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Prefeitura Municipal 
de Boa Vista/RR 
 
Assistente - Agente de Articulação 
 
 
VOLUME 1 
 
Língua Portuguesa 
Leitura e compreensão de textos variados. .................................................................................................................... 1 
Modos de organização do discurso: descritivo, narrativo, argumentativo. .............................................................. 4 
Coerência e progressão temática. Coesão: referência, substituição, elipse. ............................................................. 4 
Uso dos conectivos: classificação e relações de sentido. Relação entre as partes do texto: causa, consequência, 
comparação, conclusão, exemplificação, generalização, particularização. ............................................................... 8 
Classes de palavras: emprego, flexões e classificações das classes gramaticais. Verbos: pessoa, número, tempo 
e modo. .................................................................................................................................................................................. 9 
Vozes verbais. .................................................................................................................................................................... 30 
 Acentuação gráfica. ......................................................................................................................................................... 32 
Pontuação: regras e efeitos de sentido. ........................................................................................................................ 34 
A ocorrência da crase. ...................................................................................................................................................... 36 
Concordância verbal e nominal. ..................................................................................................................................... 38 
 
Administração Pública 
Administração Publica: 1 Órgãos da administração publica direta e indireta. ......................................................... 1 
2 Lei de Responsabilidade Fiscal. .................................................................................................................................. 10 
3 Finanças publicas. ......................................................................................................................................................... 25 
4 Orçamento público: orçamento anual, plano plurianual e diretrizes orçamentárias. ....................................... 35 
5 Licitações e Contratos (Lei 8.666/1993 e Lei 10.520/2002). ................................................................................ 46 
 
Legislação Municipal 
Lei nº 712/03- Dispõe Sobre a Estrutura de Cargos, Carreiras e Remuneração dos Servidores do Quadro de 
Provimento Efetivo da Prefeitura de Boa Vista – RR. Lei nº 775/05-“Altera Dispositivos da Lei nº. 712, de 
15.12.2003, e dá outras providências. .............................................................................................................................. 1 
Lei Complementar n°003, de 02 de Janeiro de 2012, Dispõe Sobre o Regime Jurídico dos Servidores Públicos 
do Município de Boa Vista. Lei Complementar nº 007, de 02 de fevereiro de 2015. Altera a Lei Complementar 
nº 003 de 02 de Janeiro de 2012, Regime Jurídico dos Servidores Públicos do Município de Boa Vista e dá 
outras providências. ......................................................................................................................................................... 36 
Lei nº 1.611, de 02 de fevereiro de 2015 - Institui Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) 
Direcionado aos Servidores da Prefeitura Municipal de Boa Vista, da FETEC, da EMHUR, e dá outras 
providências. ...................................................................................................................................................................... 54 
 
Atualidades 
Conhecimentos de assuntos atuais e relevantes nas áreas da política, economia, transporte, sociedade, meio 
ambiente, educação, saúde, ciência, tecnologia, desenvolvimento sustentável, segurança pública, energia, 
relações internacionais, suas inter-relações e vinculações históricas ........................................................................ 1 
 
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Alterações e Retificações após a divulgação do Edital estarão 
disponíveis em Nosso Site na Versão Digital. 
 
 
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Professor no prazo de até 05 dias úteis. 
 
 
PIRATARIA É CRIME: É proibida a reprodução total ou parcial desta 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 1 
 
 
 
 
LEITURA 
 
A leitura1 é prática de interação social de linguagem. A 
leitura, como prática social, exige um leitor crítico que seja 
capaz de mobilizar seus conhecimentos prévios, quer 
linguísticos e textuais, quer de mundo, para preencher os 
vazios do texto, construindo novos significados. Esse leitor 
parte do já sabido/conhecido, mas, superando esse limite, 
incorpora, de forma reflexiva, novos significados a seu 
universo de conhecimento para melhor entender a realidade 
em que vive. 
Algumas estratégias de Leitura: 
O professor como mediador e facilitador no processo 
ensino-aprendizagem devepromover algumas estratégias de 
leitura como, por exemplo, ativar o conhecimento prévio do 
aluno por meio de determinadas perguntas que tenham 
relação com o que vai ser lido, levar o aluno a distinguir o 
essencial do que é pouco relevante, esquematizando uma 
hierarquização, para construir o significado global do texto. 
Para isso, é extremamente importante que o aluno saiba qual 
é o objetivo da leitura, para poder avaliar e reformular, se 
necessário, as ideias iniciais. Além disso, o professor pode 
instigá-lo a interagir com o texto, criando expectativas ou, 
ainda, fazendo previsões. Esses procedimentos, a princípio, 
devem ser feitos com o auxílio do professor, o que mais tarde, 
deve tornar-se um hábito no aluno. Nesse sentido, ao ensinar 
a ler e compreender, o professor não impõe sua própria leitura 
ou a do livro. 
Solé ao destacar algumas das estratégias mais empregadas 
nas aulas de leitura, destaca que, mesmo dentro das principais 
estratégia mencionadas, pode-se apresentar ainda as 
seguintes variações: 
1) Os objetivos da leituras, dependendo da situação, 
podem servir para: a) obter uma informação precisa; b) obter 
uma informação de caráter geral; c) revisar um escrito próprio 
para comunicação; e) praticar em voz alta; f) verificar o que se 
compreendeu. 
2) Em relação a ativar o conhecimento prévio pode: a) ser 
dada uma explicação geral por parte da professora sobre o que 
será lido; b) instigar o aluno a prestar atenção a determinados 
aspectos do texto que podem ativar seu conhecimento; c) 
incentivar os alunos a expor o que já sabem sobre o assunto 
em discussão com o grande grupo. 
3) Estabelecer previsões sobre o texto seria formular 
hipóteses sobre a continuidade textual. Nessa atividade, 
sugere-se omitir a sequência do texto e solicitar aos alunos que 
formulem hipóteses. 
4) Incentivar os alunos a fazerem perguntas pertinentes 
sobre o texto, as quais devem ser reformuladas, se necessário, 
pelo professor. Eles devem ser instigados, paulatinamente, a 
fazer seus próprios questionamentos, o que implica auto 
direcionamento. 
 
 
 
 
1 
http://www.ufmt.br/ufmt/unidade/userfiles/publicacoes/87371cd65b68bfbc63
b1147f67cbaa11.pdf 
Tipos de Leitura: 
 
- Pré-Leitura: 
A Pré-leitura ou scanning tem a função de realizar um 
reconhecimento exploratório preliminar da leitura, é uma 
passagem visual rápida pelo texto sem a pretensão da fixação 
ou da compreensão plena do escrito. 
- Leitura Fragmentada: 
Muitas pessoas afirmam que não gostam de ler porque isso 
lhes causa fadiga, ou ao terminar um texto não conseguem 
compreender seu conteúdo, acham-se dispersas, 
desconcentradas e sentem que não houve um aproveitamento 
satisfatório das informações contidas nesses escritos. 
Isso acontece por diversas razões, à principal ocorre pela 
falta de disciplina e continuidade que esse costume exige. 
Dessa forma a pessoa lê, compreende as palavras uma a uma: 
separadamente, mas não conseguem associar o sentido na 
construção das frases, parágrafos e por fim o texto. 
Com a dificuldade presente nessa associação de palavras, 
frases e parágrafos as mensagens e as informações ali contidas 
perdem seu senso e o escrito vira um emaranhado literário 
incompreensível e enfadonho: é o ler sem compreender. 
- Leitura Integral: 
É a forma de ler com plena compreensão e interpretação 
do que está escrito. Esse tipo de leitura é caracterizado pelo 
amadurecimento e pela condição disciplinar alcançada pelo 
cérebro no exercício contínuo e perseverante do ato de ler e 
que eleva de forma eficaz o condicionamento intelectual. 
Nessa fase o indivíduo tem a capacidade de associar 
perfeitamente as frases e parágrafos, compreender 
sistematicamente e de forma coerente todo conteúdo, 
inclusive com a condição de memorizar ou absorver 
determinados trechos, frases ou citações. 
- Leitura Dinâmica: 
São utilizados métodos e técnicas de leitura que permitem 
a decifração substanciada, instantânea e em blocos de um juízo 
ou pensamento na forma integral, evitando-se, portanto, a 
decifração de uma cadência de ideias sequenciadas e linear, 
como se dá geralmente na leitura comum. 
Conhecida também como leitura rápida, leitura acelerada, 
ou nos casos mais avançados: a leitura fotográfica. A leitura 
dinâmica tem como característica primordial a forma 
diferenciada da entrada de informações em nossa base neural 
de conhecimentos. 
 
COMPREENSÃO DO TEXTO 
 
Há duas operações diferentes no entendimento de um 
texto. A primeira é a apreensão, que é a captação das relações 
que cada parte mantém com as outras no interior do texto. No 
entanto, ela não é suficiente para entender o sentido integral. 
Uma pessoa que conhecesse todas as palavras do texto, mas 
não conhecesse o universo dos discursos, não entenderia o 
significado do mesmo. Por isso, é preciso colocar o texto 
dentro do universo discursivo a que ele pertence e no interior 
do qual ganha sentido. Alguns teóricos chamam o universo 
discursivo de “conhecimento de mundo”, mas chamaremos essa 
operação de compreensão. 
E assim teremos: 
 
Apreensão + Compreensão = Entendimento do texto 
 
Para ler e entender um texto é preciso atingir dois níveis 
de leitura, sendo a primeira a informativa e a segunda à de 
reconhecimento. 
A primeira deve ser feita cuidadosamente por ser o 
primeiro contato com o texto, extraindo-se informações e se 
http://alb.com.br/arquivo-
morto/edicoes_anteriores/anais16/sem03pdf/sm03ss07_05.pdf 
Leitura e compreensão de 
textos variados. 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 2 
preparando para a leitura interpretativa. Durante a 
interpretação grife palavras-chave, passagens importantes; 
tente ligar uma palavra à ideia central de cada parágrafo. 
A última fase de interpretação concentra-se nas perguntas 
e opções de respostas. Marque palavras como não, exceto, 
respectivamente, etc., pois fazem diferença na escolha 
adequada. 
Retorne ao texto mesmo que pareça ser perda de tempo. 
Leia a frase anterior e posterior para ter ideia do sentido global 
proposto pelo autor. 
Um texto para ser compreendido deve apresentar ideias 
seletas e organizadas, através dos parágrafos que é composto 
pela ideia central, argumentação e/ou desenvolvimento e a 
conclusão do texto. 
A alusão histórica serve para dividir o texto em pontos 
menores, tendo em vista os diversos enfoques. 
Convencionalmente, o parágrafo é indicado através da 
mudança de linha e um espaçamento da margem esquerda. 
Uma das partes bem distintas do parágrafo é o tópico 
frasal, ou seja, a ideia central extraída de maneira clara e 
resumida. 
Atentando-se para a ideia principal de cada parágrafo, 
asseguramos um caminho que nos levará à compreensão do 
texto. 
Produzir um texto é semelhante à arte de produzir um 
tecido, o fio deve ser trabalhado com muito cuidado para que 
o trabalho não se perca. Por isso se faz necessária a 
compressão da coesão e coerência. 
 
Coesão 
 
É a amarração entre as várias partes do texto. Os principais 
elementos de coesão são os conectivos e vocábulos 
gramaticais, que estabelecem conexão entre palavras ou 
partes de uma frase. O texto deve ser organizado por nexos 
adequados, com sequência de ideias encadeadas logicamente, 
evitando frases e períodos desconexos. Para perceber a falta 
de coesão, a melhor atitude é ler atentamente o seu texto, 
procurando estabelecer as possíveis relações entre palavras 
que formam a oração e as orações que formam o período e, 
finalmente, entre os vários períodos que formam o texto. Um 
texto bem trabalhado sintática e semanticamente resulta num 
texto coeso. 
 
Coerência 
 
A coerência está diretamente ligada à possibilidade de 
estabelecer um sentido para o texto, ou seja, ela é que faz com 
que o texto tenha sentidopara quem lê. Na avaliação da 
coerência será levado em conta o tipo de texto. Em um texto 
dissertativo, será avaliada a capacidade de relacionar os 
argumentos e de organizá-los de forma a extrair deles 
conclusões apropriadas; num texto narrativo, será avaliada 
sua capacidade de construir personagens e de relacionar ações 
e motivações. 
 
Tipos de Composição 
 
Descrição: é representar verbalmente um objeto, uma 
pessoa, um lugar, mediante a indicação de aspectos 
característicos, de pormenores individualizantes. Requer 
observação cuidadosa, para tornar aquilo que vai ser descrito 
um modelo inconfundível. Não se trata de enumerar uma série 
de elementos, mas de captar os traços capazes de transmitir 
uma impressão autêntica. Descrever é mais que apontar, é 
muito mais que fotografar. É pintar, é criar. Por isso, impõe-se 
o uso de palavras específicas, exatas. 
 
Narração: é um relato organizado de acontecimentos reais 
ou imaginários. São seus elementos constitutivos: 
personagens, circunstâncias, ação; o seu núcleo é o incidente, 
o episódio, e o que a distingue da descrição é a presença de 
personagens atuantes, que estão quase sempre em conflito. A 
narração envolve: 
- Quem? Personagem; 
- Quê? Fatos, enredo; 
- Quando? A época em que ocorreram os acontecimentos; 
- Onde? O lugar da ocorrência; 
- Como? O modo como se desenvolveram os 
acontecimentos; 
- Por quê? A causa dos acontecimentos; 
 
Dissertação: é apresentar ideias, analisá-las, é estabelecer 
um ponto de vista baseado em argumentos lógicos; é 
estabelecer relações de causa e efeito. Aqui não basta expor, 
narrar ou descrever, é necessário explanar e explicar. O 
raciocínio é que deve imperar neste tipo de composição, e 
quanto maior a fundamentação argumentativa, mais brilhante 
será o desempenho. 
 
Sentidos Próprio e Figurado 
 
Comumente afirma-se que certas ocorrências de discurso 
têm sentido próprio e sentido figurado. Geralmente os 
exemplos de tais ocorrências são metáforas. Assim, em “Maria 
é uma flor” diz-se que “flor” tem um sentido próprio e um 
sentido figurado. O sentido próprio é o mesmo do enunciado: 
“parte do vegetal que gera a semente”. O sentido figurado é o 
mesmo de “Maria, mulher bela, etc.” O sentido próprio, na 
acepção tradicional não é próprio ao contexto, mas ao termo. 
O sentido tradicionalmente dito próprio sempre 
corresponde ao que definimos aqui como sentido imediato do 
enunciado. Além disso, alguns autores o julgam como sendo o 
sentido preferencial, o que comumente ocorre. 
O sentido dito figurado é o do enunciado que substitui a 
metáfora, e que em leitura imediata leva à mesma mensagem 
que se obtém pela decifração da metáfora. 
O conceito de sentido próprio nasce do mito da existência 
da leitura ingênua, que ocorre esporadicamente, é verdade, 
mas nunca mais que esporadicamente. 
Não há muito que criticar na adoção dos conceitos de 
sentido próprio e sentido figurado, pois ela abre um caminho 
de abordagem do fenômeno da metáfora. O que é passível de 
crítica é a atribuição de status diferenciado para cada uma das 
categorias. Tradicionalmente o sentido próprio carrega uma 
conotação de sentido “natural”, sentido “primeiro”. 
Invertendo a perspectiva, com os mesmos argumentos, 
poderíamos afirmar que “natural”, “primeiro” é o sentido 
figurado, afinal, é o sentido figurado que possibilita a correta 
interpretação do enunciado e não o sentido próprio. Se o 
sentido figurado é o “verdadeiro” para o enunciado, por que 
não chamá-lo de “natural”, “primeiro”? 
Pela lógica da Retórica tradicional, essa inversão de 
perspectiva não é possível, pois o sentido figurado está 
impregnado de uma conotação desfavorável. O sentido 
figurado é visto como anormal e o sentido próprio, não. Ele 
carrega uma conotação positiva, logo, é natural, primeiro. 
A Retórica tradicional é impregnada de moralismo e 
estetização e até a geração de categorias se ressente disso. 
Essa tendência para atribuir status às categorias é uma 
constante do pensamento antigo, cuja índole era 
hierarquizante, sempre buscando uma estrutura piramidal 
para o conhecimento, o que se estende até hoje em algumas 
teorias modernas. 
Ainda hoje, apesar da imparcialidade típica e necessária ao 
conhecimento científico, vemos conotações de valor sendo 
atribuídas a categorias retóricas a partir de considerações 
totalmente externas a ela. Um exemplo: o retórico que tenha 
para si a convicção de que a qualidade de qualquer discurso se 
fundamenta na sua novidade, originalidade, imprevisibilidade, 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 3 
tenderá a descrever os recursos retóricos como “desvios da 
normalidade”, pois o que lhe interessa é pôr esses recursos 
retóricos a serviço de sua concepção estética. 
 
Sentido Imediato 
 
Sentido imediato é o que resulta de uma leitura imediata 
que, com certa reserva, poderia ser chamada de leitura 
ingênua ou leitura de máquina de ler. 
Uma leitura imediata é aquela em que se supõe a existência 
de uma série de premissas que restringem a decodificação tais 
como: 
- As frases seguem modelos completos de oração da língua. 
- O discurso é lógico. 
- Se a forma usada no discurso é a mesma usada para 
estabelecer identidades lógicas ou atribuições, então, tem-se, 
respectivamente, identidade lógica e atribuição. 
- Os significados são os encontrados no dicionário. 
- Existe concordância entre termos sintáticos. 
- Abstrai-se a conotação. 
- Supõe-se que não há anomalias linguísticas. 
- Abstrai-se o gestual, o entoativo e editorial enquanto 
modificadores do código linguístico. 
- Supõe-se pertinência ao contexto. 
- Abstrai-se iconias. 
- Abstrai-se alegorias, ironias, paráfrases, trocadilhos, etc. 
- Não se concebe a existência de locuções e frases feitas. 
- Supõe-se que o uso do discurso é comunicativo. Abstrai-
se o uso expressivo, cerimonial. 
 
Admitindo essas premissas, o discurso será indecifrável, 
ininteligível ou compreendido parcialmente toda vez que nele 
surgirem elipses, metáforas, metonímias, oximoros, ironias, 
alegorias, anomalias, etc. Também passam despercebidas as 
conotações, as iconias, os modificadores gestuais, entoativos, 
editoriais, etc. 
Na verdade, não existe o leitor absolutamente ingênuo, que 
se comporte como uma máquina de ler, o que faz do conceito 
de leitura imediata apenas um pressuposto metodológico. O 
que existe são ocorrências eventuais que se aproximam de 
uma leitura imediata, como quando alguém toma o sentido 
literal pelo figurado, quando não capta uma ironia ou fica 
perplexo diante de um oximoro. 
Há quem chame o discurso que admite leitura imediata de 
grau zero da escritura, identificando-a como uma forma mais 
primitiva de expressão. Esse grau zero não tem realidade, é 
apenas um pressuposto. Os recursos de Retórica são 
anteriores a ele. 
 
Sentido Preferencial 
Para compreender o sentido preferencial é preciso 
conceber o enunciado descontextualizado ou em contexto de 
dicionário. Quando um enunciado é realizado em contexto 
muito rarefeito, como é o contexto em que se encontra uma 
palavra no dicionário, dizemos que ela está 
descontextualizada. Nesta situação, o sentido preferencial é o 
que, na média, primeiro se impõe para o enunciado. Óbvio, o 
sentido que primeiro se impõe para um receptor pode não ser 
o mesmo para outro. Por isso a definição tem de considerar o 
resultado médio, o que não impede que pela necessidade 
momentânea consideremos o significado preferencial para 
dado indivíduo. 
Algumas regularidades podem ser observadas nos 
significados preferenciais. Por exemplo: o sentido preferencial 
da palavra porco costuma ser: “animal criado em granja para 
abate”, e nunca o de “indivíduo sem higiene”. Em outras 
palavras, geralmente o sentidoque admite leitura imediata se 
impõe sobre o que teve origem em processos metafóricos, 
alegóricos, metonímicos. Mas esta regra não é geral. Vejamos 
o seguinte exemplo: “Um caminhão de cimento”. O sentido 
preferencial para a frase dada é o mesmo de “caminhão 
carregado com cimento” e não o de “caminhão construído com 
cimento”. Neste caso o sentido preferencial é o metonímico, o 
que contrapõe a tese que diz que o sentido “figurado” não é o 
“primeiro significado da palavra”. Também é comum o sentido 
mais usado se impor sobre o menos usado. 
Para certos termos é difícil estabelecer o sentido 
preferencial. Um exemplo: Qual o sentido preferencial de 
manga? O de fruto ou de uma parte da roupa? 
 
Questões 
 
01. (SEDS/PE - Sargento Polícia Militar - 
MS/CONCURSOS) O preenchimento adequado da manchete: 
“Pelé afirma que a seleção está bem, ______Portugal e Espanha 
também estão bem preparadas.” faz parte de um recurso de: 
 
(A) Adequação vocabular. 
(B) Falta de coesão. 
(C) Incoerência. 
(D) Coesão. 
(E) Coerência. 
 
02. (SEDUC/PI - Professor - NUCEP) O sentido da frase: 
Equivale dizer, ainda, que nós somos sujeitos de nossa história 
e de nossa realidade, considerando-se a palavra destacada, 
continuará inalterado, em: 
 
(A) Equivale dizer, talvez, que nós somos sujeitos de nossa 
história e de nossa realidade. 
(B) Equivale dizer, por outro lado, que nós somos sujeitos 
de nossa história e de nossa realidade. 
(C) Equivale dizer, preferencialmente, que nós somos 
sujeitos de nossa história e de nossa realidade. 
(D) Equivale dizer, novamente, que nós somos sujeitos de 
nossa história e de nossa realidade. 
(E) Equivale dizer, também, que nós somos sujeitos de 
nossa história e de nossa realidade. 
 
03. (TJ/SP - Agente de Fiscalização Judiciária - 
VUNESP) 
 
No fim da década de 90, atormentado pelos chás de cadeira 
que enfrentou no Brasil, Levine resolveu fazer um 
levantamento em grandes cidades de 31 países para descobrir 
como diferentes culturas lidam com a questão do tempo. A 
conclusão foi que os brasileiros estão entre os povos mais 
atrasados - do ponto de vista temporal, bem entendido - do 
mundo. Foram analisadas a velocidade com que as pessoas 
percorrem determinada distância a pé no centro da cidade, o 
número de relógios corretamente ajustados e a eficiência dos 
correios. Os brasileiros pontuaram muito mal nos dois 
primeiros quesitos. No ranking geral, os suíços ocupam o 
primeiro lugar. O país dos relógios é, portanto, o que tem o 
povo mais pontual. Já as oito últimas posições no ranking são 
ocupadas por países pobres. 
O estudo de Robert Levine associa a administração do 
tempo aos traços culturais de um país. "Nos Estados Unidos, 
por exemplo, a ideia de que tempo é dinheiro tem um alto valor 
cultural. Os brasileiros, em comparação, dão mais importância 
às relações sociais e são mais dispostos a perdoar atrasos", diz 
o psicólogo. Uma série de entrevistas com cariocas, por 
exemplo, revelou que a maioria considera aceitável que um 
convidado chegue mais de duas horas depois do combinado a 
uma festa de aniversário. Pode-se argumentar que os 
brasileiros são obrigados a ser mais flexíveis com os horários 
porque a infraestrutura não ajuda. Como ser pontual se o 
trânsito é um pesadelo e não se pode confiar no transporte 
público? 
(Veja, 2009.) 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 4 
 
Há emprego do sentido figurado das palavras em: 
(A) ... os brasileiros estão entre os povos mais atrasados... 
(B) No ranking geral, os suíços ocupam o primeiro lugar. 
(C) Os brasileiros ... dão mais importância às relações 
sociais... 
(D) Como ser pontual se o trânsito é um pesadelo... 
(E) ... não se pode confiar no serviço público? 
 
04. (UNESP - Assistente Administrativo - 
VUNESP/2016) 
 
O gavião 
 
Gente olhando para o céu: não é mais disco voador. Disco 
voador perdeu o cartaz com tanto satélite beirando o sol e a 
lua. Olhamos todos para o céu em busca de algo mais 
sensacional e comovente – o gavião malvado, que mata 
pombas. 
O centro da cidade do Rio de Janeiro retorna assim à 
contemplação de um drama bem antigo, e há o partido das 
pombas e o partido do gavião. Os pombistas ou pombeiros 
(qualquer palavra é melhor que “columbófilo”) querem matar 
o gavião. Os amigos deste dizem que ele não é malvado tal; na 
verdade come a sua pombinha com a mesma inocência com 
que a pomba come seu grão de milho. 
Não tomarei partido; admiro a túrgida inocência das 
pombas e também o lance magnífico em que o gavião se 
despenca sobre uma delas. Comer pombas é, como diria Saint-
Exupéry, “a verdade do gavião”, mas matar um gavião no ar 
com um belo tiro pode também ser a verdade do caçador. 
Que o gavião mate a pomba e o homem mate alegremente 
o gavião; ao homem, se não houver outro bicho que o mate, 
pode lhe suceder que ele encontre seu gavião em outro 
homem. 
 (Rubem Braga. Ai de ti, Copacabana, 1999) 
 
O termo gavião, destacado em sua última ocorrência no 
texto – … pode lhe suceder que ele encontre seu gavião em 
outro homem. –, é empregado com sentido: 
 
(A) próprio, equivalendo a inspiração. 
(B) próprio, equivalendo a conquistador. 
(C) figurado, equivalendo a ave de rapina. 
(D) figurado, equivalendo a alimento. 
(E) figurado, equivalendo a predador. 
 
Gabarito 
01.D / 02.E / 03.D / 04.E 
 
 
 
Texto Narrativo 
Os textos narrativos apresentam ações de personagens no 
tempo e no espaço. A estrutura da narração é dividida em: 
apresentação, desenvolvimento, clímax e desfecho. 
 
Alguns exemplos de gêneros textuais narrativos: 
• Romance 
• Novela 
• Crônica 
• Contos de Fada 
• Fábula 
• Lendas 
 
2 http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/redacao/coerencia-textual.htm 
 
Texto Descritivo 
Os textos descritivos se ocupam de relatar e expor 
determinada pessoa, objeto, lugar, acontecimento. Dessa 
forma, são textos repletos de adjetivos, os quais descrevem ou 
apresentam imagens a partir das percepções sensoriais do 
locutor (emissor). 
 
São exemplos de gêneros textuais descritivos: 
• Diário 
• Relatos (viagens, históricos, etc.) 
• Biografia e autobiografia 
• Notícia 
• Currículo 
• Lista de compras 
• Cardápio 
• Anúncios de classificados 
 
Texto Dissertativo-Argumentativo 
Os textos dissertativos são aqueles encarregados de expor 
um tema ou assunto por meio de argumentações. São 
marcados pela defesa de um ponto de vista, ao mesmo tempo 
que tentam persuadir o leitor. Sua estrutura textual é dividida 
em três partes: tese (apresentação), antítese 
(desenvolvimento), nova tese (conclusão). 
 
Exemplos de gêneros textuais dissertativos: 
• Editorial Jornalístico 
• Carta de opinião 
• Resenha 
• Artigo 
• Ensaio 
• Monografia, dissertação de mestrado e tese de doutorado 
 
 
 
COERÊNCIA 
 
A coerência textual2 não está na superfície do texto: a 
construção de sentidos será feita de acordo com o 
conhecimento prévio de cada leitor 
Quando você se propõe a escrever um texto, certamente se 
lembra de quem vai ler, não é verdade? Provavelmente, você 
também se lembra de que alguns cuidados devem ser tomados 
para que o leitor compreenda o texto. Nessa tentativa de fazer-
se compreendido, você estabelece alguns padrões mentais que 
diferem o que é coerente daquilo que não faz o menor sentido, 
certo? 
Pois bem, intuitivamente, você está seguindo um princípio 
básico para uma boa redação, chamado de coerência textual. 
Você pode até não conhecer a exata definição desse elemento 
da linguística textual, mas possivelmente evita construções 
ininteligíveis em sua redação e recorre aos seus 
conhecimentos sociocognitivos. A coerência é uma 
conformidade entre fatos ou ideias, próprio daquilo que tem 
nexo, conexão, portanto, podemos associá-la ao processo de 
construção de sentidosdo texto e à articulação das ideias. Por 
serem os sentidos elementos subjetivos, podemos dizer que a 
coerência não pode ser delimitada, pois o leitor é o 
responsável pela constituição dos significados do texto. 
 
http://portugues.uol.com.br/redacao/tipos-coerencia.html 
Modos de organização do 
discurso: descritivo, narrativo, 
argumentativo. 
Coerência e progressão 
temática. Coesão: referência, 
substituição, elipse. 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 5 
Três princípios básicos são necessários para 
compreendermos melhor o que é coerência textual: 
1) Princípio da Não Contradição: um texto deve 
apresentar situações ou ideias lógicas que em momento algum 
se contradigam; 
2) Princípio da Não Tautologia: a tautologia nada mais é 
do que um vício de linguagem que repete ideias com palavras 
diferentes ao longo do texto, o que compromete a transmissão 
da informação; 
3) Princípio da Relevância: um texto com informações 
fragmentadas torna as ideias incoerentes, ainda que cada 
fragmento apresente certa coerência individual. Se as ideias 
não dialogam entre si, então elas são irrelevantes. 
 
É importante ressaltarmos que o uso adequado dos 
conectivos também colabora na construção de um texto 
coerente: a coesão textual é um importante mecanismo de 
estruturação do texto, presente em dois movimentos 
essenciais: retrospecção e prospecção. Lembre-se de que a 
coerência é um princípio de interpretabilidade, portanto, cabe 
a você depreender os sentidos do texto. 
 
Tipos de Coerência 
 
São seis os tipos de coerência: sintática, semântica, 
temática, pragmática, estilística e genérica. Conhecê-los 
contribui para a escrita de uma boa redação. 
 
Coerência sintática: está relacionada com a estrutura 
linguística, como termo de ordem dos elementos, seleção 
lexical etc., e também à coesão. Quando empregada, 
eliminamos estruturas ambíguas, bem como o uso inadequado 
dos conectivos. 
 
Coerência semântica: para que a coerência semântica 
esteja presente em um texto, é preciso, antes de tudo, que o 
texto não seja contraditório, mesmo porque a semântica está 
relacionada com as relações de sentido entre as estruturas. 
Para detectar uma incoerência, é preciso que se faça uma 
leitura cuidadosa, ancorada nos processos de analogia e 
inferência. 
 
Coerência temática: todos os enunciados de um texto 
precisam ser coerentes e relevantes para o tema, com exceção 
das inserções explicativas. Os trechos irrelevantes devem ser 
evitados, impedindo assim o comprometimento da coerência 
temática. 
 
Coerência pragmática: refere-se ao texto visto como uma 
sequência de atos de fala. Os textos, orais ou escritos, são 
exemplos dessas sequências, portanto, devem obedecer às 
condições para a sua realização. Se o locutor ordena algo a 
alguém, é contraditório que ele faça, ao mesmo tempo, um 
pedido. Quando fazemos uma pergunta para alguém, 
esperamos receber como resposta uma afirmação ou uma 
negação, jamais uma sequência de fala desconectada daquilo 
que foi indagado. Quando essas condições são ignoradas, 
temos como resultado a incoerência pragmática. 
 
Coerência estilística: diz respeito ao emprego de uma 
variedade de língua adequada, que deve ser mantida do início 
ao fim de um texto para garantir a coerência estilística. A 
incoerência estilística não provoca prejuízos para a 
interpretabilidade de um texto, contudo, a mistura de registros 
- como o uso concomitante da linguagem coloquial e linguagem 
formal - deve ser evitada, principalmente nos textos não 
literários. 
 
 
3 PESTANA, Fernando. A gramática para concursos. Elsevier. 2011. 
Coerência genérica: refere-se à escolha adequada do 
gênero textual, que deve estar de acordo com o conteúdo do 
enunciado. Em um anúncio de classificados, a prática social 
exige que ele tenha como objetivo ofertar algum serviço, bem 
como vender ou comprar algum produto, e que sua linguagem 
seja concisa e objetiva, pois essas são as características 
essenciais do gênero. Uma ruptura com esse padrão, 
entretanto, é comum nos textos literários, nos quais podemos 
encontrar um determinado gênero assumindo a forma de 
outro. 
É importante ressaltar que em alguns tipos de texto, 
especialmente nos textos literários, uma ruptura com os tipos 
de coerência descritos anteriormente pode acontecer. Nos 
demais textos, a coerência contribui para a construção de 
enunciados cuja significação seja aceitável, ajudando na 
compreensão do leitor ou do interlocutor. Todavia, a coerência 
depende de outros aspectos, como o conhecimento linguístico 
de quem acessa o conteúdo, a situacionalidade, a 
informatividade, a intertextualidade e a intencionalidade. 
 
Sendo assim não se esqueça que coerência3 é a relação 
semântica que se estabelece entre as diversas partes do texto, 
criando uma unidade de sentido. Está ligada ao entendimento, 
à possibilidade de interpretação daquilo que se ouve ou lê. 
Enquanto a coesão está para os elementos conectores de ideias 
no texto, a coerência está para a harmonia interna do texto e 
sentido. 
 
Questões 
 
01. Sobre a coerência textual, é incorreto afirmar: 
(A) A coerência é uma conformidade entre fatos ou ideias, 
própria daquilo que tem nexo, conexão, portanto, podemos 
associá-la ao processo de construção de sentidos do texto e à 
articulação das ideias. 
(B) Por serem os sentidos elementos subjetivos, podemos 
dizer que a coerência não pode ser delimitada, pois o leitor é o 
responsável pela constituição dos significados do texto. 
(C) A coerência é imaterial e não está na superfície textual. 
Compreender aquilo que está escrito dependerá dos níveis de 
interação entre o leitor, o autor e o texto. Por esse motivo, um 
mesmo texto pode apresentar múltiplas interpretações. 
(D) A não contradição, a não tautologia e o princípio da 
relevância são elementos básicos que garantem a coerência 
textual. 
(E) A coerência textual dispensa o uso adequado dos 
conectivos, elementos que apenas colaboram para a 
estruturação do texto sem apresentar relação direta com a 
semântica textual. 
 
02. Observe a tirinha Calvin e Haroldo, de Bill 
Watterson, e responda à questão: 
 
 
 
Para cada situação interativa existe uma variedade de 
língua adequada. O falante pode optar pela variedade padrão 
ou pela variedade não padrão. 
 
Sobre o nível de linguagem adotado por Calvin, podemos 
afirmar que se trata, em relação aos tipos de coerência, de uma 
(A) incoerência pragmática. 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 6 
(B) incoerência genérica. 
(C) incoerência estilística. 
(D) incoerência temática. 
(E) incoerência semântica. 
 
03. Observe o discurso de Calvin e responda à questão: 
 
A identificação de elementos textuais como as figuras de 
linguagem é essencial para a interpretação de textos. 
 
A incoerência na fala de Calvin sobre a TV pode ser 
explicada através da seguinte figura de linguagem: 
(A) Eufemismo. 
(B) Hipérbole. 
(C) Paradoxo. 
(D) Ironia. 
(E) Personificação. 
 
04. 
Oito Anos 
 
“Por que você é Flamengo 
E meu pai Botafogo 
O que significa 
“Impávido colosso”? 
Por que os ossos doem 
enquanto a gente dorme 
Por que os dentes caem 
Por onde os filhos saem 
Por que os dedos murcham 
quando estou no banho 
Por que as ruas enchem 
quando está chovendo 
Quanto é mil trilhões 
vezes infinito 
Quem é Jesus Cristo 
Onde estão meus primos 
Well, well, well 
Gabriel (...)”. 
 
(Paula Toller/Dunga. CD Partimpim, de Adriana 
Calcanhoto, São Paulo, 2004) 
Julgue as seguintes proposições:I. Pode-se dizer que se trata de um conjunto de frases 
interrogativas sem ligação entre si, configurando então um 
texto desprovido de coerência. 
II. Embora o texto apresente uma série de interrogações 
aparentemente sem ligação entre si, existem nele elementos 
linguísticos que nos permitem construir a coerência textual. 
III. A letra da canção é constituída por uma “lista” das 
perguntas que um filho faz para a mãe, e a sequenciação de 
perguntas aparentemente desconexas, na verdade, explicita o 
grande número de questionamentos que povoam o imaginário 
infantil. 
IV. A ausência de elementos sintáticos, como conectivos, 
prejudica a construção de sentidos do texto. 
 
(A) Todas estão corretas. 
(B) Apenas II e III estão corretas. 
(C) Apenas I e IV estão corretas. 
(D) Apenas I e III estão corretas. 
(E) I, III e IV estão corretas. 
 
Gabarito 
01.E / 02.C / 03.D / 04.B 
 
 
 
 
4 http://brasilescola.uol.com.br/redacao/coesao.htm 
COESÃO 
 
Coesão4 é a conexão e a harmonia entre os elementos de 
um texto, como descreve Marina Cabral. Percebemos tal 
definição quando lemos um texto e verificamos que as 
palavras, as frases e os parágrafos estão entrelaçados, um 
dando continuidade ao outro. 
 
Os elementos de coesão determinam a transição de ideias 
entre as frases e os parágrafos. 
 
Observe a coesão presente no texto a seguir: 
 
“Os sem-terra fizeram um protesto em Brasília contra a 
política agrária do país, porque consideram injusta a atual 
distribuição de terras. Porém o ministro da Agricultura 
considerou a manifestação um ato de rebeldia, uma vez que o 
projeto de Reforma Agrária pretende assentar milhares de 
sem-terra.” 
(JORDÃO, R., BELLEZI C. Linguagens. São Paulo: Escala 
Educacional, 2007) 
 
As palavras destacadas têm o papel de ligar as partes do 
texto, podemos dizer que elas são responsáveis pela coesão do 
texto. 
Há vários recursos que respondem pela coesão do texto, os 
principais são: 
 
- Palavras de transição: são palavras responsáveis pela 
coesão do texto, estabelecem a interrelação entre os 
enunciados (orações, frases, parágrafos), são preposições, 
conjunções, alguns advérbios e locuções adverbiais. 
 
Veja algumas palavras e expressões de transição e 
seus respectivos sentidos: 
- inicialmente (começo, introdução) 
- primeiramente (começo, introdução) 
- antes de tudo (começo, introdução) 
- desde já (começo, introdução) 
- além disso (continuação) 
- do mesmo modo (continuação) 
- acresce que (continuação) 
- ainda por cima (continuação) 
- bem como (continuação) 
- outrossim (continuação) 
- enfim (conclusão) 
- dessa forma (conclusão) 
- em suma (conclusão) 
- nesse sentido (conclusão) 
- portanto (conclusão) 
- afinal (conclusão) 
- logo após (tempo) 
- ocasionalmente (tempo) 
- posteriormente (tempo) 
- atualmente (tempo) 
- enquanto isso (tempo) 
- imediatamente (tempo) 
- não raro (tempo) 
- concomitantemente (tempo) 
- igualmente (semelhança, conformidade) 
- segundo (semelhança, conformidade) 
- conforme (semelhança, conformidade) 
- quer dizer (exemplificação, esclarecimento) 
- rigorosamente falando (exemplificação, esclarecimento) 
 
Ex.: A prática de atividade física é essencial ao nosso 
cotidiano. Assim sendo, quem a pratica possui uma melhor 
qualidade de vida. 
 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 7 
- Coesão por referência: existem palavras que têm a 
função de fazer referência, são elas: 
- pronomes pessoais: eu, tu, ele, me, te, os... 
- pronomes possessivos: meu, teu, seu, nosso... 
- pronomes demonstrativos: este, esse, aquele... 
- pronomes indefinidos: algum, nenhum, todo... 
- pronomes relativos: que, o qual, onde... 
- advérbios de lugar: aqui, aí, lá... 
 
Ex.: Marcela obteve uma ótima colocação no concurso. Tal 
resultado demonstra que ela se esforçou bastante para 
alcançar o objetivo que tanto almejava. 
 
- Coesão por substituição: substituição de um nome 
(pessoa, objeto, lugar etc.), verbos, períodos ou trechos do 
texto por uma palavra ou expressão que tenha sentido 
próximo, evitando a repetição no corpo do texto. 
 
Ex.: Porto Alegre pode ser substituída por “a capital 
gaúcha”; 
Castro Alves pode ser substituído por “O Poeta dos 
Escravos”; 
João Paulo II: Sua Santidade; 
Vênus: A Deusa da Beleza. 
 
Ex.: Castro Alves é autor de uma vastíssima obra literária. 
Não é por acaso que o “Poeta dos Escravos” é considerado o 
mais importante da geração a qual representou. 
 
Assim, a coesão confere textualidade aos enunciados 
agrupados em conjuntos. 
 
Elipse 
A elipse é muito utilizada na linguagem falada. Tem como 
característica a omissão de um termo da oração, que acaba 
ficando subentendido, mas sem prejudicar a compreensão do 
conteúdo da oração. 
Exemplo de elipse do sujeito: 
-São bagunceiros, mas acredito que meus alunos serão 
aprovados. 
 
Questões 
 
Bem tratada, faz bem 
 
O arquiteto Jaime Lerner cunhou esta frase premonitória: 
“O carro é o cigarro do futuro.” Quem poderia imaginar a 
reversão cultural que se deu no consumo do tabaco? 
Talvez o automóvel não seja descartável tão facilmente. 
Este jornal, em uma série de reportagens, nestes dias, mostrou 
o privilégio que os governos dão ao uso do carro e o desprezo 
ao transporte coletivo. Surpreendentemente, houve 
entrevistado que opinou favoravelmente, valorizando Los 
Angeles – um caso típico de cidade rodoviária e dispersa. 
Ainda nestes dias, a ONU reafirmou o compromisso desta 
geração com o futuro da humanidade e contra o aquecimento 
global – para o qual a emissão de CO2 do rodoviarismo é 
agente básico. (A USP acaba de divulgar estudo advertindo que 
a poluição em São Paulo mata o dobro do que o trânsito.) 
O transporte também esteve no centro dos protestos de 
junho de 2013. Lembremos: ele está interrelacionado com a 
moradia, o emprego, o lazer. Como se vê, não faltam razões 
para o debate do tema. 
(Sérgio Magalhães, O Globo) 
 
“Como se vê, não faltam razões para o debate do tema.” 
 
Substituindo o termo destacado por uma oração 
desenvolvida, a forma correta e adequada seria: 
(A) para que se debatesse o tema; 
(B) para se debater o tema; 
(C) para que se debata o tema; 
(D) para debater-se o tema; 
(E) para que o tema fosse debatido. 
 
02. “A USP acaba de divulgar estudo advertindo que a 
poluição em São Paulo mata o dobro do que o trânsito”. 
A oração em forma desenvolvida que substitui correta e 
adequadamente o gerúndio “advertindo” é: 
(A) com a advertência de; 
(B) quando adverte; 
(C) em que adverte; 
(D) no qual advertia; 
(E) para advertir. 
 
03. Corrida contra o ebola 
 
Já faz seis meses que o atual surto de ebola na África 
Ocidental despertou a atenção da comunidade internacional, 
mas nada sugere que as medidas até agora adotadas para 
refrear o avanço da doença tenham sido eficazes. 
Ao contrário, quase metade das cerca de 4.000 
contaminações registradas neste ano ocorreram nas últimas 
três semanas, e as mais de 2.000 mortes atestam a força da 
enfermidade. A escalada levou o diretor do CDC (Centro de 
Controle e Prevenção de Doenças) dos EUA, Tom Frieden, a 
afirmar que a epidemia está fora de controle. 
O vírus encontrou ambiente propício para se propagar. De 
um lado, as condições sanitárias e econômicas dos países 
afetados são as piores possíveis. De outro, a Organização 
Mundial da Saúde foi incapaz de mobilizar com celeridade um 
contingente expressivo de profissionais para atuar nessas 
localidades afetadas. 
Verdade que uma parcela das debilidades da OMS se 
explica por problemas financeiros. Só 20% dos recursos da 
entidade vêm de contribuições compulsórias dos países-
membros – o restante é formado por doações voluntárias. 
A crise econômica mundial se fez sentir também nessa 
área, e a organização perdeu quaseUS$ 1 bilhão de seu 
orçamento bianual, hoje de quase US$ 4 bilhões. Para 
comparação, o CDC dos EUA contou, somente no ano de 2013, 
com cerca de US$ 6 bilhões. 
Os cortes obrigaram a OMS a fazer escolhas difíceis. A 
agência passou a dar mais ênfase à luta contra enfermidades 
globais crônicas, como doenças coronárias e diabetes. O 
departamento de respostas a epidemias e pandemias foi 
dissolvido e integrado a outros. Muitos profissionais 
experimentados deixaram seus cargos. 
Pesa contra o órgão da ONU, de todo modo, a demora para 
reconhecer a gravidade da situação. Seus esforços iniciais 
foram limitados e mal liderados. 
O surto agora atingiu proporções tais que já não é mais 
possível enfrentá-lo de Genebra, cidade suíça sede da OMS. 
Tornou-se crucial estabelecer um comando central na África 
Ocidental, com representantes dos países afetados. 
Espera-se também maior comprometimento das potências 
mundiais, sobretudo Estados Unidos, Inglaterra e França, que 
possuem antigos laços com Libéria, Serra Leoa e Guiné, 
respectivamente. 
A comunidade internacional tem diante de si um desafio 
enorme, mas é ainda maior a necessidade de agir com rapidez. 
Nessa batalha global contra o ebola, todo tempo perdido conta 
a favor da doença. 
 
( http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2014/09/1512104-editorial-
corrida-contra-o-ebola.shtml, 2014) 
 
Assinale a opção em que se indica, INCORRETAMENTE, o 
referente do termo em destaque. 
(A) “quase US$ 1 bilhão de seu orçamento bianual” (5º§) – 
organização 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 8 
(B) “A agência passou a dar mais ênfase” (6º§) – OMS 
(C) “Pesa contra o órgão da ONU”(7º§) – OMS 
(D) “Seus esforços iniciais foram limitados” (7º§) – 
gravidade da situação 
(E) “A comunidade tem diante de si” (10º§) – comunidade 
internacional 
 
4. Leia o texto para responder a questão. 
As cotas raciais deram certo porque seus beneficiados são, 
sim, competentes. Merecem, sim, frequentar uma 
universidade pública e de qualidade. No vestibular, que é o 
princípio de tudo, os cotistas estão só um pouco atrás. Segundo 
dados do Sistema de Seleção Unificada, a nota de corte para os 
candidatos convencionais a vagas de medicina nas federais foi 
de 787,56 pontos. Para os cotistas, foi de 761,67 pontos. A 
diferença entre eles, portanto, ficou próxima de 3%. IstoÉ 
entrevistou educadores e todos disseram que essa distância é 
mais do que razoável. Na verdade, é quase nada. Se em uma 
disciplina tão concorrida quanto medicina um coeficiente de 
apenas 3% separa os privilegiados, que estudaram em colégios 
privados, dos negros e pobres, que frequentaram escolas 
públicas, então é justo supor que a diferença mínima pode, 
perfeitamente, ser igualada ou superada no decorrer dos 
cursos. Depende só da disposição do aluno. Na Universidade 
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), uma das mais conceituadas 
do País, os resultados do último vestibular surpreenderam. “A 
maior diferença entre as notas de ingresso de cotistas e não 
cotistas foi observada no curso de economia”, diz Ângela 
Rocha, pró-reitora da UFRJ. “Mesmo assim, essa distância foi 
de 11%, o que, estatisticamente, não é significativo”. 
(www.istoe.com.br) 
 
Para responder a questão, considere a passagem – A 
diferença entre eles, portanto, ficou próxima de 3%. 
O pronome eles tem como referente: 
(A) candidatos convencionais e cotistas. 
(B) beneficiados. 
(C) dados do Sistema de Seleção Unificada. 
(D) dados do Sistema de Seleção Unificada e pontos. 
(E) pontos. 
 
05. Leia os quadrinhos para responder a questão. 
 
 
Um enunciado possível em substituição à fala do terceiro 
quadrinho, em conformidade com a norma- padrão da língua 
portuguesa, é: 
(A) Se você ir pelos caminhos da verdade, leve um 
capacete. 
(B) Caso você vá pelos caminhos da verdade, lembra-se de 
levar um capacete. 
(C) Se você se mantiver nos caminhos da verdade, leve um 
capacete. 
(D) Caso você se mantém nos caminhos da verdade, lembre 
de levar um capacete. 
(E) Ainda que você se mantêm nos caminhos da verdade, 
leva um capacete. 
 
Respostas 
01.C / 02.C / 03.D / 04.A / 05.C 
 
 
5 Livro de Gramática "Saber Português Hoje - ensino secundário" 
 
 
CONECTORES5 
 
Os conectores são, assim, palavras ou expressões que se 
utilizam para especificar as relações entre vários segmentos 
linguísticos de um texto - servem para associar as ideias e 
estabelecer ligações entre elas. 
O uso correto de conectores permite uma maior coesão 
textual e envolve uma compreensão facilitada da globalidade 
do texto. 
Os conectores pertencem a diversas classes de palavras - 
conjunções (ou locuções conjuntivas) coordenativas e 
subordinativas, advérbios (ou locuções adverbiais), 
preposições (ou locuções prepositivas), expressões adjetivas 
ou até orações completas. 
 
Tipos de Conectores 
 
Adição - e, nem, pois, além disso, e ainda, não só…mas 
também, como ainda, bem como…assim como, por um 
lado…por outro lado, depois, logo após, finalmente, em 
primeiro lugar, em segundo lugar, do mesmo modo, 
igualmente, de igual modo, da mesma maneira, de igual 
maneira, de novo, novamente, também, primeiramente, da 
mesma forma, de igual forma, ultimamente, opostamente, de 
modo oposto, de maneira oposta, por último… 
Alternativa - ou, ou...ou, ora…ora, já...já, seja...seja, 
quer…quer, talvez...talvez, não...nem, em alternativa… 
Certeza / afirmação - certamente, é evidente que, com 
certeza, decerto, naturalmente, que, sem dúvida, sem dúvida 
que, de certo, é óbvio que, evidentemente, obviamente, 
verdadeiramente, de verdade, verdadeiro, realmente, exato, 
exatamente, com exatidão… 
Conformidade - consoante, conforme, segundo, como, de 
acordo com 
Comparação - como, também, conforme, tanto…quanto, 
tal como, assim como, bem como, pela mesma razão, de forma 
idêntica, de forma similar… 
Concessão - embora, conquanto, ainda que, mesmo que, 
mesmo quando, se bem que, apesar de, ainda assim, mesmo 
assim, por mais que, de qualquer forma, posto que, malgrado, 
não obstante, inobstante, em que pese, independentemente 
de… 
Conclusão / síntese / resumo - pois, portanto, por 
conseguinte, assim, logo, enfim, concluindo, conclusivamente, 
em conclusão, em síntese, consequentemente, em 
consequência, por outras palavras, ou seja, em resumo, ou 
melhor, pois, por isso, deste modo, em suma, sintetizando, 
finalizando… 
Condição - se, caso, desde que, contanto que, exceto se, 
salvo se, a menos que, a não ser que, sem que, uma vez que 
(seguida de verbo no subjuntivo) 
Confirmação - com efeito, efetivamente, na verdade, de 
fato, factualmente, verdade, verdadeiramente, óbvio, 
obviamente… 
Uso dos conectivos: 
classificação e relaçõ Relação 
entre as partes do texto: 
causa, consequência, 
comparação, conclusão, 
exemplificação, generalização, 
particularização. 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 9 
Consequência - pelo que, de modo que, de forma que, de 
maneira que, de sorte que, de jeito que, daí que, tão… que, tal... 
que, tanto... que, tamanho... que, por tudo isso, 
consequentemente, por conseguinte, como consequência… 
Dúvida - Talvez, possivelmente, provavelmente, é possível 
que, é provável que, porventura, quiçá, acaso, quem sabe, por 
certo… 
Explicitação / particularização - quer isto dizer, isto 
(não) significa que, por outras palavras, isto é, por exemplo, ou 
seja, é o caso de, nomeadamente, em particular, a saber, entre 
outros, especificamente… 
Finalidade / intencionalidade - com o fim de, com 
intuito, para(que), a fim de (que), com o objetivo de, de forma 
a, com o fim / com o objetivo de / com o propósito de / com 
intuito de / com a intenção de, com o fito de, que, porque (= 
para que)… 
Modo / forma / maneira - bem, mal, assim, depressa, 
devagar, melhor, pior, rapidamente, calmamente, facilmente e 
a maioria dos advérbios terminados em -mente, à toa, à 
vontade, às claras, às escuras, às pressas, à francesa, às 
escondidas, em silêncio, em vão, sem medo, de mansinho, ao 
vivo 
Necessidade / obrigação - faz-se mister, é necessário que, 
faz-se urgente que, urge que, é preciso que, é dever, torna-se 
imprescindível que 
Opinião - na minha opinião, a meu ver, em meu entender, 
parece-me que, estou em crer que… 
Oposição / contraste - mas, porém, todavia, contudo, 
entretanto, no entanto, senão (= mas sim) contrariamente, em 
vez de, ao invés de, pelo contrário, por oposição, oposto, 
opostamente, doutro modo, ao contrário, não obstante, por 
outro lado… 
Proporção / proporcionalidade - ao passo que, à medida 
que, à proporção que, quanto mais, tanto mais, enquanto 
Reafirmação / confirmação / resumo - ou seja, ou 
melhor, ou antes, isto é, digo, por assim dizer, por outras 
palavras, com efeito, efetivamente, na verdade, de fato, de tato, 
em suma, em resumo, resumidamente… 
Reformulação - quer dizer, mais corretamente, mais 
precisamente, ou melhor, dito de outro modo, numa palavra, 
noutros termos, por outras palavras… 
Razão / motivo / causa - porque, já que, visto que, uma 
vez que, porquanto, como (= porque), na medida em que, 
devido a, em virtude de, em razão de, em vista de, tendo em 
vista que, em face de, em decorrência de 
Sequência - começando, primeiramente, para começar, 
em primeiro lugar, num primeiro momento, antes de, em 
segundo lugar, em seguida, logo após, depois de, por último, 
concluindo, para terminar, em conclusão, em síntese, 
finalizando… 
Sequência temporal - Hoje, ontem, agora, amanhã, ainda, 
cedo, depois, tarde, antes 
Sequência geográfica / espacial - Aqui, ali, aí, lá, perto, 
longe, dentro, fora, à direita, à esquerda, à frente, acima, 
abaixo, à distância, de longe, de perto 
Tempo - quando, enquanto, até que, antes que, logo que, 
assim que, depois que, sempre que, desde que, desde quando, 
todas as vezes, senão quando, ao tempo que, mal... 
Negação - não, nunca, tampouco, jamais, nada, ninguém, 
de modo algum, de jeito nenhum, em hipótese alguma 
Ordem - ultimamente, primeiramente, antes, depois... 
Designação - eis, vede, aqui está... 
Realce / função expletiva - cá, lá, só, é que, ainda, mas... 
Inclusão / exclusão - também, até, mesmo, inclusive, só, 
salvo, menos, apenas, senão, exclusive, fora, tirante, sequer... 
Intensidade / quantidade - muito, pouco, bastante, mais, 
menos, tão, tanto, quase, demais... 
 
 
 
Exemplificação 
Justifica os pontos de vista através de exemplos. São 
expressões comuns nesse tipo de procedimento: mais 
importante que, superior a, de maior relevância que. -
Empregam-se também dados estatísticos, acompanhados de 
expressões: considerando os dados; conforme os dados 
apresentados. Faz-se a exemplificação, ainda, pela 
apresentação de causas e consequências, usando-se 
comumente as expressões: porque, porquanto, pois que, uma 
vez que, visto que, por causa de, em virtude de, em vista de, por 
motivo de. 
 
 
 
CLASSES DE PALAVRAS 
 
Em Classes de Palavras, estudaremos artigo, substantivo, 
adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição, 
interjeição e conjunção. E dentro de cada uma, abordaremos 
seu emprego e quando houver, sua flexão. 
 
Artigo 
 
É a palavra que acompanha o substantivo, indicando-lhe o 
gênero e o número, determinando-o ou generalizando-o. Os 
artigos podem ser: 
Definidos: o, a, os, as; determinam os substantivos, trata de 
um ser já conhecido; denota familiaridade: “A grande reforma 
do ensino superior é a reforma do ensino fundamental e do 
médio.” 
Indefinidos: um, uma, uns, umas; Trata-se de um ser 
desconhecido, dá ao substantivo valor vago: “...foi chegando 
um caboclinho magro, com uma taquara na mão.” (A. Lima) 
 
Usa-se o artigo definido: 
- com a palavra ambos: falou-nos que ambos os culpados 
foram punidos. 
- com nomes próprios geográficos de estado, país, oceano, 
montanha, rio, lago: o Brasil, o rio Amazonas, a Argentina, o 
oceano Pacífico. Ex.: Conheço o Canadá mas não conheço 
Brasília. 
- depois de todos/todas + numeral + substantivo: Todos 
os vinte atletas participarão do campeonato. 
- com o superlativo relativo: Mariane escolheu as mais 
lindas flores da floricultura. 
- com a palavra outro, com sentido determinado: Marcelo 
tem dois amigos: Rui é alto e lindo, o outro é atlético e 
simpático. 
- antes dos nomes das quatro estações do ano: Depois da 
primavera vem o verão. 
- com expressões de peso e medida: O álcool custa um real 
o litro. (=cada litro) 
 
Não se usa o artigo definido: 
- antes de pronomes de tratamento iniciados por 
possessivos: Vossa Excelência, Vossa Senhoria. Ex.: Vossa 
Alteza estará presente ao debate? 
- antes de nomes de meses: O campeonato aconteceu em 
maio de 2002. 
- alguns nomes de países, como Espanha, França, 
Inglaterra, Itália podem ser construídos sem o artigo, 
Classes de palavras: 
emprego, flexões e 
classificações das classes 
gramaticais. Verbos: pessoa, 
número, tempo e modo. 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 10 
principalmente quando regidos de preposição. Ex.: “Viveu 
muito tempo em Espanha.” 
- antes de todos / todas + numeral: Eles são, todos 
quatro, amigos de João Luís e Laurinha. 
- antes de palavras que designam matéria de estudo, 
empregadas com os verbos: aprender, estudar, cursar, 
ensinar. Ex.: Estudo Inglês e Cristiane estuda Francês. 
 
O uso do artigo é facultativo: 
- antes do pronome possessivo: Sua / A sua incompetência 
é irritante. 
- antes de nomes próprios de pessoas: Você já visitou 
Luciana / a Luciana? 
- “Daqui para a frente, tudo vai ser diferente.” (Para a 
frente: exige a preposição) 
 
Formas combinadas do artigo definido: Preposição + o = ao 
/ de + o, a = do, da / em + o, a = no, na / por + o, a = pelo, pela. 
 
Usa-se o artigo indefinido: 
- para indicar aproximação numérica: Nicole devia ter uns 
oito anos. 
- antes dos nomes de partes do corpo ou de objetos em 
pares: Usava umas calças largas e umas botas longas. 
- em linguagem coloquial, com valor intensivo: Rafaela é 
uma meiguice só. 
- para comparar alguém com um personagem célebre: Luís 
August é um Rui Barbosa. 
 
O artigo indefinido não é usado: 
- em expressões de quantidade: pessoa, porção, parte, 
gente, quantidade. Ex.: Reservou para todos boa parte do lucro. 
- com adjetivos como: escasso, excessivo, suficiente. Ex.: 
Não há suficiente espaço para todos. 
- com substantivo que denota espécie. Ex.: Cão que ladra 
não morde. 
 
Formas combinadas do artigo indefinido: Preposição de e 
em + um, uma = num, numa, dum, duma. 
 
O artigo (o, a, um, uma) anteposto a qualquer palavra 
transforma-a em substantivo. O ato literário é o conjunto do 
ler e do escrever. 
 
Questões 
 
01. (Banestes - Analista Econômico Financeiro - Gestão 
Contábil - FGV/2018) A frase abaixo em que o emprego do 
artigo mostra inadequação é: 
(A) Todas as coisas que hoje se creem antiquíssimas já 
foram novas; 
(B) Cuidado com todas as coisas que requeiram roupas 
novas; 
(C) Todos os bons pensamentos estão presentes no 
mundo, só falta aplicá-los; 
(D) Em toda a separação existe uma imagem da morte; 
(E) Alegria de amor dura apenas um instante, mas 
sofrimento de amor dura toda a vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
02. (IF/AP – Auxiliar em Administração – 
FUNIVERSA/2016) 
 
 
Internet: <http://educacaoepraxis.blogspot.com.br>. 
 
No segundo quadrinho,correspondem, respectivamente, a 
substantivo, pronome, artigo e advérbio: 
(A) “guerra”, “o”, “a” e “por que”. 
(B) “mundo”, “a”, “o” e “lá”. 
(C) “quando”, “por que”, “e” e “lá”. 
(D) “por que”, “não”, “a” e “quando”. 
(E) “guerra”, “quando”, “a” e “não”. 
 
03. (SESAP/RN - Técnico em Enfermagem - 
COMPERVE/2018) 
 
Nas décadas subsequentes, vários estudos 
correlacionaram os hábitos dos pacientes como fatores de 
risco para doenças cardiovasculares. Sedentarismo, 
tabagismo, obesidade, entre outros, aumentam drasticamente 
as chances de enfarte. 
 
Com relação à quantidade de artigos no trecho, há 
(A) cinco. 
(B) três. 
(C) quatro. 
(D) dois. 
 
04. (Prefeitura Tanguá/RJ - Técnico de Enfermagem - 
MS Concursos/2017) Considere as afirmações sobre artigo e 
numeral e assinale a alternativa correta: 
I - Algumas palavras que atendem o substantivo, como um, 
em “um dia”, podem modificar-lhe o sentido. Podemos 
entender a expressão como “um dia qualquer” e também como 
“um único dia.” Na primeira situação, a palavra um é artigo; na 
segunda, um é numeral. 
II - Artigo é a palavra que antecede o substantivo, 
definindo-o ou indefinindo-o. Numeral é a palavra que 
expressa quantidade exata de pessoas ou coisas, ou lugar que 
elas ocupam numa determinada sequência. 
III - Os numerais classificam-se em: cardinais (designam 
uma quantidade de seres); ordinais (indicam série, ordem, 
posição); multiplicativos (expressam aumento proporcional a 
um múltiplo da unidade); fracionários (denotam diminuição 
proporcional a divisões, frações da unidade). 
IV - O numeral pode referir-se a um substantivo ou 
substituí-lo; no primeiro caso, é numeral substantivo; no 
segundo, numeral adjetivo. 
 
(A) Apenas II, III e IV estão corretas. 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 11 
(B) Apenas I, III e IV estão corretas. 
(C) Apenas I, II e III estão corretas. 
(D) Apenas I, II e IV estão corretas. 
 
Gabarito 
 
01.D / 02.E / 03.C / 04.C 
 
Substantivo 
 
É a palavra que dá nomes aos seres. Inclui os nomes de 
pessoas, de lugares, coisas, entes de natureza espiritual ou 
mitológica: vegetação, sereia, cidade, anjo, árvore, respeito, 
criança. 
 
Classificação 
- Comuns: nomeiam os seres da mesma espécie. Ex.: 
menina, piano, estrela, rio, animal, árvore. 
- Próprios: referem-se a um ser em particular. Ex.: Brasil, 
América do Norte, Deus, Paulo, Lucélia. 
- Concretos: são aqueles que têm existência própria; são 
independentes; reais ou imaginários. Ex.: mãe, mar, água, anjo, 
alma, Deus, vento, saci. 
- Abstrato: são os que não têm existência própria; depende 
sempre de um ser para existir. Designam qualidades, 
sentimentos, ações, estados dos seres: dor, doença, amor, fé, 
beijo, abraço, juventude, covardia. Ex.: É necessário alguém ser 
ou estar triste para a tristeza manifestar-se. 
 
Formação 
- Simples: são aqueles formados por apenas um radical: 
chuva, tempo, sol, guarda. 
- Compostos: são os que são formados por mais de dois 
radicais: guarda-chuva, girassol, água-de-colônia. 
- Primitivos: são os que não derivam de outras palavras; 
vieram primeiro, deram origem a outras palavras. Ex.: ferro, 
Pedro, mês, queijo. 
- Derivados: são formados de outra palavra já existente; 
vieram depois. Ex.: ferradura, pedreiro, mesada, requeijão. 
- Coletivos: os substantivos comuns que, mesmo no 
singular, designam um conjunto de seres de uma mesma 
espécie. Ex.: 
 
Álbum 
de 
fotografias 
Colmeia de abelhas 
Alcateia de lobos Concílio 
de bispos 
em 
assembleia 
Antologia 
de textos 
escolhidos 
Conclave de cardeais 
Arquipélago ilhas Cordilheira 
de 
montanhas 
 
Reflexão do Substantivo 
Os substantivos apresentam variações ou flexões de gênero 
(masculino/feminino), de número (plural/singular) e de grau 
(aumentativo/diminutivo). 
 
Gênero (masculino/feminino) 
Na língua portuguesa há dois gêneros: masculino e 
feminino. A regra para a flexão do gênero é a troca de o por a, 
ou o acréscimo da vogal a, no final da palavra: mestre, mestra. 
 
Formação do Feminino 
O feminino se realiza de três modos: 
- Flexionando-se o substantivo masculino: filho, filha / 
mestre, mestra / leão, leoa; 
- Acrescentando-se ao masculino a desinência “a” ou um 
sufixo feminino: autor, autora / deus, deusa / cônsul, 
consulesa / cantor, cantora / reitor, reitora. 
- Utilizando-se uma palavra feminina com radical 
diferente: pai, mãe / homem, mulher / boi, vaca / carneiro, 
ovelha / cavalo, égua. 
 
Substantivos Uniformes 
- Epicenos: designam certos animais e têm um só gênero, 
quer se refiram ao macho ou à fêmea. – jacaré macho ou fêmea 
/ a cobra macho ou fêmea. 
- Comuns de dois gêneros: apenas uma forma e designam 
indivíduos dos dois sexos. São masculinos ou femininos. A 
indicação do sexo é feita com uso do artigo masculino ou 
feminino: o, a intérprete / o, a colega / o, a médium / o, a 
pianista. 
- Sobrecomuns: designam pessoas e têm um só gênero 
para homem ou a mulher: a criança (menino, menina) / a 
testemunha (homem, mulher) / o cônjuge (marido, mulher). 
 
Alguns substantivos que mudam de sentido, quando se 
troca o gênero: 
o lotação (veículo) - a lotação (efeito de lotar); 
o capital (dinheiro) - a capital (cidade); 
o cabeça (chefe, líder) - a cabeça (parte do corpo); 
o guia (acompanhante) - a guia (documentação). 
 
São masculinos: o eclipse, o dó, o dengue (manha), o 
champanha, o soprano, o clã, o alvará, o sanduíche, o clarinete, 
o Hosana, o espécime, o guaraná, o diabete ou diabetes, o tapa, 
o lança-perfume, o praça (soldado raso), o pernoite, o 
formicida, o herpes, o sósia, o telefonema, o saca-rolha, o 
plasma, o estigma. 
 
São femininos: a dinamite, a derme, a hélice, a aluvião, a 
análise, a cal, a gênese, a entorse, a faringe, a cólera (doença), 
a cataplasma, a pane, a mascote, a libido (desejo sexual), a rês, 
a sentinela, a sucuri, a usucapião, a omelete, a hortelã, a fama, 
a Xerox, a aguardente. 
 
Número (plural/singular) 
Acrescentam-se: 
- S – aos substantivos terminados em vogal ou ditongo: 
povo, povos / feira, feiras / série, séries. 
- S – aos substantivos terminados em N: líquen, liquens / 
abdômen, abdomens / hífen, hífens. Também: líquenes, 
abdômenes, hífenes. 
- ES – aos substantivos terminados em R, S, Z: cartaz, 
cartazes / motor, motores / mês, meses. Alguns terminados em 
R mudam sua sílaba tônica, no plural: júnior, juniores / caráter, 
caracteres / sênior, seniores. 
- IS – aos substantivos terminados em al, el, ol, ul: jornal, 
jornais / sol, sóis / túnel, túneis / mel, meles, méis. Exceções: 
mal, males / cônsul, cônsules / real, réis. 
- ÃO – aos substantivos terminados em ão, acrescenta S: 
cidadão, cidadãos / irmão, irmãos / mão, mãos. 
 
Trocam-se: 
- ão por ões: botão, botões / limão, limões / portão, portões 
/ mamão, mamões. 
- ão por ãe: pão, pães / charlatão, charlatães / alemão, 
alemães / cão, cães. 
- il por is (oxítonas): funil, funis / fuzil, fuzis / canil, canis / 
pernil, pernis. 
- por eis (paroxítonas): fóssil, fósseis / réptil, répteis / 
projétil, projéteis. 
- m por ns: nuvem, nuvens / som, sons / vintém, vinténs / 
atum, atuns. 
- zito, zinho - 1º coloca-se o substantivo no plural: balão, 
balões. 2º elimina-se o S + zinhos. 
Balão – balões – balões + zinhos: balõezinhos. 
Papel – papéis – papel + zinhos: papeizinhos. 
Cão – cães - cãe + zitos: Cãezitos. 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 12 
Alguns substantivos terminados em X são invariáveis 
(valor fonético = cs): os tórax, os tórax / oônix, os ônix / a fênix, 
as fênix / uma Xerox, duas Xerox / um fax, dois fax. 
 
Substantivos terminados em ÃO com mais de uma forma 
no plural: 
aldeão, aldeões, aldeãos; 
verão, verões, verãos; 
anão, anões, anãos; 
guardião, guardiões, guardiães; 
corrimão, corrimãos, corrimões; 
ancião, anciões, anciães, anciãos; 
ermitão, ermitões, ermitães, ermitãos. 
 
Metafonia - apresentam o “o” tônico fechado no singular e 
aberto no plural: caroço (ô), caroços (ó) / imposto (ô), 
impostos (ó). 
 
Substantivos que mudam de sentido quando usados no 
plural: Fez bem a todos (alegria); Houve separação de bens. 
(Patrimônio); Conferiu a féria do dia. (Salário); As férias foram 
maravilhosas. (Descanso). 
 
Substantivos empregados somente no plural: Arredores, 
belas-artes, bodas (ô), condolências, cócegas, costas, exéquias, 
férias, olheiras, fezes, núpcias, óculos, parabéns, pêsames, 
viveres, idos, afazeres, algemas. 
 
Plural dos Substantivos Compostos 
 
Somente o segundo (ou último) elemento vai para o plural: 
 
- palavra unida sem hífen: pontapé = pontapés / girassol 
= girassóis / autopeça = autopeças. 
- verbo + substantivo: saca-rolha = saca-rolhas / arranha-
céu = arranha-céus / bate-bola = bate-bolas / guarda-roupa = 
guarda-roupas / guarda-sol = guarda-sóis / vale-refeição = 
vale-refeições. 
- elemento invariável + palavra variável: sempre-viva = 
sempre-vivas / abaixo-assinado = abaixo-assinados / recém-
nascido = recém-nascidos / ex-marido = ex-maridos / auto-
escola = auto-escolas. 
- palavras repetidas: o reco-reco = os reco-recos / o tico-
tico = os tico-ticos / o corre-corre = os corre-corres. 
- substantivo composto de três ou mais elementos não 
ligados por preposição: o bem-me-quer = os bem-me-queres / 
o bem-te-vi = os bem-te-vis / o sem-terra = os sem-terra / o 
fora-da-lei = os fora-da-lei / o João-ninguém = os joões-ninguém 
/ o ponto-e-vírgula = os ponto e vírgulas / o bumba meu boi = 
os bumba meu bois. 
- quando o primeiro elemento for: grão, grã (grande), bel: 
grão-duque = grão-duques / grã-cruz = grã-cruzes / bel-prazer 
= bel-prazeres. 
 
Somente o primeiro elemento vai para o plural: 
 
- substantivo + preposição + substantivo: água de colônia 
= águas-de-colônia / mula-sem-cabeça = mulas-sem-cabeça / 
pão-de-ló = pães-de-ló / sinal-da-cruz = sinais-da-cruz. 
- quando o segundo elemento limita o primeiro ou dá 
ideia de tipo, finalidade: samba-enredo = sambas-enredo / 
pombo-correio = pombos-correio / salário-família = salários-
família / banana-maçã = bananas-maçã / vale-refeição = vales-
refeição (vale = ter valor de, substantivo+especificador) 
 
Os dois elementos ficam invariáveis quando houver: 
 
- verbo + advérbio: o ganha-pouco = os ganha-pouco / o 
cola-tudo = os cola-tudo / o bota-fora = os bota-fora 
- os compostos de verbos de sentido oposto: o entra-e-sai 
= os entra-e-sai / o leva-e-traz = os leva-e-traz / o vai-e-volta 
= os vai-e-volta. 
 
Os dois elementos, vão para o plural: 
 
- substantivo + substantivo: decreto-lei = decretos-leis / 
abelha-mestra = abelhas-mestras / tia-avó = tias-avós / 
tenente-coronel = tenentes-coronéis / redator-chefe = 
redatores-chefes. 
- substantivo + adjetivo: amor-perfeito = amores-
perfeitos / capitão-mor = capitães-mores / carro-forte = 
carros-fortes / obra-prima = obras-primas / cachorro-quente 
= cachorros-quentes. 
- adjetivo + substantivo: boa-vida = boas-vidas / curta-
metragem = curtas-metragens / má-língua = más-línguas / 
- numeral ordinal + substantivo: segunda-feira = 
segundas-feiras / quinta-feira = quintas-feiras. 
 
Composto com a palavra guarda só vai para o plural se 
for pessoa: guarda-noturno = guardas-noturnos / guarda-
florestal = guardas-florestais / guarda-civil = guardas-civis / 
guarda-marinha = guardas-marinha. 
 
Plural dos nomes próprios personalizados: os Almeidas 
/ os Oliveiras / os Picassos / os Mozarts / os Kennedys / os 
Silvas. 
 
Plural das siglas, acrescenta-se um s minúsculo: CDs / 
DVDs / ONGs / PMs / Ufirs. 
 
Grau (aumentativo/diminutivo) 
Os substantivos podem ser modificados a fim de exprimir 
intensidade, exagero ou diminuição. A essas modificações é 
que damos o nome de grau do substantivo. Os graus 
aumentativos e diminutivos são formados por dois processos: 
 
- Sintético: com o acréscimo de um sufixo aumentativo ou 
diminutivo: peixe – peixão; peixe-peixinho; sufixo inho ou 
isinho. 
 
- Analítico: formado com palavras de aumento: grande, 
enorme, imensa, gigantesca (obra imensa / lucro enorme / 
carro grande / prédio gigantesco); e formado com as palavras 
de diminuição (diminuto, pequeno, minúscula, casa pequena, 
peça minúscula, saia diminuta). 
 
- Sem falar em aumentativo e diminutivo alguns 
substantivos exprimem também desprezo, crítica, indiferença 
em relação a certas pessoas e objetos: gentalha, mulherengo, 
narigão, gentinha, coisinha, povinho, livreco. 
- Já alguns diminutivos dão ideia de afetividade: filhinho, 
Toninho, mãezinha. 
- Em consequência do dinamismo da língua, alguns 
substantivos no grau diminutivo e aumentativo adquiriram 
um significado novo: portão, cartão, fogão, cartilha, folhinha 
(calendário). 
- As palavras proparoxítonas e as palavras terminadas em 
sílabas nasal, ditongo, hiato ou vogal tônica recebem o sufixo 
zinho(a): lâmpada (proparoxítona) = lampadazinha; irmão 
(sílaba nasal) = irmãozinho; herói (ditongo) = heroizinho; baú 
(hiato) = bauzinho; café (voga tônica) = cafezinho. 
- As palavras terminadas em s ou z, ou em uma dessas 
consoantes seguidas de vogal recebem o sufixo inho: país = 
paisinho; rapaz = rapazinho; rosa = rosinha; beleza = 
belezinha. 
- Há ainda aumentativos e diminutivos formados por 
prefixação: minissaia, maxissaia, supermercado, 
minicalculadora. 
 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 13 
Questões 
 
01. Assinale o par de vocábulos que fazem o plural da 
mesma forma que “balão” e “caneta-tinteiro”: 
(A) vulcão, abaixo-assinado; 
(B) irmão, salário-família; 
(C) questão, manga-rosa; 
(D) bênção, papel-moeda; 
(E) razão, guarda-chuva. 
 
02. Assinale a alternativa em que está correta a formação 
do plural: 
(A) cadáver – cadáveis; 
(B) gavião – gaviães; 
(C) fuzil – fuzíveis; 
(D) mal – maus; 
(E) atlas – os atlas. 
 
03. A palavra livro é um substantivo 
(A) próprio, concreto, primitivo e simples. 
(B) comum, abstrato, derivado e composto. 
(C) comum, abstrato, primitivo e simples. 
(D) comum, concreto, primitivo e simples. 
 
04. Assinale a alternativa em que todos os substantivos são 
masculinos: 
(A) enigma – idioma – cal; 
(B) pianista – presidente – planta; 
(C) champanha – dó(pena) – telefonema; 
(D) estudante – cal – alface; 
(E) edema – diabete – alface. 
 
05. Sabendo-se que há substantivos que no masculino têm 
um significado; e no feminino têm outro, diferente. Marque a 
alternativa em que há um substantivo que não corresponde ao 
seu significado: 
(A) O capital = dinheiro; 
 A capital = cidade principal; 
(B) O grama = unidade de medida; 
 A grama = vegetação rasteira; 
(C) O rádio = aparelho transmissor; 
 A rádio = estação geradora; 
(D) O cabeça = o chefe; 
 A cabeça = parte do corpo; 
(E) A cura = o médico. 
 O cura = ato de curar. 
 
Gabarito 
 
01.C / 02.E / 03.D / 04.C / 05.E 
 
Adjetivo 
 
É a palavra variável em gênero, número e grau que 
modifica um substantivo, atribuindo-lhe uma qualidade, 
estado, ou modo de ser: laranjeira florida; céu azul; mau tempo. 
Os adjetivos classificam-se em: 
- simples: apresentam um único radical, uma única palavra 
em sua estrutura: alegre, medroso, simpático. 
- compostos: apresentam mais de um radical, mais de duas 
palavras em sua estrutura: estrelas azul-claras; sapatos 
marrom-escuros. 
- primitivos: são os que vieramprimeiro; dão origem a 
outras palavras: atual, livre, triste, amarelo, brando. 
- derivados: são aqueles formados por derivação, vieram 
depois dos primitivos: amarelado, ilegal, infeliz, 
desconfortável. 
- pátrios: indicam procedência ou nacionalidade, referem-
se a cidades, estados, países. Amapá: amapaense; Amazonas: 
amazonense ou baré; Anápolis: anapolino; Angra dos Reis: 
angrense; Aracajú: aracajuano ou aracajuense; Bahia: baiano. 
 
Pode-se utilizar os adjetivos pátrios compostos, como: 
afro-brasileiro; Anglo-americano, franco-italiano, sino-
japonês (China e Japão); Américo-francês; luso-brasileira; 
nipo-argentina (Japão e Argentina); teuto-argentinos 
(alemão). 
 
Locução Adjetiva: é a expressão que tem o mesmo valor 
de um adjetivo. É formada por preposição + um substantivo. 
Vejamos algumas locuções adjetivas: 
 
Angelical de anjo Etário de idade 
Abdominal de abdômen Fabril de fábrica 
Apícola de abelha Filatélico de selos 
Aquilino de águia Urbano da cidade 
 
Flexões do Adjetivo 
Como palavra variável, sofre flexões de gênero, número e 
grau: 
 
Gênero 
 
- uniformes: têm forma única para o masculino e o 
feminino. Funcionário incompetente = funcionária 
incompetente. 
- biformes: troca-se a vogal “o” pela vogal “a” ou com o 
acréscimo da vogal “a” no final da palavra: ator famoso = atriz 
famosa / jogador brasileiro = jogadora brasileira. 
 
Os adjetivos compostos recebem a flexão feminina apenas 
no segundo elemento: sociedade luso-brasileira / festa cívico-
religiosa / são – sã. 
Às vezes, os adjetivos são empregados como substantivos 
ou como advérbios: Agia como um ingênuo. (adjetivo como 
substantivo: acompanha um artigo). A cerveja que desce 
redondo. (adjetivo como advérbio: redondamente). 
 
Número 
 
O plural dos adjetivos simples flexiona de acordo com o 
substantivo a que se referem: menino chorão = meninos 
chorões / garota sensível = garotas sensíveis. 
 
- quando os dois elementos formadores são adjetivos, só o 
segundo vai para o plural: questões político-partidárias, olhos 
castanho-claros, senadores democrata-cristãos. 
- composto formado de adjetivo + substantivo referindo-se 
a cores, o adjetivo cor e o substantivo permanecem invariáveis, 
não vão para o plural: terno azul-petróleo = ternos azul-
petróleo (adjetivo azul, substantivo petróleo); saia amarelo-
canário = saias amarelo-canário (adjetivo, amarelo; 
substantivo canário). 
- as locuções adjetivas formadas de cor + de + substantivo, 
ficam invariáveis: papel cor-de-rosa = papéis cor-de-rosa / 
olho cor-de-mel = olhos cor-de-mel. 
- são invariáveis os adjetivos raios ultravioleta / alegrias 
sem-par, piadas sem-sal. 
 
Grau 
 
O grau do adjetivo exprime a intensidade das qualidades 
dos seres. O adjetivo apresenta duas variações de grau: 
comparativo e superlativo. 
 
O grau comparativo é usado para comparar uma 
qualidade entre dois ou mais seres, ou duas ou mais 
qualidades de um mesmo ser. Pode ser de igualdade, de 
superioridade e de inferioridade: 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 14 
- de igualdade: iguala duas coisas ou duas pessoas: Sou 
tão alto quão / quanto / como você. (As duas pessoas têm a 
mesma altura) 
 
- de superioridade: iguala duas pessoas / coisas sendo que 
uma é mais do que a outra: Minha amiga Manu é mais 
elegante do que / que eu. (Das duas, a Manu é mais) Podem 
ser: 
Analítico: mais bom / mais mau / mais grande / mais 
pequeno: O salário é mais pequeno do que / que justo (salário 
pequeno e justo). Quando comparamos duas qualidades de um 
mesmo ser, podemos usar as formas: mais grande, mais mau, 
mais bom, mais pequeno. 
Sintético: bom, melhor / mau, pior / grande, maior / 
pequeno, menor: Esta sala é melhor do que / que aquela. 
 
- de inferioridade: um elemento é menor do que outro: 
Somos menos passivos do que / que tolerantes. 
 
O grau superlativo apresenta característica intensificada. 
Pode ser absoluto ou relativo: 
 
- Absoluto: atribuída a um só ser; de forma absoluta. Pode 
ser: 
Analítico: advérbio de intensidade muito, intensamente, 
bastante, extremamente, excepcionalmente + adjetivo (Nicola é 
extremamente simpático). 
Sintético: adjetivo + issimo, imo, ílimo, érrimo (Minha 
comadre Mariinha é agradabilíssima). 
 
- o sufixo -érrimo é restrito aos adjetivos latinos 
terminados em r; pauper (pobre) = paupérrimo; macer 
(magro) = macérrimo; 
- forma popular: radical do adjetivo português + íssimo 
(pobríssimo); 
- adjetivos terminados em vel + bilíssimo: amável = 
amabilíssimo; 
- adjetivos terminados em eio formam o superlativo 
apenas com i: feio = feíssimo / cheio = cheíssimo. 
- os adjetivos terminados em io forma o superlativo em 
iíssimo: sério = seriíssimo / necessário = necessariíssimo / 
frio = friíssimo. 
 
Usa-se também, no superlativo: 
 
- prefixos: maxinflação / hipermercado / 
ultrassonografia / supersimpática. 
- expressões: suja à beça / pra lá de sério / duro que nem 
sola / podre de rico / linda de morrer / magro de dar pena. 
- adjetivos repetidos: fofinho, fofinho (=fofíssimo) / 
linda, linda (=lindíssima). 
- diminutivo ou aumentativo: cheinha / pequenininha / 
grandalhão / gostosão / bonitão. 
- linguagem informal, sufixo érrimo, em vez de íssimo: 
chiquérrimo, chiquetérrimo, elegantérrimo. 
 
- Relativo: ressalta a qualidade de um ser entre muitos, 
com a mesma qualidade. Pode ser: 
De Superioridade: Wilma é a mais prendada de todas as 
suas amigas. (Ela é a mais de todas) 
De Inferioridade: Paulo César é o menos tímido dos filhos. 
 
Questões 
 
01. (COMPESA - Analista de Gestão - Advogado - 
FGV/2016) A substituição da oração adjetiva por um adjetivo 
de valor equivalente está feita de forma inadequada em: 
(A) “Quando você elimina o impossível, o que sobra, por 
mais improvável que pareça, só pode ser a verdade”. / restante 
(B) “Sábio é aquele que conhece os limites da própria 
ignorância”. / consciente dos limites da própria ignorância. 
(C) “A única coisa que vem sem esforço é a idade”. / 
indiferente 
(D) “Adoro a humanidade. O que não suporto são as 
pessoas”. / insuportável 
(E) “Com o tempo não vamos ficando sozinhos apenas 
pelos que se foram: vamos ficando sozinhos uns dos outros”. / 
falecidos 
 
02. (SEPOG/RO - Técnico em Tecnologia da Informação 
e Comunicação - FGV/2018) Temos uma notícia triste: o 
coração não é o órgão do amor! Ao contrário do que dizem, não 
é ali que moram os sentimentos. Puxa, para que serve ele, 
afinal? Calma, não jogue o coração para escanteio, ele é 
superimportante. “É um órgão vital. É dele a função de 
bombear sangue para todas as células de nosso corpo”, explica 
Sérgio Jardim, cardiologista do Hospital do Coração. 
O coração é um músculo oco, por onde passa o sangue, e 
tem dois sistemas de bombeamento independentes. Com essas 
“bombas” ele recebe o sangue das veias e lança para as 
artérias. Para isso contrai e relaxa, diminuindo e aumentando 
de tamanho. E o que tem a ver com o amor? “Ele realmente 
bate mais rápido quando uma pessoa está apaixonada. O corpo 
libera adrenalina, aumentando os batimentos cardíacos e a 
pressão arterial”. 
(O Estado de São Paulo, 09/06/2012, caderno suplementar, 
p. 6) 
 
Nas frases “ele é superimportante” e “Ele realmente bate 
mais rápido quando uma pessoa está apaixonada”, há dois 
exemplos de variação de grau. 
 
Sobre essas variações, assinale a afirmativa correta. 
(A) Apenas na primeira frase há uma variação de grau de 
adjetivo. 
(B) Nas duas ocorrências ocorre o superlativo de adjetivos. 
(C) Apenas na segunda ocorrência ocorre o grau 
comparativo do adjetivo. 
(D) Na primeira ocorrência, a variação de grau ocorre por 
meio de um sufixo. 
(E) Apenas na primeira frase há variação de grau. 
 
03. (Banestes - Técnico Bancário- FGV/2018) O 
adjetivo ilimitado corresponde à locução “sem limites”; a 
locução com igual estrutura que NÃO corresponde ao adjetivo 
abaixo destacado é: 
(A) Os turistas ficaram inertes durante a ação policial / 
sem ação; 
(B) O turista incauto ficou assustado com a ação policial / 
sem cautela; 
(C) O vocalista da banda saiu ileso do acidente / sem 
ferimento; 
(D) O presidente da Coreia passou incógnito pela França / 
sem ser percebido; 
(E) O novo livro do autor estava ainda inédito / sem editor. 
 
04. (Banestes - Analista Econômico Financeiro - Gestão 
Contábil - FGV/2018) Na escrita, pode-se optar 
frequentemente entre uma construção de substantivo + 
locução adjetiva ou substantivo + adjetivo (esportes da água = 
esportes aquáticos). 
 
O termo abaixo sublinhado que NÃO pode ser substituído 
por um adjetivo é: 
(A) A indústria causou a poluição do rio; 
(B) As águas do rio ficaram poluídas; 
(C) As margens do rio estão cheias de lama; 
(D) Os turistas se encantam com a imagem do rio; 
(E) Os peixes do rio são bem saborosos. 
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Língua Portuguesa 15 
05. (Pref. Paulínia/SP - Engenheiro Agrônomo - 
FGV/2016) “O povo, ingênuo e sem fé das verdades, quer ao 
menos crer na fábula, e pouco apreço dá às demonstrações 
científicas.” (Machado de Assis) 
 
No fragmento acima, os dois adjetivos sublinhados 
possuem, respectivamente, os valores de 
(A) qualidade e estado. 
(B) estado e relação. 
(C) relação e característica. 
(D) característica e qualidade. 
(E) qualidade e relação. 
 
Gabarito 
 
01.C / 02.A / 03.E / 04.A / 05.E 
 
Numeral 
 
Os numerais exprimem quantidade, posição em uma série, 
multiplicação e divisão. Daí a sua classificação, 
respectivamente, em: 
 
- Cardinal - indica número, quantidade: um, dois, três, 
quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez, onze, doze, treze, 
catorze ou quatorze, quinze, dezesseis, vinte..., trinta..., cem..., 
duzentos..., oitocentos..., novecentos..., mil. 
 
- Ordinal - indica ordem ou posição: primeiro, segundo, 
terceiro, quarto, quinto, sexto, sétimo, oitavo, nono, décimo, 
décimo primeiro, vigésimo..., trigésimo..., quingentésimo..., 
sexcentésimo..., septingentésimo..., octingentésimo..., 
nongentésimo..., milésimo. 
 
- Fracionário - indica uma fração ou divisão: meia, metade, 
terço, quarto, décimo, onze avos, doze avos, vinte avos..., trinta 
avos..., centésimo..., ducentésimo..., trecentésimo..., milésimo. 
 
- Multiplicativo - indica a multiplicação de um número: 
dobro, triplo, quádruplo, quíntuplo, sêxtuplo, sétuplo, óctuplo, 
nônuplo, décuplo, undécuplo, duodécuplo, cêntuplo. 
 
Os numerais que indicam conjunto de elementos de 
quantidade exata são os coletivos: 
 
BIMESTRE: período de dois meses 
CENTENÁRIO: período de cem anos 
DECÁLOGO: conjunto de dez leis 
DECÚRIA: período de dez anos 
DEZENA: conjunto de dez coisas 
LUSTRO: período de cinco anos 
MILÊNIO: período de mil anos 
MILHAR: conjunto de mil coisas 
NOVENA: período de nove dias 
QUARENTENA: período de quarenta dias 
QUINQUÊNIO: período de cinco anos 
RESMA: quinhentas folhas de papel 
SEMESTRE: período de seis meses 
TRIÊNIO: período de três anos 
TRINCA: conjunto de três coisas 
 
Algarismos 
Arábicos e Romanos, respectivamente: 1-I, 2-II, 3-III, 4-IV, 
5-V, 6-VI, 7-VII, 8-VIII, 9-IX, 10-X, 11-XI, 12-XII, 13-XIII, 14-XIV, 
15-XV, 16-XVI, 17-XVII, 18-XVIII, 19-XIX, 20-XX, 30-XXX, 40-
XL, 50-L, 60-LX, 70-LXX, 80-LXXX, 90-XC, 100-C, 200-CC, 300-
CCC, 400-CD, 500-D, 600-DC, 700-DCC, 800-DCCC, 900-CM, 
1.000-M. 
 
Flexão dos Numerais 
Gênero 
- os numerais cardinais um, dois e as centenas a partir de 
duzentos apresentam flexão de gênero: Um menino e uma 
menina foram os vencedores. / Comprei duzentos gramas de 
presunto e duzentas rosquinhas. 
- os numerais ordinais variam em gênero: Marcela foi a 
nona colocada no vestibular. 
- os numerais multiplicativos, quando usados com o valor 
de substantivos, são Invariáveis: A minha nota é o triplo da sua. 
(Triplo – valor de substantivo) 
- quando usados com valor de adjetivo, apresentam flexão 
de gênero: Eu fiz duas apostas triplas na loto fácil. (Triplas 
valor de adjetivo) 
- os numerais fracionários concordam com os cardinais 
que indicam o número das partes: Dois terços dos alunos foram 
contemplados. 
- o fracionário meio concorda em gênero e número com o 
substantivo no qual se refere: O início do concurso será meio-
dia e meia. (Hora) / Usou apenas meias palavras. 
 
Número 
- os numerais cardinais milhão, bilhão, trilhão, e outros, 
variam em número: Venderam um milhão de ingressos para a 
festa do peão. / Somos 180 milhões de brasileiros. 
- os numerais ordinais variam em número: As segundas 
colocadas disputarão o campeonato. 
- os numerais multiplicativos são invariáveis quando 
usados com valor de substantivo: Minha dívida é o dobro da 
sua. (Valor de substantivo – invariável) 
- os numerais multiplicativos variam quando usados como 
adjetivos: Fizemos duas apostas triplas. (Valor de adjetivo – 
variável) 
- os numerais fracionários variam em número, 
concordando com os cardinais que indicam números das 
partes. 
- Um quarto de litro equivale a 250 ml; três quartos 
equivalem a 750 ml. 
 
Grau 
Na linguagem coloquial é comum a flexão de grau dos 
numerais: Já lhe disse isso mil vezes. / Aquele quarentão é um 
“gato”! / Morri com cincão para a “vaquinha”, lá da escola. 
 
Emprego dos Numerais 
- para designar séculos, reis, papas, capítulos, cantos (na 
poesia épica), empregam-se: os ordinais até décimo: João Paulo 
II (segundo), Canto X (décimo), Luís IX (nono); os cardinais 
para os demais: Papa Bento XVI (dezesseis), Século XXI (vinte 
e um). 
- se o numeral vier antes do substantivo, usa-se o ordinal. 
O XX século foi de descobertas científicas. (vigésimo século) 
- com referência ao primeiro dia do mês, usa-se o numeral 
ordinal: O pagamento do pessoal será sempre no dia primeiro. 
- na enumeração de leis, decretos, artigos, circulares, 
portarias e outros textos oficiais, emprega-se o numeral 
ordinal até o nono: O diretor leu pausadamente a portaria 8ª 
(portaria oitava); emprega-se o numeral cardinal, a partir de 
dez: O artigo 16 não foi justificado. (artigo dezesseis) 
- enumeração de casa, páginas, folhas, textos, 
apartamentos, quartos, poltronas, emprega-se o numeral 
cardinal: Reservei a poltrona vinte e oito. / O texto quatro está 
na página sessenta e cinco. 
- se o numeral vier antes do substantivo, emprega-se o 
ordinal. Paulo César é adepto da 7ª Arte. (sétima) 
- não se usa o numeral um antes de mil: Mil e duzentos 
reais é muito para mim. 
- o artigo e o numeral, antes dos substantivos milhão, 
milhar e bilhão, devem concordar no masculino: 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 16 
- emprega-se, na escrita das horas, o símbolo de cada 
unidade após o numeral que a indica, sem espaço ou ponto: 
10h20min – dez horas, vinte minutos. 
 
Questões 
 
01. Marque o emprego incorreto do numeral: 
(A) século III (três) 
(B) página 102 (cento e dois) 
(C) 80º (octogésimo) 
(D) capítulo XI (onze) 
(E) X tomo (décimo) 
 
02. Indique o item em que os numerais estão corretamente 
empregados: 
(A) Ao Papa Paulo seis sucedeu João Paulo primeiro. 
(B) após o parágrafo nono, virá o parágrafo dez. 
(C) depois do capítulo sexto, li o capítulo décimo primeiro. 
(D) antes do artigo décimo vem o artigo nono. 
(E) o artigo vigésimo segundo foi revogado. 
 
03. (Pref. Chapecó/SC - Procurador Municipal - 
IOBV/2016) Quanto à classificaçãodos numerais, os que 
indicam o aumento proporcional de quantidade, podendo ter 
valor de adjetivo ou substantivo são os numerais: 
(A) Multiplicativos. 
(B) Ordinais. 
(C) Cardinais. 
(D) Fracionários. 
 
04. (Pref. Barra de Guabiraba/PE - IDHTEC/2016) 
Assinale a alternativa em que o numeral está escrito por 
extenso corretamente, de acordo com a sua aplicação na frase: 
(A) Os moradores do bairro Matão, em Sumaré (SP), 
temem que suas casas desabem após uma cratera se abrir na 
Avenida Papa Pio X. (décima) 
(B) O acidente ocorreu nessa terça-feira, na BR-401 
(quatrocentas e uma) 
(C) A 22ª edição do Guia impresso traz uma matéria e teve 
a sua página Classitêxtil reformulada. (vigésima segunda) 
(D) Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem 
ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em 
erro, mediante artifício, ardil. (centésimo setésimo primeiro) 
(E) A Semana de Arte Moderna aconteceu no início do 
século XX. (século ducentésimo) 
 
05. (MPE/SP - Oficial de Promotoria I - VUNESP/2016) 
 
O SBT fará uma homenagem digna da história de seu 
proprietário e principal apresentador: no próximo dia 12 
[12.12.2015] colocará no ar um especial com 2h30 de duração 
em homenagem a Silvio Santos. É o dia de seu aniversário de 
85 anos. 
(http://tvefamosos.uol.com.br/noticias) 
 
As informações textuais permitem afirmar que, em 
12.12.2015, Sílvio Santos completou seu 
(A) octogenário quinquagésimo aniversário. 
(B) octogésimo quinto aniversário. 
(C) octingentésimo quinto aniversário. 
(D) otogésimo quinto aniversário. 
(E) oitavo quinto aniversário. 
 
Gabarito 
 
01.A / 02.B / 03.A / 04.C / 05.B 
 
 
 
 
Pronome 
 
É a palavra que acompanha ou substitui o nome, 
relacionando-o a uma das três pessoas do discurso. As três 
pessoas do discurso são: 
1ª pessoa: eu (singular) nós (plural): aquela que fala ou 
emissor; 
2ª pessoa: tu (singular) vós (plural): aquela com quem se 
fala ou receptor; 
3ª pessoa: ele, ela (singular) eles, elas (plural): aquela de 
quem se fala ou referente. 
 
Os pronomes são classificados em: pessoais, de tratamento, 
possessivos, demonstrativos, indefinidos, interrogativos e 
relativos. 
 
Pronomes Pessoais 
Os pronomes pessoais dividem-se em: 
- Retos - exercem a função de sujeito da oração. 
- Oblíquos - exercem a função de complemento do verbo 
(objeto direto / objeto indireto). São: tônicos com preposição 
ou átonos sem preposição. 
 
 Pessoas 
do 
Discurso 
Retos Oblíquos 
Átonos Tônicos 
Singular 1ª pessoa 
2ª pessoa 
3ª pessoa 
eu 
tu 
ele/ela 
me 
te 
se, o, a, 
lhe 
mim, 
comigo 
ti, contigo 
si, ele, 
consigo 
Plural 1ª pessoa 
2ª pessoa 
3ª pessoa 
nós 
vós 
eles/elas 
nos 
vos 
se, os, 
as, lhes 
nós, 
conosco 
vós, 
convosco 
si, eles, 
consigo 
 
- Colocados antes do verbo, os pronomes oblíquos da 3ª 
pessoa, apresentam sempre a forma: o, a, os, as: Eu os vi saindo 
do teatro. 
- As palavras “só” e “todos” sempre acompanham os 
pronomes pessoais do caso reto: Eu vi só ele ontem. 
- Colocados depois do verbo, os pronomes oblíquos da 3ª 
pessoa apresentam as formas: 
o, a, os, as: se o verbo terminar em vogal ou ditongo oral: 
Encontrei-a sozinha. Vejo-os diariamente. 
o, a, os, as, precedidos de verbos terminados em: R/S/Z, 
assumem as formas: lo, Ia, los, las, perdendo, 
consequentemente, as terminações R, S, Z. Preciso pagar ao 
verdureiro. (= pagá-lo); Fiz os exercícios a lápis. (= Fi-los a 
lápis) 
lo, la, los, las: se vierem depois de: eis / nos / vos - Eis a 
prova do suborno. (= Ei-la); O tempo nos dirá. (= no-lo dirá). 
(eis, nos, vos perdem o S) 
no, na, nos, nas: se o verbo terminar em ditongo nasal: m, 
ão, õe: Deram-na como vencedora; Põe-nos sobre a mesa. 
lhe, lhes colocados depois do verbo na 1ª pessoa do plural, 
terminado em S não modificado: Nós entregamoS-lhe a cópia 
do contrato. (o S permanece) 
nos: colocado depois do verbo na 1ª pessoa do plural, 
perde o S: Sentamo-nos à mesa para um café rápido. 
me, te, lhe, nos, vos: quando colocado com verbos 
transitivos diretos (TD), têm sentido possessivo, equivalendo 
a meu, teu, seu, dele, nosso, vosso: Os anos roubaram-lhe a 
esperança. (sua, dele, dela possessivo) 
 
Os pronomes pessoais oblíquos nos, vos, e se recebem o 
nome de pronomes recíprocos quando expressam uma ação 
mútua ou recíproca: Nós nos encontramos emocionados. 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 17 
(pronome recíproco, nós mesmos). Nunca diga: Eu se apavorei. 
/ Eu jà se arrumei; Eu me apavorei. / Eu me arrumei. (certos) 
- Os pronomes pessoais retos eu e tu serão substituidos 
por mim e ti após preposição: O segredo ficará somente entre 
mim e ti. 
- É obrigatório o emprego dos pronomes pessoais eu e tu, 
quando funcionarem como sujeito: Todos pediram para eu 
relatar os fatos cuidadosamente. (pronome reto + verbo no 
infinitivo). Lembre-se de que mim não fala, não escreve, não 
compra, não anda. 
- As formas oblíquas o, a, os, as são sempre empregadas 
como complemento de verbos transitivos diretos ao passo 
que as formas lhe, lhes são empregadas como complementos 
de verbos transitivos indiretos: Dona Cecília, querida amiga, 
chamou-a. (verbo transitivo direto, VTD); Minha saudosa 
comadre, Nircléia, obedeceu-lhe. (verbo transitivo 
indireto,VTI) 
 
- É comum, na linguagem coloquial, usar o brasileiríssimo 
a gente, substituindo o pronome pessoal nós: A gente deve 
fazer caridade com os mais necessitados. 
- Chamam-se pronomes pessoais reflexivos os pronomes 
que se referem ao sujeito: Eu me feri com o canivete. (eu- 1ª 
pessoa- sujeito / me- pronome pessoal reflexivo) 
- Os pronomes pessoais oblíquos se, si e consigo devem ser 
empregados somente como pronomes pessoais reflexivos e 
funcionam como complementos de um verbo na 3ª pessoa, 
cujo sujeito é também da 3ª pessoa: Nicole levantou-se com 
elegância e levou consigo (com ela própria) todos os olhares. 
(Nicole- sujeito, 3ª pessoa / levantou- verbo, 3ª pessoa / 
se- complemento, 3ª pessoa / levou- verbo, 3ª pessoa / 
consigo- complemento, 3ª pessoa). 
- Os pronomes oblíquos me, te, lhe, nos, vos, lhes (formas de 
Objeto Indireto) juntam-se a o, a, os, as (formas de Objeto 
Direto), assim: 
me+o (mo). Ex.: Recebi a carta e agradeci ao jovem, que ma 
trouxe. 
nos+o (no-lo). Ex.: Venderíamos a casa, se no-la exigissem. 
te+o: (to). Ex.: Dei-te os meus melhores dias. Dei-tos. 
lhe+o: (lho). Ex.: Ofereci-lhe flores. Ofereci-lhas. 
vos+o: (vo-lo). E.: Pedi-vos conselho. Pedi vo-lo. 
 
No Brasil, quase não se usam essas combinações (mo, to, 
lho, no-lo, vo-lo), são usadas somente em escritores mais 
sofisticados. 
 
Pronomes de Tratamento 
São usados no trato com as pessoas. Dependendo da 
pessoa a quem nos dirigimos, do seu cargo, idade, título, o 
tratamento será familiar ou cerimonioso. 
 
Vossa Alteza - V.A. - príncipes, duques; 
Vossa Eminência - V.Ema - cardeais; 
Vossa Excelência - V.Ex.a - altas autoridades, presidente, 
oficiais; 
Vossa Magnificência - V.Mag.a - reitores de universidades; 
Vossa Majestade - V.M. - reis, imperadores; 
Vossa Santidade - V.S. - Papa; 
Vossa Senhoria -V.Sa - tratamento cerimonioso. 
- São também pronomes de tratamento: o senhor, a 
senhora, a senhorita, dona, você. 
- Doutor não é forma de tratamento, e sim título acadêmico. 
 
Nas comunicações oficiais devem ser utilizados somente 
dois fechos: 
Respeitosamente: para autoridades superiores, inclusive 
para o presidente da República. 
Atenciosamente: para autoridades de mesma hierarquia 
ou de hierarquia inferior. 
 
- A forma Vossa (Senhoria, Excelência) é empregada 
quando se fala com a própria pessoa: Vossa Senhoria não 
compareceu à reunião dos sem-terra? (falando com a pessoa) 
- A forma Sua (Senhoria, Excelência )é empregada quando 
se fala sobre a pessoa: Sua Eminência, o cardeal, viajou para 
um congresso. (falando a respeito do cardeal) 
- Os pronomes de tratamento com a forma Vossa (Senhoria, 
Excelência, Eminência, Majestade), embora indiquem a 2ª 
pessoa (com quem se fala), exigem que outros pronomes e o 
verbo sejam usados na 3ª pessoa. Vossa Excelência sabe que 
seus ministros o apoiarão. 
 
Pronomes Possessivos 
 
São os pronomes que indicam posse em relação às pessoas 
da fala. 
 
Masculino Feminino 
Singular Plural Singular Plural 
meu meus minha minhas 
teu teus tua tuas 
seu seus sua suas 
nosso nossos nossa nossas 
vosso vossos vossa vossas 
seu seus sua suas 
 
Emprego dos Pronomes Possessivos 
 
- O uso do pronome possessivo da 3ª pessoa pode 
provocar, às vezes, a ambiguidade da frase. Ex.: João Luís disse 
que Laurinha estava trabalhando em seu consultório. O 
pronome seu toma o sentido ambíguo, pois pode referir-se 
tanto ao consultório de João Luís como ao de Laurinha. No 
caso, usa-se o pronome dele, dela para desfazer a ambiguidade. 
- Os possessivos, às vezes, podem indicar aproximações 
numéricas e não posse: Cláudia e Haroldo devem ter seus 
trinta anos. 
- Na linguagem popular, o tratamento seu como em: Seu 
Ricardo, pode entrar!, não tem valor possessivo, pois é uma 
alteração fonética da palavra senhor. 
- Referindo-se a mais de um substantivo, o possessivo 
concorda com o mais próximo. Ex.: Trouxe-me seus livros e 
anotações. 
- Usam-se elegantemente certos pronomes oblíquos: me, 
te, lhe, nos, vos, com o valor de possessivos. Vou seguir-lhe os 
passos. (os seus passos) 
- Deve-se observar as correlações entre os pronomes 
pessoais e possessivos. “Sendo hoje o dia do teu aniversário, 
apresso-me em apresentar-te os meus sinceros parabéns; 
Peço a Deus pela tua felicidade; Abraça-te o teu amigo que te 
preza.” 
- Não se emprega o pronome possessivo (seu, sua) quando 
se trata de parte do corpo. Ex.: Um cavaleiro todo vestido de 
negro, com um falcão em seu ombro esquerdo e uma espada 
em sua, mão. (usa-se: no ombro; na mão) 
 
Pronomes Demonstrativos 
 
Indicam a posição dos seres designados em relação às 
pessoas do discurso, situando-os no espaço ou no tempo. 
Apresentam-se em formas variáveis e invariáveis. 
 
este, esta, isto, estes, estas 
Ex.: 
Não gostei deste livro aqui. 
Neste ano, tenho realizado bons negócios. 
Esta afirmação me deixou surpresa: gostava de 
química. 
O homem e a mulher são massacrados pela cultura 
atual, mas esta é mais oprimida. 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 18 
esse, essa, esses, essas 
Ex.: 
Não gostei desse livro que está em tuas mãos. 
Nesse último ano, realizei bons negócios. 
Gostava de química. Essa afirmação me deixou 
surpresa. 
aquele, aquela, aquilo, aqueles, aquelas 
Ex.: 
Não gostei daquele livro que a Roberta trouxe. 
Tenho boas recordações de 1960, pois naquele 
ano realizei bons negócios. 
O homem e a mulher são massacrados pela cultura 
atual, mas esta é mais oprimida que aquele. 
 
- para retomar elementos já enunciados, usamos aquele (e 
variações) para o elemento que foi referido em 1º Iugar e este 
(e variações) para o que foi referido em último lugar. Ex.: Pais 
e mães vieram à festa de encerramento; aqueles, sérios e 
orgulhosos, estas, elegantes e risonhas. 
- dependendo do contexto os demonstrativos também 
servem como palavras de função intensificadora ou 
depreciativa. Ex.: Júlia fez o exercício com aquela calma! 
(=expressão intensificadora). Não se preocupe; aquilo é uma 
tranqueira! (=expressão depreciativa) 
- as formas nisso e nisto podem ser usadas com valor de 
então ou nesse momento. Ex.: A festa estava desanimada; nisso, 
a orquestra tocou um samba e todos caíram na dança. 
- os demonstrativos esse, essa, são usados para destacar um 
elemento anteriormente expresso. Ex.: Ninguém ligou para o 
incidente, mas os pais, esses resolveram tirar tudo a limpo. 
 
Pronomes Indefinidos 
São aqueles que se referem à 3ª pessoa do discurso de 
modo vago indefinido, impreciso: Alguém disse que Paulo 
César seria o vencedor. Alguns desses pronomes são variáveis 
em gênero e número; outros são invariáveis. 
Variáveis: algum, nenhum, todo, outro, muito, pouco, 
certo, vários, tanto, quanto, um, bastante, qualquer. 
Invariáveis: alguém, ninguém, tudo, outrem, algo, quem, 
nada, cada, mais, menos, demais. 
 
Emprego dos Pronomes Indefinidos 
 
- O indefinido cada deve sempre vir acompanhado de um 
substantivo ou numeral, nunca sozinho: Ganharam cem 
dólares cada um. (inadequado: Ganharam cem dólares cada.) 
- Certo, certa, certos, certas, vários, várias, são indefinidos 
quando colocados antes dos substantivos, e adjetivos quando 
colocados depois do substantivo: Certo dia perdi o controle da 
situação. (antes do substantivo= indefinido); Eles voltarão no 
dia certo. (depois do substantivo=adjetivo). 
- Todo, toda (somente no singular) sem artigo, equivale a 
qualquer: Todo ser nasce chorando. (=qualquer ser; 
indetermina, generaliza). 
- Outrem significa outra pessoa. Ex.: Nunca se sabe o 
pensamento de outrem. 
- Qualquer, plural quaisquer. Ex.: Fazemos quaisquer 
negócios. 
 
Locuções Pronominais Indefinidas: são locuções 
pronominais indefinidas duas ou mais palavras que equivalem 
ao pronome indefinido: cada qual / cada um / quem quer que 
seja / seja quem for / qualquer um / todo aquele que / um ou 
outro / tal qual (=certo). 
 
Pronomes Relativos 
São aqueles que representam, numa 2ª oração, alguma 
palavra que já apareceu na oração anterior. Essa palavra da 
oração anterior chama-se antecedente: Comprei um carro que 
é movido a álcool e à gasolina. É Flex Power. Percebe-se que o 
pronome relativo que, substitui na 2ª oração, o carro, por isso 
a palavra que é um pronome relativo. Dica: substituir que por 
o, a, os, as, qual / quais. 
Os pronomes relativos estão divididos em variáveis e 
invariáveis. 
Variáveis: o qual, os quais, a qual, as quais, cujo, cujos, cuja, 
cujas, quanto, quantos; 
Invariáveis: que, quem, quando, como, onde. 
 
Emprego dos Pronomes Relativos 
 
- O relativo que, por ser o mais usado, é chamado de 
relativo universal. Ele pode ser empregado com referência à 
pessoa ou coisa, no plural ou no singular. Ex.: Este é o CD novo 
que acabei de comprar; João Adolfo é o cara que pedi a Deus. 
- O relativo que pode ter por seu antecedente o pronome 
demonstrativo o, a, os, as. Ex.: Não entendi o que você quis 
dizer. (o que = aquilo que). 
- O relativo quem refere se a pessoa e vem sempre 
precedido de preposição. Ex.: Marco Aurélio é o advogado a 
quem eu me referi. 
- O relativo cujo e suas flexões equivalem a de que, do qual, 
de quem e estabelecem relação de posse entre o antecedente e 
o termo seguinte. (cujo, vem sempre entre dois substantivos) 
- O pronome relativo pode vir sem antecedente claro, 
explícito; é classificado, portanto, como relativo indefinido, e 
não vem precedido de preposição. Ex.: Quem casa quer casa; 
Feliz o homem cujo objetivo é a honestidade; Estas são as 
pessoas de cujos nomes nunca vou me esquecer. 
- Só se usa o relativo cujo quando o consequente é 
diferente do antecedente. Ex.: O escritor cujo livro te falei é 
paulista. 
- O pronome cujo não admite artigo nem antes nem depois 
de si. 
- O relativo onde é usado para indicar lugar e equivale a: 
em que, no qual. Ex.: Desconheço o lugar onde vende tudo 
mais barato. (= lugar em que) 
- Quanto, quantos e quantas são relativos quando usados 
depois de tudo, todos, tanto. Ex.: Naquele momento, a querida 
comadre Naldete, falou tudo quanto sabia. 
 
Pronomes Interrogativos 
São os pronomes em frases interrogativas diretas ou 
indiretas. Os principais interrogativos são: que, quem, qual, 
quanto: 
- Afinal,quem foram os prefeitos desta cidade? 
(interrogativa direta, COM o ponto de interrogação) 
- Gostaria de saber quem foram os prefeitos desta cidade. 
(interrogativa indireta, SEM a interrogação) 
 
Questões 
01. (CRP 2º Região/PE - Psicólogo Orientador - Fiscal - 
Quadrix/2018) 
 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 19 
Em "Mas ele não tinha muitas chances", as palavras 
classificam-se, morfologicamente, na ordem em que aparecem, 
como 
(A) preposição, pronome, advérbio, ação, nome e adjetivo. 
(B) conjunção, pronome, advérbio, verbo, pronome e 
substantivo. 
(C) interjeição, pronome, nome, verbo, artigo e adjetivo. 
(D) conector, nome, adjetivo, verbo, pronome e nome. 
(E) conjunção, substantivo, advérbio, verbo, advérbio e 
adjetivo. 
 
02. (IF/PA - Auxiliar em Administração - 
FUNRIO/2016) O emprego do pronome relativo está de 
acordo com as normas da língua-padrão em: 
(A) Finalmente aprovaram o decreto que lutamos tanto 
por ele. 
(B) Nas próximas férias, minha meta é fazer tudo que tenho 
direito. 
(C) Eu aprovaria o texto daquele parecer que o relator 
apresentou ontem. 
(D) Existe um escritor brasileiro que todos os brasileiros 
nos orgulhamos. 
(E) Na política, às vezes acontecem traições onde mostram 
muita sordidez. 
 
03. (Eletrobras/Eletrosul - Técnico de Segurança do 
Trabalho - FCC/2016) 
 
Abu Dhabi constrói cidade do futuro, com tudo 
movido a energia solar 
 
Bem no meio do deserto, há um lugar onde o calor é extremo. 
Sessenta e três graus ou até mais no verão. E foi exatamente por 
causa da temperatura que foi construída em Abu Dhabi uma das 
maiores usinas de energia solar do mundo. 
Os Emirados Árabes estão investindo em fontes energéticas 
renováveis. Não vão substituir o petróleo, que eles têm de sobra 
por mais 100 anos pelo menos. O que pretendem é diversificar e 
poluir menos. Uma aposta no futuro. 
A preocupação com o planeta levou Abu Dhabi a tirar do 
papel a cidade sustentável de Masdar. Dez por cento do 
planejado está pronto. Um traçado urbanístico ousado, que 
deixa os carros de fora. Lá só se anda a pé ou de bicicleta. As ruas 
são bem estreitas para que um prédio faça sombra no outro. É 
perfeito para o deserto. Os revestimentos das paredes isolam o 
calor. E a direção dos ventos foi estudada para criar corredores 
de brisa. 
(Adaptado de: “Abu Dhabi constrói cidade do futuro, com tudo movido a 
energia solar”. Disponível 
em:http://g1.globo.com/globoreporter/noticia/2016/04/abu-dhabi-constroi-
cidade-do-futuro-com-tudo-movido-energia-solar.html) 
 
Considere as seguintes passagens do texto: 
I. E foi exatamente por causa da temperatura que foi 
construída em Abu Dhabi uma das maiores usinas de energia 
solar do mundo. (1º parágrafo) 
II. Não vão substituir o petróleo, que eles têm de sobra por 
mais 100 anos pelo menos. (2º parágrafo) 
III. Um traçado urbanístico ousado, que deixa os carros de 
fora. (3º parágrafo) 
IV. As ruas são bem estreitas para que um prédio faça 
sombra no outro. (3º parágrafo) 
 
O termo “que” é pronome e pode ser substituído por “o 
qual” APENAS em 
(A) I e II. 
(B) II e III. 
(C) I, II e IV. 
(D) I e IV. 
(E) III e IV. 
 
04. (Pref. Itaquitinga/PE - Assistente Administrativo - 
IDHTEC/2016) 
 
 
O emprego do pronome “aquela” na charge: 
(A) Dá uma conotação irônica à frase. 
(B) Representa uma forma indireta de se dirigir ao casal. 
(C) Permite situar no espaço aquilo a que se refere. 
(D) Indica posse do falante. 
(E) Evita a repetição do verbo. 
 
05. (Pref. Florianópolis/SC - Auxiliar de Sala - 
FEPESE/2016) Analise a frase abaixo: 
 
“O professor discutiu............mesmos a respeito da 
desavença entre .........e ........ . 
 
Assinale a alternativa que completa corretamente as 
lacunas do texto. 
(A) com nós - eu - ti 
(B) conosco - eu - tu 
(C) conosco - mim - ti 
(D) conosco - mim - tu 
(E) com nós - mim - ti 
 
Gabarito 
 
01.B / 02.C / 03.B / 04.C / 05.E 
 
Verbo 
 
É a palavra que indica ação, movimento, fenômenos da 
natureza, estado, mudança de estado. Flexiona-se em: 
- número (singular e plural); 
- pessoa (primeira, segunda e terceira); 
- modo (indicativo, subjuntivo e imperativo, formas 
nominais: gerúndio, infinitivo e particípio); 
- tempo (presente, passado e futuro); 
- e apresenta voz (ativa, passiva, reflexiva). 
 
De acordo com a vogal temática, os verbos estão agrupados 
em três conjugações: 
1ª conjugação – ar: cantar, dançar, pular. 
2ª conjugação – er: beber, correr, entreter. 
3ª conjugação – ir: partir, rir, abrir. 
 
O verbo pôr e seus derivados (repor, depor, dispor, 
compor, impor) pertencem a 2ª conjugação devido à sua 
origem latina poer. 
 
Elementos Estruturais do Verbo 
As formas verbais apresentam três elementos em sua 
estrutura: radical, vogal temática e tema. 
Radical: elemento mórfico (morfema) que concentra o 
significado essencial do verbo. Observe as formas verbais da 
1ª conjugação: contar, esperar, brincar. Flexionando esses 
verbos, nota-se que há uma parte que não muda, e que nela 
está o significado real do verbo. 
cont é o radical do verbo contar; 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 20 
esper é o radical do verbo esperar; 
brinc é o radical do verbo brincar. 
 
Se tirarmos as terminações ar, er, ir do infinitivo dos 
verbos, teremos o radical desses verbos. Também podemos 
antepor prefixos ao radical: desnutrir / reconduzir. 
 
Vogal Temática: é o elemento mórfico que designa a qual 
conjugação pertence o verbo. Há três vogais temáticas: 1ª 
conjugação: a; 2ª conjugação: e; 3ª conjugação: i. 
 
Tema: é o elemento constituído pelo radical mais a vogal 
temática. Ex.: contar - cont (radical) + a (vogal temática) = 
tema. Se não houver a vogal temática, o tema será apenas o 
radical (contei = cont ei). 
 
Desinências: são elementos que se juntam ao radical, ou 
ao tema, para indicar as flexões de modo e tempo, desinências 
modo temporais e desinências número pessoais. 
 
Contávamos 
Cont = radical 
a = vogal temática 
va = desinência modo temporal 
mos = desinência número pessoal 
 
Flexões Verbais 
Flexão de número e de pessoa: o verbo varia para indicar 
o número e a pessoa. 
- eu estudo – 1ª pessoa do singular; 
- nós estudamos – 1ª pessoa do plural; 
- tu estudas – 2ª pessoa do singular; 
- vós estudais – 2ª pessoa do plural; 
- ele estuda – 3ª pessoa do singular; 
- eles estudam – 3ª pessoa do plural. 
 
- Algumas regiões do Brasil, usam o pronome tu de forma 
diferente da fala culta, exigida pela gramática oficial, ou seja, 
tu foi, tu pega, tu tem, em vez de: tu fostes, tu pegas, tu tens. 
- O pronome vós aparece somente em textos literários ou 
bíblicos. 
- Os pronomes: você, vocês, que levam o verbo na 3ª 
pessoa, é o mais usado no Brasil. 
 
Flexão de tempo e de modo: os tempos situam o fato ou a 
ação verbal dentro de determinado momento; pode estar em 
plena ocorrência, pode já ter ocorrido ou não. Essas três 
possibilidades básicas, mas não únicas, são: presente, 
pretérito e futuro. 
 
O modo indica as diversas atitudes do falante com relação 
ao fato que enuncia. São três os modos: 
- Modo Indicativo: a atitude do falante é de certeza, 
precisão. O fato é ou foi uma realidade. Apresenta presente, 
pretérito perfeito, imperfeito e mais que perfeito, futuro do 
presente e futuro do pretérito. 
- Modo Subjuntivo: a atitude do falante é de incerteza, de 
dúvida, exprime uma possibilidade. O subjuntivo expressa 
uma incerteza, dúvida, possibilidade, hipótese. Apresenta 
presente, pretérito imperfeitoe futuro. Ex: Tenha paciência, 
Lourdes; Se tivesse dinheiro compraria um carro zero; 
Quando o vir, dê lembranças minhas. 
- Modo Imperativo: a atitude do falante é de ordem, um 
desejo, uma vontade, uma solicitação. Indica uma ordem, um 
pedido, uma súplica. Apresenta imperativo afirmativo e 
imperativo negativo. 
 
Emprego dos Tempos do Indicativo 
- Presente do Indicativo: para enunciar um fato 
momentâneo. Ex.: Estou feliz hoje. Para expressar um fato que 
ocorre com frequência. Ex.: Eu almoço todos os dias na casa de 
minha mãe. Na indicação de ações ou estados permanentes, 
verdades universais. Ex.: A água é incolor, inodora, insípida. 
- Pretérito Imperfeito: para expressar um fato passado, 
não concluído. Ex.: Nós comíamos pastel na feira; Eu cantava 
muito bem. 
- Pretérito Perfeito: é usado na indicação de um fato 
passado concluído. Ex.: Cantei, dancei, pulei, chorei, dormi... 
- Pretérito Mais-Que-Perfeito: expressa um fato passado 
anterior a outro acontecimento passado. Ex.: Nós cantáramos 
no congresso de música. 
- Futuro do Presente: na indicação de um fato realizado 
num instante posterior ao que se fala. Ex.: Cantarei domingo 
no coro da igreja matriz. 
- Futuro do Pretérito: para expressar um acontecimento 
posterior a um outro acontecimento passado. Ex.: Compraria 
um carro se tivesse dinheiro 
 
1ª Conjugação: -AR 
Presente: danço, danças, dança, dançamos, dançais, 
dançam. 
Pretérito Perfeito: dancei, dançaste, dançou, 
dançamos, dançastes, dançaram. 
Pretérito Imperfeito: dançava, dançavas, dançava, 
dançávamos, dançáveis, dançavam. 
Pretérito Mais-Que-Perfeito: dançara, dançaras, 
dançara, dançáramos, dançáreis, dançaram. 
Futuro do Presente: dançarei, dançarás, dançará, 
dançaremos, dançareis, dançarão. 
Futuro do Pretérito: dançaria, dançarias, dançaria, 
dançaríamos, dançaríeis, dançariam. 
 
2ª Conjugação: -ER 
Presente: como, comes, come, comemos, comeis, 
comem. 
Pretérito Perfeito: comi, comeste, comeu, comemos, 
comestes, comeram. 
Pretérito Imperfeito: comia, comias, comia, 
comíamos, comíeis, comiam. 
Pretérito Mais-Que-Perfeito: comera, comeras, 
comera, comêramos, comêreis, comeram. 
Futuro do Presente: comerei, comerás, comerá, 
comeremos, comereis, comerão. 
Futuro do Pretérito: comeria, comerias, comeria, 
comeríamos, comeríeis, comeriam. 
 
3ª Conjugação: -IR 
Presente: parto, partes, parte, partimos, partis, partem. 
Pretérito Perfeito: parti, partiste, partiu, partimos, 
partistes, partiram. 
Pretérito Imperfeito: partia, partias, partia, 
partíamos, partíeis, partiam. 
Pretérito Mais-Que-Perfeito: partira, partiras, partira, 
partíramos, partíreis, partiram. 
Futuro do Presente: partirei, partirás, partirá, 
partiremos, partireis, partirão. 
Futuro do Pretérito: partiria, partirias, partiria, 
partiríamos, partiríeis, partiriam. 
 
Emprego dos Tempos do Subjuntivo 
- Presente: é empregado para indicar um fato incerto ou 
duvidoso, muitas vezes ligados ao desejo, à suposição. Ex.: 
Duvido de que apurem os fatos; Que surjam novos e honestos 
políticos. 
- Pretérito Imperfeito: é empregado para indicar uma 
condição ou hipótese. Ex.: Se recebesse o prêmio, voltaria à 
universidade. 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 21 
- Futuro: é empregado para indicar um fato hipotético, 
pode ou não acontecer. Quando você fizer o trabalho, será 
generosamente gratificado. 
 
1ª Conjugação –AR 
Presente: que eu dance, que tu dances, que ele dance, 
que nós dancemos, que vós danceis, que eles dancem. 
Pretérito Imperfeito: se eu dançasse, se tu dançasses, 
se ele dançasse, se nós dançássemos, se vós dançásseis, se 
eles dançassem. 
Futuro: quando eu dançar, quando tu dançares, quando 
ele dançar, quando nós dançarmos, quando vós dançardes, 
quando eles dançarem. 
 
2ª Conjugação -ER 
Presente: que eu coma, que tu comas, que ele coma, que 
nós comamos, que vós comais, que eles comam. 
Pretérito Imperfeito: se eu comesse, se tu comesses, 
se ele comesse, se nós comêssemos, se vós comêsseis, se 
eles comessem. 
Futuro: quando eu comer, quando tu comeres, quando 
ele comer, quando nós comermos, quando vós comerdes, 
quando eles comerem. 
 
3ª conjugação – IR 
Presente: que eu parta, que tu partas, que ele parta, que 
nós partamos, que vós partais, que eles partam. 
Pretérito Imperfeito: se eu partisse, se tu partisses, se 
ele partisse, se nós partíssemos, se vós partísseis, se eles 
partissem. 
Futuro: quando eu partir, quando tu partires, quando 
ele partir, quando nós partirmos, quando vós partirdes, 
quando eles partirem. 
 
Emprego do Imperativo 
Imperativo Afirmativo 
- Não apresenta a primeira pessoa do singular. 
- É formado pelo presente do indicativo e pelo presente do 
subjuntivo. 
- O Tu e o Vós saem do presente do indicativo sem o “s”. 
- O restante é cópia fiel do presente do subjuntivo. 
 
Presente do Indicativo: eu amo, tu amas, ele ama, nós 
amamos, vós amais, eles amam. 
Presente do subjuntivo: que eu ame, que tu ames, que ele 
ame, que nós amemos, que vós ameis, que eles amem. 
Imperativo afirmativo: (X), ama tu, ame você, amemos 
nós, amai vós, amem vocês. 
 
Imperativo Negativo 
- É formado através do presente do subjuntivo sem a 
primeira pessoa do singular. 
- Não retira os “s” do tu e do vós. 
 
Presente do Subjuntivo: que eu ame, que tu ames, que ele 
ame, que nós amemos, que vós ameis, que eles amem. 
Imperativo negativo: (X), não ames tu, não ame você, não 
amemos nós, não ameis vós, não amem vocês. 
 
Além dos três modos citados (Indicativo, Subjuntivo e 
Imperativo), os verbos apresentam ainda as formas nominais: 
infinitivo – impessoal e pessoal, gerúndio e particípio. 
 
Infinitivo Impessoal6 
Quando se diz que um verbo está no infinitivo impessoal, 
isso significa que ele apresenta sentido genérico ou indefinido, 
não relacionado a nenhuma pessoa, e sua forma é invariável. 
 
6 https://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf69.php 
Assim, considera-se apenas o processo verbal. Ex.: Amar é 
sofrer. 
Podendo ter valor e função de substantivo. Ex.: Viver é 
lutar. (= vida é luta); É indispensável combater a corrupção. (= 
combate à) 
O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente 
(forma simples) ou no passado (forma composta). Ex.: É 
preciso ler este livro; Era preciso ter lido este livro. 
Observe que, embora não haja desinências para a 1ª e 3ª 
pessoas do singular (cujas formas são iguais às do infinitivo 
impessoal), elas não deixam de referir-se às respectivas 
pessoas do discurso (o que será esclarecido apenas pelo 
contexto da frase). Ex.: Para ler melhor, eu uso estes óculos. 
(1ª pessoa); Para ler melhor, ela usa estes óculos. (3ª pessoa) 
 
O infinitivo impessoal é usado: 
 
- Quando apresenta uma ideia vaga, genérica, sem se 
referir a um sujeito determinado. Ex. Querer é poder. 
Fumar prejudica a saúde. É proibido colar cartazes neste 
muro. 
- Quando tem valor de Imperativo. Ex. Soldados, 
marchar! (= Marchai!) Esquerda, volver! 
- Quando é regido de preposição (geralmente 
precedido da preposição “de”) e funciona como 
complemento de um substantivo, adjetivo ou verbo da 
oração anterior. Ex.: Eles não têm o direito de gritar assim. 
As meninas foram impedidas de participar do jogo. Eu os 
convenci a aceitar. 
 
No entanto, na voz passiva dos verbos "contentar", 
"tomar" e "ouvir", por exemplo, o Infinitivo (verbo auxiliar) 
deve ser flexionado. Exs.: 
Eram pessoas difíceis de serem contentadas. 
Aqueles remédios são ruins de serem tomados. 
Os jogos que você me emprestou são agradáveis de serem 
jogados. 
 
- Nas locuções verbais. Ex.: Queremos acordar bem cedo 
amanhã. Eles não podiam reclamar do colégio. Vamos pensar 
no seu caso. 
- Quando o sujeito do infinitivo é o mesmo do verbo da 
oração anterior.Ex. Eles foram condenados a pagar pesadas 
multas. Devemos sorrir ao invés de chorar. Tenho ainda alguns 
livros por (para) publicar. 
 
Observação: quando o infinitivo preposicionado, ou não, 
preceder ou estiver distante do verbo da oração principal 
(verbo regente), pode ser flexionado para melhor clareza do 
período e também para se enfatizar o sujeito (agente) da ação 
verbal. Exs.: 
Na esperança de sermos atendidos, muito lhe 
agradecemos. 
Foram dois amigos à casa de outro, a fim de jogarem 
futebol. 
Para estudarmos, estaremos sempre dispostos. 
Antes de nascerem, já estão condenadas à fome muitas 
crianças. 
 
- Com os verbos causativos "deixar", "mandar" e 
"fazer" e seus sinônimos que não formam locução verbal 
com o infinitivo que os segue. Ex.: Deixei-os sair cedo hoje. 
- Com os verbos sensitivos "ver", "ouvir", "sentir" e 
sinônimos, deve-se também deixar o infinitivo sem flexão. 
Ex.: Vi-os entrar atrasados. Ouvi-as dizer que não iriam à 
festa. 
 
 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 22 
Infinitivo Pessoal 
É o infinitivo relacionado às três pessoas do discurso. Na 
1ª e 3ª pessoas do singular, não apresenta desinências, 
assumindo a mesma forma do impessoal; nas demais, flexiona-
se da seguinte maneira: 
2ª pessoa do singular: radical + ES. Ex.: teres (tu) 
1ª pessoa do plural: radical + mos. Ex.: termos (nós) 
2ª pessoa do plural: radical + dês. Ex.: terdes (vós) 
3ª pessoa do plural: radical + em. Ex.: terem (eles) 
 
Por exemplo: Foste elogiado por teres alcançado uma boa 
colocação. 
 
Quando se diz que um verbo está no infinitivo pessoal, isso 
significa que ele atribui um agente ao processo verbal, 
flexionando-se. 
O infinitivo deve ser flexionado nos seguintes casos: 
 
- Quando o sujeito da oração estiver claramente 
expresso. Exs.: 
Se tu não perceberes isto... 
Convém vocês irem primeiro. 
O bom é sempre lembrarmos (sujeito desinencial, sujeito 
implícito = nós) desta regra. 
 
- Quando tiver sujeito diferente daquele da oração 
principal. Exs.: 
O professor deu um prazo de cinco dias para os alunos 
estudarem bastante para a prova. 
Perdoo-te por me traíres. 
O hotel preparou tudo para os turistas ficarem à vontade. 
O guarda fez sinal para os motoristas pararem. 
 
- Quando se quiser indeterminar o sujeito (utilizado na 
terceira pessoa do plural). Exs.: 
Faço isso para não me acharem inútil. 
Temos de agir assim para nos promoverem. 
Ela não sai sozinha à noite a fim de não falarem mal da sua 
conduta. 
 
- Quando apresentar reciprocidade ou reflexibilidade 
de ação. Exs.: 
Vi os alunos abraçarem-se alegremente. 
Fizemos os adversários cumprimentarem-se com 
gentileza. 
Mandei as meninas olharem-se no espelho. 
 
Gerúndio 
Pode funcionar como adjetivo ou advérbio. Ex.: Saindo de 
casa, encontrei alguns amigos. (Função de advérbio); Nas ruas, 
havia crianças vendendo doces. (Função adjetivo) 
Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em curso; 
na forma composta, uma ação concluída. Ex.: Trabalhando, 
aprenderás o valor do dinheiro; Tendo trabalhado, aprendeu o 
valor do dinheiro. 
 
Particípio 
Quando não é empregado na formação dos tempos 
compostos, o particípio indica geralmente o resultado de uma 
ação terminada, flexionando-se em gênero, número e grau. Ex.: 
Terminados os exames, os candidatos saíram. Quando o 
particípio exprime somente estado, sem nenhuma relação 
temporal, assume verdadeiramente a função de adjetivo 
(adjetivo verbal). Ex.: Ela foi a aluna escolhida para 
representar a escola. 
 
1ª Conjugação –AR 
Infinitivo Impessoal: dançar. 
Infinitivo Pessoal: dançar eu, dançares tu; dançar ele, 
dançarmos nós, dançardes vós, dançarem eles. 
Gerúndio: dançando. 
Particípio: dançado. 
 
2ª Conjugação –ER 
Infinitivo Impessoal: comer. 
Infinitivo pessoal: comer eu, comeres tu, comer ele, 
comermos nós, comerdes vós, comerem eles. 
Gerúndio: comendo. 
Particípio: comido. 
 
3ª Conjugação –IR 
Infinitivo Impessoal: partir. 
Infinitivo pessoal: partir eu, partires tu, partir ele, 
partirmos nós, partirdes vós, partirem eles. 
Gerúndio: partindo. 
Particípio: partido. 
 
Questões 
 
01. (UNEMAT - Psicólogo - 2018) 
 
 
Disponível 
https://www.facebook.com/tirasamandinho/photos/a.488361671209144.11396
3. 
488356901209621/1568398126538821/?type=3&theater. 
Acesso em: fev.2018. 
 
Na tirinha, Fê conversa com Camilo sobre o que ela 
considera ser machismo na cerimônia de casamento, enquanto 
Pudim diz a Armandinho que tudo aquilo que a garota 
questiona é algo natural. 
Nas falas atribuídas à menina, o verbo ter aparece em Tem 
casamentos [...] (quadro 1) e em [...] essas coisas têm 
significados! (quadro 2). 
 
Em relação a esses empregos do verbo ter, assinale a 
alternativa correta. 
(A) Em ambos, o verbo é impessoal. 
(B) Ambos estão na terceira pessoa do plural do presente 
do modo indicativo. 
(C) Ambos estão na terceira pessoa do singular do presente 
do modo indicativo. 
(D) Ambos estão no presente do modo indicativo, embora 
o primeiro esteja na terceira pessoa do singular e o segundo na 
terceira pessoa do plural. 
(E) Ambos estão no presente do modo subjuntivo, embora 
o primeiro esteja na terceira pessoa do singular e o segundo na 
terceira pessoa do plural. 
 
02. (PC/SP - Escrivão de Polícia - VUNESP/2018) 
 
O drama dos viciados em dívidas 
 
Apesar dos sinais de recuperação da economia, o número 
de brasileiros endividados chegou a 61,7 milhões em fevereiro 
passado – o equivalente a 40% da população adulta. O número 
é alto porque o hábito de manter as contas em dia não é apenas 
uma questão financeira decorrente do estado geral da 
economia – pode ser uma questão comportamental. Por isso, 
há grupos especializados que promovem reuniões semanais 
com devedores, com a finalidade de trocar experiências sobre 
consumo impulsivo e propensão a viver no vermelho. Uma 
dessas organizações é o Devedores Anônimos (DA), que 
funciona nos mesmos moldes do Alcoólicos Anônimos (AA). 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 23 
Pertencer a uma classe social mais alta não livra ninguém 
do problema. As pessoas de maior renda são justamente as que 
têm maior resistência em admitir a compulsão. Pior. É comum 
que, diante dos apuros, como a perda do emprego, algumas 
tentem manter o mesmo padrão de vida em lugar de cortar 
gastos para se encaixar na nova realidade. Pedir um 
empréstimo para quitar outra dívida é um comportamento 
recorrente entre os endividados. 
Para sair do vermelho, aceitar o vício é o primeiro passo. 
Uma vez que o devedor reconhece o problema, a próxima 
etapa é se planejar. 
(Felipe Machado e Tatiana Babadobulos, Veja, 04.04.2018. 
Adaptado) 
 
Assinale a alternativa em que os verbos estão conjugados 
de acordo com a norma-padrão, em substituição aos trechos 
destacados na passagem – É comum que, diante dos apuros, 
como a perda do emprego, algumas tentem manter o mesmo 
padrão de vida. 
(A) Poderia acontecer que ... mantêm 
(B) Pôde acontecer que ... mantessem 
(C) Podia acontecer que ... mantivessem 
(D) Pôde acontecer que ... manteram 
(E) Podia acontecer que ... mantiveram 
 
03. (PC/SP - Escrivão de Polícia - VUNESP/2018) A vida 
de Dorinha Duval foi, ____ . O processo ainda não havia ido a 
Júri quando a tese da defesa foi mudada. Não seria mais 
violenta emoção, mas legítima defesa. Ela não teria atirado no 
marido por ter sido ___ e chamada de velha, mas ______ o marido 
passou a agredi-la. De fato, o exame pericial de corpo de delito 
realizadoem Dorinha constatou a existência de _______ em seu 
corpo. A versão da legítima defesa era ______ . 
(Luiza Nagib Eluf, A paixão no banco dos réus. Adaptado) 
 
As expressões verbais empregadas em tempo que exprime 
a ideia de hipótese são: 
(A) seria e teria. 
(B) foi e seria. 
(C) teria e ter sido. 
(D) foi e constatou. 
(E) ter sido e passou. 
 
04. (Pref. Itaquitinga/PE - Assistente Administrativo - 
IDHTEC/2016) Morto em 2015, o pai afirma que Jules Bianchi 
não __________culpa pelo acidente. Em entrevista, Philippe 
Bianchi afirma que a verdade nunca vai aparecer, pois os 
pilotos __________ medo de falar. "Um piloto não vai dizer nada 
se existir uma câmera, mas quando não existem câmeras, 
todos __________ até mim e me dizem. Jules Bianchi bateu com 
seu carro em um trator durante um GP, aquaplanou e não 
conseguiu __________para evitar o choque. 
(http://espn.uol.com.br/noticia/603278_pai-diz-que-
pilotos-da-f-1-temmedo-de-falar-a-verdade-sobre-o-acidente-
fatal-de-bianchi) 
 
Complete com a sequência de verbos que está no tempo, 
modo e pessoa corretos: 
(A) Tem – tem – vem - freiar 
(B) Tem – tiveram – vieram - frear 
(C) Teve – tinham – vinham – frenar 
(D) Teve – tem – veem – freiar 
(E) Teve – têm – vêm – frear 
 
05. (Prefeitura Florianópolis/SC - Auxiliar de Sala - 
FEPESE/2016) Assinale a alternativa em que está correta a 
correlação entre os tempos e os modos verbais nas frases 
abaixo. 
 
7 https://www.conjugacao.com.br/locucao-verbal/ 
(A) A entonação correta ao falarmos colabora com o 
entendimento que o outro tem do assunto tratado e reforçaria 
a nossa persuasão. 
(B) Para falar bem em público, organize as ideias de acordo 
com o tempo que você terá e, antes de falar, ensaie sua 
apresentação. 
(C) A capacidade de os adolescentes virem a falar em 
público, teria dependido dos bons ensinamentos da escola. 
(D) Quem vier a comparar a fala dos jovens de hoje com os 
da geração passada, haveria de concluir que os jovens de hoje 
leem muito menos. 
(E) O contato visual também é importante ao falar em 
público. Passa empatia e envolveria o outro. 
 
Gabarito 
 
01.D / 02.C / 03.A / 04.E / 05.B 
 
Locução Verbal 
 
Uma locução verbal7 é a combinação de um verbo 
auxiliar e um verbo principal. Esses dois verbos, aparecendo 
juntos na oração, transmitem apenas uma ação verbal, 
desempenhando o papel de um único verbo. Exemplo: 
- estive pensando 
- quero sair 
- pode ocorrer 
- tem investigado 
- tinha decidido 
 
Função dos verbos auxiliares nas locuções verbais 
Apenas o verbo auxiliar é flexionado. Verbo auxiliar é o 
que perdendo significado próprio, é utilizado para auxiliar na 
conjugação de outro, o verbo principal. Assim, o tempo, o 
modo, o número, a pessoa e o aspecto da ação verbal são 
indicados pelo verbo auxiliar. 
 
Os auxiliares mais comuns são: “Ter, Haver, Ser e Estar”. 
Contudo, outros verbos também atuam como verbos auxiliares 
nas locuções verbais, como os verbos poder, dever, querer, 
começar a, deixar de, voltar a, continuar a, entre outros. 
 
Função dos verbos principais nas locuções verbais 
Nas locuções verbais o verbo auxiliar aparece conjugado e 
o principal numa das formas nominais: no gerúndio, no 
infinitivo ou no particípio. 
 
Locução verbal com verbo principal no gerúndio 
Ex.: Estou escrevendo 
verbo auxiliar flexionado: estou 
verbo principal no gerúndio: escrevendo 
 
Locução verbal com verbo principal no infinitivo 
Ex.: Quero sair 
verbo auxiliar flexionado: quero 
verbo principal no infinitivo: sair 
 
Locução verbal com verbo principal no particípio 
Ex.: Tinha decidido 
verbo auxiliar flexionado: tinha 
verbo principal no particípio: decidido 
 
Em todos os exemplos a ideia central é expressa pelo verbo 
principal, os verbos auxiliares apenas indicam flexões de 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 24 
tempo, modo, pessoa, número e voz. Sem os verbos principais, 
os auxiliares não teriam sentido algum. 
 
Questões 
 
01. (CISSUL/MG - Condutor Socorrista - IBGP/2017) 
 
 
Assinale a alternativa que contém uma locução verbal 
extraída do cartum. 
(A) Não terão. 
(B) Como andar. 
(C) Vai chegar. 
(D) Todos terão. 
 
02. (CRQ 4ª REGIÃO/SP - Fiscal - QUADRIX) 
 
 
 
Qual forma verbal substituiria, sem causar alteração de 
sentido, a locução verbal "vou ter", que aparece no primeiro 
quadrinho? 
(A) "terei". 
(B) "teria". 
(C) "tivera". 
(D) "tenha". 
(E) "tinha". 
 
03. (Pref. João Pessoa/PB - Professor Língua 
Portuguesa - FGV) Uma locução verbal é o conjunto formado 
por um verbo auxiliar + um verbo principal, este último 
sempre em forma nominal. Nas frases a seguir as formas 
verbais sublinhadas constituem uma locução verbal, à exceção 
de uma. Assinale‐a. 
(A) Todos podem entrar assim que chegarem. 
(B) Se os grevistas querem trabalhar menos, não vou 
atendê‐los. 
(C) Deixem entrar todos os atrasados. 
 
(D) Elas não sabem cozinhar como antigamente. 
(E) A plantação foi‐se expandindo para os lados 
 
Gabarito 
 
01.C / 02.A / 03.C 
 
Advérbio 
 
É a palavra invariável que modifica um verbo (Chegou 
cedo), um outro advérbio (Falou muito bem), um adjetivo 
(Estava muito bonita). 
 
De acordo com a circunstância que exprime, o advérbio 
pode ser de: 
Tempo: ainda, agora, antigamente, antes, amiúde 
(=sempre), amanhã, breve, brevemente, cedo, diariamente, 
depois, depressa, hoje, imediatamente, já, lentamente, logo, 
novamente, outrora. 
Lugar: aqui, acolá, atrás, acima, adiante, ali, abaixo, além, 
algures (=em algum lugar), aquém, alhures (= em outro lugar), 
dentro, defronte, fora, longe, perto. 
Modo: assim, bem, depressa, aliás (= de outro modo ), 
devagar, mal, melhor, pior, e a maior parte dos advérbios que 
termina em mente: calmamente, suavemente, rapidamente, 
tristemente. 
Afirmação: certamente, decerto, deveras, efetivamente, 
realmente, sim, seguramente. 
Negação: absolutamente, de modo algum, de jeito 
nenhum, nem, não, tampouco (=também não). 
Intensidade: apenas, assaz, bastante, bem, demais, mais, 
meio, menos, muito, quase, quanto, tão, tanto, pouco. 
Dúvida: acaso, eventuamente, por ventura, quiçá, 
possivelmente, talvez. 
 
Locuçoes Adverbiais: são duas ou mais palavras que têm 
o valor de advérbio: às cegas, às claras, às toa, às pressas, às 
escondidas, à noite, à tarde, às vezes, ao acaso, de repente, de 
chofre, de cor, de improviso, de propósito, de viva voz, de 
medo, com certeza, por perto, por um triz, de vez em quando, 
sem dúvida, de forma alguma, em vão, por certo, à esquerda, à 
direta, a pé, a esmo, por ali, a distância. 
- De repente o dia se fez noite. 
- Por um triz eu não me denunciei. 
- Sem dúvida você é o melhor. 
 
Graus dos Advérbios: o advérbio não vai para o plural, são 
palavras invariáveis, mas alguns admitem a flexão de grau: 
comparativo e superlativo. 
 
Comparativo de: 
Igualdade - tão + advérbio + quanto, como: Sou tão feliz 
quanto / como você. 
Superioridade - Analítico: mais do que. Ex.: Raquel é mais 
elegante do que eu. 
 - Sintético: melhor, pior que. Ex.: Amanhã será melhor do 
que hoje. 
Inferioridade - menos do que: Falei menos do que devia. 
 
Superlativo Absoluto: 
Analítico - mais, muito, pouco,menos: O candidato 
defendeu-se muito mal. 
Sintético - íssimo, érrimo: Localizei-o rapídíssimo. 
 
Emprego do Advérbio 
- Na linguagem coloquial, familiar, é comum o emprego do 
sufixo diminutivo dando aos advérbios o valor de superlativo 
sintético: agorinha, cedinho, pertinho, devagarinho, 
depressinha, rapidinho (bem rápido). Exs.: Rapidinho chegou 
a casa; Moro pertinho da universidade. 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 25 
- Frequentemente empregamos adjetivos com valor de 
advérbio: A cerveja que desce redondo. (redondamente) 
- Bastante - antes de adjetivo, é advérbio, portanto, não vai 
para o plural; equivale a muito / a: Aquelas jovens são bastante 
simpáticas e gentis. 
- Bastante - antes de substantivo, é adjetivo, portanto vai 
para o plural, equivale a muitos / as: Contei bastantes estrelas 
no céu. 
- Não confunda mal (advérbio, oposto de bem) com mau 
(adjetivo, oposto de bom): Mal cheguei a casa, encontrei-a de 
mau humor. 
- Antes de verbo no particípio, diz-se mais bem, mais mal: 
Ficamos mais bem informados depois do noticiário notumo. 
- Em frase negativa o advérbio já equivale a mais: Já não se 
fazem professores como antigamente. (=não se fazem mais) 
- Na locução adverbial a olhos vistos (=claramente), o 
particípio permanece no masculino plural: Minha irmã Zuleide 
emagrecia a olhos vistos. 
- Dois ou mais advérbios terminados em mente, apenas no 
último permanece mente: Educada e pacientemente, falei a 
todos. 
- A repetição de um mesmo advérbio assume o valor 
superlativo: Levantei cedo, cedo. 
 
Palavras e Locuções Denotativas: São palavras 
semelhantes a advérbios e que não possuem classificação 
especial. Não se enquadram em nenhuma das dez classes de 
palavras. São chamadas de denotativas e exprimem: 
Afetividade: felizmente, infelizmente, ainda bem. Ex.: Ainda 
bem que você veio. 
Designação, Indicação: eis. Ex.: Eis aqui o herói da turma. 
Exclusão: exclusive, menos, exceto, fora, salvo, senão, 
sequer: Ex.: Não me disse sequer uma palavra de amor. 
Inclusão: inclusive, também, mesmo, ainda, até, além disso, 
de mais a mais. Ex.: Também há flores no céu. 
Limitação: só, apenas, somente, unicamente. Ex.: Só Deus é 
perfeito. 
Realce: cá, lá, é que, sobretudo, mesmo. Ex.: Sei lá o que ele 
quis dizer! 
Retificação: aliás, ou melhor, isto é, ou antes. Ex.: Irei à 
Bahia na próxima semana, ou melhor, no próximo mês. 
Explicação: por exemplo, a saber. Ex.: Você, por exemplo, 
tem bom caráter. 
 
Questões 
 
01. Assinale a frase em que meio funciona como advérbio: 
(A) Só quero meio quilo. 
(B) Achei-o meio triste. 
(C) Descobri o meio de acertar. 
(D) Parou no meio da rua. 
(E) Comprou um metro e meio. 
 
02. Só não há advérbio em: 
(A) Não o quero. 
(B) Ali está o material. 
(C) Tudo está correto. 
(D) Talvez ele fale. 
(E) Já cheguei. 
 
03. Qual das frases abaixo possui advérbio de modo? 
(A) Realmente ela errou. 
(B) Antigamente era mais pacato o mundo. 
(C) Lá está teu primo. 
(D) Ela fala bem. 
(E) Estava bem cansado. 
 
04. Classifique a locução adverbial que aparece em 
"Machucou-se com a lâmina". 
(A) modo 
(B) instrumento 
(C) causa 
(D) concessão 
(E) fim 
 
05. (PC/SP - Investigador de Polícia - VUNESP/2018) 
Nos EUA, a psicanálise lembra um pouco certas seitas – as 
ideias do fundador são institucionalizadas e defendidas por 
discípulos ferrenhos, mas suas instituições parecem não 
responder às necessidades atuais da sociedade. Talvez porque 
o autor das ideias não esteja mais aqui para atualizá-las. 
Freud era um neurologista, e queria encontrar na Biologia 
as bases do comportamento. Como a tecnologia de então não 
lhe permitia avançar, passou a elaborar uma teoria, criando a 
psicanálise. Cientista que era, contudo, nunca se apaixonou por 
suas ideias, revisando sua obra ao longo da vida. Ele chegou a 
afirmar: “A Biologia é realmente um campo de possibilidades 
ilimitadas do qual podemos esperar as elucidações mais 
surpreendentes. Portanto, não podemos imaginar que 
respostas ela dará, em poucos decêndios, aos problemas que 
formulamos. Talvez essas respostas venham a ser tais que 
farão o edifício de nossas hipóteses colapsar”. Provavelmente, 
é sua frase menos citada. Por razões óbvias. 
(Galileu, novembro de 2017. Adaptado) 
 
Nos trechos – … Talvez porque o autor das ideias não esteja 
mais aqui… – ; – … nunca se apaixonou por suas ideias… – ; – A 
Biologia é realmente um campo de possibilidades ilimitadas… 
– e – Provavelmente, é sua frase menos citada. –, os advérbios 
destacados expressam, correta e respectivamente, 
circunstância de: 
(A) lugar; tempo; modo; afirmação. 
(B) lugar; tempo; afirmação; dúvida. 
(C) lugar; negação; modo; intensidade. 
(D) afirmação; negação; afirmação; afirmação. 
(E) afirmação; negação; modo; dúvida. 
 
Gabarito 
 
01.B / 02.C / 03.D / 04.B / 05.B 
 
Preposição 
 
É a palavra invariável que liga um termo dependente a um 
termo principal, estabelecendo uma relação entre ambos. As 
preposições podem ser: essenciais ou acidentais. 
 
As preposições essenciais atuam exclusivamente como 
preposições. São: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, 
entre, para, perante, por, sem, sob, sobre, trás. Exs.: Não dê 
atenção a fofocas; Perante todos disse, sim. 
 
As preposições acidentais são palavras de outras classes 
que atuam eventualmente como preposições. São: como (=na 
qualidade de), conforme (=de acordo com), consoante, exceto, 
mediante, salvo, visto, segundo, senão, tirante. Ex.: Agia 
conforme sua vontade. (= de acordo com) 
 
- O artigo definido a que vem sempre acompanhado de um 
substantivo, é flexionado: a casa, as casas, a árvore, as árvores, 
a estrela, as estrelas. A preposição a nunca vai para o plural e 
não estabelece concordância com o substantivo. Ex.: Fiz todo o 
percurso a pé. (não há concordância com o substantivo 
masculino pé) 
- As preposições essenciais são sempre seguidas dos 
pronomes pessoais oblíquos: Despediu-se de mim 
rapidamente. Não vá sem mim. 
 
Locuções Prepositivas: é o conjunto de duas ou mais 
palavras que têm o valor de uma preposição. A última palavra 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 26 
é sempre uma preposição. Veja quais são: abaixo de, acerca de, 
acima de, ao lado de, a respeito de, de acordo com, dentro de, 
embaixo de, em cima de, em frente a, em redor de, graças a, 
junto a, junto de, perto de, por causa de, por cima de, por trás 
de, a fim de, além de, antes de, a par de, a partir de, apesar de, 
através de, defronte de, em favor de, em lugar de, em vez de, 
(=no lugar de), ao invés de (=ao contrário de), para com, até a. 
- Não confunda locução prepositiva com locução adverbial. 
Na locução adverbial, nunca há uma preposição no final, e sim 
no começo: Vimos de perto o fenômeno do “tsunami”. 
(locução adverbial); O acidente ocorreu perto de meu atelier. 
(locução prepositiva) 
- Uma preposição ou locução prepositiva pode vir com 
outra preposição: Abola passou por entre as pernas do 
goleiro. Mas é inadequado dizer: Proibido para menores de até 
18 anos; Financiamento em até 24 meses. 
 
Combinações e Contrações 
Combinação: ocorre quando não há perda de fonemas: 
a+o, os= ao, aos / a+onde = aonde. 
Contração: ocorre quando a preposição perde fonemas: 
de+a, o, as, os, esta, este, isto = da, do, das, dos, desta, deste, 
disto. 
- em+ um, uma, uns, umas, isto, isso, aquilo, aquele, aquela, 
aqueles, aquelas = num, numa, nuns, numas, nisto, nisso, 
naquilo, naquele, naquela, naqueles. 
- de+ entre, aquele, aquela, aquilo = dentre, daquele, 
daquela, daquilo. 
- para+ a = pra. 
A contração da preposição a com os artigos ou pronomes 
demonstrativos a, as, aquele, aquela, aquilo recebe o nome de 
crase e é assinalada na escrita pelo acento grave ficando assim: 
à, às, àquele, àquela, àquilo. 
 
Valores das Preposições 
 
A 
(movimento=direção): Foram a Lucélia comemorar os 
Anos Dourados. 
Modo: Partiu às pressas. 
Tempo: Iremos nos ver ao entardecer. 
Apreposição a indica deslocamento rápido: Vamos à praia. 
(ideia de passear) 
 
Ante 
(diante de): Parou ante mim sem dizernada, tanta era a 
emoção. 
Tempo (substituída por antes de): Preciso chegar ao 
encontro antes das quatro horas. 
 
Após (depois de): Após alguns momentos desabou num 
choro arrependido. 
 
Até 
(aproximação): Correu até mim. 
Tempo: Certamente teremos o resultado do exame até a 
semana que vem. 
Atenção: Se a preposição até equivaler a inclusive, será 
palavra de inclusão e não preposição. Os sonhadores amam 
até quem os despreza. (inclusive) 
 
Com (companhia): Rir de alguém é falta de caridade; 
deve-se rir com alguém. 
Causa: A cidade foi destruída com o temporal. 
Instrumento: Feriu-se com as próprias armas. 
Modo: Marfinha, minha comadre, veste-se sempre com 
elegância. 
 
 
 
Contra 
(oposição, hostilidade): Revoltou-se contra a decisão do 
tribunal. 
Direção a um limite: Bateu contra o muro e caiu. 
 
De (origem): Descendi de pais trabalhadores e honestos. 
Lugar: Os corruptos vieram da capital. 
Causa: O bebê chorava de fome. 
Posse: Dizem que o dinheiro do povo sumiu. 
Assunto: Falávamos do casamento da Mariele. 
Matéria: Era uma casa de sapé. 
A preposição de não deve contrair-se com o artigo, que 
precede o sujeito de um verbo. É tempo de os alunos 
estudarem. (e não: dos alunos estudarem) 
 
Desde 
(afastamento de um ponto no espaço): Essa neblina vem 
desde São Paulo. 
Tempo: Desde o ano passado quero mudar de casa. 
 
Em 
(lugar): Moramos em Lucélia há alguns anos. 
Matéria: As queridas amigas Nilceia e Nadélgia moram em 
Curitiba. 
Especialidade: Minha amiga Cidinha formou-se em Letras. 
Tempo: Tudo aconteceu em doze horas. 
 
Entre (posição entre dois limites): Convém colocar o vidro 
entre dois suportes. 
 
Para 
Direção: Não lhe interessava mais ir para a Europa. 
Tempo: Pretendo vê-lo lá para o final da semana. 
Finalidade: Lute sempre para viver com dignidade. 
A preposição para indica permanência definitiva. Vou 
para o litoral. (ideia de morar) 
 
Perante (posição anterior): Permaneceu calado perante 
todos. 
 
Por (percurso, espaço, lugar): Caminhava por ruas 
desconhecidas. 
Causa: Por ser muito caro, não compramos um pendrive 
novo. 
Espaço: Por cima dela havia um raio de luz. 
 
Sem (ausência): Eu vou sem lenço sem documento. 
 
Sob (debaixo de / situação): Prefiro cavalgar sob o luar. 
Viveu, sob pressão dos pais. 
 
Sobre 
(em cima de, com contato): Colocou as taças de cristal 
sobre a toalha rendada. 
Assunto: Conversávamos sobre política financeira. 
 
Trás (situação posterior; é preposição fora de uso. É 
substituída por atrás de, depois de): Por trás desta carinha 
vê-se muita falsidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 27 
Questões 
 
01. (PC/SP - Papiloscopista Policial - VUNESP/2018) 
 
 
 
No 3º quadrinho, nas três ocorrências, o sentido da 
preposição “sem” e o das expressões que ela forma são, 
respectivamente, de 
(A) negação e causa. 
(B) adição e condição. 
(C) ausência e modo. 
(D) falta e consequência. 
(E) exceção e intensidade. 
 
02. (Pref. Itaquitinga/PE - Técnico em Enfermagem - 
IDHTEC/2016) 
 
MAMÃ NEGRA (Canto de esperança) 
 
Tua presença, minha Mãe - drama vivo duma Raça, Drama 
de carne e sangue Que a Vida escreveu com a pena dos séculos! 
Pelo teu regaço, minha Mãe, Outras gentes embaladas à voz da 
ternura ninadas do teu leite alimentadas de bondade e poesia 
de música ritmo e graça... santos poetas e sábios... Outras 
gentes... não teus filhos, que estes nascendo alimárias 
semoventes, coisas várias, mais são filhos da desgraça: a 
enxada é o seu brinquedo trabalho escravo - folguedo... Pelos 
teus olhos, minha Mãe Vejo oceanos de dor Claridades de sol-
posto, paisagens Roxas paisagens Mas vejo (Oh! se vejo!...) mas 
vejo também que a luz roubada aos teus [olhos, ora esplende 
demoniacamente tentadora - como a Certeza... cintilantemente 
firme - como a Esperança... em nós outros, teus filhos, gerando, 
formando, anunciando -o dia da humanidade. 
(Viriato da Cruz. Poemas, 1961, Lisboa, Casa dos 
Estudantes do Império) 
 
Em qual das alternativas o acento grave foi mal 
empregado, pois não houve crase? 
(A) “Milena Nogueira foi pela primeira vez à quadra da 
escola de samba Império Serrano, na Zona Norte do Rio.” 
(B) "Os relatos dos casos mostram repetidas violações dos 
direitos à moradia, a um trabalho digno, à integridade cultural, 
a vida e ao território." 
(C) “O corpo de Lucilene foi encontrado próximo à ponte 
do Moa no dia 11 de maio.” 
(D) “Fifa afirma que Blatter e Valcke enriqueceram às 
custas da entidade.” 
(E) “Doriva saiu e Milton Cruz fez às vezes de técnico até a 
chegada de Edgardo Bauza no fim do ano passado.” 
03. (TJ/AL - Analista Judiciário - Oficial de Justiça 
Avaliador - FGV/2018) 
 
Além do celular e da carteira, cuidado com as 
figurinhas da Copa 
Gilberto Porcidônio – O Globo, 12/04/2018 
 
A febre do troca-troca de figurinhas pode estar atingindo 
uma temperatura muito alta. Preocupados que os mais afoitos 
pelos cromos possam até roubá-los, muitos jornaleiros estão 
levando seus estoques para casa quando termina o expediente. 
Pode parecer piada, mas há até boatos sobre quadrilhas de 
roubo de figurinha espalhados por mensagens de celular. 
 
No texto aparecem três ocorrências da preposição DE. 
1. “troca-troca de figurinhas”; 
2. “roubo de figurinha”; 
3. “mensagens de celular”. 
 
Sobre o emprego dessa preposição nesses casos, é correto 
afirmar que: 
(A) os termos precedidos da preposição DE indicam 
pacientes dos vocábulos anteriores; 
(B) os termos precedidos da preposição DE indicam 
agentes dos termos anteriores; 
(C) os termos “de figurinha” e “de celular” são 
complementos dos termos anteriores; 
(D) os termos “de figurinhas” e “de celular” são adjuntos 
dos vocábulos precedentes; 
(E) os termos “de figurinhas” e “de figurinha” são 
complementos dos vocábulos precedentes. 
 
04. Assinale a alternativa em que a preposição destacada 
estabeleça o mesmo tipo de relação que na frase matriz: 
Criaram-se a pão e água. 
(A) Desejo todo o bem a você. 
(B) A julgar por esses dados, tudo está perdido. 
(C) Feriram-me a pauladas. 
(D) Andou a colher alguns frutos do mar. 
(E) Ao entardecer, estarei aí. 
 
05. (TJ/AL - Técnico Judiciário - FGV/2018) 
 
Ressentimento e Covardia 
 
Tenho comentado aqui na Folha em diversas crônicas, os 
usos da internet, que se ressente ainda da falta de uma 
legislação específica que coíba não somente os usos mas os 
abusos deste importante e eficaz veículo de comunicação. A 
maioria dos abusos, se praticados em outros meios, seriam 
crimes já especificados em lei, como a da imprensa, que pune 
injúrias, difamações e calúnias, bem como a violação dos 
direitos autorais, os plágios e outros recursos de apropriação 
indébita. 
No fundo, é um problema técnico que os avanços da 
informática mais cedo ou mais tarde colocarão à disposição 
dos usuários e das autoridades. Como digo repetidas vezes, me 
valendo do óbvio, a comunicação virtual está em sua pré-
história. 
Atualmente, apesar dos abusos e crimes cometidos na 
internet, no que diz respeito aos cronistas, articulistas e 
escritores em geral, os mais comuns são os textos atribuídos 
ou deformados que circulam por aí e que não podem ser 
desmentidos ou esclarecidos caso por caso. Um jornal ou 
revista é processado se publicar sem autorização do autor um 
texto qualquer, ainda que em citação longa e sem aspas. Em 
caso de injúria, calúnia ou difamação, também. E em caso de 
falsear a verdade propositadamente, é obrigado pela justiça a 
desmentir e dar espaço ao contraditório. 
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Língua Portuguesa 28 
Nada disso, por ora, acontece na internet. Prevalece a lei do 
cão em nome da liberdade de expressão, que é mais expressão 
de ressentidos e covardes do que de liberdade, da verdadeira 
liberdade. (Carlos Heitor Cony, Folha de São Paulo, 
16/05/2006 – adaptado) 
 
O segmento do texto em que o emprego da preposição EM 
indica valor semântico diferente dos demais é: 
(A) “Tenho comentado aqui na Folha em diversas 
crônicas”; 
(B) A maioria dos abusos, se praticados em outros meios”; 
(C) “... seriam crimes já especificados em lei”; 
(D) “...a comunicação virtual está em sua pré-história”; 
(E) “...ainda que em citação longa e sem aspas”. 
 
Gabarito 
 
01.C / 02.E / 03.E / 04.C / 05.D 
 
Interjeição 
 
É a palavra invariável que exprime emoções, sensações, 
estados de espírito ou apelos. 
 
Locução Interjetiva: é o conjunto de duas ou mais 
palavras com valor de uma interjeição: Muito bem! Que pena! 
Quem me dera! Puxa, que legal! 
 
Classificaçao das Interjeições e Locuções Interjetivas 
 
As intejeições e as locuções interjetivas são classificadas de 
acordo com o sentido que elas expressam em determinado 
contexto. Assim, uma mesma palavra ou expressão pode 
exprimir emoções variadas. 
Admiração ou Espanto: Oh!, Caramba!, Oba!, Nossa!, Meu 
Deus!, Céus! 
Advertência: Cuidado!, Atenção!, Alerta!, Calma!, Alto!, 
Olha lá! 
Alegria: Viva!, Oba!, Que bom!, Oh!, Ah!; 
Ânimo: Avante!, Ânimo!, Vamos!, Força!, Eia!, Toca! 
Aplauso: Bravo!, Parabéns!, Muito bem! 
Chamamento: Olá!, Alô!, Psiu!, Psit! 
Aversão: Droga!, Raios!, Xi!, Essa não!, lh! 
Medo: Cruzes!, Credo!, Ui!, Jesus!, Uh! Uai! 
Pedido de Silêncio: Quieto!, Bico fechado!, Silêncio!, 
Chega!, Basta! 
Saudação: Oi!, Olá!, Adeus!, Tchau! 
Concordância: Claro!, Certo!, Sim!, Sem dúvida! 
Desejo: Oxalá!, Tomara!, Pudera!, Queira Deus! Quem me 
dera! 
 
Observe na relação acima, que as interjeições muitas vezes 
são formadas por palavras de outras classes gramaticais: 
Cuidado! Não beba ao dirigir! (cuidado é substantivo). 
 
Questões 
 
01. Assinale o par de frases em que as palavras destacadas 
são substantivo e pronome, respectivamente: 
(A) A imigração tornou-se necessária. / É dever cristão 
praticar o bem. 
(B) A Inglaterra é responsável por sua economia. / Havia 
muito movimento na praça. 
(C) Fale sobre tudo o que for preciso. / O consumo de 
drogas é condenável. 
(D) Pessoas inconformadas lutaram pela abolição. / 
Pesca-se muito em Angra dos Reis. 
(E) Os prejudicados não tinham o direito de reclamar. / 
Não entendi o que você disse. 
 
02. Assinale o item que só contenha preposições: 
(A) durante, entre, sobre 
(B) com, sob, depois 
(C) para, atrás, por 
(D) em, caso, após 
(E) após, sobre, acima 
 
03. Observe as palavras grifadas da seguinte frase: 
“Encaminhamos a V. Senhoria cópia autêntica do Edital nº 
19/82.” Elas são, respectivamente: 
(A) verbo, substantivo, substantivo 
(B) verbo, substantivo, advérbio 
(C) verbo, substantivo, adjetivo 
(D) pronome, adjetivo, substantivo 
(E) pronome, adjetivo, adjetivo 
 
04. Assinale a opção em que a locução grifada tem valor 
adjetivo: 
(A) “Comprei móveis e objetos diversos que entrei a 
utilizar com receio.” 
(B) “Azevedo Gondim compôs sobre ela dois artigos.” 
(C) “Pediu-me com voz baixa cinquenta mil réis.” 
(D) “Expliquei em resumo a prensa, o dínamo, as serras...” 
(E) “Resolvi abrir o olho para que vizinhos sem 
escrúpulos não se apoderassem do que era delas.” 
 
05. O "que" está com função de preposição na alternativa: 
(A) Veja que lindo está o cabelo da nossa amiga! 
(B) Diz-me com quem andas, que eu te direi quem és. 
(C) João não estudou mais que José, mas entrou na 
Faculdade. 
(D) O Fiscal teve que acompanhar o candidato ao banheiro. 
(E) Não chore que eu já volto. 
 
Gabarito 
 
01.E / 02.A / 03.C / 04.E / 05.D 
 
Conjunções 
 
Exercem a função de conectar as palavras dentro de uma 
oração. Desta forma, elas estabelecem uma relação de 
coordenação ou subordinação e são classificadas em: 
Conjunções Coordenativas e Conjunções Subordinativas. 
 
Conjunções Coordenativas 
 
1. Aditivas (Adição) 
E 
Nem 
Não só... Mas também 
Mas ainda 
Senão 
 
Exemplos: 
Viajamos e descansamos. 
Eu não só estudo, mas também trabalho. 
 
2. Adversativas (posição contrária) 
 
Mas 
Porém 
Todavia 
Entretanto 
No entanto 
 
Exemplos: 
Ela era explorada, mas não se queixava. 
Os alunos estudaram, no entanto não conseguiram as 
notas necessárias. 
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Língua Portuguesa 29 
3. Alternativas (alternância) 
 
Ou, ou 
Ora, ora 
Quer, quer 
Já, já 
 
Exemplos: 
Ou você vem agora, ou não haverá mais ingressos. 
Ora chovia, ora fazia sol. 
 
4. Conclusivas (conclusão) 
Logo 
Portanto 
Por conseguinte 
Pois (após o verbo) 
 
Exemplos: 
O caminho é perigoso; vá, pois, com cuidado! 
Estamos nos esforçando, logo seremos recompensados. 
 
5. Explicativas (explicação) 
Que 
Porque 
Porquanto 
Pois (antes do verbo) 
 
Exemplos: 
Não leia no escuro, que faz mal à vista. 
Compre estas mercadorias, pois já estamos ficando sem. 
 
Conjunções Subordinativas 
 
Ligam uma oração principal a uma oração subordinativa, 
com verbo flexionado. 
 
1. Integrantes: iniciam a oração subordinada substantiva 
– Que / Se / Como 
 
Exemplos: 
Todos perceberam que você estava atrasado. 
Aposto como você estava nervosa. 
 
2. Temporais (Tempo) – Quando / Enquanto / Logo que / 
Assim que / Desde que 
Exemplos: 
Logo que chegaram, a festa acabou. 
Quando eu disse a verdade, ninguém acreditou. 
 
3. Finais (Finalidade) – Para que / A fim de que 
Exemplo: 
Foi embora logo, a fim de que ninguém o perturbasse. 
 
4. Proporcionais (Proporcionalidade) – À proporção que 
/ À medida que / Quanto mais ... mais / Quanto menos... menos 
Exemplos: 
À medida que se vive, mais se aprende. 
Quanto mais se preocupa, mais se aborrece. 
 
5. Causais (Causa) – Porque / Como / Visto que / Uma vez 
que 
Exemplo: Como estivesse doente, não pôde sair. 
 
6. Condicionais (Condição) – Se / Caso / Desde que 
Exemplos: 
Comprarei o livro, desde que esteja disponível. 
Se chover, não poderemos ir. 
 
7. Comparativas (Comparação) – Como / Que / Do que / 
Quanto / Que nem 
Exemplos: 
Os filhos comeram como leões. 
A luz é mais veloz do que o som. 
 
8. Conformativas (Conformidade) – Como / Conforme / 
Segundo 
Exemplos: 
As coisas não são como parecem. 
Farei tudo, conforme foi pedido. 
 
9. Consecutivas (Consequência) – Que (precedido dos 
termos: tal, tão, tanto...) / De forma que 
Exemplos: 
A menina chorou tanto, que não conseguiu ir para a escola. 
Ontem estive viajando, de forma que não consegui 
participar da reunião. 
 
10. Concessivas (Concessão) – Embora / Conquanto / 
Ainda que / Mesmo que / Por mais que 
Exemplos: 
Todos gostaram, embora estivesse mal feito. 
Por mais que gritasse, ninguém o socorreu. 
 
Questões 
 
01. (PC/SP - Papiloscopista Policial - VUNESP/2018) 
 
 
 
Na fala do personagem no segundo quadrinho “Apesar da 
aparência, sou um homem ultramoderno!”, a expressão 
destacada estabelece entre as informações relação de sentido 
de 
(A) comparação. 
(B) finalidade. 
(C) consequência. 
(D) conclusão. 
(E) concessão. 
 
02. (Prefeitura Trindade/GO - Auxiliar Administrativo 
- FUNRIO/2016) 
 
OMS recomenda ingerir menos de cinco gramas de sal 
por dia 
 
Se você tem o hábito de pegar no saleiro e polvilhar a 
comida com umas pitadas de sal, é melhor pensar duas vezes. 
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomendou esta 
quinta-feira que um adulto consuma por dia menos de dois 
gramas de sódio – ou seja, menos de cinco gramas de sal – para 
reduzir os níveis de pressão arterial e as doenças 
cardiovasculares.Apostila Digital Licenciada para Aguida Eloy de Souza - CPF:522.897.702-30 (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 30 
Pela primeira vez, a OMS faz recomendações também para 
as crianças com mais de dois anos de idade, para que as 
doenças relacionadas com a alimentação não se tornem 
crônicas na idade adulta. Neste caso, a OMS diz que os valores 
devem ainda ser mais baixos do que os dois gramas de sódio, 
devendo ser adaptados tendo em conta o tamanho, a idade e 
as necessidades energéticas. 
Teresa Firmino Adaptado de publico.pt/ciencia 
 
Em para reduzir os níveis de pressão arterial e as doenças 
cardiovasculares, a palavra para expressa o seguinte 
significado: 
(A) oposição 
(B) finalidade 
(C) causalidade 
(D) comparação 
(E) temporalidade 
 
03. (SEDUC/PA - Professor Classe I - Português - 
CONSULPLAN/2018) 
 
Coisas & Pessoas 
 
Desde pequeno, tive tendência para personificar as coisas. 
Tia Tula, que achava que mormaço fazia mal, sempre gritava: 
“Vem pra dentro, menino, olha o mormaço!”. Mas eu ouvia o 
mormaço com M maiúsculo. Mormaço, para mim, era um velho 
que pegava crianças! Ia pra dentro logo. E ainda hoje, quando 
leio que alguém se viu perseguido pelo clamor público, vejo 
com estes olhos o Sr. Clamor Público, magro, arquejante, de 
preto, brandindo um guarda-chuva, com um gogó 
protuberante que se abaixa e levanta no excitamento da 
perseguição. E já estava devidamente grandezinho, pois devia 
contar uns trinta anos, quando me fui, com um grupo de 
colegas, a ver o lançamento da pedra fundamental da ponte 
Uruguaiana-Libres, ocasião de grandes solenidades, com os 
presidentes Justo e Getúlio, e gente muita, tanto assim que 
fomos alojados os do meu grupo num casarão que creio fosse 
a Prefeitura, com os demais jornalistas do Brasil e Argentina. 
Era como um alojamento de quartel, com breve espaço entre 
as camas e todas as portas e janelas abertas, tudo com os 
alegres incômodos e duvidosos encantos, um vulto junto à 
minha cama, senti-me estremunhado e olhei atônito para um 
tipo de chiru, ali parado, de bigodes caídos, pala pendente e 
chapéu descido sobre os olhos. Diante da minha muda 
interrogação, ele resolveu explicar-se, com a devida calma: 
– Pois é! Não vê que eu sou o sereno… 
E eis que, por milésimo de segundo, ou talvez mais, julguei 
que se tratasse do sereno noturno em pessoa. [...] 
(Mário Quintana. Caderno H. 5. ed. São Paulo: Globo, 1989, 
p. 153-154.) 
 
Após a leitura do texto e considerando seu conteúdo, pode-
se afirmar quanto ao emprego da conjunção em relação à 
titulação do texto que o sentido produzido indica 
(A) compensação de um elemento em relação ao outro. 
(B) acrescentamento de um elemento em relação ao outro. 
(C) sobreposição do último elemento em detrimento do 
primeiro. 
(D) estabelecimento de uma relação de um elemento para 
com o outro. 
 
04. (IF/PE - Técnico em Enfermagem - 2016) 
 
Crônica da cidade do Rio de Janeiro 
 
No alto da noite do Rio de Janeiro, luminoso, generoso, o 
Cristo Redentor estende os braços. Debaixo desses braços os 
netos dos escravos encontram amparo. 
Uma mulher descalça olha o Cristo, lá de baixo, e 
apontando seu fulgor, diz, muito tristemente: 
- Daqui a pouco não estará mais aí. Ouvi dizer que vão tirar 
Ele daí. 
- Não se preocupe – tranquiliza uma vizinha. – Não se 
preocupe: Ele volta. 
A polícia mata muitos, e mais ainda mata a economia. Na 
cidade violenta soam tiros e também tambores: os atabaques, 
ansiosos de consolo e de vingança, chamam os deuses 
africanos. Cristo sozinho não basta. 
(GALEANO, Eduardo. O livro dos abraços. Porto Alegre: L&PM Pocket, 
2009.) 
 
Na construção “A polícia mata muitos, e mais ainda mata a 
economia”, a conjunção em destaque estabelece, entre as 
orações, 
(A) uma relação de adição. 
(B) uma relação de oposição. 
(C) uma relação de conclusão. 
(D) uma relação de explicação. 
(E) uma relação de consequência. 
 
05. (COPASA - Analista de Saneamento - Administrador 
- FUMARC/2018) 
 
Se você não corresponde ao figurino neoliberal é porque 
sofre de algum transtorno. As doenças estão em moda. 
Respiramos a cultura da medicalização. Não nos perguntamos 
por que há tantas enfermidades e enfermos. Esta indagação 
não convém à indústria farmacêutica nem ao sistema cujo 
objetivo primordial é a apropriação privada da riqueza. 
 
Sobre os itens lexicais destacados no fragmento, estão 
corretas as afirmativas, EXCETO: 
(A) A conjunção “nem” liga dois itens (indústria / sistema) 
indicando oposição entre eles. 
(B) A conjunção “porque” introduz uma relação de 
causalidade entre as partes do período de que faz a ligação. 
(C) O conectivo “se” poderia ser substituído por “caso” e 
indica condicionalidade. 
(D) O pronome “algum” transfere sua indefinitude ao 
substantivo que acompanha, “transtorno”. 
 
Gabarito 
 
01.E / 02.B / 03.D / 04.B / 05.A 
 
 
 
VOZES DOS VERBOS 
 
Dá-se o nome de voz à forma assumida pelo verbo para 
indicar se o sujeito gramatical é agente ou paciente da ação. 
São três as vozes verbais: 
 Ativa: quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação 
expressa pelo verbo. Ex.: 
Ele fez o trabalho. 
(ele - sujeito agente) (fez - ação) (o trabalho - objeto 
paciente) 
Passiva: quando o sujeito é paciente, recebendo a ação 
expressa pelo verbo. Ex.: 
O trabalho foi feito por ele. 
(O trabalho - sujeito paciente) (foi feito - ação) (por ele - 
agente da passiva) 
Reflexiva: há dois tipos de voz reflexiva: 
a) Reflexiva: será chamada simplesmente de reflexiva, 
quando o sujeito praticar a ação sobre si mesmo. Ex.: 
Vozes verbais. 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 31 
- Carla machucou-se. 
- Marcos cortou-se com a faca. 
- Roberto matou-se. 
b) Reflexiva Recíproca: será chamada de reflexiva 
recíproca, quando houver dois elementos como sujeito: um 
pratica a ação sobre o outro, que pratica a ação sobre o 
primeiro. Ex.: 
- Paula e Renato amam-se. 
- Os jovens agrediram-se durante a festa. 
- Os ônibus chocaram-se violentamente. 
 
Formação da Voz Passiva 
 
A voz passiva pode ser formada por dois processos: 
 
Voz Passiva Analítica: constrói-se da seguinte maneira 
(Verbo Ser + particípio do verbo principal). 
Ex.: A escola será pintada / O trabalho é feito por ele. 
O agente da passiva geralmente é acompanhado da 
preposição por, mas pode ocorrer a construção com a 
preposição de. Ex.: A casa ficou cercada de soldados. 
Pode acontecer ainda que o agente da passiva não esteja 
explícito na frase. Ex.: A exposição será aberta amanhã. 
A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar Ser, pois 
o particípio é invariável. 
 
Observe a transformação das frases seguintes: 
a) Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do indicativo) 
O trabalho foi feito por ele. (pretérito perfeito do 
indicativo) 
b) Ele faz o trabalho. (presente do indicativo) 
O trabalho é feito por ele. (presente do indicativo) 
 
Nas frases com locuções verbais, o verbo Ser assume o 
mesmo tempo e modo do verbo principal da voz ativa. Observe 
a transformação da frase seguinte: O vento ia levando as 
folhas. (gerúndio); As folhas iam sendo levadas pelo vento. 
(gerúndio) 
É menos frequente a construção da voz passiva analítica 
com outros verbos que podem eventualmente funcionar como 
auxiliares: A moça ficou marcada pela doença. 
 
Voz Passiva Sintética: a voz passiva sintética ou 
pronominal constrói-se com o verbo na 3ª pessoa, seguido do 
pronome apassivador “se”: Abriram-se as inscrições para o 
concurso; Destruiu-se o velho prédio da escola. O agente não 
costuma vir expresso na vozpassiva sintética. 
 
Conversão da Voz Ativa na Voz Passiva 
Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar 
substancialmente o sentido da frase. 
 
Gutenberg inventou a imprensa. (Voz Ativa) 
Gutenberg – sujeito da Ativa 
a imprensa – Objeto Direto 
 
A imprensa foi inventada por Gutenberg (Voz Passiva) 
A imprensa – Sujeito da Passiva 
por Gutenberg – Agente da Passiva8 
 
- Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, o 
sujeito da ativa passará a agente da passiva e o verbo ativo 
assumirá a forma passiva, conservando o mesmo tempo. 
Exemplos: 
Os mestres têm constantemente aconselhado os alunos. 
Os alunos têm sido constantemente aconselhados pelos 
mestres. 
Eu o acompanharei. 
 
8 CEGALA, Domingos. Minigramática Língua Portuguesa. Nacional. 2004. 
Ele será acompanhado por mim. 
 
 - Quando o sujeito da voz ativa for indeterminado, não 
haverá complemento agente na passiva: Prejudicaram-me; Fui 
prejudicado. 
 
- Aos verbos que não são ativos nem passivos ou reflexivos, 
são chamados neutros: O vinho é bom; Aqui chove muito. 
 
- Há formas passivas com sentido ativo: 
É chegada a hora. (= Chegou a hora.) 
Eu ainda não era nascido. (= Eu ainda não tinha nascido.) 
És um homem lido e viajado. (= que leu e viajou) 
 
- Inversamente, usamos formas ativas com sentido 
passivo: 
Há coisas difíceis de entender. (= serem entendidas) 
Mandou-o lançar na prisão. (= ser lançado) 
 
- Os verbos chamar-se, batizar-se, operar-se (no sentido 
cirúrgico) e vacinar-se são considerados passivos, logo o 
sujeito é paciente. 
Chamo-me Luís. 
Batizei-me na Igreja do Carmo. 
Operou-se de hérnia. 
Vacinaram-se contra a gripe. 
 
Questões 
01. (Copebrás/PE - Analista Administrador - FCC) 
 
A velhinha contrabandista 
 
Todos os dias uma velhinha atravessava a ponte entre dois 
países, de bicicleta e carregando uma bolsa. E todos os dias era 
revistada pelos guardas da fronteira, à procura de 
contrabando. Os guardas tinham certeza que a velhinha era 
contrabandista, mas revistavam a velhinha, revistavam a sua 
bolsa e nunca encontravam nada. Todos os dias a mesma coisa: 
nada. Até que um dia um dos guardas decidiu seguir a velhinha, 
para flagrá-la vendendo a muamba, ficar sabendo o que ela 
contrabandeava e, principalmente, como. E seguiu a velhinha 
até o seu próspero comércio de bicicletas e bolsas. 
Como todas as fábulas, esta traz uma lição, só nos cabendo 
descobrir qual. Significa que quem se concentra no mal 
aparentemente disfarçado descuida do mal disfarçado de 
aparente, ou que muita atenção ao detalhe atrapalha a 
percepção do todo, ou que o hábito de só pensar o óbvio é a 
pior forma de distração. 
(VERISSIMO, Luis Fernando. O mundo é bárbaro. Rio de Janeiro: Objetiva, 
2008, p. 41) 
 
Transpondo-se para a voz passiva a frase Um dos 
guardas seguia a velhinha para que a flagrasse como 
contrabandista, as formas verbais resultantes deverão 
ser 
(A) era seguida − fosse flagrada 
(B) tinha seguido − vir a flagrá-la 
(C) tinha sido seguida − se flagrasse 
(D) estava seguindo − se tivesse flagrado 
(E) teria seguido − tivesse sido flagrada 
 
02. (ELETROBRÁS - Técnico de Segurança do Trabalho 
- FCC) 
 
Abu Dhabi constrói cidade do futuro, com tudo 
movido a energia solar 
 
Bem no meio do deserto, há um lugar onde o calor é 
extremo. Sessenta e três graus ou até mais no verão. E foi 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 32 
exatamente por causa da temperatura que foi construída em 
Abu Dhabi uma das maiores usinas de energia solar do mundo. 
Os Emirados Árabes estão investindo em fontes 
energéticas renováveis. Não vão substituir o petróleo, que eles 
têm de sobra por mais 100 anos pelo menos. O que pretendem 
é diversificar e poluir menos. Uma aposta no futuro. 
A preocupação com o planeta levou Abu Dhabi a tirar do 
papel a cidade sustentável de Masdar. Dez por cento do 
planejado está pronto. Um traçado urbanístico ousado, que 
deixa os carros de fora. Lá só se anda a pé ou de bicicleta. As 
ruas são bem estreitas para que um prédio faça sombra no 
outro. É perfeito para o deserto. Os revestimentos das paredes 
isolam o calor. E a direção dos ventos foi estudada para criar 
corredores de brisa. 
(Adaptado de: “Abu Dhabi constrói cidade do futuro, com tudo movido a 
energia solar”. Disponível em: 
http://g1.globo.com/globoreporter/noticia/2016/04/abu-dhabi-constroi-
cidade-do-futuro-com-tudo-movido-energia-solar.html) 
 
Os revestimentos das paredes isolam o calor. (3º 
parágrafo) 
 
Essa oração está corretamente reescrita na voz passiva em: 
(A) Isola o calor os revestimentos das paredes. 
(B) O calor é isolado pelos revestimentos das paredes. 
(C) Isolam-se o calor ao ser revestido as paredes. 
(D) O calor é que isola os revestimentos das paredes. 
(E) Os revestimentos das paredes são isolado do calor. 
 
03. (Pref. Caucaia/CE - Agente de Suporte a 
Fiscalização - CETREDE) O período “Fazem-se unhas” é 
sintaticamente igual a 
(A) faz-se unhas. 
(B) precisa-se de empregados. 
(C) trabalha-se muito. 
(D) compram-se livros. 
(E) unhas são feitas. 
 
04. (Pref. Carpina - Assistente Administrativo - 
CONPASS) Identifique a alternativa que apresenta o verbo na 
voz reflexiva: 
(A) Os pais contemplam-se nos filhos. 
(B) Desejo comprar um livro. 
(C) As cidades serão enfeitadas. 
(D) Abrir-se-ão novas escolas. 
(E) As despesas foram pagas por mim. 
 
05. (TRT 2ª Região/SP - Técnico Judiciário - FCC/2018) 
Comer um ovo por dia pode ajudar a evitar problemas 
cardíacos comuns, de acordo com um novo estudo científico 
publicado no jornal Heart. 
A análise foi realizada por pesquisadores dos Estados 
Unidos e da China, que avaliaram a existência de uma relação 
entre o consumo de ovos e o menor risco de desenvolvimento 
de problemas coronários, problemas cardiovasculares, doença 
arterial coronariana, acidentes vasculares cerebrais 
isquêmicos ou hemorrágicos. 
Coletados entre os anos de 2004 e 2008 (com participantes 
acompanhados por 8 ou 9 anos depois disso), os dados usados 
eram de mais de 500 mil pessoas que residem em diferentes 
regiões da China e têm idades entre 30 e 79 anos. Dessa base, 
13,1% dos participantes disseram consumir cerca de um ovo 
por dia (0,76), enquanto 9,1% afirmaram nunca ou quase 
nunca comer o alimento (0,29 ovo por dia). 
A conclusão dos pesquisadores foi de que o consumo 
moderado de ovos, um por dia, em média, apresentou um nível 
significativamente mais baixo de desenvolvimento de doenças 
cardiovasculares, sem que a ingestão do alimento 
apresentasse efeitos que coloquem a saúde em risco. 
No estudo, o alimento reduziu em 26% o risco de 
hemorragia cerebral e em 28% o risco de morte por essa 
condição. Já o risco de morte por doença cardiovascular foi 
diminuído em 18% devido ao consumo do ovo. No caso de 
pessoas que comem, em média, 5 ovos por semana, o risco de 
doença cardíaca isquêmica foi reduzido em 12%, em relação 
às pessoas que afirmaram consumir ovos raramente. 
(Texto adaptado. Disponível em: exame.abril.com.br) 
 
A análise foi realizada por pesquisadores dos Estados 
Unidos e da China... (2o parágrafo) 
 
A frase indicada acima fica com a forma verbal correta na 
voz ativa correspondente em: 
(A) Pesquisadores dos Estados Unidos e da China realizam 
a análise. 
(B) Foi pesquisadores dos Estados Unidos e da China que 
realizaram a análise. 
(C) É que pesquisadores dos Estados Unidos e da China 
realizaram a análise. 
(D) Realizou-se a análise pesquisadores dos Estados 
Unidos e da China. 
(E) Pesquisadores dos Estados Unidos e da China 
realizaram a análise. 
 
Gabarito 
 
01.A / 02.B / 03.D / 04.A / 05.E 
 
 
 
ACENTUAÇÃO 
 
Acentuação Tônica 
 
Implica na intensidade com que são pronunciadas as 
sílabas das palavras. Aquela quese dá de forma mais 
acentuada, conceitua-se como sílaba tônica. As demais, como 
são pronunciadas com menos intensidade, são denominadas 
de átonas. 
De acordo com a tonicidade, as palavras são classificadas 
como oxítona, paroxítona e proparoxítonas, independente de 
levar acento gráfico: 
 
Oxítonas – São aquelas cuja sílaba tônica recai sobre a 
última sílaba. Ex.: café – coração – cajá – atum – caju – papel 
 
Paroxítonas – São aquelas em que a sílaba tônica se 
evidencia na penúltima sílaba. Ex.: útil – tórax – táxi – leque – 
retrato – passível 
 
Proparoxítonas - São aquelas em que a sílaba tônica se 
evidencia na antepenúltima sílaba. Ex.: lâmpada – câmara – 
tímpano – médico – ônibus 
 
Como podemos observar, mediante todos os exemplos 
mencionados, os vocábulos possuem mais de uma sílaba, mas 
em nossa língua existem aqueles com uma sílaba somente, no 
qual são os chamados de monossílabos, que quando 
pronunciados apresentam certa diferenciação quanto à 
intensidade. 
Tal diferenciação só é percebida quando os pronunciamos 
em uma dada sequência de palavras. Assim como podemos 
observar no exemplo a seguir: 
 
“Sei que não vai dar em nada, seus segredos sei de cor.” 
 
Os monossílabos em destaque classificam-se como 
tônicos; os demais, como átonos (que, em e de). 
Acentuação gráfica. 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 33 
Acentos Gráficos 
 
Acento agudo (´) – colocado sobre as letras “a”, “i”, “u” e 
sobre o “e” do grupo “em” - indica que estas letras representam 
as vogais tônicas de palavras como Amapá, caí, público, 
parabéns. 
 
Acento circunflexo (^) – colocado sobre as letras “a”, “e” 
e “o” indica, além da tonicidade, timbre fechado. Ex.: tâmara – 
Atlântico – pêssego – supôs 
 
Acento grave (`) – indica a fusão da preposição “a” com 
artigos e pronomes. Ex.: à – às – àquelas – àqueles 
 
Trema )¨( – de acordo com a nova regra, foi totalmente 
abolido das palavras. Há uma exceção: é utilizado em palavras 
derivadas de nomes próprios estrangeiros. Ex.: mülleriano (de 
Müller) 
 
Til (~) – indica que as letras “a” e “o” representam vogais 
nasais. Ex.: coração – melão – órgão – ímã 
 
Regras Fundamentais 
 
Palavras oxítonas - acentuam-se todas as oxítonas 
terminadas em: “a”, “e”, “o”, “em”, seguidas ou não do plural(s): 
Pará – café(s) – cipó(s) – armazém(s). 
 
Essa regra também é aplicada aos seguintes casos: 
 
Monossílabos tônicos - terminados em “a”, “e”, “o”, 
seguidos ou não de “s”. Ex.: pá – pé – dó – há 
 
Formas verbais - terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos, 
seguidas de lo, la, los, las. Ex.: respeitá-lo – percebê-lo – compô-
lo 
 
Paroxítonas - acentuam-se as palavras paroxítonas 
terminadas em: 
- i, is 
táxi – lápis – júri 
- us, um, uns 
vírus – álbuns – fórum 
- l, n, r, x, ps 
automóvel – elétron - cadáver – tórax – fórceps 
- ã, ãs, ão, ãos 
ímã – ímãs – órfão – órgãos 
 
Dica: Memorize a palavra LINURXÃO. Repare que essa 
palavra apresenta as terminações das paroxítonas que são 
acentuadas: L, I N, U (aqui inclua UM), R, X, Ã, ÃO. Assim ficará 
mais fácil a memorização! 
 
- ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não de 
“s”. Ex.: água – pônei – mágoa – jóquei 
 
Regras Especiais 
 
Os ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi” (ditongos 
abertos), que antes eram acentuados, perderam o acento de 
acordo com a nova regra, mas desde que estejam em palavras 
paroxítonas. 
Cuidado: Se os ditongos abertos estiverem em uma 
palavra oxítona (herói) ou monossílaba (céu) ainda são 
acentuados. Mas caso não forem ditongos perdem o acento. 
Ex.: 
Antes Agora 
assembléia assembleia 
idéia ideia 
jibóia jiboia 
apóia (verbo apoiar) apoia 
 
Quando a vogal do hiato for “i” ou “u” tônicos, 
acompanhados ou não de “s”, haverá acento. Ex.: saída – faísca 
– baú – país – Luís 
 
Observação importante: Não serão mais acentuados “i” e 
“u” tônicos, formando hiato quando vierem depois de 
ditongo. Ex.: 
 
Antes Agora 
bocaiúva bocaiuva 
feiúra feiura 
 
Não se acentuam o “i” e o “u” que formam hiato quando 
seguidos, na mesma sílaba, de l, m, n, r ou z: Ra-ul, ru-im, con-
tri-bu-in-te, sa-ir, ju-iz 
 
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se estiverem 
seguidas do dígrafo nh: ra-i-nha, ven-to-i-nha. 
 
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se vierem 
precedidas de vogal idêntica: xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba 
 
As formas verbais que possuíam o acento tônico na raiz, 
com “u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de “e” ou “i” 
não serão mais acentuadas. Ex.: 
 
Antes Agora 
apazigúe (apaziguar) apazigue 
argúi (arguir) argui 
 
O acento pertencente aos encontros “oo” e “ee” foi abolido. 
Ex.: 
Antes Agora 
crêem creem 
vôo voo 
 
- Agora memorize a palavra CREDELEVÊ. São os verbos 
que, no plural, dobram o “e”, mas que não recebem mais 
acento como antes: CRER, DAR, LER e VER. 
 
Repare: 
1) O menino crê em você 
 Os meninos creem em você. 
2) Elza lê bem! 
 Todas leem bem! 
3) Espero que ele dê o recado à sala. 
 Esperamos que os dados deem efeito! 
4) Rubens vê tudo! 
 Eles veem tudo! 
 
Cuidado! Há o verbo vir: 
Ele vem à tarde! 
Eles vêm à tarde! 
 
Acentuam-se os verbos pertencentes à terceira pessoa do 
plural de: 
ele tem – eles têm 
ele vem – eles vêm (verbo vir) 
 
A regra prevalece também para os verbos conter, obter, 
reter, deter, abster. 
ele contém – eles contêm 
ele obtém – eles obtêm 
ele retém – eles retêm 
ele convém – eles convêm 
 
Não se acentuam mais as palavras homógrafas que antes 
eram acentuadas para diferenciá-las de outras semelhantes 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 34 
(regra do acento diferencial). Apenas em algumas exceções, 
como: 
Pôde (terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do 
indicativo). 
Pode (terceira pessoa do singular do presente do 
indicativo). Ex.: 
Ela pode fazer isso agora. 
Elvis não pôde participar porque sua mãe não deixou. 
 
O mesmo ocorreu com o verbo pôr para diferenciar da 
preposição por. Ex.: 
Faço isso por você. 
Posso pôr (colocar) meus livros aqui? 
 
Questões 
 
01. “Cadáver” é paroxítona, pois: 
(A) Tem a última sílaba como tônica. 
(B) Tem a penúltima sílaba como tônica. 
(C) Tem a antepenúltima sílaba como tônica. 
(D) Não tem sílaba tônica. 
 
02. Indique a alternativa em que todas as palavras devem 
receber acento. 
(A) virus, torax, ma. 
(B) caju, paleto, miosotis. 
(C) refem, rainha, orgão. 
(D) papeis, ideia, latex. 
(E) lotus, juiz, virus. 
 
03. Em “O resultado da experiência foi, literalmente, 
aterrador.” a palavra destacada encontra-se acentuada pelo 
mesmo motivo que: 
(A) túnel 
(B) voluntário 
(C) até 
(D) insólito 
(E) rótulos 
 
04. Analise atentamente a presença ou a ausência de 
acento gráfico nas palavras abaixo e indique a alternativa em 
que não há erro: 
(A) ruím - termômetro - táxi – talvez. 
(B) flôres - econômia - biquíni - globo. 
(C) bambu - através - sozinho - juiz 
(D) econômico - gíz - juízes - cajú. 
(E) portuguêses - princesa - faísca. 
 
05. Todas as palavras abaixo são hiatos, EXCETO: 
(A) saúde 
(B) cooperar 
(C) ruim 
(D) creem 
(E) pouco 
 
Gabarito 
1.B / 2.A / 3.B / 4.C / 5.E 
 
 
 
 
 
 
 
9 http://tudodeconcursosevestibulares.blogspot.com/2013/04/pontuacao-
resumo-com-questoes.html 
 
 
PONTUAÇÃO 
 
Os sinais de pontuação são marcações gráficas que servem 
para compor a coesão e a coerência textual além de ressaltar 
especificidades semânticas e pragmáticas. Vejamos as 
principais funçõesdos sinais de pontuação conhecidos pelo 
uso da língua portuguesa.9 
 
Ponto 
 
1) Indica o término do discurso ou de parte dele. 
Ex.: Façamos o que for preciso para tirá-la da situação em 
que se encontra. / Gostaria de comprar pão, queijo, manteiga 
e leite. 
 
2) Usa-se nas abreviações. 
Ex.: V.Exª (Vossa Exelência) , Sr. (Senhor), S.A (Sociedade 
Anônima). 
 
Ponto e Vírgula 
 
1) Separa várias partes do discurso, que têm a mesma 
importância. 
Ex.: “Os pobres dão pelo pão o trabalho; os ricos dão pelo 
pão a fazenda; os de espíritos generosos dão pelo pão a vida; 
os de nenhum espírito dão pelo pão a alma...” 
(Vieira) 
2) Separa partes de frases que já estão separadas por 
vírgulas. 
Ex.: Alguns quiseram verão, praia e calor; outros 
montanhas, frio e cobertor. 
 
3) Separa itens de uma enumeração, exposição de motivos, 
decreto de lei, etc. Ex.: 
- Ir ao supermercado; 
- Pegar as crianças na escola; 
- Caminhada na praia; 
- Reunião com amigos. 
 
Dois Pontos 
 
1) Antes de uma citação. 
Ex.: Vejamos como Afrânio Coutinho trata este assunto:... 
 
2) Antes de um aposto. 
Ex.: Três coisas não me agradam: chuva pela manhã, frio à 
tarde e calor à noite. 
 
3) Antes de uma explicação ou esclarecimento. 
Ex.: Lá estava a deplorável família: triste, cabisbaixa, 
vivendo a rotina de sempre. 
 
4) Em frases de estilo direto. Ex.: 
 Maria perguntou: 
- Por que você não toma uma decisão? 
 
Ponto de Exclamação 
 
1) Usa-se para indicar entonação de surpresa, cólera, susto, 
súplica, etc. 
Ex.: - Sim! Claro que eu quero me casar com você! 
Pontuação: regras e efeitos 
de sentido. 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 35 
2) Depois de interjeições ou vocativos. 
Ex.: - João! Há quanto tempo! 
 
Ponto de Interrogação 
 
Usa-se nas interrogações diretas e indiretas livres. 
 “Então? Que é isso? Desertaram ambos?” 
(Artur Azevedo) 
 
Reticências 
 
1) Indica que palavras foram suprimidas. 
 Ex.: Comprei lápis, canetas, cadernos... 
 
2) Indica interrupção violenta da frase. 
 Ex.: Não... quero dizer... é verdade... Ah! 
 
3) Indica interrupções de hesitação ou dúvida 
Ex.: Este mal... pega doutor? 
 
4) Indica que o sentido vai além do que foi dito 
Ex.: Deixa, depois, o coração falar... 
 
Vírgula 
 
Não se usa Vírgula 
Separando termos que, do ponto de vista sintático, ligam-
se diretamente entre si: 
 
1) Entre sujeito e predicado. 
Todos os alunos da sala foram advertidos. 
 sujeito predicado 
 
2) Entre o verbo e seus objetos. 
O trabalho custou sacrifício aos realizadores. 
 V.T.D.I . O.D . O.I. 
 
3) Entre nome e complemento nominal; entre nome e 
adjunto adnominal. 
A surpreendente reação do governo contra os sonegadores 
despertou reações entre os empresários. 
 adj. adnominal nome adj. adn. Compl. nominal 
 
Usa-se a Vírgula 
1) Para marcar intercalação: 
a) Do adjunto adverbial: O café, em razão da sua 
abundância, vem caindo de preço. 
b) Da conjunção: Os cerrados são secos e áridos. Estão 
produzindo, todavia, altas quantidades de alimentos. 
c) Das expressões explicativas ou corretivas: As indústrias 
não querem abrir mão de suas vantagens, isto é, não querem 
abrir mão dos lucros altos. 
 
2) Para marcar inversão: 
a) Do adjunto adverbial (colocado no início da oração): 
Depois das sete horas, todo o comércio está de portas fechadas. 
b) Dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo: Aos 
pesquisadores, não lhes destinaram verba alguma. 
c) Do nome de lugar anteposto às datas: Recife, 15 de maio 
de 1982. 
 
3) Para separar entre si elementos coordenados (dispostos 
em enumeração): Era um garoto de 15 anos, alto, magro. / A 
ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e animais. 
 
4) Para marcar elipse (omissão) do verbo: Nós queremos 
comer pizza; e vocês, churrasco. 
 
 
 
5) Para isolar: 
a) O aposto: São Paulo, considerada a metrópole brasileira, 
possui um trânsito caótico. 
b) O vocativo: Ora, Thiago, não diga bobagem. 
 
Questões 
 
01. Assinale a alternativa em que a pontuação está 
corretamente empregada, de acordo com a norma-padrão da 
língua portuguesa. 
(A) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, 
embora, experimentasse, a sensação de violar uma intimidade, 
procurou a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo 
que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona. 
(B) Diante, da testemunha o homem abriu a bolsa e, 
embora experimentasse a sensação, de violar uma intimidade, 
procurou a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo 
que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona. 
(C) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, 
embora experimentasse a sensação de violar uma intimidade, 
procurou a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo 
que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona. 
(D) Diante da testemunha, o homem, abriu a bolsa e, 
embora experimentasse a sensação de violar uma intimidade, 
procurou a esmo entre as coisinhas, tentando, encontrar algo 
que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona. 
(E) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, 
embora, experimentasse a sensação de violar uma intimidade, 
procurou a esmo entre as coisinhas, tentando, encontrar algo 
que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona. 
 
02. Assinale a opção em que está corretamente indicada a 
ordem dos sinais de pontuação que devem preencher as 
lacunas da frase abaixo: 
 “Quando se trata de trabalho científico ___ duas coisas 
devem ser consideradas ____ uma é a contribuição teórica que o 
trabalho oferece ___ a outra é o valor prático que possa ter. 
(A) dois pontos, ponto e vírgula, ponto e vírgula 
(B) dois pontos, vírgula, ponto e vírgula; 
(C) vírgula, dois pontos, ponto e vírgula; 
(D) pontos vírgula, dois pontos, ponto e vírgula; 
(E) ponto e vírgula, vírgula, vírgula. 
 
03. Os sinais de pontuação estão empregados 
corretamente em: 
(A) Duas explicações, do treinamento para consultores 
iniciantes receberam destaque, o conceito de PPD e a 
construção de tabelas Price; mas por outro lado, faltou falar 
das metas de vendas associadas aos dois temas. 
(B) Duas explicações do treinamento para consultores 
iniciantes receberam destaque: o conceito de PPD e a 
construção de tabelas Price; mas, por outro lado, faltou falar 
das metas de vendas associadas aos dois temas. 
(C) Duas explicações do treinamento para consultores 
iniciantes receberam destaque; o conceito de PPD e a 
construção de tabelas Price, mas por outro lado, faltou falar 
das metas de vendas associadas aos dois temas. 
(D) Duas explicações do treinamento para consultores 
iniciantes, receberam destaque: o conceito de PPD e a 
construção de tabelas Price, mas, por outro lado, faltou falar 
das metas de vendas associadas aos dois temas. 
(E) Duas explicações, do treinamento para consultores 
iniciantes, receberam destaque; o conceito de PPD e a 
construção de tabelas Price, mas por outro lado, faltou falar 
das metas, de vendas associadas aos dois temas. 
 
04. Assinale a alternativa em que o período, adaptado da 
revista Pesquisa Fapesp de junho de 2012, está correto quanto 
à regência nominal e à pontuação. 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 36 
(A) Não há dúvida que as mulheres ampliam, rapidamente, 
seu espaço na carreira científica ainda que o avanço seja mais 
notável em alguns países, o Brasil é um exemplo, do que em 
outros. 
(B) Não há dúvida de que, as mulheres, ampliam 
rapidamente seu espaçona carreira científica; ainda que o 
avanço seja mais notável, em alguns países, o Brasil é um 
exemplo!, do que em outros. 
(C) Não há dúvida de que as mulheres, ampliam 
rapidamente seu espaço, na carreira científica, ainda que o 
avanço seja mais notável, em alguns países: o Brasil é um 
exemplo, do que em outros. 
(D) Não há dúvida de que as mulheres ampliam 
rapidamente seu espaço na carreira científica, ainda que o 
avanço seja mais notável em alguns países - o Brasil é um 
exemplo - do que em outros. 
(E) Não há dúvida que as mulheres ampliam rapidamente, 
seu espaço na carreira científica, ainda que, o avanço seja mais 
notável em alguns países (o Brasil é um exemplo) do que em 
outros. 
 
05. Assinale a alternativa em que a frase mantém-se 
correta após o acréscimo das vírgulas. 
(A) Se a criança se perder, quem encontrá-la, verá na 
pulseira instruções para que envie, uma mensagem eletrônica 
ao grupo ou acione o código na internet. 
(B) Um geolocalizador também, avisará, os pais de onde o 
código foi acionado. 
(C) Assim que o código é digitado, familiares cadastrados, 
recebem automaticamente, uma mensagem dizendo que a 
criança foi encontrada. 
(D) De fabricação chinesa, a nova pulseirinha, chega 
primeiro às, areias do Guarujá. 
(E) O sistema permite, ainda, cadastrar o nome e o telefone 
de quem a encontrou e informar um ponto de referência 
 
Respostas 
1.C / 2.C / 3.B / 4.D / 5.E 
 
 
 
CRASE 
 
É de grande importância a crase da preposição “a” com o 
artigo feminino “a” (s), com o “a” inicial dos pronomes 
aquele(s), aquela (s), aquilo e com o “a” do relativo a qual (as 
quais). 
Na escrita, utilizamos o acento grave ( ` ) para indicar a 
crase. O uso apropriado do acento grave depende da 
compreensão da fusão das duas vogais. É fundamental 
também, para o entendimento da crase, dominar a regência 
dos verbos e nomes que exigem a preposição “a”. 
Aprender a usar a crase, portanto, consiste em aprender a 
verificar a ocorrência simultânea de uma preposição e um 
artigo ou pronome.10 Observe: 
Vou a + a igreja. 
Vou à igreja. 
 
No exemplo acima, temos a ocorrência da preposição “a”, 
exigida pelo verbo ir (ir a algum lugar) e a ocorrência do artigo 
“a” que está determinando o substantivo feminino igreja. 
Quando ocorre esse encontro das duas vogais e elas se unem, 
a união delas é indicada pelo acento grave. Observe outros 
exemplos: 
 
10 www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint76.php 
Conheço a aluna. 
Refiro-me à aluna. 
 
No primeiro exemplo, o verbo é transitivo direto (conhecer 
algo ou alguém), logo não exige preposição e a crase não pode 
ocorrer. No segundo exemplo, o verbo é transitivo indireto 
(referir-se a algo ou a alguém) e exige a preposição “a”. 
Portanto, a crase é possível, desde que o termo seguinte seja 
feminino e admita o artigo feminino “a” ou um dos pronomes 
já especificados. 
 
Casos em que a crase NÃO ocorre 
 
1) Diante de substantivos masculinos: 
Andamos a cavalo. 
Fomos a pé. 
 
2) Diante de verbos no infinitivo: 
A criança começou a falar. 
Ela não tem nada a dizer. 
 
Obs.: como os verbos não admitem artigos, o “a” dos 
exemplos acima é apenas preposição, logo não ocorrerá crase. 
 
3) Diante da maioria dos pronomes e das expressões de 
tratamento, com exceção das formas senhora, senhorita e 
dona: 
Diga a ela que não estarei em casa amanhã. 
Entreguei a todos os documentos necessários. 
Ele fez referência a Vossa Excelência no discurso de ontem. 
 
Os poucos casos em que ocorre crase diante dos pronomes 
podem ser identificados pelo método: troque a palavra 
feminina por uma masculina, caso na nova construção surgir a 
forma ao, ocorrerá crase. Por exemplo: 
Refiro-me à mesma pessoa. 
(Refiro-me ao mesmo indivíduo.) 
Informei o ocorrido à senhora. 
(Informei o ocorrido ao senhor.) 
Peça à própria Cláudia para sair mais cedo. 
(Peça ao próprio Cláudio para sair mais cedo.) 
 
4) Diante de numerais cardinais: 
Chegou a duzentos o número de feridos 
Daqui a uma semana começa o campeonato. 
 
Casos em que a crase SEMPRE ocorre 
 
1) Diante de palavras femininas: 
Amanhã iremos à festa de aniversário de minha colega. 
Sempre vamos à praia no verão. 
Ela disse à irmã o que havia escutado pelos corredores. 
 
2) Diante da palavra “moda”, com o sentido de “à moda de” 
(mesmo que a expressão moda de fique subentendida: 
O jogador fez um gol à (moda de) Pelé. 
Usava sapatos à (moda de) Luís XV. 
O menino resolveu vestir-se à (moda de) Fidel Castro. 
 
3) Na indicação de horas: 
Acordei às sete horas da manhã. 
Elas chegaram às dez horas. 
Foram dormir à meia-noite. 
 
4) Em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas de 
que participam palavras femininas. Por exemplo: 
 
A ocorrência da crase. 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 37 
à tarde às ocultas às pressas à medida que 
à noite às claras 
às 
escondidas 
à força 
à vontade à beça à larga à escuta 
às avessas à revelia à exceção de à imitação de 
à esquerda às turras às vezes à chave 
à direita à procura à deriva à toa 
à luz 
à sombra 
de 
à frente de 
à proporção 
que 
à semelhança 
de 
às ordens à beira de 
 
Crase diante de Nomes de Lugar 
 
Alguns nomes de lugar não admitem a anteposição do 
artigo “a”. Outros, entretanto, admitem o artigo de modo que 
diante deles haverá crase, desde que o termo regente exija a 
preposição “a”. Para saber se um nome de lugar admite ou não 
a anteposição do artigo feminino “a”, deve-se substituir o 
termo regente por um verbo que peça a preposição “de” ou 
“em”. A ocorrência da contração “da” ou “na” prova que esse 
nome de lugar aceita o artigo e, por isso, haverá crase. Por 
exemplo: 
 
Vou à França. (Vim da [ de+a] França. Estou na [ em+a] 
França.) 
Cheguei à Grécia. (Vim da Grécia. Estou na Grécia.) 
Retornarei à Itália. (Vim da Itália. Estou na Itália) 
Vou a Porto Alegre. (Vim de Porto Alegre. Estou em Porto 
Alegre.) 
 
- Minha dica: use a regrinha “Vou A volto DA, crase HÁ; vou 
A volto DE, crase PRA QUÊ?” 
Ex.: Vou a Campinas. = Volto de Campinas. 
 Vou à praia. = Volto da praia. 
 
- ATENÇÃO: quando o nome de lugar estiver especificado, 
ocorrerá crase. Veja: 
Retornarei à São Paulo dos bandeirantes. = mesmo que, 
pela regrinha acima, seja a do “VOLTO DE”. 
 
Crase diante dos Pronomes Demonstrativos (Aquele (s), 
Aquela (s), Aquilo) 
Haverá crase diante desses pronomes sempre que o termo 
regente exigir a preposição “a”. Por exemplo: 
 
Refiro-me a + aquele atentado. 
 Preposição Pronome 
 
Refiro-me àquele atentado. 
O termo regente do exemplo acima é o verbo transitivo 
indireto referir (referir-se a algo ou alguém) e exige 
preposição, portanto, ocorre a crase. 
 
Observe este outro exemplo: 
Aluguei aquela casa. 
O verbo “alugar” é transitivo direto (alugar algo) e não 
exige preposição. Logo, a crase não ocorre nesse caso. 
 
Crase com os Pronomes Relativos (A Qual, As Quais) 
A ocorrência da crase com os pronomes relativos a qual e 
as quais depende do verbo. Se o verbo que rege esses 
pronomes exigir a preposição a, haverá crase. 
É possível detectar a ocorrência da crase nesses casos 
utilizando a substituição do termo regido feminino por um 
termo regido masculino. Por exemplo: 
 
A igreja à qual me refiro fica no centro da cidade. 
O monumento ao qual me refiro fica no centro da cidade 
 
Caso surja a forma ao com a troca do termo, ocorrerá a 
crase. Veja outros exemplos: 
São normas às quais todos os alunos devem obedecer. 
Esta foi a conclusão à qual ele chegou. 
 
Crase com o Pronome Demonstrativo (a) 
A ocorrência da crase com o pronome demonstrativo “a” 
também pode ser detectada através da substituição do termo 
regente feminino por um termo regido masculino. Veja: 
Minha revoltaé ligada à do meu país. 
Meu luto é ligado ao do meu país. 
As orações são semelhantes às de antes. 
Os exemplos são semelhantes aos de antes. 
 
Crase com a Palavra Distância 
- Se a palavra distância estiver especificada ou 
determinada, a crase deve ocorrer. Por exemplo: 
Sua casa fica à distância de 100 Km daqui. (A palavra está 
determinada) 
Todos devem ficar à distância de 50 metros do palco. (A 
palavra está especificada.) 
 
- Se a palavra distância não estiver especificada, a crase 
não pode ocorrer. Por exemplo: 
Os militares ficaram a distância. 
Gostava de fotografar a distância. 
Ensinou a distância. 
 
Observação: por motivo de clareza, para evitar 
ambiguidade, pode-se usar a crase. Veja: 
Gostava de fotografar à distância. 
Ensinou à distância. 
Dizem que aquele médico cura à distância. 
 
Casos em que a ocorrência da crase é FACULTATIVA 
 
1) Diante de nomes próprios femininos: é facultativo o uso 
da crase porque é facultativo o uso do artigo. Observe: 
Paula é muito bonita; ou A Paula é muito bonita. 
Laura é minha amiga; ou A Laura é minha amiga. 
 
Como podemos constatar, é facultativo o uso do artigo 
feminino diante de nomes próprios femininos, então podemos 
escrever as frases abaixo das seguintes formas: 
Entreguei o cartão a Paula; ou Entreguei o cartão à Paula. 
Entreguei o cartão a Roberto; ou Entreguei o cartão ao 
Roberto. 
 
2) Diante de pronome possessivo feminino: é facultativo o 
uso da crase porque é facultativo o uso do artigo. Observe: 
Minha avó tem setenta anos; ou A minha avó tem setenta 
anos. 
Minha irmã está esperando por você; ou A minha irmã está 
esperando por você. 
 
Sendo facultativo o uso do artigo feminino diante de 
pronomes possessivos femininos, então podemos escrever as 
frases abaixo das seguintes formas: 
Cedi o lugar a minha avó; ou Cedi o lugar à minha avó. 
Cedi o lugar a meu avô; ou Cedi o lugar ao meu avô. 
 
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Língua Portuguesa 38 
3) Depois da preposição até: 
Fui até a praia; ou Fui até à praia. 
Acompanhe-o até a porta; ou Acompanhe-o até à porta. 
A palestra vai até as cinco horas da tarde; ou A palestra vai 
até às cinco horas da tarde. 
 
Questões 
 
01. No Brasil, as discussões sobre drogas parecem limitar-
se ______aspectos jurídicos ou policiais. É como se suas únicas 
consequências estivessem em legalismos, tecnicalidades e 
estatísticas criminais. Raro ler ____respeito envolvendo 
questões de saúde pública como programas de esclarecimento 
e prevenção, de tratamento para dependentes e de 
reintegração desses____ vida. Quantos de nós sabemos o nome 
de um médico ou clínica ____quem tentar encaminhar um 
drogado da nossa própria família? 
 (Ruy Castro, Da nossa própria família. Folha de S.Paulo, 
2012) 
 
As lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e 
respectivamente, com: 
(A) aos … à … a … a 
(B) aos … a … à … a 
(C) a … a … à … à 
(D) à … à … à … à 
(E) a … a … a … a 
 
02. Leia o texto a seguir. 
Foi por esse tempo que Rita, desconfiada e medrosa, correu 
______ cartomante para consultá-la sobre a verdadeira causa do 
procedimento de Camilo. Vimos que ______ cartomante restituiu-
lhe ______ confiança, e que o rapaz repreendeu-a por ter feito o 
que fez. 
(Machado de Assis. A cartomante. In: Várias histórias. Rio 
de Janeiro: Globo, 1997,) 
 
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na 
ordem dada: 
(A) à – a – a 
(B) a – a – à 
(C) à – a – à 
(D) à – à – a 
(E) a – à – à 
 
03 “Nesta oportunidade, volto ___ referir-me ___ problemas 
já expostos ___ V. Sª ___ alguns dias”. 
(A) à - àqueles - a - há 
(B) a - àqueles - a - há 
(C) a - aqueles - à - a 
(D) à - àqueles - a - a 
(E) a - aqueles - à - há 
 
04. Leia o texto a seguir. 
 
Comunicação 
 
O público ledor (existe mesmo!) é sensorial: quer ter um 
autor ao vivo, em carne e osso. Quando este morre, há uma 
queda de popularidade em termos de venda. Ou, quando 
teatrólogo, em termos de espetáculo. Um exemplo: G. B. Shaw. 
E, entre nós, o suave fantasma de Cecília Meireles recém está 
se materializando, tantos anos depois. 
Isto apenas vem provar que a leitura é um remédio para a 
solidão em que vive cada um de nós neste formigueiro. Claro 
que não me estou referindo a essa vulgar comunicação festiva 
e efervescente. 
Porque o autor escreve, antes de tudo, para expressar-se. 
Sua comunicação com o leitor decorre unicamente daí. Por 
afinidades. É como, na vida, se faz um amigo. 
E o sonho do escritor, do poeta, é individualizar cada 
formiga num formigueiro, cada ovelha num rebanho - para que 
sejamos humanos e não uma infinidade de xerox infinitamente 
reproduzidos uns dos outros. 
Mas acontece que há também autores xerox, que nos 
invadem com aqueles seus best-sellers... 
Será tudo isto uma causa ou um efeito? 
Tristes interrogações para se fazerem num mundo que já 
foi civilizado. 
 
(Mário Quintana. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova 
Aguilar, 1. ed., 2005.) 
 
Claro que não me estou referindo a essa vulgar comunicação 
festiva e efervescente. 
O vocábulo a deverá receber o sinal indicativo de crase se 
o segmento grifado for substituído por: 
(A) leitura apressada e sem profundidade. 
(B) cada um de nós neste formigueiro. 
(C) exemplo de obras publicadas recentemente. 
(D) uma comunicação festiva e virtual. 
(E) respeito de autores reconhecidos pelo público. 
 
05. O Instituto Nacional de Administração Prisional (INAP) 
também desenvolve atividades lúdicas de apoio______ 
ressocialização do indivíduo preso, com o objetivo de prepará-
lo para o retorno______ sociedade. Dessa forma, quando em 
liberdade, ele estará capacitado______ ter uma profissão e uma 
vida digna. 
(www.metropolitana.com.br. 2012) 
 
Assinale a alternativa que preenche, correta e 
respectivamente, as lacunas do texto, de acordo com a norma-
padrão da língua portuguesa. 
(A) à … à … à 
(B) a … a … à 
(C) a … à … à 
(D) à … à ... a 
(E) a … à … a 
 
Gabarito 
1.B / 2.A / 3.B / 4.A / 5.D 
 
 
 
CONCORDÂNCIA NOMINAL 
 
Concordância nominal é que o ajuste que fazemos aos 
demais termos da oração para que concordem em gênero e 
número com o substantivo. Teremos que alterar, portanto, o 
artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome. Além disso, temos 
também o verbo, que se flexionará à sua maneira. 
 
Regra geral: o artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome 
concordam em gênero e número com o substantivo. 
A pequena criança é uma gracinha. / O garoto que encontrei 
era muito gentil e simpático. 
 
Casos especiais: veremos alguns casos que fogem à regra 
geral mostrada acima. 
 
a) Um adjetivo após vários substantivos 
1- Substantivos de mesmo gênero: adjetivo vai para o 
plural ou concorda com o substantivo mais próximo. 
 Irmão e primo recém-chegado estiveram aqui. / Irmão 
e primo recém-chegados estiveram aqui. 
 
Concordância verbal e 
nominal. 
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Língua Portuguesa 39 
2- Substantivos de gêneros diferentes: vai para o 
plural masculino ou concorda com o substantivo mais 
próximo. 
Ela tem pai e mãe louros. / Ela tem pai e mãe loura. 
 
3- Adjetivo funciona como predicativo: vai 
obrigatoriamente para o plural. 
O homem e o menino estavam perdidos. / O homem e sua 
esposa estiveram hospedados aqui. 
 
b) Um adjetivo anteposto a vários substantivos 
1- Adjetivo anteposto normalmente concorda com o mais 
próximo. 
Comi delicioso almoço e sobremesa. / Provei deliciosa fruta 
e suco. 
2- Adjetivo anteposto funcionando como predicativo: 
concorda com o maispróximo ou vai para o plural. 
Estavam feridos o pai e os filhos. / Estava ferido o pai e os 
filhos. 
 
c) Um substantivo e mais de um adjetivo 
1- antecede todos os adjetivos com um artigo. Falava 
fluentemente a língua inglesa e a espanhola. 
2- coloca o substantivo no plural. Falava fluentemente as 
línguas inglesa e espanhola. 
 
d) Pronomes de tratamento 
 Sempre concordam com a 3ª pessoa. Vossa Santidade 
esteve no Brasil. 
 
e) Anexo, incluso, próprio, obrigado 
Concordam com o substantivo a que se referem. 
As cartas estão anexas. / A bebida está inclusa. 
 
f) Um(a) e outro(a), num(a) e noutro(a) 
Após essas expressões o substantivo fica sempre no 
singular e o adjetivo no plural. 
Renato advogou um e outro caso fáceis. / Pusemos numa e 
noutra bandeja rasas o peixe. 
 
g) É bom, é necessario, é proibido 
Essas expressões não variam se o sujeito não vier 
precedido de artigo ou outro determinante. 
É necessário sua presença. / É necessária a sua presença. 
É proibido entrada de pessoas não autorizadas. / A entrada 
é proibida. 
 
h) Muito, pouco, caro 
1- Como adjetivos: seguem a regra geral. 
Comi muitas frutas durante a viagem. / Pouco arroz é 
suficiente para mim. 
 
2- Como advérbios: são invariáveis. 
Comi muito durante a viagem. / Pouco lutei, por isso perdi 
a batalha. 
 
i) Mesmo, bastante 
1- Como advérbios: invariáveis 
Preciso mesmo da sua ajuda. 
Fiquei bastante contente com a proposta de emprego. 
 
2- Como pronomes: seguem a regra geral. 
Seus argumentos foram bastantes para me convencer. 
Os mesmos argumentos que eu usei, você copiou. 
 
j) Menos, alerta 
Em todas as ocasiões são invariáveis. 
Preciso de menos comida para perder peso. / Estamos alerta 
para com suas chamadas. 
 
k) Tal Qual 
“Tal” concorda com o antecedente, “qual” concorda com o 
consequente. 
As garotas são vaidosas tais qual a tia. / Os pais vieram 
fantasiados tais quais os filhos. 
 
l) Possível 
Quando vem acompanhado de “mais”, “menos”, “melhor” ou 
“pior”, acompanha o artigo que precede as expressões. 
A mais possível das alternativas é a que você expôs. 
Os melhores cargos possíveis estão neste setor da empresa. 
As piores situações possíveis são encontradas nas favelas da 
cidade. 
 
m) Meio 
1- Como advérbio: invariável. 
Estou meio (um pouco) insegura. 
 
2- Como numeral: segue a regra geral. 
Comi meia (metade) laranja pela manhã. 
 
n) Só 
1- apenas, somente (advérbio): invariável. 
Só consegui comprar uma passagem. 
 
2- sozinho (adjetivo): variável. 
Estiveram sós durante horas. 
 
Questões 
 
01. Indique o uso INCORRETO da concordância verbal ou 
nominal: 
(A) Será descontada em folha sua contribuição sindical. 
(B) Na última reunião, ficou acordado que se realizariam 
encontros semanais com os diversos interessados no assunto. 
(C) Alguma solução é necessária, e logo! 
(D) Embora tenha ficado demonstrado cabalmente a 
ocorrência de simulação na transferência do imóvel, o pedido 
não pode prosperar. 
(E) A liberdade comercial da colônia, somada ao fato de D. 
João VI ter também elevado sua colônia americana à condição 
de Reino Unido a Portugal e Algarves, possibilitou ao Brasil 
obter certa autonomia econômica. 
 
02. Aponte a alternativa em que NÃO ocorre silepse (de 
gênero, número ou pessoa): 
(A) “A gente é feito daquele tipo de talento capaz de fazer 
a diferença.” 
(B) Todos sabemos que a solução não é fácil. 
(C) Essa gente trabalhadora merecia mais, pois acordam às 
cinco horas para chegar ao trabalho às oito da manhã. 
(D) Todos os brasileiros sabem que esse problema vem de 
longe... 
(E) Senhor diretor, espero que Vossa Senhoria seja mais 
compreensivo. 
 
03. A concordância nominal está INCORRETA em: 
(A) A mídia julgou desnecessária a campanha e o 
envolvimento da empresa. 
(B) A mídia julgou a campanha e a atuação da empresa 
desnecessária. 
(C) A mídia julgou desnecessário o envolvimento da 
empresa e a campanha. 
(D) A mídia julgou a campanha e a atuação da empresa 
desnecessárias. 
 
04. Complete os espaços com um dos nomes colocados nos 
parênteses. 
(A) Será que é ____ essa confusão toda? (necessário/ 
necessária) 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 40 
(B) Quero que todos fiquem ____. (alerta/ alertas) 
(C) Houve ____ razões para eu não voltar lá. (bastante/ 
bastantes) 
(D) Encontrei ____ a sala e os quartos. (vazia/vazios) 
(E) A dona do imóvel ficou ____ desiludida com o inquilino. 
(meio/ meia) 
 
05. Quanto à concordância nominal, verifica-se ERRO em: 
(A) O texto fala de uma época e de um assunto polêmicos. 
(B) Tornou-se clara para o leitor a posição do autor sobre 
o assunto. 
(C) Constata-se hoje a existência de homem, mulher e 
criança viciadas. 
(D) Não será permitido visita de amigos, apenas a de 
parentes. 
 
Respostas 
01.D / 02.D / 03.B / 04. a) necessária b) alerta c) 
bastantes d) vazia e) meio / 05. C 
 
CONCORDÂNCIA VERBAL 
 
Ao falarmos sobre a concordância verbal, estamos nos 
referindo à relação de dependência estabelecida entre um 
termo e outro mediante um contexto oracional. 
 
Casos Referentes a Sujeito Simples 
1) Sujeito simples, o verbo concorda com o núcleo em 
número e pessoa: O aluno chegou atrasado. 
 
2) O verbo concorda no singular com o sujeito coletivo do 
singular, o verbo permanece na terceira pessoa do 
singular: A multidão, apavorada, saiu aos gritos. 
Observação: no caso de o coletivo aparecer seguido de 
adjunto adnominal no plural, o verbo permanecerá no singular 
ou poderá ir para o plural: Uma multidão de pessoas saiu aos 
gritos. / Uma multidão de pessoas saíram aos gritos. 
 
3) Quando o sujeito é representado por expressões 
partitivas, representadas por “a maioria de, a maior parte de, a 
metade de, uma porção de, entre outras”, o verbo tanto pode 
concordar com o núcleo dessas expressões quanto com o 
substantivo que a segue: A maioria dos alunos resolveu ficar. 
/ A maioria dos alunos resolveram ficar. 
 
4) No caso de o sujeito ser representado por expressões 
aproximativas, representadas por “cerca de, perto de”, o verbo 
concorda com o substantivo determinado por elas: Cerca de 
vinte candidatos se inscreveram no concurso de piadas. 
 
5) Em casos em que o sujeito é representado pela 
expressão “mais de um”, o verbo permanece no singular: Mais 
de um candidato se inscreveu no concurso de piadas. 
Observação: no caso da referida expressão aparecer 
repetida ou associada a um verbo que exprime reciprocidade, 
o verbo, necessariamente, deverá permanecer no plural: Mais 
de um aluno, mais de um professor contribuíram na campanha 
de doação de alimentos. / Mais de um formando se 
abraçaram durante as solenidades de formatura. 
 
6) O sujeito for composto da expressão “um dos que”, o 
verbo permanecerá no plural: Paulo é um dos que mais 
trabalhar. 
 
7) Quanto aos relativos à concordância com locuções 
pronominais, representadas por “algum de nós, qual de vós, 
quais de vós, alguns de nós”, entre outras, faz-se necessário 
nos atermos a duas questões básicas: 
- No caso de o primeiro pronome estar expresso no plural, 
o verbo poderá com ele concordar, como poderá também 
concordar com o pronome pessoal: Alguns 
de nós o receberemos. / Alguns de nós o receberão. 
- Quando o primeiro pronome da locução estiver expresso 
no singular, o verbo também permanecerá no singular: Algum 
de nós o receberá. 
 
8) No caso de o sujeito aparecer representado pelo 
pronome “quem”, o verbo permanecerá na terceira pessoa do 
singular ou poderá concordar com o antecedente desse 
pronome: Fomos nós quem contou toda a verdade para ela. / 
Fomos nós quem contamos toda a verdade para ela. 
 
9) Em casos nos quais o sujeito aparece realçado pela 
palavra “que”, o verbo deverá concordar com o termo que 
antecedeessa palavra: Nesta empresa somos nós 
que tomamos as decisões. / Em casa sou eu que decido tudo. 
 
10) No caso de o sujeito aparecer representado por 
expressões que indicam porcentagens, o verbo concordará 
com o numeral ou com o substantivo a que se refere essa 
porcentagem: 50% dos funcionários aprovaram a decisão da 
diretoria. / 50% do eleitorado apoiou a decisão. 
Observações: 
- Caso o verbo aparecer anteposto à expressão de 
porcentagem, esse deverá concordar com o numeral: 
Aprovaram a decisão da diretoria 50% dos funcionários. 
- Em casos relativos a 1%, o verbo permanecerá no 
singular: 1% dos funcionários não aprovou a decisão da 
diretoria. 
- Em casos em que o numeral estiver acompanhado de 
determinantes no plural, o verbo permanecerá no plural: Os 
50% dos funcionários apoiaram a decisão da diretoria. 
 
11) Quando o sujeito estiver representado por pronomes 
de tratamento, o verbo deverá ser empregado na terceira 
pessoa do singular ou do plural: Vossas 
Majestades gostaram das homenagens. Vossas Excelência agiu 
com inteligência. 
 
12) Casos relativos a sujeito representado por substantivo 
próprio no plural se encontram relacionados a alguns aspectos 
que os determinam: 
- Diante de nomes de obras no plural, seguidos do verbo 
ser, este permanece no singular, contanto que o predicativo 
também esteja no singular: Memórias póstumas de Brás 
Cubas é uma criação de Machado de Assis. 
- Nos casos de artigo expresso no plural, o verbo também 
permanece no plural: Os Estados Unidos são uma potência 
mundial. 
- Casos em que o artigo figura no singular ou em que ele 
nem aparece, o verbo permanece no singular: Estados Unidos 
é uma potência mundial. 
 
Casos Referentes a Sujeito Composto 
1) Nos casos relativos a sujeito composto de pessoas 
gramaticais diferentes, o verbo deverá ir para o plural, estando 
relacionado a dois pressupostos básicos: 
- Quando houver a 1ª pessoa, esta prevalecerá sobre as 
demais: Eu, tu e ele faremos um lindo passeio. 
- Quando houver a 2ª pessoa, o verbo poderá flexionar na 
2ª ou na 3ª pessoa: Tu e ele sois primos. / Tu e ele são primos. 
 
2) Nos casos em que o sujeito composto aparecer 
anteposto (antes) ao verbo, este permanecerá no plural: O pai 
e seus dois filhos compareceram ao evento. 
 
3) No caso em que o sujeito aparecer posposto (depois) ao 
verbo, este poderá concordar com o núcleo mais próximo ou 
permanecer no plural: Compareceram ao evento o pai e seus 
dois filhos. Compareceu ao evento o pai e seus dois filhos. 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 41 
4) Nos casos relacionados a sujeito simples, porém com 
mais de um núcleo, o verbo deverá permanecer no singular: 
Meu esposo e grande companheiro merece toda a felicidade do 
mundo. 
 
5) Casos relativos a sujeito composto de palavras 
sinônimas ou ordenado por elementos em gradação, o verbo 
poderá permanecer no singular ou ir para o plural: Minha 
vitória, minha conquista, minha premiação são frutos de meu 
esforço. / Minha vitória, minha conquista, minha premiação é 
fruto de meu esforço. 
 
Questões 
 
01. A concordância realizou-se adequadamente em qual 
alternativa? 
(A) Os Estados Unidos é considerado, hoje, a maior 
potência econômica do planeta, mas há quem aposte que a 
China, em breve, o ultrapassará. 
(B) Em razão das fortes chuvas haverão muitos candidatos 
que chegarão atrasados, tenho certeza disso. 
(C) Naquela barraca vendem-se tapiocas fresquinhas, pode 
comê-las sem receio! 
(D) A multidão gritaram quando a cantora apareceu na 
janela do hotel! 
 
02. Uma pergunta 
 
Frequentemente cabe aos detentores de cargos de 
responsabilidade tomar decisões difíceis, de graves 
consequências. Haveria algum critério básico, essencial, para 
amparar tais escolhas? Antonio Gramsci, notável pensador e 
político italiano, propôs que se pergunte, antes de tomar a 
decisão: - Quem sofrerá? 
Para um humanista, a dor humana é sempre prioridade a 
se considerar. 
(Salvador Nicola, inédito) 
 
O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se no 
singular para preencher adequadamente a lacuna da frase: 
(A) A nenhuma de nossas escolhas ...... (poder) deixar de 
corresponder nossos valores éticos mais rigorosos. 
(B) Não se ...... (poupar) os que governam de refletir sobre 
o peso de suas mais graves decisões. 
(C) Aos governantes mais responsáveis não ...... (ocorrer) 
tomar decisões sem medir suas consequências. 
(D) A toda decisão tomada precipitadamente ...... 
(costumar) sobrevir consequências imprevistas e injustas. 
(E) Diante de uma escolha, ...... (ganhar) prioridade, 
recomenda Gramsci, os critérios que levam em conta a dor 
humana. 
 
03. Em um belo artigo, o físico Marcelo Gleiser, analisando 
a constatação do satélite Kepler de que existem muitos 
planetas com características físicas semelhantes ao nosso, 
reafirmou sua fé na hipótese da Terra rara, isto é, a tese de que 
a vida complexa (animal) é um fenômeno não tão comum no 
Universo. 
Gleiser retoma as ideias de Peter Ward expostas de modo 
persuasivo em “Terra Rara”. Ali, o autor sugere que a vida 
microbiana deve ser um fenômeno trivial, podendo pipocar até 
em mundos inóspitos; já o surgimento de vida multicelular na 
Terra dependeu de muitas outras variáveis físicas e históricas, 
o que, se não permite estimar o número de civilizações extra 
terráqueas, ao menos faz com que reduzamos nossas 
expectativas. 
Uma questão análoga só arranhada por Ward é a da 
inexorabilidade da inteligência. A evolução de organismos 
complexos leva necessariamente à consciência e à 
inteligência? 
Robert Wright diz que sim, mas seu argumento é mais 
matemático do que biológico: complexidade engendra 
complexidade, levando a uma corrida armamentista entre 
espécies cujo subproduto é a inteligência. 
Stephen J. Gould e Steven Pinker apostam que não. Para 
eles, é apenas devido a uma sucessão de pré-adaptações e 
coincidências que alguns animais transformaram a capacidade 
de resolver problemas em estratégia de sobrevivência. Se 
rebobinássemos o filme da evolução e reencenássemos o 
processo mudando alguns detalhes do início, seriam grandes 
as chances de não chegarmos a nada parecido com a 
inteligência. 
 
 (Hélio Schwartsman. Folha de S. Paulo, 2012.) 
 
A frase em que as regras de concordância estão 
plenamente respeitadas é: 
 
(A) Podem haver estudos que comprovem que, no passado, 
as formas mais complexas de vida - cujo habitat eram oceanos 
ricos em nutrientes - se alimentavam por osmose. 
(B) Cada um dos organismos simples que vivem na 
natureza sobrevivem de forma quase automática, sem se 
valerem de criatividade e planejamento. 
(C) Desde que observe cuidados básicos, como obter 
energia por meio de alimentos, os organismos simples podem 
preservar a vida ao longo do tempo com relativa facilidade. 
(D) Alguns animais tem de se adaptar a um ambiente cheio 
de dificuldades para obter a energia necessária a sua 
sobrevivência e nesse processo expõe- se a inúmeras ameaças. 
(E) A maioria dos organismos mais complexos possui um 
sistema nervoso muito desenvolvido, capaz de se adaptar a 
mudanças ambientais, como alterações na temperatura. 
 
04. De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, 
a concordância verbal está correta em: 
 
(A) Ela não pode usar o celular e chamar um taxista, pois 
acabou os créditos. 
(B) Esta empresa mantêm contato com uma rede de táxis 
que executa diversos serviços para os clientes. 
(C) À porta do aeroporto, havia muitos táxis disponíveis 
para os passageiros que chegavam à cidade. 
(D) Passou anos, mas a atriz não se esqueceu das calorosas 
lembranças que seu tio lhe deixou. 
(E) Deve existir passageiros que aproveitam a corrida de 
táxipara bater um papo com o motorista. 
 
Respostas 
 
01.C / 02.C / 03.E / 04.C 
 
 Anotações 
 
 
 
 
 
 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 42 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Administração Pública 1 
 
 
 
 
ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: 
ADMINISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA 
 
A Organização Administrativa compõe a parte do Direito 
Administrativo que estuda os órgãos e pessoas jurídicas que a 
compõem, além da estrutura interna da Administração 
Pública. 
Em âmbito federal, o assunto vem disposto no Decreto-Lei 
n. 200/67 que “dispõe sobre a organização da Administração 
Pública Federal e estabelece diretrizes para a Reforma 
Administrativa”. 
Para que as suas competências constitucionais sejam 
cumpridas, a Administração utiliza-se de duas formas 
distintas: a descentralização e a desconcentração. 
A análise desses dois institutos é basilar para analisar a 
organização interna da Administração Pública. 
Administração pública é o conjunto de órgãos, serviços e 
agentes do Estado que procuram satisfazer as necessidades da 
sociedade, tais como educação, cultura, segurança, saúde, etc. 
Em outras palavras, administração pública é a gestão dos 
interesses públicos por meio da prestação de serviços 
públicos, sendo dividida em administração direta e indireta. 
 
Administração pública direta 
 
A Administração Pública Direta é o conjunto de órgãos 
públicos vinculados diretamente ao chefe da esfera 
governamental que integram. Não possuem personalidade 
jurídica própria, patrimônio e autonomia administrativa e 
cujas despesas são realizadas diretamente através do 
orçamento da referida esfera. 
Assim, ela é responsável pela gestão dos serviços públicos 
executados pelas pessoas políticas via de um conjunto de 
órgãos que estão integrados na sua estrutura. 
Sua competência abarca os diversos órgãos que compõem 
a entidade pública por eles responsáveis. Exemplos: 
Ministérios, Secretarias, Departamentos e outros que, como 
característica inerente da Administração Pública Direta, não 
possuem personalidade jurídica, pois não podem contrair 
direitos e assumir obrigações, haja vista que estes pertencem 
a pessoa política (União, Estado, Distrito Federal e 
Municípios). 
A Administração direta não possui capacidade 
postulatória, ou seja, não pode ingressar como autor ou réu em 
relação processual. Exemplo: Servidor público estadual lotado 
na Secretaria da Fazenda que pretende interpor ação judicial 
pugnando o recebimento de alguma vantagem pecuniária. Ele 
não irá propor a demanda em face da Secretaria, mas sim em 
desfavor do Estado que é a pessoa política dotada de 
personalidade jurídica para estar no outro polo da lide. 
 
Administração pública indireta 
 
São integrantes da Administração indireta as fundações, as 
autarquias, as empresas públicas e as sociedades de economia 
mista. 
Essas quatro pessoas são criadas para a prestação de 
serviços públicos ou para a exploração de atividades 
econômicas, com o objetivo de aumentar o grau de 
especialidade e eficiência da prestação do serviço público. 
O Poder Público só poderá explorar atividade econômica a 
título de exceção em duas situações previstas na CF/88, no seu 
art. 173: 
- para fazer frente à uma situação de relevante interesse 
coletivo; 
- para fazer frente à uma situação de segurança nacional. 
O Poder Público não tem a obrigação de gerar lucro quando 
explora atividade econômica. Quando estiver atuando na 
atividade econômica, entretanto, estará concorrendo em grau 
de igualdade com os particulares, estando sob o regime do art. 
170 da CF/88, inclusive quanto à livre concorrência. 
 
Questões 
 
01. (Prefeitura de São Paulo/SP - Assistente de Gestão 
de Políticas Públicas I – CESPE/2016). No que se refere à 
administração pública direta e indireta, assinale a opção 
correta. 
(A) As pessoas administrativas que formam a 
administração pública indireta são aquelas dotadas de 
personalidade jurídica de direito público (como as autarquias 
e as fundações públicas). 
(B) Na esfera municipal, a administração direta é formada 
pelos órgãos que compõem a prefeitura e a câmara municipal, 
além das fundações e das empresas públicas de âmbito local. 
(C) A administração indireta compreende as pessoas 
administrativas que, vinculadas à respectiva administração 
direta, desempenham atividades administrativas de forma 
descentralizada. 
(D) Tanto a administração direta quanto a indireta são 
compostas por órgãos e por pessoas jurídicas administrativas, 
com a diferença de que todas as que integram a administração 
indireta estão submetidas a regime de direito privado. 
(E) O aspecto mais relevante que caracteriza a 
administração indireta é o fato de ela ser, ao mesmo tempo, 
titular e executora de serviço público. 
 
02. (CASAN - Advogado - INSTITUTO AOCP/2016). 
Quanto à Administração Pública Indireta, assinale a 
alternativa correta. 
(A) Somente por lei específica poderá ser criada autarquia, 
empresa pública, sociedade de economia mista e fundação, 
cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas 
de sua atuação. 
(B) A criação de subsidiárias pelas empresas públicas e 
sociedades de economia mista, bem como sua participação em 
empresas privadas, depende de autorização legislativa, exceto 
se já houver previsão para esse fim na própria lei que instituiu 
a empresa de economia mista matriz, tendo em vista que a lei 
criadora é a própria medida autorizadora. 
(C) A fundação pública não pode ser extinta por ato do 
Poder Público. 
(D) O chefe do Poder Executivo poderá, por decreto, 
extinguir empresa pública ou sociedade de economia mista. 
(E) A sociedade de economia mista poderá ser estruturada 
sob qualquer das formas admitidas em direito. 
 
03. (TJ/RS - Contador – FAURGS/2016). A 
Administração Direta compreende 
(A) as autarquias. 
(B) as empresas públicas. 
(C) as sociedades de economia mista. 
(D) as fundações públicas. 
(E) a presidência da república e os ministérios. 
 
Administração Publica: 1 
Órgãos da administração 
publica direta e indireta. 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Administração Pública 2 
04. (Prefeitura de Cláudio/MG - Guarda Municipal – 
FUNDEP/2016). Assinale a alternativa em que, segundo o 
direito positivo brasileiro, todas as pessoas indicadas são 
componentes da Administração Pública Indireta. 
(A) Autarquia, fundação e organização social. 
(B) Fundação, agência executiva e sociedade de propósitos 
específicos. 
(C) Organização da sociedade civil de interesse público, 
conselho popular e consórciopúblico. 
(D) Autarquia, sociedade de economia mista e empresa 
pública. 
 
Gabarito 
 
01.C/ 02.B/ 03.E/ 04.D 
 
Centralização e descentralização 
 
 
 
A execução do serviço público poderá ser por: 
Centralização: Quando a execução do serviço estiver 
sendo feita pela Administração direta do Estado (ex.: 
Secretarias, Ministérios etc.). Dessa forma, o ente federativo 
será tanto o titular do serviço público, como o prestador do 
mesmo, o próprio estado é quem centraliza a atividade. 
Descentralização: Quando estiver sendo feita por 
terceiros que não se confundem com a Administração direta 
do Estado. Esses terceiros poderão estar dentro ou fora da 
Administração Pública. Se estiverem dentro da Administração 
Pública, poderão ser autarquias, fundações, empresas públicas 
e sociedades de economia mista (Administração indireta do 
Estado). Se estiverem fora da Administração, serão 
particulares e poderão ser concessionários, permissionários 
ou autorizados. 
Assim, descentralizar é repassar a execução e a 
titularidade, ou só a execução de uma pessoa para outra, não 
havendo hierarquia. Por exemplo, quando a União transferiu a 
titularidade dos serviços relativos à seguridade social à 
autarquia INSS. 
Na esfera federal, a Administração Direta ou Centralizada 
é composta por órgãos subordinados à Presidência da 
República e aos Ministérios, como o Departamento da Polícia 
Federal, Secretaria do Tesouro Nacional ou a Corregedoria-
Geral da União. 
 
Concentração e desconcentração 
 
Desconcentração (Criar órgãos): Mera técnica 
administrativa de distribuição interna de competências 
mediante criação de órgãos públicos. Pressupõe a existência 
de apenas uma pessoa, pois os órgãos não possuem 
personalidade jurídica própria. 
Ocorre desconcentração administrativa quando uma 
pessoa política ou uma entidade da administração indireta 
distribui competências no âmbito de sua própria estrutura 
afim de tornar mais ágil e eficiente a prestação dos serviços. 
Desconcentração envolve, obrigatoriamente, uma só pessoa 
jurídica. 
Porque a desconcentração ocorre no âmbito de uma 
mesma pessoa jurídica, surge relação de hierarquia, de 
subordinação, entre os órgãos dela resultantes. No âmbito das 
entidades desconcentradas temos controle hierárquico, o qual 
compreende os poderes de comando, fiscalização, revisão, 
punição, solução de conflitos de competência, delegação e 
avocação. 
Concentração (extinguir órgãos): Trata-se da técnica 
administrativa que promove a extinção de órgãos públicos. 
Pessoa jurídica integrante da administração pública extingue 
órgãos antes existentes em sua estrutura, reunindo em um 
número menor de unidade as respectivas competências. 
Imagine-se, como exemplo, que a secretaria da fazenda de um 
município tivesse em sua estrutura superintendências, 
delegacias, agências e postos de atendimento, cada um desses 
órgãos incumbidos de desempenhar específicas competências 
da referida secretaria. Caso a administração pública municipal 
decidisse, em face de restrições orçamentárias, extinguir os 
postos de atendimento, atribuindo às agências as 
competências que aqueles exerciam, teria ocorrido 
concentração administrativa. 
Diferença entre Descentralização e Desconcentração: 
As duas figuras dizem respeito à forma de prestação do serviço 
público. Descentralização, entretanto, significa transferir a 
execução de um serviço público para terceiros que não se 
confundem com a Administração Direta, e a desconcentração 
significa transferir a execução de um serviço público de um 
órgão para o outro dentro da Administração Direta, 
permanecendo está no centro. 
 
Questões 
 
01. (ANAC - Especialista em Regulação de Aviação Civil 
– ESAF/2016). Complete as lacunas em branco com os termos 
descentralização ou desconcentração. 
Ao final, assinale a opção que contenha a sequência 
correta. 
 
1. Em nenhuma forma de _____________ há hierarquia. 
2. Ocorre a chamada ______________ quando o Estado 
desempenha algumas de suas atribuições por meio de outras 
pessoas e não pela sua administração direta. 
3. Trata-se, a ____________________, de mera técnica 
administrativa de distribuição interna de competências. 
4. Porque a ______________ ocorre no âmbito de uma pessoa 
jurídica, surge relação de hierarquia, de subordinação, entre os 
órgãos dela resultantes. 
(A) descentralização/desconcentração/desconcentração/ 
descentralização 
(B) descentralização/descentralização/desconcentração/ 
desconcentração 
(C) desconcentração/desconcentração/descentralização/ 
descentralização 
(D) desconcentração/descentralização/desconcentração/ 
descentralização 
(E) desconcentração/descentralização/descentralização/ 
desconcentração 
 
02. (DER/CE - Procurador Autárquico – UECE-
CE/2016). A criação de uma autarquia na estrutura da 
Administração Pública consiste no instituto jurídico da 
(A) descentralização. 
(B) desconcentração. 
(C) concentração. 
(D) centralização. 
 
03. (Prefeitura de Resende/RJ - Assistente 
Administrativo – IBEG/2016). "Ocorre quando a entidade da 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Administração Pública 3 
Administração, encarregada de executar um ou mais serviços, 
distribui competências, no âmbito de sua própria estrutura, no 
intuito de tornar mais eficiente e ágil a prestação dos serviços”. 
O presente conceito refere-se à: 
(A) Descentralização administrativa. 
(B) Centralização administrativa. 
(C) Concentração administrativa. 
(D) Desconcentração administrativa. 
(E) Nenhuma das alternativas. 
 
Gabarito 
 
01.B/ 02.A/ 03.D. 
Feitas essas considerações iniciais, passamos à análise das 
pessoas jurídicas que compõem a Administração Pública 
Indireta: 
 
Autarquias 
 
As autarquias são pessoas jurídicas de direito público 
criadas para a prestação de serviços públicos, contando com 
capital exclusivamente público, ou seja, as autarquias são 
regidas integralmente por regras de direito público, podendo, 
tão-somente, serem prestadoras de serviços e contando com 
capital oriundo da Administração Direta (ex.: INCRA, INSS, 
DNER, Banco Central etc.). 
Características: Temos como principais características 
das autarquias: 
- Criação por lei: é exigência que vem desde o Decreto-lei 
nº 6 016/43, repetindo-se no Decreto-lei nº 200/67 e 
constando agora do artigo 37, XIX, da Constituição; 
- Personalidade jurídica pública: ela é titular de direitos 
e obrigações próprios, distintos daqueles pertencentes ao ente 
que a instituiu: sendo pública, submete-se a regime jurídico de 
direito público, quanto à criação, extinção, poderes, 
prerrogativas, privilégios, sujeições; 
- Capacidade de autoadministração: não tem poder de 
criar o próprio direito, mas apenas a capacidade de se auto 
administrar a respeito das matérias especificas que lhes foram 
destinadas pela pessoa pública política que lhes deu vida. A 
outorga de patrimônio próprio é necessária, sem a qual a 
capacidade de autoadministração não existiria. 
Pode-se compreender que ela possui dirigentes e 
patrimônio próprios. 
- Especialização dos fins ou atividades: coloca a 
autarquia entre as formas de descentralização administrativa 
por serviços ou funcional, distinguindo-a da descentralização 
territorial; o princípio da especialização impede de exercer 
atividades diversas daquelas para as quais foram instituídas; e 
- Sujeição a controle ou tutela: é indispensável para que 
a autarquia não se desvie de seus fins institucionais. 
- Liberdade Financeira: As autarquias possuem verbas 
próprias (surgem como resultado dos serviços que presta) e 
verbas orçamentárias (são aquelas decorrentes do 
orçamento). Terão liberdade para manejar as verbas que 
recebem como acharem conveniente, dentro dos limites da lei 
que as criou. 
- Liberdade Administrativa:As autarquias têm liberdade 
para desenvolver os seus serviços como acharem mais 
conveniente (comprar material, contratar pessoal etc.), dentro 
dos limites da lei que as criou. 
Classificação: Para Carvalho Filho, pode-se apontar três 
fatores que de fato demarcam diferenças entre as autarquias. 
São eles: 
- o nível federativo: as autarquias podem ser federais, 
estaduais, distritais e municipais, conforme instituídas pela 
União, Estados, Distrito Federal e pelos Municípios; 
- quanto ao objeto: dentro das atividades típicas do 
Estado, as que estão pré-ordenadas; e 
- as autarquias podem ter diferentes objetivos: as 
autarquias assistenciais são aquelas que visam a dispensar 
auxílio a regiões menos desenvolvidas, ou à categorias sociais 
específicas, para o fim de minorar as desigualdades regionais 
e sociais, conforme artigo 3º, inciso III, da Constituição (ex.: 
SUDENE). 
Segundo di Pietro, a classificação pode ser de acordo com 
vários critérios: 
- tipo de atividade: Econômicas, de crédito e industriais, 
de previdência e assistência, profissionais ou corporativas; 
- capacidade administrativa: geográfica ou territorial e a 
de serviço ou institucional; 
- estrutura: fundações e corporativas; e 
- âmbito de atuação: federais, estaduais e municipais. 
Quanto ao tipo de atividade elas ainda podem ser 
distribuídas em 5 grupos de classificação: 
- Econômicas: São destinadas para incentivar a produção 
e controle de produtos. Como é o exemplo do Instituto do 
Açúcar e do Álcool; 
- De crédito e industriais: Para gestão de recursos 
financeiros, bem como sua distribuição mediante empréstimo. 
Atualmente foram substituídas por empresas públicas, como é 
o caso da Caixa Econômica Federal; 
- De previdência e assistência: Para atividades de 
seguridade social. Como é o caso do INSS e o IPESP; 
- As profissionais ou corporativas: Para fiscalizar as 
profissões; 
- As culturais ou de ensino: Universidades federais. 
Patrimônio: A questão patrimonial diz respeito à 
caracterização dos bens em públicos e privados. Em 1916, o 
sistema jurídico administrativo sofreu várias mudanças com a 
criação desse tipo especial de pessoas jurídicas - as autarquias 
- que, mesmo sem integrar a organização política do Estado, a 
ela está vinculada, ostentando personalidade jurídica de 
direito público. Vários doutrinadores, com intuito de 
adaptarem-se à norma do Código Civil e mais ainda de 
proteger os bens das pessoas federativas, qualificaram os bens 
públicos como aqueles que integram o patrimônio das pessoas 
administrativas de direito público. Dessa forma, pacificou-se o 
entendimento de que os bens das autarquias são considerados 
como bens públicos. 
Pessoal: Com o artigo 39 da Constituição, em sua redação 
vigente, as pessoas federativas (União, Estados, DF e 
Municípios) ficaram com a obrigação de instituir, no âmbito de 
sua organização, regime jurídico único para todos os 
servidores da administração direta, das autarquias e das 
fundações públicas. Segundo Carvalho Filho, o art. 39 da CF, foi 
a maneira que o legislador encontrou de manter planos de 
carreira idênticos para esses setores administrativos, 
acabando com as antigas diferenças que, como é sabido, por 
anos e anos, provocaram inconformismos e litígios entre os 
servidores. 
Controle Judicial: As autarquias, por serem dotadas de 
personalidade jurídica de direito público, podem praticar atos 
administrativos típicos e atos de direito privado (atípicos), 
sendo este último, controlados pelo judiciário, por vias 
comuns adotadas na legislação processual, tal como ocorre 
com os atos jurídicos normais praticados por particulares. Já 
os atos administrativos, possuem algumas características 
especiais, pois eles são controlados pelo judiciário tanto por 
vias comuns, quanto pelas especiais, como é o caso do 
mandado e da ação popular. 
Necessário se faz destacar que os elementos do ato 
autárquico que resultam de valoração sobre a conveniência e 
oportunidade da conduta, são excluídos de apreciação judicial, 
assim como os atos administrativos em geral que trazem o 
regular exercício da função administrativa e são privativos dos 
seus agentes administrativos. 
Foro dos litígios judiciais: Os litígios comuns, onde as 
autarquias federais figuram como autoras, rés, assistentes ou 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Administração Pública 4 
oponentes, têm suas causas processadas e julgadas na Justiça 
Federal, o mesmo foro apropriado para processar e julgar 
mandados de segurança contra agentes autárquicos. 
Quanto às autarquias estaduais e municipais, os processos 
em que encontramos como partes ou intervenientes terão seu 
curso na Justiça Estadual comum, sendo o juízo indicado pelas 
disposições da lei estadual de divisão e organização 
judiciárias. 
Nos litígios decorrentes da relação de trabalho, o regime 
poderá ser estatutário ou trabalhista. Sendo estatutário, o 
litígio será de natureza comum, as eventuais demandas 
deverão ser processadas e julgadas nos juízos fazendários. 
Porém, se o litígio decorrer de contrato de trabalho firmado 
entre a autarquia e o servidor, a natureza será de litígio 
trabalhista (sentido estrito), devendo ser resolvido na Justiça 
do Trabalho, seja a autarquia federal, estadual ou municipal. 
Responsabilidade civil: Prevê a Constituição que as 
pessoas jurídicas de direito público respondem pelos danos 
que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros. 
A regra contida no referido dispositivo, consagra a teoria 
da responsabilidade objetiva do Estado, aquela que independe 
da investigação sobre a culpa na conduta do agente. 
Prerrogativas autárquicas: As autarquias possuem 
algumas prerrogativas de direito público, sendo elas: 
- imunidade tributária: previsto no art. 150, § 2 º, da CF, 
veda a instituição de impostos sobre o patrimônio, a renda e 
os serviços das autarquias, desde que vinculados às suas 
finalidades essenciais ou às que delas decorram. Podemos, 
assim, dizer que a imunidade para as autarquias tem natureza 
condicionada. 
- impenhorabilidade de seus bens e de suas rendas: 
não pode ser usado o instrumento coercitivo da penhora como 
garantia do credor. 
- imprescritibilidade de seus bens: caracterizando-se 
como bens públicos, não podem ser eles adquiridos por 
terceiros através de usucapião. 
- prescrição quinquenal: dívidas e direitos em favor de 
terceiros contra autarquias prescrevem em 5 anos. 
- créditos sujeitos à execução fiscal: os créditos 
autárquicos são inscritos como dívida ativa e podem ser 
cobrados pelo processo especial das execuções fiscais. 
- presunção de legitimidade de seus atos administrativos: 
- principais situações processuais específicas: 
As autarquias são consideradas como fazenda pública, 
razão pela qual, nos processos em que é parte, tem prazo em 
dobro para recorrer (art. 183 do NCPC). Elas estão sujeitas ao 
duplo grau de jurisdição. A defesa de autarquia em execução 
por quantia certa, fundada em título judicial, se formaliza em 
outros apensos ao processo principal e por meio de embargos 
do devedor. 
 
Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os 
Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito 
público gozarão de prazo em dobro para todas as suas 
manifestações processuais, cuja contagem terá início a partir da 
intimação pessoal. 
§ 1º A intimação pessoal far-se-á por carga, remessa ou meio 
eletrônico. 
§ 2º Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando 
a lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o ente 
público. 
 
 
 
 
 
 
 
1 http://www.portaleducacao.com.br/direito/artigos/27676/autarquias-de-
regime-especial 
Chamamos a atenção com relação aos prazos: 
 
A redação do Código de Processo Civil de 1973, previa 
prazo em dobropara a Fazenda Pública e o Ministério 
Público se manifestarem e prazo em quádruplo para 
recorrer. 
Com o novo Código de Processo de 2015, esse prazo 
sofreu modificações, de forma que o Ministério Público, à 
Fazenda Pública e à Defensoria Pública gozam de prazo em 
dobro para manifestação nos autos, exceto nos casos em 
que a lei estabelecer, de maneira expressa, outro prazo 
específico para esses entes. 
Entretanto, esse benefício da contagem do prazo em 
dobro, não se aplica ao ente público, Ministério Público ou 
Defensoria Pública, quando a lei estabelecer, de forma 
expressa, prazo próprio para o ente público. (art. 183, §2º, 
NCPC) 
 
 
Contratos; Os contratos celebrados pelas autarquias são 
de caráter administrativo e possuem as cláusulas exorbitantes, 
que garantem à administração prerrogativas que o contratado 
não tem, assim, dependem de prévia licitação, exceto nos casos 
de dispensa ou inexigibilidade e precisam respeitar os 
trâmites da lei 8.666/1993, além da lei 10.520/2002, que 
institui a modalidade licitatória do pregão para os entes 
públicos. 
Isto acontece pelo fato de que por terem qualidade de 
pessoas jurídicas de direito público, as entidades autárquicas 
relacionam-se com os particulares com grau de supremacia, 
gozando de todas as prerrogativas estatais. 
Autarquia de regime especial: É toda aquela em que a lei 
instituidora conferir privilégios específicos e aumentar sua 
autonomia comparativamente com as autarquias comuns, sem 
infringir os preceitos constitucionais pertinentes a essas 
entidades de personalidade pública. O que posiciona a 
autarquia de regime especial são as regalias que a lei criadora 
lhe confere para o pleno desempenho de suas finalidades 
específicas. 1 
Assim, são consideradas autarquias de regime especial o 
Banco Central do Brasil, as entidades encarregadas, por lei, dos 
serviços de fiscalização de profissões. Com a política 
governamental de transferir para o setor privado a execução 
de serviços públicos, reservando ao Estado a regulamentação, 
o controle e fiscalização desses serviços, houve a necessidade 
de criar na administração agências especiais destinadas a esse 
fim. 
OBS: Havia discussão no mundo jurídico acerca do regime 
jurídico da OAB, se seria autarquia de regime especial ou não. 
No julgamento da ADIn 3026/DF o STF decidiu que “a OAB não 
é uma entidade da Administração Indireta da União. A Ordem 
é um serviço público independente, categoria ímpar no elenco 
das personalidades jurídicas existentes no direito brasileiro”. 
Veja a íntegra do julgado: 
 
“AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. § 1º DO 
ARTIGO 79 DA LEI N. 8.906, 2ª PARTE. "SERVIDORES" DA 
ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL. PRECEITO QUE 
POSSIBILITA A OPÇÃO PELO REGIME CELESTISTA. 
COMPENSAÇÃO PELA ESCOLHA DO REGIME JURÍDICO NO 
MOMENTO DA APOSENTADORIA. INDENIZAÇÃO. IMPOSIÇÃO 
DOS DITAMES INERENTES À ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
DIRETA E INDIRETA. CONCURSO PÚBLICO (ART. 37, II DA 
CONSTITUIÇÃO DO BRASIL). INEXIGÊNCIA DE CONCURSO 
PÚBLICO PARA A ADMISSÃO DOS CONTRATADOS PELA OAB. 
AUTARQUIAS ESPECIAIS E AGÊNCIAS. CARÁTER JURÍDICO DA 
OAB. ENTIDADE PRESTADORA DE SERVIÇO PÚBLICO 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Administração Pública 5 
INDEPENDENTE. CATEGORIA ÍMPAR NO ELENCO DAS 
PERSONALIDADES JURÍDICAS EXISTENTES NO DIREITO 
BRASILEIRO. AUTONOMIA E INDEPENDÊNCIA DA ENTIDADE. 
PRINCÍPIO DA MORALIDADE. VIOLAÇÃO DO ARTIGO 37, CAPUT, 
DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. NÃO OCORRÊNCIA. 1. A Lei n. 
8.906, artigo 79, § 1º, possibilitou aos "servidores" da OAB, cujo 
regime outrora era estatutário, a opção pelo regime celetista. 
Compensação pela escolha: indenização a ser paga à época da 
aposentadoria. 2. Não procede a alegação de que a OAB sujeita-
se aos ditames impostos à Administração Pública Direta e 
Indireta. 3. A OAB não é uma entidade da Administração 
Indireta da União. A Ordem é um serviço público independente, 
categoria ímpar no elenco das personalidades jurídicas 
existentes no direito brasileiro. 4. A OAB não está incluída na 
categoria na qual se inserem essas que se tem referido como 
"autarquias especiais" para pretender-se afirmar equivocada 
independência das hoje chamadas "agências". 5. Por não 
consubstanciar uma entidade da Administração Indireta, a OAB 
não está sujeita a controle da Administração, nem a qualquer 
das suas partes está vinculada. Essa não-vinculação é formal e 
materialmente necessária. 6. A OAB ocupa-se de atividades 
atinentes aos advogados, que exercem função 
constitucionalmente privilegiada, na medida em que são 
indispensáveis à administração da Justiça [artigo 133 da 
CB/88]. É entidade cuja finalidade é afeita a atribuições, 
interesses e seleção de advogados. Não há ordem de relação ou 
dependência entre a OAB e qualquer órgão público. 7. A Ordem 
dos Advogados do Brasil, cujas características são autonomia e 
independência, não pode ser tida como congênere dos demais 
órgãos de fiscalização profissional. A OAB não está voltada 
exclusivamente a finalidades corporativas. Possui finalidade 
institucional. 8. Embora decorra de determinação legal, o 
regime estatutário imposto aos empregados da OAB não é 
compatível com a entidade, que é autônoma e independente. 9. 
Improcede o pedido do requerente no sentido de que se dê 
interpretação conforme o artigo 37, inciso II, da Constituição do 
Brasil ao caput do artigo 79 da Lei n. 8.906, que determina a 
aplicação do regime trabalhista aos servidores da OAB. 10. 
Incabível a exigência de concurso público para admissão dos 
contratados sob o regime trabalhista pela OAB. 11. Princípio da 
moralidade. Ética da legalidade e moralidade. Confinamento do 
princípio da moralidade ao âmbito da ética da legalidade, que 
não pode ser ultrapassada, sob pena de dissolução do próprio 
sistema. Desvio de poder ou de finalidade. 12. Julgo 
improcedente o pedido”. (STF - ADI: 3026 DF, Relator: EROS 
GRAU, Data de Julgamento: 08/06/2006, Tribunal Pleno, Data 
de Publicação: DJ 29-09-2006 PP-00031 EMENT VOL-02249-03 
PP-00478) 
 
Agências executivas: A qualificação de agências 
executivas se dá por meio de requerimento dos órgãos e das 
entidades que prestam atividades exclusivas do Estado e se 
candidatam à qualificação. Aqui estão envolvidas a instituição 
e o Ministério responsável pela sua supervisão.2 
Segundo determina a lei nº 9.649, de 27 de maio de 1998, 
artigos. 51 e 52 e parágrafos, o Poder Executivo poderá 
qualificar como Agência Executiva autarquias ou fundações 
que tenham cumprido os requisitos de possuir plano 
estratégico de reestruturação e de desenvolvimento 
institucional em andamento além da celebração de Contrato 
de Gestão com o respectivo Ministério supervisor. 
Os planos devem definir diretrizes, políticas e medidas 
voltadas para a racionalização de estruturas e do quadro de 
servidores, a revisão dos processos de trabalho, o 
desenvolvimento dos recursos humanos e o fortalecimento da 
identidade institucional da Agência Executiva. 
 
2 http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=661 
O Poder Executivo definirá também os critérios e 
procedimentos para a elaboração e o acompanhamento dos 
Contratos de Gestão e dos programas de reestruturação e de 
desenvolvimento institucional das Agências. 
A qualificação como Agência Executiva deve ser dada por 
meio de decreto do Presidente da República. 
O Poder Executivo também estabelecerá medidas de 
organização administrativa específicas para as Agências 
Executivas, com o objetivo de assegurar a sua autonomia de 
gestão, bem como as condições orçamentárias e financeiras 
para o cumprimento dos contratos de gestão. 
O plano estratégico de reestruturação deve produzir 
melhorias na gestão da instituição, com vistas à melhoria dos 
resultados,do atendimento aos seus clientes e usuários e da 
utilização dos recursos públicos. 
O contrato de gestão estabelecerá os objetivos estratégicos 
e as metas a serem alcançadas pela instituição em 
determinado período de tempo, além dos indicadores que 
medirão seu desempenho na realização de suas metas 
contratuais, condições de execução, gestão de recursos 
humanos, de orçamento e de compras e contratos. 
A autonomia concedida estará subordinada à assinatura do 
Contrato de Gestão com o Ministério supervisor, no qual serão 
firmados, de comum acordo, compromissos de resultados. 
Organização administrativa das Agências Executivas. 
As Agências Executivas serão objeto de medidas específicas de 
organização administrativa. Os objetivos são, basicamente, 
aumento de eficiência na utilização dos recursos públicos, 
melhoria do desempenho e da qualidade dos serviços 
prestados, maior autonomia de administração orçamentária, 
financeira, operacional e de recursos humanos além de 
eliminar fatores restritivos à sua atuação como instituição. 
A não existência de certos limites de atuação das Agências 
é condicionada à existência prévia de recursos orçamentários 
disponíveis e a necessidade dos serviços para o cumprimento 
dos objetivos e metas do contrato de gestão. 
Sem aumentar despesas e o numeral de cargos da entidade, 
os Ministros supervisores tem competência para aprovação ou 
readequação das estruturas regimentais ou estatutos das 
Agências Executivas. Esta competência poderá ser delegada 
pelo Ministro supervisor ao dirigente máximo da Agência 
Executiva. 
Os dirigentes máximos das Agências Executivas também 
poderão autorizar os afastamentos do País de servidores civis 
das respectivas entidades. 
As Agências Executivas também poderão editar 
regulamentos próprios de avaliação de desempenho dos seus 
servidores. Estes serão previamente aprovados pelo seu 
Ministério supervisor e, provavelmente, pelo substituto 
Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado nos 
governos posteriores à sua extinção. 
De acordo com o que se viu a partir da Emenda 
Constitucional nº 19 de 1998, os resultados da avaliação 
poderão ser levados em conta para efeito de progressão 
funcional dos servidores das Agências Executivas. 
O art 7º do Decreto subordina a execução orçamentária e 
financeira das Agências Executivas aos termos do contrato de 
gestão e isenta a mesma dos limites nos seus valores para 
movimentação, empenho e pagamento. Esta determinação não 
se coaduna, entretanto, com o pensamento reinante de 
administração fiscal responsável a partir do que se encontra 
positivado pela Lei Complementar 101 de 2000. 
Algo semelhante é o que se deu também com o art. 8º e 
parágrafo que delega competência para os Ministros 
supervisores e dirigentes máximos das Agências para a fixação 
de limites específicos, aplicáveis às Agências Executivas, para 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Administração Pública 6 
a concessão de suprimento de fundos para atender a despesas 
de pequeno vulto. 
As Agências Executivas poderão editar regulamento 
próprio de valores de diárias no País e condições especiais 
para sua concessão. O que se busca é adequá-las às 
necessidades específicas de todos os tipos de deslocamentos. 
Todos os dados relativos a número, valor, classificação 
funcional programática e de natureza da despesa, 
correspondentes à nota de empenho ou de movimentação de 
créditos devem ser publicados no Diário Oficial da União em 
atendimento ao princípio constitucional da publicidade. 
Agências Reguladoras: As agências reguladoras foram 
criadas pelo Estado com a finalidade de tentar fiscalizar as 
atividades das iniciativas privadas. Tratam-se de espécies do 
gênero autarquias, possuem as mesmas características, exceto 
pelo fato de se submeterem a um regime especial. Seu escopo 
principal é a regulamentação, controle e fiscalização da 
execução dos serviços públicos transferidos ao setor privado. 
São criadas por meio de leis e tem natureza de autarquia 
com regime jurídico especial, ou seja, é aquela que a lei 
instituidora confere privilégios específicos e maior autonomia 
em comparação com autarquias comuns, sem de forma alguma 
infringir preceitos constitucionais. 
Uma das principais características das Agências 
Reguladoras é a sua relativa autonomia e independência. As 
agências sujeitam-se ao processo administrativo (Lei 
9.784/99, na esfera federal, além dos próprios dispositivos das 
leis especificas). 
Caso ocorra lesão ou ameaça de lesão de direito, a empresa 
concessionária poderá ir ao Judiciário. Sua função é regular a 
prestação de serviços públicos, organizar e fiscalizar esses 
serviços a serem prestados por concessionárias ou 
permissionárias. 
 
Questões 
 
01. (TRE/SP - Analista Judiciário - Área Administrativa 
– FCC/2017). A Administração pública, quando se organiza de 
forma descentralizada, contempla a criação de pessoas 
jurídicas, com competências próprias, que desempenham 
funções originariamente de atribuição da Administração 
direta. Essas pessoas jurídicas, 
(A) quando constituídas sob a forma de autarquias, podem 
ter natureza jurídica de direito público ou privado, podendo 
prestar serviços públicos com os mesmos poderes e 
prerrogativas que a Administração direta. 
(B) podem ter natureza jurídica de direito privado ou 
público, mas não estão habilitadas a desempenhar os poderes 
típicos da Administração direta. 
(C) desempenham todos os poderes atribuídos à 
Administração direta, à exceção do poder de polícia, em 
qualquer de suas vertentes, privativo da Administração direta, 
por envolver limitação de direitos individuais. 
(D) quando constituídas sob a forma de autarquias, 
possuem natureza jurídica de direito público, podendo exercer 
poder de polícia na forma e limites que lhe tiverem sido 
atribuídos pela lei de criação. 
(E) terão natureza jurídica de direito privado quando se 
tratar de empresas estatais, mas seus bens estão sujeitos a 
regime jurídico de direito público, o que também se aplica no 
que concerne aos poderes da Administração, que 
desempenham integralmente, especialmente poder de polícia. 
 
02. (PC/PE - Escrivão de Polícia – CESPE/2016). Com 
referência à administração pública direta e indireta, assinale a 
opção correta. 
(A) Os serviços sociais autônomos, por possuírem 
personalidade jurídica de direito público, são mantidos por 
dotações orçamentárias ou por contribuições parafiscais. 
(B) A fundação pública não tem capacidade de 
autoadministração. 
(C) Como pessoa jurídica de direito público, a autarquia 
realiza atividades típicas da administração pública. 
(D) A sociedade de economia mista tem personalidade 
jurídica de direito público e destina-se à exploração de 
atividade econômica. 
(E) A empresa pública tem personalidade jurídica de 
direito privado e controle acionário majoritário da União ou 
outra entidade da administração indireta. 
 
03. (TCE/PR - Auditor – CESPE/2016). Na organização 
administrativa do poder público, as autarquias públicas são 
(A) entidades da administração indireta com 
personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios. 
(B) sociedades de economia mista criadas por lei para a 
exploração de atividade econômica. 
(C) organizações da sociedade civil constituídas com fins 
filantrópicos e sociais. 
(D) órgãos da administração direta e estão vinculadas a 
algum ministério. 
(E) organizações sociais sem fins lucrativos com atividades 
dirigidas ao ensino e à pesquisa científica 
 
04. (EPT – Maricá -Assistente Administrativo –IESAP). 
Sobre as autarquias não é correto afirmar: 
(A) Deve ser criada mediante lei específica. 
(B) Executa atividades típicas da administração pública, 
que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão 
administrativae financeira descentralizada. 
(C) É uma entidade com personalidade jurídica de direito 
privado, criada por lei. 
(D) São entes de direito público com personalidade 
jurídica e patrimônios próprios. 
 
05. (ESAF - Analista de Planejamento e Orçamento - 
Conhecimentos Gerais – ESAF). São características das 
autarquias, exceto: 
(A) criação por lei de iniciativa do Chefe do Poder 
Executivo. 
(B) personalidade de direito público, submetendo-se a 
regime jurídico administrativo quanto à criação, extinção e 
poderes. 
(C) capacidade de autoadministração, o que implica 
autonomia referente às suas atividades de administração 
ordinária (atividade meio), bem como às suas atividades 
normativas e regulamentares. 
(D) especialização dos fins ou atividades, sendo-lhes 
vedado exercer atividades diversas daquelas para as quais 
foram instituídas. 
(E) sujeição a controle ou tutela, o que não exclui o controle 
interno. 
 
Gabarito 
 
01.D/ 02.C/ 03.A/ 04.C/ 05.C. 
 
Fundações públicas 
 
Fundação é uma pessoa jurídica composta por um 
patrimônio personalizado, destacado pelo seu instituidor para 
atingir uma finalidade específica. As fundações poderão ser 
tanto de direito público quanto de direito privado. 
As fundações que integram a Administração indireta, 
quando forem dotadas de personalidade de direito público, 
serão regidas integralmente por regras de Direito Público. 
Quando forem dotadas de personalidade de direito privado, 
serão regidas por regras de direito público e direito privado. 
O patrimônio da fundação pública é destacado pela 
Administração direta, que é o instituidor para definir a 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Administração Pública 7 
finalidade pública. Como exemplo de fundações, temos: IBGE 
(Instituto Brasileiro Geográfico Estatístico); Universidade de 
Brasília; Fundação CASA; FUNAI; Fundação Memorial da 
América Latina; Fundação Padre Anchieta (TV Cultura). 
Características: 
- Liberdade financeira; 
- Liberdade administrativa; 
- Dirigentes próprios; 
- Patrimônio próprio: Patrimônio personalizado significa 
dizer que sobre ele recai normas jurídicas que o tornam sujeito 
de direitos e obrigações e que ele está voltado a garantir que 
seja atingido a finalidade para qual foi criado. 
Não existe hierarquia ou subordinação entre a fundação e 
a Administração direta. O que existe é um controle de 
legalidade, um controle finalístico. 
As fundações governamentais, sejam de personalidade de 
direito público, sejam de direito privado, integram a 
Administração Pública. A lei cria e dá personalidade para as 
fundações governamentais de direito público. As fundações 
governamentais de direito privado são autorizadas por lei e 
sua personalidade jurídica se inicia com o registro de seus 
estatutos. 
As fundações são dotadas dos mesmos privilégios que a 
Administração direta, tanto na área tributária (ex.: imunidade 
prevista no art. 150 da CF/88), quanto na área processual (ex.: 
prazo em dobro). 
As fundações respondem pelas obrigações contraídas 
junto a terceiros. A responsabilidade da Administração é de 
caráter subsidiário, independente de sua personalidade. 
As fundações governamentais têm patrimônio público. Se 
extinta, o patrimônio vai para a Administração indireta, 
submetendo-se as fundações à ação popular e mandado de 
segurança. As particulares, por possuírem patrimônio 
particular, não se submetem à ação popular e mandado de 
segurança, sendo estas fundações fiscalizadas pelo Ministério 
Público. 
 
Questões 
 
01. (ANS - Técnico Administrativo – FUNCAB/2016). 
Em relação à organização administrativa, marque a alternativa 
correta. 
(A) As entidades paraestatais, como as fundações ou 
entidades de apoio, e os serviços sociais autônomos compõem 
a estrutura da Administração Pública e se submetem ao regime 
jurídico administrativo previsto na Constituição da República. 
(B) As autarquias, assim como as fundações públicas, 
podem assumir a personalidade de direito privado ou público. 
No entanto, quando criadas com natureza privada, não se 
submetem ao regime próprio das entidades públicas. 
(C) As sociedades de economia mista federais são dotadas 
de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio 
próprio e capital exclusivo da União, e só podem assumir a 
forma jurídica de sociedades anônimas. 
(D) Os servidores das empresas públicas federais são 
admitidos obrigatoriamente por concurso público para ocupar 
cargos públicos sem estabilidade e sujeitos às normas 
estabelecidas na CLT. 
(E) As fundações públicas de direito privado somente 
adquirem personalidade jurídica com a inscrição da escritura 
pública de sua constituição no Registro Civil de Pessoas 
Jurídicas, não se lhes aplicando as demais disposições do 
Código Civil concernentes às fundações. 
 
02. (JUCEPAR/PR - Administrador – FAU/2016). A 
Administração Pública pode ser exercida por meio de órgãos 
ou instituições diretas e indiretas, de várias formas e com 
conceitos e caracterizações bem definidos. Neste sentido 
questiona-se: a que tipo de órgão ou instituição pertence a 
seguinte caracterização? 
“(...) o patrimônio, total ou parcialmente público, dotado de 
personalidade jurídica, de direito público ou privado, e 
destinado por lei, ao desempenho de atividades do Estado na 
ordem social, com capacidade de autoadministração e 
mediante controle da Administração Pública, nos limites da 
lei.” 
(A) Autarquia. 
(B) Sociedade de Economia Mista. 
(C) Fundação. 
(D) Agência Reguladora. 
(E) Administração Direta. 
 
Gabarito 
 
01.E/ 02.C 
 
Empresas públicas 
 
Empresas públicas são pessoas jurídicas de Direito 
Privado, criadas para a prestação de serviços públicos ou para 
a exploração de atividades econômicas que contam com 
capital exclusivamente público e são constituídas por qualquer 
modalidade empresarial. Se a empresa pública é prestadora de 
serviços públicos, por consequência está submetida a regime 
jurídico público. Se a empresa pública é exploradora de 
atividade econômica, estará submetida a regime jurídico igual 
ao da iniciativa privada. 
Alguns exemplos de empresas públicas: 
- BNDS (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e 
Social): Embora receba o nome de banco, não trabalha como 
tal. A única função do BNDS é financiar projetos de natureza 
social. É uma empresa pública prestadora de serviços públicos. 
- EBCT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos): É 
prestadora de serviço público (art. 21, X, da CF/88). 
- Caixa Econômica Federal: Atua no mesmo segmento das 
empresas privadas, concorrendo com os outros bancos. É 
empresa pública exploradora de atividade econômica. 
- RadioBrás: Empresa pública responsável pela “Voz do 
Brasil”. É prestadora de serviço público. 
As empresas públicas, independentemente da 
personalidade jurídica, têm as seguintes características: 
- Liberdade financeira: Têm verbas próprias, mas também 
são contempladas com verbas orçamentárias; 
- Liberdade administrativa: Têm liberdade para contratar 
e demitir pessoas, devendo seguir as regras da CF/88. Para 
contratar, deverão abrir concurso público; para demitir, 
deverá haver motivação. 
Não existe hierarquia ou subordinação entre as empresas 
públicas e a Administração Direta, independentemente de sua 
função. Poderá a Administração Direta fazer controle de 
legalidade e finalidade dos atos das empresas públicas, visto 
que estas estão vinculadas àquela. Só é possível, portanto, 
controle de legalidade finalístico. 
A lei não cria, somente autoriza a criação das empresas 
públicas, ou seja, independentemente das atividades que 
desenvolvam, a lei somente autorizará a criação das empresas 
públicas. 
A empresa pública será prestadora de serviços públicos ou 
exploradora de atividade econômica. A CF/88 somenteadmite 
a empresa pública para exploração de atividade econômica em 
duas situações (art. 173 da CF/88): 
- Fazer frente a uma situação de segurança nacional; 
- Fazer frente a uma situação de relevante interesse 
coletivo: A empresa pública deve obedecer aos princípios da 
ordem econômica, visto que concorre com a iniciativa privada. 
Quando o Estado explora, portanto, atividade econômica por 
intermédio de uma empresa pública, não poderão ser 
conferidas a ela vantagens e prerrogativas diversas das da 
iniciativa privada (princípio da livre concorrência). 
 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Administração Pública 8 
Quanto à responsabilidade das empresas públicas, temos 
que: 
 
Empresas públicas 
exploradoras de 
atividade econômica 
Empresas públicas 
prestadoras de serviço 
público 
A responsabilidade do 
Estado não existe, pois, se 
essas empresas públicas 
contassem com alguém que 
respondesse por suas 
obrigações, elas estariam 
em vantagem sobre as 
empresas privadas. Só 
respondem na forma do § 
6.º do art. 37 da CF/88 as 
empresas privadas 
prestadoras de serviço 
público, logo, se a empresa 
pública exerce atividade 
econômica, será ela a 
responsável pelos prejuízos 
causados a terceiros (art. 
15 do CC); 
Como o regime não é o da 
livre concorrência, elas 
respondem pelas suas 
obrigações e a 
Administração Direta 
responde de forma 
subsidiária. A 
responsabilidade será 
objetiva, nos termos do art. 
37, § 6.º, da CF/88. 
Submetem-se a regime 
falimentar, 
fundamentando-se no 
princípio da livre 
concorrência. 
Não se submetem a regime 
falimentar, visto não estão 
em regime de concorrência. 
 
Vale fazer uma ressalva quanto às empresas públicas 
prestadoras de serviço público, muitos doutrinadores 
divergem se eles podem ou não falir. Trouxemos os 
entendimentos apontados por alguns doutrinadores no 
sentido que essas empresas não se submetem ao regime 
falimentar. Vejamos: 
Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro3, “As empresas 
públicas e sociedades de economia mista não estão sujeitas à 
falência, conforme está expresso no artigo 2º da Lei nº 11.101 de 
9-2- 2005 (Lei de Falências). Essa lei deu tratamento diferente 
às empresas concessionárias e às empresas estatais (sociedades 
de economia mista e empresas públicas). Estas últimas foram 
excluídas da abrangência da lei (art. 2º, I) . A diferença de 
tratamento tem sua razão de ser: é que as empresas estatais 
fazem parte da Administração Pública indireta, administram 
patrimônio público, total ou parcialmente, dependem de 
receitas orçamentárias ou têm receita própria, conforme 
definido em lei, e correspondem a forma diversa de 
descentralização: enquanto as concessionárias exercem serviço 
público delegado por meio de contrato, as empresas estatais são 
criadas por lei e só podem ser extintas também por lei. Sendo 
criadas por lei, o Estado provê os recursos orçamentários 
necessários à execução de suas atividades, além de responder 
subsidiariamente por suas obrigações. 
Só cabe fazer uma observação: a lei falhou ao dar 
tratamento igual a todas as empresas estatais, sem distinguir as 
que prestam serviço público (com fundamento no artigo 1 75 da 
Constituição) e as que exercem Administração Indireta 
atividade econômica a título de intervenção (com base no artigo 
1 73 da Constituição). Estas últimas não podem ter tratamento 
privilegiado em relação às empresas do setor privado, porque o 
referido dispositivo constitucional, no § 1 º, II, determina que 
elas se sujeitem ao mesmo regime das empresas privadas, 
inclusive quanto aos direitos e obrigações.” 
Também ensina Celso Antônio Bandeira de Mello: 
“Quando se tratar de exploradoras de atividade econômica, 
então, a falência terá curso absolutamente normal, como se de 
outra entidade mercantil qualquer se tratara. É que a 
 
3 DIREITO ADMINISTRATIVO, 27ª edição, editora ATLAS, 2014. 
Constituição, no art. 173, §1º, II, atribui-lhes sujeição "ao regime 
jurídico próprio das empresas privadas inclusive quanto aos 
direitos e obrigações civis, comerciais (...).” 
Para Jose dos Santos Carvalho Filho 
“De plano, o dispositivo da Lei de Falências não parece 
mesmo consentâneo com a ratio inspiradora do art. 173, § 1º, da 
Constituição Federal. De fato, se esse último mandamento 
equiparou sociedades de economia mista e empresas públicas de 
natureza empresarial às demais empresas privadas, aludindo 
expressamente ao direito comercial, dentro do qual se situa 
obviamente a nova Lei de Falências, parece incongruente 
admitir a falência para estas últimas e não admitir para 
aquelas. Seria uma discriminação não autorizada pelo 
dispositivo constitucional. Na verdade, ficaram as entidades 
paraestatais com evidente vantagem em relação às demais 
sociedades empresárias, apesar de ser idêntico o objeto de sua 
atividade. Além disso, se o Estado se despiu de sua potestade 
para atuar no campo econômico, não deveria ser merecedor da 
benesse de estarem as pessoas que criou para esse fim excluídas 
do processo falimentar.” 
Para Hely Lopes Meirelles, o entendimento é o mesmo: 
“A nova Lei de Falências (Lei 11.101, de 9.2.2005, que ̀ regula 
a recuperação judicial, extrajudicial e a falência do empresário 
e da sociedade empresária’) dispõe expressamente, no art. 2º, I, 
que ela não se aplica às empresas públicas e sociedades de 
economia mista. Não obstante, a situação continuará a mesma. 
Tal dispositivo só incidirá sobre as empresas governamentais 
que prestem serviço público; as que exploram atividade 
econômica ficam sujeitas às mesmas regras do setor privado, nos 
termos do art. 173, §1º, II, da CF [...].” 
Empresas privadas Primeiramente devemos enfatizar 
que a empresa privada não depende do poder do Estado para 
sua subsistência, o particular, conhecido como empresário é 
que terá comando sobre esta. Contudo, vale lembrar que o fato 
de não depender do Estado não desobriga a pessoa jurídica 
criadora da empresa a pagar impostos ao Estado. Entretanto, 
o Estado funciona como sócio desta, veja o que a Constituição 
Federal traz a respeito: 
 
Art. 37, CF A administração pública direta e indireta de 
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal 
e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, 
ao seguinte 
(...) 
XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a 
criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso 
anterior, assim como a participação de qualquer delas em 
empresa privada; 
 
As empresas privadas funcionam em um sistema de 
mercado. O empresário possui liberdade para agir, ainda que 
se submeta a algumas limitações relacionadas `a natureza do 
produto, condições de trabalho, entre outros. 
Nela encontramos a concorrência, pois é formada por 
particulares, ensejando na perda e ganhos de seus produtos. 
Desta forma apresenta vantagens, já que precisa ter um 
diferencial em relação às demais, oferecendo os melhores 
produtos e um preço mais atrativo para o consumidor. 
Os bens e serviços que produz estão destinados a um 
mercado, a reação do qual é um elemento de risco do 
gerenciamento da empresa. 
Infelizmente, devido ao insucesso de algumas, acaba 
ocorrendo a falência por não se adequarem ao competitivo 
mercado de trabalho. Para que isso não ocorra com a maioria 
das nossas empresas privadas, o Estado mantendo-se 
indiretamente como sócio. 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Administração Pública 9 
Subsidiárias são empresas que são controladasou 
pertencem a outra empresa. A empresa que controla a 
subsidiária é conhecida como empresa mãe (holding). 
Uma holding tem a função de controlar a outra empresa e 
não de controlar seu próprio negócio. Caso a holding detenha 
todo o estoque, a subsidiária que é controladas passa a se 
chamar de subsidiária integral. 
Vários são os motivos para a criação das subsidiárias, como 
por exemplo: 
- constituir nova empresa fora do país de origem, pois a lei 
do seu país pode restringir algumas atividades que o 
empresário sonha em construir; 
- conseguir benefícios fiscais ou outras vantagens legais 
que poderia conseguir com a constituição de uma subsidiária 
e a posterior exigência de alguns impostos; 
- aplicações financeiras diversificadas. 
 
Questão 
 
01. (Prefeitura de Rio de Janeiro – RJP- Assistente 
Administrativo - Prefeitura do Rio de Janeiro – RJ). De 
acordo com o entendimento doutrinário, as empresas públicas 
podem ser conceituadas como: 
(A) pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da 
Administração Indireta, criadas por lei sob a forma de 
sociedades anônimas para desempenhar funções que, 
despidas de caráter econômico, sejam próprias e típicas de 
estado 
(B) pessoas jurídicas de direito público, integrantes da 
Administração Indireta, criadas por autorização legal sob 
qualquer forma jurídica adequada a sua natureza, para que o 
governo exerça atividades gerais de caráter econômico ou, em 
certas situações, execute a prestação de serviços públicos 
(C) pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da 
Administração Indireta, criadas por autorização legal sob 
qualquer forma jurídica adequada a sua natureza, para que o 
governo exerça atividades gerais de caráter econômico ou, em 
certas situações, execute a prestação de serviços públicos 
(D) pessoas jurídicas de direito público, integrantes da 
Administração Indireta, criadas por autorização legal sob a 
forma de sociedades anônimas, cujo controle acionário 
pertença ao Poder Público, tendo por objetivo, como regra, a 
exploração de atividades gerais de caráter econômico e a 
prestação de serviços públicos 
 
Gabarito 
 
01.C. 
 
Sociedade de economia mista 
 
As sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de 
Direito Privado criadas para a prestação de serviços públicos 
ou para a exploração de atividade econômica, contando com 
capital misto e constituídas somente sob a forma empresarial 
de S/A. As sociedades de economia mista são: 
- Pessoas jurídicas de Direito Privado. 
- Exploradoras de atividade econômica ou prestadoras de 
serviços públicos. 
- Empresas de capital misto. 
- Constituídas sob forma empresarial de S/A. 
Veja alguns exemplos de sociedade mista: 
a. Exploradoras de atividade econômica: Banco do Brasil. 
b. Prestadora de serviços públicos: Petrobrás, Sabesp, 
Metrô, CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional 
Urbano) e CPOS (Companhia Paulista de Obras e Serviços, 
empresa responsável pelo gerenciamento da execução de 
contratos que envolvem obras e serviços públicos no Estado 
de São Paulo). 
As sociedades de economia mista têm as seguintes 
características: 
- Liberdade financeira; 
- Liberdade administrativa; 
- Dirigentes próprios; 
- Patrimônio próprio. 
Não existe hierarquia ou subordinação entre as sociedades 
de economia mista e a Administração Direta, 
independentemente da função dessas sociedades. No entanto, 
é possível o controle de legalidade. Se os atos estão dentro dos 
limites da lei, as sociedades não estão subordinadas à 
Administração Direta, mas sim à lei que as autorizou. 
As sociedades de economia mista integram a 
Administração Indireta e todas as pessoas que a integram 
precisam de lei para autorizar sua criação, sendo que elas 
serão legalizadas por meio do registro de seus estatutos. 
A lei, portanto, não cria, somente autoriza a criação das 
sociedades de economia mista, ou seja, independentemente 
das atividades que desenvolvam, a lei somente autorizará a 
criação das sociedades de economia mista. 
A Sociedade de economia mista, quando explora atividade 
econômica, submete-se ao mesmo regime jurídico das 
empresas privadas, inclusive as comerciais. Logo, a sociedade 
mista que explora atividade econômica submete-se ao regime 
falimentar. Sociedade de economia mista prestadora de serviço 
público não se submete ao regime falimentar, visto que não 
está sob regime de livre concorrência. 
 
Para maior complemento de seus estudos, trouxemos 
as diferenças entre a empresa pública e a sociedade de 
economia mista 
 
Empresa Pública 
Sociedade de 
Economia Mista 
Forma jurídica: As empresas 
públicas podem revestir-se de 
qualquer das formas previstas 
em direito (sociedades civis, 
sociedades comerciais, Ltda, 
S/A, etc). 
Forma Jurídica: As 
sociedades de economia 
mista utilizam-se da 
forma de Sociedade 
Anônima (S/A), sendo 
regidas, basicamente, 
pela Lei das Sociedades 
por Ações (Lei n° 
6.404/1976). 
Composição do capital: o 
capital é composto por 
integrantes da Administração 
Pública, portanto é 
integralmente público. Dessa 
forma, não se permite a 
participação de recursos 
particulares na formação de 
capital das empresas públicas. 
Composição do Capital: 
o capital é composto por 
recursos públicos e 
privados, sendo, 
portanto as ações 
divididas entre a 
entidade governamental 
e a iniciativa privada. 
Foro processual: Será 
competente para julgamento 
das empresas públicas 
federais, quando estas se 
encontrarem nas condições de 
autoras, rés, assistentes ou 
opoentes, exceto as de 
falência, as de acidente do 
trabalho e as sujeitas à Justiça 
Eleitoral e à Justiça do 
Trabalho, à Justiça Federal. 
Foro processual: Será 
competentes para 
julgamento das 
sociedades de economia 
federal a Justiça 
Estadual, não usufrui de 
privilégios da Justiça 
Federal. 
 
 
 
 
 
 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Administração Pública 10 
 
Diferença entre Autarquia e Fundações Públicas 
 
Autarquia Fundação 
Criação: ocorre por lei 
ordinária e específica 
Criação: ocorre por 
autorização legislativa e lei 
complementar, o que permite 
definir a área de atuação. 
Personificação: serviço 
público. 
Personificação: patrimônio. 
Pessoa Jurídica: de 
direito público. 
Pessoa Jurídica: de direito 
público ou privado. 
Funções: exerce função 
típica do Estado. 
Funções: exerce funções 
atípicas do Estado. 
Natureza: administrativa Natureza: social 
 
Questão 
 
01. (TJ/SC - Técnico Judiciário Auxiliar – FGV). São 
pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da 
Administração Indireta do Estado, criadas por autorização 
legal, sob qualquer forma jurídica adequada a sua natureza, 
para que o Governo exerça atividades gerais de caráter 
econômico ou, em certas situações, execute a prestação de 
serviços públicos, as: 
(A) autarquias; 
(B) fundações públicas; 
(C) fundações privadas; 
(D) empresas públicas; 
(E) agências reguladoras. 
 
Gabarito 
 
01.D 
 
 
 
LEI COMPLEMENTAR Nº 101, DE 4 DE MAIO DE 20004 
(LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL) 
 
Conceito5 
 
A Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº 
101, de 04/05/2000) estabelece, em regime nacional, 
parâmetros a serem seguidos relativos ao gasto público de 
cada ente federativo (estados e municípios) brasileiro. 
As restrições orçamentárias visam preservar a situação 
fiscal dos entes federativos, de acordo com seus balanços 
anuais, com o objetivo de garantir a saúde financeira de 
estados e municípios, a aplicação de recursos nas esferas 
adequadas e uma boa herança administrativa para os futuros 
gestores. 
Entre seus itens está previsto que cada aumento de gasto 
precisa vir de uma fonte de financiamento correlata e os 
gestores precisam respeitar questões relativas ao fim de cadamandato, não excedendo o limite permitido e entregando 
contas saudáveis para seus sucessores. 
Um dos mais fortes instrumentos de transparência em 
relação aos gastos públicos, indicando os parâmetros para 
uma administração eficiente, a LRF brasileira se inspirou em 
 
4 Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp101.htm - Última consulta 
em 05/08/2019 às 17h. 
outros exemplos bem sucedidos ao redor do mundo, como 
Estados Unidos e Nova Zelândia. 
 
Comentário: A Lei de Responsabilidade Fiscal - Lei 
Complementar n º 101, de 4 de maio de 2000, visa a 
regulamentar a Constituição Federal, na parte da Tributação e 
do Orçamento (Título VI), cujo Capítulo II estabelece as normas 
gerais de finanças públicas a serem observadas pelos três níveis 
de governo: Federal, Estadual e Municipal. 
O principal objetivo da Lei de Responsabilidade Fiscal, de 
acordo com o caput do art. 1º, consiste em estabelecer “normas 
de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão 
fiscal”. 
Por sua vez, o parágrafo primeiro desse mesmo artigo 
procura definir o que se entende como “responsabilidade na 
gestão fiscal”, estabelecendo os seguintes postulados: 
 
- ação planejada e transparente; 
- prevenção de riscos e correção de desvios que afetem 
o equilíbrio das contas públicas; 
- garantia de equilíbrio nas contas, via cumprimento de 
metas de resultados entre receitas e despesas, com limites e 
condiço es para a renu ncia de receita e a geraça o de despesas 
com pessoal, seguridade, dí vida, operaço es de cre dito, 
concessa o de garantia e inscriça o em restos a pagar. 
 
Diversos pontos da LRF enfatizam a ação planejada e 
transparente na administração pública. Ação planejada 
nada mais e do que aquela baseada em planos previamente 
traçados e, no caso do serviço pu blico, sujeitos a apreciaça o e 
aprovaça o da insta ncia legislativa, garantindo-lhes a 
necessa ria legitimidade, caracterí stica do regime democra tico 
de governo. 
Os instrumentos preconizados pela LRF para o 
planejamento do gasto pu blico sa o os mesmos ja adotados na 
Constituiça o Federal: o Plano Plurianual - PPA, a Lei de 
Diretrizes Orçamenta rias - LDO e a Lei Orçamenta ria Anual - 
LOA. 
Por sua vez, a transparência sera alcançada atrave s do 
conhecimento e da participaça o da sociedade, assim como na 
ampla publicidade que deve cercar todos os atos e fatos ligados 
a arrecadaça o de receitas e a realizaça o de despesas pelo poder 
pu blico. 
A prevenção de riscos, da mesma forma que a correção 
de desvios, deve estar presente em todo processo de 
planejamento confia vel. Em primeiro lugar, a LRF preconiza a 
adoça o de mecanismos para neutralizar o impacto de situaço es 
contingentes, tais como aço es judiciais e outros eventos na o 
corriqueiros. Tais eventualidades sera o atendidas com os 
recursos da reserva de continge ncia, a ser prevista na LDO e 
incluí da nos orçamentos anuais de cada um dos entes 
federados. 
Ja as correções de desvios requerem a adoça o de 
provide ncias com vistas a eliminaça o dos fatores que lhes 
tenham dado causa. Em termos pra ticos, se a despesa de 
pessoal em determinado perí odo exceder os limites previstos 
na lei, medidas sera o tomadas para que esse item de gasto 
volte a situar-se nos respectivos para metros, atrave s da 
extinça o de gratificaço es e cargos comissionados, ale m da 
demissa o de servidores pu blicos, nos termos ja previstos na 
Constituiça o Federal. 
 
 
 
 
 
 
5 http://www.tesouro.fazenda.gov.br/pt_PT/lei-de-responsabilidade-fiscal 
2 Lei de Responsabilidade 
Fiscal. 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Administração Pública 11 
CAPÍTULO I 
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
 
Art. 1o Esta Lei Complementar estabelece normas de 
finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão 
fiscal, com amparo no Capítulo II do Título VI da Constituição. 
§ 1o A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação 
planejada e transparente, em que se previnem riscos e corrigem 
desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, 
mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas 
e despesas e a obediência a limites e condições no que tange a 
renúncia de receita, geração de despesas com pessoal, da 
seguridade social e outras, dívidas consolidada e mobiliária, 
operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, 
concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar. 
§ 2o As disposições desta Lei Complementar obrigam a 
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. 
§ 3o Nas referências: 
I - à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, 
estão compreendidos: 
a) o Poder Executivo, o Poder Legislativo, neste abrangidos 
os Tribunais de Contas, o Poder Judiciário e o Ministério Público; 
b) as respectivas administrações diretas, fundos, autarquias, 
fundações e empresas estatais dependentes; 
II - a Estados entende-se considerado o Distrito Federal; 
III - a Tribunais de Contas estão incluídos: Tribunal de 
Contas da União, Tribunal de Contas do Estado e, quando houver, 
Tribunal de Contas dos Municípios e Tribunal de Contas do 
Município. 
 
Art. 2o Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se 
como: 
I - ente da Federação: a União, cada Estado, o Distrito 
Federal e cada Município; 
II - empresa controlada: sociedade cuja maioria do capital 
social com direito a voto pertença, direta ou indiretamente, a 
ente da Federação; 
III - empresa estatal dependente: empresa controlada que 
receba do ente controlador recursos financeiros para 
pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou 
de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de 
aumento de participação acionária; 
IV - receita corrente líquida: somatório das receitas 
tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, 
agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras 
receitas também correntes, deduzidos: 
a) na União, os valores transferidos aos Estados e Municípios 
por determinação constitucional ou legal, e as contribuições 
mencionadas na alínea a do inciso I e no inciso II do art. 195, e 
no art. 239 da Constituição; 
b) nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por 
determinação constitucional; 
c) na União, nos Estados e nos Municípios, a contribuição dos 
servidores para o custeio do seu sistema de previdência e 
assistência social e as receitas provenientes da compensação 
financeira citada no § 9º do art. 201 da Constituição. 
§ 1o Serão computados no cálculo da receita corrente líquida 
os valores pagos e recebidos em decorrência da Lei 
Complementar no 87, de 13 de setembro de 1996, e do fundo 
previsto pelo art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais 
Transitórias. 
§ 2o Não serão considerados na receita corrente líquida do 
Distrito Federal e dos Estados do Amapá e de Roraima os 
recursos recebidos da União para atendimento das despesas de 
que trata o inciso V do § 1o do art. 19. 
 
6 “Art. 165 da CF: Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
§ 2º - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades 
da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício 
financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá 
§ 3o A receita corrente líquida será apurada somando-se as 
receitas arrecadadas no mês em referência e nos onze 
anteriores, excluídas as duplicidades. 
 
CAPÍTULO II 
DO PLANEJAMENTO 
Seção I 
Do Plano Plurianual 
 
Art. 3o (VETADO) 
 
Comentário: O artigo 3° foi vetado quando da sanção da Lei 
de Responsabilidade Fiscal por prever prazo considerado curto 
para o envio do projeto do Plano Plurianual, ao Poder 
Legislativo, no primeiro ano do mandato do Chefe do Poder 
Executivo. Atualmente,como visto, ainda não há 
regulamentação a respeito, prevalecendo a disciplina pelo 
disposto no artigo 35 do Ato das Disposições Constitucionais 
Transitórias ao texto constitucional (ADCT): 
§ 2º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se 
refere o art. 165, § 9º, I e II, serão obedecidas as seguintes 
normas: 
I – o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do 
primeiro exercício financeiro do mandato presidencial 
subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do 
encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para 
sanção até o encerramento da sessão legislativa; 
Assim, o projeto de lei do PPA deve ser enviado pelo 
Presidente da República ao Congresso Nacional até o dia 31 de 
agosto do primeiro ano de seu mandato (4 meses antes do 
encerramento da sessão legislativa). 
 
Seção II 
Da Lei de Diretrizes Orçamentárias 
 
Comentário: A LDO é a lei anterior à lei orçamentária e que 
define as metas e prioridades em termos de programas a 
executar pelo Governo. De acordo com a Constituição Federal, a 
LDO estabelece as metas e prioridades para o exercício 
financeiro subsequente, orienta a elaboração do Orçamento (Lei 
Orçamentária Anual), dispõe sobre alterações na legislação 
tributária e estabelece a política de aplicação das agências 
financeiras de fomento. Com base na LDO aprovada a cada ano 
pelo Poder Legislativo, a Secretaria de Orçamento Federal, 
órgão do Poder Executivo, consolida a proposta orçamentária de 
todos os órgãos dos Poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário) 
para o ano seguinte no Projeto de Lei encaminhado para 
discussão e votação no Congresso Nacional. 
 
Art. 4° A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto 
no §2° do art. 165 da Constituição6 e: 
I - disporá também sobre: 
a) equilíbrio entre receitas e despesas; 
b) critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada 
nas hipóteses previstas na alínea b do inciso II deste artigo, no 
art. 9° e no inciso II do § 1° do art. 31; 
c) (VETADO) 
d) (VETADO) 
e) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos 
resultados dos programas financiados com recursos dos 
orçamentos; 
f) demais condições e exigências para transferências de 
recursos a entidades públicas e privadas; 
II - VETADO) 
III - (VETADO) 
§ 1° Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias 
sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação 
das agências financeiras oficiais de fomento.” 
 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Administração Pública 12 
Anexo de Metas Fiscais, em que serão estabelecidas metas 
anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, 
despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida 
pública, para o exercício a que se referirem e para os dois 
seguintes. 
§ 2° O Anexo conterá, ainda: 
I - avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano 
anterior; 
II - demonstrativo das metas anuais, instruído com memória 
e metodologia de cálculo que justifiquem os resultados 
pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios 
anteriores, e evidenciando a consistência delas com as premissas 
e os objetivos da política econômica nacional; 
III - evolução do patrimônio líquido, também nos últimos 
três exercícios, destacando a origem e a aplicação dos recursos 
obtidos com a alienação de ativos; 
IV - avaliação da situação financeira e atuarial: 
a) dos regimes geral de previdência social e próprio dos 
servidores públicos e do Fundo de Amparo ao Trabalhador; 
b) dos demais fundos públicos e programas estatais de 
natureza atuarial; 
V - demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia 
de receita e da margem de expansão das despesas obrigatórias 
de caráter continuado. 
§ 3° A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de 
Riscos Fiscais, onde serão avaliados os passivos contingentes e 
outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando 
as providências a serem tomadas, caso se concretizem. 
§ 4° A mensagem que encaminhar o projeto da União 
apresentará, em anexo específico, os objetivos das políticas 
monetária, creditícia e cambial, bem como os parâmetros e as 
projeções para seus principais agregados e variáveis, e ainda as 
metas de inflação, para o exercício subsequente. 
 
Seção III 
Da Lei Orçamentária Anual 
 
Comentário: A Lei Orçamentária Anual disciplina todos os 
programas e ações do governo federal no exercício. Nenhuma 
despesa pública pode ser executada sem estar consignada no 
Orçamento. Estima as receitas e autoriza as despesas do Governo 
de acordo com a previsão de arrecadação. Se durante o exercício 
financeiro houver necessidade de realização de despesas acima 
do limite que está previsto na Lei, o Poder Executivo submete ao 
Congresso Nacional um novo projeto de lei solicitando crédito 
adicional. 
 
Art. 5° O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de 
forma compatível com o plano plurianual, com a lei de diretrizes 
orçamentárias e com as normas desta Lei Complementar: 
I - conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da 
programação dos orçamentos com os objetivos e metas 
constantes do documento de que trata o §1° do art. 4°; 
II - será acompanhado do documento a que se refere o § 6° 
do art. 165 da Constituição7, bem como das medidas de 
compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas 
obrigatórias de caráter continuado; 
III - conterá reserva de contingência, cuja forma de 
utilização e montante, definido com base na receita corrente 
líquida, serão estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, 
destinada ao: 
a) (VETADO) 
b) atendimento de passivos contingentes e outros riscos e 
eventos fiscais imprevistos. 
§ 1° Todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliária 
ou contratual, e as receitas que as atenderão, constarão da lei 
orçamentária anual. 
 
7 § 6° do art. 165 da Constituição: - O projeto de lei orçamentária será 
acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e 
§ 2° O refinanciamento da dívida pública constará 
separadamente na lei orçamentária e nas de crédito adicional. 
§ 3° A atualização monetária do principal da dívida 
mobiliária refinanciada não poderá superar a variação do 
índice de preços previsto na lei de diretrizes orçamentárias, ou 
em legislação específica. 
§ 4° É vedado consignar na lei orçamentária crédito com 
finalidade imprecisa ou com dotação ilimitada. 
§ 5° A lei orçamentária não consignará dotação para 
investimento com duração superior a um exercício financeiro 
que não esteja previsto no plano plurianual ou em lei que 
autorize a sua inclusão, conforme disposto no §1° do art. 167 da 
Constituição. 
§ 6° Integrarão as despesas da União, e serão incluídas na lei 
orçamentária, as do Banco Central do Brasil relativas a pessoal 
e encargos sociais, custeio administrativo, inclusive os 
destinados a benefícios e assistência aos servidores, e a 
investimentos. 
§7° (VETADO) 
 
Art. 6° (VETADO) 
 
Art. 7° O resultado do Banco Central do Brasil, apurado após 
a constituição ou reversão de reservas, constitui receita do 
Tesouro Nacional, e será transferido até o décimo dia útil 
subsequente à aprovação dos balanços semestrais. 
§1° O resultado negativo constituirá obrigação do Tesouro 
para com o Banco Central do Brasil e será consignado em 
dotação específica no orçamento. 
§2° O impacto e o custo fiscal das operações realizadas pelo 
Banco Central do Brasil serão demonstrados trimestralmente, 
nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias da 
União. 
§3° Os balanços trimestrais do Banco Central do Brasil 
conterão notas explicativas sobre os custos da remuneração das 
disponibilidades do Tesouro Nacional e da manutenção das 
reservas cambiais e a rentabilidade de suacarteira de títulos, 
destacando os de emissão da União. 
 
Seção IV 
Da Execução Orçamentária e do Cumprimento das 
Metas 
 
Comentário: A execução orçamentária refere-se ao 
cumprimento de regras e etapas para a realização da despesa 
pública. Nesse sentido, a programação e o cronograma deverão 
seguir o disposto na LDO, com observância das metas e objetivos 
da Administração e o conteúdo do Anexo de Metas Fiscais e 
respeitar as receitas vinculadas a despesas ou finalidades 
específicas. 
 
Art. 8° Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos 
termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias e 
observado o disposto na alínea c do inciso I do art. 4°, o Poder 
Executivo estabelecerá a programação financeira e o 
cronograma de execução mensal de desembolso. 
Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados a 
finalidade específica serão utilizados exclusivamente para 
atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício 
diverso daquele em que ocorrer o ingresso. 
 
Art. 9° Se verificado, ao final de um bimestre, que a 
realização da receita poderá não comportar o cumprimento das 
metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo 
de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, 
por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias 
subsequentes, limitação de empenho e movimentação 
despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de 
natureza financeira, tributária e creditícia. 
 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Administração Pública 13 
financeira, segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes 
orçamentárias. 
§1° No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda 
que parcial, a recomposição das dotações cujos empenhos foram 
limitados dar-se-á de forma proporcional às reduções 
efetivadas. 
§2° Não serão objeto de limitação as despesas que 
constituam obrigações constitucionais e legais do ente, inclusive 
aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, e as 
ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias. 
§3° No caso de os Poderes Legislativo e Judiciário e o 
Ministério Público não promoverem a limitação no prazo 
estabelecido no caput, é o Poder Executivo autorizado a limitar 
os valores financeiros segundo os critérios fixados pela lei de 
diretrizes orçamentárias. 
§4° Até o final dos meses de maio, setembro e fevereiro, o 
Poder Executivo demonstrará e avaliará o cumprimento das 
metas fiscais de cada quadrimestre, em audiência pública na 
comissão referida no §1° do art. 166 da Constituição ou 
equivalente nas Casas Legislativas estaduais e municipais. 
§5° No prazo de noventa dias após o encerramento de cada 
semestre, o Banco Central do Brasil apresentará, em reunião 
conjunta das comissões temáticas pertinentes do Congresso 
Nacional, avaliação do cumprimento dos objetivos e metas das 
políticas monetária, creditícia e cambial, evidenciando o 
impacto e o custo fiscal de suas operações e os resultados 
demonstrados nos balanços. 
 
Art. 10. A execução orçamentária e financeira identificará os 
beneficiários de pagamento de sentenças judiciais, por meio de 
sistema de contabilidade e administração financeira, para fins 
de observância da ordem cronológica determinada no art. 100 
da Constituição. 
 
Seção I 
Da Previsão e da Arrecadação 
 
Comentário: Considera-se receita pública a entrada de 
dinheiro nos cofres públicos de forma definitiva. Com base na 
receita prevista, são fixadas as despesas dos poderes Executivo, 
Legislativo e Judiciário. Depois que o Orçamento é aprovado pelo 
Congresso, o governo passa a gastar o que foi autorizado. Se a 
receita do ano for superior à previsão inicial, o governo 
encaminha ao Congresso um projeto de lei pedindo autorização 
para incorporar e executar o excesso de arrecadação. Nesse 
projeto, define as novas despesas que serão custeadas pelos 
novos recursos. Se, ao contrário, a receita cair, o governo fica 
impossibilitado de executar, em regra, o orçamento na sua 
totalidade, o que exigirá corte nas despesas programadas. 
 
Art. 11. Constituem requisitos essenciais da responsabilidade 
na gestão fiscal a instituição, previsão e efetiva arrecadação de 
todos os tributos da competência constitucional do ente da 
Federação. 
Parágrafo único. É vedada a realização de transferências 
voluntárias para o ente que não observe o disposto no caput, no 
que se refere aos impostos. 
 
Art. 12. As previsões de receita observarão as normas 
técnicas e legais, considerarão os efeitos das alterações na 
legislação, da variação do índice de preços, do crescimento 
econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão 
acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos 
três anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se 
 
8 “CF, Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: 
I - importação de produtos estrangeiros; 
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados; 
…. 
IV - produtos industrializados; 
referirem, e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas. 
§1° Reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo só 
será admitida se comprovado erro ou omissão de ordem técnica 
ou legal. 
§2° O montante previsto para as receitas de operações de 
crédito não poderá ser superior ao das despesas de capital 
constantes do projeto de lei orçamentária. 
§3° O Poder Executivo de cada ente colocará à disposição dos 
demais Poderes e do Ministério Público, no mínimo trinta dias 
antes do prazo final para encaminhamento de suas propostas 
orçamentárias, os estudos e as estimativas das receitas para o 
exercício subsequente, inclusive da corrente líquida, e as 
respectivas memórias de cálculo. 
 
Art. 13. No prazo previsto no art. 8°, as receitas previstas 
serão desdobradas, pelo Poder Executivo, em metas bimestrais 
de arrecadação, com a especificação, em separado, quando 
cabível, das medidas de combate à evasão e à sonegação, da 
quantidade e valores de ações ajuizadas para cobrança da 
dívida ativa, bem como da evolução do montante dos créditos 
tributários passíveis de cobrança administrativa. 
 
Seção II 
Da Renúncia de Receita 
 
Art. 14. A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício 
de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita 
deverá estar acompanhada de estimativa do impacto 
orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua 
vigência e nos dois seguintes, atender ao disposto na lei de 
diretrizes orçamentárias e a pelo menos uma das seguintes 
condições: 
I - demonstração pelo proponente de que a renúncia foi 
considerada na estimativa de receita da lei orçamentária, na 
forma do art. 12, e de que não afetará as metas de resultados 
fiscais previstas no anexo próprio da lei de diretrizes 
orçamentárias; 
II - estar acompanhada de medidas de compensação, no 
período mencionado no caput, por meio do aumento de receita, 
proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de 
cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição. 
§1° A renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, 
crédito presumido, concessão de isenção em caráter não geral, 
alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que 
implique redução discriminada de tributos ou contribuições, e 
outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado. 
§2° Se o ato de concessão ou ampliação do incentivo ou 
benefício de que trata o caput deste artigo decorrer da condição 
contida no inciso II, o benefício só entrará em vigor quando 
implementadas as medidas referidas no mencionado inciso. 
§3° O disposto neste artigo não se aplica: 
I - às alterações das alíquotas dos impostos previstos nos 
incisos I, II, IV e V do art. 153 da Constituição8, na forma do seu 
§1°; 
II - ao cancelamento de débitocujo montante seja inferior ao 
dos respectivos custos de cobrança. 
 
CAPÍTULO III 
DA RECEITA PÚBLICA 
Seção I 
Da Previsão e da Arrecadação 
 
Art. 11. Constituem requisitos essenciais da 
responsabilidade na gestão fiscal a instituição, previsão e efetiva 
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores 
mobiliários; 
§ 1º - É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites 
estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, 
IV e V.” 
 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Administração Pública 14 
arrecadação de todos os tributos da competência constitucional 
do ente da Federação. 
Parágrafo único. É vedada a realização de transferências 
voluntárias para o ente que não observe o disposto no caput, no 
que se refere aos impostos. 
 
Art. 12. As previsões de receita observarão as normas 
técnicas e legais, considerarão os efeitos das alterações na 
legislação, da variação do índice de preços, do crescimento 
econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão 
acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos 
três anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se 
referirem, e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas. 
§ 1o Reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo 
só será admitida se comprovado erro ou omissão de ordem 
técnica ou legal. 
§ 2o O montante previsto para as receitas de operações de 
crédito não poderá ser superior ao das despesas de capital 
constantes do projeto de lei orçamentária. (Vide ADIN 2.238-5) 
§ 3o O Poder Executivo de cada ente colocará à disposição 
dos demais Poderes e do Ministério Público, no mínimo trinta 
dias antes do prazo final para encaminhamento de suas 
propostas orçamentárias, os estudos e as estimativas das 
receitas para o exercício subsequente, inclusive da corrente 
líquida, e as respectivas memórias de cálculo. 
 
Art. 13. No prazo previsto no art. 8o, as receitas previstas 
serão desdobradas, pelo Poder Executivo, em metas bimestrais 
de arrecadação, com a especificação, em separado, quando 
cabível, das medidas de combate à evasão e à sonegação, da 
quantidade e valores de ações ajuizadas para cobrança da 
dívida ativa, bem como da evolução do montante dos créditos 
tributários passíveis de cobrança administrativa. 
 
Seção II 
Da Renúncia de Receita 
 
Art. 14. A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício 
de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita 
deverá estar acompanhada de estimativa do impacto 
orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua 
vigência e nos dois seguintes, atender ao disposto na lei de 
diretrizes orçamentárias e a pelo menos uma das seguintes 
condições: (Vide Medida Provisória nº 2.159, de 2001) (Vide Lei 
nº 10.276, de 2001) 
I - demonstração pelo proponente de que a renúncia foi 
considerada na estimativa de receita da lei orçamentária, na 
forma do art. 12, e de que não afetará as metas de resultados 
fiscais previstas no anexo próprio da lei de diretrizes 
orçamentárias; 
II - estar acompanhada de medidas de compensação, no 
período mencionado no caput, por meio do aumento de receita, 
proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de 
cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição. 
§ 1o A renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, 
crédito presumido, concessão de isenção em caráter não geral, 
alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que 
implique redução discriminada de tributos ou contribuições, e 
outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado. 
§ 2o Se o ato de concessão ou ampliação do incentivo ou 
benefício de que trata o caput deste artigo decorrer da condição 
contida no inciso II, o benefício só entrará em vigor quando 
implementadas as medidas referidas no mencionado inciso. 
§ 3o O disposto neste artigo não se aplica: 
I - às alterações das alíquotas dos impostos previstos 
nos incisos I, II, IV e V do art. 153 da Constituição, na forma do 
seu § 1º; 
II - ao cancelamento de débito cujo montante seja inferior ao 
dos respectivos custos de cobrança. 
 
CAPÍTULO IV 
DA DESPESA PÚBLICA 
Seção I 
Da Geração da Despesa 
 
Comentário: A regra básica da LRF (art. 15), para todo e 
qualquer aumento de despesa pode ser assim traduzida: toda e 
qualquer despesa que não esteja acompanhada de estimativa do 
impacto orçamentário-financeiro nos três primeiros exercícios 
de sua vigência, da sua adequação orçamentária e financeira 
com a LOA, o PPA e a LDO e, no caso de despesa obrigatória de 
caráter continuado, de suas medidas compensatórias, é 
considerada: não autorizada, irregular e lesiva ao patrimônio 
público. 
 
Art. 15. Serão consideradas não autorizadas, irregulares e 
lesivas ao patrimônio público a geração de despesa ou assunção 
de obrigação que não atendam o disposto nos arts. 16 e 17. 
 
Art. 16. A criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação 
governamental que acarrete aumento da despesa será 
acompanhado de: 
I - estimativa do impacto orçamentário-financeiro no 
exercício em que deva entrar em vigor e nos dois subsequentes; 
II - declaração do ordenador da despesa de que o aumento 
tem adequação orçamentária e financeira com a lei 
orçamentária anual e compatibilidade com o plano plurianual e 
com a lei de diretrizes orçamentárias. 
§ 1° Para os fins desta Lei Complementar, considera-se: 
I - adequada com a lei orçamentária anual, a despesa objeto 
de dotação específica e suficiente, ou que esteja abrangida por 
crédito genérico, de forma que somadas todas as despesas da 
mesma espécie, realizadas e a realizar, previstas no programa 
de trabalho, não sejam ultrapassados os limites estabelecidos 
para o exercício; 
II - compatível com o plano plurianual e a lei de diretrizes 
orçamentárias, a despesa que se conforme com as diretrizes, 
objetivos, prioridades e metas previstos nesses instrumentos e 
não infrinja qualquer de suas disposições. 
§ 2° A estimativa de que trata o inciso I do caput será 
acompanhada das premissas e metodologia de cálculo 
utilizadas. 
§ 3° Ressalva-se do disposto neste artigo a despesa 
considerada irrelevante, nos termos em que dispuser a lei de 
diretrizes orçamentárias. 
§ 4° As normas do caput constituem condição prévia para: 
I - empenho e licitação de serviços, fornecimento de bens ou 
execução de obras; 
II - desapropriação de imóveis urbanos a que se refere o § 3o 
do art. 182 da Constituição. 
 
Subseção I 
Da Despesa Obrigatória de Caráter Continuado 
 
Art. 17. Considera-se obrigatória de caráter continuado a 
despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou ato 
administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação 
legal de sua execução por um período superior a dois exercícios. 
§ 1° Os atos que criarem ou aumentarem despesa de que 
trata o caput deverão ser instruídos com a estimativa prevista 
no inciso I do art. 16 e demonstrar a origem dos recursos para 
seu custeio. 
§ 2° Para efeito do atendimento do § 1º, o ato será 
acompanhado de comprovação de que a despesa criada ou 
aumentada não afetará as metas de resultados fiscais previstas 
no anexo referido no §1° do art. 4°, devendo seus efeitos 
financeiros, nos períodos seguintes, ser compensados pelo 
aumento permanente de receita ou pela redução permanente de 
despesa. 
§ 3° Para efeito do § 2°, considera-se aumento permanente 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Administração Pública 15 
de receita o proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da 
base de cálculo, majoraçãoou criação de tributo ou 
contribuição. 
§ 4° A comprovação referida no § 2°, apresentada pelo 
proponente, conterá as premissas e metodologia de cálculo 
utilizadas, sem prejuízo do exame de compatibilidade da 
despesa com as demais normas do plano plurianual e da lei de 
diretrizes orçamentárias. 
§ 5° A despesa de que trata este artigo não será executada 
antes da implementação das medidas referidas no § 2º, as quais 
integrarão o instrumento que a criar ou aumentar. 
§ 6° O disposto no §1° não se aplica às despesas destinadas 
ao serviço da dívida nem ao reajustamento de remuneração de 
pessoal de que trata o inciso X do art. 37 da Constituição. 
§ 7° Considera-se aumento de despesa a prorrogação 
daquela criada por prazo determinado. 
 
Seção II 
Das Despesas com Pessoal 
Subseção I 
Definições e Limites 
 
Comentário: O tratamento das despesas com pessoal na LRF 
é bastante, tornando necessária a leitura dos artigos seguintes 
para sua compreensão. Observamos que há definições relativas 
aos gastos que compreendem tais despesas, além do 
estabelecimento dos limites para os gastos com pessoal, medidas 
de controle e respectivas sanções no caso de excesso. 
 
Art. 18. Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se 
como despesa total com pessoal: o somatório dos gastos do ente 
da Federação com os ativos, os inativos e os pensionistas, 
relativos a mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, 
militares e de membros de Poder, com quaisquer espécies 
remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas e 
variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e 
pensões, inclusive adicionais, gratificações, horas extras e 
vantagens pessoais de qualquer natureza, bem como encargos 
sociais e contribuições recolhidas pelo ente às entidades de 
previdência. 
§ 1° Os valores dos contratos de terceirização de mão-de-
obra que se referem à substituição de servidores e empregados 
públicos serão contabilizados como "Outras Despesas de 
Pessoal". 
§ 2° A despesa total com pessoal será apurada somando-se a 
realizada no mês em referência com as dos onze imediatamente 
anteriores, adotando-se o regime de competência. 
 
IMPORTANTE! 
Art. 19. Para os fins do disposto no caput do art. 169 da 
Constituição, a despesa total com pessoal, em cada período 
de apuração e em cada ente da Federação, não poderá 
exceder os percentuais da receita corrente líquida, a seguir 
discriminados: 
I - União: 50% (cinquenta por cento); 
II - Estados: 60% (sessenta por cento); 
III - Municípios: 60% (sessenta por cento). 
 
§ 1° Na verificação do atendimento dos limites definidos 
neste artigo, não serão computadas as despesas: 
I - de indenização por demissão de servidores ou 
empregados; 
II - relativas a incentivos à demissão voluntária; 
III - derivadas da aplicação do disposto no inciso II do § 6° 
do art. 57 da Constituição; 
IV - decorrentes de decisão judicial e da competência de 
período anterior ao da apuração a que se refere o § 2° do art. 18; 
V - com pessoal, do Distrito Federal e dos Estados do Amapá 
e Roraima, custeadas com recursos transferidos pela União na 
forma dos incisos XIII e XIV do art. 21 da Constituição e do art. 
31 da Emenda Constitucional n° 19; 
VI - com inativos, ainda que por intermédio de fundo 
específico, custeadas por recursos provenientes: 
a) da arrecadação de contribuições dos segurados; 
b) da compensação financeira de que trata o § 9° do art. 201 
da Constituição; 
c) das demais receitas diretamente arrecadadas por fundo 
vinculado a tal finalidade, inclusive o produto da alienação de 
bens, direitos e ativos, bem como seu superávit financeiro. 
§ 2° Observado o disposto no inciso IV do § 1º, as despesas 
com pessoal decorrentes de sentenças judiciais serão incluídas 
no limite do respectivo Poder ou órgão referido no art. 20. 
 
Art. 20. A repartição dos limites globais do art. 19 não 
poderá exceder os seguintes percentuais: 
I - na esfera federal: 
a) 2,5% (dois inteiros e cinco décimos por cento) para o 
Legislativo, incluído o Tribunal de Contas da União; 
b) 6% (seis por cento) para o Judiciário; 
c) 40,9% (quarenta inteiros e nove décimos por cento) para 
o Executivo, destacando-se 3% (três por cento) para as despesas 
com pessoal decorrentes do que dispõem os incisos XIII e XIV do 
art. 21 da Constituição e o art. 31 da Emenda Constitucional n° 
19, repartidos de forma proporcional à média das despesas 
relativas a cada um destes dispositivos, em percentual da receita 
corrente líquida, verificadas nos três exercícios financeiros 
imediatamente anteriores ao da publicação desta Lei 
Complementar; 
d) 0,6% (seis décimos por cento) para o Ministério Público 
da União; 
II - na esfera estadual: 
a) 3% (três por cento) para o Legislativo, incluído o Tribunal 
de Contas do Estado; 
b) 6% (seis por cento) para o Judiciário; 
c) 49% (quarenta e nove por cento) para o Executivo; 
d) 2% (dois por cento) para o Ministério Público dos Estados; 
III - na esfera municipal: 
a) 6% (seis por cento) para o Legislativo, incluído o Tribunal 
de Contas do Município, quando houver; 
b) 54% (cinquenta e quatro por cento) para o Executivo. 
§ 1° Nos Poderes Legislativo e Judiciário de cada esfera, os 
limites serão repartidos entre seus órgãos de forma 
proporcional à média das despesas com pessoal, em percentual 
da receita corrente líquida, verificadas nos três exercícios 
financeiros imediatamente anteriores ao da publicação desta 
Lei Complementar. 
§ 2° Para efeito deste artigo entende-se como órgão: 
I - o Ministério Público; 
II - no Poder Legislativo: 
a) Federal, as respectivas Casas e o Tribunal de Contas da 
União; 
b) Estadual, a Assembleia Legislativa e os Tribunais de 
Contas; 
c) do Distrito Federal, a Câmara Legislativa e o Tribunal de 
Contas do Distrito Federal; 
d) Municipal, a Câmara de Vereadores e o Tribunal de Contas 
do Município, quando houver; 
III - no Poder Judiciário: 
a) Federal, os tribunais referidos no art. 92 da Constituição; 
b) Estadual, o Tribunal de Justiça e outros, quando houver. 
§ 3° Os limites para as despesas com pessoal do Poder 
Judiciário, a cargo da União por força do inciso XIII do art. 21 da 
Constituição, serão estabelecidos mediante aplicação da regra 
do § 1°. 
§ 4° Nos Estados em que houver Tribunal de Contas dos 
Municípios, os percentuais definidos nas alíneas a e c do inciso II 
do caput serão, respectivamente, acrescidos e reduzidos em 
0,4% (quatro décimos por cento). 
§ 5° Para os fins previstos no art. 168 da Constituição, a 
entrega dos recursos financeiros correspondentes à despesa 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Administração Pública 16 
total com pessoal por Poder e órgão será a resultante da 
aplicação dos percentuais definidos neste artigo, ou aqueles 
fixados na lei de diretrizes orçamentárias. 
§ 6° (VETADO) 
 
Subseção II 
Do Controle da Despesa Total com Pessoal 
 
IMPORTANTE! 
Art. 21. É nulo de pleno direito o ato que provoque 
aumento da despesa com pessoal e não atenda: 
I - as exigências dos arts. 16 e 17 desta Lei Complementar, e 
o disposto no inciso XIII do art. 37 e no § 1° do art. 169 da 
Constituição; 
II - o limite legal de comprometimento aplicado às despesas 
com pessoal inativo. 
Parágrafo único. Também é nulo de pleno direito o ato 
de que resulte aumento da despesa com pessoal expedido 
nos cento e oitenta dias anteriores ao final do mandato do 
titular do respectivo Poder ou órgão referido no art. 20. 
 
Art. 22. A verificação do cumprimento dos limites 
estabelecidos nos arts. 19 e 20 será realizada ao final de 
cada quadrimestre. 
Parágrafo único. Se a despesa total com pessoal exceder a 
95% (noventa e cinco por cento) do limite, são vedados ao Poder 
ou órgão referido no art. 20 que houver incorridono excesso: 
I - concessão de vantagem, aumento, reajuste ou adequação 
de remuneração a qualquer título, salvo os derivados de 
sentença judicial ou de determinação legal ou contratual, 
ressalvada a revisão prevista no inciso X do art. 37 da 
Constituição; 
II - criação de cargo, emprego ou função; 
III - alteração de estrutura de carreira que implique 
aumento de despesa; 
IV - provimento de cargo público, admissão ou contratação 
de pessoal a qualquer título, ressalvada a reposição decorrente 
de aposentadoria ou falecimento de servidores das áreas de 
educação, saúde e segurança; 
V - contratação de hora extra, salvo no caso do disposto no 
inciso II do § 6° do art. 57 da Constituição e as situações previstas 
na lei de diretrizes orçamentárias. 
 
Art. 23. Se a despesa total com pessoal, do Poder ou órgão 
referido no art. 20, ultrapassar os limites definidos no mesmo 
artigo, sem prejuízo das medidas previstas no art. 22, o 
percentual excedente terá de ser eliminado nos dois 
quadrimestres seguintes, sendo pelo menos um terço no 
primeiro, adotando-se, entre outras, as providências previstas 
nos §§ 3º e 4o do art. 169 da Constituição. 
§ 1º No caso do inciso I do § 3º do art. 169 da Constituição, o 
objetivo poderá ser alcançado tanto pela extinção de cargos e 
funções quanto pela redução dos valores a eles atribuídos. (Vide 
ADIN 2.238-5) 
§ 2º É facultada a redução temporária da jornada de 
trabalho com adequação dos vencimentos à nova carga horária. 
(Vide ADIN 2.238-5) 
§ 3º Não alcançada a redução no prazo estabelecido, e 
enquanto perdurar o excesso, o ente não poderá: 
I - receber transferências voluntárias; 
II - obter garantia, direta ou indireta, de outro ente; 
III - contratar operações de crédito, ressalvadas as 
destinadas ao refinanciamento da dívida mobiliária e as que 
visem à redução das despesas com pessoal. 
§ 4o As restrições do § 3º aplicam-se imediatamente se a 
despesa total com pessoal exceder o limite no primeiro 
quadrimestre do último ano do mandato dos titulares de Poder 
ou órgão referidos no art. 20. 
§ 5º As restrições previstas no § 3º deste artigo não se 
aplicam ao Município em caso de queda de receita real superior 
a 10% (dez por cento), em comparação ao correspondente 
quadrimestre do exercício financeiro anterior, devido a: 
(Incluído pela Lei Complementar nº 164, de 2018) Produção de 
efeitos 
I – diminuição das transferências recebidas do Fundo de 
Participação dos Municípios decorrente de concessão de 
isenções tributárias pela União; e (Incluído pela Lei 
Complementar nº 164, de 2018) Produção de efeitos 
II – diminuição das receitas recebidas de royalties e 
participações especiais. (Incluído pela Lei Complementar nº 164, 
de 2018) Produção de efeitos 
§ 6º O disposto no § 5º deste artigo só se aplica caso a 
despesa total com pessoal do quadrimestre vigente não 
ultrapasse o limite percentual previsto no art. 19 desta Lei 
Complementar, considerada, para este cálculo, a receita 
corrente líquida do quadrimestre correspondente do ano 
anterior atualizada monetariamente. (Incluído pela Lei 
Complementar nº 164, de 2018) Produção de efeitos 
 
Seção III 
Das Despesas com a Seguridade Social 
 
IMPORTANTE! 
Art. 24. Nenhum benefício ou serviço relativo à 
seguridade social poderá ser criado, majorado ou 
estendido sem a indicação da fonte de custeio total, nos 
termos do § 5° do art. 195 da Constituição, atendidas ainda 
as exigências do art. 17. 
§ 1° É dispensada da compensação referida no art. 17 o 
aumento de despesa decorrente de: 
I - concessão de benefício a quem satisfaça as condições 
de habilitação prevista na legislação pertinente; 
II - expansão quantitativa do atendimento e dos serviços 
prestados; 
III - reajustamento de valor do benefício ou serviço, a 
fim de preservar o seu valor real. 
§ 2° O disposto neste artigo aplica-se a benefício ou 
serviço de saúde, previdência e assistência social, inclusive 
os destinados aos servidores públicos e militares, ativos e 
inativos, e aos pensionistas. 
 
CAPÍTULO V 
DAS TRANSFERÊNCIAS VOLUNTÁRIAS 
 
Art. 25. Para efeito desta Lei Complementar, entende-se por 
transferência voluntária a entrega de recursos correntes ou de 
capital a outro ente da Federação, a título de cooperação, 
auxílio ou assistência financeira, que não decorra de 
determinação constitucional, legal ou os destinados ao Sistema 
Único de Saúde. 
§ 1º São exigências para a realização de transferência 
voluntária, além das estabelecidas na lei de diretrizes 
orçamentárias: 
I - existência de dotação específica; 
II - (VETADO) 
III - observância do disposto no inciso X do art. 167 da 
Constituição; 
IV - comprovação, por parte do beneficiário, de: 
a) que se acha em dia quanto ao pagamento de tributos, 
empréstimos e financiamentos devidos ao ente transferidor, bem 
como quanto à prestação de contas de recursos anteriormente 
dele recebidos; 
b) cumprimento dos limites constitucionais relativos à 
educação e à saúde; 
c) observância dos limites das dívidas consolidada e 
mobiliária, de operações de crédito, inclusive por antecipação de 
receita, de inscrição em Restos a Pagar e de despesa total com 
pessoal; 
d) previsão orçamentária de contrapartida. 
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Administração Pública 17 
§ 2º É vedada a utilização de recursos transferidos em 
finalidade diversa da pactuada. 
§ 3º Para fins da aplicação das sanções de suspensão de 
transferências voluntárias constantes desta Lei Complementar, 
excetuam-se aquelas relativas a ações de educação, saúde e 
assistência social. 
 
CAPÍTULO VI 
DA DESTINAÇÃO DE RECURSOS PÚBLICOS PARA O 
SETOR PRIVADO 
 
Art. 26. A destinação de recursos para, direta ou 
indiretamente, cobrir necessidades de pessoas físicas ou déficits 
de pessoas jurídicas deverá ser autorizada por lei específica, 
atender às condições estabelecidas na lei de diretrizes 
orçamentárias e estar prevista no orçamento ou em seus 
créditos adicionais. 
§ 1º O disposto no caput aplica-se a toda a administração 
indireta, inclusive fundações públicas e empresas estatais, 
exceto, no exercício de suas atribuições precípuas, as instituições 
financeiras e o Banco Central do Brasil. 
§ 2º Compreende-se incluída a concessão de empréstimos, 
financiamentos e refinanciamentos, inclusive as respectivas 
prorrogações e a composição de dívidas, a concessão de 
subvenções e a participação em constituição ou aumento de 
capital. 
 
Art. 27. Na concessão de crédito por ente da Federação a 
pessoa física, ou jurídica que não esteja sob seu controle direto 
ou indireto, os encargos financeiros, comissões e despesas 
congêneres não serão inferiores aos definidos em lei ou ao custo 
de captação. 
Parágrafo único. Dependem de autorização em lei específica 
as prorrogações e composições de dívidas decorrentes de 
operações de crédito, bem como a concessão de empréstimos ou 
financiamentos em desacordo com o caput, sendo o subsídio 
correspondente consignado na lei orçamentária. 
 
Art. 28. Salvo mediante lei específica, não poderão ser 
utilizados recursos públicos, inclusive de operações de crédito, 
para socorrer instituições do Sistema Financeiro Nacional, 
ainda que mediante a concessão de empréstimos de recuperação 
ou financiamentos para mudança de controle acionário. 
§ 1º A prevenção de insolvência e outros riscos ficará a cargo 
de fundos, e outros mecanismos, constituídos pelas instituições 
do Sistema Financeiro Nacional, na forma da lei. 
§ 2º O disposto no caput não proíbe o Banco Central do Brasil 
de conceder às instituições financeiras operações de redesconto 
e de empréstimos de prazo inferior a trezentos e sessenta dias. 
 
CAPÍTULO VII 
DA DÍVIDA E DO ENDIVIDAMENTO 
Seção I 
Definições Básicas 
 
Art. 29.Para os efeitos desta Lei Complementar, são 
adotadas as seguintes definições: 
I - dívida pública consolidada ou fundada: montante total, 
apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da 
Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou 
tratados e da realização de operações de crédito, para 
amortização em prazo superior a doze meses; 
II - dívida pública mobiliária: dívida pública representada 
por títulos emitidos pela União, inclusive os do Banco Central do 
Brasil, Estados e Municípios; 
III - operação de crédito: compromisso financeiro assumido 
em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de 
título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de 
valores provenientes da venda a termo de bens e serviços, 
arrendamento mercantil e outras operações assemelhadas, 
inclusive com o uso de derivativos financeiros; 
IV - concessão de garantia: compromisso de adimplência de 
obrigação financeira ou contratual assumida por ente da 
Federação ou entidade a ele vinculada; 
V - refinanciamento da dívida mobiliária: emissão de títulos 
para pagamento do principal acrescido da atualização 
monetária. 
§ 1º Equipara-se a operação de crédito a assunção, o 
reconhecimento ou a confissão de dívidas pelo ente da 
Federação, sem prejuízo do cumprimento das exigências dos 
arts. 15 e 16. 
§ 2º Será incluída na dívida pública consolidada da União a 
relativa à emissão de títulos de responsabilidade do Banco 
Central do Brasil. 
§ 3º Também integram a dívida pública consolidada as 
operações de crédito de prazo inferior a doze meses cujas 
receitas tenham constado do orçamento. 
§ 4º O refinanciamento do principal da dívida mobiliária não 
excederá, ao término de cada exercício financeiro, o montante 
do final do exercício anterior, somado ao das operações de 
crédito autorizadas no orçamento para este efeito e 
efetivamente realizadas, acrescido de atualização monetária. 
 
Seção II 
Dos Limites da Dívida Pública e das Operações de 
Crédito 
 
Art. 30. No prazo de noventa dias após a publicação desta 
Lei Complementar, o Presidente da República submeterá ao: 
I - Senado Federal: proposta de limites globais para o 
montante da dívida consolidada da União, Estados e Municípios, 
cumprindo o que estabelece o inciso VI do art. 52 da 
Constituição, bem como de limites e condições relativos aos 
incisos VII, VIII e IX do mesmo artigo; 
II - Congresso Nacional: projeto de lei que estabeleça limites 
para o montante da dívida mobiliária federal a que se refere o 
inciso XIV do art. 48 da Constituição, acompanhado da 
demonstração de sua adequação aos limites fixados para a 
dívida consolidada da União, atendido o disposto no inciso I do 
§ 1º deste artigo. 
§ 1º As propostas referidas nos incisos I e II do caput e suas 
alterações conterão: 
I - demonstração de que os limites e condições guardam 
coerência com as normas estabelecidas nesta Lei Complementar 
e com os objetivos da política fiscal; 
II - estimativas do impacto da aplicação dos limites a cada 
uma das três esferas de governo; 
III - razões de eventual proposição de limites diferenciados 
por esfera de governo; 
IV - metodologia de apuração dos resultados primário e 
nominal. 
§ 2º As propostas mencionadas nos incisos I e II do caput 
também poderão ser apresentadas em termos de dívida líquida, 
evidenciando a forma e a metodologia de sua apuração. 
§ 3º Os limites de que tratam os incisos I e II do caput serão 
fixados em percentual da receita corrente líquida para cada 
esfera de governo e aplicados igualmente a todos os entes da 
Federação que a integrem, constituindo, para cada um deles, 
limites máximos. 
§ 4º Para fins de verificação do atendimento do limite, a 
apuração do montante da dívida consolidada será efetuada ao 
final de cada quadrimestre. 
§ 5º No prazo previsto no art. 5º, o Presidente da República 
enviará ao Senado Federal ou ao Congresso Nacional, conforme 
o caso, proposta de manutenção ou alteração dos limites e 
condições previstos nos incisos I e II do caput. 
§ 6º Sempre que alterados os fundamentos das propostas de 
que trata este artigo, em razão de instabilidade econômica ou 
alterações nas políticas monetária ou cambial, o Presidente da 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Administração Pública 18 
República poderá encaminhar ao Senado Federal ou ao 
Congresso Nacional solicitação de revisão dos limites. 
§ 7º Os precatórios judiciais não pagos durante a execução 
do orçamento em que houverem sido incluídos integram a dívida 
consolidada, para fins de aplicação dos limites. 
 
Seção III 
Da Recondução da Dívida aos Limites 
 
Art. 31. Se a dívida consolidada de um ente da Federação 
ultrapassar o respectivo limite ao final de um quadrimestre, 
deverá ser a ele reconduzida até o término dos três 
subsequentes, reduzindo o excedente em pelo menos 25% (vinte 
e cinco por cento) no primeiro. 
§ 1º Enquanto perdurar o excesso, o ente que nele houver 
incorrido: 
I - estará proibido de realizar operação de crédito interna ou 
externa, inclusive por antecipação de receita, ressalvado o 
refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária; 
II - obterá resultado primário necessário à recondução da 
dívida ao limite, promovendo, entre outras medidas, limitação 
de empenho, na forma do art. 9º. 
§ 2º Vencido o prazo para retorno da dívida ao limite, e 
enquanto perdurar o excesso, o ente ficará também impedido de 
receber transferências voluntárias da União ou do Estado. 
§ 3º As restrições do § 1º aplicam-se imediatamente se o 
montante da dívida exceder o limite no primeiro quadrimestre 
do último ano do mandato do Chefe do Poder Executivo. 
§ 4º O Ministério da Fazenda divulgará, mensalmente, a 
relação dos entes que tenham ultrapassado os limites das 
dívidas consolidada e mobiliária. 
§ 5º As normas deste artigo serão observadas nos casos de 
descumprimento dos limites da dívida mobiliária e das 
operações de crédito internas e externas. 
 
Seção IV 
Das Operações de Crédito 
Subseção I 
Da Contratação 
 
Art. 32. O Ministério da Fazenda verificará o cumprimento 
dos limites e condições relativos à realização de operações de 
crédito de cada ente da Federação, inclusive das empresas por 
eles controladas, direta ou indiretamente. 
 
§ 1º O ente interessado formalizará seu pleito 
fundamentando-o em parecer de seus órgãos técnicos e 
jurídicos, demonstrando a relação custo-benefício, o interesse 
econômico e social da operação e o atendimento das seguintes 
condições: 
I - existência de prévia e expressa autorização para a 
contratação, no texto da lei orçamentária, em créditos 
adicionais ou lei específica; 
II - inclusão no orçamento ou em créditos adicionais dos 
recursos provenientes da operação, exceto no caso de operações 
por antecipação de receita; 
III - observância dos limites e condições fixados pelo Senado 
Federal; 
IV - autorização específica do Senado Federal, quando se 
tratar de operação de crédito externo; 
V - atendimento do disposto no inciso III do art. 167 da 
Constituição; 
VI - observância das demais restrições estabelecidas nesta 
Lei Complementar. 
§ 2º As operações relativas à dívida mobiliária federal 
autorizadas, no texto da lei orçamentária ou de créditos 
adicionais, serão objeto de processo simplificado que atenda às 
suas especificidades. 
§ 3º Para fins do disposto no inciso V do § 1º, considerar-se-
á, em cada exercício financeiro, o total dos recursos de operações 
de crédito nele ingressados e o das despesas de capital 
executadas, observado o seguinte: 
I - não serão computadas nas despesas de capital as 
realizadas sob a forma de empréstimo ou financiamento a 
contribuinte, com o intuito de promover incentivo fiscal, tendo 
por base tributo de competênciado ente da Federação, se 
resultar a diminuição, direta ou indireta, do ônus deste; 
II - se o empréstimo ou financiamento a que se refere o inciso 
I for concedido por instituição financeira controlada pelo ente 
da Federação, o valor da operação será deduzido das despesas 
de capital; 
III - (VETADO) 
§ 4º Sem prejuízo das atribuições próprias do Senado 
Federal e do Banco Central do Brasil, o Ministério da Fazenda 
efetuará o registro eletrônico centralizado e atualizado das 
dívidas públicas interna e externa, garantido o acesso público às 
informações, que incluirão: 
I - encargos e condições de contratação; 
II - saldos atualizados e limites relativos às dívidas 
consolidada e mobiliária, operações de crédito e concessão de 
garantias. 
§ 5º Os contratos de operação de crédito externo não 
conterão cláusula que importe na compensação automática de 
débitos e créditos. 
§ 6º O prazo de validade da verificação dos limites e das 
condições de que trata este artigo e da análise realizada para a 
concessão de garantia pela União será de, no mínimo, 90 
(noventa) dias e, no máximo, 270 (duzentos e setenta) dias, a 
critério do Ministério da Fazenda. (Incluído pela Lei 
Complementar nº 159, de 2017). 
 
Art. 33. A instituição financeira que contratar operação de 
crédito com ente da Federação, exceto quando relativa à dívida 
mobiliária ou à externa, deverá exigir comprovação de que a 
operação atende às condições e limites estabelecidos. 
§ 1º A operação realizada com infração do disposto nesta Lei 
Complementar será considerada nula, procedendo-se ao seu 
cancelamento, mediante a devolução do principal, vedados o 
pagamento de juros e demais encargos financeiros. 
§ 2º Se a devolução não for efetuada no exercício de ingresso 
dos recursos, será consignada reserva específica na lei 
orçamentária para o exercício seguinte. 
§ 3º Enquanto não efetuado o cancelamento, a amortização, 
ou constituída a reserva, aplicam-se as sanções previstas nos 
incisos do § 3º do art. 23. 
§ 4º Também se constituirá reserva, no montante 
equivalente ao excesso, se não atendido o disposto no inciso III 
do art. 167 da Constituição, consideradas as disposições do § 3º 
do art. 32. 
 
Subseção II 
Das Vedações 
 
Art. 34. O Banco Central do Brasil não emitirá títulos da 
dívida pública a partir de dois anos após a publicação desta Lei 
Complementar. 
 
Art. 35. É vedada a realização de operação de crédito entre 
um ente da Federação, diretamente ou por intermédio de fundo, 
autarquia, fundação ou empresa estatal dependente, e outro, 
inclusive suas entidades da administração indireta, ainda que 
sob a forma de novação, refinanciamento ou postergação de 
dívida contraída anteriormente. 
§ 1º Excetuam-se da vedação a que se refere o caput as 
operações entre instituição financeira estatal e outro ente da 
Federação, inclusive suas entidades da administração indireta, 
que não se destinem a: 
I - financiar, direta ou indiretamente, despesas correntes; 
II - refinanciar dívidas não contraídas junto à própria 
instituição concedente. 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Administração Pública 19 
§ 2º O disposto no caput não impede Estados e Municípios de 
comprar títulos da dívida da União como aplicação de suas 
disponibilidades. 
 
Art. 36. É proibida a operação de crédito entre uma 
instituição financeira estatal e o ente da Federação que a 
controle, na qualidade de beneficiário do empréstimo. 
Parágrafo único. O disposto no caput não proíbe instituição 
financeira controlada de adquirir, no mercado, títulos da dívida 
pública para atender investimento de seus clientes, ou títulos da 
dívida de emissão da União para aplicação de recursos próprios. 
 
Art. 37. Equiparam-se a operações de crédito e estão 
vedados: 
I - captação de recursos a título de antecipação de receita de 
tributo ou contribuição cujo fato gerador ainda não tenha 
ocorrido, sem prejuízo do disposto no § 7º do art. 150 da 
Constituição; 
II - recebimento antecipado de valores de empresa em que o 
Poder Público detenha, direta ou indiretamente, a maioria do 
capital social com direito a voto, salvo lucros e dividendos, na 
forma da legislação; 
III - assunção direta de compromisso, confissão de dívida ou 
operação assemelhada, com fornecedor de bens, mercadorias ou 
serviços, mediante emissão, aceite ou aval de título de crédito, 
não se aplicando esta vedação a empresas estatais dependentes; 
IV - assunção de obrigação, sem autorização orçamentária, 
com fornecedores para pagamento a posteriori de bens e 
serviços. 
 
Subseção III 
Das Operações de Crédito por Antecipação de Receita 
Orçamentária 
 
Art. 38. A operação de crédito por antecipação de receita 
destina-se a atender insuficiência de caixa durante o exercício 
financeiro e cumprirá as exigências mencionadas no art. 32 e 
mais as seguintes: 
I - realizar-se-á somente a partir do décimo dia do início do 
exercício; 
II - deverá ser liquidada, com juros e outros encargos 
incidentes, até o dia dez de dezembro de cada ano; 
III - não será autorizada se forem cobrados outros encargos 
que não a taxa de juros da operação, obrigatoriamente 
prefixada ou indexada à taxa básica financeira, ou à que vier a 
esta substituir; 
IV - estará proibida: 
a) enquanto existir operação anterior da mesma natureza 
não integralmente resgatada; 
b) no último ano de mandato do Presidente, Governador ou 
Prefeito Municipal. 
§ 1º As operações de que trata este artigo não serão 
computadas para efeito do que dispõe o inciso III do art. 167 da 
Constituição, desde que liquidadas no prazo definido no inciso II 
do caput. 
§ 2º As operações de crédito por antecipação de receita 
realizadas por Estados ou Municípios serão efetuadas mediante 
abertura de crédito junto à instituição financeira vencedora em 
processo competitivo eletrônico promovido pelo Banco Central 
do Brasil. 
§ 3º O Banco Central do Brasil manterá sistema de 
acompanhamento e controle do saldo do crédito aberto e, no 
caso de inobservância dos limites, aplicará as sanções cabíveis à 
instituição credora. 
 
 
 
 
 
 
Subseção IV 
Das Operações com o Banco Central do Brasil 
 
Art. 39. Nas suas relações com ente da Federação, o Banco 
Central do Brasil está sujeito às vedações constantes do art. 35 e 
mais às seguintes: 
I - compra de título da dívida, na data de sua colocação no 
mercado, ressalvado o disposto no § 2º deste artigo; 
I - permuta, ainda que temporária, por intermédio de 
instituição financeira ou não, de título da dívida de ente da 
Federação por título da dívida pública federal, bem como a 
operação de compra e venda, a termo, daquele título, cujo efeito 
final seja semelhante à permuta; 
III - concessão de garantia. 
§ 1º O disposto no inciso II, in fine, não se aplica ao estoque 
de Letras do Banco Central do Brasil, Série Especial, existente na 
carteira das instituições financeiras, que pode ser refinanciado 
mediante novas operações de venda a termo. 
§ 2º O Banco Central do Brasil só poderá comprar 
diretamente títulos emitidos pela União para refinanciar a 
dívida mobiliária federal que estiver vencendo na sua carteira. 
§ 3º A operação mencionada no § 2º deverá ser realizada à 
taxa média e condições alcançadas no dia, em leilão público. 
§ 4º É vedado ao Tesouro Nacional adquirir títulos da dívida 
pública federal existentes na carteira do Banco Central do 
Brasil, ainda que com cláusula de reversão, salvo para reduzir a 
dívida mobiliária. 
 
Seção V 
Da Garantia e da Contra garantia 
 
Art. 40. Os entes poderão conceder garantia em operações 
de crédito internas ou externas, observados o disposto neste 
artigo, as normas do art. 32 e, no caso da União, também os 
limites e as condições estabelecidos pelo Senado Federal. 
§ 1º A garantiaestará condicionada ao oferecimento de 
contragarantia, em valor igual ou superior ao da garantia a ser 
concedida, e à adimplência da entidade que a pleitear 
relativamente a suas obrigações junto ao garantidor e às 
entidades por este controladas, observado o seguinte: 
I - não será exigida contragarantia de órgãos e entidades do 
próprio ente; 
II - a contragarantia exigida pela União a Estado ou 
Município, ou pelos Estados aos Municípios, poderá consistir na 
vinculação de receitas tributárias diretamente arrecadadas e 
provenientes de transferências constitucionais, com outorga de 
poderes ao garantidor para retê-las e empregar o respectivo 
valor na liquidação da dívida vencida. 
§ 2º No caso de operação de crédito junto a organismo 
financeiro internacional, ou a instituição federal de crédito e 
fomento para o repasse de recursos externos, a União só 
prestará garantia a ente que atenda, além do disposto no § 1º, 
as exigências legais para o recebimento de transferências 
voluntárias. 
§ 3º (VETADO) 
§ 4º (VETADO) 
§ 5º É nula a garantia concedida acima dos limites fixados 
pelo Senado Federal. 
§ 6º É vedado às entidades da administração indireta, 
inclusive suas empresas controladas e subsidiárias, conceder 
garantia, ainda que com recursos de fundos. 
§ 7º O disposto no § 6º não se aplica à concessão de garantia 
por: 
I - empresa controlada a subsidiária ou controlada sua, nem 
à prestação de contragarantia nas mesmas condições; 
II - instituição financeira a empresa nacional, nos termos da 
lei. 
§ 8º Excetua-se do disposto neste artigo a garantia prestada: 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Administração Pública 20 
I - por instituições financeiras estatais, que se submeterão às 
normas aplicáveis às instituições financeiras privadas, de 
acordo com a legislação pertinente; 
II - pela União, na forma de lei federal, a empresas de 
natureza financeira por ela controladas, direta e indiretamente, 
quanto às operações de seguro de crédito à exportação. 
§ 9º Quando honrarem dívida de outro ente, em razão de 
garantia prestada, a União e os Estados poderão condicionar as 
transferências constitucionais ao ressarcimento daquele 
pagamento. 
§ 10. O ente da Federação cuja dívida tiver sido honrada pela 
União ou por Estado, em decorrência de garantia prestada em 
operação de crédito, terá suspenso o acesso a novos créditos ou 
financiamentos até a total liquidação da mencionada dívida. 
 
Seção VI 
Dos Restos a Pagar 
 
Art. 41. (VETADO) 
 
Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no 
art. 20, nos últimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair 
obrigação de despesa que não possa ser cumprida 
integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas 
no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de 
caixa para este efeito. 
 
Parágrafo único. Na determinação da disponibilidade de 
caixa serão considerados os encargos e despesas 
compromissadas a pagar até o final do exercício. 
 
CAPÍTULO VIII 
DA GESTÃO PATRIMONIAL 
Seção I 
Das Disponibilidades de Caixa 
 
Art. 43. As disponibilidades de caixa dos entes da Federação 
serão depositadas conforme estabelece o § 3º do art. 164 da 
Constituição. 
§ 1º As disponibilidades de caixa dos regimes de previdência 
social, geral e próprio dos servidores públicos, ainda que 
vinculadas a fundos específicos a que se referem os arts. 249 e 
250 da Constituição, ficarão depositadas em conta separada das 
demais disponibilidades de cada ente e aplicadas nas condições 
de mercado, com observância dos limites e condições de 
proteção e prudência financeira. 
§ 2º É vedada a aplicação das disponibilidades de que trata 
o § 1º em: 
I - títulos da dívida pública estadual e municipal, bem como 
em ações e outros papéis relativos às empresas controladas pelo 
respectivo ente da Federação; 
II - empréstimos, de qualquer natureza, aos segurados e ao 
Poder Público, inclusive a suas empresas controladas. 
 
Seção II 
Da Preservação do Patrimônio Público 
 
Art. 44. É vedada a aplicação da receita de capital derivada 
da alienação de bens e direitos que integram o patrimônio 
público para o financiamento de despesa corrente, salvo se 
destinada por lei aos regimes de previdência social, geral e 
próprio dos servidores públicos. 
 
Art. 45. Observado o disposto no § 5º do art. 5º, a lei 
orçamentária e as de créditos adicionais só incluirão novos 
projetos após adequadamente atendidos os em andamento e 
contempladas as despesas de conservação do patrimônio 
público, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes 
orçamentárias. 
Parágrafo único. O Poder Executivo de cada ente 
encaminhará ao Legislativo, até a data do envio do projeto de lei 
de diretrizes orçamentárias, relatório com as informações 
necessárias ao cumprimento do disposto neste artigo, ao qual 
será dada ampla divulgação. 
 
Art. 46. É nulo de pleno direito ato de desapropriação de 
imóvel urbano expedido sem o atendimento do disposto no § 3º 
do art. 182 da Constituição, ou prévio depósito judicial do valor 
da indenização. 
 
Seção III 
Das Empresas Controladas pelo Setor Público 
 
Art. 47. A empresa controlada que firmar contrato de gestão 
em que se estabeleçam objetivos e metas de desempenho, na 
forma da lei, disporá de autonomia gerencial, orçamentária e 
financeira, sem prejuízo do disposto no inciso II do § 5º do art. 
165 da Constituição. 
Parágrafo único. A empresa controlada incluirá em seus 
balanços trimestrais nota explicativa em que informará: 
I - fornecimento de bens e serviços ao controlador, com 
respectivos preços e condições, comparando-os com os 
praticados no mercado; 
II - recursos recebidos do controlador, a qualquer título, 
especificando valor, fonte e destinação; 
III - venda de bens, prestação de serviços ou concessão de 
empréstimos e financiamentos com preços, taxas, prazos ou 
condições diferentes dos vigentes no mercado. 
 
CAPÍTULO IX 
DA TRANSPARÊNCIA, CONTROLE E FISCALIZAÇÃO 
 
Comentário: Este capítulo reúne todos os comandos 
normativos necessários à confecção e à divulgação de relatórios 
e demonstrativos ligados às atividades de condução das finanças 
públicas, estabelecendo regras e procedimentos de fiscalização, 
controle e avaliação do grau de sucesso obtido na administração 
das finanças públicas, particularmente sob o prisma das normas 
previstas na LRF. 
 
Seção I 
Da Transparência da Gestão Fiscal 
 
Comentário: Nesta seção, verifica-se a existência de dois 
blocos normativos distintos: um de caráter geral, dedicado à 
explicitação dos instrumentos de transparência na gestão fiscal; 
outro, específico, voltado às contas apresentadas pelo Chefe do 
Poder Executivo. 
Para efeito da LRF, consideram-se instrumentos de 
transparência: 
a) Os planos, os orçamentos e a lei de diretrizes 
orçamentárias; 
b) As prestações de contas e o respectivo parecer prévio; 
c) Relatório Resumido da Execução Orçamentária e a sua 
versão simplificada; 
d) Relatório de Gestão Fiscal e a sua versão simplificada. 
 
Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, 
aos quais será dada ampla divulgação, inclusive em meios 
eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e leis de 
diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo 
parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução 
Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões 
simplificadas desses documentos. 
Parágrafo Primeiro - A transparência será assegurada 
também mediante: 
I – incentivo à participação popular e realização de 
audiências públicas, durante os processos de elaboração e 
discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Administração Pública 21 
orçamentos; 
II – liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da 
sociedade, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre 
a execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de 
acesso público; 
III – adoção de sistema integrado de administração 
financeira e controle, que atenda a padrão mínimo de qualidade 
estabelecido pelo Poder Executivo da União e ao disposto no art. 
48-A. 
 
Parágrafo Segundo - A União, os Estados, o Distrito Federal 
e os Municípios disponibilizarão suas informações e dados 
contábeis, orçamentários e fiscais conforme periodicidade, 
formato e sistema estabelecidos pelo órgão central de 
contabilidade da União, os quais deverão ser divulgados em 
meio eletrônico de amplo acesso público. (Incluído pela Lei 
Complementar nº 156, de 2016) 
 
Parágrafo Terceiro - Os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios encaminharão ao Ministério da Fazenda, nos termos 
e na periodicidade a serem definidos em instrução específica 
deste órgão, as informações necessárias para a constituição do 
registro eletrônico centralizado e atualizado das dívidas 
públicas interna e externa, de que trata o § 4o do art. 
32. (Incluído pela Lei Complementar nº 156, de 2016) 
 
Parágrafo Quarto - A inobservância do disposto nos §§ 2o e 
3o ensejará as penalidades previstas no § 2o do art. 51. (Incluído 
pela Lei Complementar nº 156, de 2016) 
 
Parágrafo Quinto - Nos casos de envio conforme disposto no 
§ 2o, para todos os efeitos, a União, os Estados, o Distrito Federal 
e os Municípios cumprem o dever de ampla divulgação a que se 
refere o caput. (Incluído pela Lei Complementar nº 156, de 
2016) 
 
Parágrafo Sexto – Todos os Poderes e órgãos referidos no 
art. 20, incluídos autarquias, fundações públicas, empresas 
estatais dependentes e fundos, do ente da Federação devem 
utilizar sistemas únicos de execução orçamentária e financeira, 
mantidos e gerenciados pelo Poder Executivo, resguardada a 
autonomia. (Incluído pela Lei Complementar nº 156, de 2016) 
 
Art. 48-A. Para os fins a que se refere o inciso II do parágrafo 
único do art. 48, os entes da Federação disponibilizarão a 
qualquer pessoa física ou jurídica o acesso a informações 
referentes a: 
I – quanto à despesa: todos os atos praticados pelas unidades 
gestoras no decorrer da execução da despesa, no momento de 
sua realização, com a disponibilização mínima dos dados 
referentes ao número do correspondente processo, ao bem 
fornecido ou ao serviço prestado, à pessoa física ou jurídica 
beneficiária do pagamento e, quando for o caso, ao 
procedimento licitatório realizado; 
II – quanto à receita: o lançamento e o recebimento de toda 
a receita das unidades gestoras, inclusive referente a recursos 
extraordinários. 
 
Art. 49. As contas apresentadas pelo Chefe do Poder 
Executivo ficarão disponíveis, durante todo o exercício, no 
respectivo Poder Legislativo e no órgão técnico responsável pela 
sua elaboração, para consulta e apreciação pelos cidadãos e 
instituições da sociedade. 
Parágrafo único. A prestação de contas da União conterá 
demonstrativos do Tesouro Nacional e das agências financeiras 
oficiais de fomento, incluído o Banco Nacional de 
Desenvolvimento Econômico e Social, especificando os 
empréstimos e financiamentos concedidos com recursos 
oriundos dos orçamentos fiscal e da seguridade social e, no caso 
das agências financeiras, avaliação circunstanciada do impacto 
fiscal de suas atividades no exercício. 
 
Seção II 
Da Escrituração e Consolidação das Contas 
 
Comentário: Nesta seção, dois objetivos são determinados. 
Em primeiro lugar, a par das normas de contabilidade pública já 
em vigor, preveem-se disposições especiais, que tratam de: 
a) Registro das disponibilidades de caixa; 
b) Métodos de apuração de despesas e de contabilização de 
compromissos assumidos; 
c) Abrangência das demonstrações contábeis; 
d) Demonstração de receitas e despesas previdenciárias; 
e) Escrituração de obrigações junto a terceiros, 
particularmente operações de crédito e despesas que restam a 
pagar; 
f) Demonstração das variações patrimoniais. 
 
Art. 50. Além de obedecer às demais normas de 
contabilidade pública, a escrituração das contas públicas 
observará as seguintes: 
I - a disponibilidade de caixa constará de registro próprio, de 
modo que os recursos vinculados a órgão, fundo ou despesa 
obrigatória fiquem identificados e escriturados de forma 
individualizada; 
II - a despesa e a assunção de compromisso serão registradas 
segundo o regime de competência, apurando-se, em caráter 
complementar, o resultado dos fluxos financeiros pelo regime de 
caixa; 
III - as demonstrações contábeis compreenderão, isolada e 
conjuntamente, as transações e operações de cada órgão, fundo 
ou entidade da administração direta, autárquica e fundacional, 
inclusive empresa estatal dependente; 
IV - as receitas e despesas previdenciárias serão 
apresentadas em demonstrativos financeiros e orçamentários 
específicos; 
V - as operações de crédito, as inscrições em Restos a Pagar 
e as demais formas de financiamento ou assunção de 
compromissos junto a terceiros, deverão ser escrituradas de 
modo a evidenciar o montante e a variação da dívida pública no 
período, detalhando, pelo menos, a natureza e o tipo de credor; 
VI - a demonstração das variações patrimoniais dará 
destaque à origem e ao destino dos recursos provenientes da 
alienação de ativos. 
§ 1o No caso das demonstrações conjuntas, excluir-se-ão as 
operações intragovernamentais. 
§ 2º A edição de normas gerais para consolidação das contas 
públicas caberá ao órgão central de contabilidade da União, 
enquanto não implantado o conselho de que trata o art. 67. 
§ 3o A Administração Pública manterá sistema de custos que 
permita a avaliação e o acompanhamento da gestão 
orçamentária, financeira e patrimonial. 
 
Art. 51. O Poder Executivo da União promoverá, até o dia 
trinta de junho, a consolidação, nacional e por esfera de governo, 
das contas dos entes da Federação relativas ao exercício 
anterior, e a sua divulgação, inclusive por meio eletrônico de 
acesso público. 
§ 1° Os Estados e os Municípios encaminharão suas contas ao 
Poder Executivo da União nos seguintes prazos: 
I - Municípios, com cópia para o Poder Executivo do 
respectivo Estado, até trinta de abril; 
II - Estados, até trinta e um de maio. 
§ 2o O descumprimento dos prazos previstos neste artigo 
impedirá, até que a situação seja regularizada, que o ente da 
Federação receba transferências voluntárias e contrate 
operações de crédito, exceto as destinadas ao refinanciamento 
do principal atualizado da dívida mobiliária. 
 
 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Administração Pública 22 
Seção III 
Do Relatório Resumido da Execução Orçamentária 
 
Comentário: Neste item, cuidam as normas da LRF de 
especificar, em caráter nacional, os parâmetros necessários à 
elaboração do chamado Relatório Resumido da Execução 
Orçamentária. Trata-se de documento cuja publicação é 
comandada pela própria Constituição Federal, por intermédio 
de seu § 3º do art. 165, devendo ocorrer em até trinta dias após 
o encerramento de cada bimestre. 
O Relatório Resumido da Execução Orçamentária é 
composto de duas peças básicas e de alguns demonstrativos de 
suporte. As peças básicas são o balanço orçamentário, cuja 
função é especificar, por categoria econômica, as receitas e as 
despesas, e o demonstrativo de execução das receitas (por 
categoria econômica e fonte) e das despesas (por categoria 
econômica, grupo de natureza, função e subfunção). 
 
Art. 52. O relatório a quese refere o § 3o do art. 165 da 
Constituição abrangerá todos os Poderes e o Ministério Público, 
será publicado até trinta dias após o encerramento de cada 
bimestre e composto de: 
I - balanço orçamentário, que especificará, por categoria 
econômica, as: 
a) receitas por fonte, informando as realizadas e a realizar, 
bem como a previsão atualizada; 
b) despesas por grupo de natureza, discriminando a dotação 
para o exercício, a despesa liquidada e o saldo; 
II - demonstrativos da execução das: 
a) receitas, por categoria econômica e fonte, especificando a 
previsão inicial, a previsão atualizada para o exercício, a receita 
realizada no bimestre, a realizada no exercício e a previsão a 
realizar; 
b) despesas, por categoria econômica e grupo de natureza 
da despesa, discriminando dotação inicial, dotação para o 
exercício, despesas empenhada e liquidada, no bimestre e no 
exercício; 
c) despesas, por função e subfunção. 
§ 1o Os valores referentes ao refinanciamento da dívida 
mobiliária constarão destacadamente nas receitas de operações 
de crédito e nas despesas com amortização da dívida. 
§ 2o O descumprimento do prazo previsto neste artigo sujeita 
o ente às sanções previstas no § 2o do art. 51. 
 
Art. 53. Acompanharão o Relatório Resumido 
demonstrativos relativos a: 
I - apuração da receita corrente líquida, na forma definida 
no inciso IV do art. 2º, sua evolução, assim como a previsão de 
seu desempenho até o final do exercício; 
II - receitas e despesas previdenciárias a que se refere o 
inciso IV do art. 50; 
III - resultados nominal e primário; 
IV - despesas com juros, na forma do inciso II do art. 4o; 
V - Restos a Pagar, detalhando, por Poder e órgão referido no 
art. 20, os valores inscritos, os pagamentos realizados e o 
montante a pagar. 
§ 1o O relatório referente ao último bimestre do exercício 
será acompanhado também de demonstrativos: 
I - do atendimento do disposto no inciso III do art. 167 da 
Constituição, conforme o § 3o do art. 32; 
II - das projeções atuariais dos regimes de previdência social, 
geral e próprio dos servidores públicos; 
III - da variação patrimonial, evidenciando a alienação de 
ativos e a aplicação dos recursos dela decorrentes. 
§ 2o Quando for o caso, serão apresentadas justificativas: 
I - da limitação de empenho; 
II - da frustração de receitas, especificando as medidas de 
combate à sonegação e à evasão fiscal, adotadas e a adotar, e as 
ações de fiscalização e cobrança. 
 
Seção IV 
Do Relatório de Gestão Fiscal 
 
Comentário: Considerando o regime de finanças públicas 
implantado com a LRF, o Relatório de Gestão Fiscal ocupa 
posição central no que diz respeito ao acompanhamento das 
atividades financeiras do Estado. Cada um dos Poderes, além do 
Ministério Público, deve emitir o seu próprio Relatório de Gestão 
Fiscal, abrangendo todas as variáveis imprescindíveis à 
consecução das metas fiscais e à observância dos limites fixados 
para despesas e dívida. 
 
Art. 54. Ao final de cada quadrimestre será emitido pelos 
titulares dos Poderes e órgãos referidos no art. 20 Relatório de 
Gestão Fiscal, assinado pelo: 
I - Chefe do Poder Executivo; 
II - Presidente e demais membros da Mesa Diretora ou órgão 
decisório equivalente, conforme regimentos internos dos órgãos 
do Poder Legislativo; 
III - Presidente de Tribunal e demais membros de Conselho 
de Administração ou órgão decisório equivalente, conforme 
regimentos internos dos órgãos do Poder Judiciário; 
IV - Chefe do Ministério Público, da União e dos Estados. 
Parágrafo único. O relatório também será assinado pelas 
autoridades responsáveis pela administração financeira e pelo 
controle interno, bem como por outras definidas por ato próprio 
de cada Poder ou órgão referido no art. 20. 
 
Art. 55. O relatório conterá: 
I - comparativo com os limites de que trata esta Lei 
Complementar, dos seguintes montantes: 
a) despesa total com pessoal, distinguindo a com inativos e 
pensionistas; 
b) dívidas consolidada e mobiliária; 
c) concessão de garantias; 
d) operações de crédito, inclusive por antecipação de receita; 
e) despesas de que trata o inciso II do art. 4°; 
II - indicação das medidas corretivas adotadas ou a adotar, 
se ultrapassado qualquer dos limites; 
III - demonstrativos, no último quadrimestre: 
a) do montante das disponibilidades de caixa em trinta e um 
de dezembro; 
b) da inscrição em Restos a Pagar, das despesas: 
1) liquidadas; 
2) empenhadas e não liquidadas, inscritas por atenderem a 
uma das condições do inciso II do art. 41; 
3) empenhadas e não liquidadas, inscritas até o limite do 
saldo da disponibilidade de caixa; 
4) não inscritas por falta de disponibilidade de caixa e cujos 
empenhos foram cancelados; 
c) do cumprimento do disposto no inciso II e na alínea b do 
inciso IV do art. 38. 
§ 1o O relatório dos titulares dos órgãos mencionados nos 
incisos II, III e IV do art. 54 conterá apenas as informações 
relativas à alínea a do inciso I, e os documentos referidos nos 
incisos II e III. 
§ 2o O relatório será publicado até trinta dias após o 
encerramento do período a que corresponder, com amplo acesso 
ao público, inclusive por meio eletrônico. 
§ 3o O descumprimento do prazo a que se refere o § 2o sujeita 
o ente à sanção prevista no § 2o do art. 51. 
§ 4o Os relatórios referidos nos arts. 52 e 54 deverão ser 
elaborados de forma padronizada, segundo modelos que 
poderão ser atualizados pelo conselho de que trata o art. 67. 
 
Seção V 
Das Prestações de Contas 
 
Comentário: Três são os aspectos abordados, nesta seção, 
quanto às prestações de contas: a sua composição, as condições 
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Administração Pública 23 
para a emissão do respectivo parecer prévio e o seu conteúdo. 
 
Art. 56. As contas prestadas pelos Chefes do Poder Executivo 
incluirão, além das suas próprias, as dos Presidentes dos órgãos 
dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Chefe do Ministério 
Público, referidos no art. 20, as quais receberão parecer prévio, 
separadamente, do respectivo Tribunal de Contas. 
§ 1o As contas do Poder Judiciário serão apresentadas no 
âmbito: 
I - da União, pelos Presidentes do Supremo Tribunal Federal 
e dos Tribunais Superiores, consolidando as dos respectivos 
tribunais; 
II - dos Estados, pelos Presidentes dos Tribunais de Justiça, 
consolidando as dos demais tribunais. 
§ 2o O parecer sobre as contas dos Tribunais de Contas será 
proferido no prazo previsto no art. 57 pela comissão mista 
permanente referida no § 1o do art. 166 da Constituição ou 
equivalente das Casas Legislativas estaduais e municipais. 
§ 3o Será dada ampla divulgação dos resultados da 
apreciação das contas, julgadas ou tomadas. 
 
Art. 57. Os Tribunais de Contas emitirão parecer prévio 
conclusivo sobre as contas no prazo de sessenta dias do 
recebimento, se outro não estiver estabelecido nas constituições 
estaduais ou nas leis orgânicas municipais. 
§ 1o No caso de Municípios que não sejam capitais e que 
tenham menos de duzentos mil habitantes o prazo será de cento 
e oitenta dias. 
§ 2o Os Tribunais de Contas não entrarão em recesso 
enquanto existirem contas de Poder, ou órgão referido no art. 20, 
pendentes de parecer prévio. 
 
Art. 58. A prestação de contas evidenciará o desempenho da 
arrecadação em relação à previsão, destacando as providências 
adotadas no âmbito da fiscalização das receitas e combate à 
sonegação, as ações de recuperação de créditos nas instâncias 
administrativa e judicial, bem como as demais medidas para 
incremento das receitas tributárias e de contribuições. 
 
Seção VI 
Da Fiscalização da Gestão Fiscal 
 
Comentário: A responsabilidade pela fiscalização quanto 
ao cumprimento das normas de gestão fiscal é atribuída ao 
PoderLegislativo, este com o auxílio do Tribunal de Contas, e aos 
sistemas de controle interno de cada Poder e do Ministério 
Público. Ênfase especial deve ser atribuída, na fiscalização, a 
alguns aspectos específicos: 
a) Verificação do cumprimento das metas previstas na lei de 
diretrizes; 
b) Observância dos limites e das condições para a realização 
de operações de crédito e a inscrição de despesas em restos a 
pagar; 
c) Adoção de medidas para a adequação das despesas com 
pessoal e das dívidas mobiliária e consolidada aos respectivos 
limites; 
d) Observância das normas atinentes à destinação dos 
recursos oriundos da alienação de ativos; 
e) Respeito aos limites aplicáveis aos gastos do Poder 
Legislativo municipal, caso existam tais limites. 
 
Art. 59. O Poder Legislativo, diretamente ou com o 
auxílio dos Tribunais de Contas, e o sistema de controle 
interno de cada Poder e do Ministério Público, fiscalizarão o 
cumprimento das normas desta Lei Complementar, com ênfase 
no que se refere a: 
I - atingimento das metas estabelecidas na lei de diretrizes 
orçamentárias; 
II - limites e condições para realização de operações de 
crédito e inscrição em Restos a Pagar; 
III - medidas adotadas para o retorno da despesa total com 
pessoal ao respectivo limite, nos termos dos arts. 22 e 23; 
IV - providências tomadas, conforme o disposto no art. 31, 
para recondução dos montantes das dívidas consolidada e 
mobiliária aos respectivos limites; 
V - destinação de recursos obtidos com a alienação de ativos, 
tendo em vista as restrições constitucionais e as desta Lei 
Complementar; 
VI - cumprimento do limite de gastos totais dos legislativos 
municipais, quando houver. 
§ 1o Os Tribunais de Contas alertarão os Poderes ou órgãos 
referidos no art. 20 quando constatarem: 
I - a possibilidade de ocorrência das situações previstas no 
inciso II do art. 4o e no art. 9o; 
II - que o montante da despesa total com pessoal ultrapassou 
90% (noventa por cento) do limite; 
III - que os montantes das dívidas consolidada e mobiliária, 
das operações de crédito e da concessão de garantia se 
encontram acima de 90% (noventa por cento) dos respectivos 
limites; 
IV - que os gastos com inativos e pensionistas se encontram 
acima do limite definido em lei; 
V - fatos que comprometam os custos ou os resultados dos 
programas ou indícios de irregularidades na gestão 
orçamentária. 
§ 2o Compete ainda aos Tribunais de Contas verificar os 
cálculos dos limites da despesa total com pessoal de cada Poder 
e órgão referido no art. 20. 
§ 3o O Tribunal de Contas da União acompanhará o 
cumprimento do disposto nos §§ 2o, 3o e 4o do art. 39. 
 
CAPÍTULO X 
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS 
 
Art. 60. Lei estadual ou municipal poderá fixar limites 
inferiores àqueles previstos nesta Lei Complementar para as 
dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito e 
concessão de garantias. 
 
Art. 61. Os títulos da dívida pública, desde que devidamente 
escriturados em sistema centralizado de liquidação e custódia, 
poderão ser oferecidos em caução para garantia de 
empréstimos, ou em outras transações previstas em lei, pelo seu 
valor econômico, conforme definido pelo Ministério da Fazenda. 
 
Art. 62. Os Municípios só contribuirão para o custeio de 
despesas de competência de outros entes da Federação se 
houver: 
I - autorização na lei de diretrizes orçamentárias e na lei 
orçamentária anual; 
II - convênio, acordo, ajuste ou congênere, conforme sua 
legislação. 
 
Art. 63. É facultado aos Municípios com população inferior a 
cinquenta mil habitantes optar por: 
I - aplicar o disposto no art. 22 e no § 4o do art. 30 ao final 
do semestre; 
II - divulgar semestralmente: 
a) (VETADO) 
b) o Relatório de Gestão Fiscal; 
c) os demonstrativos de que trata o art. 53; 
III - elaborar o Anexo de Política Fiscal do plano plurianual, 
o Anexo de Metas Fiscais e o Anexo de Riscos Fiscais da lei de 
diretrizes orçamentárias e o anexo de que trata o inciso I do art. 
5o a partir do quinto exercício seguinte ao da publicação desta 
Lei Complementar. 
§ 1o A divulgação dos relatórios e demonstrativos deverá ser 
realizada em até trinta dias após o encerramento do semestre. 
§ 2o Se ultrapassados os limites relativos à despesa total com 
pessoal ou à dívida consolidada, enquanto perdurar esta 
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Administração Pública 24 
situação, o Município ficará sujeito aos mesmos prazos de 
verificação e de retorno ao limite definidos para os demais entes. 
Art. 64. A União prestará assistência técnica e cooperação 
financeira aos Municípios para a modernização das respectivas 
administrações tributária, financeira, patrimonial e 
previdenciária, com vistas ao cumprimento das normas desta 
Lei Complementar. 
§ 1o A assistência técnica consistirá no treinamento e 
desenvolvimento de recursos humanos e na transferência de 
tecnologia, bem como no apoio à divulgação dos instrumentos 
de que trata o art. 48 em meio eletrônico de amplo acesso 
público. 
§ 2o A cooperação financeira compreenderá a doação de 
bens e valores, o financiamento por intermédio das instituições 
financeiras federais e o repasse de recursos oriundos de 
operações externas. 
 
Art. 65. Na ocorrência de calamidade pública reconhecida 
pelo Congresso Nacional, no caso da União, ou pelas Assembleias 
Legislativas, na hipótese dos Estados e Municípios, enquanto 
perdurar a situação: 
I - serão suspensas a contagem dos prazos e as disposições 
estabelecidas nos arts. 23, 31 e 70; 
II - serão dispensados o atingimento dos resultados fiscais e 
a limitação de empenho prevista no art. 9o. 
Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput no caso de 
estado de defesa ou de sítio, decretado na forma da Constituição. 
 
Art. 66. Os prazos estabelecidos nos arts. 23, 31 e 70 serão 
duplicados no caso de crescimento real baixo ou negativo do 
Produto Interno Bruto (PIB) nacional, regional ou estadual por 
período igual ou superior a quatro trimestres. 
§ 1o Entende-se por baixo crescimento a taxa de variação 
real acumulada do Produto Interno Bruto inferior a 1% (um por 
cento), no período correspondente aos quatro últimos 
trimestres. 
§ 2o A taxa de variação será aquela apurada pela Fundação 
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ou outro órgão que 
vier a substituí-la, adotada a mesma metodologia para 
apuração dos PIB nacional, estadual e regional. 
§ 3o Na hipótese do caput, continuarão a ser adotadas as 
medidas previstas no art. 22. 
§ 4o Na hipótese de se verificarem mudanças drásticas na 
condução das políticas monetária e cambial, reconhecidas pelo 
Senado Federal, o prazo referido no caput do art. 31 poderá ser 
ampliado em até quatro quadrimestres. 
 
Art. 67. O acompanhamento e a avaliação, de forma 
permanente, da política e da operacionalidade da gestão fiscal 
serão realizados por conselho de gestão fiscal, constituído por 
representantes de todos os Poderes e esferas de Governo, do 
Ministério Público e de entidades técnicas representativas da 
sociedade, visando a: 
I - harmonização e coordenação entre os entes da 
Federação; 
II - disseminação de práticas que resultem em maior 
eficiência na alocação e execução do gasto público, na 
arrecadação de receitas, no controle do endividamento e na 
transparência da gestão fiscal; 
III - adoção de normas de consolidação das contas públicas, 
padronização das prestações de contas e dos relatórios e 
demonstrativos de gestão fiscal de que trata esta Lei 
Complementar, normas e padrões mais simples para os 
pequenos Municípios, bem como outros, necessários ao controle 
social; 
IV - divulgação de análises, estudos e diagnósticos. 
§ 1o O conselho a que se refere o caput instituirá formas de 
premiação e reconhecimentopúblico aos titulares de Poder que 
alcançarem resultados meritórios em suas políticas de 
desenvolvimento social, conjugados com a prática de uma 
gestão fiscal pautada pelas normas desta Lei Complementar. 
§ 2o Lei disporá sobre a composição e a forma de 
funcionamento do conselho. 
 
Art. 68. Na forma do art. 250 da Constituição, é criado o 
Fundo do Regime Geral de Previdência Social, vinculado ao 
Ministério da Previdência e Assistência Social, com a finalidade 
de prover recursos para o pagamento dos benefícios do regime 
geral da previdência social. 
§ 1o O Fundo será constituído de: 
I - bens móveis e imóveis, valores e rendas do Instituto 
Nacional do Seguro Social não utilizados na operacionalização 
deste; 
II - bens e direitos que, a qualquer título, lhe sejam 
adjudicados ou que lhe vierem a ser vinculados por força de lei; 
III - receita das contribuições sociais para a seguridade 
social, previstas na alínea a do inciso I e no inciso II do art. 195 
da Constituição; 
IV - produto da liquidação de bens e ativos de pessoa física 
ou jurídica em débito com a Previdência Social; 
V - resultado da aplicação financeira de seus ativos; 
VI - recursos provenientes do orçamento da União. 
§ 2o O Fundo será gerido pelo Instituto Nacional do Seguro 
Social, na forma da lei. 
 
Art. 69. O ente da Federação que mantiver ou vier a instituir 
regime próprio de previdência social para seus servidores 
conferir-lhe-á caráter contributivo e o organizará com base em 
normas de contabilidade e atuária que preservem seu equilíbrio 
financeiro e atuarial. 
 
Art. 70. O Poder ou órgão referido no art. 20 cuja despesa 
total com pessoal no exercício anterior ao da publicação desta 
Lei Complementar estiver acima dos limites estabelecidos nos 
arts. 19 e 20 deverá enquadrar-se no respectivo limite em até 
dois exercícios, eliminando o excesso, gradualmente, à razão de, 
pelo menos, 50% a.a. (cinquenta por cento ao ano), mediante a 
adoção, entre outras, das medidas previstas nos arts. 22 e 23. 
Parágrafo único. A inobservância do disposto no caput, no 
prazo fixado, sujeita o ente às sanções previstas no § 3o do art. 
23. 
 
Art. 71. Ressalvada a hipótese do inciso X do art. 37 da 
Constituição, até o término do terceiro exercício financeiro 
seguinte à entrada em vigor desta Lei Complementar, a despesa 
total com pessoal dos Poderes e órgãos referidos no art. 20 não 
ultrapassará, em percentual da receita corrente líquida, a 
despesa verificada no exercício imediatamente anterior, 
acrescida de até 10% (dez por cento), se esta for inferior ao 
limite definido na forma do art. 20. 
 
Art. 72. A despesa com serviços de terceiros dos Poderes e 
órgãos referidos no art. 20 não poderá exceder, em percentual 
da receita corrente líquida, a do exercício anterior à entrada em 
vigor desta Lei Complementar, até o término do terceiro 
exercício seguinte. 
 
Art. 73. As infrações dos dispositivos desta Lei Complementar 
serão punidas segundo o Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro 
de 1940 (Código Penal); a Lei no 1.079, de 10 de abril de 1950; 
o Decreto-Lei no 201, de 27 de fevereiro de 1967; a Lei no 8.429, 
de 2 de junho de 1992; e demais normas da legislação pertinente. 
 
 Art. 73-A. Qualquer cidadão, partido político, associação ou 
sindicato é parte legítima para denunciar ao respectivo Tribunal 
de Contas e ao órgão competente do Ministério Público o 
descumprimento das prescrições estabelecidas nesta Lei 
Complementar. 
 
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Art. 73-B. Ficam estabelecidos os seguintes prazos para o 
cumprimento das determinações dispostas nos incisos II e III do 
parágrafo único do art. 48 e do art. 48-A: 
I – 1 (um) ano para a União, os Estados, o Distrito Federal e 
os Municípios com mais de 100.000 (cem mil) habitantes; 
II – 2 (dois) anos para os Municípios que tenham entre 
50.000 (cinquenta mil) e 100.000 (cem mil) habitantes; 
III – 4 (quatro) anos para os Municípios que tenham até 
50.000 (cinquenta mil) habitantes. 
Parágrafo único. Os prazos estabelecidos neste artigo serão 
contados a partir da data de publicação da lei complementar 
que introduziu os dispositivos referidos no caput deste artigo. 
 
Art. 73-C. O não atendimento, até o encerramento dos 
prazos previstos no art. 73-B, das determinações contidas nos 
incisos II e III do parágrafo único do art. 48 e no art. 48-A sujeita 
o ente à sanção prevista no inciso I do § 3o do art. 23. 
 
Art. 74. Esta Lei Complementar entra em vigor na data da 
sua publicação. 
 
Art. 75. Revoga-se a Lei Complementar no 96, de 31 de maio 
de 1999. 
Brasília, 4 de maio de 2000; 179o da Independência e 
112o da República. 
 
Questões 
 
01. (TCE/PR – Analista – FCC) De acordo com a Lei de 
Responsabilidade Fiscal, haverá dispensa das exigências legais 
para renúncia de receita na hipótese de concessão de 
(A) anistia decorrente de calamidade pública. 
(B) moratória decorrente de calamidade pública. 
(C) redução de alíquota de ICMS, em plano de 
desenvolvimento socioeconômico de determinada região. 
(D) remissão de crédito tributário de montante inferior ao 
custo de cobrança. 
(E) isenção em caráter específico. 
 
02. (ICMBio - Analista Administrativo - CESPE) Acerca 
do orçamento público e do papel do Estado nas finanças 
públicas, julgue o item a seguir. 
A função alocativa do orçamento justifica-se nos casos de 
provisão de bens públicos. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
03. (TC/MG - Auditor - FUNDEP) Com relação às despesas 
públicas e consoante às previsões da Lei de Responsabilidade 
Fiscal (LC 101/2000), assinale a assertiva INCORRETA. 
(A) A criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação 
governamental que acarrete aumento da despesa será 
acompanhado de declaração do ordenador da despesa de que 
o aumento tem adequação orçamentária e financeira com a lei 
orçamentária anual e compatibilidade com o plano plurianual 
e com a lei de diretrizes orçamentárias. 
(B) É nulo de pleno direito o ato que provoque aumento da 
despesa com pessoal e não atenda o limite legal de 
comprometimento aplicado às despesas com pessoal inativo. 
(C) Entende-se como despesa total com pessoal: o 
somatório dos gastos do ente da Federação com os ativos, os 
inativos e os pensionistas, relativos a mandatos eletivos, 
cargos, funções ou empregos, civis, militares e de membros de 
Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como 
vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios, 
proventos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive 
adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de 
qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições 
recolhidas pelo ente às entidades de previdência. 
(D) A despesa total com pessoal será apurada somando-se 
a realizada no mês em referência com as dos doze meses 
imediatamente anteriores, adotando-se o regime de 
competência. 
(E) Considera-se obrigatória de caráter continuado a 
despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou ato 
administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação 
legal de sua execução por um período superior a dois 
exercícios. 
 
04. (TC/MG - Auditor - FUNDEP) A respeito da receita 
pública e considerando as previsões da Lei de 
Responsabilidade Fiscal, assinale a alternativa INCORRETA. 
(A) Remissão, crédito presumido, concessão de isenção em 
caráter não geral, entre outros, estão compreendidos no 
conceito de renúncia de receita. 
(B) A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de 
natureza tributária da qual decorra renúncia de receita deverá 
estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-
financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos 
três seguintes, atender ao disposto na lei de diretrizes 
orçamentárias,

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