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resumo acaros e carrapatos

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Agentes biológicos 
Artrópodes: ordem acari 
CARACTERÍSTICAS: 
- Apêndices articulados. 
- Simetria bilateral. 
- Corpo geralmente segmentado (somitos, metâmeros) e articulado exteriormente. 
- Cabeça, tórax e abdômen diferenciados (insetos) ou fusionados (ácaros). 
- Exoesqueleto endurecido (quitina). 
- Fazem mudas. 
- Respiração por traquéias, brânquias e/ou pulmões. 
- Fecundação interna. 
- Presença de órgãos de sentido como antenas, pêlos sensitivos. 
- Reprodução sexuada. 
-Tubo digestivo completo. 
- Sistema circulatório aberto (a hemolinfa não está contida em vasos, é 
transparente, contém hemócitos e circula entre os órgãos). 
 
 
CLASSES DE IMPORTÂNCIA MÉDICA VETERINÁRIA: 
 
 
 
 
 
 
 
FILO ARTHROPODA, CLASSE ARACHNIDA, ORDEM ACARI (ACARINA) 
CARACTERÍSTICAS: 
- Ácaros de pequeno porte. 
- Quelíceras modificadas e palpos curtos.- Cefalotórax e abdômen fusionados. 
- Corpo coberto por placas dorsais e ventrais. 
- Larvas com três pares de patas. 
- Ninfas e adultos com quatro pares de patas. 
- Respiração cutânea ou traqueal. 
 
SUBORDEM MESOSTIGMATA (Gamasida): 
(meso - mediano; stigmata - espiráculo) 
CARACTERÍSTICAS: 
- Um par de estigmas respiratórios ao nível da coxa II e III abrindo-se em peritremas 
alongados. 
- Presença de escudo dorsal. 
- Hipostômio desprovido de dentes recurrentes;. 
- Podem ser de vida livre ou parasitas internos (vias respiratórias) ou externos de 
répteis, aves e mamíferos; 
- Podem ser vetores de agentes patogênicos, provocar reações cutâneas e alguns 
podem causar anemia;. 
- Ciclo: ovo - larva - protoninfa - deutoninfa – adultos 
 
ÁCAROS DE IMPORTÂNCIA MÉDICA VETERINÁRIA 
-Dentre os ácaros de importância médica veterinária temos sarnas e carrapatos. 
-Agentes espoliantes e irritativos: queda de produção acentuada. 
Carrapatos: vetores biológicos de diversas enfermidades, principalmente aquelas 
ocasionadas por parasitas sanguíneos (hemoparasitos). 
 
Sarnas de importância Médico Veterinária 
Sarnas superficiais (família Psoroptidae ) 
Sarnas profundas (família Sarcoptidae) 
-Ocasionam quadros clínicos de relativa importância devido a irritação e inflamação 
local desencadeada pelas diversas fases evolutivas destes agentes. 
 
 Agentes biológicos 
- Em aves, temos como exemplo de sarna profunda, a Knemidocoptes sp., a qual é 
de grande importância, devido ao seu aspecto irritativo principalmente naqueles 
animais criados a solta e/ou sob condições inadequadas. 
- Dentre as sarnas superficiais em nosso meio temos a ocorrência de Psoroptes equi, 
Otodectes sp. e Chorioptes bovis, sendo mais comum nos eqüinos a Psoroptes e a 
Otodectes. 
 
FAMÍLIA DERMANYSSIDAE 
GÊNERO: Dermanyssus 
ESPÉCIE: Dermanyssus gallinae 
CARACTERÍSTICAS: 
- Escudo dorsal redondo. 
- Quelíceras que terminam em quelas (bifurcação). 
- Todas as patas com garras e carúnculas. 
- Escudos truncados posteriormente. 
- Chamado vulgarmente de piolhinho, ácaro vermelho das aves). 
- Passa a maior parte do tempo fora do hospedeiro, em frestas e gaiolas. 
Quando no hospedeiro, preferem a região da cloaca. 
- Especificidade baixa e ciclo rápido (45 dias). 
HOSPEDEIROS: 
- Parasita de galinhas e outras aves (principalmente canários). 
CICLO:. 
-Postura (12 a 24 horas): Ovos depositados em fendas ou detritos acumulados no 
galinheiro, ninhos das galinhas ou de outras aves. 
- Várias posturas sucessivas, sendo cada postura precedida de uma alimentação de 
sangue. 
- 48 a 72 horas após a postura há a eclosão das larvas (estas não se alimentam) e 
em 24 a 48 horas passam a protoninfa. 
- 24 a 48 horas passam a deutoninfa (estas se alimentam) e em mais 24 a 48 horas 
passam a adultos. 
- O ciclo todo pode ser completado em 7 dias; 
- Adultos podem sobreviver até 4 a 5 meses no ambiente sem alimentação; 
- O hábito alimentar é noturno. De dia são encontrados nos ninhos e frestas dos 
galinheiros. 
 
 
 
FAMÍLIA DERMANYSSIDAE 
GÊNERO: Dermanyssus 
ESPÉCIE: Dermanyssus gallinae 
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÁRIA E SAÚDE PÚBLICA: 
- Provoca diminuição da postura, perda de peso, irritação, anemia, influencia no 
desenvolvimento das aves jovens. 
- Pode atacar o homem causando dermatites. 
- Podem ser vetores de agentes patogênicos (vírus, bactérias). 
- A anemia pode levar a morte dos animais. 
CONTROLE: 
- Remoção dos ninhos das aves. 
- Limpeza dos galinheiros, gaiolas. 
- Aplicação de acaricidas nas paredes e pisos das instalações. 
- Higiene e isolamento das aves parasitadas. 
- Aquisição de aves livres de ácaros. 
 
FAMÍLIA MACRONYSSIDAE 
GÊNERO Ornithonyssus 
ESPÉCIES: Ornithonyssus bursa, Ornithonyssus sylviarum 
CARACTERÍSTICAS: 
- Escudo dorsal pontiagudo. 
- Quelíceras finas e longas. 
- Especificidade baixa e ciclo rápido. 
- Geralmente passa todo o ciclo sobre a ave. 
- Hematófago. 
- Fora do hospedeiro pode sobreviver até dois meses sem alimentação. 
- Localização preferida é na cloaca que fica com aparência de suja 
(escura), mas em grandes infestações é encontrado em todo o corpo da ave. 
 
HOSPEDEIROS: 
Galinhas e outras aves domésticas (perus, patos) e silvestres (pombos, pardais). 
ESPÉCIE: Ornithonyssus bacoti 
CARACTERÍSTICAS: 
- Parasita de ratos silvestres, podendo parasitar ratos brancos e camundongos, pois 
podem entrar em laboratórios. 
 
 Agentes biológicos 
CICLO: 
As fêmeas fazem a postura sobre o hospedeiro ou nos ninhos, sendo grande o 
número de ovos nas plumas das aves - As larvas eclodem em cerca de três dias (não 
se alimentam) - em 17 horas passam a protoninfas que se alimentam - mais 1 a 2 
dias passam a deutoninfas - mais 1 a 2 dias à adultos. 
(Ciclo pode ser completado em 7 dias.) 
-Mesmo do gênero Dermanyssus. 
 
CONTROLE: 
Mesmo do gênero Dermanyssus, porém os animais devem ser tratados com 
acaricidas. 
 
FAMÍLIA MACROCHELIDAE 
GÊNERO Macrocheles 
ESPÉCIE Macrocheles muscaedomesticae 
CARACTERÍSTICAS: 
- Quelíceras queladas fortemente. 
- Placa dorsal única. 
- Primeiro par de patas mais fino, mais longo e sem carúnculas e garras que os 
demais. 
- Escudo ventral e genital separados. 
- Encontra-se em fezes de ruminantes, eqüinos e aves de postura. 
- Alimentam-se de larvas de moscas e nematóides. 
- Funciona como controle biológico dos outros, pois os insetos carregam agentes 
patogênicos (bactérias). 
- Parasita outros artrópodes. 
 
HOSPEDEIROS: 
Moscas (principalmente Musca domestica) e outros insetos. 
CICLO: 
- As fêmeas deste ácaro utilizam-se das moscas e outros insetos para dispersão e 
efetuam a postura nos locais de criação de mosca (fezes). 
- As larvas eclodem em 6 a 10 horas apresentam 3 pares de patas e não se 
alimentam. 
 
 
 
- Em 6 a 11horas mudam para protoninfas, em 13 a 24 horas para deutoninfas e 
levam quase 24 horas da fase de deutoninfa à adultos. 
- O ciclo é completado em 2 a 3 dias. Enquanto a mosca completa 1 geração o ácaro 
completa 3 gerações. 
- As fêmeas podem ficar ovipositando por até 24 dias e cada uma coloca um total 
de 90 ovos. 
 
IMPORTÂNCIA: 
- Os adultos são predadores dos ovos e larvas de 1o ínstar de moscas, enquanto que 
as ninfas alimentam-se mais comumente de nematoides promovendo um controle 
biológico. 
- É problemático em insetos criados em laboratório. 
 
CONTROLE: 
- Por ser um problema em laboratórios, recomenda-se o uso de telas nas janelas e 
portas para impedir o acesso de moscas, já que estas podem estar dispersando os 
ácaros. 
- Pulverizar as fezes para controlar as larvas (não é ideal porque mata também os 
predadores e passada a ação do inseticida há uma superpopulação de larvas) e 
pulverizar o ambiente (instalações). 
 
CONTROLE BIOLÓGICO: 
É complicado por requerer ambiente úmido, porém não fluído e não se alimentam 
de larvas de 2o e 3o ínstar, consomem em média dez presas por dia, não são muito 
longevos (a fêmea vive em média três semanas). 
 
FAMÍLIA RAILLIETIDAE 
GÊNERO RaillietiaCARACTERÍSTICAS: 
- Parasita o conduto auditivo externo. 
- Escudo dorsal sem forma. 
- Presença de placa anal. 
ESPÉCIES Raillietia flecthmanni, Raillietia auris, Raillietia caprae. 
HOSPEDEIROS: 
Raillietia flecthmanni - búfalos e bovinos 
Raillietia auris – bovinos 
Raillietia caprae - caprinos (principal) e ovinos 
 Agentes biológicos 
CICLO: 
- As fêmeas, machos e larvas localizam-se no ouvido externo do animal, as proto e 
deutoninfas no meio ambiente. 
- As fêmeas dão nascimento às larvas (ovovivíparas) que não se alimentam. 
- Esse ácaro provoca escarificação da pele do animal ao fixar-se (o pedicelo possui 
garras) o que leva a uma otite bacteriana subclínica (facilita a penetração das 
bactérias). 
- Os zebuínos são mais sensíveis a esse ácaro do que o gado europeu, e a presença 
do ácaro no ouvido é comum nos animais (20-40 ácaros por ouvido). 
 
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÁRIA E SAÚDE PÚBLICA: 
- Tem importância apenas como porta de entrada para bactérias e 
conseqüentemente otites bacterianas. 
CONTROLE: 
- Limpeza e aplicação de acaricida no conduto auditivo, pois a presença do ácaro 
pode levar a otite. 
 
RESUMÃO DAS SARNAS 
-- 
São doenças parasitárias de pele as que se consideram sob o nome de "sarna", 
sendo doenças contagiosas, pruriginosas, transmitidas aos animais e 
eventualmente ao homem através do contato direto com ácaros que são parasitas 
microscópicos, algumas ocorrendo exclusivamente em animais, outras tanto em 
animais como no homem, da qual é exemplo a Escabiose (sarna sarcóptica). 
- Nos gatos é denominada Sarna Notoédrica (Notoedris cati). É altamente contagiosa 
entre gatos. 
 
 
 
 
A sarna sarcóptica (Sarcoptes Scabiei.): 
 é uma dermatite muito frequente e além de contagiosa, sendo que a demodécica 
não é contagiosa. 
- A sarna sarcóptica é transmissível ao homem. 
A sarna demodecica ( demodex canis): 
é causada por um ácaro que se aloja na base dos folículos pilosos e nas glândulas 
sebáceas. 
- Caso não seja devidamente tratada, além de causar queda de pelos generalizada, 
pode levar à morte, pela infecção secundária que se estabelece na pele do animal 
causada por entidades patogénicos encontradas inclusive na terra ou pelagem dos 
próprios animais, agravada ainda pela comichão intensa que provoca, levando a 
escoriações causadas pelas unhas do próprio animal. 
- A sarna demodecica não é contagiosa para o homem, não havendo necessidade de 
maiores cuidados por parte das pessoas que com o animal doente tenham tido 
contato. Porém, é altamente contagiosa para outros cães ou gatos que com o mesmo 
convivam, até de forma indireta, através de panos ou objectos infectados. 
 - Os ácaros causadores das sarnas preferem regiões com poucos pelos 
(especialmente o pavilhão auricular e o abdómen.). Uma vez no hospedeiro (o cão), 
as fêmeas cavam galerias debaixo da pele, por onde põem seus ovos, que se tornam 
larvas; estas alimentam- se da epiderme. 
- Os ácaros penetram na camada mais profunda da epiderme, denominada 
germinativa, responsável pela regeneração da pele, perfurando-a e revestindo-a 
com queratina, fazendo com que se crie uma parede cornificada, provocando assim 
esfoliação das camadas superiores. 
- Novas camadas de camada córnea são geradas em reação defensiva frente aos 
ácaros. Como resultado há uma maior vascularização da epiderme com consequente 
rubor e calor, que se detecta como uma inflamação. 
 - Os parasitas carregam consigo germes que são os causadores das infecções 
secundárias que se estabelecem no local, e que põe em alerta as defesas naturais 
do organismo do cão, que passa a combater não apenas um invasor parasita, mas 
também a bactéria ou fungo, o que complica ainda mais o quadro clínico. 
- É extremamente importante que a doença seja diagnosticada rapidamente para 
que haja um combate mais eficaz do parasita e de suas larvas. 
- O ácaro da sarna, principalmente sarcóptico, causa intenso prurido ao escavar a 
pele; esta seca, engrossa e enruga-se. Formam-se crostas nas áreas afetadas. As 
lesões aparecem primeiro na cabeça, em torno dos olhos, orelhas e focinho; daí 
estende-se pelas costas, abdómen e patas. 
 Agentes biológicos 
- O ácaro demodécico pode causar diversas lesões, desde pequenas plaquetas em 
torno dos olhos; sendo essas sanguinolenta ou purulenta, a pele fica congestionada 
e com pigmentação escura de intensidade variável. 
 
Diagnóstico: 
-O diagnóstico deve ser feito por um veterinário através do exame clínico do cão, a 
partir da análise das substâncias encontradas na pele do animal. 
-Muitas vezes é preciso que haja um exame mais elaborado para se determinar o 
diagnóstico final. 
 
Principais doenças produzidas por ácaros 
Dermatoses 
Ornithonyssus bacoti (roedores e homem) 
Dermanyssus gallinae (aves e homem) 
Pyemotis tritici (cereais e homem “Sarna dos cereais”) 
Sarcoptes scabiei (homem “Sarna ou escabiose” 
Tyrophagus putrescentiae (farinha e homem “Sarna dos especieiros) 
Alergias respiratórias 
Ácaros da família Pyroglyphidae. 
Ex. Dermatophagoides farinae (poeira doméstica) 
 
Carrapatos moles e carrapatos duros, família Argasidae e família Ixodidae. 
Família Argasidae : temos no Brasil de ocorrência em aves criadas a solta em 
pequenas e grandes propriedades e raramente em plantéis avícolas, de carrapatos 
dos gêneros Argas miniatus e Ornithodorus sp. 
Estes ácaros buscam os animais quando da realização da hematofagia (repasto 
sanguíneo) nas suas diferentes fases evolutivas (larva, ninfa e adulto), não 
permanecendo por períodos muitos longos sobre estes animais, retornando para 
locais de proteção (gretas e buracos em instalações, p.ex.) após repletos de sangue. 
Faz-se interessante citar que uma fêmea de Argas miniatus pode permanecer por 
períodos de até cinco anos sem realizar a hematofagia, mostrando-se desta maneira 
ser um agente de difícil erradicação após instalado. 
Os carrapatos da família Ixodidae são os mais conhecidos dentre este grupo por 
serem agentes de ocorrência mais comum, atuando como ectoparasitos de grande 
importância em animais domésticos e silvestres. 
 
 
FILO ARTHROPODA 
CLASSE ARACHNIDA 
ORDEM ACARI (ACARINA) 
CARACTERÍSTICAS: 
- Ácaros de pequeno porte. 
- Quelíceras modificadas e palpos curtos. 
- Cefalotórax e abdômen fusionados. 
- Corpo coberto por placas dorsais e ventrais. 
- Larvas com três pares de patas. 
- Ninfas e adultos com quatro pares de patas. 
- Respiração cutânea ou traqueal. 
 
SUBORDEM METASTIGMATA (carrapatos) 
(meta - atrás; stigmata - espiráculo) 
 
FAMÍLIA IXODIDAE 
Escudo incompleto na fêmea e completo no macho de Ixodidae. 
CARACTERÍSTICAS: 
- Possuem um par de estigmas respiratórios ao nível da coxa IV abrindo-se em 
peritremas curtos. 
- Fêmeas com área porosa na base do capítulo. 
- Hipostômio com dentes recurrentes. 
- Carrapatos com escudo dorsal cobrindo toda a face dorsal no macho e somente 
1/3 face dorsal da fêmea, ninfa e larva. 
- Podem ser vetores de agentes patogênicos, provocarem reações cutâneas e 
causarem anemia. 
- Dimorfismo sexual nítido. 
- Ciclo: ovo - larva - ninfa – adultos. 
 
CICLO GERAL DOS IXODÍDEOS: 
- As fêmeas após se destacarem dos hospedeiros procuram um abrigo próximo ao 
solo, onde põem grande quantidade de ovos. 
- O período de ovipostura é de vários dias. 
- Terminada a oviposição as fêmeas morrem. 
- Os ovos são castanhos, esféricos e pequenos. 
- O desenvolvimento do ovo até adulto depende muito das condições de 
temperatura. 
 Agentes biológicos 
CICLO GERAL DOS IXODÍDEOS: 
- Durante o desenvolvimento os ixodídeos passam pelos estádios de larva hexápoda, 
ninfa octópoda e adulto. 
- Larvas eclodidas sobem pelas gramíneas e arbustos e esperam a passagem do 
hospedeiro para os quais se transferem. 
- Após sugar o sangue dos hospedeiros durante alguns dias, a larva sofre muda da 
cutícula e se transforma em ninfa. 
- Estaque é octópoda espera alguns dias para o enrijecimento da cutícula, 
ingurgita-se de sangue e muda novamente de cutícula para se transformar em 
adultos (macho ou fêmea). 
- As fêmeas repletas de sangue se desprendem do hospedeiro e no solo após um 
período de descanso, iniciam a ovipostura. 
- Os machos permanecem mais tempo no hospedeiro. A cópula usualmente ocorre 
sobre o hospedeiro. 
 
CLASSIFICAÇÃO DO CICLO DE ACORDO COM O NÚMERO DE 
HOSPEDEIROS: 
1- Monoxeno - Carrapato de um só hospedeiro – É quando todos os três 
estádios (larva, ninfa e adulto) se alimentam no mesmo hospedeiro, onde 
também realizam as mudas. 
 
2- Dioxeno – Carrapato de dois hospedeiros – Os estádios de larva e ninfa 
são no mesmo hospedeiro, onde também é realizada a primeira ecdise. A 
segunda ecdise se realiza no solo e o ixodídeo adulto procura um segundo 
hospedeiro. 
3- Trioxeno – Carrapato de três hospedeiros – Para cada estádio há um 
hospedeiro, todas as mudas são feitas fora do hospedeiro. 
1- Larvas se alimentam no animal e ingurgitam. 
2- Larva muda para ninfa no solo. 
3- Ninfa se alimenta, ingurgitae deixa o animal. 
4- Ninfa muda para macho ou Fêmea 
5- Machos e fêmeas copulam e se alimentam no animal. 
6- Fêmea vai ao solo fazer postura. 
 
 
 
 
 
GÊNERO: Rhipicephalus 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
- Palpos e rostro curtos. 
- Base do gnatossoma geralmente hexagonal. 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
- Escudo sem ornamentação; olhos e festões presentes, coxa I bífida. 
- Machos com um par de placas adanais desenvolvidas e um par rudimentar. 
- Peritremas em forma de vírgula acentuados no macho e pouco acentuados na 
fêmea. 
 
ESPÉCIE: Rhipicephalus sanguineus 
HOSPEDEIROS: - Parasita de cães, mas pode parasitar também gato e carnívoros 
silvestres. 
CICLO: É um carrapato que exige três hospedeiros para completar o ciclo (trioxeno), 
pois todas as mudas são feitas fora dos hospedeiros. 
- As fêmeas põem de 2000 a 3000 ovos em toda sua vida. 
SOBREVIVÊNCIA 
- As larvas não alimentadas podem sobreviver até oito meses e meio. 
- As ninfas seis meses. 
- Adultos até 19 meses. 
- Este carrapato é comum em cães. 
- Altas infestações provocam desde leves irritações até anemia por ação espoliadora. 
- O carrapato pode atacar qualquer região do corpo, porém é mais frequente nos 
membros anteriores e nas orelhas. É considerado o principal transmissor da 
babesiose canina; a transmissão pode ser transovariana ou transestadial, pode 
também transmitir vírus e bactérias. 
- Pode atacar o homem causando dermatites. 
 
CONTROLE: 
-Aplicação de banhos carrapaticidas nos cães, repetindo-se o tratamento duas ou 
três vezes com intervalos de 14 dias. 
-Limpeza dos canis. 
-Aplicação de acaricidas nas paredes, teto e piso das instalações. 
-Higiene e isolamento dos cães. 
 
 
 Agentes biológicos 
GÊNERO Boophilus ou Rhipicephalus 
Atualmente, após sequenciamento genético o gênero Boophilus passou a ser 
subgênero de Rhipicephalus, passando então a se chamar Rhipicephalus 
(Boophilus) microplus. 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
- Rostro e palpos curtos, achatados, rugosos lateral e dorsalmente. 
- Base do gnatossoma hexagonal. 
- Escudo sem ornamentação. 
- Olhos presentes. 
- Festões ausentes. 
- Peritremas arredondados ou ovais. 
- Machos com dois pares de placas adanais desenvolvidas e geralmente com 
prolongamento caudal. 
 
HOSPEDEIROS: 
Bovídeos, pode ser encontrado em outros hospedeiros domésticos e silvestres. 
 
CICLO: 
O R.(B.) microplus é um carrapato de um só hospedeiro (monoxeno). 
As fêmeas ingurgitadas (denominadas teleóginas) e prestes a darem início a 
ovoposição desprendem-se naturalmente do hospedeiro e no solo procuram um 
lugar apropriado para a ovipostura. 
A oviposição pode durar vários dias. As teleóginas realizam a postura de 3000 a 
4000 ovos que permanecem aglutinados. Terminada a ovoposição a fêmea 
morre. 
 
ESPÉCIE Rhipicephalus (Boophilus) Microplus 
 
CICLO: 
A duração do ciclo não parasitário varia muito dependendo das condições 
climáticas, sendo 27◦C e 80% umidade as condições ideais para o desenvolvimento 
do ciclo. 
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÁRIA: 
1- Dano direto causado pela picada do carrapato, com irritação local e perda de 
sangue. 
 
 
2- Inoculação de toxinas; 
3- Transmissão de doenças 
-Transmite a Babesia e o Anaplasma agentes causadores da tristeza parasitária 
bovina. 
-Pode transmitir também viroses e bactérias. 
 
CONTROLE: 
a)Banho de Imersão 
É o método preferido há vários anos. 
Utilizado para propriedades com grande número de animais, pois o custo das 
instalações e gasto com produtos químicos é alto. 
b)Aspersão ou spray 
É econômico e prático, utilizado em pequenas propriedades. Os resultados 
dependem muito da habilidade e do cuidado do operador. O jato de deve molhar o 
animal no sentido oposto a implantação do pelos. É mais seguro que o de imersão 
para animais novos e vacas gestantes. Deve-se seguir a risca as instruções dos 
fabricantes dos carrapaticidas. 
 
GÊNERO: Amblyomma 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
- Palpos e hipostômio longos. 
- Geralmente ornamentado. 
- Olhos e festões presentes. 
- Base do gnatossoma de formas variadas. 
- Placas adanais ausentes no macho. 
- Peritremas em forma de vírgula ou triangular. 
ESPÉCIE Amblyomma cajennense 
HOSPEDEIROS: 
- Parasita a maioria dos animais domésticos e alguns silvestres. 
- Pode parasitar o homem. 
 
CICLO: 
É um carrapato que exige três hospedeiros para completar o ciclo (trioxeno), pois 
todas as mudas são feitas fora dos hospedeiros. A fêmea põe de 6000 a 8000 ovos 
em toda sua vida. 
 
 
 Agentes biológicos 
IMPORTÂNCIA: 
Pode transmitir vários agentes patogênicos, como Borrelia, agente da doença de 
Lyme e Rickettsia rickettsi causadora da febre maculosa. A sua picada pode originar 
ferimentos na pele de cura demorada. 
CONTROLE: 
Mesmo do Rhipicephalus. 
 
GÊNERO: Anocentor 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
- Rostro e palpos relativamente curtos. 
- Peritremas circulares (parece um dial de telefone). 
- Escudo sem ornamentação. 
- Com sete festões. 
- Coxas IV muito maiores que as demais. 
- Sem placas adanais. 
ESPÉCIE: Anocentor nitens 
HOSPEDEIROS: Eqüídeos. 
LOCALIZAÇÃO: Principalmente no pavilhão auricular. 
CICLO: 
- Monoxeno. 
- As fêmeas põem em média 3000 ovos no solo. 
- As larvas podem resistir até 71 dias sem se alimentar quando as condições são 
favoráveis. 
IMPORTÂNCIA: 
- Pode transmitir vários agentes patogênicos como Babesia. 
- A sua picada pode originar ferimentos na pele com até perda da orelha. 
- Favorece miíases. 
- Não possuem escudo. 
- Gnatossoma ventral nos adultos e nas ninfas e anterior nas larvas. 
- Palpos livres. 
- Orifício genital entre as coxas I e II. 
- Fêmeas sem áreas porosas na base do capítulo. 
- Tegumento coriáceo, rugoso e granuloso. 
- Peritrema entre o 3 e 4 par de coxas. 
- Dimorfismo sexual pouco acentuado. 
 
 
IMPORTÂNCIA: Argas, Ornithodorus e Otobius. 
 
FAMÍLIA ARGASIDAE 
GÊNERO Argas 
CARACTERÍSTICAS MORFOLOGICAS: 
- Face dorsal separada da ventral por um bordo lateral nítido. 
- Achatado dorso-ventralmente. 
- Aparelho bucal na face ventral. 
 
HOSPEDEIROS: Galinha, peru, pombo e outras aves.Carrapato comum em 
galinheiros. 
CICLO 
1- Adultos ingurgitam sobre a ave. 
2- Fêmea cai e faz postura dos ovos. 
3- Larvas fixam-se na ave. 
4- Larvas ingurgitam. 
5- Larvas caem e fazem ecdise. 
6- Ninfas 1 fixam-se na ave e ingurgitam. 
7- Ninfas 1 caem e fazem ecdise para 
Ninfas 2 
8- Ninfas 2 sobem na ave e ingurgitam. 
9- No solo as N2 passam a adultos, macho 
e fêmea. 
10- Adultos sobem na ave e alimentam-se.

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