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Estudo de Coorte

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Epidemiologia Thomás R. Campos | Medicina - UFOB 
 
 ESTUDO DE COORTE. 
 
É uma estratégia de investigação no qual um conjunto de 
indivíduos sem a doença de interesse é classificada em grupos 
segundo o grau de exposição a um possível fator de risco ou 
prognóstico, sendo então acompanhados no tempo, para 
comparar a ocorrência de doença em cada um destes grupos 
(incidência ou mortalidade). 
 Na coorte você pega pessoas sadias. 
 Você também pode avaliar mortes, aí pega pessoas com uma 
determinada doença, mas que ainda não tenham morrido no 
início do estudo 
Definição: 
 Estudo observacional 
 Formado por grupos de indivíduos inicialmente sadios; 
 Grupos distintos quanto à exposição 
 Que são acompanhados por um período de tempo 
 A ocorrência do evento em cada grupo é mensurada no 
período de estudo (medidas de incidência) 
 E então a ocorrência de eventos é comparada entre os 
grupos (medidas de associação). 
 
TERMOS IMPORTANTES: 
 Exposição: característica que, supostamente, altera o risco 
(probabilidade) de ocorrer o efeito (doença, por exemplo). 
 Fator de Risco: um fator de exposição supostamente 
associado com o surgimento de uma doença. Age antes da 
instalação da doença. EX: Fumo e câncer de pulmão 
 Fator de Proteção: diminui o risco (praticar esportes e IAM). 
 Fator Prognóstico: uma condição associada com o 
desenvolvimento da complicação de uma doença. Difere do 
fator de risco, é um fator que pode contribuir para a evolução 
da doença. Aqui a pessoa já está doente, e você avalia se o 
fator contribui para a complicação da doença. 
 
Epidemiologia Thomás R. Campos | Medicina - UFOB 
 
Num mesmo estudo, é possível detectar fatores de risco e de 
proteção relacionados à um determinado desfecho 
 
POPULAÇÃO NO INÍCIO: 
A população de um estudo de coorte é formada por indivíduos que 
não tem o efeito da exposição: 
 Se o estudo é sobre ocorrência de uma doença, então 
ninguém pode ter a doença no início 
 Se o estudo é sobre a evolução de uma doença (e.g., 
letalidade), todos têm a doença no início e se mede a 
ocorrência de mortes em 2 ou mais grupos 
 Inicialmente “sadio” = sem efeito da exposição 
 
ETAPAS NA EXECUÇÃO DE UM ESTUDO DE COORTE: 
 
Considerando cada um dos grupos, avalia-se quem adoeceu e 
quem não adoeceu. Aqui também se chega na tabela 2x2. 
 
Epidemiologia Thomás R. Campos | Medicina - UFOB 
 
CARACTERIZAÇÃO SEGUNDO O GRUPO ESTUDADO 
 Coortes de população geral 
 Coortes de grupos populacionais restritos (ex: profissionais 
de saúde) 
 Coortes de exposição especial (ex: exposições 
ocupacionais, acidentes químicos, acidentes nucleares, por 
exemplo)  mesmo partindo da exposição, essas pessoas 
ainda não desenvolveram a doença 
Coorte com o grupo todo: 
 
Coorte de exposição especial (partindo da exposição): 
 
ELSA-BA 
 
Trata-se de um estudo de coorte, 
no qual serão investigados 15 
mil mulheres e homens, com 35 
a 74 anos, funcionários de 6 IES 
públicas do país. 
 
Epidemiologia Thomás R. Campos | Medicina - UFOB 
 
TIPOS DE ESTUDOS DE COORTE: 
 Prospectivo ou concorrente (você acompanha as pessoas 
no futuro) 
 Os grupos expostos e não expostos são definidos e os 
participantes selecionados no início do 
acompanhamento no tempo presente e os efeitos serão 
observados no futuro. 
 
 Pesquisador no início “olha para frente” 
 
 Retrospectivo, coorte histórica ou não concorrente ou (só 
pode ser feita com dados do passado, por exemplo, dados 
de prontuários) 
 Os grupos expostos e não expostos são definidos e os 
participantes selecionados de acordo com suas 
experiências no passado e os efeitos ocorreram 
também no passado. 
 
 Aqui a ordem cronológica é respeitada. Por exemplo, 
pegar prontuários de 2011, 2012, 2013, 2014, 2015, 
2016 e 2017. Aí você faz avaliação. 
 
TEMPO DE ACOMPANHAMENTO: 
1. Deve ser suficiente para que ocorra o efeito 
2. Depende período de latência/incubação 
3. Devem ser submetidas aos mesmos procedimentos 
diagnósticos 
 
 Coorte fechada: acompanhados todo período. 
 Coorte dinâmica: diferentes períodos de acompanhamento. 
Pode ser que algumas pessoas ficaram até o final do estudo, mas 
pode ser que outras saíram na metade. Quando isso acontece, é 
preciso levar em consideração esse período de acompanhamento 
na análise. Isso é feito através do risco/incidência pessoa-tempo 
Epidemiologia Thomás R. Campos | Medicina - UFOB 
 
Risco e incidência pessoa-tempo 
 
 
Ex: coorte dinâmica. Das 4 pessoas, 2 adoeceram. No 
denominador é colocado o tempo que cada uma das pessoas 
permaneceu no estudo. 
 
 
 
*Só precisa fazer o pessoa-tempo quando os tempos de 
acompanhamento forem diferentes 
 
 
Epidemiologia Thomás R. Campos | Medicina - UFOB 
 
VANTAGENS DE UM ESTUDO DE COORTE 
1. É possível identificar uma relação temporal causa e efeito 
2. Coorte prospectivo: possibilidade de coletar informações 
mais detalhadas sobre efeito (doença) 
3. Permite estudar várias doenças (para uma exposição) 
4. Pode estudar exposição raras  pode surgir alguns casos de 
exposição rara (aqui não é a mesma coisa de doença rara) 
5. Produz medidas diretas de risco 
6. Estudar doenças com longo período de incubação (coorte 
histórica)  a pessoa pode passar muito tempo com uma 
doença sem saber 
7. Alto poder analítico (diferente do transversal, aqui tem como 
saber se uma variável está contribuindo com um desfecho) 
 
DESVANTAGENS DE UM ESTUDO DE COORTE 
1. Vulnerável às perdas de acompanhamento (as pessoas 
podem mudar de endereço, morrer...) 
2. Inadequado para doenças de baixa frequência (porque você 
teria que ficar muito tempo num grupo até aparecer alguém 
com uma doença rara) 
3. Alto custo relativo 
 
FATORES QUE INFLUENCIAM NA VALIDADE DE 
RESULTADOS EM ESTUDOS DE COORTE 
Vários possíveis erros que o estudo pode gerar. São erros 
inerentes à estrutura do estudo. Por isso, no estudo já fica claro 
quais os possíveis erros que ele pode trazer. 
 Confundimento (uma variável confundir o efeito da outra) 
 Viés de Seleção 
 Viés na avaliação dos resultados 
 Viés de informação (no retrospectivo, nada garante a 
segurança das informações) 
 Viés de não resposta e perda de seguimento 
 Viés de análise 
 
Epidemiologia Thomás R. Campos | Medicina - UFOB 
 
APLICAÇÕES: 
 Estudos de Coorte são os únicos capazes de abordar 
hipóteses etiológicas produzindo medidas de incidência, e 
por seguinte, medidas diretas de risco. 
 Bem utilizados para averiguar associação causal de 
exposições – desfechos que não poderiam ser feitas em 
estudos experimentais (riscos do tabagismo, obesidade, 
radiações etc.) 
 
ANÁLISE: 
 Comparação da incidência dos desfechos nos dois grupos 
 Cálculo do Risco Relativo (RR): incidência de expostos 
sobre a incidência de não expostos 
 Cálculo do Risco Atribuível à Exposição: determinar o 
quanto que somente o fato de ser exposto contribui para a 
ocorrência do problema 
 Cálculo do Risco Atribuível Percentual na População 
 
EXEMPLO: 
Investigação da associação de sedentarismo e IAM em adultos 
de meia idade 
 
 
RISCO RELATIVO (RR) 
 
RR = 1 não há associação entre 
exposição e doença 
 
RR > 1 associação entre exposição 
e doença é possivelmente causal 
 
RR < 1 associação entre exposição 
e desfecho é possivelmente de 
proteção 
Epidemiologia Thomás R. Campos | Medicina - UFOB 
 
RISCO ATRIBUÍVEL (RA) 
É a diferença das incidências.É a incidência adicional do desfecho (doença) relacionada à 
exposição, ou seja, o risco atribuível à exposição. 
 
Ou seja, o risco atribuível ao sedentarismo é de 40 IAM por 1000 
sedentários 
 
RISCO ATRIBUÍVEL PERCENTUAL NA POPULAÇÃO 
(RAP%) 
É uma medida de associação influenciada pela frequência do fator 
de risco na população total. 
 
 
Ou seja, o que equivale a dizer que a redução do fator permitiria 
prevenir o aparecimento de 41,7% dos casos de IAM. 
 
EX: Investigação da associação entre consumo de tabaco na 
gestação e baixo peso do recém-nascido 
 
D = doentes 
P = população inteira 
NE = não expostos

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