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Origem e Características dos Terremotos

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GEOLOGIA PARA ENGENHARIA
Rodrigo da silva goes - 201703153367
Origem dos terremotos
A crosta terrestre, camada rígida e mais superficial da Terra, está dividida em blocos, chamados placas tectônicas. Essas placas movem-se muito lentamente (alguns centímetros por ano) e podem se chocar umas contra as outras. Daí surgem os terremotos. A América do Sul é uma dessas placas e desloca-se para Oeste. Neste movimento, afasta-se da placa onde está a África (à qual já esteve unida no passado) e choca-se contra a placa de Nazca, que forma uma parte do fundo do oceano Pacífico. Desses choques, surgiu a cordilheira dos Andes, um abarrotamento da crosta terrestre. Isso explica por que ocorrem fortes terremotos nos países andinos, mas apenas abalos pouco intensos no Brasil.
Como ocorre o terremoto?
A crosta terrestre é formada por placas rígidas (placas litosféricas) que se deslocam em diferentes direções, como se flutuassem sobre o manto, que é uma porção da Terra de consistência plástica. Esse movimento é vagaroso, apenas alguns centímetros por ano. Mas, as placas são massas colossais e quando duas delas se encontram, começa a haver uma compressão. Em dado instante, a tensão acumulada é tão grande que supera a resistência das rochas e ocorre uma ruptura, chamada falha geológica. Nesse momento, ocorre o terremoto.
Na região onde duas placas estão se afastando, também ocorre tensão, só que de distensão, não de compressão.
A quase totalidade da atividade sísmica do planeta ocorre em limites de placas litosféricas, com terremotos interplacas. Os mapas que mostram a localização dos epicentros deixam bem claros a grande concentração dos sismos, por exemplo, nos bordos da placa do Pacífico. Nada menos de 75% da energia liberada por terremotos ocorre naquela região do globo, conhecida por Cinturão de Fogo do Pacífico, porque os terremotos são ali acompanhados de vulcanismo.
Mas, embora menos frequentes, pode haver terremotos também dentro de uma placa (terremotos intraplaca). Eles são em geral de pequena intensidade quando comparados com os de bordo de placa. Como o Brasil está na Placa Sul-Americana e esta se choca com outra placa na região da Cordilheira dos Andes, fora do nosso território, estamos livres de terremotos muito fortes, registrando apenas os intraplaca. Mas, isso não significa que aqui ocorrem apenas acomodações de camadas, como se pensava até a década de 70 do século passado.
Os sismos intraplaca são rasos (até 30-40 km de profundidade), e de magnitudes baixas a moderadas.
O ponto no interior da crosta onde se inicia a ruptura e a consequente liberação da tensão acumulada chama-se hipocentro (ou foco). O ponto da superfície terrestre imediatamente acima do hipocentro é o epicentro. Este é o que mais interessa à população atingida pelo terremoto, pois ele é uma cidade, um povoado, ou um ponto a uma certa distância de um local conhecido, e não um ponto perdido no interior da crosta.
Quando um terremoto é de baixa intensidade, chama-se de abalo sísmico ou tremor de terra. Mas, a origem e a natureza são exatamente as mesmas, diferindo apenas a extensão da área de ruptura.
O terremoto provoca o surgimento de ondas sísmicas, que se propagam em todas as direções. Elas são de dois tipos, as ondas primárias (ondas P) e as ondas secundárias (ondas S).
As ondas primárias são longitudinais, isso e, vibram na mesma direção em que se propagam. As ondas secundárias são transversais, pois vibram em direção perpendicular As ondas primárias são mais velozes e provocam deformações de compressão e dilatação. As secundárias, mais lentas, provocam deformações tangenciais, também chamadas de cisalhamento.
O som provocado pelo terremoto e propagado pelo ar é transmitido através de ondas do tipo P. Nos líquidos, também, pois as ondas S só se propagam em meio sólido.
Vimos que a velocidade das ondas primárias é maior que a das ondas secundárias. Mas, é importante saber que quanto maior a densidade da rocha, maior a velocidade das ondas sísmicas.
O Plano de Falha (PF) engloba todos estes fatores:
Capa ou Teto: bloco que situa-se sobre o plano de falha; 
Lapa ou Muro: bloco que situa-se sob o plano de falha; 
 Espelho de falha: superfície lisa, brilhante, normalmente cheia de estrias de atrito, situado sobre o plano de falha; 
Traço ou linha de falha: a linha formada pela interseção do plano de falha (PF) com a superfície terrestre ou o plano horizontal (PH);
Estrias de atrito e degraus 
Rejeito é o deslocamento relativo de pontos previamente adjacentes nos lados opostos da falha. Tanto os movimentos absolutos quanto os relativos são caracterizados pelos rejeitos. É medido no plano de falha, determinando os componentes geométricos do deslocamento.  Rejeito total: distância medida no plano de falha em dois pontos deslocados pela falha.  Rejeito direcional: o rejeito medido paralelamente à direção do plano de falha.  Rejeito de mergulho: o rejeito medido ao longo da direção do mergulho do plano de falha  Critérios de reconhecimento de falhas: Deslocamento / truncamento de camadas.
O QUE É A Escala Richter ?
O tamanho relativo dos sismos é chamado de magnitude. Ela é medida usando-se a chamada Escala Richter, criada em 1935, por Charles Richter. Essa escala é logarítmica, ou seja, de um grau para o grau seguinte a diferença na amplitude das vibrações é de dez vezes. E a diferença da quantidade de energia liberada é de 30 vezes. Isso significa que um terremoto de magnitude 6 tem vibrações dez vezes menores que um terremoto de magnitude 7 e cem vezes menores que um cuja magnitude é 8.
A mídia costuma afirmar que a Escala Richter vai até 9, mas isso está errado. É verdade que nunca se registrou um terremoto de 10 graus, mas o fato é que a escala não tem limite, nem superior, nem inferior. Um abalo muito fraco pode inclusive ter magnitude negativa, pois a escala apenas compara os terremotos entre si.
Modernamente, usa-se também uma outra escala, que é absoluta e não relativa como a Richter. Ela baseia-se no chamado momento sísmico. De acordo com ela, o maior terremoto já registrado foi um que atingiu o sul do Chile em 1960.
Para se ter uma ideia mais exata do que representa um terremoto muito forte, se ele atingir magnitude 9 na Escala Richter, provocará uma rachadura que cortará a crosta terrestre numa distância igual à que separa o Rio de Janeiro de São Paulo, com cada bloco se afastando 10 m em relação ao outro.
Em 90% dos casos, a magnitude de um terremoto não passa de 7,0 graus.
Uma outra maneira de medir os terremotos e avaliando os efeitos que eles causam em determinado lugar. Para isso, usa-se a Escala Mercalli Modificada.
A Escala Mercalli não se baseia em medições feitas com instrumentos, mas sim na avaliação visual do efeito causado pelo terremoto em objetos e construções e sobre as pessoas.
Quando se passa de um grau dessa escala para o grau seguinte, a aceleração do solo aumenta aproximadamente o dobro.
Essa escala é menos precisa que a Escala Richter, porque usa conceitos como poucas pessoas e muitas pessoas, sem definir um número exato. Mas, por outro lado, é importante para se avaliar um terremoto ocorrido há muito tempo, numa época em que não havia estações sismográficas.
Terremotos provocados pela atividade humana
Por estranho que pareça, há terremotos que são provocados pela atividade humana. Eles são chamados de sismos induzidos e surgem em decorrência de explosões nucleares, introdução de água e gás sob pressão no subsolo, construção de barragens, mineração a céu aberto de grandes proporções ou extração de fluidos, como petróleo, do subsolo.
De todas essas causas, a única que tem provocado sismos de magnitude considerável é a construção de barragens, mais precisamente, o enchimento do lago, pelo enorme peso que passa a existir no local. O maior desses sismos ocorreu na Índia, em 1967, na barragem de Koyna. Ele atingiu magnitude 6,3 e provocou 200 mortes.
No Brasil, o primeiro sismo induzido de que se tem notícia ocorreu na Hidroelétrica de Capivari-Cachoeira, a nordeste de Curitiba (PR), entre 1971 e 1972.A atividade sísmica continuou até 1979, mas cada vez menos intensa.
Em terremotos desse tipo, é fácil entender, o risco maior é o de afetar a estrutura da própria barragem, pois ela se encontra no epicentro do abalo.
No dia 7 de setembro de 2001, um milhão de crianças do Reino Unido pularamnos pátios de suas escolas ao mesmo tempo para tentar provocar um terremoto. A iniciativa foi do governo britânico, como parte das atividades do Ano da Ciência, que teve por objetivo despertar o interesse pela ciência em crianças e jovens de 10 a 19 anos de idade.
O resultado não foi além de um ligeiro rabisco nos sismógrafos, mas foi aceito pelo Guiness – O Livros dos Recordes como o maior salto simultâneo da história.
Sismógrafos e sismogramas
Os terremotos são registrados e estudados nas estações sismográficas. Em Porto Alegre, encontra-se a única dessas estações existentes na Região Sul do Brasil, pertencendo à Universidade Federal do Rio Grande do Sul e coordenada pelo Prof. Antônio Flávio Uberti Costa, que até recentemente trabalhou na CPRM.
Nas estações sismográficas, aparelhos chamados sismômetros medem os terremotos e outros, chamados sismógrafos, registram seus efeitos numa folha de papel. Esse registro é chamado de sismograma.
O sismograma é desenhado por uma agulha que se apóia sobre um papel, o qual, por sua vez, envolve um cilindro giratório. À medida que o cilindro vai girando, a agulha vai desenhando o sismograma, através de movimentos em zigue-zague. Quando não há atividade sísmica (abalos), a linha é praticamente reta. Quando os abalos surgem, a agulha começa a dar saltos, movendo-se horizontalmente.
TERREMOTO DE SAN ANDREAS
A Falha de San Andreas é uma falha geológica tangencial visível de 1290 quilômetros que atravessa a Califórnia de norte a sul, nos Estados Unidos. Ela marca os limites entre as duas maiores placas tectônicas do mundo: a placa do Pacífico e a placa norte-americana. Essa falha foi responsável pelo terremoto que praticamente destruiu a cidade de São Francisco, em 1906 e deixou mais de 3 mil mortos. 
É muito provável que a falha de San Andreas volte a afetar cerca de 38 milhões de moradores da região da Califórnia nos próximos 30 anos. A seção sul é a mais preocupante, já que ela não produz um terremoto há cerca de 300 anos, embora registros geológicos indiquem que ela causaria um grande terremoto a cada 150 anos.
O instituto de investigação geológica norte-americano (U.S. Geological Survey) estima que um tremor de terra de magnitude 7,8 nessa seção afetaria diretamente Los Angeles, a segunda cidade mais populosa dos Estados Unidos. Segundo a organização, isso poderia deixar mais de 2 mil mortos e 50 mil feridos. Enquanto os danos materiais seriam superiores a 200 bilhões de dólares.
http://www.neotectonica.ufpr.br/aula-geologia/aula5.pdf
http://home.ufam.edu.br/ivaldo/Aulas/Geologia%20Estrutural/Estrutural%20Módulo%205.pdf
http://www.cprm.gov.br/publique/Redes-Institucionais/Rede-de-Bibliotecas---Rede-Ametista/Canal-Escola/Terremotos-1052.html

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