RELATORIO ED fisica Bruna modelo novo

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Centro Universitário Leonardo Da Vinci
Educacional Leonardo Da Vinci
BRUNA KAROLINE PEREIRA
(LEF0208)
Tutor: Tyrone Machado
RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO 
LAGES
2019
SUMÁRIO
1. PARTE I – PROJETO DE ESTÁGIO 
1.1 – ÁREA DE CONCENTRAÇÃO E JUSTIFICATIVA .................................03
1.2 – PLANO DE ESTÁGIO ...................................................................................03
1.3 – OBJETIVOS GERAIS ...................................................................................08
1.4 – OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................09
2. PARTE II – PROCEDIMENTOS DE OBSERVAÇÃO E INTERVENÇÃO 
2.1 – CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ................................................10
2.2 – VIVÊNCIA DO ESTÁGIO ...........................................................................10
2.3 – RELATÓRIO DE OBSERVAÇÃO .............................................................10
2.4 – RELATÓRIO DE INTERVENÇÃO ...........................................................11
2.5 – CRONOGRAMA DO ESTÁGIO .................................................................11
3. PESQUISA: PAPER DE ESTÁGIO ...............................................................12
4. REFERÊNCIAS ................................................................................................18
5. ANEXOS/APÊNDICES
5.1 – FOTOS DO ESTÁGIO ..................................................................................19
5.2 – CARTA DE APRESENTAÇÃO ...................................................................20
5.3 – TERMO DE CONVÊNIO DE ESTÁGIO ...................................................21
5.4 – FICHA DE PRESENÇA ...............................................................................22
5.5 – FICHAS DE AVALIAÇÃO (I, II, III, IV) ...................................................23
 
 
 
1. PARTE I – PROJETO DE ESTÁGIO
1.1 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO 
Metodologias de ensino e aprendizagem da Educação Física.
1.2 PLANO DE ESTÁGIO 
PLANO DE AULA 1 - VÔLEI
Objetivo Geral: 
· Aplicar jogos integrativos com o material de voleibol nos movimentos de saque e recepção.
Objetivos Específicos:
· Proporcionar a socialização entre os alunos;
· Oferecer atividades lúdicas sobre os fundamentos do voleibol tornando-as assim prazerosa de serem realizadas;
· Desenvolver atividades motoras que auxiliam na cognitiva.
Recursos de Materiais: Rede, Bola e Quadra.
Sequência didática:
Atividade 1:
Para iniciarmos nossa aula será proposto aos alunos um desafio. Em um dos lados de uma quadra de vôlei colocaremos três marcações no chão (fazer um “X” com fita crepe). Do outro lado, na linha de fundo, os alunos ficarão posicionados para sacar e, ao sinal do professor, deverão executar o saque da forma como quiserem ou souberem, tentando acertar as tais marcações.
Ao executar esta atividade será possível, ao professor, verificar quais os conhecimentos que os alunos possuem em relação ao saque no voleibol. Em um momento seguinte os alunos irão se revezar na tarefa de sacar e recepcionar, para que possam experimentar funções diferentes dentro de quadra.
Atividade 2:
Os alunos divididos em equipes de seis jogadores deverão realizar um jogo de Voleibol com as regras trabalhadas na aula “Os recursos técnicos do voleibol”. Se algum aluno manifestar conhecimento de alguma nova regra esta poderá ser usada no jogo. Só será permitido tocar na bola de duas formas: sacando por cima para iniciar o jogo, e posteriormente de manchete, até que a bola seja passada para o outro lado. Mais uma vez o jogo terminará quando uma das equipes completar 25 pontos.
Avaliação:
Entrosamento e trabalho em equipe;
Participação e interesse.
PLANO DE AULA 2 - FUTSAL
Objetivo Geral:
· Verificar as habilidades e dificuldades dos alunos com os fundamentos táticos do futsal.
Objetivos Específicos: 
· Promover a interação dos alunos com o futsal; 
· Trabalhar o desenvolvimento da coordenação motora ampla como correr e agilidade.
Recursos materiais: Bola de futsal.
Sequencia didática:
Atividade 1:
Em sala de aula o professor deve fazer uma apresentação com ilustrações sobre os sistemas defensivos do Futsal, os tipos de defesa e as linhas de defesa.
Na quadra, os alunos serão divididos em equipes para vivenciar cada posicionamento defensivo do Futsal, em cada tipo de marcação e linha defensiva.
Atividade 2:
No primeiro momento, os alunos irão vivenciar os sistemas defensivos fora de jogo, apenas simulando o posicionamento em quadra. Já no segundo momento os alunos devem vivenciar os tipos de defesa do Futsal em situação de jogo, onde deve ser definido um tipo de sistema defensivo a ser utilizado pelas equipes antes de cada jogo.
Avaliação:
Melhor coordenação motora;
Trabalho aeróbico;
Concentração durante as aulas; 
Trabalho em equipe.
PLANO DE AULA 3 – TÊNIS DE MESA
Objetivo Geral: 
· Conhecer as dificuldades e habilidades dos alunos no tênis de mesa.
Objetivos Específicos: 
· Observar as capacidades de atenção e interação dos alunos; 
· Estimular o trabalho em equipe garantindo a participação de todos;
Recursos materiais: 4 raquetes de tênis de mesa, duas bolinhas, duas mesas e duas redes.
Sequencia didática:
Atividade 1:
1 Organização: Montar duas mesas e dividir os alunos em 4 grupos, dispondo cada grupo em forma de coluna.
2 Execução: Em cada mesa, haverá dois grupos, onde um aluno começará a jogar e o que está atrás continuará.
Atividade 2:
1 Organização: Montar duas mesas e dividir os alunos em 2 grupos.
2 Execução: realizar o rodízio a cada 3 pontos ou a cada ponto.
Avaliação:	
Adquirir controle corporal;
Desenvolver a agilidade;
Identificar o nível de interesse.
PLANO DE AULA 4 - HANDEBOL
Objetivo Geral:
· Vivenciar o jogo de forma recreativa.
Objetivo especifico:
· Desenvolver a capacidade motora e o conhecimento da modalidade.
Recursos materiais: uma bola de Handebol e 14 coletes. 
Sequencia didática:
1 Organização: Dividir os alunos em 3 equipes de 7 alunos, dispondo além das duas traves no final da quadra, mais uma no meio.
2 Execução: os alunos realizarão jogo normal, não podendo apenas fazer gol no seu goleiro; a bola mesmo saindo da quadra está em jogo.
Avaliação:
Participação;
Trabalho em equipe;
Entrosamento.
PLANO DE AULA 5 - LÚDICO
Objetivo Geral:
· Promover o entrosamento e a descontração nas atividades físicas.
Objetivo especifico:
· Identificar o jogo como forma de interação social e suas regras como forma de mediação de conflitos.
Recursos materiais: bola de vôlei.
Sequencia didática:
Atividade 1:
Queimada Bandeira
Cada time fica de um lado do campo e os jogadores tentam acertar os outros com uma bola. Os campos de cada time também têm que ter um espaço onde fica outra bola, que não pode ser usada pela equipe.
O objetivo do jogador é conseguir entrar no campo do adversário sem ser queimado, pegar a bola que não é usada e voltar para seu campo.
Os mortos (pessoas que forem queimadas com a bola durante o jogo) ficam nas laterais. Se um dos mortos pegar a bola, ele pode tentar queimar pessoas do time adversário.
Atividade 2:
Queimada Abelha-rainha
Os alunos se dividem em dois times e cada um deles tem que escolher um jogador para ser a abelha-rainha. Esse jogador tem que ser protegido pelo resto do time.
Uma equipe começa com a bola e a outra escolhe o seu campo.
Quem começa com a bola tem que tentar queimar os jogadores do outro time, especialmente a abelha-rainha.
Os participantes que forem queimados têm que ir para o morto que é o espaço atrás do campo e não podem sair de lá.
Para ganhar o jogo, é preciso queimar todos do time, mas se a abelha-rainha for queimada antes, a brincadeira termina e a equipe que conseguiu atingi-la vence.
Avaliação:
Participação;
Trabalho em equipe;
Entrosamento.
1.3 OBJETIVO GERAL 
Vivenciar a realidade da prática da Educação Física no Ensino Médio.
1.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
· Buscar conhecimento Prático;
· Visualizar e acompanhar o funcionamento da Unidade Escolar;
· Vivenciar a adesãodos alunos;
· Vivenciar quais práticas os alunos mais gostam; 
· Conhecer as formas de avaliação em Educação Física no Ensino Médio.
2. PARTE II – PROCEDIMENTOS DE OBSERVAÇÃO E INTERVENÇÃO
2.1 – CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO 
Organização e Infraestrutura: A escola atende nos períodos matutino, vespertino e noturno, desde o ensino fundamental até o 3º ano do ensino médio. A escola conta com 23 sala de aula, sendo que uma delas possui dois laboratórios, uma sala de professores com dois ambientes, uma sala para direção, uma sala para supervisão, uma sala para administração escolar, uma sala para orientação escolar, uma sala para secretaria, uma sala para assistentes técnicos pedagógicos, uma sala de arquivos, dois depósitos, um pavilhão, uma sala de eventos com um sanitário, uma cozinha com depósito, uma cozinha para os professores, 11 sanitários, uma área coberta com mesas de refeitório, um sanitário adaptado à portadores de necessidades especiais, uma biblioteca, uma sala para laboratório de informática, uma arena multiuso, na sala de arte e uma sala multifuncional.
Regimento escolar e projeto político pedagógico: O projeto político pedagógico da Escola de Educação Básica General José Pinto Sombra tem a finalidade de explicitar a intenção de construção coletiva de uma escola cidadã, democrática e de qualidade, envolvendo efetivamente educadores, pais, estudantes, agentes educacionais e comunidade. A elaboração do PPP é uma necessidade, haja visto que toda a escola precisa registrar seus dados, situar-se no contexto social, renovar-se planejando a curto médio e longo prazo e sistematizando a sua prática bem como descrevendo sua dinâmica.
Caracterização do corpo docente: A escola conta com um total de 70 professores, sendo 34 efetivos e 36 ACTs, distribuídos no Ensino Fundamental e Médio atuando nos três turnos. O corpo docente dos anos finais do Ensino Fundamental e do ensino médio têm habilitação em sua respectiva área. Temos também dois professores com mestrado. Quanto aos anos iniciais o corpo docente possui habilitação em pedagogia e especialização na área.
Caracterização do professor regente: Acompanhei as aulas do professor Cláudio Medina, que é formado em educação física há 12 anos, atua na rede estadual há 8 anos, com carga horaria de 40 horas semanais. Realiza o planejamento das aulas de 15 em 15 dias, seguindo o estabelecido na base curricular para cada turma. O professor tem bastante segurança ao ministrar aulas, bom domínio de turma e também do conteúdo prático.
Caracterização da turma: As turmas que acompanhei foram de ensino médio no período noturno. Pude observar que as turmas são bem dispersas, há pouco interesse pela atividade física na escola pois muitos relatam que frequentam academias. Busquei trabalhar de forma dinâmica e tornar as aulas mais atrativas.
2.2 – VIVÊNCIA DO ESTÁGIO 
A instituição foi bem receptiva, consegui sanar minhas dúvidas com o professor regente da disciplina no período noturno, acompanhando sua prática e também realizando a intervenção de acordo com os planos que elaborei.
2.3 – RELATÓRIO DE OBSERVAÇÃO 
Observei a rotina escolar noturna, que é bem diferente do dia. Os alunos são mais rebeldes, nem sempre participam, há certa dificuldade no ensino de regras. É preciso do professor uma postura mais autoritária, para que possa transmitir o conteúdo de acordo com o programado.
O professor utiliza uma abordagem desenvolvimentista em suas aulas. O espaço para as aulas é bom e há materiais básicos disponíveis na escola, para o trabalho das principais modalidades.
2.4 – RELATÓRIO DE INTERVENÇÃO 
O estágio será realizado na Escola Municipal de Educação Básica Pinto e Sombra, situada no bairro Guarujá, no município de Lages, em turmas de Ensino Médio. A partir do contato com o professor da escola, foi agendado os dias de estágio, encaminhado os papéis de ambas instituições.
A escola foi escolhida pois atende no período noturno, o que facilita a realização do estágio, visto que durante o dia encontro-me em outras atividades. A trilha de aprendizagem serviu de base para a elaboração da parte documental e também para os encaminha mentos pedagógicos dos trabalhos.
2.5 – CRONOGRAMA DO ESTÁGIO
A seguir as datas, turno e horário em que realizei o estágio, envolvendo as atividades de observação e de regência.
	
	Turno e horário
	Atividade
	11/10/19
	Noturno – 18h as 22h
	Observação
	18/10/19
	Noturno – 18h as 22h
	Observação
	25/10/19
	Noturno – 18h as 22h
	Regência
	01/11/19
	Noturno – 18h as 22h
	Regência
	08/11/19
	Noturno – 18h as 22h
	Regência
	22/11/19
	Noturno – 18h as 22h
	Regência
	29/11/19
	Noturno – 18h as 22h
	Regência
3. PESQUISA: PAPER DE ESTÁGIO 
METODOLOGIAS DE ENSINO E APRENDIZAGEM DA EDUCAÇÃO FÍSICA
Bruna Karoline Pereira
Prof. Orientador Tyrone Machado
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Licenciatura em Educação Física (LEF0208) – Paper de Estágio 
22/11/19
RESUMO
A experiência da prática de estágio compreende um momento muito importante da formação acadêmica, visto que é o momento em que se torna possível conhecer na prática a realidade da profissão pretendida. Na área da Educação Física este é um momento muito importante, pois é neste momento que o contato com o aluno e que toda a teoria estudada em sala de aula é colocada na prática. Este paper foi construído a partir da experiência de estágio no Ensino Médio, nos momentos de observação e de regência. Foi possível fazer a ligação dos conteúdos teóricos da sala de aula com a realidade prática, bem como vivenciar as dificuldades encontradas no dia-a-dia do professor de Educação Física. 
Palavras-chave: Educação Física. Ensino Médio. Metodologias.
1 INTRODUÇÃO
 A Educação Física escolar vem se constituindo como prática pedagógica, a partir de diferentes interesses e concepções pedagógicas. Algumas propostas de ensino visam a melhoria dos aspectos motores, sociais, cognitivos e afetivos; outros focam em padrões tipificados de comportamento; há ainda aquelas que tem como objetivo a promoção da saúde e de uma vida fisicamente ativa.
Existe uma busca por uma por estratégia metodológica que possam dar conta das necessidades educacionais para introduzir e integrar o aluno na cultura corporal do movimento, formando o cidadão que vai produzi-la, reproduzi-la e transformá-la para usufruir do jogo, do esporte, das atividades rítmicas e dança, das ginásticas e práticas de aptidão física, em benefício da qualidade de vida.
A história da Educação Física no âmbito escolar, desde seu início higienista e depois a fase militarista até o surgimento dos chamados movimentos renovadores, os quais trazem novas concepções do sentido e do ensino da Educação Física, buscam um ensino que vem, historicamente, buscando organizar meios e formas metodológicas que possa dar conta de facilitar o processo ensino-aprendizagem. 
Metodologia pode ser entendida como “método”, do Latim “methodus” cujo significado é “caminho ou a via para a realização de algo”. Método é o processo para se atingir um determinado fim ou para se chegar ao conhecimento. Metodologia é o campo em que se estuda os melhores métodos praticados em determinada área para a produção do conhecimento.
A metodologia de ensino é a aplicação de diferentes métodos no processo ensino-aprendizagem. Os principais métodos de ensino usados no Brasil são: método Tradicional (ou Conteudista), o Construtivismo (de Piaget), o Sociointeracionismo (de Vygotsky) e o método Montessoriano (de Maria Montessori).
	Este estudo irá explorara as características históricas da educação física que mais adiante deram origem ás metodologias propriamente ditas, de forma a servir com referência durante a prática sobre o eixo norteador da disciplina.
2 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: METODOLOGIAS DE ENSINO E APRENDIZAGEM DA EDUCAÇÃO FÍSICA - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
	Iniciando, numa abordagem histórica, a Educação Física como integrante da escolarização básica, na qual o Ensino Médio encontra-seinserido, aparece contemplada na atual estrutura curricular da Educação brasileira, na área de Linguagens e Códigos e suas Tecnologias.
A Educação Física, e em especial a do Ensino Médio, é uma disciplina relevada a segundo plano ou por vezes até esquecida nos projetos políticos pedagógicos de algumas escolas. Afirma Santin (1997, p.46) que:
A Educação Física nem sempre foi considerada de capital importância, nem mesmo por alguns de seus profissionais, porque não é posta como uma real educação humana, mas apenas como suporte para atividades esportivas, acabou sendo uma disciplina dispensável.
Reforçando a conceituação acima, temos ainda a importante definição dos significados, que ao longo da história tiveram forte influência. Segundo Gonçalves (1997, p.135):
Ao longo da história, a Educação Física como instituição, do mesmo modo que a Educação, representou diferente papeis, adquiriu diferentes significados, conforme o momento histórico, e tem sido utilizado, muitas vezes, como instrumento do poder, para veiculação de ideologias dominantes e preservação do status quo.
A Educação Física foi implantada no currículo brasileiro no ano de 1882, com o parecer de Rui Barbosa e, nas décadas finais do século XIX e começo do século XX, este componente curricular esteve em evidência pela grande influência militar. Seu ensino, por sua vez, baseava-se nas relações em que o professor assumia o papel de instrutor e o aluno de recruta. 
Simultaneamente à influência militar, a influência médica deixou suas marcas através dos princípios higienistas e eugenistas da Educação Física. Os hábitos saudáveis, higiênicos e a perspectiva de aprimorar cada vez mais a raça humana estavam em voga. Esses ideais foram norteadores de todo o pensamento da época, principalmente na década de 30, resultando numa forte concepção da Educação Física como perspectiva biológica, onde o aspecto físico reinava. A Educação Física tinha como objetivo, formar o indivíduo “perfeito”, o homem forte e saudável.
Com estes ideais o caráter médico, gradativamente, vai se infiltrando nas aulas de Educação Física e passa a sobrepor o pedagógico, assumindo assim esta disciplina um papel que não era o seu, e afastando-se, portanto, de sua verdadeira função enquanto componente curricular.
Após o período das Grandes Guerras, começa a aparecer uma nova concepção, a qual ficou conhecida de “desmilitarização” da Educação Física começando então a emergir o pensamento desportivo.
Dentro desta nova perspectiva, as personagens da escola incorporaram outros papeis. O professor assumia o papel de treinador, enquanto o aluno correspondia o de atleta. Este período pode ser reconhecido como período de grandes características exclusivas no campo escolar, pois os jovens que não fossem “talentos ou prodígios esportivos” eram desconsiderados.
O esporte passou a ocupar cada vez mais espaço nas aulas de Educação Física, enaltecendo as marcas de rendimentos, os recordes, a competitividade, o desempenho e os índices físicos. Embora, em todos esses momentos houvesse um caráter tecnicista, o auge dessa influência foi mais forte nos anos 70, onde se estreitam os vínculos entre esporte e nacionalismo.
A partir dos anos 80 a Educação Física entrou num processo de crise de identidade. Muitos profissionais começaram a trabalhar de forma espontânea, onde os conteúdos, objetivos, critérios de avaliação, entre outros, ficaram indefinidos, levando a educação física a uma falta de identidade, sem que os princípios básicos do ensino fossem esclarecidos.
Assim sendo, a Educação Física escolar que hoje se apresenta no Ensino Médio, é o resultado das várias influências recebidas na sua trajetória enquanto componente curricular. Segundo Mattos & Neira (2000, p.25):
[...] para inserir a Educação Física dentro do currículo escolar e coloca-la no mesmo grau de importância das outras áreas conhecimento é através da fundamentação teórica, da vinculação das aulas com os objetivos do trabalho, da não improvisação e, principalmente, da elaboração de um plano que atenda às necessidades, interesses e motivação dos alunos.           
No ensino médio a desmotivação com relação às aulas de Educação Física é muito grande. Por isso as aulas devem apresentar características próprias e inovadoras, atendendo às novas fases cognitivas, afetivas e sociais que os adolescentes apresentam nessa faixa etária. O trabalho deve ser vinculado ao lazer, saúde e competição esportiva, fazendo uma interligação com outros temas, já que essa faixa etária nos permite fazer uma abordagem mais complexa de aspectos socioculturais e biológicos.
A incidência cada vez maior de adolescentes e jovens obesos, com dificuldades oriundas da falta de movimento, com possibilidades de acidentes cardiovasculares, abre possibilidades metodológicas de abordagem do ensino da Educação Física para o Ensino Médio voltado para o conhecimento da Aptidão Física e Saúde. Abre-se possibilidade de reunir os alunos por grupos de interesse e necessidades e, junto a eles, desenvolver projetos de atividades físicas especiais.
Os alunos do Ensino Médio podem estar expostos a algumas circunstâncias negativas devido às mudanças de hábito do homem, destacando-se o stress, que traz junto com ele as doenças psicossomáticas como a ansiedade, frustação e depressão. Por isso, é necessária a inclusão de programas escolares que valorizem o aprendizado e a prática de exercícios de elevação e manutenção da frequência cardíaca em limites submáximos, alongamento, flexibilidade, relaxamento e compensação com o objetivo de uma melhor qualidade de vida.
Um outro fator importante da adolescência é a formação da identidade, a construção da personalidade. Vários questionamentos surgem com relação ao seu corpo, aos valores existentes, ao seu lugar na sociedade. E na solução dos questionamentos que aparecem neste período do desenvolvimento humano, três grupos sociais influenciam o adolescente na construção da sua identidade: a família, o grupo de amigos e a escola.
Desta forma, podemos verificar que a Educação Física, como parte integrante da Escola, tem a sua colaboração na construção do ser humano em desenvolvimento. Este aluno que frequenta o Ensino Médio necessita de uma Educação Física que possa através de seus conteúdos, das atividades desenvolvidas, colaborar na formação de sua personalidade e de sua participação ativa na sociedade. 
A Educação Física no Ensino Médio precisa fazer o adolescente entender e conhecer o seu corpo como um todo, não só como um conjunto de ossos e músculos a serem treinados, mas como a totalidade do indivíduo que se expressa através do movimento, sentimentos e atuações no mundo (MATTOS & NEIRA, 2000, p.94).
Para Medina (1987, p. 63), o profissional de Educação Física tem a função de “promover conscientemente o homem a níveis mais altos de vida, contribuindo assim com sua parcela para a realização da sociedade e das pessoas em busca de sua própria felicidade”. Deve ainda auxiliar as pessoas no seu desenvolvimento pessoal, sendo um agente transformador da sociedade, importante por produzir e estimular cultura no contexto em que está inserido.
Educação Física é entendida como disciplina que se utiliza do corpo, através de seus movimentos, para desenvolver um processo educativo que contribua para o crescimento de todas as dimensões humanas. [...] deve ocupar-se do corpo e de seus movimentos, voltando-se para a ampliação constante das possibilidades concretas dos seres humanos, ajudando-os, assim, na sua realização mais plena e autêntica (MEDINA, 1987, p.62)
É importe que o profissional de educação física conheça essa trajetória histórica e também a atual posição privilegiada como uma profissão validada como agente transformadora para a sociedade, vista desde de dentro das escolas quanto em espaços além dessa com essa característica.
3 CONIDERAÇÕES FINAIS 
Apesar dos esforços que os professores fazem diariamente para levar um ensino adequado aos alunos, sempre encontram dificuldades de espaço, falta de material sendo que muitasvezes é preciso refazer o plano de aula quando planejado uma atividade em quadra, pois se chover esta tem que ser cancelada, aonde os alunos apresentam resistência em praticar outras atividades nas aulas de Educação Física.
Sempre acontece casos de desinteresse por parte dos alunos em muitos dos esportes, então se o professor não estiver preparado para argumentar e os materiais também não forem adequados há o desestímulo de alunos e professores.
O estágio foi uma experiência muito enriquecedora, sendo possível colocar em prática a teoria pesquisada e vivenciada nas aulas. Durante a regência e a observação das aulas e das atividades propostas observei a resistência de alguns alunos em participar das atividades propostas, vendo o quanto é importante que o professor cative e incentive a participação de todos os alunos em todas as atividades.
	A escola oferece a educação continuada do professor, percebi que é uma importante ferramenta, pois estes voltam das mesmas com ideias novas, trocam experiências e fortalecem o vínculo com os demais colegas, agregando mais efetividade ás atividades da escola.
	A equipe de professores e demais funcionários é bem unida, realizam as atividades da melhor forma possível, trabalhando sempre para o bem-estar e sucesso da educação dos alunos da escola. Foi uma experiência muito válida e gratificante.
4. REFERÊNCIAS
GONÇALVES, Maria Augusta S. Sentir, pensar, agir: corporeidade e educação. São Paulo: Papirus, 1997.
MATTOS, Mauro G. & NEIRA, Marcos G. Educação Física na adolescência: construindo o conhecimento na escola. São Paulo: Phorte Editora, 2000.
MEDINA, João Paulo. A Educação física cuida do corpo e... mente. Campinas: Papirus, 1987.
SAVIANI. D. Escola e democracia. São Paulo, Autores Associados/Cortez Ed. 1984.
5. ANEXOS/APÊNDICES
5.1 – FOTOS DO ESTÁGIO 
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