Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS ADAPTAÇÃO DE LOGISTICA EMPRESARIAL I Orientador: Edson Gimenez Acadêmico: Gabrielle Cavalcante Palmeira - 17741432 Curso Acadêmico: Administração Salto/2019 CENTRO UNIVERSITÁRIO NOSSA SENHORA DO PATROCINIO Sumário 1 Logística e suas Funções .............................................................................................................. 3 1.1 A Concepção da Logística na Empresa Moderna .............................................................. 3 1.2 A Cadeia de Valor e a Logística ............................................................................................ 5 1.3 Elementos da Cadeia de Suprimentos ................................................................................. 7 1.3.1 Planejamento .................................................................................................................... 7 1.3.2 Compras ............................................................................................................................ 8 1.3.3 Produção ........................................................................................................................... 8 1.3.4 Distribuição ........................................................................................................................ 9 1.4 Vantagem Competitiva e Cadeia de Valor ........................................................................ 10 2 Distribuição Física e Administração de Materiais .................................................................... 11 2.1 Níveis de Administração ....................................................................................................... 11 2.2 Compensação de Custos ..................................................................................................... 11 2.3 Custos Logísticos .................................................................................................................. 13 2.4 Relacionamento com Marketing e Produção .................................................................... 14 3 Serviços Logísticos e Produtos .................................................................................................. 16 3.1 Nível de Serviço Logístico – Relação Custo e Serviço ................................................... 16 3.1.1 A importância do serviço logístico ............................................................................... 16 3.2 Ciclo do Pedido ...................................................................................................................... 16 3.3 Produto Logístico – Ciclo de Vida e Características ........................................................ 18 3.3.1 O Produto Logístico ....................................................................................................... 18 3.3.2 Produtos têm Ciclo de Vida .......................................................................................... 19 3.4 Formação do Preço – Critérios Geográficos ..................................................................... 19 4 Programação da Produção e Processamento de Pedidos .................................................... 20 4.1 Métodos de Programação da Produção ............................................................................ 20 4.2 Método da Programação Agregada.................................................................................... 22 4.3 Entrada e Processamento de Pedidos ............................................................................... 25 4.4 Formação de Lotes ............................................................................................................... 25 Referências ....................................................................................................................................... 27 CENTRO UNIVERSITÁRIO NOSSA SENHORA DO PATROCINIO 1 Logística e suas Funções 1.1 A Concepção da Logística na Empresa Moderna A logística é um sistema que organiza o fluxo de informações, materiais e pessoas, com o propósito de atingir um objetivo com agilidade. A logística empresarial engloba todos os procedimentos de mercadorias e o deslocamento de informações. Contudo, para que isso aconteça com eficiência o gerenciamento deve acontecer de modo integrado. O aprimoramento de cada uma das etapas do fluxo é muito importante para o desenvolvimento de todo o sistema. Somente assim é possível garantir excelência no gerenciamento empresarial. A logística empresarial trabalha um conjunto de estratégias utilizadas para conduzir as organizações empresariais, de forma ágil e eficaz, sempre exigindo excelência no gerenciamento das seguintes etapas: • Estar atento às informações; • Gestão de estoques; • Armazenagem; • Gestão de compras; • Transportes; • Estratégia financeira; • Conhecer o fluxo de armazenagem de materiais durante a produção; • Saber a quantidade de produtos acabados. A logística empresarial trata, portanto, do processo de planejar, implementar e controlar de forma eficiente e eficaz o fluxo de informações. É um procedimento integrado para cuidar de suprimentos e distribuição de produtos de forma racionalizada, que vista pelo ângulo empresarial significa o planejamento, gestão e a execução de um processo de controle de todas as atividades ligadas à aquisição de materiais na qualidade e quantidade desejadas, no tempo preciso e com o um preço viável para formar o estoque. https://portogente.com.br/noticias/opiniao/93069-logistica-empresarial-para-o-bom-planejamento-estrategico https://portogente.com.br/portopedia/73328-gerenciamento-da-cadeia-logistica https://portogente.com.br/portopedia/75334-gestao-de-estoque-agregado https://portogente.com.br/portopedia/72994-logistica-empresarial-e-o-profissional-em-logistica https://portogente.com.br/portopedia/78470-pcp-planejamento-e-controle-da-producao CENTRO UNIVERSITÁRIO NOSSA SENHORA DO PATROCINIO Existem postos-chaves para a execução do sistema logístico integrado, sendo eles: • Logística empresarial integrada: nada mais é que o setor responsável por quatro atividades básicas e importantes para qualquer empresa/fabrica: aquisição, movimentação, armazenagem e entrega de produtos. O planejamento logístico empresarial é, portanto, feito com o objetivo de obter a maior eficiência possível no que diz respeito a tais atividades; • Controle de estoque: constitui-se em ter disponível o produto para suprir a sua demanda, assim não havendo falhas com os clientes; • Gerenciamento de transporte: é uma etapa essencial para que o produto chegue em segurança, de forma rápida e nas melhores condições, entregando nas lojas ou diretamente ao cliente. • Gestão de informação: a gestão da informação dentro de uma empresa/fábrica agrega muito valor ao produto através de supervisão e divulgação de toda informação precisa, interna e externamente. Assim dispondo de um serviço ágil no processo de produção, como a compra e o deslocamento do produto. • Buscando utilizar estes princípios primários, o gerente de logística garante uma base adequada para executar com precisão as etapas de comprar, receber, armazenar, separar, expedir, transportar e entregar o serviço/produto certo, na hora certa, no lugar certo, pelo menor custo possível. O mercado atual em que vivemos com a competitividade em alta, rápida e exigente mostra urgência em explicar o objetivo da logística usando o termo integração, com o propósito de integrar todos os fatores que desenvolvem a gestão da cadeia. Distribuição, transporte, armazenamento, estoque e verificação de pedidos em um processo de planejamento, implementação e controle devem buscar https://portogente.com.br/portopedia/75334-gestao-de-estoque-agregado CENTRO UNIVERSITÁRIO NOSSA SENHORA DO PATROCINIO resultados eficazes entre as operaçõeslogísticas e são etapas importantes que devem ser bem desenvolvidas. Embora as atividades que envolvem a logística serem praticadas há muito tempo, o conceito de logística empresarial como função integrada de uma empresa é um conceito recente. A inovação da integração refere se ao ato de planejar e coordenar os processos que implementam o caminho pelo qual o produto passa até chegar ao cliente final, tendo sempre como objetivo a otimização total, assim garantindo maior rentabilidade para a empresa como um todo. No mercado econômico existem variações que preocupam os acionistas, que precisam ter cada vez mais cautela diante do sistema logístico de seus produtos e serviços. Deste modo, é de encargo da logística empresarial utilizar inúmeras técnicas estratégicas para atender ao mercado. Para desfrutar dos benefícios da logística empresarial, é preciso ter foco nos elementos básicos, investir em tudo que puder ao máximo para assim tornar todas as etapas eficazes. 1.2 A Cadeia de Valor e a Logística Toda empresa pode ser vista como um conjunto de atividades iniciadas com o relacionamento com seus fornecedores em ciclos de produção, passando por ciclos de vendas e pela fase da distribuição, finalizando com a entrega e com a percepção do cliente ao obter um produto que lhe proporcionou satisfação. Desse conjunto de atividades, nasceu o conceito de cadeia de valores. O conceito foi introduzido em 1985 por Michael Eugene Porter, um professor de Administração e de Economia da Harvard Business School, em seu livro intitulado Competitive Advantage (Vantagem Competitiva) e defendido em dezenas de outros de sua autoria, cujos temas sempre abordam a competitividade. https://www.logisticadescomplicada.com/logistica-empresarial-conceitos-e-definicoes/ https://www.logisticadescomplicada.com/category/livros/ CENTRO UNIVERSITÁRIO NOSSA SENHORA DO PATROCINIO O Professor Porter sugere que as empresas façam uma análise de sua cadeia de valores, identificando as atividades que se destacam e contribuem diretamente para gerar e aumentar o valor de toda a cadeia em benefício do cliente. Assim, o que está correto deve ser melhorado e o que está errado deve ser corrigido. De acordo com o Professor Porter as atividades da cadeia de valores são divididas em dois grupos: • Atividades primárias: aquelas que contribuem com o valor agregado para o cliente através da produção do bem ou serviço. Aqui estão as atividades de logística interna, operações, logística externa, marketing e vendas e serviços. Nessas atividades, o autor destaca a logística de entrada (inbound) e a logística de saída (outbound) como sendo atividades estratégicas de alta importância na geração de valor para o cliente quando a empresa alinha seus processos com as reais necessidades dele; • Atividades de apoio: são as que dão suporte para as atividades primárias através da infraestrutura da empresa, de seu desenvolvimento tecnológico, dos suprimentos e do gerenciamento de recursos humanos. A Logística recebe várias atribuições para a geração de valor para o cliente ao longo da cadeia de valores: a melhoria do atendimento de prazos garantindo pontualidade, agilidade e precisão nos processamentos de pedidos e a possibilidade de diminuição dos custos na cadeia de suprimentos são as principais. Todas resultarão em vantagens competitivas quando o cliente comparar o custo total com o benefício percebido por ele ao adquirir o produto. A Logística também permite que empresas que atuem no mesmo segmento possam competir de forma distinta, com estratégias distintas e com resultados diferentes, gerando vantagens competitivas a depender basicamente do gerenciamento e emprego de recursos logísticos ao longo de toda a cadeia. Outro ponto bem observado na cadeia de valores diz respeito também à Tecnologia da Informação (T.I.) que, junto como a Logística, estão presentes nos https://www.logisticadescomplicada.com/ CENTRO UNIVERSITÁRIO NOSSA SENHORA DO PATROCINIO grupos das atividades primárias e de apoio, sugerindo que se ambas forem bem assistidas e evoluírem, a empresa ganhará muito em competitividade. 1.3 Elementos da Cadeia de Suprimentos Existem elementos essenciais e que são os pilares para o perfeito funcionamento da cadeia de abastecimento e são planejamento, compras, fabricação e distribuição. Estes elementos devem funcionar de maneira integrada e sincronizada para extrair os melhores resultados. 1.3.1 Planejamento As empresas precisam ter um processo de planejamento que possa cobrir toda a cadeia de abastecimento, avaliando perspectivas estratégicas de demanda e abastecimento. Essa visão determinará de que forma as decisões tomadas isoladamente podem afetar os diferentes processos ou seus componentes. Com o objetivo de atingir a integração do planejamento, as empresas necessitam concentrar os seus esforços em algumas atividades que afetarão seu desempenho, tais como o desenvolvimento de canais; o planejamento de estoque, produção e distribuição, envolvendo transporte; a estimativa de vendas e o planejamento da demanda; o lançamento de produtos; e promoções. Se cada elemento ou departamento da cadeia de abastecimento desenvolver o seu próprio plano sem considerar as características dos outros elementos, não haverá possibilidade de se integrar as duas pontas do processo, ou seja, a demanda e o abastecimento. Essa visão de planejamento extrapola os limites da empresa, afetando fornecedores de materiais e compradores de bens ou serviços. Em um momento em que falamos de inovações e transformações digitais ainda é bastante comum observar que as empresas trabalham em silos e sem integrar os seus planejamentos. A implantação de S&OP (Sales and Operations Planning) é essencial para integrar as partes da organização e tomar as decisões corretamente. CENTRO UNIVERSITÁRIO NOSSA SENHORA DO PATROCINIO 1.3.2 Compras Comprar é o conceito utilizado na indústria com a finalidade de obter materiais, componentes, acessórios ou serviços. É o processo de aquisição que também inclui a seleção dos fornecedores, os contratos de negociação e as decisões que envolvem compras locais ou centrais. A aquisição compreende a elaboração e colocação de um pedido de compra com um fornecedor já selecionado e a monitoração contínua desse pedido a fim de evitar atrasos no processo. Contudo, a gestão de compras não se limita ao ato de comprar e monitorar. É um processo estratégico, que envolve custo, qualidade e velocidade de resposta. É uma tarefa crucial para a organização, seja ela de que tipo for: manufatura, distribuição, varejo ou atacado. Os profissionais da área de compras devem ter um entendimento global de negócios e tecnologia. O comprador, hoje, em função da tecnologia, é muito mais analítico e negociador do que propriamente um operador de transações que faz pedidos e monitora-os. 1.3.3 Produção Produzir refere-se ao elemento cujo processo fundamental é composto por operações que convertem um conjunto de matérias em um produto acabado ou semiacabado. A estratégia básica de produção e estoque adotada pela organização afeta significativamente o comportamento da cadeia de abastecimento. O processo de manufatura ou fabricação pode suportar as variações de sistemas descritas a seguir: • Produção para atender níveis de estoque • Produção para atender um pedido específico • Montagem para atender pedidos • Projetos sob medida • Combinação de sistemas de produção CENTRO UNIVERSITÁRIO NOSSA SENHORA DO PATROCINIO Os sistemas anteriores podem sofrer variações. As combinações são utilizadas principalmente nos sistemas de produção para estoque. A manutenção de estoque sugere um custo adicional, onerando a cadeia de abastecimento. Algumas organizações adotam certas estratégias híbridas em que alguns produtos são produzidos a partir do recebimento do pedido,mantendo em estoque aqueles itens ou materiais mais críticos de se obter. 1.3.4 Distribuição A distribuição é um processo que está normalmente associado ao movimento de material de um ponto de produção ou armazenagem até o cliente e armazéns intermediários. As atividades abrangem as funções de gestão e controle de estoque, manuseio de materiais ou produtos acabados, transporte, armazenagem, administração de pedidos, análises de locais e redes de distribuição, entre outras. O retorno de produtos em bom ou mau estado também é parte desse processo, embora em alguns segmentos pouca atenção seja dada a essa função. A preocupação com o retorno de produto está começando a receber mais atenção, a partir do momento em que a consciência também se volta para o meio ambiente, sem mencionar os custos provocados na cadeia de abastecimento, sejam as devoluções totais e parciais de produtos em bom estado, sejam as devoluções de produtos vencidos ou obsoletos. É a logística reversa que nos dias atuais tem alcançado uma importância significativa. O processo de distribuição tem sido foco permanente das organizações, uma vez que os custos nele existentes são elevados e as oportunidades são muitas. Modelos de distribuição são discutidos a fim de obter-se a vantagem competitiva e colocar os produtos, principalmente bens de consumo, ao alcance dos clientes e consumidores. O Brasil tem evoluído no aspecto de distribuição com empresas extremamente profissionais, tanto na armazenagem como no transporte. No entanto, nossa infraestrutura para transporte e distribuição contínua ainda é extremamente centralizada nas rodovias, apresentando leitos bastante críticos, elevando os custos de transporte e demandando maior tempo para entrega. CENTRO UNIVERSITÁRIO NOSSA SENHORA DO PATROCINIO 1.4 Vantagem Competitiva e Cadeia de Valor Segundo Michael Porter, a vantagem competitiva de uma organização é gerada através de um conjunto de atributos (recursos humanos, marca, capital intelectual, know-how, tecnologia, imagem) capazes de promover a diferenciação desta organização frente às demais, proporcionado um melhor posicionamento no mercado. Considerando esse aspecto, a cadeia de valores é um conjunto de atividades estrategicamente articuladas e coordenadas capazes de contribuir para o surgimento de vantagens competitivas. Porter estabelece que a análise da cadeia de valores é a maneira apropriada para identificar vantagens competitivas. Para que haja um entendimento apropriado do conceito de cadeia de valores é necessário identificar as atividades de valor de uma organização. Estas se dividem em atividades primárias e atividades de apoio. As atividades primárias, são: logística interna, operações, logística externa, marketing e vendas e serviços. Já as atividades de apoio consistem em: aquisição, desenvolvimento de tecnologia, gerência de recursos humanos e infraestrutura. Além desses dois tipos de atividades, o autor destaca que dentro da categoria de atividades primarias e de apoio é possível identificar as atividades que contribuem de forma de direta e indireta para a criação de vantagens competitivas. As atividades diretas estão estritamente envolvidas na criação de valor para o comprador, como montagem e fabricação de pecas, por exemplo. Já as atividades indiretas são aquelas que tornam possível a execução das atividades diretas de forma continua, com manutenção. Além disso, há um destaque para a atividade de garantia de qualidade que está presente de forma direta e indireta em todas as atividades da empresa (primárias e de apoio). É importante ressaltar que as atividades de valor devem executadas de forma coordenada afim de que possam surgir elos na cadeia de valor. Estes elos são relações entre o modo como uma atividade de valor é executada e o custo ou desempenho de uma outra atividade. Até mesmo os elos de uma cadeia de CENTRO UNIVERSITÁRIO NOSSA SENHORA DO PATROCINIO valores podem resultar em vantagens competitivas, seja por meio da otimização ou coordenação. Além dos elos horizontais de uma mesma cadeia de valor, é possível estabelecer que existem elos verticais, ou seja, elos entre compradores, fornecedores e canais. Todos os elos (verticais e horizontais) são também fontes de vantagem competitiva. Outro aspecto relacionado a cadeia de valores que é capaz de promover vantagens competitivas é o escopo competitivo. Um escopo amplo pode permitir que uma empresa explore os benefícios da execução interna de um maior número de atividades. E um escopo estreito pode permitir o ajuste da cadeia de valores para atender um segmento-alvo particular. A utilização de cada escopo e a forma com que eles podem ser otimizados é um fator gerador de vantagens competitivas empresariais. Porter elenca quatro dimensões de escopo o escopo de segmento consiste na variedade de produtos e compradores atendidos, o escopo vertical define o ponto em que as atividades são executas internamente e não são terceirizadas, o escopo geográfico estabelece o foco de atuação regional de uma empresa e o escopo industrial atem-se a variedade de indústrias afins em que a empresa compete com uma estratégia coordenada. O tema da cadeia de valores e a busca por vantagem competitiva é extremamente importante para a definição de estratégias capazes de promover o crescimento e lucratividade das empresas. 2 Distribuição Física e Administração de Materiais 2.1 Níveis de Administração 2.2 Compensação de Custos O conceito de compensação de custos é fundamental para a administração da distribuição física. Sem ele, esta administração provavelmente não seria praticada tal qual ela é hoje. Ele reconhece que os modelos de custos CENTRO UNIVERSITÁRIO NOSSA SENHORA DO PATROCINIO das várias atividades na firma, por vezes, exibem características que colocam essas atividades em conflito econômico entre si. À medida que o número de depósitos aumenta, o custo de transporte diminui. Isto acontece porque carregamentos volumosos podem ser feitos a fretes menores. Além disso, a distância percorrida pelas entregas de menor volume do armazém para o cliente se reduz, diminuindo o custo do transporte de ponta. Portanto, a combinação dos custos de transporte para os armazéns mostra um perfil que declina com o aumento da quantidade de depósitos. 2.2.1 O conceito do custo total Os conceitos de custo total e compensação de custos caminham lado a lado. O conceito do custo total reconhece que os custos individuais exibem comportamentos conflitantes, devendo ser balanceados no ótimo. O custo total para determinado número de armazéns é a soma dos três custos, formando a curva do custo total. Reconheceu-se que administrar transportes, estoques e processamentos de pedidos conjuntamente poderia levar aos substanciais reduções no custo quando comparado com a administração destas atividades em separado. A ideia do custo total foi importante para decidir quais as atividades da firma deveriam ser agrupadas conjuntamente e chamadas de distribuição física. 2.2.2 O conceito do sistema total O terceiro princípio é o conceito de sistema total. Este é uma extensão do conceito de custo total e é, provavelmente, um dos termos mais utilizados e mal definidos da administração de empresas hoje. Representa uma filosofia para gerenciamento da distribuição que considera todos os fatores afetados de alguma forma pelos efeitos da decisão tomada. Por exemplo, ao escolher um modo de transporte, o conceito do custo total pode encorajar-nos a levar em conta o impacto da decisão nos estoques da empresa. Por outro lado, o conceito do sistema total nos levaria a considerar, também, o impacto nos estoques do comprador. CENTRO UNIVERSITÁRIO NOSSA SENHORA DO PATROCINIO 2.3 Custos Logísticos Custos logísticos são todos os custos relacionados a logística de uma determinada empresa,entre alguns o custo de armazenamento, custo de existência custo de encomendas e custos de transportes. Os custos logísticos são geralmente o segundo mais importante só ultrapassa pelo custo da mercadoria. A gestão deste custo é feita através dos pré - cálculos, que permite determinar os padrões de custos de produção ou mercadoria. O maior objetivo da logística é então atingir um nível de serviço de atendimento ao cliente no menor custo possível. A logística é um sucesso dentro das empresas, pois faz o melhor o possível para melhorar o desempenho da empresa. Fazendo assim, ela cresce com o passar dos tempos. O custo logístico de um modo geral aumenta o crescimento da economia, gerando um maior número de bens e serviços. A competitividade é frequentemente interpretada como; a concorrência de preço na venda, o período de entrega, a qualidade dos produtos, o aumento no custo de existência, e o efeito do transporte que reflete na diminuição de gastos totais. Os custos logísticos apresentam percentuais de acordo com as atividades abaixo: • Transporte, representam 32 % é um dos principais na logística que é responsável sobre o transporte a distribuição das mercadorias. • Administração, representa 20% tem como objetivo melhorar no administrativo de uma forma fácil, fazendo assim suas melhorias. • Armazenagem representa 21%, que onde tem toda aquela armazenagem dos produtos como o estoque de arroz entre outros produtos. • Estoque representa 19%, onde tem todo o controle de estoque, o controle de estoque tem grande importância por ficar responsável pela a distribuição para o transporte. • Trâmites legais representa 10%, é onde corresponde a tudo no final, transporte, estoque etc.; é o final de tudo. CENTRO UNIVERSITÁRIO NOSSA SENHORA DO PATROCINIO 2.4 Relacionamento com Marketing e Produção A integração entre logística, marketing e produção A dinamização das relações comerciais demanda maior eficiência na interação entre as áreas funcionais de marketing e de logística (ABRAHAMSSON, ALDIN & STAHRE, 2003). Paiva e Silveira (2004) ressaltam que, além dessa interação, é importante que ocorra sincronia entre marketing e as demais áreas da organização; a interface entre marketing e pesquisa e desenvolvimento, por exemplo, apesar de fundamental, quase nunca é observada na prática. Nesse cenário, a função de logística deixa de ter uma orientação predominantemente operacional, passando a ser incorporada às decisões estratégicas em marketing, o que faz com que cada vez mais atividades dessas duas áreas se interliguem com o objetivo de melhorar a satisfação dos clientes (VILLALOBOS, 2004). Barros Neto (1998) aponta uma mudança de mentalidade nas empresas de manufatura com relação às funções da produção, que sempre foi estigmatizada como uma área operacional cuja incumbência principal atrelava-se a atender com máxima eficiência as imposições de outros setores da organização. Uma das atividades que exigem cooperação entre os profissionais de logística, marketing e produção é alinhar a previsão de vendas com a capacidade de produção (VALENTIM, NOGUEIRA & PINTO Jr., 2006). Outra relação que precisa ser ressaltada é a da logística com a produção. Essa integração se faz notar ao se pensar na função de marketing como ligação da empresa com o mercado, e a função de logística como a ligação do mercado com os processos produtivos (VILLALOBOS, 2004). Algumas destas possibilidades de integração estão mostradas na Figura 1. Figura 1: Principais atividades de uma empresa com ênfase nas atividades logísticas CENTRO UNIVERSITÁRIO NOSSA SENHORA DO PATROCINIO Gimenez e Ventura (2005) estudaram as interfaces da logística com a produção, da logística com o marketing e as relações dessas áreas em uma organização com outros participantes da cadeia de suprimento. Os resultados indicaram que uma integração efetiva entre logística e produção consegue produzir redução de custos e minimizar a falta de produtos. Morash, Dröge e Vickery (1996) e Ellinger, Keller e Hansen (2006) apontam que a interfuncionalidade da logística com o marketing, com a produção e com a pesquisa e o desenvolvimento de novos produtos cria vantagem competitiva. Ao pesquisar, junto aos responsáveis pelas decisões logísticas de organizações brasileiras, a presença e a prática do alinhamento das estratégias de marketing na área logística, Valentim, Nogueira e Pinto Jr.( 2006) obtiveram resultados capazes de ensejar certo cuidado no que tange à integração entre tais áreas. Dentre as empresas pesquisadas por aqueles autores, em 83% delas os gerentes consideram que suas decisões logísticas estão alinhadas com as estratégias de marketing, sendo que 61% ainda crêem que a empresa dá muita importância para a integração das áreas de marketing e logística; em contrapartida, para 17% dos informantes, as estratégias de marketing e logística não estão alinhadas, ou estão apenas medianamente alinhadas (28% dos 83%). CENTRO UNIVERSITÁRIO NOSSA SENHORA DO PATROCINIO Esta situação parece mostrar que ainda existem empresas que não consideram importante a integração entre essas duas áreas. 3 Serviços Logísticos e Produtos 3.1 Nível de Serviço Logístico – Relação Custo e Serviço Nível de serviço logístico é a qualidade com que o fluxo de bens e serviços é gerenciado. É o resultado líquido de todos os esforços logísticos da firma. É o desempenho oferecido pelos fornecedores aos seus clientes no atendimento de pedidos. O nível de serviço logístico é o fator-chave do conjunto de valores logísticos que as empresas oferecem aos seus clientes para assegurar sua fidelidade. Como o nível de serviço logístico está associado aos custos de prover esse serviço, o planejamento da movimentação de bens e serviços deve iniciar- se com as necessidades de desempenho dos clientes no atendimento de seus pedidos. 3.1.1 A importância do serviço logístico Em uma visão moderna se reconhece que a escolha do cliente é influenciada pelos vários níveis de serviços logísticos oferecidos. Pode ser um elemento promocional tão importante quanto desconto de preço, propaganda ou vendas personalizadas. Transporte especial, maior disponibilidade de estoque, processamento mais rápido de pedidos e menor perda ou dano de transporte, geralmente, afetam positivamente aos clientes e, logo, às vendas. 3.2 Ciclo do Pedido Sistemas logísticos se compõe de fluxos de informações e de materiais, onde os fluxos de informações acionam e controlam os fluxos de materiais. Portanto uma maneira bastante prática de melhor entender o ciclo do pedido e o sistema de processamento de pedidos, é examinar os fluxos de informações e materiais, ou seja, as atividades que ocorrem desde o instante em que o cliente CENTRO UNIVERSITÁRIO NOSSA SENHORA DO PATROCINIO decide considerar a possibilidade de efetuar um pedido, até o momento em que recebe este pedido e efetua o pagamento. A primeira etapa, normalmente denominada de preparação do pedido, tem início a partir da identificação de uma necessidade de aquisição de produtos ou serviços, e se completa com a seleção de potenciais fornecedores. A identificação da necessidade pode ser provocada pelos mais variados estímulos: a visita de um vendedor; a consulta a um catálogo; a leitura de um anúncio em jornal ou revista; a exposição a um anúncio de TV ou rádio; o recebimento de uma mensagem via internet ou a identificação de que chegou o momento de repor estoques. O desenvolvimento da Internet vem possibilitando um enorme avanço desta primeira etapa do ciclo do pedido, pois amplia e agiliza as atividades de identificação de fornecedores e acesso ás informações sobre as características dos produtos e serviços oferecidos. Uma vez decidida a aquisição dos produtos ou serviços, tem início a segunda etapa do ciclo, ou seja, a transmissão do pedido para o fornecedor.Anteriormente ao desenvolvimento dos modernos sistemas de comunicação, esta etapa se caracterizava pela lentidão e alta suscetibilidade a erros. Isto porque os pedidos eram formalizados através do preenchimento de formulário em papel, e o envio dos mesmos, através dos vendedores, ou via postal. O desenvolvimento dos telefones e dos call centers, assim como dos computadores portáteis e da Internet, vem causando uma revolução nesta etapa do ciclo do pedido. Esta revolução impacta diretamente a facilidade e a velocidade com que os pedidos são formalizados e transmitidos, assim como os erros que se reduzem em conseqüência da diminuição do número de intervenções humanas no processo. Se no passado o tempo de preparação e transmissão era medido em dias ou semanas, hoje, com o uso dos modernos sistemas de comunicação, e em especial da Internet, o tempo pode ser medido em minutos, trazendo enorme agilidade ao processo logístico. A terceira etapa, que ocorre após o recebimento do pedido por parte do fornecedor, consiste na entrada do pedido no sistema de processamento. Em geral esta etapa exige a digitação dos dados do pedido no sistema, a fim de que se possa dar início ao processamento do mesmo pelo fornecedor. Nos casos em CENTRO UNIVERSITÁRIO NOSSA SENHORA DO PATROCINIO que o pedido é efetuado via Internet, esta etapa tende a ser automatizada, dispensando o processo de digitação. Após a entrada do pedido, diversas verificações e decisões precisam ser efetuadas, antes que o pedido seja confirmado, e a expedição do mesmo seja autorizada. Duas das mais importantes verificações que necessitam ser feitas, dizem respeito à disponibilidade de estoques e a confirmação do crédito do cliente. Nos casos de produtos feitos por encomenda, a verificação da disponibilidade de estoques é substituída pela verificação do status da programação de produção. A estimativa da data de entrega deve ser calculada durante esta fase, com base na disponibilidade atual de estoques, nos pedidos pendentes e no status da produção. Uma vez confirmada a existência de crédito e a disponibilidade de estoque pode ser dada a partida nas atividades físicas de separação, embalagem e expedição do pedido. Paralelamente a estas atividades físicas de movimentação de materiais, torna-se necessário programar o transporte e emitir a documentação legal, envolvendo o conhecimento de cargas e nota fiscal. O ciclo se completa com o transporte e entrega da mercadoria, e o pagamento da nota fiscal por parte do cliente. 3.3 Produto Logístico – Ciclo de Vida e Características Toda a logística gira em torno do produto. Suas características frequentemente moldam a estratégia logística necessária para deixar o produto disponível para o cliente. Compreender a natureza do produto pode ser valioso para o projeto do sistema logístico mais apropriado. O produto também é elemento sobre o qual a logística exerce controle apenas parcial. Por isso mesmo, é importante compreender sua natureza. 3.3.1 O Produto Logístico O que uma firma oferece ao cliente com seu produto é satisfação. Se o produto for algum tipo de serviço, ele será composto de intangíveis como conveniência, distinção e qualidade. CENTRO UNIVERSITÁRIO NOSSA SENHORA DO PATROCINIO Entretanto, se o produto for um bem físico, ele também tem atributos físicos, tais como peso, volume e forma, os quais têm influência no custo logístico. 3.3.2 Produtos têm Ciclo de Vida Produtos não geram seu volume máximo de vendas imediatamente após sua introdução, nem mantêm seus picos de venda indefinidamente. Eles seguem uma função de vendas. O fenômeno do ciclo de vida do produto influencia a estratégia de distribuição. O especialista em logística deve estar continuamente ciente do estágio atual do ciclo de vida do produto, de modo que os padrões de distribuição possam estar sempre ajustados na eficiência máxima daquela fase. O conhecimento do conceito de ciclo de vida permite antecipar as necessidades de distribuição e planejar com larga antecedência. 3.4 Formação do Preço – Critérios Geográficos A definição do preço de venda deve levar em conta o aspecto mercadológico. O preço deverá estar próximo do praticado pelos concorrentes diretos da mesma categoria de produto e de qualidade. Também devem ser considerados o nível de conhecimento de marca, o tempo de mercado, o volume de vendas já conquistado e a agressividade da concorrência. Se o preço praticado pelo mercado for menor que o encontrado a partir dos custos internos da empresa, o empresário deverá refazer os cálculos financeiros para avaliar a viabilidade de seu negócio. Alguns fabricantes estabelecem o preço que a distribuidora deverá praticar junto aos seus clientes, provavelmente indústria ou comércio varejista. Outros apenas oferecem um valor de referência, deixando para a distribuidora a decisão pelo valor de preço que será praticado. Portanto, isto depende da negociação entre fabricantes e distribuidores. CENTRO UNIVERSITÁRIO NOSSA SENHORA DO PATROCINIO • Ao definir o preço de venda, devem ser levadas em conta as particularidades do segmento de atuação; • É preciso ter um bom planejamento, com metas claras de lucratividade e dimensionamento de capacidade de vendas; • Não vale a pena entrar no jogo dos concorrentes predatórios, que não conseguem se diferenciar e derrubam os preços. É melhor investir em diferenciais; • Os estoques podem ser minimizados aumentando a linha de produtos; • O giro deve ser maximizado. Deve ser dada preferência aos itens que complementem a atual linha trabalhada, aumentando assim as vendas e o giro dos produtos; • Vale investir em comunicação. Os clientes devem ser informados sobre os novos itens vendidos, que devem ser expostos de forma mais atraente, facilitando a aceitação dos consumidores. • A linha de produtos deve ser mantida. A interrupção resulta em perda de credibilidade junto aos consumidores; • A falta de produtos tem de ser evitada. Se necessário, eles devem ser substituídos por similares. 4 Programação da Produção e Processamento de Pedidos 4.1 Métodos de Programação da Produção A exigência do mercado consumidor com relação a produção de produtos e serviços de forma eficaz pelas empresas tem aumentado constantemente. Portanto, considerando longo, médio e curto horizonte de tempo, essas empresas precisam planejar, programar e controlar seus processos produtivos de modo eficiente e otimizado para garantir sua sustentabilidade e seu crescimento no mercado. CENTRO UNIVERSITÁRIO NOSSA SENHORA DO PATROCINIO Neste contexto, é preciso tomar diversas decisões assertivas a fim de definir o que, quanto, quando produzir, comprar e entregar; além de quem, onde e como produzir: esse é o papel do PPCP (Planejamento, Programação e Controle da Produção) – fundamental para o sucesso de qualquer empresa. O PPCP visa, basicamente, conciliar as requisições do mercado (demanda) com o que os processos e operações são capazes de fornecer (oferta), envolvendo planejamento (o que e quando), programação (quais recursos utilizar nas operações), controle (monitoramento e correção de desvios), além de determinação da quantidade que será produzida, do melhor layout da planta e das etapas de cada processo. Desse modo, fundamentada nas informações fornecidas pelo PPCP, a empresa é capaz de tomar decisões para harmonizar produção e vendas, a fim de gerenciar seu sistema produtivo com foco no atendimento das necessidades e expectativas dos consumidores, considerando os planos estabelecidos em níveis estratégicos, tático e operacionais. CENTRO UNIVERSITÁRIO NOSSA SENHORA DO PATROCINIO Sinteticamente, as atividades que compõem o PPCP podem ser divididas em 4 principais tópicos: • Planejamento Estratégico da Produção: estabelece-se um plano de produção (normalmente, pouco detalhado – famílias de produtosou serviços) de longo prazo a partir da previsão de vendas e da disponibilidade de recursos financeiros e produtivos, buscando maximizar os resultados das operações e minimizar os riscos nas tomadas de decisão; • Planejamento Mestre da Produção: a partir do desmembramento do plano de produção em planos mais específicos, de médio prazo, de produtos finais (bens ou serviços), estabelece-se um plano-mestre de produção, que direciona as fases de programação e execução das atividades operacionais, formalizando as decisões tomadas com relação a necessidade de produtos finais em cada período; • Programação da Produção: com base no plano-mestre da produção e nos controles de estoque, estabelece-se quando e quanto comprar e produzir no curto prazo, dimensionando as ordens de compra, montagem ou fabricação de acordo com a estratégia de administração dos estoques, de sequenciamento e de emissão e liberação das ordens; • Acompanhamento e Controle da Produção: visa garantir que o programa de produção seja executado conforme o planejado, por meio de coleta e análise de dados, a fim de identificar desvios o mais rápido possível, para que sejam tomadas medidas corretivas com foco no cumprimento do programa de produção. Desse modo, o PPCP abrange as etapas antes, durante e depois do processo produtivo da empresa, com foco na máxima eficiência e eficácia. Portanto, é de extrema importância que a empresa implante esse sistema de PPCP de forma correta e seja capaz de otimizá-lo constantemente. 4.2 Método da Programação Agregada O planejamento agregado visa compatibilizar os recursos produtivos da empresa com a demanda agregada no médio prazo (5 a 18 meses CENTRO UNIVERSITÁRIO NOSSA SENHORA DO PATROCINIO aproximadamente), onde a empresa deverá definir uma estratégia de operações, que poderá ser: • Adequar os recursos necessários para o atendimento da demanda. • Atuar na demanda a fim de que os recursos disponíveis possam atendê- la. • Utilizar uma estratégia mista, ou seja, atuar tanto nos recursos quanto na demanda. 4.2.1 Perfil da Demanda O primeiro passo na execução do planejamento agregado é obter o perfil da demanda para o período do planejamento, conforme o exemplo abaixo. De acordo com a tabela acima, a demanda média para o período de planejamento é de 648 unidades/mês (7776/12). Caso os recursos produtivos fossem dimensionados para atender à demanda da média do período de planejamento (648 un./mês), ficaríamos com falta de recursos em 5 meses (jan., fev., out., nov., dez.), e um excesso de recursos em 7 meses (mar., abr., maio, jun., jul., ag. e set.). Como os dois casos são indesejáveis, o planejamento agregado tem como objetivo solucionar esta situação, procurando alternativas de menor custo para a empresa. 4.2.2 Estratégia de Atuação Para conseguirmos resultados positivos no planejamento agregado, podemos atuar na oferta de recursos, na demanda ou em ambas, que é uma estratégia mista. 1. Atuação na oferta de recursos • Admissão/demissão: consiste em admitir ou demitir colaboradores de acordo com as necessidades de mão-de-obra. Quando a variação da demanda é muito acentuada, como no exemplo apresentado, os custos https://blogdaqualidade.com.br/planejamento-agregado/tabela-pa/ CENTRO UNIVERSITÁRIO NOSSA SENHORA DO PATROCINIO são muito altos, tanto na admissão (recrutamento, treinamento) quanto na demissão (encargos sociais, relocação etc.). • Horas extras: consiste em trabalhar horas extras a fim de compensar as necessidades decorrentes do aumento da demanda. Neste caso, os custos são bem maiores do que o trabalho em horas normais. • Subcontratações: consiste em subcontratar com terceiros a fabricação das unidades que deixaram de ser produzidas, podendo gerar maiores ou menores custos. • Estoques: consiste em fazer com que os estoques absorvam as variações da demanda. Esta é a prática mais usada, apesar de também levar a custos elevados de estoques e outros problemas decorrentes de sua existência. 2. Atuação na demanda • Preço de venda: consiste em aumentar o preço de venda para que a demanda diminua (quando os recursos produtivos forem insuficientes para atendê-la), e diminuir o preço de venda (quando os recursos produtivos estiverem sobrando), gerando desta forma o aumento da demanda. • Promoção: ocorre quando há excesso de recursos produtivos. • Atraso na entrega: consiste em atrasar a entrega dos pedidos, até quando haja recursos para atendê-los, não esquecendo de que há o risco de desagradar o cliente, onde a empresa correrá o risco de perdê-lo. 3. Atuar tanto na demanda quanto na oferta de recursos produtivos Esta é uma estratégia mista, onde procura-se a combinação dos dois casos anteriores, visando o menor custo possível, sem deixar de atender os clientes. As empresas que se utilizam do planejamento agregado deverão ter o cuidado de jamais deixar de atender a demanda. Portanto, as estratégias apresentadas poderão auxiliá-las a tomar a decisão que mais se aplica a seu negócio, com o menor custo possível e satisfação do cliente. CENTRO UNIVERSITÁRIO NOSSA SENHORA DO PATROCINIO 4.3 Entrada e Processamento de Pedidos O processamento de pedidos é uma etapa importante, representa várias atividades incluídas no ciclo do pedido, sendo elas a preparação, a transmissão, o recebimento e expedição do pedido e o relatório da situação. Estas atividades necessitam de um determinado tempo para serem completadas que, dependendo do pedido, pode ser maior ou não. Fazer mais rápido significa gastar menos e ser mais produtivo. Isso é uma filosofia adotada no processamento de pedidos também. Quanto mais eficiente e sem a necessidade de retrabalho, melhor. Contemplando uma grande parcela dos custos logísticos, é uma das áreas principais na atividade logística, pois é ela quem faz com que o produto passe por suas etapas e que essas etapas sejam assim concluídas com sucesso e sem nenhum problema para que a empresa consiga satisfazer o desejo do cliente. 4.4 Formação de Lotes O stock está espalhado ao longo da cadeia logística e inclui tudo, desde as matérias-primas até aos produtos finais, o que está na posse dos fabricantes, distribuidores e retalhistas. Novamente, os administradores têm de decidir qual é a sua posição no trade-off, entre a capacidade de resposta e eficiência. Uma empresa pode dar uma resposta rápida às variações da procura, se tiver na sua posse um stock enorme. No entanto, a criação e armazenagem de stocks têm um custo e, para atingir níveis de eficiência elevados, o custo de armazenagem tem de ser o menor possível. Existem três decisões básicas, que são essenciais no fabrico e armazenamento de produtos (Hugos, 2003, p. 12-13): Ciclo de stock – É a quantidade de stock necessária para satisfazer a procura do produto, no período de compras do mesmo. As firmas produzem e compram em grandes lotes, para beneficiarem das vantagens que as economias de escala oferecem. No entanto, a compra de grandes quantidades de mercadorias implica aumento dos custos de carregamento. Os custos de carregamento consistem nos custos de armazenamento, manuseamento https://portogente.com.br/portopedia/73472-administracao-logistica https://pt.wikipedia.org/wiki/Estoque https://pt.wikipedia.org/wiki/Gest%C3%A3o_da_cadeia_log%C3%ADstica#refHugos https://pt.wikipedia.org/wiki/Empresa CENTRO UNIVERSITÁRIO NOSSA SENHORA DO PATROCINIO e manutenção de stocks . Os administradores enfrentam o trade-offentre o custo reduzido pela compra de grandes quantidades de mercadorias e o aumento do custo de carregamento do ciclo de stock. Stock de segurança – É o stock que é guardado como um «amortecedor» contra a incerteza, ou seja, é um stock adicional, usado quando a procura da mercadoria é superior àquela que estava prevista. Se a previsão da procura pudesse ser feita com perfeita exatidão,então o único stock que era preciso era o ciclo de stock. O trade-off é o peso entre os custos de armazenar o stock extra contra os custos de vendas perdidas devido a um stock insuficiente. Stock Sazonal – Este stock existe para prever o aumento da procura que ocorre em determinados períodos do ano. Por exemplo, é previsível que a procura de anticongelante vai aumentar no Inverno. Se uma companhia, que produz anticongelante, tem uma taxa de produção que, para mudar, tem custos elevados, então vai tentar fabricar o produto a uma taxa constante ao longo do ano. Esta empresa vai constituir um stock durante os períodos de baixa procura, compensando os períodos de alta procura, que excede a taxa de produção. A alternativa para construir um stock sazonal é investir em equipamentos de produção flexíveis, que podem rapidamente, mudar a sua taxa de produção de produtos diferentes, para responder ao aumento da procura. Neste caso, o trade- off é entre o custo de armazenar stock sazonal e o custo de ter capacidade flexível de produção. https://pt.wikipedia.org/wiki/Manuten%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Gest%C3%A3o_de_stocks#Stock_de_seguran%C3%A7a https://pt.wikipedia.org/wiki/Incerteza https://pt.wikipedia.org/wiki/Stock_sazonal https://pt.wikipedia.org/wiki/Inverno CENTRO UNIVERSITÁRIO NOSSA SENHORA DO PATROCINIO Referências https://portogente.com.br/portopedia/93730-a-importancia-da-logistica- empresarial-nos-dias-atuais-e-como-e-vista-no-mercado http://www.logweb.com.br/colunas/4-principais-elementos-da-supply-chain/ https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/administracao/a-cadeia- de-valores-e-sua-relacao-com-a-vantagem-competitiva-das-empresas/14805 http://www.gestaoporprocessos.com.br/o-modelo-de-cadeia-de-valor-de- michael-porter/ https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/administracao/conceitos- a-compensacao-de-custos-logistica-empresarial/31545 https://administradores.com.br/artigos/custos-logisticos http://www.anpad.org.br/admin/pdf/GOL-B16.pdf https://blogdaqualidade.com.br/planejamento-agregado/ https://portogente.com.br/portopedia/91053-o-que-e-processamento-pedidos https://www.nortegubisian.com.br/blog/planejamento-programacao-e-controle- da-producao-ppcp https://pt.wikipedia.org/wiki/Programa%C3%A7%C3%A3o_e_controle_da_prod u%C3%A7%C3%A3o https://administradores.com.br/artigos/a-logistica-do-marketing-de- relacionamento https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/administracao/nivel-de- servico-logistico-logistica-empresarial/31603 https://www.ilos.com.br/web/o-sistema-de-processamento-de-pedidos-e-a- gestao-do-ciclo-do-pedido/ http://cadeialogisticadofrio.blogspot.com/2012/08/ciclo-do-pedido.html https://portogente.com.br/portopedia/93730-a-importancia-da-logistica-empresarial-nos-dias-atuais-e-como-e-vista-no-mercado https://portogente.com.br/portopedia/93730-a-importancia-da-logistica-empresarial-nos-dias-atuais-e-como-e-vista-no-mercado http://www.logweb.com.br/colunas/4-principais-elementos-da-supply-chain/ https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/administracao/a-cadeia-de-valores-e-sua-relacao-com-a-vantagem-competitiva-das-empresas/14805 https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/administracao/a-cadeia-de-valores-e-sua-relacao-com-a-vantagem-competitiva-das-empresas/14805 http://www.gestaoporprocessos.com.br/o-modelo-de-cadeia-de-valor-de-michael-porter/ http://www.gestaoporprocessos.com.br/o-modelo-de-cadeia-de-valor-de-michael-porter/ https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/administracao/conceitos-a-compensacao-de-custos-logistica-empresarial/31545 https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/administracao/conceitos-a-compensacao-de-custos-logistica-empresarial/31545 https://administradores.com.br/artigos/custos-logisticos http://www.anpad.org.br/admin/pdf/GOL-B16.pdf https://blogdaqualidade.com.br/planejamento-agregado/ https://portogente.com.br/portopedia/91053-o-que-e-processamento-pedidos https://www.nortegubisian.com.br/blog/planejamento-programacao-e-controle-da-producao-ppcp https://www.nortegubisian.com.br/blog/planejamento-programacao-e-controle-da-producao-ppcp https://pt.wikipedia.org/wiki/Programa%C3%A7%C3%A3o_e_controle_da_produ%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Programa%C3%A7%C3%A3o_e_controle_da_produ%C3%A7%C3%A3o https://administradores.com.br/artigos/a-logistica-do-marketing-de-relacionamento https://administradores.com.br/artigos/a-logistica-do-marketing-de-relacionamento https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/administracao/nivel-de-servico-logistico-logistica-empresarial/31603 https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/administracao/nivel-de-servico-logistico-logistica-empresarial/31603 https://www.ilos.com.br/web/o-sistema-de-processamento-de-pedidos-e-a-gestao-do-ciclo-do-pedido/ https://www.ilos.com.br/web/o-sistema-de-processamento-de-pedidos-e-a-gestao-do-ciclo-do-pedido/ http://cadeialogisticadofrio.blogspot.com/2012/08/ciclo-do-pedido.html CENTRO UNIVERSITÁRIO NOSSA SENHORA DO PATROCINIO https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/administracao/o-produto- logistica-empresarial/31613 https://www.mandae.com.br/blog/estrategias-de-precos-e-logistica-cuide-de- etapas-cruciais/ http://www.sobreadministracao.com/formacao-do-preco-de-venda-saiba-tudo/ https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/administracao/o-produto-logistica-empresarial/31613 https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/administracao/o-produto-logistica-empresarial/31613 https://www.mandae.com.br/blog/estrategias-de-precos-e-logistica-cuide-de-etapas-cruciais/ https://www.mandae.com.br/blog/estrategias-de-precos-e-logistica-cuide-de-etapas-cruciais/ http://www.sobreadministracao.com/formacao-do-preco-de-venda-saiba-tudo/
Compartilhar