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Casos Resolvidos Dir Internacional e Trabalho

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CASO CONCRETO 1 
Considerando as fontes de direito internacional público previstas no Estatuto da Corte 
Internacional de Justiça (CIJ) e as que se revelaram a posteriori, bem como a doutrina 
acerca das formas de expressão da disciplina jurídica, as convenções internacionais, 
que podem ser registradas ou não pela escrita, são consideradas, independentemente 
de sua denominação, fontes por excelência, previstas originariamente no Estatuto da 
CIJ. Analise a afirmativa e com base no aprendizado, julgue e fundamente sua 
resposta. (CESPE – adaptada) 
 
R = A afirmativa está errada. As Convenções Internacionais são obrigatoriamente 
escritas. As Convenções Internacionais são, Tratados, Acordos, Documentos escritos 
celebrados entre membros. Conforme o art. 38 do Estatuto da CIJ, as Convenções 
Internacionais, quer gerais, quer especiais, que estabelecem regras expressamente 
reconhecidas pelos Estados litigantes. Vale ressaltar que a doutrina é apenas um meio 
auxiliar, conforme dispõe também o art. 38 do Estatuto da CIJ. 
 
 A Convenção de Havana, no seu art. 2º: “É condição essencial nos tratados a forma 
escrita. (...)”, e a Convenção de Viena, art. 2, I: “a) “tratado” significa um acordo 
internacional concluído por escrito entre Estados e regido pelo Direito Internacional, 
quer conste de um instrumento único, quer de dois ou mais instrumentos conexos, 
qualquer que seja sua denominação específica”. 
 
Dessa forma, a afirmativa encontra-se incorreta, pois pelas regras do direito dos 
Tratados, as Convenções Internacionais em razão de seu processo solene, precisa ser 
escrita, ou seja, a escrita é ato intrínseco característica do Tratado. 
 
* Nos termos do art. 38, II do Estatuto da CIJ. Destaca-se que a diferenciação existente 
entre o costume e o uso está justamente na convicção de obrigatoriedade de prática 
presente naquele e ausente neste. 
São elementos do Costume Internacional: 
A) material ou objetivo: consubstancia-se na repetição reiterada, uniforme e 
geralmente aceita de determinados atos, face a situações semelhantes; 
B) psicológico ou subjetivo: (opinio juris et necessitatis): consiste na convicção da 
validade e da obrigatoriedade daquela pratica geral. Costume é fonte primaria 
de Direito Internacional. 
* A expressão não escrita do direito das gentes conforme o costume internacional como 
prática reiterada e uniforme de conduta, que, incorporada com convicção jurídica, 
distingue-se de meros usos ou mesmo de prática de cortesia internacional. 
* O Costume Internacional é uma das fontes de DIP e reflete obrigações jurídicas, 
acarretando consequências ao seu infrator. Já os usos e hábitos Internacionais não 
refletem obrigações internacional, sendo baseados na cortesia ou em outros valores 
morais. 
 
 
Art. 38, II do Estatuto da CIJ 
Doutrina = É tudo aquilo que nasce de atividade cientifico-jurídico, ou seja, dos 
ensinamentos dos professores, dos pareceres dos jurisconsultos, das opiniões dos 
tratadistas. 
 
A luz do art. 38 da Corte Internacional de Justiça, esta afirmativa está errada, uma vez 
que o referido artigo elenca quais são as fontes do Direito Internacional, não tendo 
esta afirmativa qualquer coerência. 
 
CASO CONCRETO 02: 
A República de Utopia e o Reino de Lilliput são dois Estados nacionais vizinhos cuja 
relação tornou-se conflituosa nos últimos anos devido à existência de sérios indícios 
de que Lilliput estaria prestes a desenvolver tecnologia suficiente para a fabricação de 
armamentos nucleares, fato que Utopia entendia como uma ameaça direta a sua 
segurança. Após várias tentativas frustradas de fazer cessar o programa nuclear 
lilliputiano, a República de Utopia promoveu uma invasão armada a Lilliput em 
dezembro de 2001 e, após uma guerra que durou três meses, depôs o rei e promoveu 
a convocação da Assembléia Nacional Constituinte, que outorgou a Lilliput sua atual 
constituição. Nessa constituição, que é democrática e republicana, as antigas 
províncias foram convertidas em estados e foi instituído, no lugar do antigo Reino de 
Lilliput, a atual República Federativa Lilliputiana. Assim, podemos afirmar que a 
República Federativa Lilliputiana deve obediência aos costumes internacionais gerais 
que eram vigentes no momento em que ela adquiriu personalidade jurídica de direito 
internacional, não obstante essas regras terem sido estabelecidas antes do próprio 
surgimento desse Estado. (CESPE – adaptada) 
 
R = A afirmativa está correta, tendo em vista que o Costume é uma prática que tem 
força de lei, logo tem o caráter da obrigatoriedade. Além disso, no caso em tela, trata-
se de Costumes Internacionais Gerais, que vê o costume como uma manifestação 
sociológica, obrigando erga omnes quanto mais difundido fosse, ou seja, são validos 
para toda a comunidade internacional. 
 
Assim, como um novo membro da comunidade internacional, o novo Estado deve 
obedecer a essas regras, embora tenha surgido posteriormente a existência desses 
costumes, e apesar da existência da Soberania, onde o Estado pode criar suas regras e 
não é obrigado a obedecer as regras dos outros países, porém, no âmbito Internacional 
a Soberania reflete a igualdade entre os Estados, o que significa que todos os Estados 
devem cumprir as Regras e Costumes do âmbito Internacional. 
 
Vale ressaltar que o artigo 38 da Convenção de Viana sobre direito dos tratados, de 
1969, tem o costume internacional como uma das fontes do direito internacional que 
vincula as partes como norma não escrita. 
 
 
CASO CONCRETO 03/02: 
O litígio se dá entre Portugal e Índia. O primeiro Estado aparelhou perante a Corte 
Internacional de Justiça procedimento judicial internacional contra o Estado indiano, 
relativo a certos direitos de passagem pelo território deste último Estado de súditos 
portugueses (militares e civis), assim como de estrangeiros autorizados por Portugal 
com a intenção de dirigir-se a pontos encravados situados perto de Damão, para 
acesso aos encraves de Dadra e Nagar-Aveli. O Estado português alega que havia um 
costume [internacional] local que concedia um direito de passagem pelo território 
indiano a seus nacionais e às forças armadas até Dadra e Nagar-Aveli. A alegação de 
fundo é a de que o Estado indiano quer anexar estes dois territórios portugueses, 
ferindo seus direitos soberanos sobre eles. Os indianos sustentam que, segundo o 
Tratado de Pooma, realizado em 1779 entre Portugal e o governante de Maratha e 
posteriores decretos exarados por este governante, os direitos portugueses não 
consistiam na soberania sobre os mencionados encraves, para os quais o direito de 
passagem é agora reclamado, mas apenas num "imposto sobre o rendimento". 
Quando o Reino Unido se tornou soberano naquele território em lugar de Maratha, 
encontraram os portugueses ocupando as vilas e exercendo um governo exclusivo. Os 
britânicos aceitaram tal posição, não reclamando qualquer tipo de soberania, como 
sucessores de Maratha, mas não fizeram um reconhecimento expresso de tal situação 
ao Estado português. Tal soberania foi aceita de forma tácita e subsequentemente 
reconhecida pelo Estado indiano, portanto as vilas Dadra e Nagar-Aveli foram tidas 
como territórios encravados portugueses, em território indiano. 
A petição portuguesa coloca a questão que o direito de passagem foi largamente 
utilizado durante a soberania britânica sobre o Estado indiano, o mesmo ocorrendo 
no período pós-britânico. Os indianos alegam que mercadorias, com exceção de armas 
e munições, passavam livremente entre o Porto de Damão (território português) e 
ditos encraves, e que exerceram seu soberano poder de regulamentação impedindo 
qualquer tipo de passagem, desde a derrubada do governo português em ditos 
encraves. (Pereira, L. C. R. Costume Internacional: Gênese do Direito Internacional. Rio 
de Janeiro: Renova, 2002, p. 347 a 349 – Texto adaptado). Diante da situação acima e 
dos dadosapresentados, responda: 
 
1) De acordo com entendimento da Corte Internacional de Justiça, qual a fonte de 
direito internacional Público é aplicável a fim de dar solução ao litígio? 
R = A fonte aplicável ao litígio apresentado entre Portugal e Índia, para dar-lhe solução, 
segundo entendimento da Corte Internacional de Justiça é o Costume Regional. 
 
2) Como ela é definida? 
R = Ela é definida como Costume Regional, também denominado de local, que diz 
respeito a pedido de permissão para transposição territorial, o qual tem sido 
reconhecido pela jurisprudência e doutrina internacionais, a exemplo do caso em tela 
sobre direito de passagem entre Portugal e Índia, julgado na CIJ em 1960, no qual se 
reconheceu, também, a possibilidade de estabelecimento de costume em sentido 
contrário em razão da desobediência recíproca a costumes preestabelecidos (costumes 
"contra legem"). 
 Os Costumes apresentam essencialmente dois elementos. O elemento material (ou 
objetivo) que se constitui na repetição de atos, também chamados precedentes; e o 
elemento psicológico (ou subjetivo), identificado pela expressão latina opinio juris sive 
necessitatis. O primeiro elemento pode ser analisado em várias dimensões (tempo de 
repetição do ato; número de Estado que o praticam etc...). 
 Aqui convém perceber que o ato costumeiro é praticado por dois Estados: Índia e 
Portugal, ainda que o primeiro tenha estado sob o jugo Colonial da Grã-Bretanha. Dessa 
forma identifica-se a localidade do precedente, de modo que, a sustentar a existência 
de um Costume Internacional local (e não de caráter geral), caso entenda-se que 
contemporaneamente exista também o elemento subjetivo. Este representa a ideia de 
necessidade, obrigatoriedade e consentimento entre os Estados praticantes dos 
precedentes. 
 No caso citado, a prática adotada pelos Estados leva a crer que existe um costume 
internacional local. Entretanto o direito de passagem deve se limitar ao trânsito de 
mercadorias e indivíduos civis e não de forças armadas, polícia militarizada, armas e 
munições que é uma exceção de proibição. 
 
3) Qual o elemento que a torna norma jurídica? 
R = O Costume se estabelece pela união de certos elementos: um elemento que certifica 
sua existência, sua prática geral e sua uniformidade através do tempo; e outro elemento 
que atribui ao costume seu caráter eminentemente obrigatório entre os sujeitos do 
mesmo direito: a opinio iuris, ou a consciência de sua obrigatoriedade. 
 Os primeiros elementos reúnem-se sob a denominação geral de elementos materiais; 
o segundo é considerado o elemento psicológico do costume. São eles que tornam a 
norma jurídica. 
 
CASO CONCRETO 03/02: 
 Analise o texto abaixo retirado do voto de A.A. Cançado Trindade, proferido na Corte 
Interamericana de Direito Humanos no caso da Comunidade Indígena Sawhoyamaxa 
versus Paraguay: 
“...No universo do Direito Internacional dos Direitos Humanos, é o indivíduo quem 
alega ter seus direitos violados, quem alega sofrer os danos, quem tem que cumprir 
com o requisito do prévio esgotamento dos recursos internos, quem participa 
ativamente da eventual solução amistosa, e quem é o beneficiário (ele ou seus 
familiares) de eventuais reparações e indenizações. 
Em nosso sistema regional de proteção, o espectro da persistente denegação da 
capacidade processual do indivíduo peticionário ante a Corte Interamericana (....) 
emanou de considerações dogmáticas próprias de outra época histórica tendentes a 
evitar seu acesso direto à instância judicial internacional, - considerações estas que, 
em nossos dias, ao meu modo de ver, carecem de sustentação e sentido, ainda mais 
tratando-se de um tribunal internacional de direito humanos. (...). No presente 
domínio de proteção, todo jusinternacionalista, fiel às origens históricas de sua 
disciplina, saberá contribuir para o resgate da posição do ser humano como sujeito de 
direito das gentes dotado de personalidade e plena capacidade jurídicas 
internacionais". Responda a pergunta abaixo: 
No que se refere ao trecho do voto de Antônio Augusto Cançado Trindade, responda: 
 - Com base no conceito de sujeito de direito internacional e no de uma sociedade 
internacional aberta, como defende Celso Mello, discorra sobre a posição do ser 
humano como sujeito de Direitos, refletindo sobre sua personalidade e sobre sua 
capacidade para agir no plano internacional. 
 
R = O indivíduo como sujeito de direito internacional ganhou força pós segunda (2°) 
guerra mundial, notadamente como uma proteção aos atos praticados pelos estados 
soberanos, principalmente o Holocausto Judeu, entre Deutschland und Polen 
(Alemanhã e Pôlonia). 
Dessa forma, foi necessária a elevação, em algumas situações, da capacidade jurídica 
internacional do indivíduo para que o mesmo, com sua própria capacidade postulatória 
pudessem agir junto aos órgãos de jurisdição internacional. 
Contudo, essa personalidade é limitada, pois nesse caso é apenas destinatário das 
normas internacionais, mas não participa da formação dessas normas. 
Cabe trazer à baila o entendimento da Corte Internacional de Direitos Humanos (CEDH), 
que assegura o direito de petição ao indivíduo sem qualquer intermediário, previsto no 
art. 44 (CIDH). Tal garantia foi prevista a partir do protocolo nº 11/1995, que tornou 
obrigatória a cláusula do artigo 34. 
 
QUESTÃO OBEJTIVA 
Segundo o Art. 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça, são fontes do direito 
internacional as convenções internacionais, 
a. o costume, os atos unilaterais e a doutrina e a jurisprudência, de forma auxiliar. 
b. o costume internacional, os princípios gerais de direito, os atos unilaterais e as 
resoluções das organizações internacionais. 
c. o costume, princípios gerais de direito, atos unilaterais, resoluções das organizações 
internacionais, decisões judiciárias e a doutrina. 
d. (X) o costume internacional, os princípios gerais de direito, as decisões judiciárias e 
a doutrina, de forma auxiliar, admitindo, ainda a possibilidade de a Corte decidir ex 
aequo et bono, se as partes concordarem. 
 
Caso Concreto 04: 
Ex-dirigente de federação sul-americana de futebol, após deixar o cargo que exercia 
em seu país de origem, sabedor de que existe uma investigação em curso na Colômbia, 
opta por fixar residência no Brasil, pelo fato de ser estrangeiro casado com brasileira, 
com a qual tem dois filhos pequenos. Anos depois, já tendo se naturalizado brasileiro, 
o governo da Colômbia pede a sua extradição em razão de sentença que o condenou 
por crime praticado quando ocupava cargo na federação sul-americana de futebol. 
Diga sobre a possibilidade de extradição e fundamente. (FGV – adaptada) 
 
R = Há possibilidade de extradição de brasileiro naturalizado em 2 (duas) situações: 
Primeira comprovado envolvimento com tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins; 
e crime comum praticado antes da naturalização, previsto no art. 5°, LI da CF. 
Na situação apresentada, o ex-dirigente da federação sul-americana de futebol havia 
praticado um crime comum antes de se naturalizar. 
Logo, ele poderá ser extraditado. Vale destacar que a CRFB/88 proíbe a extradição a 
penas de brasileiros natos. Vale ressaltar que pelo fato de ser casado com brasileira e 
ter 2 filhos não impede de ser extraditado, salvo, se for no caso de expulsão, com a 
inteligência da Súmula 1 do STF que veda a expulsão de estrangeiros casados com 
brasileiras, ou que tenha filhos brasileiros dependente da economia paterna. 
Ou, por motivos de perseguição política ou opinião não poderá ser este extraditado. 
 
CASO CONCRETO 05: 
Tendo em vista o interesse comum de Brasil e Paraguai em realizar o aproveitamento 
hidroelétrico dos recursos hídricos do rio Paraná, pertencentes em condomínio aos 
dois países desde e inclusive o salto Grande de Sete Quedas ou salto de Guairá até a 
foz do rio Iguaçu, foi aprovadoo Tratado de Itaipu, em 26 de abril de 1973, criando a 
entidade binacional Itaipu, considerada um modelo de integração. Contudo, passados 
mais de trinta anos, os paraguaios começaram a se insurgir contra as disposições desse 
Tratado, alegando que há uma relação de exploração em favor do Brasil, que se 
aproveita do seu poder econômico para submeter o Paraguai a uma condição 
subalterna. A polêmica se acentuou com a eleição de Fernando Lugo à Presidência da 
República do Paraguai. Com relação a esse Tratado e às polêmicas que gera, é correto 
que As reivindicações dos paraguaios são pertinentes, uma vez que, segundo o 
Tratado de Itaipu, ao Brasil cabem 95%da energia produzida pela Itaipu e ao Paraguai 
os 5% restantes, proporcionais ao aporte financeiro realizado por cada país na 
construção da usina e Por ser uma entidade binacional, as instalações e obras 
realizadas em cumprimento ao Tratado de Itaipu conferem ao Brasil e ao Paraguai o 
direito de propriedade ou de jurisdição sobre o território um do outro. (UFPR-
adaptada) 
 
R = O tratado versa sobre propriedade em condomínio da Usina de Itaipu e não sobre 
território, ou seja, a existência da empresa binacional não significa que um país irá 
exercer poder de jurisdição sobre outro. O tratado prevê responsabilidades iguais, as 
decisões são tomadas de comum acordo e a energia produzida será dividida em partes 
iguais. Contudo, a energia não utilizada por uma das partes será vendida 
preferencialmente a outra parte. 
 
TRATADO DE ITAIPU (Brasília, 26.4.1973) Tratado entre a República Federativa do Brasil 
e a República do Paraguai para (...) 
 
Artigo III As Altas Partes Contratantes criam, em igualdade de direitos e obrigações, 
uma entidade binacional denominada ITAIPU, com a finalidade de realizar o 
aproveitamento hidrelétrico a que se refere o Artigo I. 
Artigo VII As instalações destinadas à produção de energia elétrica e obras auxiliares 
não produzirão variação alguma nos limites entre os dois países estabelecidos nos 
Tratados vigentes. 
Parágrafo 1º - As instalações e obras realizadas em cumprimento do presente Tratado 
não conferirão, a nenhuma das Altas Partes Contratantes, direito de propriedade ou 
de jurisdição sobre qualquer parte do território da outra. 
 
Artigo XIII A energia produzida pelo aproveitamento hidrelétrico a que se refere o 
Artigo I será dividida em partes iguais entre os dois países, sendo reconhecido a cada 
um deles o direito de aquisição, na forma estabelecida no Artigo XIV, da energia que 
não seja utilizada pelo outro país para seu próprio consumo. 
 
CASO CONCRETO 06: 
Tratados são, por excelência, normas de direito internacional público. No modelo 
jurídico brasileiro, como nas demais democracias modernas, tratados passam a 
integrar o direito interno estatal, após a verificação de seu iter de incorporação. A 
respeito dessa temática, uma vez firmados, os tratados relativos ao MERCOSUL, ainda 
que criem compromissos gravosos à União, são automaticamente incorporados visto 
que são aprovados por parlamento comunitário. Diga se está correta ou errada a 
afirmativa e fundamente. (CESPE– adaptada) 
 
R = A afirmativa está errada, pois, tratados internacionais precisam ser transformados 
pelo direito interno a partir da aprovação do congresso nacional para posterior 
ratificação pelo Presidente da República. Ou seja, em outras palavras, A questão está 
errado, pois não podem ser automaticamente incorporados, para ingressarem na ordem 
jurídica interna, devem ser submetidos a um processo. Passa pelo procedimento 
legislativo de aprovação, e, para produzir efeitos na ordem interna, deve ocorrer a 
promulgação de Decreto do Poder Executivo (ato com força de lei) pelo Presidente. 
 
O MERCOSUL é uma organização criada em1991, constituída por Argentina, Brasil, 
Paraguai e Uruguai, para adoção de políticas de integração econômica e aduaneira entre 
esses países, e tendo como associados Chile e Bolívia, (estes ultimo em processo de 
adesão), incorporam também a Venezuela. 
Logo a afirmativa está errada, pois, a CF/88, no seu art. 84, inciso VIII, prevê que a 
jurisdição compete privativamente ao Poder Executivo celebrar Tratado Internacional, 
sujeitos a referendo no Congresso Nacional. 
O art. 49, I da CF, diz que compete ao Congresso decidir definitivamente sobre os 
Tratados Internacionais, uma vez que a previsão constitucional é dualista a afirmativa 
da questão está equivocada, o executivo celebra tratado, contudo, deve esse passar 
pelo crivo do Congresso e posteriormente retorna ao Executivo para ratificar. (Executivo 
este que é o PRESIDENTE DA REPÚBLICA FEDERATIVA BRASILEIRA), privativamente. 
 
 
 
CASO CONCRETO 07: 
Presentes em todos os continentes, as organizações não governamentais (ONGs) 
desempenham importante papel na defesa de causas de interesse comum da 
humanidade. Assim, não obstante suas peculiaridades jurídicas, o Greenpeace, além 
de ter atuado como parte nas negociações do Protocolo de Quioto, firmou e ratificou 
o referido tratado. Julgue a afirmação e fundamente sua resposta. 
 
R = Está incorreta, o Greenpeace não firma, nem ratifica nenhum tratado, pois é um a 
organização internacional não governamental sem legitimidade para firmar tratados, 
pois não tem personalidade jurídica de direito internacional, por isso não está apto a 
adquirir direitos e contrair obrigações na ordem internacional. 
 
 
O Greenpeace é uma organização não governamental (ONG) ambiental, atual 
internacionalmente em questões relacionadas à preservação do meio ambiente e 
desenvolvimento sustentável com campanhas dedicadas às áreas de florestas, clima, 
nuclear, oceanos, engenharia genética, substâncias tóxicas, agrotóxicos e energia. 
 
CASO CONCRETO 08: 
No Direito Internacional, há necessidade de previsões normativas para os períodos 
pacíficos e para os períodos turbulentos de conflitos e litígios. A Carta das Nações 
Unidas e outras convenções internacionais procuram tratar dos mecanismos de 
resolução de conflitos, bem como disciplinam a ética dos conflitos bélicos e a efetiva 
proteção dos direitos humanos em ocasiões de conflitos externos ou internos. A ONU 
deve exercer papel relevante na resolução de conflitos, podendo, inclusive, praticar 
ação coercitiva para a busca da paz. Analise se correta ou errada e fundamente. (CESPE 
– adaptada) 
 
R = A afirmação está certa, levando em consideração o poder que é dado a ONU que 
deve sempre procurar em primeiro lugar pela paz, todavia se não for possível de 
conseguir, deve partir para mecanismos mais coercitivos, que são autorizados pelo 
conselho da ONU. 
De acordo com os artigos 41 e 42 da Carta da ONU, a ONU tem legitimidade para atuar 
de maneira sancionatória quando a paz mundial estiver sendo ameaçada. Logo, no 
primeiro momento haverá a notificação, caso a prática continue virá uma sanção, e se a 
reincidência prevalecer haverá intervenção armada, tudo isso levando em conta as 
preservações de direito resguardadas pelo art. 2 da carta da ONU, que são os 7 
princípios. Em busca da Paz e a Segurança Internacional. 
 
CASO CONCRETO 09: 
Como antecipou Joaquim Nabuco, a escravidão e o tráfico de escravos, graves 
violações aos direitos humanos, estão hoje proscritos pelo direito internacional. À luz 
das normas de direito internacional aplicáveis ao tema, o tráfico de pessoas como 
modalidade de crime organizado internacional limita-se à exploração de mão de obra 
escrava. Julgue e fundamente. (CESPE –adaptada) 
 
R: Incorreta, há outras formas de exploração da mão-de-obra escrava “a definição aceita 
internacionalmente encontra-se na Convenção das nações unidas contra o crime 
organizado transnacional relativo a prevenção repressão e punição do tráfico de 
pessoas” em especial o de mulheres e crianças segundo o qual a expressão “tráfico de 
pessoas” significa “o recrutamento transporte transferência alojamento ou acolhimentode pessoas recorrendo ameaça ou uso da força ou outras formas de coação ao rapto a 
fraude ao engano ao abuso de autoridade ou a situação de vulnerabilidade ou a entrega 
ou aceitação de pagamento ou benefício para obter com sentimento de uma pessoa que 
tenha autoridade sobre outra para fins de exploração”. 
 
 
CASO CONCRETO 10: 
 Ex-dirigente de federação sul-americana de futebol, após deixar o cargo que exercia em 
seu país de origem, sabedor de que existe uma investigação em curso na Colômbia, opta 
por fixar residência no Brasil, pelo fato de seres estrangeiro casado com brasileira, com 
a qual tem dois filhos pequenos. Anos depois, já tendo se naturalizado brasileiro, o 
governo da Colômbia pede a sua extradição em razão de sentença que o condenou por 
crime praticado quando ocupava cargo na federação sul-americana de futebol. Essa 
extradição não poderá ser concedida, porque o extraditando tem filhos menores sob 
sua dependência econômica. Analise e decida se correta ou errada e fundamente. 
(CESPE – adaptada) 
 
R = Incorreta, A Súmula 1 do STF, se aplica à expulsão e não a extradição, logo está 
afirmativa está errada, pois o fato de ter filho menor sob sua dependência econômica 
não impede a extradição, devido ao crime cometido antes da naturalização deste, art. 
5°, LI, da CF. 
 
CASO CONCRETO 11: 
O litígio que envolve Estados e organizações internacionais podendo ser de natureza 
econômica, política ou meramente jurídica, é conceituado como controvérsia 
internacional. Acerca dos meios diplomáticos para soluções pacíficas de controvérsias 
internacionais, a conciliação é muito semelhante à mediação. Entretanto, caracteriza–
se pela possibilidade de atuar como mediador pessoa natural, Estado ou organismo 
internacional. Diga se certa ou errada e fundamente. (FGV – adaptada) 
 
R = A afirmativa está incorreta, pois os meios pacíficos de solução de controvérsias 
internacionais são dirigidos por Estados historicamente, porém admite-se nos tempos 
atuais a participação de Organizações Internacionais. Quanto às pessoas naturais, estas 
são sujeitos do direito internacional apenas nas questões de violação de direitos 
humanos não sendo admitidas nas soluções de controvérsias entre Estados. 
 
CASO CONCRETO 12: 
O MERCOSUL é um organismo internacional que visa à integração econômica de países 
que se localizam geograficamente no eixo conhecido como Cone Sul, nos termos do 
Tratado de Assunção (1991) e do Protocolo de Ouro Preto (1994).Sobre o sistema de 
solução de controvérsias do MERCOSUL, provisoriamente estabelecido no Protocolo 
de Brasília (1993), o sistema de solução de controvérsias do MERCOSUL encontra–se, 
atualmente, normatizado pelo Protocolo de Ouro Preto (1994), que estabeleceu a 
estrutura orgânica definitiva do bloco. Responda se certa ou errada e fundamente. 
(FGV – adaptada) 
 
R = Incorreta, pois o sistema de solução de controvérsias do Mercosul encontra-se 
atualmente normatizado pelo protocolo de Olivos está em vigor internacionalmente 
desde 2004 no Brasil o protocolo de Olivos foi assinado em 2002 e, ratificado pelo 
Decreto legislativo 712/03 e promulgado pelo Decreto 498 2/ 2004. 
Antes deste instrumento, era aplicado a Anexo III do Tratado de Assunção e, até a 
entrada em vigor do PO, era usado o Protocolo de Brasília. 
O Protocolo de Ouro Preto, estabeleceu a estrutura institucional básica do MERCOSUL 
e conferiu ao Bloco personalidade jurídica de Direito Internacional. Consagrou também 
a regra do consenso no processo decisório, listou fontes jurídicas e instituiu o princípio 
de vigência simultânea das normas adotadas pelos 3 (três) órgãos decisórios do Bloco. 
 
 
CASO CONCRETO 13: 
Um jato privado, pertencente a uma empresa norte-americana, se envolve em um 
incidente que resulta na queda de uma aeronave comercial brasileira em território 
brasileiro, provocando dezenas de mortes. A família de uma das vítimas brasileiras 
inicia uma ação no Brasil contra a empresa norte-americana, pedindo danos materiais 
e morais. A empresa norte-americana alega que a competência para julgar o caso é da 
justiça americana. Segundo o direito brasileiro, o juiz brasileiro tem competência 
concorrente porque a vítima tinha nacionalidade brasileira. Com base em seu 
conhecimento diga se correta ou errada a afirmativa e fundamente (FGV – adaptada) 
 
R = Certa, ele tem competência concorrente porque o acidente ocorreu em território 
brasileiro nos temos do artigo 88 inciso III do CPC 
 
CASO CONCRETO 14: 
O Estado regulamenta a convivência social em seu território por meio de legislação 
nacional, e a comunidade internacional também cria regras, que podem conflitar com 
as nacionais. A respeito das correntes doutrinárias que procuram proporcionar 
solução para o conflito entre as normas internas e as internacionais, de acordo com a 
corrente dualista, o direito interno e o direito internacional convivem em uma única 
ordem jurídica. Julgue e fundamente. (CESPE – adaptada) 
 
R = Errada, pois não é corrente dualista e sim a corrente da teoria monista o direito 
interno e o direito internacional formam uma única ordem jurídica e o ato de ratificação 
do tratado é capaz de gerar efeitos no âmbito interno e externo, havendo a incorporação 
automática dos tratados na ordem interna. 
 
 
Caso Concreto 15: 
No Brasil, a exploração de petróleo na chamada camada pré-sal vincula-se a 
importantes noções do direito do mar. O domínio marítimo de um país abrange as 
águas internas, o mar territorial, a zona contígua entre o mar territorial e o alto-mar, 
a zona econômica exclusiva, entre outros. A respeito do direito do mar, do direito 
internacional da navegação marítima e do direito internacional ambiental, segundo a 
Convenção de Montego Bay, Estados sem litoral podem usufruir do direito de acesso 
ao mar pelo território dos Estados vizinhos que tenham litoral. Julgue a afirmativa e 
fundamente sua resposta. (CESPE adaptada) 
 
R = Correta, o artigo 125 inciso l do Tratado de Montego Bay ou Direito Internacional do 
Mar os Estados sem litoral têm direito de acesso ao mar para exercerem os direitos 
conferidos na presente Convenção incluindo os relativos à liberdade do alto mar e ao 
patrimônio comum da humanidade. 
 
 
CASO CONCRETO 16: 
Após o reconhecimento de pleito formulado perante a Comissão de Delimitação de 
Plataformas Continentais da Organização das Nações Unidas, o Brasil passou a 
exercer, na plataforma continental que excede as 200 milhas náuticas, até o limite de 
350 milhas náuticas, competências equivalentes às exercidas no mar territorial. 
Julgue fundamentadamente. (CESPE adaptada) 
 
R = A afirmativa está errada, pois não seria a mesma coisa. Até 200 milhas náuticas é a 
chamada “Amazônia Azul”, já 350 milhas náuticas se trata de uma exploração comercial, 
sendo um ato unilateral do governo brasileiro. 
 
A melhor resposta é a constante no "comentários do Professor" 
"O Brasil não teve seu pleito reconhecido pela referida comissão da ONU. Em 2004, o Brasil 
formulou pleito pedindo a extensão da plataforma continental de 200 milhas marítimas para 
350 milhas marítimas, o que é permitido pela Convenção de Montego Bay sobre o direito do 
Mar. 
Entretanto, em 2007, por oposição dos Estados Unidos, o pleito brasileiro foi rejeitado na 
ONU. Mais tarde, o Brasil reformulou o pleito e ainda aguarda resposta. Grande parte do 
Pré-Sal se encontra além das 200 milhas marítimas, o que explica a importância de o Brasil 
poder exercer soberania econômica sobre a plataforma continental estendida". 
O pleito foi parcialmente reconhecido, com a extensão do território marítimo brasileiro 
em algumas áreas. Todavia, a questão está errada ao afirmar que as "competências são 
equivalentes às exercidas no mar territorial", uma vez que na plataforma continental o 
Estado exerce sua soberania para efeitos de exploração e aproveitamento de seus 
recursos naturais,mas não a soberania plena que exerce no mar territorial. 
A questão também contém um erro ao final. Se forem exercidas competências, entre 
200 e 350 milhas, elas serão equivalentes às exercidas na Zona Econômica Exclusiva, e 
não às do mar territorial. 
 
Na verdade, há 2 (dois) erros: primeiro não houve ainda o reconhecimento do pleito, 
segundo acima citado a CNUDM só permite o aumento da plataforma continental 
dentro das condições e parâmetros fixados no tratado, não existindo qualquer 
possibilidade de expansão do mar territorial, ZEE ou qualquer outro espaço marítimo 
definido pela CNUDM. 
 
Segundo a Convenção de Montego Bay, o Estado costeiro deve traçar o limite exterior 
da sua plataforma continental, quando esta se estender além de 200 milhas marítimas 
das linhas de base a partir das quais se mede a largura do mar territorial. 
Assim, verifica-se que uma plataforma continental cuja extensão ultrapasse as 200 
milhas marítimas é situação excepcional. Tendo em vista a excepcionalidade da 
situação, esta precisa ser reconhecida pela ONU (Organização das Nações Unidas). 
 
Pois bem, o Brasil realizou estudos acerca da sua plataforma continental e constatou 
que, em diversos pontos de nosso literal, o bordo exterior da margem continental 
prolonga-se além das 200 milhas marítimas. 
Já tendo apresentado à ONU a proposta de extensão da plataforma continental, o Brasil 
apenas aguarda a decisão daquela organização internacional (seu pleito ainda não foi 
reconhecido!). 
Caso a decisão seja positiva, o território marítimo brasileiro irá aumentar bastante e, 
com isso, as riquezas minerais sob o domínio do País. Nessa imensa área, estão as 
maiores reservas de petróleo e gás, fontes de energia imprescindíveis para o 
desenvolvimento do Brasil, além da existência de potencial pesqueiro. 
 
PLATAFORMA CONTINENTAL 
"A plataforma continental de um Estado costeiro compreende o leito e o subsolo das 
áreas submarinas que se estendem além do seu mar territorial, em toda a extensão do 
prolongamento natural do seu território terrestre, até ao bordo exterior da margem 
continental, ou até uma distância de 200 milhas marítimas das linhas de base a partir 
das quais se mede a largura do mar territorial, nos casos em que o bordo exterior da 
margem continental não atinja essa distância." (CNUDM, art. 76, par. 1). 
 
Sendo assim, afirmativa está errado, são 200 milhas náuticas, e Ato unilateral. 
 
 
 
 
 
 
GLOBALIZAÇÃO, TRATADOS INTERNACIONAIS E A RELAÇÃO ESTADOS 
UNIDOS E UNIÃO SOVIÉTICA: 
Tratados de Forças Nucleares de Alcance Intermediário 
 
 
Albertina Carla dos Santos1 
Carly Confessor de Souza2 
France Lídia Oliveira dos Santos3 
Frederico Augusto de Souza Mendonça4 
Raquel Andrade de Lima5 
 
 
 
 
RESUMO – O objetivo dessa pesquisa foi investigar sobre a importância dos Tratados 
no contexto mundial por meio da seguinte questão norteadora: Em busca da 
pacificação mundial, os Estados soberanos perdem sua soberania com os tratados? 
Por que, a exemplo dos EUA e Rússia ao quebrarem um tratado sobre o controle de 
armas nucleares ameaçam o mundo? Para isso, foram utilizadas pesquisas 
bibliográficas sobre o tema, através de publicações já existentes em livros, textos 
eletrônicos, artigos entre outros. Observou-se que ao longo dos anos, as operações 
de paz evoluíram para atender as necessidades de diferentes conflitos e panoramas 
políticos, e nas sociedades atuais não sendo diferente, uma vez que essa busca ainda 
estando em plena e insaciável resolução. Em tal estudo conclui-se que, torna-se cada 
vez mais necessária desenvolver maneiras de lidar com conflitos internacionais uma 
vez que a natureza dos conflitos também mudou ao longo dos anos. 
 
 
Palavras-Chave: Globalização. Tratados. Tratado de Forças Nucleares de Alcance 
Intermediário. 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
A globalização da economia ocorreu de forma bastante intensa, o que fez com 
que diversos países firmassem acordos internacionais visando maior abertura 
econômica sem, contudo, prejudicar a indústria interna. O comércio internacional 
 
1 Bacharel em Direito. E-mail: albertina.carla@hotmail.com. Matrícula: 2015.12.96804-8, Turma 
Alexandrino Noturno/Terça-feira. 
2 Bacharel em Direito. E-mail: calry04@hotmail.com. Matrícula: 2016.02.26143-1, Turma Alexandrino 
Noturno/Terça-feira. 
3 Bacharel em Direito. E-mail: super_france@msn.com. Matrícula: 2015.12.21760-3, Turma 
Alexandrino Noturno/Terça-feira. 
4 Bacharel em Direito. E-mail: fredasm2000@yahoo.com.br. Matrícula: 2015.12.58378-3, Turma 
Alexandrino Noturno/Terça-feira. 
5 Bacharel em Direito. E-mail: raquelandrade2023@gmail.com. Matrícula: 2016.02.79552-5, Turma 
Alexandrino Noturno/Terça-feira. 
Trabalho apresentado à disciplina Direito Internacional como requisito parcial para obtenção de 
pontuação no semestre em curso, ministrado pelo Professor Leonardo Oliveira Freire. Natal, 2020. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Armas_nucleares
mailto:Albertina.carla@hotmail.com
ganha destaque e tem como principal característica a forte tendência de formação de 
blocos regionais. E mesmo não ocorrendo de forma igualitária, o fenômeno da 
globalização promoveu a integração entre os países e regiões, o que intensificou o 
comércio internacional e contribuiu com o nascimento de inúmeros tratados entre as 
nações. 
 
Os tratados materializam as relações internacionais entre os Estados 
Soberanos e promovem maior segurança jurídica para os participantes do acordo 
internacional, uma vez que a partir da adesão de um país ao tratado este se torna 
obrigado a cumpri-lo, caso não o faça, estará sujeito a sanções internacionais. 
 
Os tratados internacionais são acordos realizados em âmbito internacional e que 
visam proteger ou fortalecer interesses em determinada área. Para que isso aconteça 
é necessário haver vontade livre dos participantes de realizar aquele documento 
jurídico, além do objetivo de o tratado ser minimamente possível e específico, 
respeitando requisitos formais. 
 
A celebração de tratados é tarefa árdua, complexa, mas deve ser encarada 
como objetivo estratégico de política internacional. Não basta, contudo, simplesmente 
assinar e incorporar um tratado ao ordenamento jurídico pátrio. É preciso, num 
segundo momento, interpretá-lo segundo regras e princípios internacionalmente 
aceitos, assim como aplicá-lo de forma coerente com o compromisso assumido 
perante o outro país. 
 
Se tem assistido, nos últimos anos, a um certo descumprimento das 
autoridades na aplicação de tais acordos, fruto talvez de uma política imediatista. O 
modo como países lidam com as questões de situações internacionais abrangidas 
pelos tratados assinados leva, por exemplo, ao desrespeito à prevalência das regras 
convencionais. 
 
Esse trabalho, portando, orientar-se-á no sentido que, os tratados 
internacionais não foram apenas importantes para história das relações diplomáticas, 
mas também para a história do mundo, como um todo, uma vez que muitas das 
questões que são discutidas neles o que terminam por definirem o futuro da 
humanidade. 
 
 
 
2. A INFLUÊNCIA DA GLOBALIZAÇÃO NOS TRATADOS INTERNACINAIS 
 
 
As expedições lideradas pelo navegante genovês Cristóvão Colombo e 
financiadas pelo Reino de Castilla y Aragón que romperam, em 1492, o isolamento 
entre o “velho” e o “novo mundo”, com isso, se deu início a Globalização, e com efeito 
que implicaram crescente contato entre os países então existentes. 
 
A globalização ganhou corpo especialmente após o término da Segunda 
Grande Guerra Mundial, pois os Estados verificaram a necessidade de reciprocidade 
de relações como forma de pacificação e de estabelecimento de condições favoráveis 
ao desenvolvimento humano. 
 
E no decorrer da mundialização, a globalização desencadeou-se, tonando-se 
um fenômeno de abertura das economias e das respectivas fronteiras em resultado 
do acentuado crescimento das trocas internacionaisde mercadorias, da intensificação 
dos movimentos de capitais, da circulação de pessoas, do conhecimento e da 
informação, proporcionados quer pelo desenvolvimento dos transportes e das 
comunicações, quer pela crescente abertura das fronteiras ao comércio internacional. 
 
A redução de distâncias espaciais e temporais é uma característica da 
globalização, pois trouxe consigo benefícios como a exemplo a tecnologia, tempos 
nunca antes experimentados pelo ser humano, e com isso, a sociedade cada vez 
mais, sente a necessidade de estreitamentos mundial. E conforme Siqueira Junior, 
 
A sociedade da informação é constituída em tecnologias de informação e 
comunicação que envolve a aquisição, o armazenamento, o processamento 
e a distribuição da informação por meios eletrônicos, como rádio, televisão, 
telefone, computadores, entre outros. Essas tecnologias não transformam 
a sociedade por si só, mas são utilizadas pelas pessoas em seus contextos 
sociais, econômicos e políticos, criando uma nova estrutura social, que tem 
reflexos na sociedade local e global (2008, p. 214). 
 
Como se vê, a mundialização decorrente das transformações estimula o 
aumento das relações comerciais, a criação de blocos econômicos, o 
desenvolvimento de sistemas de comunicação, entre outras coisas, uma vez que a 
sociedade se desenvolve nesse meio de relações comerciais. Tal incentivo dá início 
à competição internacional, que tem como alvo tudo aquilo que está intimamente 
relacionado com atividade econômica, a busca por mercados, produtos, tecnologia e 
eficiência. 
 
Deste modo, a globalização vem impondo a todos os países e, principalmente 
aos em desenvolvimento, medidas de ajuste de suas políticas para que os mesmos 
possam se fazer presente na atividade comercial internacional, ou seja, estarem à 
altura da competição internacional. Competição essa, que se caracteriza pela disputa 
entre os países por tudo aquilo que tenha valor econômico, seja capital, tecnologia, 
mercado, entre outros. 
 
Sucede que também se pode conferir um caráter crescentemente “global” ao 
campo do Direito, haja vista o teor cada vez mais crescente das discussões teóricas, 
políticas e jurídicas no que se refere à relatividade da noção clássica de soberania, 
com o fito de se redimensionar a aplicação das normas de Direito. 
 
 
 
3. BREVE HISTÓRICO SOBRE TRATADOS 
 
 
Um tratado internacional é a formalização de um pacto celebrado entre países 
ou grupo étnicos com o propósito de instituir a paz e o equilíbrio econômico, definir 
fronteiras físicas, organizar atividades comerciais e estabelecer regras. 
 
Os tratados internacionais, ganharam grande importância no cenário mundial, 
substituindo a antiga forma de acordo entre os Estados, regulada pelo direito 
costumeiro, direito consuetudinário, que deixava margem para incertezas e 
inseguranças. 
 
Importante ressaltar, que a Guerra dos Trinta Anos, foi motiva por disputas 
entre católicos e protestantes, e o confronto evoluiu para outros interesses como 
expansão de territórios e a busca pelo domínio político da região. Assim, dividindo-se 
em dois lados, um lado a Tríplice Entente (composta por Rússia, Grã-Bretanha, 
França e Itália), e o outro era formado pela Tríplice Aliança, composta (Alemanha, 
Áustria-Hungria e Otomano). 
 
E nesse contexto, quando a Tríplice Aliança perde a Guerra, os países 
vitoriosos determinaram regras para os países derrotados. Porém, nesse mesmo 
período foi definido que não existiram ganhadores ou perdedores, mas mesmo assim, 
foi escolhido um culpado pela guerra, que nesse caso a Alemanha (por entender que 
por esse país por já estar envolvido em todos os conflitos anteriores), e assim o 
imputaram toda a responsabilidade pelo conflito e por suas consequências. 
 
Com isso, foi assinado um acordo celebrado pelos países envolvidos na Guerra 
visando pôr fim ao conflito. Onde se deu o Tratado determinando aos alemães arcar 
com pesadas indenizações. Essa exigência fragilizou consideravelmente a economia 
alemã, já baqueada pela própria guerra. A Alemanha Perdeu 13% de todo o seu 
território e 10% de sua população. Teve a força militar neutralizada, por medo de 
represarias... Enfim, foi uma das propagadas que o Nazismo usou, se referindo ao 
tratado como humilhação posta a Alemanha. 
 
E foi partir desse Tratado, denominado Tratado de Paz de Vestfália, que se 
deu a criação da Ligas das Nações (“que nos dias atuais não mais existindo”) com 
intuito de promover a paz para evitar um segundo conflito. Porém foi fracassado ao se 
dar a Segunda Guerra Mundial. 
 
É com os Tratados de Paz de Vestfália se tomam forma os primeiros ditames 
de um Direito Público europeu reconhecendo-se a soberania e a igualdade como 
princípios fundamentais das relações internacionais. 
 
Entretanto, apesar de ser considerada por alguns juristas como a fundação 
do Direito internacional, a carta de VESTFÁLIA não representa com certeza o 
princípio da história dos tratados internacionais, pois o registro mais antigo de tratado 
existente, está escrito em três pedaços de tábuas de barro, sendo dois deles 
expostos no Museu Arqueológico de Istanbul e um no Museu Estatal de Berlin, que 
seria o Tratado Egípcio-Hitita. 
 
O Tratado Egípcio-Hitita, usualmente designado por Tratado de Kadesh ou 
Tratado de Qadesh, foi um tratado de paz celebrado entre o faraó egípcio Ramessés 
II e o rei hitita Hatusil III c. 1.259 a.C., que marcou o fim oficial das negociações entre 
as duas grandes potências do Médio Oriente. 
 
O tratado foi assinado para pôr termo a uma longa guerra entre os hititas e os 
egípcios, que lutaram durante mais de dois séculos pelo domínio dos territórios do 
https://brasilescola.uol.com.br/historia/imperio-turco-otomano.htm
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fara%C3%B3
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ramess%C3%A9s_II
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ramess%C3%A9s_II
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hititas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hatusil_III
https://pt.wikipedia.org/wiki/Circa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Segundo_mil%C3%A9nio_a.C.
https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9dio_Oriente
Mediterrâneo Oriental. O conflito culminou com a tentativa de invasão egípcia em 
1.274 a.C., que foi travada pelos hititas na cidade de Kadesh, nas margens do rio 
Orontes, a pouca distância da atual cidade síria de Homs. A batalha resultou em 
pesadas baixas em ambos os lados, apesar de não ter resultado numa derrota ou 
vitória clara para qualquer dos lados, quer na batalha quer na guerra, pelo que o 
conflito continuou inconclusivo durante cerca de quinze anos, até que o tratado foi 
assinado. 
 
Desde então, a figura dos tratados internacionais tem evoluído com o passar 
dos anos até a sua estrutura atual, conforme definida pela Convenção de Viena de 
1969. 
 
Os tratados internacionais são incontestavelmente, a principal e mais 
concreta fonte do Direito Internacional Público na atualidade não apenas em relação 
à segurança e estabilidade que trazem nas relações internacionais, mas também 
porque tornam o direito das gentes mais representativo e autêntico a, medida em 
que se substanciam na vontade livre e conjugada dos Estados e das Organizações 
Internacionais, sem a qual não subsistiriam. (MAZZUOLI, 2011, p. 114). 
 
E com a evolução dos Tratados, veio também a criação de novas instituições 
criadas por esses países (estados soberanos), as Organizações Internacionais, 
também conhecidas como Organizações Intergovernamentais, para buscar através da 
cooperação a melhoria das condições econômicas, políticas e sociais dos associados. 
Onde sendo as principais: 
 
 ONU (Organização das Nações Unidas): fundada em 1945 é a maior 
organização internacional do mundo. Tem como objetivos principais a 
manutenção da paz mundial, respeito aos direitos humanos e o progresso 
social da humanidade. 
 OEA (Organização dos Estados Americanos): fundada em 1948, conta com a 
participação de 35 nações do continente americano. Tem como objetivos 
principaisa integração econômica, a segurança (combate ao terrorismo, tráfico 
de drogas e armas), combate a corrupção e o fortalecimento da democracia no 
continente. 
 OMC (Organização Mundial do Comércio): fundada em 1994, conta com a 
participação de 149 países membros. Atua na fiscalização e regulamentação 
do comércio mundial, além de gerenciar acordos comerciais. 
 OCDE (Organização para a Cooperação do Desenvolvimento Econômico): 
fundada em 1960, esta organização internacional é formada por 34 países. 
Tem como metas principais o desenvolvimento econômico e a manutenção da 
estabilidade financeira entre os países membros. 
 OMS (Organização Mundial da Saúde): fundada em 1948, este organismo faz 
parte da ONU e tem como objetivo principal a gestão de políticas públicas 
voltadas para a saúde em nível mundial. 
 OIT (Organização Internacional do Trabalho): organismo especializado da 
ONU, foi fundada em abril de 1919. Atua, em nível mundial, em assuntos 
relacionados ao trabalho e relações trabalhistas. 
 FMI (Fundo Monetário Internacional): criado em 1945, tem como objetivos 
principais a manutenção da estabilidade financeira e monetária no mundo, o 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mediterr%C3%A2neo_Oriental
https://pt.wikipedia.org/wiki/Kadesh
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Orontes
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Orontes
https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADria
https://pt.wikipedia.org/wiki/Homs
aumento do nível de emprego e a diminuição da pobreza. Conta com a 
participação de 188 nações. 
 OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte): criada em 1949, conta com 
a participação de 28 países membros. Tem como objetivo principal a 
manutenção da segurança militar na Europa. 
 
 
 
3.1 Tipos de tratados 
 
 
O nome Tratado, também é abordado como Convenção, Acordo, Pacto, 
Protocolo, Regulamento, Declaração, Carta, Concordata, Convênio, Compromisso, 
Estatuto, Ata, Memorandum, dentre outros. 
 
 Convenção – refere-se a tratado multilateral que estabelece normas gerais a 
todos os partícipes, por exemplo, Convenção de Viena sobre Tratados, 
Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas, Convenção sobre o Direito 
do Mar, Convenções da OIT (Organização Internacional do Trabalho) etc. 
 Acordo – é empregado para os tratados mais simples, quase sempre de 
natureza econômica. Tem características técnicas, administrativas. É 
normalmente temporário, por exemplo, acordos que o Brasil fez com o FMI 
(Fundo Monetário Internacional) pedindo empréstimo de dinheiro. Há também 
o Acordo de Sede, aquele que um organismo internacional faz com um Estado 
para se estabelecer em seu território. 
 Protocolo – é um tratado secundário, atrelado a um tratado principal. Vem para 
complementar o tratado principal, implementar algumas de suas cláusulas, 
corrigir os rumos do tratado original para alcançar o objetivo proposto pelos 
países envolvidos, por exemplo, Protocolo de Brasília de 1991, estabelecendo 
formas de solução de controvérsia, sem matérias comerciais, e consolidando a 
estrutura do Mercosul, e também o Protocolo de Las Leñas, sobre matéria civil, 
comercial, trabalhista e administrativa, envolvendo os mesmos Estados-partes. 
 Carta, estatuto – tais nomes são utilizados para representar o tratado 
constitutivo das entidades internacionais, por exemplo, a Carta da ONU 
(Organização das Nações Unidas), a Carta da OEA (Organização dos Estados 
Americanos), a Carta da OIT (Organização Internacional do Trabalho), etc. 
 Concordata – é nome usado exclusivamente para tratado de que participe a 
Santa Sé (Cúpula da Igreja Católica). 
 
Entre diversas formas o qual podem ser celebrados os tratados, o mais comum 
é pelo número de países que assinam o documento. Podendo ser bilateral, quando 
envolve dois países, e multilateral quando envolve vários países. 
 
Podendo a classificação também se dar por temas. Dependendo do momento 
da história, é possível identificar tendências que promovem a predominância de 
determinados tipos de tratados. A exemplo no período da pós Segunda Guerra 
Mundial, foi estabelecida a maioria dos Tratados de paz e de garantia aos países 
envolvidos em conflitos. 
 
Também, com a Crise do Petróleo nos anos 70 e o acirramento da competição 
entre as nações para a proteção dos fundamentos econômicos, foram abundantes os 
tratados definindo Regras para o Comercio Internacional. 
 
Podendo citar ainda, a proteção dos recursos essenciais e da Sustentabilidade, 
combate a Corrupção, ao Terrorismo e a proteção dos Direitos Humanos, entre outros. 
 
Parte da história da formação do Brasil como nação, o Tratado de Tordesilhas, 
assinado em 1494 pelos reis de Portugual e de Castela, que estabeleceu o marco 
regulatório dos esforços para o desenvolvimento do continente sul-americano. 
 
Tem-se ainda, O Tratado de Paris, assinado em 1783, é o mais antigo e ainda 
válido tratado assinado pelos Estados Unidos. Por meio dele foi estabelecido o fim da 
Revolução Americana e o estabelecimento dos Estados Unidos como nação. A 
negociação dos termos, conduzida por Benjamin Franklin entre outros estadistas, 
permitiu a independência das 13 colônias norte-americanas em termos extremamente 
favoráveis. 
 
 
 
3.2 Estrutura e procedimentos dos tratados 
 
 
Os tratados devem seguir uma estrutura, que conforme aponta MALHEIRO, 
2008, p. 63-64; 
 
“A presença de um “preâmbulo” é sempre destacada, pois denomina os co-
pactuantes. O “considerando” aponta os motivos para sua celebração do 
tratado, enquanto o “articulado”, que vem logo a seguir, é a parte dispositiva, 
elaborada em artigos ou cláusulas e estabelece as regras que serão 
seguidas pelas partes. Teremos então o “fecho”, composto de data local, 
idioma e número de vias originais. Por fim, apresentam-se as “assinaturas 
dos representantes das pessoas jurídicas de direito internacional público” e 
o “selo de lacre”. 
 
O tratado, em geral, tem uma estrutura, como o preâmbulo, parte dispositiva e 
eventualmente, anexos.: 
 
 preâmbulo: conforme a descrição e qualificação das partes e as considerações 
que o ensejaram; 
 parte dispositiva: a parte essencialmente jurídica, ordenada em artigos; 
 anexos: podem existir ou não, dependendo do teor do Tratado. São fórmulas, 
gráficos, lista de produtos em documentos que complementam e esclarecem 
cláusulas contratuais. 
 
Normalmente os acordos devem ser registrados no secretariado da ONU 
(Organização das Nações Unidas) e por este publicado – artigo 102 da Carta das 
Nações Unidas. E as partes, são os Estados soberanos, organismos internacionais e 
outras coletividades aptas a pactuar a nível global. 
 
Levando-se em conta que o tratado é o acordo formal concluído entre os sujeitos 
de Direito Internacional Público, os tratados devem produzir certezas e não podem ser 
fontes de novas e infindáveis disputas. Destinam-se a produzir efeitos jurídicos na 
órbita internacional, e assim, pode-se extrair três elementos desse instituto: 
 
a) existência de pessoas internacionais; 
b) atos de vontade de tais pessoas concretizadas num acordo escrito; 
c) produção de efeitos além da esfera dos envolvidos. 
Para iniciar um tratado internacional, a primeira etapa se dá por uma negociação 
e discussão sobre os termos a serem criados pelos signatários. 
 
Após os termos serem acordados, ocorre o momento de assinatura. Se o 
signatário adota a forma simplificada, a partir desse momento o tratado internacional 
já passa a produzir efeitos. Porém, se o signatário adota a forma solene, é 
necessário o seguinte passo: 
 
“Procede à fase de aprovação legislativa (no caso do Brasil o tratado é enviado ao 
Congresso Nacional, este pede uma consultoria jurídica do Ministro das Relações 
Exteriores e cria um parecer que é apreciado pelas duas casas do Congresso. Após 
aprovado pelas duas casas, o presidente do Congresso Nacional, ou seja, o 
Presidente do Senado, expede um decreto legislativo de aprovação que é 
encaminhado para a ratificação do Presidente da República. Caso o Presidenteda 
República entenda por não ratificar, o parecer volta para o Congresso Nacional e 
será votado por maioria qualificada”. 
 
 
 
3.3 Vigência e extinção dos tratados 
 
 
A vigência do tratado se inicia quase sempre com o ato de ratificação. Cada 
tratado dispõe sobre sua própria duração. O silêncio sobre sua duração caracteriza a 
possibilidade de mudar o tratado por nova convenção ou que o tratado é por tempo 
indeterminado. 
 
Em observação, a ratificação da nota diplomática cria obrigação internacional, 
que após a negociação, um terceiro sujeito pode assinar um tratado, mas estará 
obrigado ao que já foi pactuado. Trata-se da adesão. O tratado deve ser registrado 
junto à Organização Internacional competente, e desde que haja concordância de 
todos os assinantes, é possível criar ressalvas ou reservas dentro de um tratado 
internacional para determinados signatários. 
 
É mais comum, a vigência seja diferida por razões de ordem operacional. E 
neste, o ato jurídico se consuma e algum tempo transcorre antes que a norma jurídica 
comece a valer entre as partes, tal qual acontece na vacatio legis. A vigência pode 
ainda atuar como norma jurídica no exato momento em que se perfaz como ato 
jurídico convencional. 
 
É possível que o tratado opere em relação a fatos preexistentes (retroação), 
desde que assim convencionado. Tendo ainda a ultratividade, pelo qual o tratado 
continua a reger situações constituídas tendo efeito entre as partes (pacta sun 
servanda). 
 
Contudo, os Tratados podendo extinguir-se pelas seguintes formas: 
I) Execução Total do Objeto: o conteúdo do tratado foi totalmente 
executado; 
II) Ab-Rogação: manifestação de todos os sujeitos envolvidos naquela 
relação no sentido de por fim ao contratado; 
III) Denúncia: manifestação de sujeitos vinculados à relação no sentido de 
por fim ao contratado, de modo que não importe na totalidade dos 
signatários; 
IV) Renúncia: a parte que têm direito decide por abrir mão deles, 
extinguindo os deveres da outra parte; 
V) Mudanças Circunstanciais: a circunstância em que o tratado foi criado 
é mudada, sendo que esta não foi motivada por nenhum dos signatários; 
VI) Guerra Entre os Pactuantes: em caso de guerra entre os sujeitos 
envolvidos, o contrato pode ser extinto total ou parcialmente; 
VII) Prescrição Liberatória: o objeto do tratado cai em desuso e os 
signatários não se manifestam sobre ele. 
VIII) Inexecução de Uma das Partes: uma ou algumas das partes signatárias 
não cumprem o pactuado. 
 
Importante ressaltar, que desde o momento em que coincidam a entrada em 
vigor do Tratado no plano internacional, passa a integrar cada uma das ordens. Terá 
ele a estatura hierárquica de uma lei nacional, ou mais que isso, conforme o Estado 
em que se cuide. 
 
No Brasil, havia o entendimento predominante de que o tratado teria a mesma 
força de uma lei ordinária federal. Contudo, com o advento da Emenda Constitucional 
nº. 45, de dezembro de 2004, os tratados referentes a Direitos Humanos, depois de 
aprovados pelo Congresso, passaram a ter status de emenda constitucional. Que 
após um tempo discutindo, então, como seria esse novo “processo legislativo” para 
que os tratados que versem sobre a matéria também já referida tivessem a força de 
emenda, o Congresso Nacional passou a aprovar os chamados Decretos Legislativos 
com força de Emenda Constitucional. O primeiro desses casos é o Decreto Legislativo 
nº. 186, de 09 de julho de 2008, que aprova o texto da Convenção sobre os Direitos 
das Pessoas com Deficiência e de seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova 
Iorque, em 30 de março de 2007, e teve entrada em vigor a partir de sua publicação. 
 
Por definição do Supremo Tribunal Federal os Tratados só entram em vigor 
após publicação do decreto no Diário Oficial da União. 
 
Poderá também ocorrer a cassação da vigência de um tratado ou suspensão 
da aplicação como consequência da sua violação, a exemplo recente dessa situação 
é o conflito entre os Estados Unidos e a Rússia em torno do Tratado de Forças 
Nucleares de Alcance Intermediário, conhecido como “Tratado INF (Intermediate-
range Nuclear Forces)”. 
 
 
 
4 TRATADO DE FORÇAS NUCLEARES DE ALCANCE INTERMEDIÁRIO 
 
 
Com início em 1981 resultante de seis anos de negociação entre as mais altas 
patentes dos dois Estados, somente em 1987 firmaram o tratado o então presidente 
Ronald Reagan dos EUA e o então Secretário-geral do Partido Comunista da URSS, 
Mikhail Gorbachey, tratado esse formalmente conhecido como o Tratado entre os 
Estados Unidos da América e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas sobre a 
Eliminação dos seus Mísseis de Alcance Intermediário e de Menor Alcance, também 
conhecido como Tratado INF (do inglês: Intermediate-Range Nuclear Forces). O 
Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário, que foi um tratado 
internacional sobre controle de armas nucleares, “um esforço para controlar as armas 
desenvolvidas pelas duas potências”. 
 
Dessa forma, em 1988 sendo Ratificado o referido tratado pelo Congresso dos 
Estados Unidos e entra em vigor o aludido documento que proibia os Estados Unidos 
e a Rússia de possuírem, produzirem ou testarem mísseis balísticos de alcance entre 
500 quilômetros e 5.500 quilômetros, nucleares ou convencionais. 
 
Para se ter uma real noção, desde 1945 que os dois Estados se encontravam 
em estado de “guerra fria”, que começou com a preocupação americana com o 
alargamento das fronteiras soviéticas depois da II Guerra Mundial. Outras questões 
como a Guerra de Coreia e várias divergências na redacção de inúmeros tratados 
contribuíram para o agravamento de relações entre os EUA e a URSS. Dessa forma, 
há de se relatar breve histórico do antecedente ao referido Tratado, pois em outubro 
de 2018, o então Presidente dos Estados Unidos Donald Trump, alegando que os 
russos por já estarem violando os termos do acordo há muitos anos, anunciava a 
retirada do Tratado. 
 
A União Soviética em 1976, implantou pela primeira vez um míssil balístico de 
alcance intermediário móvel (IRBM) com um Míssil de Reentrada Múltipla 
Independentemente Direcionada (MIRV), o RSD-10 Pioneer (SS-20), esse míssil 
contendo três ogivas nucleares de 150 quilotoneladas e seu alcance e 4.700 a 5.000 
quilômetros, isso era grande o suficiente para alcançar a Europa Ocidental de dentro 
do então território soviético, e dessa forma era visto como um sistema potencialmente 
ofensivo, principalmente no caso de uma guerra nuclear entre a OTAN e a URSS. 
 
Os EUA, na época inicialmente consideraram suas armas nucleares 
estratégicas e aeronaves com capacidade nuclear como forças de combate 
adequadas contra o SS-20, também as consideravam como um impedimento 
suficiente no caso de uma agressão soviética. 
 
No entanto em 1977, o então chanceler da Alemanha Ocidental, Helmut 
Schmidt, argumentou em discurso que uma resposta ocidental à implantação do SS-
20 deveria ser explorada, um apelo apoiado pela OTAN, dada a uma visível 
desvantagem da Europa Ocidental em comparação com a URSS no quesito de forças 
nucleares. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_inglesa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado_internacional
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Armas_nucleares
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado#Ratifica%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Congresso_dos_Estados_Unidos
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Donald_Trump
https://pt.wikipedia.org/wiki/MIRV
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https://en.wikipedia.org/wiki/RSD-10_Pioneer
https://pt.wikipedia.org/wiki/RSD-10
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ogiva_nuclear
https://pt.wikipedia.org/wiki/Europa_Ocidental
https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_nuclear
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estados_Unidos_e_as_armas_de_destrui%C3%A7%C3%A3o_em_massa
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https://pt.wikipedia.org/wiki/1977
https://pt.wikipedia.org/wiki/Alemanha_Ocidentalhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Helmut_Schmidt
https://pt.wikipedia.org/wiki/Helmut_Schmidt
 
Há de se observar, que outros acordos já haviam sido concluídos, como o SALT 
I, em 1972, e o SALT II, em 1979, entre outras séries de acordos para limitar o número 
de novos lançadores de mísseis balísticos. Mas, foi o Tratado INF, que as duas 
potências se comprometem, pela primeira vez, a destruir toda uma classe de mísseis 
nucleares. Os mísseis com alcance entre 500 e 5.500 km deveriam, então, ser 
destruídos nos três anos seguintes à entrada do tratado em vigor e em 1987 na 
sequência do Tratado INF foram eliminados os últimos mísseis americanos. O último 
míssil soviético SS-20 foi eliminado em 11 de Maio do ano 1991. 
 
Contudo, em agosto de 2019, o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, 
anunciou a retirada formal de Washington em um comunicado em um fórum regional 
em Bangcoc, minutos após a Rússia ter declarado o fim do tratado, pois o governo 
voltou a acusar a Rússia de violar o emblemático texto bilateral com seu sistema de 
mísseis 9M729(SSC-8, segundo a classificação da Otan), mostrado ao mundo o que, 
segundo os Estados Unidos viola o tratado de eliminação dos mísseis de curto e médio 
alcance (INF), algo que as autoridades russas negam de maneira categórica. 
 
“O 9M729 é simplesmente uma variação do míssil de cruzeiro 9M728”, disse o 
tenente-general Mikhail Matveyevski, ao exibir ambos os modelos a militares 
credenciados em Moscou e à imprensa internacional em um hangar do parque 
“Patriot”, nos arredores da capital russa. 
 
O militar explicou que, embora seja mais potente e preciso, o 9M729 tem um 
alcance de 480 quilômetros, 10 quilômetros a menos do que o 9M728, por isso não 
viola o INF, que obrigava os EUA e a então União Soviética a eliminar os mísseis 
nucleares ou convencionais com um alcance de 500 e 5.500 quilômetros. 
 
O tenente-general, que qualificou de “gesto de transparência” a exibição dos 
mísseis, negou de maneira categórica as denúncias dos EUA de que o 9M729 voou 
por mais de 500 quilômetros em testes realizados na base Kapustin Yar, próxima ao 
rio Volga. 
 
Em reunião prévia à visita do hangar com os mísseis, o vice-ministro das 
Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, acusou os EUA de modernizarem 
uma fábrica no estado do Arizona capaz de produzir mísseis de cruzeiro de curto e 
médio alcance. 
 
E nesse entrelaçar de acusações, Washington acusou a Rússia por anos de 
desenvolvimento de um novo tipo de míssil, o 9M729, alegando que violava o tratado, 
uma posição apoiada pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e em 
fevereiro de 2019, Washington suspendeu sua participação no tratado, ao acusar 
Moscou de fabricar mísseis que não seguiam os termos previstos. Moscou, que rejeita 
a acusação, seguiu a decisão de Washington e também anunciou a suspensão de sua 
participação. 
 
Dessa forma, em 2019 Estados Unidos e Rússia encerraram, o tratado de 
desarmamento nuclear INF, assinado no final da Guerra Fria, em uma decisão de faz 
ressurgir o temor de uma corrida armamentista entre as potências mundiais. 
https://g1.globo.com/mundo/noticia/2019/02/01/eua-dizem-que-vao-deixar-pacto-sobre-armas-nucleares-de-alcance-intermediario-com-russia.ghtml
https://g1.globo.com/mundo/noticia/2019/02/02/russia-suspende-sua-participacao-no-tratado-inf-sobre-armas-nucleares.ghtml
https://g1.globo.com/mundo/noticia/2019/02/02/russia-suspende-sua-participacao-no-tratado-inf-sobre-armas-nucleares.ghtml
 
 
 
5. TEMOR DE NOVA CORRIDA ARMAMENTISTA 
 
O tratado, assinado pelo presidente americano Ronald Reagan e o líder 
soviético Mikhail Gorbachev em 1987, aboliu o uso de mísseis com alcance entre 500 
e 5.500 km. 
 
O acordo encerrou a crise dos mísseis europeus na década de 1980, provocada 
pela presença de ogivas nucleares SS-20 soviéticas dirigidas a capitais ocidentais, e 
foi considerado a pedra angular da arquitetura global do controle de armas. 
 
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, afirmou que a organização não 
quer uma nova corrida armamentista. "Não queremos uma nova corrida armamentista 
e não temos intenção de implantar novos mísseis nucleares terrestres na Europa", 
disse Stoltenberg em uma entrevista coletiva em Bruxelas. 
 
A suspensão do tratado INF gera temores de uma nova corrida armamentista 
entre Moscou e Washington porque o acordo era visto como um dos dois principais 
de armas entre a Rússia e os Estados Unidos. 
 
O outro é o novo Tratado START, que mantém os arsenais nucleares dos dois 
países bem abaixo do pico da Guerra Fria. No tratado assinado em abril de 2010 
durante os governos dos presidentes Barack Obama e Dimitri Medvedev, Moscou e 
Washington estabeleceram o prazo de sete anos para reduzir em 30% seus 
respectivos arsenais. O acordo prevê um máximo de 1.550 ogivas nucleares para 
cada lado, contra 2.200 atuais. 
 
 
 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
Pode se considerar a seguinte problemática “Em busca da pacificação mundial, 
os Estados soberanos perdem sua soberania com os tratados? Por que, a exemplo 
dos EUA e Rússia ao quebrarem um tratado sobre o controle de armas nucleares 
ameaçam o mundo?”. Através desta breve pesquisa ficou demonstrado que os 
Estados só aderem aos tratados por serem justamente soberanos e por isso não 
perdem sua soberania e sim, ao formalizam cooperações em torno do tema discutido, 
determinam regras e procedimentos comuns a todos os participantes salvaguardando 
dos direitos e garantias fundamentais de seus cidadãos. 
 
Concluímos que, com o fim do INF, a provável escalada armamentista 
preocupa principalmente os países europeus, que estão posicionados entre os dois 
países, uma vez que o mundo perderá um freio inestimável contra a guerra nuclear, 
pois se abre uma era de maior incerteza quanto às capacidades nucleares das duas 
principais potências, livres dos constrangimentos e do controlo em vigor até agora. 
Nesse cenário, os analistas antecipam uma nova corrida ao armamento com efeitos 
imprevisíveis, pois a Rússia já planeja o lançamento de novos armamentos de médio-
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2011/02/entra-em-vigor-o-novo-tratado-start-de-desarmamento-nuclear-1.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Armas_nucleares
alcance. Moscou tem planos de desenvolver uma versão terrestre do míssil Kalibr, 
que foi usado com sucesso pela marinha do país durante a guerra da Síria. 
 
Os Estados Unidos também estão desenvolvendo pelo menos três novos tipos 
de mísseis de médio-alcance, para ogivas convencionais, não nucleares. O primeiro 
deles, com alcance estimado de 1.000 km, e a segunda opção, que chega a distâncias 
de 4.000 km. 
 
Assim, “Há um risco muito real de que toda a arquitetura de segurança em torno 
da não-proliferação nuclear, construída ao longo de décadas de confrontação entre 
superpotências, possa colapsar por negligência, erros de cálculo e análises mal 
fundamentadas”, disse o ex-secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon. 
 
Com a ruptura do acordo sobre os mísseis de médio alcance, os olhos dos 
observadores internacionais voltam-se para o futuro de outro acordo, o chamado Start 
(acrônimo em inglês para Tratado de Redução de Armas Estratégicas), que trata da 
destruição progressiva das ogivas nucleares mantidas por russos e americanos. 
 
O tratado expira em 2021, data em que deveria ser avaliado e renovado, mas 
a imprensa europeia e americana publica há meses relatos de que John Bolton, 
assessor de Trump para segurança nacional, não tem interesse em renová-lo, 
podendo assim, agravar ainda mais a segurança mundial. 
 
Assim, à necessidade de se planejar o futuro, de se adequar as novas 
realidades, onde devendo ocorrer políticas de prevenções quanto a paz mundial, que 
não se ramifique de forma feroz por todo o mundo a preponderância política e 
econômica e sim, devendo haver expansão da proteção jurídica dos interesses 
individuais, coletivos e difusos, passando para a perspectiva do direito dos povos e do 
direito ao desenvolvimentocomo aspectos do atual panorama dos Direitos Humanos. 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
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Rússia quer acordo para redução de armas, mas aguarda os EUA, afirma Putin. 
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armas-eua-putin/>. Acesso em 15 de março de 2020. 
 
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