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Excreção medicamentosa - farmacologia

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Excreção
Ai a gente biotransformou esse fármaco, agora a gente vai excretar. O que é excreção? É a saída do fármaco do organismo (ele vai sair pela urina). Como o fármaco vai sair pela urina, ele tem que está na forma hidrossolúvel. Então eu posso ter a excreção de maneira original (não é muito comum), na forma de metabólito 1 (só sofrer reação de fase 2), ou eu posso ter um fármaco na forma de metabólito final (que sofreu reação de fase 1 e fase 2). Normalmente, mais de 95% dos casos, se encontra metabólito.
 E esse fármaco pode ser excretado pelas vias: 
*Principais: renal – responsável por 90% da excreção; excreção fecal – para os fármacos que não são absorvidos; excreção biliar (os livros consideram, a prof não) – a bile é liberada no intestino e do intestino sai como fezes (pra ela é excreção fecal); excreção pulmonar – através da respiração (para fármacos voláteis e de baixo peso molecular).
*Secundárias: lacrimal; suor; salivar; mamária (mais importante) – a criança vai receber aquilo que foi eliminado, ai se você usar sibutramina, anfetamina, tem vários históricos de morte do bebê pelo uso desses medicamentos passados através do leite materno. 
*Excepcionais ou não naturais: digamos que você é diabético e teve uma nefropatia diabética e seu rim não está funcionando; se você é muito idoso, não tem como fazer uma diálise, vai se fazer hemodiálise. A diálise é quando injeta liquido no peritônio, em média 3L e depois retira ou se ele ainda tiver funcionamento renal, consegue urinar e quando se retira o líquido, retira o fármaco também. Na hemodiálise não pode tomar medicamento 2h antes nem 2h depois, se tomar 2h antes vai sair tudo na hemodiálise, se tomar depois pode se intoxicar porque o sangue não voltou ao equilíbrio. Hemodiálise é um aparelho que filtra e ele tira tudo o que é fármaco na corrente sanguínea também. 
Excreção renal
A excreção renal vai acontecer no néfron. O néfron é formado pelo glomérulo (cápsula de Bowman), pelo túbulo contorcido proximal, alça de Henle descedente, alça de Henle ascendente, túbulo contorcido distal e ducto coletor. 
Então, a excreção renal pode acontecer de 3 formas:
*Por filtração glomerular, ou seja, por filtração no glomérulo
*Por secreção tubular ativa (com gasto de ATP), acontece no primeiro túbulo, que é o túbulo contorcido proximal 
*Reabsorção, acontece no distal, reabsorção = volta
Então, é mais ou menos assim, chegou no glomérulo, pequenas moléculas e molécula hidrossolúveis são filtradas. A capsula de Bowman funciona como se fosse uma peneira, ela não deixa passar albumina, leucócitos... então se o fármaco estiver ligado a proteína plasmática, já não passa. Então, vai passar só fármacos de baixo peso molecular e lipossolúveis. E ai, como é que eu vou excretar fármacos de baixo peso molecular que são hidrossolúveis, já que não passa pelo glomérulo? Ai existe a forma mais eficiente de excreção do nosso organismo (acontece no túbulo contorcido proximal). Esse túbulo contorcido proximal é rico em mitocôndrias, mitocôndrias produz ATP e ATP é muito importante para quando eu quero fazer transporte ativo (transporte através da ATPase). É assim: para absorção, a forma de transporte mais interessante é a difusão passiva; para excreção, como o fármaco é hidrossolúvel e alto peso molecular eu não consigo fazer, eu tenho que fazer transporte ativo, então no túbulo contorcido proximal que está cheio de mitocôndria, cheio de ATPase, o fármaco se liga a uma ATPase dessa e é com a hidrólise de ATP jogado pro lúmen. Então, esse fármaco, de alto peso molecular, já está hidrossolúvel, pronto para sair, ele vai ser secretado através da secreção tubular, secreção ativa, com gasto de ATP.
Digamos que esse que foi filtrado ainda está lipossolúvel e chega no túbulo contorcido distal; se ele ainda tiver lipossolúvel, ele vai ser reabsorvido, volta pro organismo. 
Então, fármacos de baixo peso molecular e lipossolúveis sofrem FILTRAÇÃO (processo de difusão sem gasto de ATP), mas só serve para pequenas moléculas e fármacos lipossolúveis.
Se o fármaco estiver hidrossolúvel, pronto para ser excretado ele vai sofrer SECREÇÃO TUBULAR (acontece no túbulo contorcido proximal), onde eu tenho várias ATPases que vão secretar o fármaco em troca de uma hidrólise de ATP, então vai contra o gradiente de concentração (vai do meio menos concentrado para o mais concentrado, mas porque tem ATPases ali).
Se o fármaco estiver hidrossolúvel, quando chega lá no túbulo contorcido distal, vai ser eliminado (sai na urina), se ele estiver lipossolúvel vai ser reabsorvido porque essa região do túbulo contorcido distal é altamente permeável a substancias lipossolúveis.
O pH influenciava na absorção. Fármacos são sempre eletrólitos fracos, não tem eletrólito forte, não tem base forte ou ácido forte, é sempre fraco. Eles são capazes de se dissociar, de mudar a sua ionização de acordo com o pH do meio, na excreção vai ser a mesma coisa: se eu tiver um fármaco ácido, e eu queira aumentar a excreção de um fármaco ácido, o que eu faço? Deixo a urina básica. Então, se eu tenho um AS que é um fármaco ácido, eu tenho que deixar a urina básica, porque um ácido no meio básico, o ácido doa prótons e quando ele doa ele fica ionizado, e ionizado é a mesma coisa que hidrossolúvel (polar), então ele vai ser excretado, não vai ser reabsorvido. E digamos que eu queira aumentar a absorção de uma sulfa, sulfa é ácida, então eu dou um ácido ascórbico (Vit. C) pra pessoa tomar junto, porque ela aumenta a reabsorção (ácido com ácido ao invés de excretar vai ser absorvido). Então eu posso mudar o caráter da excreção de acordo com o pH da urina. Em caso de intoxicação eu posso dar, por exemplo, intoxicação por um ácido eu posso dar bicarbonato de sódio e intoxicação por uma base eu posso dar ácido ascórbico, para tentar eliminar o fármaco básico.

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