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Artrópodes ❖ Filo Arthropoda ➢ Características: presença de apêndices articulados, corpo com simetria bilateral, cabaça, tórax e abdome diferenciados (insetos) ou fusionados (ácaros), exoesqueleto endurecido (quitina), tubo digestivo completo, etc. ❖ Classe arachnida → composta por artrópodes das subclasses Acari, Araneida e Scorpionida (ácaros, carrapatos, aranhas, escorpiões e opiliões) que possuem presença de quelíceras no aparelho bucal e ausência de antenas. ❖ Subclasse Acari ➢ Corpo fusionado, sem segmentação → não há cabeça e sim um aparelho bucal (gnatossoma ou capitulo) ➢ Há superordens: Parasitiforme (ordem ixodida = metastigmata e mesostigmata) e a acariformes (ordens trombidiformes e sarcoptiformes). ➢ De acordo com o tipo de respiração e localização do estigma respiratório: ▪ Astigmata → não apresenta estigma ▪ Prostigmata →estigma próximo aparelho bucal ▪ Mesostigmata: estigma entre 3º e 4º par de coxas ▪ Brachypilina: estigma entre os primeiros pares de pata ▪ Ixodida ou metastigmata: estigmas entre 3º e 4º par de patas ou atrás do 4º ➢ Morfologia ▪ Corpo fusionado → idiossoma ▪ Aparelho bucal→gnatossoma (palpos-sensorial, quelíceras-corta pele e hipostômio-canal alimentar) ▪ Fase larval – 3 patas ▪ Ninfas e adultos – 4 patas ▪ Reprodução sexuada → esperma transferido para o ovário ▪ Circulação da hemolinfa é aberta, ocorre por meio da movimentação da musculatura e dos órgãos internos ▪ Há uma massa ganglionar que funciona como cérebro → fica no idiossoma ▪ Possuem sistema digestivo desenvolvido → produz partículas fecais esféricas Porção Dorsal Capítulo ou Gnatossoma: ❖ Quelíceras cortam pele ❖ Hipostômio se fixa com quelíceras e tem dentes recorrentes ❖ Palpos possuem sensilas sensoriais Cone de fixação: formado após inserção de quelíceras e hipostômio. → saliva gera resposta imunológica Carrapatos: Classe Arachinida → Subclasse acari → Superordem Parasitiformes → Subordem Metastigmata ou ixodida ❖ Características: ➢ Ácaros de pequeno porte ➢ Quelíceras modificadas e palpo curto ➢ Corpo fusionado ➢ Ninfas e adultos – 4 pares de pata ➢ Respiração cutânea ou traqueal ➢ Larvas com três pares de pata ❖ Efeitos no hospedeiro ➢ Irritação ➢ Espoliação ➢ Predisposição a miíases e infecções ➢ Danos ao couro ➢ Transmissão de patógenos ➢ Injeção de substancias tóxicas ❖ Morfologia ➢ Vista dorsal Base do Gnatossoma Hexagonal Base do Gnatossoma Quadrangular ➔ Ângulo reto Placas adanais: podem estar presentes nos machos de algumas espécies Há presença de festões é variada (machos e fêmeas) e o peritrema tem formas diferentes entre as espécies. Peritrema: abertura do estigma respiratório ➢ Vista ventral Filo Arthropoda → Classe Arachnida → Subclasse acari → Superordem parasitiformes → subordem ixodida ou metastigmata Família Ixodidae – Representantes monóxenos ❖ Características: ➢ Aparelho bucal: palpos, quelíceras e hipostômio com dentes. ➢ Possuem escudo → em machos é longo e em fêmeas, ninfas e larvas é curto ▪ Dimorfismo sexual ➢ Ninfas e adultos com estigma não nível da corra IV ➢ Ciclo: Ovo → larva → ninfa → adultos (machos e fêmeas) ▪ Larvas: 3 pares de patas + respiração cutânea ▪ Ninfas: 4 pares de patas + respiração traqueal + sem aparelho genital ▪ Fêmeas e machos: Possuem aparelho genital ➢ Ciclo geral: ▪ Fêmeas após postura morrem ▪ Não há aparelho copulador → macho deposita espermatóforos pelo aparelho bucal • Cópula dura dias ❖ Rhipicephalus (Boophilus) microplus ➢ Hospedeiros: Bovinos, equinos, cães, veados e outros hospedeiros. ▪ Não manter equino no mesmo pasto de bovinos para evitar infestações →importante pois certas medicações carrapaticidas não podem ser usadas em equinos ➢ Características ▪ Base do gnatossoma hexagonal ▪ Hipostômio, quelíceras e palpos curtos ▪ Escudo sem ornamentos ▪ Festoes ausentes ▪ Estigma arredondado ou oval ▪ Machos tem dois pares de placas adanais ➢ Vetor de babesia bigemina, B. bovis e anaplasma marginale para bovinos. Vetor de theileria equi para equinos. ➢ Principais sítios de fixação: locais de pele fina e protegida de raios solares → região ventral, orelhas ➢ Importância: ▪ Picada causa lesão que leva a irritação e perda de sangue → predispõem a miíases ▪ Pode gerar anemia e queda da produtividade ▪ Danos ao couro → desvalorização ▪ Transmitem os causadores da tristeza parasitaria bovina → babesia, riquetsia e anaplasma. • Pode transmitir outros vírus e bactérias. ▪ Têm apresentado resistência a carrapaticidas ➢ Controle ▪ Nas pastagens → limpeza das pastagens, rotação das pastagens de forma estratégica baseada no ciclo do carrapato e queima de pastagens (não é 100% eficaz) ▪ No hospedeiro → banhos de imersão (usado em locais com muitos animais, caro); aspersão ou spray (econômico e prático, os resultados dependem muito do operador – jato deve molhar animal no sentido contrário a implantação dos pelos, mais seguro para animais jovens e fêmeas prenhes) • Seguir as recomendações dos produtos a fim de evitar a geração de resistência ▪ Os banhos devem ser feitos com os animais descansados e sem sede e em horas mais frescas → evitar exposição ao sol após o banho ▪ Vacinação = eficácia variada pois há variação genética entre as populações de carrapatos • Controle a longo prazo → não há mortalidade rápida ▪ Produtos injetáveis – feitos a partir da fermentação de um fungo → uso indiscriminado gerou resistência em várias regiões ➢ Raças resistentes: Zebuínas ❖ Dermacentor Nitens ➢ Características: ▪ Gnatossoma com rostro e palpos curtos ▪ Estigma parece disco de telefone ▪ Escudo sem ornamentação ▪ Apresenta 7 festões ▪ Coxas aumentando de I para IV ▪ Machos não têm placas adanais ▪ Base do gnatossoma quadrangular ➢ Hospedeiro: equídeos, bovinos e cães ➢ Locais de fixação: por todo o corpo, mas prefere pavilhão auricular, divertículo nasal e a região da cauda do equino ➢ Importância ▪ Vetor de babesia equi e a B. caballi para equinos ▪ Sua picada pode gerar ferimentos que favorecem miíases → pode levar a perda da orelha em equinos ➢ Controle ▪ Difícil controle por ficar em locais escondidos ▪ Em regiões endêmicas o controle deve ser feito por pulverização com produtos acaricidas em todo o corpo do animal em intervalo de 24 dias por pelo menos 4 meses ininterruptos e depois o animal volta para o mesmo pasto → repetir para limpar as pastagens ▪ Roçar a pastagem no verão, expondo o solo → falta de abrigo faz com que dessequem no sol ❖ Fases do ciclo biológico ❖ Estágios: ovo, larva, ninfa e adulto ❖ Fase de vida livre → comum a todos os carrapatos ➢ Machos não tem – após fixação não voltam ao ambiente ❖ Fase parasitária → apenas um hospedeiro ➢ De larva a fêmea ➢ R. Microplus dura em média 21 dias ➢ D. nitens: 24 dias ❖ Órgão de gene: glândula entre o gnatossoma e o escudo → exposta durante a postura dos ovos → produz uma secreção que lubrifica e confere resistência aos ovos a mudanças ambientais, principalmente de umidade. ❖ Ciclo Biológico Monoxeno: ➢ Adultos no hospedeiro copulam → fêmea ingurgitada (teleógina) se solta do hospedeiro e procura local seguro e úmido no ambiente → realiza a fase de pré-postura → fase de postura onde há oviposição, que pode durar dias → ovos permanecem aglutinados e eclodem em larvas → larvas sobem no hospedeiro e se alimentam → larva ingurgita (metalarva) e sofre muda para ninfa → ninfa ingurgita (metaninfa) e sofre muda para adultos (macho ou fêmea) → adultos maduros copulam → fêmea após copula ingurgita e reinicia o ciclo ➢ As larvas que eclodem dos ovos sobem para a ponta do capim, esticam o primeiro par de patas onde está o órgãode Haller (sensorial) sentem a aproximação do hospedeiro e se desprendem do capim ➢ Duração das fases da vida varia de acordo com o ambiente. ▪ Banhos de controle devem ser feitos na primavera/verão onde as fases duram menos → indicado 5 banhos a cada 21 dias (por +/- 100 dias) → elimina uma geração de carrapatos = CONTROLE ESTRATEGICO ➢ R. Microplus → 4 a 5 gerações anuais ➢ Dermacentor nitens → 3 a 4 gerações por ano ❖ Resistência do hospedeiro ➢ Racial como ocorre com os zebuínos ➢ Individual ❖ Teste de resistência acaricida ❖ Profilaxia ➢ Escolha adequada do produto → fazer teste de resistência ➢ Realizar o tratamento seguindo as recomendações ➢ Ciclo e dinâmica sazonal ▪ Controle estratégico ▪ Controle seletivo ➢ Raças ➢ Vacinas
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