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CINCO TEMAS RELACIONADOS A ONDAS ELETROMAGNÉTICAS ALUNOS: LIDIANA APª DOS S. PEREIRA; LUCAS AUGUSTO NACIF MOURA. • É um fenômeno físico ondulatório que acontece quando existe afastamento ou aproximação entre a fonte de onda e o espectador; • Ele acontece, visto que, a velocidade de propagação de uma onda, depende exclusivamente do meio pelo qual ela se propaga. Desse modo, pode-se afirmar que tanto o deslocamento da fonte de onda quanto o espectador, não altera a velocidade de propagação, porém haverá uma variação no comprimento e na frequência de onda; • A velocidade de propagação de uma onda, seja ela mecânica (sonora) ou eletromagnética (luz), dispõe de uma relação de proporcionalidade com seu comprimento e frequência, podendo ser descrita como: V = λ ⋅ f • Sendo v – a velocidade de propagação da onda (m/s), λ – comprimento de onda (m) e f – a frequência de oscilação (Hz ou s−1). EFEITO DOPPLER EFEITO DOPPLER • A fórmula geral empregada para calcular a mudança de frequência no efeito Doppler é representada abaixo: f ′ = f0 ⋅ v + v0 v − vf •Sendo f ′ – frequência observada (Hz), f0 – frequência emitida (Hz), v – velocidade da onda no meio (m/s), v0 – velocidade do observador (m/s) e vf – velocidade da fonte emissora das ondas (m/s). • Tem-se como exemplo, uma ambulância com sua sirene acionada, se aproximando de um espectador (B) e se afastando de outro (A). • Como a velocidade de propagação das ondas sonoras depende exclusivamente do meio (nessa situação, o ar), a velocidade relativa entre as ondas e os dois espectadores será igual. • Para que isso aconteça, ocorrem mudanças no comprimento e na frequência da onda. Concluindo-se que: • O espectador A, escutará um som com maior comprimento de onda e menor frequência, sendo assim, mais grave; • O espectador B, escutará um som com menor comprimento de onda e maior frequência, sendo assim, mais agudo. EFEITO DOPPLER • Outro exemplo do efeito Doppler, é nas ondas eletromagnéticas, como a luz. Do mesmo modo das ondas sonoras, a velocidade da luz não depende do espectador, mas sim do meio na qual propaga-se. • Por fim, ainda exemplificando, temos o efeito Doppler no radar de trânsito. Emitindo, através do radar, um feixe de luz com o valor da frequência na faixa do infravermelho, mede-se o tempo necessário para o feixe retornar à fonte. Como a velocidade da luz é constante, é possível mensurar a velocidade em que a fonte secundária (veículo) move- se a cada instante, até mesmo, em longas distâncias. EFEITO DOPPLER FÓRMULA DE FRIIS • A fórmula de Friis expressa a potência transmitida de uma antena para outra em determinadas condições ideais (sem obstáculos). Como exemplo, satélites ou naves espaciais. PR d = PT λ 4πd 2 GTGR L • Sendo PR d – Potência recebida em função da distância, PT – Potência transmitida, λ - Comprimento de onda do sinal, d – Distância T-R (Transmissor-receptor), GT – Ganho do transmissor, GR – Ganho do receptor e L – perdas. • Está fórmula supõe uma antena isotrópica de área efetiva λ2 4π imersa em uma região com uma densidade de potência: PR d = PT 4πd2 . Aefetiva= PT 4πd2 . λ2 4π = PT. λ 4πd 2 • Assim, se houver ganhos na recepção e na transmissão, bem como perdas (L), temos a fórmula anteriormente apresentada. PR d = PT λ 4πd 2 GTGR L • Define-se as perdas L como sendo: L = 10log PT PR • Mas, da relação de Friis, tem-se que: PT PR = 4πd λ 2 FÓRMULA DE FRIIS • Substituindo a segunda equação na primeira, tem-se que: L = 10log 4πd λ 2 = 20log(4π) + 20log d λ = 21,98 + 20log d λ • Assumindo a distância em Km e a frequência em MHz, tem-se que: L = 32,45 + 20log dkm + 20log 𝑓MHz FÓRMULA DE FRIIS Observações: • A fórmula mostrada é valida para antenas isotrópicas; • A fórmula exibida é valida para regiões de campos afastado, também chamado de região de Fraunhofer. Esta distância deve ser maior que o comprimento de onda emitido. • Caso consideremos os ganhos das antenas, a perda é determinada como: L = 32,45 + 20log dkm + 20log 𝑓MHz − GiT − Gi𝑅 FÓRMULA DE FRIIS ZONA DE FRESNEL • Um dos componentes fundamentais presentes em um circuito de radiofrequência (RF) são as antenas, visto que, é por meio delas que ocorre a transmissão e recepção de sinais. Por esse motivo, elas são instaladas em locais mais altos, evitando obstáculos à sua frente. • Quando não há barreiras e uma antena consegue notar a outra, atribui-se o nome de visada direta, isto é, não apresentará problema na comunicação entre transmissor e receptor, não afetando o link. • De outro modo, quando há barreiras, é necessário evitar o grau de interferência (Zona de Fresnel). Assim, ela pode ser estabelecida como uma série de elipses concêntricas ao redor da linha visada, isto é, a Zona de Fresnel determina a área ao redor da linha de visada, na qual poderá estabelecer interferência no sinal, caso ele seja bloqueado. ZONA DE FRESNEL • As ondas de rádios percorrem em linha reta desde o transmissor até o receptor. No entanto, se há barreiras, essas ondas refletindo os obstáculos podem chegar fora de fase com os sinais que percorrem diretamente, reduzindo, então, a potência do sinal coletado. • A equação geral para calcular o raio da Zona de Fresnel em qualquer ponto P entre as extremidades do link é o seguinte: Fn = nλd1d2 d1 + d2 ZONA DE FRESNEL • Sendo, Fn - raio da enésima zona de Fresnel (m), d1 - distancia do ponto P para uma das antenas (m), d2 - distância do ponto P para a outra antena (m), • Comumente 20% de bloqueio da Zona de Fresnel são admissíveis, portanto, acima de 40%, a perda do sinal é muito significativo. ZONA DE FRESNEL DIFRAÇÃO DAS ONDAS ELETROMAGNÉTICAS E COMO ESSE FENÔMENO CONTRIBUI PARA A OPERAÇÃO DOS SISTEMAS DE TELECOMUNICAÇÃO • A difração permite que as ondas atinjam antenas receptoras fora da linha de visada, e que sinais obstruídos por obstáculos sejam parcialmente recebidos. • Na figura ao lado ocorre a difração da primeira onda; no segundo caso, no entanto, a onda não sofre difração, uma vez que a fenda é muito maior que se comprimento de onda. Princípio de Huygens: • Todo ponto ao ser atingido por uma frente de onda, transforma-se uma nova fonte, tal que, a nova frente de onda é obtida através da tangência das várias frentes de onda geradas por esses novos irradiadores. DIFRAÇÃO DAS ONDAS ELETROMAGNÉTICAS E COMO ESSE FENÔMENO CONTRIBUI PARA A OPERAÇÃO DOS SISTEMAS DE TELECOMUNICAÇÃO Modelo gume de faca: • Em sistemas de telecomunicações é importante calcular a atenuação gerada pela difração em montanhas. A fim de estimarmos estas perdas, utiliza-se o modelo gume de faca. • A curva ao lado mostra o ganho de difração, em função do parâmetro de Fresnel, calculado por: v = h d1d2 d1d2 = α d1d2 λ d1d2 DIFRAÇÃO DAS ONDAS ELETROMAGNÉTICAS E COMO ESSE FENÔMENO CONTRIBUI PARA A OPERAÇÃO DOS SISTEMAS DE TELECOMUNICAÇÃO DIFRAÇÃO DAS ONDAS ELETROMAGNÉTICAS E COMO ESSE FENÔMENO CONTRIBUI PARA A OPERAÇÃO DOS SISTEMAS DE TELECOMUNICAÇÃO UTILIZAÇÃO DO ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO NO BRASIL • A autoridade e supervisão da gestão do espectro no Brasil é realizada por dois órgãos federais: Anatel e MiniCom. • O Brasil atualmente carece de uma legislação nacional unificada de comunicações ou telecomunicações. A política real é executada por meio de muitas leis fragmentadas derivadas de situações. As principais peças legislativas são CBT, LGT e a chamada “Lei do Cabo”. • A atribuição e o destino das faixas de frequência são regulados pelo espectro de radiofrequência, bem como a distribuição básica e/ou planos de canalização para serviços específicos e regiões. UTILIZAÇÃO DO ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO NO BRASIL UTILIZAÇÃO DO ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO NO BRASIL • Existem dois tipos básicos de serviços que não requerem autorização da Anatel ou MiniCom: • serviços que usam faixas de frequência de radiação restritas; • serviços de comunicação para uso exclusivo das Forças Armadas. • A Anatel não divulga o valor totalobtido com estes procedimentos, mas o leilão da banda 3G (1,9 MHz) gerou R $ 5,3 bilhões em receita. Em relação às emissoras de rádio e TV, os preços mínimos variam por região onde o serviço será oferecido. • Nos últimos dez anos, a distribuição do espectro apresentou duas tendências significativas: (1) reserva de faixas de frequência para expansão de telefonia móvel, incluindo acesso à Internet móvel; (2) levando em convergência de contas de serviços. UTILIZAÇÃO DO ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO NO BRASIL • Atualmente as faixas reservadas para banda larga os serviços de telecomunicações estão nas seguintes faixas: 800 MHz; 900 MHz; 1,8 GHz; 1,9 GHz; 2,1 GHz; 3,5 GHz. • Nos próximos cinco anos a regulação do espectro seguirá as diretrizes e agenda estabelecidas em o Plano Geral de Atualização do Regulamento de Telecomunicações (PGR) . O plano tem o seguinte conjunto de objetivos: • universalização da banda larga; • redução das barreiras ao acesso e uso de serviços de telecomunicações por renda mais baixa; • melhoria da qualidade percebida pelos usuários; • expansão do uso de redes e serviços de telecomunicações para cobrir necessidades dos consumidores, especialmente por meio de ofertas de serviços convergentes; • criação de pacotes de serviços a preços justos em áreas rurais; UTILIZAÇÃO DO ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO NO BRASIL • assegurar níveis adequados de concorrência na exploração dos serviços; • expansão dos serviços de TV por assinatura para distribuição de conteúdo; • desenvolvimento de tecnologias e manufatura nacionais. • Um resumo do espectro atualmente alocado para operação licenciada e não licenciada dos serviços sem fio são apresentados na tabela abaixo ao lado: Banda Serviço Licença 2,4 GHz Wi-Fi (802,11b/g) Não 2,5 GHz MMDS, Wi-Max, LTE Sim 3,5 GHz Wi-Max, LTE Sim 4,9 GHz Serviços Governamentais Sim 5,4 GHz Wi-Fi (802,11a) (ponto-a- multipontos / ponto-a- ponto) Não 5,8 GHz Wi-Fi (802,11a) (ponto-a- multipontos / ponto-a- ponto) Não 1,9 GHz e 2,1 GHz 3G Sim
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