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AÇÃO POPULAR 
 
JURISPRUDÊNCIA STJ 
 
A. Ação popular contra concessão da ponte Rio-Niterói terá seguimento independentemente de dano ao erário. 
A ação popular visa preservar a moralidade administrativa, o meio ambiente e o patrimônio histórico e cultural, 
bastando para seu cabimento a ilegalidade do ato administrativo. Com esse entendimento, a Segunda Turma do 
Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve ação que questiona a concorrência para exploração da ponte Presidente 
Costa e Silva (Rio-Niterói), realizada em 1993. 
 
Para o ministro Mauro Campbell, é dispensável o prejuízo material aos cofres públicos para abertura da ação, sendo 
suficiente a potencial ilegalidade do ato administrativo que se visa anular. A ação, também movida em 1993, ataca 
o ato de pré-qualificação da licitação. 
 
No mesmo ano, a petição inicial foi indeferida pela Justiça Federal no Distrito Federal. Em apelação, o Tribunal 
Regional Federal da 1ª Região (TRF1) determinou o seguimento da ação, entendendo que a mera ausência de 
lesão econômica no ato administrativo atacado não basta para indeferir a petição inicial por alegada falta de inte-
resse de agir de seu autor. Daí o recurso da União ao STJ. 
 
Lesão presumida 
 
O relator afirmou também que a jurisprudência do STJ entende desnecessário o dano material ou lesão efetiva, 
podendo ser também legalmente presumida. Além disso, o ato administrativo que impõe limitação anormal à con-
corrência e à competição é presumido como lesivo e nulo, diante do disposto no artigo 4º da Lei da Ação Popular 
(Lei 4.717/65). 
 
AÇÃO POPULAR. PREJUÍZO. ERÁRIO. 
B. Trata-se de ação popular que comprovou que o prefeito construiu monumento referente ao Cristo Redentor sem 
previsão orçamentária nem processo licitatório e o condenou ao pagamento de perdas e danos no montante gasto. 
No REsp, o prefeito insurge-se contra a condenação; pois, a seu ver, não houve lesão ao patrimônio público. Para 
o Min. Relator, é possível afirmar a prescindibilidade do dano para a propositura da ação popular, sem adentrar o 
mérito da existência de prejuízo econômico ao erário. Isso porque a Lei de Ação Popular (Lei n. 4.717/1965), em 
seu art. 1º, § 1º, ao definir o patrimônio público como bens e direitos de valor econômico, artístico, estético, histórico 
ou turístico, deixa claro que o termo “patrimônio público” deve ser entendido de maneira ampla, a abarcar não 
apenas o patrimônio econômico, mas também outros valores, entre eles, a moralidade administrativa. A Suprema 
Corte já se posicionou nesse sentido e, seguindo o mesmo entendimento, este Superior Tribunal tem decidido que 
a ação popular é instrumento hábil na defesa da moralidade administrativa, ainda que não exista dano econômico 
material ao patrimônio público. 
 
Além disso, as instâncias ordinárias, na análise dos fatos, chegaram à conclusão de que a obra trouxe prejuízo ao 
erário por ser construção sem infraestrutura, com sérios problemas de erosão no local etc. Diante do exposto, a 
Turma não conheceu do recurso. Precedentes citados do STF: RE 170.768-SP, DJ 13/8/1999; do STJ: REsp 
474.475-SP, DJe 6/10/2008, e REsp 172.375-RS, DJ 18/10/1999. REsp 1.130.754-RS, Rel. Min. Humberto Martins, 
julgado em 13/4/2010. 
 
LEI 4717/65 
 
Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo anterior, nos casos de: 
a) incompetência; 
b) vício de forma; 
c) ilegalidade do objeto; 
d) inexistência dos motivos; 
e) desvio de finalidade. 
 
Parágrafo único. Para a conceituação dos casos de nulidade observar-se-ão as seguintes normas: 
 
 
 
 
 
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a) a incompetência fica caracterizada quando o ato não se incluir nas atribuições legais do agente que o praticou; 
b) o vício de forma consiste na omissão ou na observância incompleta ou irregular de formalidades indispensáveis 
à existência ou seriedade do ato; 
c) a ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado do ato importa em violação de lei, regulamento ou outro ato 
normativo; 
d) a inexistência dos motivos se verifica quando a matéria de fato ou de direito, em que se fundamenta o ato, é 
materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado obtido; 
e) o desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica o ato visando a fim diverso daquele previsto, explícita 
ou implicitamente, na regra de competência. 
 
Art. 3º Os atos lesivos ao patrimônio das pessoas de direito público ou privado, ou das entidades mencionadas no 
art. 1º, cujos vícios não se compreendam nas especificações do artigo anterior, serão anuláveis, segundo as pres-
crições legais, enquanto compatíveis com a natureza deles. 
 
Art. 4º São também nulos os seguintes atos ou contratos, praticados ou celebrados por quaisquer das pessoas ou 
entidades referidas no art. 1º. 
I - A admissão ao serviço público remunerado, com desobediência, quanto às condições de habilitação, das normas 
legais, regulamentares ou constantes de instruções gerais. 
II - A operação bancária ou de crédito real, quando: 
a) for realizada com desobediência a normas legais, regulamentares, estatutárias, regimentais ou internas; 
b) o valor real do bem dado em hipoteca ou penhor for inferior ao constante de escritura, contrato ou avaliação. 
 
III - A empreitada, a tarefa e a concessão do serviço público, quando: 
a) o respectivo contrato houver sido celebrado sem prévia concorrência pública ou administrativa, sem que essa 
condição seja estabelecida em lei, regulamento ou norma geral; 
b) no edital de concorrência forem incluídas cláusulas ou condições, que comprometam o seu caráter competitivo; 
c) a concorrência administrativa for processada em condições que impliquem na limitação das possibilidades nor-
mais de competição. 
 
IV - As modificações ou vantagens, inclusive prorrogações que forem admitidas, em favor do adjudicatário, durante 
a execução dos contratos de empreitada, tarefa e concessão de serviço público, sem que estejam previstas em lei 
ou nos respectivos instrumentos., 
V - A compra e venda de bens móveis ou imóveis, nos casos em que não cabível concorrência pública ou adminis-
trativa, quando: 
a) for realizada com desobediência a normas legais, regulamentares, ou constantes de instruções gerais; 
b) o preço de compra dos bens for superior ao corrente no mercado, na época da operação; 
c) o preço de venda dos bens for inferior ao corrente no mercado, na época da operação. 
 
VI - A concessão de licença de exportação ou importação, qualquer que seja a sua modalidade, quando: 
a) houver sido praticada com violação das normas legais e regulamentares ou de instruções e ordens de serviço; 
b) resultar em exceção ou privilégio, em favor de exportador ou importador. 
 
VII - A operação de redesconto quando sob qualquer aspecto, inclusive o limite de valor, desobedecer a normas 
legais, regulamentares ou constantes de instruções gerais. 
VIII - O empréstimo concedido pelo Banco Central da República, quando: 
a) concedido com desobediência de quaisquer normas legais, regulamentares,, regimentais ou constantes de ins-
truções gerias: 
b) o valor dos bens dados em garantia, na época da operação, for inferior ao da avaliação. 
 
IX - A emissão, quando efetuada sem observância das normas constitucionais, legais e regulamentadoras que re-
gem a espécie. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5. Legitimidade Ativa. O Cidadão. 
Brasileiro nato ou naturalizado em gozo dos seus direitos políticos. art. 1º,§3º da lei 4717/65. 
 
E o português equiparado? 
 
Não podem ajuizar a ação popular: 
 inalistáveis, inalistados, pessoa jurídica, Ministério Público. 
 
E o cidadão de 16 anos? 
 
6. Polo Passivo 
Litisconsórcio passivo necessário entre todos os envolvidos: 
art. 1º, c/c art. 6º da lei 4717/65 
 pessoa jurídica de direito público, privado 
 agentes públicos 
 particulares 
 
Art. 6º, § 3º da Lei 4.717/1965, in verbis: 
“A pessoa jurídica de direito público ou de direito privado,cujo ato seja objeto de impugnação, poderá abster-se de 
contestar o pedido, ou poderá atuar ao lado do autor, desde que isso se afigure útil ao interesse público, a juízo do 
respectivo representante legal ou dirigente.” 
 
7. Papel do MP 
 
8. Gratuidade 
 
9. Tutela de urgência 
Art. 5º,§ 4º, da Lei 4717/65 e art. 300 do CPC 
XVIII Exame: medida cautelar 
VI: “tutela de urgência” 
 
10. Competência 
"A competência para julgar ação popular contra ato de qualquer autoridade, até mesmo do Presidente da República, 
é, via de regra, do juízo competente de primeiro grau. Precedentes. Julgado o feito na primeira instância, se ficar 
configurado o impedimento de mais da metade dos desembargadores para apreciar o recurso voluntário ou a re-
messa obrigatória, ocorrerá a competência do STF, com base na letra n do inciso I, segunda parte, do art. 102 da 
CF." (AO 859, Rel. p/ o ac. Min. Maurício Corrêa, julgamento em 11-10-2001, Plenário, DJ de 1º-8-2003.) 
 
Pet-AgR 3152 – MIN. SEPÚLVEDA PERTENCE 
EMENTA: Não é da competência originária do STF conhecer de ações populares, ainda que o réu seja autoridade 
que tenha na Corte o seu foro por prerrogativa de função para os processos previstos na Constituição. 
 
Rcl 2833 – MIN. CARLOS BRITTO 
EMENTA: RECLAMAÇÃO. USURPAÇÃO DA COMPETÊNCIA. PROCESSOS JUDICIAIS QUE IMPUGNAM A 
PORTARIA Nº 820/98, DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA. ATO NORMATIVO QUE DEMARCOU A RESERVA INDÍ-
GENA DENOMINADA RAPOSA SERRA DO SOL, NO ESTADO DE RORAIMA. - Caso em que resta evidenciada a 
existência de litígio federativo em gravidade suficiente para atrair a competência desta Corte de Justiça (alínea "f" 
do inciso I do art. 102 da Lei Maior). - Cabe ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar ação popular em que 
os respectivos autores, com pretensão de resguardar o patrimônio público roraimense, postulam a declaração da 
invalidade da Portaria nº 820/98, do Ministério da Justiça. Também incumbe a esta Casa de Justiça apreciar todos 
os feitos processuais intimamente relacionados com a demarcação da referida reserva indígena. - Reclamação 
procedente. 
 
Rcl 417 – MIN. CARLOS VELLOSO 
EMENTA: CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL. COMPETÊNCIA. AÇÃO POPULAR. Constituição, art. 102, I, "n". I. 
- Ação popular ajuizada para o fim de anular a nomeação de todos os membros do Tribunal de Justiça do Estado 
 
 
 
 
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de Roraima, estando os Juízes de 1. grau do mesmo Estado em estágio probatório, assim sem a garantia de inde-
pendência da vitaliciedade, dependentes do Tribunal cujos integrantes são litisconsortes passivos na ação popular. 
Impossibilidade de realização do devido processo legal, dado que um dos componentes deste, o juiz natural, con-
ceituado como juiz com garantias de independência, juiz imparcial, juiz confiável, não existe, no caso. II. - Hipótese 
em que ocorre a competência do Supremo Tribunal Federal, para processar e julgar a ação popular, na forma do 
disposto no art. 102, I, "n", da Constituição Federal. III. - Reclamação julgada procedente. 
 
IMPORTANTE!! 
União, Autarquia, Empresa Pública e Fundação Pública Federal – Juiz Federal de 1º grau. 
Estados, Municípios, suas autarquias e fundações públicas – Juiz Estadual de 1º grau – Vara de Fazenda Pública. 
 
11. Súmulas do STF 
“Pessoa jurídica não tem legitimidade para propor ação popular.”(Súmula 365) 
“O mandado de segurança não substitui a ação popular.” (Súmula 101) 
 
12. ALGUMAS HIPÓTESES DE CABIMENTO DE AÇÃO POPULAR 
• Declaração de nulidade do ato de nomeação de pessoa indicada sem concurso público. Art. 37, caput e inciso 
II. 
• Declaração de nulidade de ato publicitário que promoveu autoridade. Art. 37,§ 1º 
• Declaração de nulidade de ato que determinou a demolição de parques culturais/históricos. Art. 5°, LXXIII 
• Declaração de nulidade de ato que determina a construção de empreendimento em área situada em reserva 
ambiental. Art. 225. 
• Declaração de nulidade de contrato administrativo firmado sem procedimento licitatório. Art. 37, XXI. 
 
13. Peça do XVIII Exame 
 
 Após receber “denúncia de irregularidades” em contratos administrativos celebrados pela Autarquia Federal A, 
que possui sede no Rio de Janeiro, o Ministério Público Federal determina a abertura de inquérito civil e penal para 
apurar os fatos. Neste âmbito, são colhidas provas robustas de superfaturamento e fraude nos quatro últimos con-
tratos celebrados por esta Autarquia Federal, sendo certo que estes fatos e grande parte destas provas acabaram 
divulgados na imprensa. Assim é que o cidadão Pedro da Silva, indignado, procura se inteirar mais sobre o aconte-
cido, e acaba ficando ciente de que estes contratos foram realizados nos últimos 2 (dois) anos com a multinacional 
M e ainda estão em fase de execução. Mas não só. Pedro obtém, também, documentos que comprovam, mais 
ainda, a fraude e a lesão, além de evidenciarem a participação do presidente da Autarquia A, de um Ministro de 
Estado e do presidente da comissão de licitação, bem como do diretor executivo da multinacional M. Diante deste 
quadro, Pedro, eleitor regular e ativo do Município do Rio de Janeiro/RJ, indignado com o descaso pela moralidade 
administrativa na gestão do dinheiro público, pretende mover ação judicial em face dos envolvidos nos escândalos 
citados, objetivando desfazer os atos ilegais, com a restituição à Administração dos gastos indevidos, bem como a 
sustação imediata dos atos lesivos ao patrimônio público. Na condição de advogado (a) contratado (a) por Pedro, 
considerando os dados acima, elabore a medida judicial cabível, utilizando-se do instrumento constitucional ade-
quado. (Valor: 5,00). 
 
Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo à preten-
são. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não será pontuada. 
 
5 PASSOS 
PASSO 1 – RESUMO DO CASO 
PASSO 2 – LEGITIMIDADE ATIVA 
PASSO 3 – LEGITIMIDADE PASSIVA 
PASSO 4 – ESCOLHA DA AÇÃO 
PASSO 5 – ÓRGÃO COMPETENTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ELABORAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DA PEÇA 
 
EXMº. SR. DR. JUIZ FEDERAL DA... VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
(5 linhas) 
Pedro da Silva, nacionalidade, estado civil (ou existência de união estável), profissão, portador do RG n°... e do CPF 
n° ..., endereço eletrônico ..., portador do título de eleitor n° ..., residente e domiciliado..., nesta cidade, por seu 
advogado infra-assinado, conforme procuração anexa, com escritório ..., endereço que indica para os fins do art. 
77, V, do CPC, com fundamento nos termos do art. 5º, LXXIII da CRFB/88 e da Lei nº 4717/65, vem ajuizar AÇÃO 
POPULAR em face da Autarquia Federal A, do Presidente da Autarquia Federal A, do Ministro de Estado, do Pre-
sidente da Comissão de Licitação, da Multinacional M e do Diretor Executivo da Multinacional M, com endereços... 
 
I – SÍNTESE DOS FATOS 
O autor, Pedro da Silva, eleitor regular e ativo do Município do Rio de Janeiro/RJ, depois de ver noticiado pela mídia 
a abertura de inquérito civil e penal – pelo Ministério Público Federal – em razão de “denúncia de irregularidades” 
em contratos administrativos celebrados pela Autarquia Federal A, sediada também no Rio de Janeiro, procurou 
pesquisar mais sobre os fatos. 
 
Inicialmente foi divulgada apenas a existência de provas robustas de superfaturamento e fraude nos quatro últimos 
contratos celebrados pela Autarquia Federal A. Somente com busca aprofundada, Pedro teve ciência de que tais 
contratos foram realizados nos dois últimos anos com determinada empresa, a Multinacional M. 
Importante ressaltar que todos eles ainda estão sendo executados. Ademais, há documentos que demonstram a 
fraude e a lesão, e evidenciam o envolvimento do Presidente da Autarquia A, de um Ministro de Estado e do Presi-
dente da comissão de licitação, e, ainda, do próprio Diretor Executivo da Multinacional M, o que justifica o ajuiza-
mento da presente ação popular. 
 
II – LEGITIMIDADE ATIVA 
O autor gosta de participar ativamenteda defesa da Administração Pública e está em dia com seus direitos políticos, 
conforme documentação anexa, portanto, satisfaz plenamente o requisito da cidadania, presente no art. 1º, § 3º da 
lei 4717/65. 
 
III – LEGITIMIDADE PASSIVA 
O polo passivo da Ação Popular é formado por um litisconsórcio passivo necessário, conforme estabelece os arts. 
1º e 6º da lei 4717/65, daí porque todas as autoridades e empresas envolvidas e indicadas acima devem responder 
à presente ação. 
 
IV – PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA 
A tutela de urgência na Ação Popular está presente no art. 5º, § 4º, da Lei 4717/65. Para muitos doutrinadores, 
trata-se de uma verdadeira tutela cautelar. 
Demonstrar a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 
 
V – FUNDAMENTOS JURÍDICOS 
O art. 5º, LXXIII, da CRFB/88 prevê que qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a 
anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao 
meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural. 
 
A referida ação também se encontra regulamentada na Lei 4717/65 e é um importante instrumento em defesa dos 
direitos difusos. 
 
Houve, no presente caso, a contratação fraudulenta de serviço, com preço mais elevado que o ofertado no mercado, 
o que caracteriza evidente afronta à legalidade e provoca grande lesividade ao patrimônio público, de acordo com 
o art. 3º e art. 4º, III, c, Lei 4.717/65. 
 
Na medida em que está presente o interesse de autarquia federal, a presente ação está sendo ajuizada perante a 
Justiça Federal, de acordo com o art. 109, I, da CRFB/88, sendo o foro competente para a sua propositura, proces-
samento e julgamento, o da Seção Judiciária do Rio de Janeiro, de acordo com o art. 5º da Lei nº 4.717/65. 
 
 
 
 
 
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Importante ressaltar que, muito embora o Ministro de Estado seja um dos legitimados passivos da presente ação 
popular, a jurisprudência do STF é firme no sentido de considerar que o rol dos arts. 102 e 105, da CRFB/88, que 
estabelecem a competência do STF e do STJ, é taxativo e não exemplificativo. Portanto, como tais dispositivos não 
preveem o julgamento de ação popular ajuizada em face do Ministro de Estado, o STF entende que o processo e 
julgamento ficam a cargo do juiz de primeira instância. 
 
VI – DOS PEDIDOS 
Diante de todo o exposto, requer-se: 
a) a concessão da tutela de urgência para determinar a suspensão dos contratos administrativos superfaturados; 
b) que seja julgado procedente o pedido para seja declarada a nulidade dos contratos administrativos superfaturados 
e a condenação dos responsáveis ao ressarcimento dos danos causados; 
c) a citação dos Réus nos endereços acima indicados; 
d) a intimação do Representante do Ministério Público; 
e) a condenação dos Réus em custas e em honorários advocatícios; 
f) a produção de todos os meios de provas em direito admitidas; 
g) a juntada de documentos. 
 
Em cumprimento ao art. 319, VII, do CPC, o autor opta pela realização da audiência de conciliação ou de mediação. 
 
Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 para efeitos procedimentais. 
Ou: 
Valor da causa de acordo com o art. 291 do CPC/15. 
Ou: 
Valor da causa de acordo com o art. 319 do CPC/15. 
Termos em que, 
pede deferimento 
Local... e data... 
Advogado... 
OAB n.º ... 
 
14- CASO HIPOTÉTICO 
 
 O Governador do Estado T divulgou uma “parceria” com a empresa privada “Acesso Já”, informando que a 
empresa passaria a promover cursos de informática para a população carente interessada, sem nenhum custo 
mensal. Joaquim, um dos assessores do Governador do Estado, desconfiado, passou a observar o funcionamento 
da empresa, e conseguiu ter acesso ao documento que fora formalmente assinado com a mesma. Percebeu que 
não se tratava de uma parceria, mas sim de um contrato celebrado entre eles sem que tivesse havido prévia licita-
ção. Vale ressaltar que a empresa “Acesso Já” tinha como proprietário o filho do Governador, e que o contrato 
estipulava pagamentos mensais abusivos, sendo cada mensalidade de aluno equivalente ao dobro do valor cobrado 
por inúmeras escolas de informática das proximidades. Ademais, o contrato permitia o uso de prédios públicos para 
instalação das salas de aula, sem qualquer contraprestação. Joaquim lhe procura afirmando que, na qualidade de 
cidadão, sente-se no dever de tomar as devidas providências. 
 Em face dessa situação hipotética, na qualidade de advogado (a) contratado (a) por Joaquim, redija a petição 
inicial da ação cabível, atentando, necessariamente, para os seguintes aspectos: a) competência do órgão julgador; 
b) legitimidade ativa e passiva; c) argumentos de mérito; d) requisitos formais da peça judicial proposta; e) tutela de 
urgência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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HABEAS CORPUS 
 
Art. 5º, LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência 
ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder; 
 
1. Histórico, natureza jurídica e conceito 
 
2. A doutrina brasileira do habeas corpus 
 
3. Base Legal: ART. 5º, LXVIII e art. 647 e seguintes do CPP. 
 
4. Espécies 
– HC preventivo: para evitar a consumação da lesão à liberdade de locomoção, hipótese na qual é concedido o 
“salvo-conduto”; 
– HC repressivo, suspensivo ou liberatório: é utilizado com o propósito de liberar o paciente quando já consumada 
a coação ilegal ou abusiva ou a violência à sua liberdade de locomoção. O pedido é o alvará de soltura. 
 
5. Legitimidade Ativa – Princípio da Universalidade 
 
 
 
 
 
 
 
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