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constituição 37 ao 41

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Livro Eletrônico
Aula 00
Passo Estratégico de Direito Constitucional para MAPA - Auditor Fiscal Médico
Veterinário
Professor: Tulio Lages
00000000000 - DEMO
Passo Estratégico – ESAF/MAPA 
Direito Constitucional p/ Auditor 
Fiscal – Médico Veterinário 
Analista Túlio Lages 
Analista	Túlio	Lages	 								www.estratégiaconcursos.com.br	 																															Página	1	
Administração pública. Disposições gerais, 
servidores públicos. 
	
Apresentação ............................................................................1 
Introdução ................................................................................2 
Análise Estatística .....................................................................2 
Análise das Questões ................................................................3 
Orientações de Estudo (Checklist) e Pontos a Destacar............10 
Questionário de Revisão ..........................................................29 
Anexo I – Lista de Questões ....................................................50 
Referências Bibliográficas .......................................................53 
	
Apresentação	
Olá! J 
Meu nome é Túlio Lages e, com imensa satisfação, serei o analista de 
Direito Constitucional do Passo Estratégico! 
Para conhecer um pouco sobre mim, segue um resumo da minha 
experiência profissional, acadêmica e como concurseiro: 
Coordenador e Analista do Passo Estratégico - disciplinas: Direito Constitucional e 
Administrativo. 
Coach do Estratégia Concursos. 
Auditor do TCU desde 2012, tendo sido aprovado e nomeado para o mesmo cargo nos 
concursos de 2011 (14º lugar nacional) e 2013 (47º lugar nacional). 
Ingressei na Administração Pública Federal como técnico do Serpro (38º lugar, concurso 
de 2005). Em seguida, tomei posse em 2008 como Analista Judiciário do Tribunal 
Superior do Trabalho (6º lugar, concurso de 2007), onde trabalhei até o início de 2012, 
quando tomei posse no cargo de Auditor do TCU, que exerço atualmente. 
Aprovado em inúmeros concursos de diversas bancas. 
Graduado em Engenharia de Redes de Comunicação (Universidade de Brasília). 
Graduando em Direito (American College of Brazilian Studies). 
Pós-graduado em Auditoria Governamental (Universidade Gama Filho). 
Pós-graduando em Direito Público (PUC-Minas). 
0
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Passo Estratégico – ESAF/MAPA 
Direito Constitucional p/ Auditor 
Fiscal – Médico Veterinário 
Analista Túlio Lages 
Analista	Túlio	Lages	 								www.estratégiaconcursos.com.br	 																															Página	2	
Estou extremamente feliz de ter a oportunidade de trabalhar na equipe 
do “Passo”, porque tenho convicção de que nossos relatórios e 
simulados proporcionarão uma preparação DIFERENCIADA aos nossos 
alunos! 
... 
Será uma honra ajudar vocês a alcançar a aprovação no concurso para 
o cargo de Auditor Fiscal Federal Agropecuário – Médico 
Veterinário do Ministério da Agropecuária, Pecuária e 
Abastecimento (MAPA), que será realizado pela Escola de 
Administração Fazendária (ESAF). 
Então, sem mais delongas, vamos ao relatório propriamente dito?! 
Introdução	
Olá! J 
Este relatório aborda o assunto “Administração Pública: disposições 
gerais; servidores públicos”, previsto no conteúdo programático de 
Direito Constitucional do edital do concurso de Auditor Fiscal – Médico 
Veterinário do MAPA (2017). 
Com base na análise estatística (tópico a seguir), concluímos que o 
assunto possui importância muito alta. 
Boa leitura! 
Análise Estatística	
Com base na análise estatística das assertivas colhidas, temos o 
seguinte resultado para os assuntos que serão tratados neste relatório: 
 
Assunto	
% aproximado de cobrança 
em provas de nível superior 
realizadas pela ESAF desde 
2012	
Administração Pública: 
disposições gerais; 
servidores públicos. 
11,9%	
Tabela 1 
Com base na tabela acima, é possível verificar que, no contexto das 
provas da ESAF para cargos de nível superior, o assunto “Administração 
Pública: disposições gerais; servidores públicos” possui importância 
muito alta, já que foi cobrado em 11,9% das assertivas. 
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Passo Estratégico – ESAF/MAPA 
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Fiscal – Médico Veterinário 
Analista Túlio Lages 
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... 
É importante destacar que os percentuais de cobrança, para cada tema, 
podem variar bastante. Sendo assim, adotaremos a seguinte 
classificação quanto à importância dos assuntos: 
 
% de cobrança	 Importância do assunto	
Até 0,9%	 Baixa	
De 1% a 1,9% Baixa a Média 
De 2% a 2,9% Média 
De 3% a 3,9% Média a Alta 
De 4% a 8,9% Alta 
De 9% a 13,9% Muito Alta 
De 14% ou mais Muito Muito Alta 
 
Análise das Questões	
Vejamos, agora, como a ESAF aborda o(s) assunto(s): 
1. (2016/FUNAI/Diversos Cargos de Nível Superior). Sobre as 
disposições constitucionais referentes aos servidores públicos, assinale 
a opção correta. 
a) É garantido ao servidor público investido em cargo público o direito 
ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. 
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b) Lei Complementar disciplinará o direito de greve do servidor público. 
c) Decreto estabelecerá os casos de contratação por tempo 
determinado para atender a necessidade temporária de excepcional 
interesse público. 
d) Ao servidor ocupante exclusivamente de cargo em comissão, aplica-
se o regime próprio de previdência social. 
e) São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores 
nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso 
público. 
 
GABARITO: Anulada 
Assertiva “a” – incorreta: o direito ao FGTS não foi estendido aos 
servidores investido em cargo público, conforme art. 39, § 3º da CF, 
que estendeu a tais servidores alguns dos direitos dos trabalhadores 
urbanos e rurais: 
Art. 39 (...) 
§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o 
disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, 
XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer 
requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do 
cargo o exigir. 
Vejamos quais foram os direitos estendidos: 
Art. 7º (...) 
IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, 
capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de 
sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, 
lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com 
reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, 
sendo vedada sua vinculação para qualquer fim; 
(...) 
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os 
que percebem remuneração variável; 
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração 
integral ou no valor da aposentadoria; 
IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; 
(...) 
XII - salário-família pago em razão do dependente do 
trabalhador de baixa renda nos termos da lei; 
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas 
diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a 
compensação de horários e a redução da jornada, mediante 
acordo ou convenção coletiva de trabalho; 
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(...) 
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos 
domingos; 
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no 
mínimo, em cinqüenta por cento à do normal; 
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, 
um terço a mais do que o salário normal; 
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do 
salário, com a duraçãode cento e vinte dias; 
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei; 
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante 
incentivos específicos, nos termos da lei; 
(...) 
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de 
normas de saúde, higiene e segurança; 
(...) 
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de 
funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, 
cor ou estado civil; 
Assertiva “b” – incorreta: não é “lei complementar”, mas sim “lei 
específica” (que pode ser ordinária), conforme art. 37, VII da CF: 
Art. 37 (...) 
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites 
definidos em lei específica; 
Assertiva “c” – incorreta: não é “decreto”, é “lei”, conforme art. 37, IX 
da CF: 
Art. 37 (...) 
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo 
determinado para atender a necessidade temporária de 
excepcional interesse público; 
Assertiva “d” – incorreta: para tais servidores, aplica-se o regime geral 
(e não o próprio) de previdência social, conforme art. 40, § 13 da CF: 
Art. 40 (...) 
§ 13 - Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em 
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração 
bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, 
aplica-se o regime geral de previdência social. 
Assertiva “e” – incorreta: embora a assertiva reflita a literalidade do 
art. 41, caput, da CF, são necessários outros requisitos para que o 
servidor adquira a estabilidade, além dos três anos de efetivo exercício 
(o item dá a entender que seria somente este requisito), conforme § 4º 
do mesmo artigo, que deve ser interpretado em conjunto com aquele 
dispositivo: 
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Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os 
servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em 
virtude de concurso público. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998) 
(...) 
§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é 
obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão 
instituída para essa finalidade. 
2. (2015/MPOG/Analista de Planejamento e Orçamento – 
Diversas Especialidades). 
A eficiência como princípio da Administração Pública foi introduzida na 
Constituição Federal de 1988 por meio da Emenda n. 19/98, seguindo 
na linha de algumas legislações estrangeiras. No entanto, outras 
alterações feitas no texto constitucional são exemplos da 
materialização da aplicação do referido princípio. Assinale, entre as 
opções que se seguem, aquela que não seria um exemplo da aplicação 
do princípio da eficiência. 
a) A introdução da figura do contrato de gestão com um acréscimo de 
autonomia administrativa em função do desempenho de metas 
específicas. 
b) A possibilidade da perda do cargo, por parte do servidor público, na 
hipótese de avaliação periódica insatisfatória de desempenho, na forma 
da lei, assegurada ampla defesa. 
c) A determinação que a União, os Estados e o Distrito Federal 
mantenham escolas de governo para a formação e aperfeiçoamento de 
seu pessoal. 
d) A previsão da participação, na administração direta e indireta, do 
usuário de serviços públicos, por meio do registro de reclamações 
relativas à prestação destes, sendo asseguradas a manutenção de 
atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da 
qualidade de tais serviços. 
e) A previsão da remuneração de determinadas categorias de 
servidores exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, 
vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, 
verba de representação ou outra espécie remuneratória. 
 
GABARITO: letra “E”. 
Vejamos alguns desdobramentos constitucionais do princípio da 
eficiência: 
i) a possibilidade de reclamação relativa a prestação dos serviços 
públicos e de avaliação periódica, interna e externa, da qualidade dos 
serviços, consoante art. 37, §3º, incisos I a III: 
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§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na 
administração pública direta e indireta, regulando 
especialmente: 
I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos 
em geral, asseguradas a manutenção de serviços de 
atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e 
interna, da qualidade dos serviços; 
II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a 
informações sobre atos de governo, observado o disposto no 
art. 5º, X e XXXIII; 
III - a disciplina da representação contra o exercício 
negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função na 
administração pública. 
ii) a possibilidade de celebração de contratos de gestão como forma de 
ampliar a autonomia gerencial, orçamentária e financeira de órgãos e 
entidades da administração direta e indireta, com fixação de metas de 
desempenho e controles e critérios para sua avaliação, consoante art. 
37, §8º, incisos I a III: 
§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos 
órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá 
ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus 
administradores e o poder público, que tenha por objeto a 
fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, 
cabendo à lei dispor sobre: 
I - o prazo de duração do contrato; 
II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, 
direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes; 
III - a remuneração do pessoal. 
iii) a determinação aos entes federados que mantenham escolas de 
governo para a formação e o aperfeiçoamento dos servidores públicos, 
bem como a exigência de que estes participem de cursos de 
aperfeiçoamento com condição de promoção na carreira, consoante art. 
39, §2º: 
§ 2º A União, os Estados e o Distrito Federal manterão 
escolas de governo para a formação e o aperfeiçoamento dos 
servidores públicos, constituindo-se a participação nos 
cursos um dos requisitos para a promoção na carreira, 
facultada, para isso, a celebração de convênios ou contratos 
entre os entes federados. 
iv) a possibilidade de aplicação de recursos orçamentários provenientes 
da economia com despesas correntes em cada órgão, autarquia e 
fundação, para aplicação no desenvolvimento de programas de 
qualidade e produtividade, treinamento e desenvolvimento, 
modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço público, 
inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de produtividade, a ser 
disciplinada em lei da União, dos Estados, do DF e dos Municípios, 
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consoante art. 39, §7º: 
§ 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios disciplinará a aplicação de recursos orçamentários 
provenientes da economia com despesas correntes em cada 
órgão, autarquia e fundação, para aplicação no 
desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade, 
treinamento e desenvolvimento, modernização, 
reaparelhamento e racionalização do serviço público, 
inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de 
produtividade. 
v) possibilidade de perda do cargo do servidor estável por insuficiência 
de desempenho aferido em avaliação periódica, consoante art. 41, § 
1º, inciso III: 
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo: 
(...) 
III - mediante procedimento de avaliação periódica de 
desempenho, na forma de lei complementar, assegurada 
ampla defesa. 
vi) necessidade de avaliação especial de desempenho paraaquisição de 
estabilidade por parte do servidor público, consoante art. 41, §4º: 
§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é 
obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão 
instituída para essa finalidade. 
Assim, perceba que apenas a assertiva “e” não guarda relação direta 
(ou pelo menos tão direta) com o princípio da eficiência, se comparada 
com as demais assertivas. 
3. (2013/MF/Diversos Cargos de Nível Superior). Quanto à 
Administração Pública na Constituição Federal de 1988, assinale a 
opção correta. 
a) A Constituição Federal prevê a responsabilidade objetiva da 
Administração Pública, garantindo que as pessoas jurídicas de direito 
público e as de direito privado que prestem serviços públicos 
respondam pelos atos de seus agentes que, nessa qualidade, causem 
dano a terceiros, com direito de regresso contra o responsável nos 
casos de dolo ou culpa. 
b) O princípio da impessoalidade, apesar de não constar 
expressamente da Constituição Federal, deve ser respeitado pela 
Administração Pública, a qual deve guiar seus atos sempre com a 
finalidade de atender o interesse público, rechaçando a promoção 
pessoal dos seus gestores. 
c) A definição das áreas de atuação de uma fundação instituída pelo 
Poder Público deve ser feita por meio de lei ordinária de iniciativa 
privativa do Presidente da República. 
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d) Não podem constar da publicidade dos atos, programas, obras, 
serviços e campanhas dos órgãos públicos nomes, símbolos ou 
imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou 
servidores públicos, salvo nos casos dos programas educacionais 
direcionados ao ensino superior. 
e) A lei deverá estabelecer os prazos prescricionais para ilícitos que 
causem prejuízo ao erário, praticados ou não por servidores públicos, 
inclusive quanto às respectivas ações de ressarcimento. 
 
GABARITO: letra “A”. 
Assertiva “a” – correta, conforme literalidade do art. 37, § 6º da CF: 
Art. 37(...) 
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito 
privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos 
danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a 
terceiros, assegurado o direito de regresso contra o 
responsável nos casos de dolo ou culpa. 
Assertiva “b” – incorreta: o princípio da pessoalidade está previsto 
expressamente no art. 37, caput da CF: 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer 
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, 
também, ao seguinte: 
Assertiva “c” – incorreta: não basta lei ordinária, deve ser lei 
complementar para definir as áreas de atuação das fundações, 
conforme art. 37, XIX da CF: 
Art. 37(...) 
XIX – somente por lei específica poderá ser criada 
autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de 
sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei 
complementar, neste último caso, definir as áreas de sua 
atuação; 
Assertiva “d” – incorreta: não há exceção à vedação da promoção 
pessoal de autoridades ou servidores na publicidade dos órgãos 
públicos prevista no art. 37, § 1º da CF: 
Art. 37(...) 
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e 
campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter 
educativo, informativo ou de orientação social, dela não 
podendo constar nomes, símbolos ou imagens que 
caracterizem promoção pessoal de autoridades ou 
servidores públicos. 
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Assertiva “e” – incorreta: as ações de ressarcimento não estão 
inclusas, conforme art. 37, § 5º da CF: 
Art. 37(...) 
§ 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos 
praticados por qualquer agente, servidor ou não, que 
causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas 
ações de ressarcimento. 
4. (2012/RFB/Analista Tributário – Diversas Áreas - adaptada). 
Sobre os direitos e deveres individuais e coletivos, julgue as assertivas 
a seguir. 
a) Nos concursos públicos, é cabível a realização de exame 
psicotécnico, ainda que não haja previsão em lei, bastando, apenas, 
que o edital tenha regra específica sobre tal questão. 
b) A vedação do nepotismo não exige a edição de lei formal para coibir 
a prática, uma vez que decorre diretamente dos princípios 
constitucionais da Administração Pública. 
 
GABARITO: Errada. Correta. 
Assertiva “a” – errada: É necessário que haja previsão em lei, não 
basta apenas previsão editalícia, conforme Súmula Vinculante 44: 
“Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a 
habilitação de candidato a cargo público”. 
Assertiva “b” – correta: esse foi o entendimento do STF na época em 
que tal assunto estava sendo discutido, inclusive levando a Suprema 
Corte a editar a Súmula Vinculante 13: 
“A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha 
reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, 
inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma 
pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou 
assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou 
de confiança ou, ainda, de função gratificada na 
administração pública direta e indireta em qualquer dos 
poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, compreendido o ajuste mediante designações 
recíprocas, viola a Constituição Federal”. 
 
Orientações de Estudo (Checklist) e Pontos a Destacar	
Com focando nos pontos que serão destacados a seguirn, inicialmente, 
foque no estudo dos dispositivos constitucionais do assunto. Depois, 
procure memorizar as súmulas vinculantes. Em seguida os demais 
entendimentos judiciais trazidos, destacando os seguintes: STF – RE 
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898.450/SP, STF – RE 837.311/PI, STF – RE 658.026/MG, STF – REs 
602043 e 612975. 
Ler os arts. 37 a 41 da CF, tendo em mente os seguintes pontos: 
1.! CF, art. 37, caput: 
1.1.! Memorizar o rol dos princípios da Administração Pública 
expressos no caput do art. 37 da CF/88, o conceito de cada um dos 
princípios, bem como os órgãos e entidades que devem observá-los. 
1.2.! Princípio da legalidade - diferença entre legalidade administrativa 
e reserva legal prevista no CF/88, art. 5º, inciso II. Diferença entre 
legalidade e legitimidade. 
1.3.! Princípio da impessoalidade - enfoques do princípio da 
impessoalidade: imputação dos atos praticados pelos agentes públicos 
diretamente às pessoas jurídicas em que atuam; vedação à promoção 
pessoal de autoridades e servidores públicos. Relação entre o princípio 
da impessoalidade e o da isonomia (previsto na CF/88, arts. 5º, inciso 
I, e 19, inciso III). 
1.4.! Princípio da moralidade - relação entre moralidade administrativa 
e probidade administrativa. As espécies de penalidades decorrentes dos 
atos de improbidade administrativa, conforme CF/88, art. 37, § 4º, 
com atenção para a impossibilidade de pena de cassação de direitos 
políticos, consoante CF, art. 15, caput. 
1.5.! Princípio da moralidade - possibilidade de atuação do Ministério 
Público na defesa da moralidade administrativa mediante ação civil 
pública, consoante CF/88, art. 129, inciso III. 
1.6.! Princípio da moralidade – precedente importante: 
1.6.1.! “A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente 
em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, 
inclusive, da autoridadenomeante ou de servidor da mesma 
pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou 
assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de 
confiança ou, ainda, de função gratificada na administração 
pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, 
compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, 
viola a Constituição Federal”1. 
1.7.! Princípio da publicidade - A transparência como regra na 
Administração Pública, com fulcro no direito fundamental à informação 
previsto na CF, art. 5º, inciso XXXIII, bem como no previsto na CF, art. 
 
1
 STF – Súmula Vinculante 13. 
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5º, inciso LX. A concretização do princípio da publicidade por meio dos 
direitos constitucionais de petição (CF, art. 5º, inciso XXXIV, alínea “a”) 
e de certidão (CF, art. 5º, inciso XXXIV, alínea “b”). Precedente 
importante: 
1.7.1.! a divulgação da remuneração bruta dos cargos e 
funções titularizados por servidores públicos, com seu nome 
e lotação, consubstancia informação de interesse coletivo ou 
geral, “sem que a intimidade deles, vida privada e segurança 
pessoal e familiar se encaixem nas exceções de que trata a 
parte derradeira do mesmo dispositivo constitucional (inciso 
XXXIII do art. 5º)”2. 
1.8.! Princípio da eficiência – Desdobramentos constitucionais do 
princípio da eficiência na CF, art. 37, §3º, incisos I a III, §8º, incisos I 
a III, art. 39, §§ 2º e 7º, art. 41, § 1º, inciso III e §4º. O controle da 
eficiência da Administração Pública: controle externo (CF, art. 70, 
caput e art. 71, caput), sistema de controle interno (art. 70, caput e 
art. 74, inciso II) e controle judicial. 
2.! CF, art. 37, inciso XXI (Licitação) – notar que, como regra, é 
necessária a realização de licitação pública, com exceção nos casos 
especificados na legislação. 
3.! CF, art. 37, § 4º (Improbidade Administrativa) – observar que os 
atos de improbidade administrativa possuem natureza civil (inclusive o 
próprio dispositivo fala em “sem prejuízo da ação penal cabível”). 
4.! CF, art. 37, § 6º (Responsabilidade Civil do Estado) – observar: 
4.1.! que se trata de responsabilidade objetiva (independentemente de 
dolo ou culpa); 
4.2.! que tal responsabilidade alcança as pessoas jurídicas de direito 
público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos, 
integrantes ou não da Administração Pública. 
4.3.! que a responsabilidade alcança os danos produzidos tanto a 
terceiros usuários como a não usuários do serviço público3. 
4.4.! que no caso de dolo ou culpa do agente, o Estado possui direito 
de regresso (ação regressiva); 
4.5.! que como regra geral, o Estado não pode ser responsabilizado 
por ato judicial, excetuando-se o caso previsto no art. 5º, LXXV, 
circunscritos à esfera penal – dever de indenizar o condenado por erro 
judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo fixado na 
 
2
 STF – SS 3.902 AgR. 
3
 STF – RE 591.874. 
0
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sentença. 
5.! CF, art. 37, § 8º (Contrato de Gestão) – observar que o objetivo 
do contrato de gestão previsto no dispositivo é o de aumentar a 
autonomia do órgão/entidade, sendo, por outro lado, fixadas metas de 
desempenho. 
Os demais dispositivos da CF sobre o assunto versam especificamente 
sobre o tema agentes públicos. Os principais pontos de tal tema são 
abordados no respectivo PDF do Passo Estratégico de Direito 
Administrativo, em razão de ser um tema cobrado em ambas as 
matérias. Mesmo assim, serão aqui novamente trazidos: 
1.! Agentes públicos: conceito e classificação. Agentes de fato; 
2.! Cargo, empregos e funções públicas: 
2.1.! Conceito e diferenças entre os institutos. 
2.2.! Forma e requisitos de acesso (CF, art. 37, incisos I, V, 
VIII). 
2.3.! Concurso público: regras constitucionais (CF, art. 37, 
incisos II a IV e § 2º). Exceções à regra de exigência de 
concurso público (cargos eletivos + CF, art. 37, incisos 
II e IX, art. 198, § 4º e ADCT, art. 53, inciso I). Cargos 
em que o ingresso deve se dar, necessariamente, 
mediante aprovação em concurso público de provas e 
títulos (CF, arts. 93, inciso I, 129, § 3º, 131, § 2º, 132, 
134, § 1º e 206, inciso V). 
2.4.! Cargos privativos de brasileiro nato (CF, art. 12, § 3º). 
2.5.! Súmulas e precedentes importantes: 
2.5.1.! O acesso aos cargos públicos por estrangeiros é preceito 
constitucional de eficácia limitada, dependendo de 
regulamentação para produzir efeitos (é não auto-
aplicável)4 , sendo que a norma reguladora deve ser de 
iniciativa dos Estados-membros (por não se tratar de 
matéria reservada à competência privativa da União)5. 
2.5.2.! “Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a 
habilitação de candidato a cargo público”6. 
2.5.3.! Os seguintes requisitos devem ser cumpridos 
cumulativamente para que exames psicotécnicos em 
concursos públicos possam ser exigidos: 1) previsão em lei 
e no edital do certame; 2) estabelecimento de critérios 
 
4
 STF - RE 544.655/MG. 
5
 STF - AI 590.663/RR. 
6
 STF – Súmula Vinculante 44. 
0
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objetivos de reconhecido caráter científico para a avaliação 
dos candidatos e 3) possibilidade de recurso7. 
2.5.4.! “O limite de idade para a inscrição em concurso público só 
se legitima em face do art. 7º, XXX, da Constituição, 
quando possa ser justificado pela natureza das atribuições 
do cargo a ser preenchido”8. 
2.5.5.! A imposição de discriminação de gênero para fins de 
participação em concurso público deve estar devidamente 
fundamentada nos aspectos da legalidade e da 
proporcionalidade, sob pena de ofensa ao princípio da 
isonomia9. 
2.5.6.! É razoável a exigência de altura mínima para determinadas 
carreiras, dada a natureza do cargo a ser exercido10. 
2.5.7.! “é possível a definição de limite máximo e mínimo de idade, 
sexo e altura para o ingresso na carreira militar, levando-se 
em conta as peculiaridades da atividade exercida, desde 
que haja lei específica que imponha tais restrições”11. 
2.5.8.! As exigências de natureza discriminatória para participação 
em concurso público (limite de idade, altura mínima, sexo 
etc.) devem estar previstas em lei, não somente no edital 
do certame12. 
2.5.9.! A comprovação do limite de idade (devidamente fixado em 
lei e no edital) deve ocorrer no momento da inscrição do 
concurso público13. Para os cargos de juiz e de membro do 
Ministério Público, também deve ocorrer no momento da 
inscrição no certame a comprovação da exigência de três 
anos de atividade jurídica, que devem ser contados da data 
de conclusão do curso de direito14. Por outro lado, para os 
demais casos, ou seja, como regra geral, “a exigência de 
habilitação para o exercício do cargo objeto do certame 
dar-se-á no ato da posse e não da inscrição do concurso”15. 
2.5.10.! “É inconstitucional o veto não motivado à participação de 
candidato a concurso público”16 (ou seja, o impedimento à 
participação do candidato deve ser devidamente motivado). 
2.5.11.! “Editais de concurso público não podem estabelecer 
restrição a pessoas com tatuagem, salvo situações 
 
7
 RE – AgR 782.997/DF. 
8
 STF – Súmula 683.9
 STF – RE 528.684/MS 
10
 STF – RE 140.889, RE 630.603/RJ, dentre outros. 
11
 STJ – AgRg no RMS 41.515/BA. 
12
 STF – Súmula 14 c/c súmula vinculante 44 c/c RE 182.432/RS. 
13
 STF – Súmula 683, ARE-AgR 840.592/CE, dentre outros. 
14
 STF – ADI 3.460/DF. 
15
 STF – RE 423.752/MG. 
16
 STF – Súmula 684. 
0
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excepcionais em razão de conteúdo que viole valores 
constitucionais”17. 
2.5.12.! Exige aprovação prévia em concurso público o ingresso de 
pessoal nos conselhos fiscalizadores de profissões 
regulamentadas, em razão de possuírem natureza 
autárquica18. Tal exigência não se aplica à OAB, que não 
possui natureza de autarquia, de acordo com o STF19. 
2.5.13.! No concurso público, a pontuação atribuída aos títulos deve 
observar os princípios da razoabilidade e da 
proporcionalidade20. 
2.5.14.! Em concursos de provas e títulos, normas que consideram 
como título o mero exercício anterior de cargo ou função 
pública violam o princípio da isonomia21. 
2.5.15.! As provas de títulos só podem ostentar natureza 
classificatória, nunca eliminatória22. 
2.5.16.! O candidato aprovado em concurso público dentro do 
número de vagas indicado no edital tem direito subjetivo de 
ser nomeado, observado o prazo de validade do concurso23. 
Também possui o mesmo direito o candidato que, apesar de 
inicialmente ter sido aprovado fora das vagas previstas no 
edital, passe a estar colocado dentro do número de vagas 
em razão da desistência de candidatos em colocação 
superior 24. 
2.5.17.! “candidato aprovado em certame para formação de reserva 
não tem direito subjetivo à nomeação, mas mera 
expectativa”25. 
2.5.18.! Se o edital não prever o número de vagas (ex: cadastro de 
reserva): a) o candidato aprovado em primeiro lugar possui 
direito subjetivo à nomeação (presume-se que se houve 
abertura de concurso há pelo menos uma vaga 
disponível)26; b) a eventual desistência ou desclassificação 
de candidato nomeado gera direito subjetivo à nomeação 
para o candidato seguinte, em virtude da vaga não 
ocupada27. 
2.5.19.! “Dentro do prazo de validade do concurso, o candidato 
 
17
 STF – RE 898.450/SP. 
18
 STF – MS 22.643/SC, MS 26.150/DF, dentre outros. 
19
 STF – ADI 3.026/DF. 
20
 STF – ADI 3.522/RS. 
21
 STF – ADI 3.433/MA. 
22
 STF – MS 31.176/DF. 
23
 STF – RE 598.099/MS. 
24
 STF – ARE 675.202/PB. 
25
 STF – MS-AgR 31.790/DF. 
26
 STJ – RMS 32.105/DF. 
27
 STJ – RMS 33.426/RS. 
0
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aprovado tem o direito à nomeação, quando o cargo for 
preenchido sem observância da classificação”28. Porém, é 
lícito que candidato pior colocado seja nomeado em virtude 
de decisão judicial e, nessa situação, não surge para os 
candidatos mais bem classificados que tenham sido 
“pulados” o direito subjetivo à nomeação29. 
2.5.20.! “O surgimento de novas vagas ou a abertura de novo 
concurso para o mesmo cargo, durante o prazo de validade 
do certame anterior, não gera automaticamente o direito à 
nomeação dos candidatos aprovados fora das vagas 
previstas no edital, ressalvadas as hipóteses de preterição 
arbitrária e imotivada por parte da administração, 
caracterizada por comportamento tácito ou expresso do 
Poder Público capaz de revelar a inequívoca necessidade de 
nomeação do aprovado durante o período de validade do 
certame, a ser demonstrada de forma cabal pelo candidato. 
Assim, o direito subjetivo à nomeação do candidato 
aprovado em concurso público exsurge nas seguintes 
hipóteses: 
1 – Quando a aprovação ocorrer dentro do número de 
vagas dentro do edital; 
2 – Quando houver preterição na nomeação por não 
observância da ordem de classificação; 
3 – Quando surgirem novas vagas, ou for aberto novo 
concurso durante a validade do certame anterior, e ocorrer 
a preterição de candidatos de forma arbitrária e imotivada 
por parte da administração nos termos acima”30. 
2.5.21.! Configura preterição na ordem de nomeação e faz surgir o 
direito subjetivo à nomeação aos os candidatos aprovados 
não nomeados em concurso público ainda dentro do prazo 
de validade, a contratação de pessoal a título precário 
(comissionados, temporários, terceirizados etc.) para o 
exercício de atribuições próprias desse mesmo cargo 
efetivo31. 
2.5.22.! “na hipótese de posse em cargo público determinada por 
decisão judicial, o servidor não faz jus a indenização, sob 
fundamento de que deveria ter sido investido em momento 
anterior, salvo situação de arbitrariedade flagrante”32 “é 
inconstitucional toda modalidade de provimento que 
propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em 
concurso público destinado ao seu provimento, em cargo 
 
28
 STF – Súmula 15. 
29
 STF – AI 698.618/SP. 
30
 STF – RE 837.311/PI. 
31
 STF – AI 820.065/GO. 
32
 STF – RE 724.347/DF. 
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que não integra a carreira na qual anteriormente 
investido”33. 
2.5.23.! Não possui direito à manutenção no cargo, sob fundamento 
de fato consumado, o candidato não aprovado que nele 
tomou posso em decorrência de decisão judicial de caráter 
provisório, posteriormente desconstituída ou tornada 
ineficaz (em razão de revogação, cassação etc.), mesmo 
que já esteja no exercício do cargo há muitos anos e que 
demonstre possuir indiscutível aptidão para o desempenho 
das atribuições34. Esse entendimento se coaduna com outro 
do STF: o de que não ocorre jamais decadência quando se 
trata de anulação de ato que contrarie frontalmente 
exigência expressa na Constituição Federal35. 
2.5.24.! “o candidato aprovado fora das vagas previstas 
originariamente no edital, mas classificado até o limite das 
vagas surgidas durante o prazo de validade do concurso, 
possui direito líquido e certo à nomeação se o edital 
dispuser que serão providas, além das vagas oferecidas, as 
outras que vierem a existir durante sua validade”36 
2.5.25.! A nomeação ou contratação sem prévio concurso público, 
quando o for exigido, ou fora do prazo de validade do 
certame, importa o desligamento das pessoas assim 
admitidas, sem necessidade de devolução da remuneração 
por eles recebida em razão do serviço efetivamente 
prestado, sob pena de enriquecimento sem causa do 
Estado, subsistindo o direto de tais pessoas, entretanto, ao 
depósito do FGTS37, sendo que não advém nenhum outro 
efeito válido de admissões viciadas pela nulidade prevista 
no § 2º do art. 37 da CF (como aviso prévio indenizado, 
férias, gratificação natalina etc.) 38 . Esse mesmo 
entendimento deve ser aplicado às contratações por tempo 
determinado para atendimento de necessidade temporária 
de excepcional interesse público realizada em 
desconformidade com os preceitos do art. 37, IX, da CF39. 
2.5.26.! “O servidor público desviado de suas funções, após a 
promulgação da Constituição, não pode ser reenquadrado, 
mas tem direito ao recebimento, como indenização, da 
diferença remuneratória entre os vencimentos do cargo 
efetivo e os daquele exercido de fato”40. 
2.5.27.! Só é admitida a alteração das regras do concurso, após a 
publicação do edital e já iniciado o certame, se houver 
 
33
 STF – Súmula 685. 
34
 STF – RE 608.402/RN. 
35
 STF – MS 28.279/DF. 
36
 STJ – AgRg no RMS 31.899-MS. 
37
 STF – RE 596.478/RR.38
 STF – RE 705.140/RS. 
39
 STF – RE 765.320/MG. 
40
 STF – RE 486.184 AgR/SP. 
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modificação na legislação que disciplina a respectiva 
carreira e desde que o concurso público ainda não esteja 
concluído e homologado41. 
2.5.28.! A decisão quanto a prorrogar ou não o prazo de validade do 
concurso é de natureza discricionária42, mas prorrogação 
de tal prazo após sua expiração é irregular43. 
2.5.29.! Não ofende o princípio da isonomia o edital de concurso 
público que estabelece que a classificação dos candidatos 
seja feita por regiões ou por áreas de especialização, ainda 
que seja se trate de provimento do mesmo cargo44. Não 
ofende a CF a previsão em editais de concursos público de 
regras que limitem o número de candidatos aptos a 
participar de fases subsequentes do certame em função da 
nota auferida em etapa anterior45. Quando previstas em 
edital, essas regras, também chamadas de “cláusulas de 
barreira”, devem ser aplicadas a todos os candidatos, 
inclusive aos concorrentes às vagas reservadas aos 
portadores de deficiência, devendo ser mantida a proporção 
com o número de vagas reservadas46. 
2.5.30.! A Administração Pública não pode recusar a inscrição de 
candidato em concurso público ou exclui-lo do certame ou, 
ainda, impedir sua nomeação (caso aprovado), sob o 
fundamento de “maus antecedentes” e congêneres, sem 
que haja trânsito em julgado da sentença condenátoria, sob 
pena de violação do princípio da presunção de inocência 
(CF, art. 5º, LVII), que deve ser também observado na 
esfera administrativa47. 
2.5.31.! O candidato em concurso público não possui direito à 
remarcação de provas de aptidão física em razão de 
circunstâncias pessoais, ainda que de caráter fisiológico ou 
de força maior, salvo disposição expressa em sentido 
contrário no respectivo edital48. 
2.5.32.! Em caso de conflito entre os limites máximo e mínimo 
previstos em lei para reserva de vagas a pessoas 
portadoras de deficiência, deve haver prevalência do limite 
máximo49. 
 
41
 STF – MS 27.160/DF. 
42
 STF – RMS 28.911/RJ. 
43
 STF – RE 352.258/BA. 
44
 STF – RMS 23.432/DF. 
45
 STF – RMS 23.586/DF, dentre outros. 
46
 STF – MS AgR 30.195/DF. 
47
 STF – RE 194.872/RS. 
48
 STF – RE 630.733/DF. 
49
 STF – RE 440.988/DF. 
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2.5.33.! “O portador de visão monocular tem direito de concrorrer, 
em concurso público, às vagas reservadas aos 
deficientes”50. 
2.5.34.! “Os candidatos que tenham ‘pé torto congênito bilateral’ 
têm direito a concorrer às vagas em concurso público 
reservadas às pessoas com deficiência”51. 
2.5.35.! A Administração deve examinar, com critérios objetivos, se 
a deficiência apresentada é, ou não, compatível com o 
exercício do cargo ou da função oferecidos no edital, 
assegurando a ampla defesa e o contraditório ao candidato, 
não podendo restringir a participação no certame de todos 
e de quaisquer candidatos portadores de deficiência 52 
(como em editais que não reservam vaga alguma a 
portadores de deficiência, sob fundamento de que a 
atividade a ser desempenhada é incompatível com qualquer 
tipo de deficiência, abstratamente). 
2.5.36.! Para concorrer às vagas reservadas aos portadores de 
deficiência, basta ao candidato que apresente efetivamente 
alguma deficiência, mesmo que ela não dificulte o exercício 
das atribuições do cargo53. 
2.5.37.! O controle exercido pelo Poder Judiciário não pode adentrar 
na aferição dos critérios de correção da banca, na 
formulação das questões ou na avaliação das respostas, 
(sob pena de invadir o mérito administrativo), exceto se 
restar configurado erro grosseiro no gabarito, o que 
caracteriza ilegalidade do ato e possibilita a anulação 
judicial da questão54. 
2.5.38.! É lícito ao Poder Judiciário verificar se as questões 
formuladas pela banca guardam consonância com o 
programa do certame (o edital é a “lei do concurso”) – 
trata-se de hipótese de controle de legalidade, podendo ser 
objeto de anulação judicial as questões que eventualmente 
versem sobre assuntos não previstos em edital 55 , não 
sendo necessário, por outro lado, que exista no edital 
previsão exaustiva, enumerada, minuciosa dos detalhes 
que podem ser cobrados sobre o tema (como uma lista de 
atos normativos ou de casos julgados)56. 
2.5.39.! A previsão de cargos em comissão e confiança é uma 
exceção à exigência de concurso público para acesso aos 
 
50
 STF – Súmula 377. 
51
 STJ – RMS 31.861-PE. 
52
 STF – RE 606.728/DF. 
53
 STF – RMS-AgR 32.732/DF. 
54
 STF – MS 30.859/DF. 
55
 STF – MS 30.859/DF, RE 632.853/CE. 
56
 STF – MS 30.860/DF. 
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cargos e empregos públicos e sua criação deve observar os 
princípios da razoabilidade e da proporcionalidade57. 
2.5.40.! Como regra, a nomeação para cargos em comissão não 
pode ser substituída por outra sistemática (como eleição) 
de escolha do agente a ser nomeado58. 
2.5.41.! “É inconstitucional a criação de cargos em comissão que 
não possuem caráter de assessoramento, chefia ou direção 
e que não demanda relação de confiança entre o servidor 
nomeado e o seu superior hierárquico”59. 
2.5.42.! “A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha 
reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, 
inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da 
mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, 
chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em 
comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada 
na administração pública direta e indireta em qualquer dos 
poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, compreendido o ajuste mediante designações 
recíprocas, viola a Constituição Federal”60. 
2.5.43.! A nomeação dos Conselheiros dos Tribunais de Contas deve 
observar a vedação à prática de nepotismo (súmula 
vinculante 13), em razão de se tratar de cargo de natureza 
administrativa61. 
3.! Contratação por tempo determinado para atender a 
necessidade temporária de excepcional interesse público (art. 
37, inciso IX) – além da literalidade do dispositivo, atentar para 
os seguintes dispositivos da Lei 8.745/93: órgãos que podem 
realizar a contratação (art. 1º), natureza geral das situações 
que configuram necessidade temporária de excepcional 
interesse público (art. 2º), o processo seletivo simplificado para 
recrutamento de pessoal (art. 3º), as situações em que a 
contratação prescinde de processo seletivo (§ 1º do art. 3º) e o 
contrato (regido pela própria Lei 8.745/93, não pela CLT) como 
instrumento que formaliza o vínculo entre o agente e a 
Administração (art. 12). 
3.1.! Súmulas e precedentes importantes: 
3.1.1.! não é lícita a contratação por tempo determinado de 
servidores para o exercício de serviços meramente 
burocráticos62. 
 
57
 STF – RE 365.368/SC. 
58
 STF – ADI 2.997/RJ. 
59
 STF – ADI 3.602/GO. 
60
 STF – Súmula vinculante 13 
61
 STF – Rcl 6.702/PR. 
62
 STF – ADI 3.430/ES. 
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3.1.2.!“é inconstitucional lei que institua hipóteses abrangentes e 
genéricas de contratações temporárias sem concurso 
público e tampouco especifique a contingência fática que 
evidencie situação de emergência”63. 
3.1.3.! A Justiça do Trabalho não é o foro competente para as lides 
entre os contratados com base na CF, art. 37, IX e o Poder 
Público contratante64. 
3.1.4.! A natureza permanente da atividade pública não afasta, por 
si só, a possibilidade de a lei autorizar contratação 
temporária da CF, art. 37, IX65. 
3.1.5.! “O conteúdo jurídico do art. 37, IX, da CF pode ser 
resumido, ratificando-se, dessa forma, o entendimento da 
Corte Suprema de que, para que se considere válida a 
contratação temporária, é preciso que: a) os casos 
excepcionais estejam previstos em lei; b) o prazo de 
contratação seja predeterminado; c) a necessidade seja 
temporária; d) o interesse público seja excepcional; e) a 
necessidade de contratação seja indispensável, sendo 
vedada a contratação para os serviços ordinários 
permanentes do Estado, e que devam estar sob o espectro 
das contingencias normais da administração”66. 
4.! Direitos do servidor público (CF, art. 37, inciso VI, VII, art. 38 e 
art. 39, § 3º): direito de associação sindical, direito de greve, 
direitos do servidor no exercício de mandato eletivo e direitos 
dos trabalhadores urbanos e rurais estendidos aos servidores. 
4.1.! Súmulas e precedentes importantes: 
4.1.1.! A fixação de vencimentos dos servidores públicos não pode 
ser objeto de convenção coletiva 67 . O STF vem 
determinando, em sede de mandado de injunção, a 
aplicação temporária ao setor público, no que couber, da lei 
de greve vigente no setor privado, em razão da 
inexistência, até hoje, da lei regulamentadora do direito de 
greve dos servidores públicos68. 
4.1.2.! A ausência de regulamentação do direito de greve não 
transforma os dias de paralisação em movimento grevista 
em faltas injustificadas, razão pela qual a mera 
circunstância de o servidor público estar em estágio 
probatório não ser justificativa para demissão com 
 
63
 STF – RE 658.026. 
64
 STF – RE 573.202/AM. 
65
 STF – ADI 3.247/MA. 
66
 STF – RE 658.026/MG. 
67
 STF – Súmula 679. 
68
 STF – MI 670/ES, dentre outros. 
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fundamento na sua participação em movimento grevista 
por período superior a trinta dias69. 
4.1.3.! “se o benefício [das férias] não é usufruído, porque a 
Administração indeferiu requerimento tempestivo do 
servidor, ao argumento de absoluta necessidade do serviço, 
impõe-se a indenização [de férias anuais remuneradas] 
correspondente, acrescida do terço constitucional. De outra 
parte, o fato de o servidor não haver usufruído o direito, 
não lhe acarreta punição ainda maior; qual seja, a de deixar 
de receber a indenização devida [de férias anuais 
remuneradas], com o acréscimo constitucional [de 1/3]. 
Procedimento esse que acarretaria, ainda, enriquecimento 
ilícito do Estado” 70. 
4.1.4.! “1. O direito individual às férias é adquirido após o período 
de doze meses trabalhados, sendo devido o pagamento do 
terço constitucional independente do exercício desse 
direito. 2. A ausência de previsão legal não pode restringir 
o direito ao pagamento do terço constitucional aos 
servidores exonerados de cargos comissionados que não 
usufruíram férias”71 
4.1.5.! “A administração pública deve proceder ao desconto dos 
dias de paralisação decorrentes do exercício do direito de 
greve pelos servidores públicos, em virtude da suspensão 
do vínculo funcional que dela decorre, permitida a 
compensação em caso de acordo. O desconto será, contudo, 
incabível se ficar demonstrado que a greve foi provocada 
por conduta ilícita do Poder Público”72. 
4.1.6.! “O exercício do direito de greve, sob qualquer forma ou 
modalidade, é vedado aos policiais civis e a todos os 
servidores públicos que atuem diretamente na área de 
segurança pública”73. 
4.1.7.! As regras constitucionais aplicáveis ao servidor público 
investido no mandato de prefeito são também aplicáveis 
àquele investido no mandato de vice-prefeito74. 
5.! Remuneração dos agentes públicos e acumulação de cargos 
públicos (CF, art. 37, incisos X a XVII e §§ 9º a 12; art. 39, §§ 
1º, 4º, 5º, 6º e 8º; art. 27, § 2º e art. 32, § 3º): espécies de 
remuneração (remuneração em sentido amplo, remuneração 
em sentido estrito, vencimento, vencimentos, vantagens 
pecuniárias, subsídio, salário), forma de fixação, alteração e 
revisão, teto e subtetos remuneratórios (aplicação em cada um 
 
69
 STF – RE 226.966/RS. 
70
 STF – RE 324.880/SP. 
71
 STF – RE 570.908/RN. 
72
 STF – RE 693.456/RJ. 
73
 STF – ARE 654.432. 
74
 STF – RE 451.267/RS. 
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dos poderes, dentro de cada esfera de governo. Entidades que 
não se sujeitam ao teto. Parcelas remuneratórias que não são 
computadas para efeito de teto), acumulação remunerada de 
cargos (atentar para a hipótese constitucional de acumulação 
de três cargos: ADCT, art. 17, § 1º. Observar outras hipóteses 
constitucionais de acumulação além do previsto inciso XVII do 
art. 37: art. 38, III; art. 95, parágrafo único, I; art. 128, § 5º, 
II, “d”; e art. 142, § 3º, II, III e VIII), vedação à vinculação e 
à equiparação de remunerações (atentar para as hipóteses 
constitucionais de equiparação e vinculação – arts. 73, § 3º e 
93, V), vedação à incidência cumulativa de acréscimos 
pecuniários e irredutibilidade de vencimentos e subsídios. 
5.1.! Súmulas e precedentes importantes: 
5.1.1.! “Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário 
mínimo não pode ser usado como indexador de base de 
cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, 
nem ser substituído por decisão judicial”75. 
5.1.2.! “É inconstitucional a vinculação do reajuste de vencimentos 
de servidores estaduais ou municipais a índices federais de 
correção monetária”76. 
5.1.3.! “Não cabe ao poder Judiciário, que não tem função 
legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos 
sob o fundamento de isonomia”77. 
5.1.4.! “Não ofende a Constituição a correção monetária no 
pagamento com atraso dos vencimentos de servidores 
públicos78”. 
5.1.5.! “A concessão de qualquer benefício remuneratório a 
servidores públicos exige lei específica, nos termos do art. 
37, X, da Constituição Federal”79. 
5.1.6.! “O âmbito de incidência da garantia de irredutibilidade de 
vencimentos (art. 37, XV, da Lei Maior) não alcança valores 
excedentes do limite definido no art. 37, XI, da Constituição 
da República”80. 
5.1.7.! “No que respeita ao subteto dos servidores estaduais, a 
Constituição estabeleceu a possibilidade de o Estado optar 
entre: a definição de um subteto por poder, hipótese em 
que o teto dos servidores da Justiça corresponderá ao 
subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça (art. 
37, XI, CF, na redação da Emenda Constitucional 41/2003); 
 
75
 STF – Súmula Vinculante 4. 
76
 STF – Súmula Vinculante 42. 
77
 STF – Súmula Vinculante 37. 
78
 STF – Súmula 682. 
79
 STF – ADI 1.352. 
80
 STF – RE 606.358. 
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e a definição de um subteto único, correspondente ao 
subsídio mensal dos Desembargadores do Tribunal de 
Justiça, paratodo e qualquer servidor de qualquer poder, 
ficando de fora desse subteto apenas o subsídio dos 
Deputados (art. 37, § 12, CF, conforme redação da Emenda 
Constitucional 47/2005). Inconstitucionalidade da 
desvinculação entre o subteto dos servidores da Justiça e o 
subsídio mensal dos Desembargadores do Tribunal de 
Justiça. Violação ao art. 37, XI e § 12, CF. 
Incompatibilidade entre a opção pela definição de um 
subteto único, nos termos do art. Art. 37, § 12, CF, e 
definição de "subteto do subteto", em valor diferenciado e 
menor, para os servidores do Judiciário. Tratamento 
injustificadamente mais gravoso para esses servidores. 
Violação à isonomia”81. 
5.1.8.! “A referência ao termo "procuradores", na parte final do 
inciso IX do art. 37 da Constituição, deve ser interpretada 
de forma a alcançar os procuradores autárquicos, uma vez 
que estes se inserem no conceito de advocacia pública 
trazido pela Carta de 1988. A jurisprudência do STF, de 
resto, é firme no sentido de que somente por meio de lei 
em sentido formal é possível a estipulação de teto 
remuneratório”82. 
5.1.9.! “Nos casos autorizados, constitucionalmente, de 
acumulação de cargos, empregos e funções, a incidência do 
artigo 37, inciso XI, da Constituição Federal, pressupõe 
consideração de cada um dos vínculos formalizados, 
afastada a observância do teto remuneratório quanto ao 
somatório dos ganhos do agente público”83 
5.1.10.! “conquanto essa ostensiva distinção de tratamento, 
constante do art. 37, XI, da Constituição da República, 
entre as situações dos membros das magistraturas federal 
(a) e estadual (b), parece vulnerar a regra primária da 
isonomia (CF, art. 5º, caput e I). Pelas mesmas razões, a 
interpretação do art. 37, § 12, acrescido pela EC 47/2005, 
ao permitir aos Estados e ao Distrito Federal fixar, como 
limite único de remuneração, nos termos do inciso XI do 
caput, o subsídio mensal dos Desembargadores do 
respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e 
vinte e cinco centésimos por cento do valor do subsídio dos 
Ministros desta Corte, também não pode alcançar-lhes os 
membros da magistratura”84. 
 
81
 STF – ADI 4.900. 
82
 STF – RE 558.258. 
83
 STF – REs 602043 e 612975. 
84
 STF – ADI 3.854 MC. 
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5.1.11.! É inconstitucional a vinculação entre os subsídios dos 
membros do Ministério Público e da Magistratura, em 
afronta ao art. 37, XIII, da Constituição85. 
5.1.12.! “O teto de retribuição estabelecido pela Emenda 
Constitucional 41/03 possui eficácia imediata, submetendo 
às referências de valor máximo nele discriminadas todas as 
verbas de natureza remuneratória percebidas pelos 
servidores públicos da União, Estados, Distrito Federal e 
Municípios, ainda que adquiridas de acordo com regime 
legal anterior. A observância da norma de teto de 
retribuição representa verdadeira condição de legitimidade 
para o pagamento das remunerações no serviço público. Os 
valores que ultrapassam os limites pré-estabelecidos para 
cada nível federativo na Constituição Federal constituem 
excesso cujo pagamento não pode ser reclamado com 
amparo na garantia da irredutibilidade de vencimentos. A 
incidência da garantia constitucional da irredutibilidade 
exige a presença cumulativa de pelo menos dois requisitos: 
(a) que o padrão remuneratório nominal tenha sido obtido 
conforme o direito, e não de maneira ilícita, ainda que por 
equívoco da Administração Pública; e (b) que o padrão 
remuneratório nominal esteja compreendido dentro do 
limite máximo pré-definido pela Constituição Federal. O 
pagamento de remunerações superiores aos tetos de 
retribuição de cada um dos níveis federativos traduz 
exemplo de violação qualificada do texto constitucional”86. 
5.1.13.! “A Constituição Federal não estendeu aos militares a 
garantia de remuneração não inferior ao salário mínimo, 
como o fez para outras categorias de trabalhadores”87. 
5.1.14.! “os servidores públicos fazem jus ao recebimento do 
auxílio-alimentação durante o período de férias e 
licenças88” 
5.1.15.! “A Constituição Federal viabiliza a acumulação de dois 
cargos de saúde, uma vez verificada a compatibilidade de 
horário, tendo-se como consequência a possibilidade de 
dupla aposentadoria”89. 
5.1.16.! Não há direito adquirido quanto à forma como são 
calculados os vencimentos dos servidores, de forma que, 
desde que preservado o seu montante total, a fórmula de 
composição da remuneração do servidor público ser 
alterada90. 
5.1.17.! A irredutibilidade de vencimentos e subsídios deve ser 
 
85
 STF – ADI 1.756. 
86
 STF – RE 609.381 
87
 STF – RE 570.177/MG. 
88
 STJ – AgRg no REsp 1360774/RS. 
89
 STF – MS 31.256. 
90
 STF – AI 1.785/RS. 
0
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aplicada também aos cargos em comissão, inclusive 
àqueles ocupados por pessoas que não possuem vínculo 
com a Administração Pública91. 
5.1.18.! É contrário ao princípio da irredutibilidade o desconto na 
remuneração de servidores públicos afastados de suas 
funções por responderem a processo penal ou por se 
encontrarem presos preventivamente92. 
5.1.19.! Não há direito adquirido a recebimento de remuneração, 
proventos ou pensão acima do teto constitucional - a 
garantia da irredutibilidade dos vencimentos deve ser 
observada enquanto os valores percebidos se limitem ao 
teto remuneratório constitucional93. 
5.1.20.! "cargo científico é o conjunto de atribuições cuja execução 
tem por finalidade investigação coordenada e sistematizada 
de fatos, predominantemente de especulação, visando a 
ampliar o conhecimento humano. Cargo técnico é o 
conjunto de atribuições cuja execução reclama 
conhecimento específico de uma área do saber"94. 
5.1.21.! “O artigo 39, parágrafo 4º, da Constituição Federal não é 
incompatível com o pagamento de terço de férias e décimo 
terceiro salário”.95 
6.! Precedência dos servidores fiscais (CF, art. 37, inciso XVIII e 
XXII). 
7.! Requisitos e restrições ao agente público que possibilite o 
acesso a informações privilegiadas (CF, art. 37, § 7º). 
8.! Regime Jurídico Único: previsão na CF, art. 39, caput. 
Suspensão por parte do STF da eficácia da redação dada pela 
EC 19/98 ao caput do art. 39 da CF (ADI 2135) – atentar para 
o efeito ex nunc da decisão. 
8.1.! Precedentes importantes: 
8.1.1.! Não há direito adquirido a regime jurídico96. 
9.! Formação e aperfeiçoamento dos servidores, bem como 
desenvolvimento de programas para melhorias no serviço 
público (CF, art. 39, §§ 2º e 7º). 
10.! Regime de previdência dos servidores titulares de cargos 
efetivos: 
 
91
 STF – MS 24.580. 
92
 STF – ARE 705.174/PR. 
93
 STJ – RMS 25.959/RJ. 
94
 STJ – RMS 28.644/AP. 
95
 STF – RE 650.898/RS. 
96
 STF – AI 598.229 AgR, MS 26.955, RE 599.618 ED, RE 563.965, RE 226.855, dentre outros 
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10.1.!contribuintes do regime (CF, art. 40, caput e § 18). 
10.2.!modalidades de aposentadoria (CF, art. 40, § 1º, incisos I 
a III). 
10.3.!aposentadoria: requisitos de idade, tempo de 
contribuição e demais regras e critérios gerais, abono de 
permanência (CF, art. 40, § 1º, incisos I a III, §§ 4º, 5º, 
9º, 10, 12, 19. ADCT, art. 100. Lei Complementar 
152/2015, arts. 1º e 2º).10.4.!proventos de aposentadoria: forma de cálculo, regras de 
acumulação com proventos, pensões e remunerações 
(CF, art. 40 §§ 2º, 3º, 6º, 8º, 11, 17, 18, 21). 
10.5.!pensão por morte: critérios para concessão e forma de 
cálculo (CF, art. 40, §§ 7º, 8º, 18, 21). 
10.6.!unidade de regime próprio (CF, art. 40, § 20). 
10.7.!Súmulas e precedentes importantes: 
10.7.1.! Os cinco anos de exercício no cargo efetivo em que se dará 
a aposentadoria do servidor não necessitam ser exercidos 
ininterruptamente97. 
10.7.2.! Viola o princípio da separação dos poderes o disposto na 
parte final do art. 100 do ADCT, que prevê nova sabatina 
aos Ministros do STF, dos Tribunais Superiores e do TCU 
para que se aposentem compulsoriamente aos 75 anos de 
idade. A regra do art. 100 do ADCT não é extensível aos 
demais magistrados, de modo que a previsão de nova idade 
para aposentadoria compulsória depende de Lei 
Complementar. Fica com efeitos suspensos todas as 
decisões judiciais e administrativas que tenham estendido 
para outros agentes públicos o limite de 75 anos da 
aposentadoria compulsória98. 
10.7.3.! é constitucional a incidência de contribuição previdenciária 
sobre os proventos de qualquer aposentado ou pensionista 
sujeito ao regime próprio de que trata o art. 40 da CF, não 
importa a data da aposentadoria ou do início do direito à 
pensão (ou seja, a regra vale inclusive para aqueles que já 
eram aposentados antes da EC 41/2003, que incluiu a regra 
do §18 ao art. 40 da CF). Além disso, os beneficiários 
deverão contribuir apenas sobre o valor dos proventos que 
ultrapassar o teto do RGPS, independentemente da data da 
aposentadoria ou início do recebimento da pensão99. 
10.7.4.! “para efeito de aposentadoria especial de professores, não 
 
97
 STF – RE 591.467 AgR 
98
 STF – ADI 5316 MC/DF. 
99
 STF – ADI 3.105/DF. 
0
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se computa o tempo de serviço prestado fora da sala de 
aula”100. Entretanto, a aposentadoria especial é aplicável 
aos professores que exercem funções de direção, 
coordenação e assessoramento pedagógico101. 
10.7.5.! A falta de lei complementar para regulamentar a 
aposentadoria especial não assegura ao servidor público o 
direito à conversão do período trabalhado sob condições 
especiais em tempo de serviço comum, para fins de 
contagem diferenciada (contagem a mais)102 
10.7.6.! Devem ser estendidas aos aposentados que façam jus à 
regra de paridade (ou seja, que entraram antes da EC 
41/2003) as gratificações de natureza geral, pagas 
indistintamente a todos os servidores ativos, sem qualquer 
critério de aferição objetiva de desempenho. Por sua vez, 
não são extensíveis aos servidores aposentados as 
vantagens vinculadas ao desempenho do servidor no cargo 
(como as gratificações de produtividade), uma vez que esse 
tipo de vantagem pressupõe o efetivo exercício das 
atividades do cargo103. 
10.7.7.! É de 5 anos, contados da concessão do benefício, o prazo 
para que o servidor público proponha ação contra a 
Administração Pública a fim de rever o ato de sua 
aposentadoria, ocorrendo a prescrição do próprio fundo de 
direito após o transcurso desse prazo104. 
10.7.8.! É possível a acumulação “de duas aposentadorias no 
serviço público, ainda que os cargos fossem inacumuláveis 
na ativa, desde que constituídas anteriormente à reforma 
introduzida pela emenda de 1998”105. 
10.7.9.! “Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras 
do Regime Geral de Previdência Social sobre aposentadoria 
especial de que trata o artigo 40, § 4º, inciso III, da 
Constituição Federal, até edição de lei complementar 
específica”106. 
11.! Regime de previdência dos ocupantes, exclusivamente de cargo 
em comissão, bem como de outro cargo temporário ou de 
emprego público (CF, art. 40, § 13). 
12.! Regime de previdência complementar (CF, art. 40, §§ 14 a 16): 
competência para instituição, valor das aposentadorias e 
pensões, forma de instituição, características da entidade de 
 
100
 STF – Súmula 726. 
101
 STF – ADI 3772. 
102
 STF – MI 1.481/DF. 
103
 STF – Re 572.884/GO. 
104
 STJ – Pet 9.156-RJ. 
105
 STJ – AgRg no REsp 1.143.304/RJ. 
106
 STF – Súmula Vinculante 33. 
0
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previdência complementar, modalidade de contribuição dos 
planos de benefícios ofertados, faculdade de ingresso aos 
servidores que ingressaram até a data da publicação do ato de 
instituição do regime. 
13.! Regime de previdência dos militares (art. 142, § 3º, X). 
14.! Estabilidade dos servidores efetivos: 
14.1.!Requisitos para aquisição da estabilidade (CF, art. 41, 
caput e § 4º). 
14.2.!Hipóteses de perda de cargo do servidor estável (CF, art. 
41, § 1º e art. 169, §§ 3º a 7º). 
14.3.!Invalidação da demissão do servidor por sentença judicial 
– efeitos para o servidor estável demitido e para o 
eventual ocupante da vaga (CF, art. 41, § 2º). 
14.4.!Extinção do cargo ou declaração de sua desnecessidade - 
efeitos para o servidor estável (CF, art. 41, § 3º). 
14.5.!Súmulas e precedentes importantes: 
14.5.1.! os conselhos de fiscalização profissional têm natureza 
jurídica de autarquia e aos seus servidores se aplicam os 
arts. 41 da CF e 19 do ADCT, motivo pelo qual não podem 
ser demitidos sem a prévia instauração de processo 
administrativo107. 
14.5.2.! “Funcionário em estágio probatório não pode ser 
exonerado nem demitido sem inquérito ou sem as 
formalidades legais de apuração de sua capacidade”108. 
14.5.3.! ”O estágio probatório não protege o funcionário contra a 
extinção do cargo”109. 
 
Questionário de Revisão	
OBSERVAÇÃO: boa parte das questões que serão aqui expostas são as 
mesmas abordadas nos PDFs do Passo Estratégico de Direito 
Administrativo que versam sobre “Princípios da Administração Pública” e 
“Agentes Públicos”, em razão de serem temas cobrados em ambas as 
matérias. 
***Questionário - somente perguntas*** 
 
107
 STF – RE 784.302 AgR 
108
 STF – Súmula 21. 
109
 STF – Súmula 22. 
0
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1)! Nas licitações, conforme a CF, qual mecanismo a lei poderá 
permitir para que haja garantia do cumprimento das 
obrigações? 
2)! Que consequências a CF prevê caso constatado ato de 
improbidade administrativa? 
3)! A responsabilidade civil do Estado alcança que pessoas? 
4)! Segundo a CF, quais órgãos e entidades podem ter sua 
autonomia ampliada mediante contrato a ser firmado entre 
seus administradores e o poder público? 
5)! Quais são os princípios da Administração Pública 
expressamente previstos na CF? 
6)! Quais entes devem observam os princípios expressos da 
Administração Pública? Quais Poderes? 
7)! O que dispõe o princípio da legalidade? 
8)! Qual a diferença do princípio da legalidade administrativa 
do princípio da reserva legal aplicável aos particulares? 
9)! Legalidade é o mesmo que legitimidade? Comente. 
10)!O que preceitua o princípio da impessoalidade? 
11)!Comente a compreensão do princípio da impessoalidade sob 
o enfoque da imputação dos atos praticados pelos agentes 
públicos diretamente às pessoas jurídicas em que atuam. 
12)!É possível a compreensão do princípio da impessoalidade 
sob o viés da vedação à promoção pessoal de autoridades e 
servidores públicos?13)!Comente a relação entre o princípio da impessoalidade e o 
da isonomia. 
14)!O que preceitua o princípio da moralidade? 
15)!Quem deve observar a moralidade administrativa? 
16)!É possível o controle da moralidade administrativa pelos 
cidadãos? Se sim, por meio de qual instrumento? 
17)!Há relação entre moralidade administrativa e probidade 
administrativa? Comente. 
18)!O Ministério Público pode atuar na defesa da moralidade 
administrativa? 
19)!O que preceitua o princípio da publicidade? 
20)!A transparência deve ser vista como regra ou exceção na 
Administração Pública? O sigilo da informação ou restrição 
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da publicidade são possíveis? 
21)!Como os direitos constitucionais de petição e de certidão 
concretizam o princípio da publicidade? 
22)!O STF considera lícita a divulgação nominal da remuneração 
de autoridades e servidores públicos em sítio eletrônico? 
23)!O que preceitua o princípio da eficiência? 
24)!Qual a outra denominação do princípio da eficiência? 
25)!Mencione alguns desdobramentos constitucionais do 
princípio da eficiência? 
26)!Como se dá o controle da eficiência da Administração 
Pública? 
27)!O que são os princípios implícitos da Administração 
Pública? Eles possuem menos relevância que os expressos 
no caput do art. 37 da CF? 
28)!O que preceitua o princípio da supremacia do interesse 
público? 
29)!O que preceitua o princípio da presunção de legitimidade e 
de veracidade? Essa presunção é absoluta? 
30)!O que preceitua o princípio da autotutela? 
31)!O poder de tutela é o mesmo que autotutela? Explique. 
32)!O que preceitua o princípio da continuidade dos serviços 
públicos? 
33)!O que preceitua o princípio da razoabilidade e 
proporcionalidade? 
34)!O que preceitua o princípio da motivação? 
35)!O que preceitua o princípio da segurança jurídica? 
36)!Qual a diferença entre cargo público e emprego público? 
37)!Considerando que o empregado público possui vínculo 
contratual com a entidade, regido pela CLT, pode-se dizer 
que o regime jurídico dos empregados públicos é 
integralmente privado? 
38)!O que são funções públicas? 
39)!O que são cargos em comissão? 
40)!A vedação ao nepotismo, nos termos da súmula vinculante 
13 do STF, alcança a nomeação para cargos políticos? 
41)!Qual o instrumento por meio do qual são criados (e 
extintos) os cargos, empregos e funções públicas? 
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***Questionário: perguntas com resposta *** 
1)! Nas licitações, conforme a CF, qual mecanismo a lei poderá 
permitir para que haja garantia do cumprimento das 
obrigações? 
A lei poderá permitir exigências de qualificação técnica e 
econômica, desde que indispensáveis à garantia do cumprimento 
das obrigações (CF, art. 37, XXI). 
2)! Que consequências a CF prevê caso constatado ato de 
improbidade administrativa? 
Suspensão dos direitos políticos, perda da função pública, 
indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao erário, na forma e 
gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível (CF, 
art. 37, § 4º). 
3)! A responsabilidade civil do Estado alcança que pessoas? 
Pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado 
prestadoras de serviços públicos, integrantes ou não da 
Administração Pública (CF, art. 37, § 6º). 
4)! Segundo a CF, quais órgãos e entidades podem ter sua 
autonomia ampliada mediante contrato a ser firmado entre 
seus administradores e o poder público? 
Órgãos e entidades da direta e indireta (CF, art. 37, § 8º). 
5)! Quais são os princípios da Administração Pública 
expressamente previstos na CF? 
Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência. 
Para facilitar a memorização dos princípios expressos: acrônimo 
LIMPE (L = legalidade, I = impessoalidade, M = moralidade, P = 
publicidade, E = eficiência). 
6)! Quais entes devem observam os princípios expressos da 
Administração Pública? Quais Poderes? 
São de observação obrigatória para TODA a Administração Pública 
– Direta e Indireta – de TODOS os Poderes, de TODAS as esferas 
de governo – União, Estados, DF e Municípios, consoante art. 37, 
caput, da CF: 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer 
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, 
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também, ao seguinte: 
7)! O que dispõe o princípio da legalidade? 
O princípio da legalidade prescreve que a Administração só pode 
agir quando há imposição ou permissão da lei (considerada em 
sentido amplo), sendo que a atividade administrativa deve se dar 
no mesmo sentido (e não contra) e nos exatos limites (nunca 
além) de tal determinação ou autorização legal. 
8)! Qual a diferença do princípio da legalidade administrativa 
do princípio da reserva legal aplicável aos particulares? 
O princípio da legalidade administrativa é caracterizado pela 
restrição da vontade dos agentes administrativos pela lei, o que se 
diferencia, portanto, da conduta que prevalece no setor privado, 
onde há predominância da autonomia da vontade dos particulares, 
em que se pode fazer tudo aquilo que a lei permite e não proíbe, 
em decorrência do princípio da reserva legal - CF/88, art. 5º, 
inciso II: 
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma 
coisa senão em virtude de lei; 
9)! Legalidade é o mesmo que legitimidade? Comente. 
Não, a legitimidade é mais abrangente que a legalidade, já que 
significa não somente agir conforme o texto da lei, mas também 
obedecer aos demais princípios administrativos. 
10)!O que preceitua o princípio da impessoalidade? 
O princípio da impessoalidade impõe que a ação da Administração 
deve estar voltada para a atingir o objetivo previsto 
(expressamente ou virtualmente) em lei, o qual visará atender 
sempre a uma finalidade: o interesse público. 
Assim, o administrador não pode atuar para atender a objetivo 
diverso do estabelecido em lei – que será sempre o interesse 
público –, ou de praticá-lo em benefício próprio ou de terceiros. 
11)!Comente a compreensão do princípio da impessoalidade sob 
o enfoque da imputação dos atos praticados pelos agentes 
públicos diretamente às pessoas jurídicas em que atuam. 
O princípio da impessoalidade também deve ser compreendido sob 
o enfoque da imputação dos atos praticados pelos agentes 
públicos diretamente às pessoas jurídicas em que atuam. Decorre 
de tal preceito que, como os atos não devem ser entendidos como 
praticados pelo agente público A ou agente público B, mas sim 
pela Administração Pública, esse viés do princípio da 
impessoalidade acaba por retirar dos agentes públicos a 
responsabilidade pessoal, perante terceiros, pelos atos que 
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praticam. 
12)!É possível a compreensão do princípio da impessoalidade 
sob o viés da vedação à promoção pessoal de autoridades e 
servidores públicos? 
Sim, o princípio da impessoalidade pode ser compreendido sob o 
viés da vedação à promoção pessoal de autoridade e servidores 
públicos conforme CF/88, art. 37, § 1º dispõe: 
§ 1º A publicidade

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