serra Negra e Tatuí.
3.3.2.2. MARCIO ANTONIO DA SILVA
Atual regente da COMUC, na maioria de suas apresentações. Iniciou seus estudos musicais em 1998, com a professora e maestrina Dona Bene, nas aulas de flauta doce, que ela associava as aulas de educação artística na EEPSG “Professor Benedito Dutra Teixeira”, em Charqueada. No mesmo ano, ingressou na COMUC, tocando instrumentos de percussão como bumbo e prato. Já no abo seguinte, iniciou as aulas de trompete.
Entre os anos de 1998 e 2005, estudou no Conservatório Dramático e Musical “Dr. Carlos de Campos” (CDMDCC), em Tatuí. Durante esses anos teve aulas de trompete com os professores Edgar Batista dos Santos e Paulo César Baptista; aulas de teoria musical com Cidinha Holtz e; de estruturação musical coma professora Sueli Poppi.
Enquanto estudava no Conservatório, fez parte da Banda Sinfônica Jovem do CDMDCC de Tatuí, tendo como professor o maestro José Antônio Pereira, entre os anos de 2003 a 2005.
No período de outubro de 2006 a junho de 2009, foi professor da área de metais do Projeto Guri, da Secretaria do Estado da Cultura de São Paulo, no núcleo de Piracicaba.
Além de professor de metais e maestro da COMUC, nos dias de hoje atua como trompetista na Big Band “Pira Jazz Band Experimental”, dirigida pelo saxofonista, arranjador e compositor piracicabano Marco Abreu, desde 1999.
4. OBJETIVOS
Com o intuito de tornar a escola um ambiente atraente aos nosso alunos, o presente projeto objetiva-se a desenvolver atividades musicais, com a formação de uma Fanfarra, atividade que já foi muito procurada pelos alunos em outras épocas praticamente em todos os estabelecimentos de ensino, mas que hoje tem se tornado menos atraente. 
Desta forma, será unido a educação ambiental e a educação musical, a partir da criação de uma Fanfarra sustentável, no qual os instrumentos serão confeccionados com matérias recicláveis.
Espera-se que o projeto cause impactos positivos na formação dos alunos, tanto no comportamento ambiental como educacional. Uma vez que serão utilizadas ferramentas práticas no ensino da educação ambiental, visto que são fundamentais na formação do estudante, auxiliando no desenvolvimento de uma sociedade mais consciente e de um desenvolvimento sustentável.
Assim, pretende-se estabelecer uma nova proposta extracurricular aos alunos desta instituição, visando assim à ampliação do conhecimento e da cultura, elevando a uma formação plena no sentido de torná-lo cidadão independente. 
4.1. OBJETIVO GERAL
O objetivo geral deste projeto é oportunizar às crianças do ensino regular a vivência da apreciação musical, realizada por uma Fanfarra; ressaltando seu caráter educativo, cultural e musical, mostrando a importância do trabalho em grupo e do bom relacionamento; a fim de ampliar sua experiência em reação á música instrumental executada nesse tipo de grupo musical. Unindo desta forma, a educação musical e a sustentabilidade, para assim auxiliar no desenvolvimento de uma sociedade mais consciente, quanto sua responsabilidade como cidadão e o dever de preservação do ambiente em que está inserido.
 
4.2. OBJETIVO ESPECÍFICO
· Trabalhar conceitos de educação ambiental;
· Despertar o pensamento crítico no aluno para que ele se reconheça enquanto parte do meio ambiente, e também por isso, é necessário preservá-lo;
· Criar condições para que a escola seja espaço musical, acessível a toda a comunidade escolar;
· Promover a integração social do educando, proporcionando-lhe recreação sadia e confraternizando-o pelo trabalho em grupo;
· Desenvolver vocações e aptidões musicais;
· Promover a cultura, através do resgate das tradições musicais;
· Contribuir para o desenvolvimento musical das crianças, por meio da vivência da apreciação de música instrumental.
5. DURAÇÃO
O projeto se caracteriza por ser uma atividade dentro da grade curricular do Estado de São Paulo, sendo desenvolvida nas aulas de Eletivas. 
6. PÚBLICO-ALVO
Destinado aos alunos da E.E. “Dr. Samuel de Castro Neves”, dos(as) anos/séries: 7ºs e 8ºs anos do Ensino Fundamental II e 1ªs séries do Ensino Médio.
	
7. DESENVOLVIMENTO/METODOLOGIA
A eletiva busca trabalhar nos alunos os conceitos de música e sustentabilidade. Apresentando a eles diversas possibilidades de se criar instrumentos musicais a partir de matérias recicláveis. Dessa forma, terão a possibilidade de ter uma educação ambiental e musical simultaneamente. A Banda Fanfarra atua como incentivadora na busca por um olhar mais crítico diante do cenário musical, onde as mídias interferem ferozmente no gosto musical de nossos jovens.
Dessa forma, será trabalhado com os alunos os seguintes assuntos:· Educação ambiental;
· A sustentabilidade;
· Teoria rítmica musical;
· Técnicas de execução instrumental;
· Confecção dos instrumentos;
· Formas e posturas em desfiles cívicos.
8. BIBLIOGRAFIA
BRUM, O. S. Conhecendo a banda de música: fanfarras e bandas marciais. São Paulo: Ricordi Brasileira, 1988.
CAMPOS, N. P. O aspecto pedagógico das bandas e fanfarras escolares: o aprendizado musical e outros aprendizados. Revista da ABEM, Porto Alegre, v. 16, n. 9, p. 103-111, mar. 2008. 
GAINZA, V. H. Estudos de psicopedagogia musical. São Paulo: Summus, 1988. v. 31.
GODOY, V. L. M. A prática pedagógica musical de uma professora de música na escola pública. 2009. 183f. Dissertação (Mestrado em Música) – Programa de Pós-graduação em Música, Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Florianópolis. 2009.
HUMMES, J. M. Por que é importante o ensino de música? Considerações sobre as funções da música na sociedade e na escola. Revista da ABEM (Associação Brasileira de Educação Musical), v.11, setembro 2004. Porto Alegre, pp.17-25.
JACOBI, P. Educação ambiental, cidadania e sustentabilidade. In: Cadernos de Pesquisa, nº 118, São Paulo, marco 2003, pp. 189-206.
SANTOS, Milton. Por uma outra globalização. Rio de Janeiro: Record, 2000.
SILVA, L. E. A. O ensaio-aula: uma proposta de metodologia de ensaio para banda de música. Revista do Conservatório de Música da UFPel, Pelotas, n. 4, p. 127-161, 2011. 
SOUZA JR., O. R.; PIMENTA, N. A. A. Fanfarras: uma gestão participativa. Ethos & Episteme, Manaus, anjo 9, v. 18, p. 105-109, jul.-dez. 2013.
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