Buscar

Teorias da Administração - Atividade contextualizada - Pesquise sobre as teorias administrativas e inicie uma discussão sobre o que pesquisou com os colegas

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Pesquise sobre as teorias administrativas e inicie uma discussão sobre o que pesquisou com os colegas. 
Antes do século XX a Administração não tinha o enfoque científico que é dado na atualidade, visto que as relações de trabalho, economia, crescimento das indústrias, compreensão acerca dos meios de produção e estabelecimento do sistema capitalista foram acontecendo gradualmente em séculos anteriores, muito embora o seu crescimento tenha sido vertiginoso na virada e primeiros anos do século XX. Anteriormente, predominavam as bases do sistema feudalista. Com a migração populacional dos Feudos para as Cidades, a criação de companhias manufatureiras e, consequentemente, a ascensão da Burguesia que defendia o poder por meio dos lucros do liberalismo, as bases da administração moderna começam a se estabelecer: 
“Seguido do surgimento da produção de manufaturas e das corporações de ofício que gerou uma consequente emergência da burguesia mercantil como classe dominante e a consolidação do Estado Absolutista apoiado por ela. Percebendo que o poder real e absoluto dos monarcas emperrava seu crescimento, essa mesma burguesia passou a defender teorias do liberalismo econômico e até conseguir consolidar seu poder” (CRUZ, 2010)
O Trabalho assalariado substitui as corporações de ofício e as bases da revolução industrial são lançadas, fazendo com que o pensamento filosófico e crítico sobre o que seria a administração e como formular teorias sobre os fenômenos que se desdobravam com a modernização das fábricas, relações sociais e crescimento das cidades, surgissem, sobretudo no Estados Unidos, entre os séculos XIX e XX, local que se transformou na principal potência industrial do período. A administração científica, pensada por Frederick Winslow Taylor, preconiza os princípios das teorias administrativas.
A partir daí, ao longo dos anos, vários autores desenvolvem as demais epistemologias que não se excluem, mas que se complementam, podendo ser agrupadas de acordo com suas ênfases nas tarefas, nas pessoas, nos ambientes, nas estruturas e nas tecnologias. Eis as principais: 
Administração Científica (Taylorismo): A ênfase era na racionalização das tarefas, no empregado e no ofício, visando a produtividade, porém, sem levar em consideração as necessidades sociais das pessoas por trás dos seus ofícios, 
Teoria Burocrática (Weber): Era vantajosa do ponto de vista da estrutura e eficiência, abordava toda a empresa (ênfase era na estrutura) mas, por suas normas e rigidez, engessava o processo.
Teoria Clássica (Fayol): Também focada na estrutura, mas do ponto de vista gerencial, de hierarquia, de forma que centralizava o papel do planejamento na figura do gestor principal / gerente.
Teoria das Relações Humanas: Baseada na experiência de Hawthorne (análise das relações da produtividade com a iluminação da fábrica de equipamentos eletrônicos de Hawthorne) Seu foco é nas pessoas, na quebra de hierarquias rígidas, na troca de experiências e dinâmicas de grupo. Cultura motivacional e informalidade.
Teoria Estruturalista: Seu foco é na estrutura, entretanto enquanto ambiente, tanto nos processos formais, como nas dinâmicas que se desenvolvem a partir do ambiente selecionado, com evoluções e modificações com base na interação.
Teoria Neoclássica: Mais uma vez vai retomar a lógica para a estrutura e pensamentos clássicos dentro da hierarquia, porém redimensionados.
Teoria Comportamental: Vem da teoria behaviorista, também com ênfase nas pessoas e suas relações comportamentais em interação, entretanto focando muito mais essas trocas dentro do ambiente de trabalho do que necessariamente extrapolando essa estrutura.
Teoria Contingencial: A ênfase é nos processos tecnológicos para a solução dos problemas organizacionais e também na análise de diversos cenários possíveis, visto que um mesmo modelo de organização não vai ser eficaz para todos os casos. Há uma relatividade.
Outros autores também citam a: Teoria Clássica (Fayol), como desdobramento do Taylorismo, enfatizando a divisão do trabalho, hierarquia, ordem, estabilidade e espírito de equipe, a TGS (Teoria dos Sistemas) que não soluciona exatamente problemas pontuais, mas pensa em aplicações possíveis para casos empíricos, a teoria Sociotécnica que percebe a interação entre as pessoas, as tecnologias, assim como a estrutura da sociedade como comportamento humano, (Conhecida como STS) e as novas abordagens que ganham corpo a partir da década de 90, que vão levar em conta fenômenos como a Globalização, novos modelos de produção, novos modelos relacionais e o crescimento vertiginoso das novas tecnologias.
MATÉRIA: APLICABILIDADE DA TEORIA CONTINGENCIAL EM REDES DE SUPERMERCADOS
Fonte:https://www.joeldebortoli.com/2013/04/aplicabilidade-da-teoria-contingencial_11.html
A matéria inicia-se explicando que no mundo dos negócios atuais, a complexidade e competitividade cresce rapidamente o que faz com que seus gestores tenham atenção redobrada sobre novas soluções e tecnologias que sejam primordiais para o avanço dos resultados. O artigo vai tentar explicar, como uso da teoria contingencial, como as empresas podem analisar o comportamento das pessoas, as tecnologias e o ambiente.
Com isso, Bortoli (2013), autor do estudo, vai traçar mais uma vez o panorama de algumas das teorias da administração: passando pela teoria clássica e em seguida, apontando estudos de outros autores que vão enfocar a abordagem da organização com as variáveis do ambiente externo, e assim, fundamentar suas hipóteses focadas na teoria contingencial.
E seguida, o autor vai conceituar o ambiente, onde ele afirma que “Ambiente é tudo o que acontece externamente, mas influenciando internamente uma organização, ou seja, é a situação dentro da qual uma organização está inserida”, complementando que cada empresa vai pensar em tecnologias e soluções para perceber de que forma a influência empírica desse ambiente interfere dentro da gestão da empresa que não pode ser pensada de maneira desvinculada.
Em seguida, Bortoli, vai conceituar a tecnologia, explicando o seguinte
 “ Tecnologia é o conhecimento que pode ser utilizado para transformar elementos materiais e bens ou serviços, modificando sua natureza ou suas características. A tecnologia tem a propriedade de determinar a natureza da estrutura e do comportamento organizacional. Existe um forte impacto da tecnologia sobre a vida, natureza e funcionamento das organizações.” (Bortoli, 2013)
O autor vai sintetizar, dizendo que a tecnologia tem o poder de otimizar o fluxo das informações, dados e processos dentro da organização e nas suas relações com o ambiente externo, explicando que ela tem a propriedade de determinar a natureza e comportamento organizacional, de modo que a racionalidade técnica vira sinônimo de eficiência, e a tecnologia cria incentivo para a melhoria da eficácia. 
Para comprovar as hipóteses, o autor cita três empresas de supermercado:
Caso 1: “O objetivo da empresa, quase que totalmente, é definido pelo ambiente. A partir de reuniões entre as partes administrativa e comercial, os resultados desta são levados ao presidente que definirá o objetivo a ser alcançado. As informações sobre o ambiente são obtidas através de pesquisas de mercado anuais e terceirizadas, ou antes de abrir uma nova loja”
Nessa situação, a tecnologia exerce grande influência e a implantação e modernização técnica é em função do seu crescimento para oferecer agilidade e eficiência nos serviços.
Caso2: “O objetivo dessa empresa é estabelecido por metas, onde são analisados o mercado no ano anterior e a condição oferecida pela região. A empresa raramente utiliza técnicas usadas pela concorrência. As informações sobre o ambiente são obtidas simplesmente pela percepção que eles possuem através da experiência de vários anos no segmento”.
Neste caso específico, na perspectiva de vencer a concorrência e aprimorar seus serviços e alcance, a organização percebe a saída inevitável de investimento na parte técnica, tomando como base o feedback do mundo exterior, sobretudo dos
meios de comunicação e da imprensa.
Caso 3: “Nesta organização, foi constatado que os objetivos são traçados através de reuniões anuais da diretoria de planejamento, realizadas seis meses antes das aplicações dos objetivos definidos. Com aplicação de pesquisas de satisfação interna junto com pesquisas de clientes, realizadas por uma agência contratada, a organização obtém informações sobre o ambiente. A empresa considera-se um modelo na aplicação de técnicas próprias, não utilizando modelos usados pela concorrência. ”
A situação aqui é da necessidade de implementação tecnológica, após pesquisa com os concorrentes e ao se perceber que tais meios otimizam os treinamentos dos funcionários e marcam uma posição estratégica de pioneirismo no mercado.
Como conclusão do artigo, o autor propõe que
“Concluiu-se que o ambiente e a tecnologia são de fundamental importância para a tomada de decisão nessas organizações supermercadistas e são de extrema relevância para a constituição de uma empresa competitiva. Para os varejistas o crescimento dos grupos de interesse influencia a tomada de decisão. A existência de culturas locais é considerada um fator importante, visto que, exibem as preferências dos clientes destas empresas, para traçar metas organizacionais. ” (BORTOLI, 2013)
O que o autor propõe ao término de sua pesquisa, é que a tecnologia é primordial nas decisões estratégicas e para aumentar competitividade da empresa, e essa constatação é feita, tomando como base os ambientes internos, e sobretudo, externos, que influenciam diretamente nos resultados e comportamento das organizações, e mais ainda, propondo-se uma solução aplicada para cada caso. O Foco é na tecnologia, ambiente e comportamentos, percebendo-se as varáveis de cada negócio, algo que é inspirado na teoria contingencial.
A discussão que proponho aos colegas nos comentários deixados no fórum é: De que forma as abordagens clássicas das teorias da Administração com foco em estruturas apenas, podem também, absorver as abordagens com foco nas pessoas, ambientes e nos processos tecnológicos para, com isso, modernizarem os modelos de gestão das empresas do século XXI?
3. Após as leituras e discussão com os colegas, você já pode responder a seguinte questão: 
- Quais elementos (ferramentas) estudados nas teorias clássicas ainda podem fornecer suporte ao gestor para lidar com questões tão atuais que envolvem as organizações, como a inteligência artificial, a robótica, as impressoras 3D, as mídias sociais e o empoderamento das pessoas conectadas 24 horas por dia?
Conforme apontado anteriormente nos artigos das teorias clássicas da administração, percebe-se que essas abordagens não se excluem e sim, que se complementam, uma abordagem clássica, da administração científica, com foco no trabalho ou na centralização das decisões no gerente, pode se ampliar e abranger tendências de outras teorias, a fim de melhor aplicar as soluções aos seus casos específicos.
De acordo com os teóricos estudados sobre a teoria contingencial e outros estudos com a ênfase é nos processos tecnológicos, é natural que se aplique a abordagem contingencial para as empresas apontadas acima, para a solução dos problemas organizacionais e também na análise de diversos cenários possíveis, visto que um mesmo modelo de organização não vai ser eficaz para todos os casos. Há uma relatividade, os estudos focados nas tecnologias e seu constante aperfeiçoamento, sobretudo do pessoal que lida com esses setores, vai ajudar o gestor a lidar de maneira mais completa com empresas mais modernizadas. 
O uso da inteligência artificial, impressoras 3D e outros elementos da tecnologia, vêm da observação do ambiente da contemporaneidade, onde esses métodos já se aplicam como suportes de uso comum na sociedade, isso chama a atenção do público consumidor e ajuda diversos setores da indústria de construções de peças de matérias primas ou de comunicação remota, por exemplo, a produzir soluções em tempo recorde ou a agilizar as formas de comunicação e troca de experiência, gerando resultados satisfatórios e até mesmo a imersão do seu público-alvo.
No mundo onde a conexão se dá por meio das mídias sociais que se transformam no principal veículo de comunicação, trocas sociais e produção de conteúdo, 24 horas por dia, com a inspiração da teoria contingencial, as empresas podem investir nas tecnologias e treinamentos para se fazerem presentes nesses ambientes e observarem como essa influência do ambiente interfere nas suas formas de fazer negócios e até mesmo no modo de gerenciamento de suas equipes, visto que a influência desse mundo empírico é inevitável.
Texto desenvolvido pela aluna Lucíola Carla Correia da Silva – Análise de Sistemas EAD – Uninassau, Mat 01361379, tomando como base as fontes abaixo:
https://www2.unifap.br/glauberpereira/files/2015/12/TGA-EBOOK2.pdf
https://www.portal-administracao.com/2017/08/principais-teorias-da-administracao.html
https://www.infoescola.com/administracao_/teorias-da-administracao/
https://www.ibccoaching.com.br/portal/o-papel-da-teoria-contingencial-para-administracao-de-um-negocio-proprio/
https://blog.softwareavaliacao.com.br/teoria-contingencial/
https://www.joeldebortoli.com/2013/04/aplicabilidade-da-teoria-contingencial_11.html

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando