O desenvolvimento Econômico Regional: uma Revisão Teórica

Prévia do material em texto

ARTIGO 1: O desenvolvimento Econômico Regional: uma Revisão Teórica
O artigo faz-se uma ligação entre os dez mandamentos da economia, onde se é ligado a tomada decisões e interações dos consumidores perante tal cenário e em determinadas externalidades. Após isso o autor, aborda sobre a teoria econômica e o desenvolvimento sob a visão dos economistas clássicos, e por último, a definição do chamado desenvolvimento econômico sobre a questão regional.
Primeiramente, o autor nos faz relembrar os dez princípios de economia, feita pelo Gregory N. Mankiw, com os 10 princípios adotados por ele:
1. As pessoas tomam decisões: aqui Mankiw fala sobre os tradeoffs, ou seja, reflete sobre a tomada de decisão do consumidor, pois “nada é de graça”, ou seja, uma escolha causará gerando a consequência de abrir mão de uma outra escolha.
2. O custo de algo é o que você desiste para obtê-la: Reflete sobre o nosso custo de oportunidade, em que por exemplo, ao você fazer uma faculdade, em troca de enriquecimento intelectual, haverá diversos custos como mensalidade, moradia, livros e tempo gasto para que finalmente obtenha o desejo do enriquecimento do intelecto.
3. Pessoas racionais pensam na margem: como citado no artigo, ao se tomar uma decisão racional, se consiste em uma ação se somente o benefício marginal desta ação exceder o seu custo marginal.
4. Pessoas respondem a incentivos: Reflete sobre a tomada de decisões do consumidor devido a incentivos adotado por externalidades. Como por exemplo: o aumento de preço de um determinado produto, refletindo na escolha do consumidor a substituir este produto por um com a mesma utilidade marginal, porém com preço menor.
5. O comércio pode melhorar a situação de todos: Através da concorrência de mercados, o consumidor é beneficiado adquirindo produtos mais eficientes.
6. Os mercados geralmente são uma boa forma de organizar a atividade econômica: Reflete sobre a economia de mercado, em que uma economia se aloca por meio de decisões decentralizadas de empresas e famílias, quando esta, se interage em um mercado de bens e serviços.
7. Os governos podem as vezes melhorar os resultados do mercado: O governo pode intervir devido as chamadas falhas de mercado dado por externalidades, com o objetivo de promover a eficiência e equidade entre eles.
8. O padrão de vida de um país depende de sua capacidade de produção de bens e serviços: Nos países onde se há mais produção de bens e serviços por unidade de tempo, a maior parte da sociedade possui um padrão de vida melhor do que a dos países onde os trabalhadores são menos produtivos.
9. Os preços sobem quando o governo emite muito papel moeda: Este acontecimento é chamado de inflação, fazendo com que o valor da moeda perca o valor devido à grande circulação da mesma na economia.
10. A sociedade enfrenta um tradeoff entre inflação e desemprego: a curto prazo, sendo denominada como curva de Philips, devido a demora que muitos preços possuem para se ajustar. 
Segundamente, o autor descreve as análises que economistas clássicos fazem a respeito da teoria econômica e o desenvolvimento, mostrando que não há uma ideia universal sobre este conceito, mas para muitos, refere-se entre uma relação direta entre desenvolvimento e produção. 
Para Adam Smith, a riqueza de uma nação se constitui através do trabalho produtivo, com aumento de investimentos em capitais produtivos, a especialização da mão de obra e a divisão do mercado. Adam Smith também considera que o interesse individual e coletivo da população e do mercado formam uma chamada “Mão Invisível”, em que o mercado se autorregula, sem ser necessário a intervenção do Estado.
Com a chegada de teoria de David Ricardo, mostra que ele defende a concentração de riqueza a favor dos capitalistas urbanos e industriais, pois são eles que geram o crescimento econômico, fazendo com que se obtenha mais emprego e desenvolvimento. O autor também critica as elites agrárias, pois para ele se apropriam da renda, diminuindo o investimento regional e o crescimento da economia, julgando-a improdutiva.
Já para Marx, o conceito de “luta de classes” e o conceito de mais-valia, na teoria, gerando uma exploração de trabalho. Pois segundo ele, o sistema capitalista consiste na produção de cada vez mais mercadorias, que gerou forte concentração de renda e não contribuindo para a melhor qualidade de vida daqueles que estavam produzindo. 
Lewis, também contribui analisando que o crescimento econômico é primordial, para se alcançar o desenvolvimento, pois segundo ele, isso permite uma maior liberdade de escolha, em se ter mais tempo para lazer ou mais bem e serviços.
Já para Simonsen, o desenvolvimento só seria possível com uma participação efetiva do Estado, defendendo então o protecionismo, a adoção de crédito barato e a substituição das importações.
Furtado também contribui afirmando que o processo de desenvolvimento é dado por meio da produtividade acompanhado por uma maior distribuição de renda, gerando também aumento da demanda.
Por último, o autor faz uma análise sobre a questão regional. Segundo o artigo, a região é uma construção territorial, não sociológica. Em que uma das soluções encontradas foi de usar o termo regionalismo como uma forma de estabelecer uma relação entre o termo espacial ao social.
Relembrando que o conceito de desenvolvimento é muito mais amplo que o conceito de crescimento econômico, em que o crescimento convém apenas analisar o PIB, e o desenvolvimento convém atrelar também a melhora na qualidade de vida dos indivíduos.
Se é verificado também que o desenvolvimento será alcançado por diversos fatores, através da população regional, da produtividade, externalidades, mas também com ações que favoreçam políticas endógenas, com a melhora da distribuição e utilização de bens e serviços, fazendo com que resulte na qualidade de vida.
 	Finalmente, o artigo lido nos faz relembrar diversos conceitos dos princípios econômicos, e de ideias dos economistas clássicos fazendo com que seja possível uma interligação entre todos esses agentes econômicos para que seja possível entender e melhor definir o contexto do desenvolvimento econômico. Apenas achei confusa a definição do termo de “regional” do autor, mas no geral, é um artigo que se atribuiu muitos conhecimentos.