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1
UMA REVOLUÇÃO CHAMADA RENASCIMENTO 
Ao longo dos séculos XV e XVI, muitas sociedades da Europa Ocidental 
passaram por um processo de renovação da cultura e das mentalidades, tempos de 
inquietação intelectual e questionamento aos padrões da cultura medieval definidos 
pela Igreja Católica. Esse movimento renascentista influenciou as artes, a literatura, a 
ciência, a filosofia, a política, a economia e a religião, instituindo novos valores, 
explorando a diversidade de ideias, defendendo a livre expressão do espirito crítico, e 
consequentemente mudando o modo de pensar e viver de uma grande parcela da 
sociedade europeia em um confronto de oposição inserido no núcleo do status da 
hierarquia social vigente (Teocentrismo X antropocentrismo). 
1. DESENCADEAMENTO DO PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO SOCIAL:
Essa transição dá-se entre o final da idade Média e o inicio dos tempos 
modernos, com a lenta desestruturação do feudalismo, o reaquecimento do comércio 
que permitiu à burguesia acumular riquezas, e as cidades voltaram a florescer em 
diversas regiões da Europa criando um meio social que favorecia o desenvolvimento 
de atividades intelectuais e artísticas, soma-se a esse processo a conquista da América. 
Todos esses fatores implicaram no crescimento das cidades, na elaboração de 
novos conhecimentos, nas concepções conceituais e nas atividades críticas, voltadas 
para a percepção de mudanças e consequentemente no estabelecimento de uma nova 
ordem social, ou seja, a transição da sociedade feudal para a sociedade burguesa. A 
burguesia como participante dessa renovação e em contraposição à mentalidade 
medieval passou a apoiar e financiar atividades intelectuais e artísticas, assim, surge o 
mecenato como forma de “fomento”, que visava promover e disseminar o 
desenvolvimento das ideias e valores dos renascentistas, que se alinhavam com os 
Victor
Riscado
2
interesses da “classe burguesa” que criticavam as concepções sobre sociedade e 
natureza desenvolvidas, em grande parte, pelos teólogos católicos medievais. 
Inicio renascimento! 
Uma série de condições favoreceu o inicio do renascimento ao norte da 
península Itálica, algumas cidades como Florença, Roma, Veneza se tornaram os 
primeiros e principais centros de difusão do movimento renascentista. Condições essas 
propiciadas pela proximidade com as “fontes clássicas” que favoreciam artistas e 
intelectuais a buscarem inspiração na cultura greco-romana para elaboração dos novos 
ideais sintonizados com os valores sociais latentes, que ansiava parcela da sociedade. 
Da península Itálica o movimento renascentista difundiu-se pela Europa, 
alcançando maior expressão nos países em desenvolvimento urbano e mercantil mais 
intenso. Destaca-se Flandres (atual Bélica) como centro comercial que apresentava 
grande expansão das atividades manufatureiras e bancarias. 
O renascimento buscava! 
Em síntese, construir uma nova concepção de homem, nas suas relações com 
sigo mesmo, com a natureza, com o divino, com o mundo do trabalho, com as relações 
de poder nas estruturas socioeconômicas e transformar as tradições míticas em 
referencias racionais, valorizar o individualismo e os princípios humanistas. Assim, os 
valores humanistas estimulavam a curiosidade intelectual, o espirito de iniciativa, o 
desejo de aventuras e de exploração do mundo, que por sua vez estabelece nexos com 
a produção de conhecimentos e o acumulo de riquezas. 
Bases do Renascimento! 
No âmbito do pensamento sócio-ideológico, o Renascimento caracterizou pelo: 
 Individualismo: valorizava a capacidade do ser humano fazer escolhas
livremente, valendo-se apenas de suas forças, sem apelar para o
sobrenatural.
3
 Racionalismo: enfatizava a razão como principal instrumento para
compreender o universo e a natureza.
 Humanismo: coloca o ser humano como centro das preocupações e
indagações dos pensadores (filosóficos), considerando-o obra suprema
de Deus. Essa orientação é denominada antropocentrismo e representa
uma forte oposição ao teocentrismo.
2. PRODUÇÃO CULTURAL E AVANÇOS CIENTÍFICOS:
Produção cultural! 
A produção cultural caracterizou-se não apenas pela mudança de qualidade da 
obra intelectual, mas também pela quantidade impulsionada pela tecnologia do 
processo de impressão. A produção artística foi-se desvinculando do monopólio 
cultural da igreja, assim além do enfoque religioso, os artistas passaram a explorar 
outros aspectos da realidade social, desenvolvendo temas inspirados na mitologia 
greco-romana, em cenas do cotidiano, na valorização do individuo, nas paisagens 
naturais, etc. Os pintores renascentistas desenvolveram a técnica da perspectiva, 
plano tridimensional, antes as pinturas contentavam-se com o plano bidimensional. 
Criaram também a pintura a óleo, que pela mistura de tintas, permitiu a elaboração de 
cores vivas, em diferentes matizes. Entre os principais representantes do renascimento 
destaca-se: 
 Leonardo da Vinci – (1452 – 1519)
 Rafael Sanzio – (1483 – 1520) 
 Michelângelo – (1475- 1564) 
 Ticiano – (490 – 1576) 
4
Avanços científicos! 
A época renascentista também apresentou importante desenvolvimento no 
campo das ciências. Responsáveis por impulsionar o conhecimento nas áreas da 
astronomia, da matemática, da física e da medicina. Os principais cientistas e seus 
feitos nesse período foram: 
 Miguel de Servat (1511 – 1553) – médico e humanista, descobriu a
chamada “pequena circulação” do sangue ou circulação pulmonar.
(dissecação de cadáver – por essa pratica foi queimado vivo).
 Francis Bacon (1561 -1626) – divulgou o método indutivo de
conhecimento, pelo qual se deve partir da observação das coisas
concretas para chegar à compreensão das leis e processos gerais ou
universais. Para ele, o conhecimento científico só pode ser alcançado
por meio da observação e da experimentação.
 Willian Harvey (1578 – 1657) – fisiologista e anatomista, desvendou a
circulação do sangue.
 Nicolau Copérnico (1473 – 1543) – astrônomo em seu livro sobre as
revoluções dos corpos celestes, desenvolveu a teoria heliocêntrica,
segundo a qual a terra e outros corpos giram em torno do sol.
 Galileu Galilei (1564 – 1642) – considerado o fundador da física
moderna, investigou as leis do movimento dos corpos. Com um
telescópio por ele mesmo construído, observou o céu e chegou à
conclusão semelhante às de Copérnico.
 Johannes Kepler (1571 – 1630) – demostrou que os planetas descrevem
uma órbita elíptica e não circular, como pensava Copérnico.
A igreja Católica reagiu de modo intolerante a muitas dessas ideias e avanços 
científicos, porque colocavam em duvida os dogmas religiosos. Assim, para não 
perder o controle nem o poder sobre o conhecimento e os fieis, não hesitou 
em recorrer à inquisição e punir aqueles que discordavam de seus 
ensinamentos. Galileu Galilei, por exemplo, esteve preço e só não foi para a 
fogueira porque renegou suas descobertas.